A história dos CAÇADORES DO RED DEAD

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A história doS CAÇADORES DO RED DEAD Primeira temporada AUTOR: Fabiano b l de sousa

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A história doS CAÇADORES DO RED DEAD Primeira temporada AUTOR: Fabiano b l de sousa

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A história doS CAÇADORES DO

RED DEAD

Primeira temporada

AUTOR: Fabiano b l de sousa

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A história dos Caçadores do Red Dead - Capítulo 1 – O resgate

Capítulo 1 – O resgate

Em 1877, o corpo do lendário Cavalo Louco, foi jogado na Frente do “El Presidio” para que os Sioux pudessem resgatar e sepultar o mesmo.

O povo ameríndio desconfiava que isso poderia ser uma cilada, mas Pequeno Búfalo (Sonolindo), neto de Cavalo Louco, com apenas 07 anos de idade, deixou a tribo na calada da noite para fazer o resgate.

Passando por ali, um homem chamado Richão, avistou de longe um soldado que fazia tocaia e mais um número incontável de outros que estavam prontos para surpreender e matar qualquer ameríndio que se aproximasse do corpo de Cavalo Louco.

Richão não gosta de injustiça e mesmo que isso lhe custasse a própria vida, partiu em direção de Pequeno Búfalo (Sonolindo) .

De repente, como um milagre, uma grande explosão acontecera bem no meio dos soldados matando quase todo grupamento.

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No meio daquela fumaceira apareceu um homem com aparência de cientista chamado Cainan.

Os dois, Richão e Cainan, entraram com o corpo na carruagem que era guiada por Pequeno Búfalo( Sonolindo ).

Sem pensar, os três partiram em disparada onde os tiros dos canhões não foram suficientes para impedir a fuga.

Capítulo 2 – Dois homens e meio e um destino Após a fuga os três fizeram uma rápida parada em “Mesa del Sol” apenas para definirem o rumo. Não poderiam ir para tribo do Pequeno Búfalo (Sonolindo), eles seriam uma ameaça para todos uma vez que agora ocupam o topo da lista de procurados.

Pequeno Búfalo (Sonolindo), disse conhecer um esconderijo ideal, era uma caverna, um refúgio do seu avô, localizada atrás de “El matadouro”, na província de “Diez Coronas”.

Então para lá seguiram mas, precisariam fazer uma parada na colônia de “Casa Madrugada” para comprar mantimentos e isso não era nada seguro pois ali vivem todo tipo de gente, principalmente da pior espécie os “Assassinos de Diez Coranas”, caçadores de recompensas, são capazes de entregar a própria mãe por qualquer saco de dinheiro.

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Casa Madrugada

Richão chamou Pequeno Búfalo (Sonolindo) para descansar dentro da carruagem enquanto Canain o substituía na condução da mesma.

Richão, solidário e compactuando da mesma dor da perda, ofereceu ao Pequeno Búfalo (Sonolindo) um jazigo ao lado da sua querida mãe, que ficava em “Sepulcro” perto de “Las Hernanas”. Afinal ninguém iria suspeitar que Cavalo Louco, um ameríndio sioux, estaria enterrado ali. Pequeno Búfalo (Sonolindo) aceitou.

Sepulcro

Chegando em “Casa madruga” Richão e Canain, entraram no único comércio que se encontrava aberto, um bar e Pequeno Búfalo (Sonolindo) ficou velando o seu avô no escuro e silêncio dentro da carruagem, afinal toda cautela é boa para os fugitivos.

Richão e Canain, antes de pegar os mantimentos, resolveram sentar e beber um pouco enquanto descansavam os pés.

Em uma mesa, pouco distante, um homem de preto os observava, estava estranhando a presença dos forasteiros, mas o que parecia mais estranho ali era sua própria aparência, um homem esguio com cabelos longos, um bigode longo e fino. Ele lembrava uma espécie de mosqueteiro negro.

Nesse momento um tal de Django, andando com passos largos, adentrou no estabelecimento e 10 homens, que ali se encontravam num grande mesa se levantaram imediatamente.

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Django

Django não gostou nada da recepção e foi logo esbravejando: “Caiam fora!”.

Os 10 homens atiram na direção de Django que foi rolando e revidando, acertando um tiro bem no meio da testa de 05 homens. Os outros 05 tombaram com uma rajada disparada pelo homem de preto. Django agradeceu a ajuda e o homem de preto de apresentou: “Rocha”. Canain e Richão pegaram suprimentos e juntamente com os outros dois saíram do bar.

Rocha disse que era melhor correrem dali e ofereceu abrigo aos 03, ou melhor, aos 04 e um cadáver. Sua bela fortaleza “Agave Viejo” era um refúgio seguro e temido na região, ficava no caminho para “Las Hermanas”. A caverna perto de “El Matadoro”, após aquele furdunço, corria o risco de ser descoberta, pois era próximo de mais do bar.

Agave Viejo

Capítulo 3 – Robson “A Encarnação Apocalíptica da Besta” Não demorou muito e avistaram de longe “Agave Viejo” que á luz do nascer do Sol ficara ainda mais imponente e ao mesmo tempo sombria, era de fato um lugar que muitos temiam ir, não se sabe se era pelo seu tamanho, pelo seu dono ou as histórias assustadoras que se contavam sobre o seu fiel escudeiro Robson, que todas as noites, velava na segurança de lá.

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Em um destes “contos de bar”, falava-se que o “General Custer” fugiu todo borrado, de um enfrentamento com ele, quando frente a frente avistou na sombra de Robson um dragão com 07 cabeças e 10 chifres. O General Custer e seus homens fugiram dali gritando e apavorados achando que Robson era a Encarnação Apocalíptica da Besta. Outros acreditam que na verdade a sombra não era a besta e sim a sombra de “Agave Viejo” sobre a sombra de Robson.

Lendas ou verdades, o fato é que nunca ninguém, tribo ou exercito, conseguiu invadir aquela fortaleza. Robson, sempre soube como defendê-la, mesmo em ocasiões extremas quando ele sozinho pois pra correr dali o General Custer e seus homens.

Ao chegarem, Robson ajudou “Pequeno Búfalo (Sonolindo)” com o cadáver do seu avô, temporariamente colocando-o na adega de vinhos, por ser mais fresco poderia conservar melhor o corpo até a hora do enterro.

Cansados, todos os recém chegados foram descansar por meia hora, exceto Django que preferiu cuidar dos cavalos e preparar-se para nova partida, para ele ali não era uma colônia de férias e sim apenas mais um ponto de parada. Robson foi ajuda-lo e se inteirar dos acontecimentos.

Robson ficou comovido com a história de bravura do “Pequeno Búfalo”, mas só por 2 segundos, pois tristeza para ele é sinal de fraqueza e ele odeia os fracos.

Nesse momento Django notou uma fumaça branca subindo ao céu em forma de nuvens, bem atrás do celeiro, perto de uma colina. Como um trovão pegou o cavalo e correu até lá.

-“Olha só é o Pequeno Búfalo (Sonolindo)”! O que fazes ai? –perguntou ele ainda em cima do cavalo.

-“Estou a enviar uma mensagem para Touro Sentado, preciso avisa-lo do enterro de Cavalo Louco”.

Django riu e disse:

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-Será que a milhas daqui ele vai ver?

-Sim. Ele está bem perto de nós, creio que a menos de uma milha, pois vi sua mensagem ontem dizendo que está me seguindo. - respondeu Pequeno Búfalo (Sonolindo).

Django mudou a feição e disse:

-Bom, se vamos ter visitas é melhor avisar aos outros. – e partiu dali para falar com os demais.

Capítulo 4 – Como surgiram os Lakotas e o nascimento de Sonolindo (CACADORES_SONO)

Eis que Touro Sentado chega a “Agave Viejo”.

O Encontro foi emocionante, Touro Sentado era muito próximo de Cavalo Louco, viveram muitas batalhas juntos e agora estava diante do seu neto, um sobrevivente de um povo descendente da águia.

Sentaram-se todos no meio do terreno para recepcionar a comitiva, Touro Sentado chama Pequeno Búfalo para perto de si e começa a contar uma história e todos prestaram atenção, mergulhados num profundo silêncio e respeito. Então ele disse:

-Sabe como nasceu o povo Lakota?

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Há muito tempo atrás, um tempo muito longo quando o mundo ainda era recém-feito, Unktehi monstro da água lutou contra as pessoas e causou uma grande inundação. Talvez o Grande Espírito, Wakan Tanka, estava zangado conosco por algum motivo. Talvez ele deixe Unktehi ganhar, porque ele queria fazer um melhor tipo de ser humano. Bem, tem as águas mais e mais. Finalmente tudo foi inundado com exceção da colina próxima ao local onde a pedreira Pipestone sagrado vermelho está hoje. As pessoas subiram até lá para se salvar, mas foi inútil. A água varreu aquela colina. Ondas caíram nas rochas e pináculos, esmagando-os sobre as pessoas. Todos estavam mortos, e todo o sangue jelled, fazendo uma grande piscina.

Pedreira Pipestone

O sangue voltou-se para Pipestone e criou a pedreira Pipestone, o túmulo daquelas antigas. É por isso que o tubo, feito de pedra vermelha que é tão sagrado para nós. Sua bacia vermelha é a carne e o sangue de nossos antepassados, sua haste é a espinha dorsal das pessoas há muito tempo mortos, a fumaça subindo do que é sua respiração. Eu lhe digo, que o tubo, que * chanunpa *, ganha vida quando usado em uma cerimônia, você pode sentir o poder fluindo a partir dele.

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Cachoeira Pipestone

Unktehi, o monstro da água grande, também foi transformado em pedra. Talvez Tunkshila, o Espírito Avô, puniu para fazer o dilúvio. Seus ossos estão nas Badlands agora. Suas costas forma uma crista longa alta, e você pode ver suas vértebras saindo em uma linha grande de pedras vermelhas e amarelas. Isso me assustou quando eu estava no cume que, para senti Unktehi. She was moving beneath me, wanting to topple me. Ela estava se movendo debaixo de mim, querendo me derrubar. Well, when all the people were killed so many generations ago, one girl survived, a beautiful girl. Bem, quando todas as pessoas foram mortas tantas gerações atrás, uma menina sobreviveu, uma linda menina. Aconteceu assim: Quando a água invadiu o morro onde tentaram buscar refúgio, uma grande águia manchado, Wanblee Galeshka, varrido para baixo e deixá-la agarrar a seus pés. Com o seu enforcamento, ele voou para o topo de uma árvore alta que se erguia sobre o pináculo pedra mais alta nas Black Hills. Que foi a casa da águia. Tornou-se a única mancha não coberta com água.

Black Hills

Se o povo tinha chegado lá em cima, eles teriam sobrevivido, mas era uma pedra agulha como o mais suave e íngreme. Meu avô me disse que talvez o rock não era no Black Hills, talvez fosse Torre do Diabo, como os homens brancos chamá-lo, aquele

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lugar em Wyoming. Ambos os lugares são sagrados. Wanblee mantido essa menina linda com ele e fez dela sua esposa. Havia uma conexão mais próxima, em seguida, entre pessoas e animais, para que ele pudesse fazê-lo. A esposa do águia ficou grávida e deu à luz gêmeos, um menino e uma menina. Ela estava feliz, e disse: "Now we will have people again. *Washtay*, it is good." "Agora vamos ter pessoas de novo. * Washtay *, é bom." As crianças nasceram ali mesmo, no topo daquele penhasco. Quando as águas finalmente baixaram, Wanblee ajudou as crianças e sua mãe para baixo de seu rock e colocá-los na terra, dizendo-lhes:. Ser uma nação, tornar-se uma grande Nação - o Oyate Lakota " O menino e a menina cresceram. Ele era o único homem na terra, ela era a única mulher em idade fértil. They married; they had children. Eles se casaram, eles tiveram filhos. Uma nação nasceu. Então, são descendentes da águia. We are an eagle nation. Somos uma nação águia. Isso é bom, algo para se orgulhar, porque a águia é o mais sábio dos pássaros.

Ele é o mensageiro do Grande Espírito, ele é um grande guerreiro. É por isso que sempre usava a pluma de águia, e ainda usá-lo. We are a great nation. Somos uma grande nação.

E você “Pequeno Búfalo” é parte disso e eu te batizo hoje com novo Nome “Sonolindo” em homenagem ao seu avô que descansa num lindo sono, deixou a vida para fazer parte da nossa história.

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Cavalo Louco lutou bravamente pela garantia do que o "Grande espírito" em épocas remotas lhes havia dado, a natureza, onde os seus ancestrais e eles próprios haviam construído uma longa história de amor, luta e vida.

Com esse sentimento de liberdade impregnado em seus espíritos nasceram na tribo Oglala Lakota da grande nação Sioux, um dos grandes inimigos dos interesses do poder branco em território indígena, os índios denominados por seus familiares de "Olhos Que Brilham" e "Pequeno Urso", seus Pais Embora de famílias distintas, mas amigas, Olhos Que Brilham e Pequeno Urso cresceram juntos desfrutando das maravilhas naturais do ainda imenso território dos Oglala Lakota. Desde criança a indiazinha já demonstrava um temperamento mais expansivo e alegre que as demais meninas da tribo. Por outro lado, o indiozinho mostrava-se mais reservado e atento como era costume na educação dos homens oglala. No entanto, as duas crianças, assim como as demais, diariamente envolviam-se com as brincadeiras saudáveis e próprias da cultura sioux, e uma delas era correr, ou seja, correr uns atrás dos outros pelas pradarias sem fim até cansar. À medida que notícias chegadas à tribo por batedores à cavalo, de que cada vez mais o homem branco em sua febre expansionista avançava em direção ao seu território, guerreiros sioux começavam a mobilizar-se para um possível enfrentamento em defesa do que consideravam ser legítimos donos. Olhos Que Brilham já era uma adolescente cheia de graça que começava a atrair os olhares masculinos. Pequeno Urso, que já acompanhava os guerreiros de mais idade nas atividades de caça, às vezes passava longos períodos longe da tribo em campana na observação de possíveis movimentos de caravanas de colonos brancos em território Oglala Lakota. Mas quando retornava ao lar, muitas vezes em vigília no alto dos pontos mais elevados próximos ao acampamento, gostava de observar a graciosidade de Olhos Que Brilham: alta, esguia, cabelos negros esvoaçando ao vento, pois apesar de ser uma menina-moça ainda gostava imensamente de correr pelas pradarias sentindo a liberdade da brisa primaveril tocando o seu rosto e de observar com os seus olhos que realmente brilhavam, detalhes da natureza como o esplendor do nascer do sol atrás das montanhas ou a felicidade contida numa flor que desabrocha na primavera. Pequeno Urso, lá do alto, calado, mas visualizando com o seu olhar de águia, seguia os

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passos de Olhos Que Brilham, tanto no sentido da preocupação em relação à sua segurança, quanto ao prazer que aquela visão lhe proporcionava. Sua amiga realmente tornara-se uma bela espécime sioux e o que o atraia nela, além de sua selvagem beleza, era o seu jeito inconfundível se comparada com as demais jovens da tribo. Sem dúvida ela era diferente... O tempo passa e os limites do território sioux reconhecidos e assinados em tratado pelo homem branco não estavam sendo respeitados, o que estava causando indignação e revolta entre os guerreiros, e enfurecendo o chefe Nuvem Vermelha. Ameaçados cada vez mais em sua integridade, os Oglala Lakota, definitivamente, começam a se organizar para a luta. Pequeno Urso, já adulto, fica com a missão de comandar um grupo de índios responsáveis por ataques de emboscada às caravanas de colonos que ingressavam em território sioux. Eram combates escarnecidos onde os índios levavam vantagem por fazerem uso do conhecimento do terreno em suas artimanhas de guerrilha. À noite, ao redor do fogo, nos improvisados acampamentos da frente de luta em defesa da dignidade de seu povo, a imagem de Olhos Que Brilham iluminava a sua mente cansada e, do outro lado da sintonia, a imagem de Pequeno Urso povoava mente e coração da jovem do brilho nos olhos. De volta à tribo, chamado à guerra aberta contra o exército do homem branco que fizera vistas grossas ao avanço de garimpeiros em busca de ouro em Black Hills, terra sagrada para os Lakota-sioux, Pequeno Urso reúne-se às centenas de guerreiros sob a liderança de Cavalo Louco. Em marcha para a guerra, à medida que aumenta a distância que o separa de Olhos Que Brilham, seu semblante continua povoando sua mente nas geladas noites ao redor do fogo. O destino que os havia unido, ironicamente, havia-os separado, mas agora definitivamente. Pequeno Urso morre em desproporcional batalha travada contra o exército do homem branco. Do guerreiro morto em luta pela dignidade de um povo, fica na retina de sua amada, agora de olhos tristonhos, o seu semblante que permanecerá em seu coração até o final de seus dias. Ela não sabia mas já esperava você.

Sua mãe deu a luz a você e, com você nos braços, morreu nas mãos de um homem branco. Desde então Cavalo Louco tomou conta de você e agora você toma conta dele... Há uma lição em tudo. Tudo está ligado. O que ocorre com a Terra recairá sobre os filhos da Terra. O homem não teceu a teia da vida, ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizermos ao tecido, fará o homem a si mesmo".

História com fragmentos do discurso do chefe Seattle ao presidente americano F. Pierce (Seattle, 1854)

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Franklin Pierce, 14º Presidente

Capítulo 5 – Nasce os CAÇADORES

Após falar por quase meio dia, e todos ouvindo atentamente, Touro Sentado pede a Sonolindo para deixa-lo levar o Corpo de Cavalo Louco para ser enterrado na Cachoeira Pipestone, ele olha para Richão que com os olhos diz que sim, e sem argumentar nada Sonolindo consente.

Touro Sentado e sua comitiva se despedem e partem, sumindo no horizonte sem deixar rastros.

Django pergunta para Rocha se poderiam passar mais um dia ali. Rocha disse que sim e os convida para uma caçada noturna, um puma estava rondando a área e fazendo alguma vítimas no seu rebanho.

Django disse que sim desde que eles o ajudasse na busca pelo seu irmão “Dos Anjos” que fora capturado pelos federais e que o estavam para a cadeia de Chuparosa. Todos aceitam e Richão disse:

-“De noite caçaremos o puma e de dia caçaremos os federais”.

Rocha exclamou:

-”CAÇADORES!” Gostei, formaremos o Clã dos Caçadores! Quando um de nós precisar, é só chamar OS CAÇADORES!

À noite fizeram uma fogueira na colina para assar um javali. Para uma boa caçada é bom está bem alimentado.

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Nada com uma boa história de caçador enquanto esperavam o assado.

Cainan então perguntou a Rocha, como ele adquiriu aquela enorme propriedade.

Respondeu Rocha: -É uma longa história, mas já que temos tempo e vamos formar um grupo é bom sabermos a origem de todos assim como sabemos a do Sonolindo. Então começou a contar: -Em 1803, a compra da Luisiana deixou claro o interesse do governo estado-unidense em expandir seu território até às costas do Pacífico. Poucas semanas depois da compra, o presidente Thomas Jefferson defendeu a expansão ao oeste e conseguiu do Congresso a verba de 2500 dólares para custear a expedição.

A expedição estado-unidense para o Pacífico pretendia estudar os povos nativos, a botânica, a geologia, as terras e a vida selvagem da região, bem como avaliar o potencial de interferência dos caçadores e exploradores britânicos e franceses na região. Jefferson convocou o capitão Meriwether Lewis para liderar a expedição. Em carta datada de 20 de junho de 1803, Jefferson escreveu para Lewis que o objetivo da missão era explorar o Rio Missouri, seu curso principal e as comunicações das águas fluviais com o Oceano Pacífico dos rios Colúmbia, Oregon e Colorado ou outros cursos de água da mesma direção e que possibilitassem a navegação e o desenvolvimento do comércio. Lewis chamou William Clark para ser seu parceiro. Clark era oficialmente segundo-tenente mas Lewis sempre se referira a ele como Capitão Clark fez cuidadosos preparativos e informou Jefferson. Ele comprou sal, uma tonelada de carne de porco e remédios. A primeira tribo Sioux que eles encontraram, os Yankton Sioux, eram mais pacíficos que seus vizinhos, os Teton Sioux, também conhecidos como tribo Lakota. Os Yankton Sioux ficaram desapontados com os presentes recebidos—cinco medalhas—e não avisaram os exploradores sobre os Teton Sioux. Estes receberam os presentes com franca hostilidade. Um dos chefes pediu o barco de Lewis e Clark como o preço para a passagem por seu território. Lewis e Clark se preparam para um ataque. Mas no último momento, os dois lados recuaram. Os exploradores rapidamente desceram o rio até parar no território da tribo Mandan.

No inverno de 1804–05, os exploradores construíram o Forte Mandan atual “Agave Viejo”. Até o fim do inverno, os exploradores mantiveram boas relações com os índios. Foi em Forte Mandan que Lewis e Clark encontraram um caçador francês chamado

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Toussaint Charbonneau, cuja jovem esposa índia (Shoshone), Sacagawea, ajudou na tradução com os Shoshone e os Nez Perce. Sacagawea foi trazida para a expedição para servir como guia, juntamente como seu marido.

Em abril de 1805, alguns mebros da expedição foram enviados de volta de Mandan. Eles levaram relatórios sobre as descobertas de Lewis e Clark, 108 espécies botânicas e zoológicas (incluindo animais vivos), 68 amostras minerais, e o mapa de Clark. Outras espécies foram enviadas à Jefferson periodicamente, incluindo um cão da pradaria.

Jean Baptiste Charbonneau, meu pai e filho de Charbonneau e Sacagawea, nascido em 11 de fevereiro de 1805, ajudou a convencer os índios de que a expedição não era militar.

Meu pai herdou “Agave Viejo”,onde vivo até hoje.

-Incrível história! – disse Django.

-E você Robson como veio para aqui? – Continuou.

-Bom minha história é um segredo que deverá morrer nesta fogueira- respondeu ele.

Capítulo 6 - Billy the Kid morava em “Agave Viejo”.

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Robson começou a falar: Nasci na cidade de New York em 24 de novembro de 1859 com o nome de Henry McCarty, mas usei durante muito tempo o pseudônimo de Billy the Kid, perdi meu pai logo em seguida. A minha mãe Catherine muda-se comigo e meu irmão para Indiana onde casou-se com Bill Antrim. Mudamos novamente, primeiro Wichita (Kansas), depois Santa Fé e finalmente Silver City (Novo México) onde também minha mãe adoeceu e morreu. Eu tinha então 14 anos. Em Silver City fui preso em uma lavanderia acusado de roubar roupas, mas fogi da prisão e vagueia pelo deserto americano e mexicano praticando furtos de cavalos. Aos 17 anos, no Arizona, pratiquei meu primeiro homicídio, matei um ferreiro, que batia na sua mulher. Fugi para o Novo México e dediquei ali minha atenção aos furtos de cavalos e mimo às mulheres mexicanas, com quem adquire boa popularidade. No Condado de Casa Madruga arrumei um emprego wm Agave Viejo onde criei forte amizade com o proprietário Rocha. Fui conhecido por inúmeros nomes: William Boney, Kid Antrim, William Antrim, Jr. e, Henry McCarty seu nome de batismo e atualmente Robson. Todos ficaram surpresos com a história de Robson. Agora era a vez de Canain contar a sua:

Capítulo 7 - A vida de Cainan Klinsman Swan

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James Watt

Meu avô, James Watt, era um engenheiro escocês nascido janeiro de 1736 na cidade

de Greenock, uma cidade portuária. Enquanto a minha avó Agnes Muirhead Swan, veio

de uma família muito importante, onde fora bem educada. Ambos presbiterianos e

muito conservadores. Watt frequentou a escola irregularmente, devido à saúde frágil,

Watt educou-se em casa com a mãe, posteriormente foi à escola para aprender grego,

latim e matemática. Possuía grande destreza manual e facilidade em matemática.

Dedicou-se a lendas da cultura escocesa. Alguns anos após o casamento, ambos

mudaram e foram viver em uma cidade chamada Gouda na Holanda. Alguns anos se

passaram, meu avô chegara a inventar a verdadeira máquina a vapor. Para isso, em

1765, melhorou uma máquina a vapor inventada por Newcomen, introduzindo um

condensador separado para condensar o vapor vindo do cilindro e reutilizou o vapor

produzido para acionar o êmbolo, o que tornou a máquina mais eficiente.

Em 1789 introduziu o regulador centrífugo para controlar automaticamente a entrada

de vapor na máquina e introduziu a expressão "cavalo-vapor".

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Joseph Wilson Swan

Anos depois, na Inglaterra, nasceu o meu pai, Joseph Wilson Swan, que recebeu o mesmo

nome do pai da minha avó, ele foi um físico e químico que em 1850, quando mudamos

para américa, começou a trabalhar em uma lâmpada utilizando filamentos de papel

carbonizado em um bulbo de vidro evacuado. Em 1860 ele foi capaz de demonstrar um

dispositivo de trabalho, e obteve uma patente britânica cobertura parcial de vácuo,

lâmpada incandescente de filamento de carbono. No entanto, a falta de um bom vácuo e

uma fonte adequada elétrica resultou em uma lâmpada eficiente com uma vida útil curta.

Papai voltou a considerar o problema da lâmpada com a ajuda de um vácuo melhor e um

segmento carbonizada como um filamento. A característica mais importante da melhoria

da lâmpada Swan era de que havia pouco residual de oxigênio no vácuo do tubo para

acender o filamento, permitindo assim que o filamento de brilho quase incandescente, sem

pegar fogo. No entanto, seu filamento de baixa resistência tinha, necessitando de fios de

cobre pesado para abastecê-lo.

Porém um dos seus ajudantes, Thomas Edison, robou o projeto de meu pai que veio a

falecer de tristeza. Desde então estou caçando este ladrão antes que publique a ivenção do

meu pai como sua.

Joseph Wilson Swan e Cainan Klinsman Swan

*Texto Joseph Wilson Swan, Fabiano de Sousa - *Texto James Watt colaboração Cainan

Klinsman Swan

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Capítulo 8 - Richão: ‘’Eu sou a lei e isso acaba aqui’’

Wyatt Berry Stapp Earp

Meu pai, Wyatt Berry Stapp Earp , é mais conhecido como um temido xerife de fronteira que trabalhou em várias cidades do velho oeste onde ocupou vários postos policias e foi um dos protagonistas do tiroteiro em Armadilho junto com seus irmãos Virgil Earp e Morgan Earp. Morgan Earp foi assassinato por um clã desconhecido uma semana depois do tiroteiro em Armadilho, Wyatt Earp junto com seu irmão Virgil Earp perseguiram os suspeitos durante algumas semanas que resultou em morte. Após ser acusado de vários assassinatos, Wyatt e sua esposa fugiram para rancho da família com seu filho Richard Fernandes Earp. Onde Wyatt morreu aos 80 anos com uma doença desconhecida deixando tudo o que tinha a sua esposa e seu filho; um salão de jogos e varias jazidas que continham ouro e cobre, que com o passar dos anos foram roubados por vários clãs que invadiram seu rancho mantando sua mãe. Após vários anos segui o caminho do meu pai me tornando um marchall e como xerife procurei manter a ordem por onde passei e nessa minha caminhada jurei vingar a morte de minha mãe que covardemente foi assassinada. Um certo dia em minha delegacia fiquei sabendo que alguns clãs estavam roubando cidades, trens e diligencias. E possivelmente os assassinos que estavam envolvidos na morte minha mãe e do meu tio.

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Como eu queria fazer justiça com minhas proprias mãos, abandonei meu posto foi ai que conheci o Sonolindo, o Cainan e cheguei até aqui, me transformando em um dos CAÇADORES, levando comigo a frase do meu pai: ‘’Eu sou a lei e isso acaba aqui’’.

*Textos deste capítulo de RICHÃO (Richard Fernandes) editado por Fabiano de Sousa

Capítulo 9 – Django o monge pistoleiro Fiquei uma década num mosteiro, tentando viver longe do meu passado violento como um pistoleiro. Porém, me vi compelido a novamente empunhar as armas quando fiquei sabendo que minha filha, jovem e bonita, foi raptada por um bandido cruel, o Príncipe Orlowsky. Louco, refinado e sádico, Orlowsky navegava pelo rio raptando garotas e escravizando homens para trabalhar em sua mina. A seu lado ele tinha sua amante, uma linda e perversa mestiça e três impiedosos capangas encarregados de eliminar seus inimigos. Tentei de todas as formas salvar minha filha e suas companheiras. Disfarcei-me de padre e a bordo de um carro fúnebre que carrega uma metralhadora, tentei proteger os inocentes e aniquilar os bandidos.

Django

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Consegui matar os bandidos, mas cheguei tarde para salvar minha filha, eles mataram minha linda filha e todas as outras pessoas, um dia antes da minha chegada. Explodiram a mina com todos dentro, foi uma forma de protestar contra os federais que costumavam colher propinas para fazer vistas grossas com o que eles faziam.

Por isso odeio os federais e agora meu irmão, meu Dos Anjos, meu único parente vivo foi capiturado por eles.

Capítulo 10 – Caçadores viram caças de puma e federais. Enquanto ouviram as histórias, comeram boa parte do javali. E na madruga iluminada por um céu de estrelas, a fogueira espantava o frio e o puma que de longe espreitava, mas não esboçava nenhum ataque.

O sono e o cansaço venceram os caçadores que acabaram adormecendo.

É fato que as incríveis histórias e o saboroso javali caíram como um sonífero para nossos heróis que dormiam profundamente.

Pela manhã, Robson acordou o bando com um ar de surpresa.

A fogueira já havia se transformado em cinzas e a sobra do javali já não existia, não ficando nem os ossos.

Sonolindo, perito em rastros, percebeu sobre a vegetação rasteira, pegadas do nosso puma sorrateiro. O felino esperou o momento certo e sem chamar atenção passou a perna, ou melhor, as patas, nos caçadores.

Todos riram, juntaram as coisas nos lombos dos cavalos e partiram para Chuparosa. Seria uma viagem de dois dias e uma noite, se nada os atrapalhassem pelo caminho, porém, por prudência fariam o resgate na segunda noite.

Em Las Hermanas, cartazes de procurados do Rocha, do Richão, do Cainan, do Django e de um ameríndio adulto eram distribuídos para serem espalhados por toda redondeza.

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Os sobreviventes do massacre de El Presidio divulgaram informação falsa sobre nosso indiozinho. Com medo do vexame público se espalhar por todo território, informaram que foram abordados inicialmente por um ameríndio de quase dois metros de altura, pois corriam o risco, além do vexame nacional, de perderem seus cargos se divulgassem que na verdade o ameríndio era uma criança com menos de um metro e meio. E como Sonolindo não foi visto em “Casa Madrugada”, pois passou o tempo todo dentro carruagem, ninguém podia desmenti-los.

*artes cartazes Cainan Klinsman *Textos Fabiano de Sousa

Capítulo 11 – Búfalo Branco No caminho algo inusitado aconteceu, Richão se afastou um pouco dos demais e fez uma pequena parada num riacho para beber água e abastecer os cantis e bolsas de água. De repente ele avistou um Búfalo Branco do outro lado do riacho.

Surpreso e extasiado calmamente tentou chegar até a outra margem quando escorregou e caiu com tudo, ficando completamente submerso. Como sabia nadar levantou a cabeça para respirar, neste instante percebeu o Búfalo Branco tinha sumido.

Richão voltou para junto dos demais que descansavam os pés na sobra de uma árvore. Não se aguentou e começou a contar aceleradamente o que tinha visto.

Um calmo silêncio acometeu o bando e em seguida uma gargalhada desacreditada. Mas Sonolindo ficou extasiado também e pediu para que Richão o levasse até o local da visão.

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Richão imediatamente o levou até lá. Ficaram alguns segundos esperando e nada. Foi quando Sonolindo disse:

-“Você Richão, está ligado a este Búfalo Branco, certamente ele virá até você!

_Como assim? O que sabes sobre isso? – perguntou ele.

Então Sonolindo começou a falar:

_Um dia, dois jovens guerreiros Sioux estavam caçando nas pradarias do Minesota. Ao subirem uma colina em busca de caça, eles foram surpreendidos ao verem uma jovem mulher, muito bonita surgir diante deles numa nuvem. Retendo o fôlego, eles a observavam. Ela trajava vestes feitas de corça branca. Levava a tiracolo uma sacola de pele e uma pele de búfalo em uma das mãos. Uma pena de águia, trançada nos seus longos cabelos negros, reluzia à luz do sol. - Não tema, disse a mulher, eu trago paz e felicidade para vocês. Agora me falem, por que vocês estão longe de sua aldeia?

A graça a beleza dela, incendiou o guerreiro mais velho com pensamentos lascivos, que calou-se. O mais jovem, então respondeu:

- Nossa aldeia está com falta de comida. Nós estamos caçando.

- Aqui, ela disse, leve de volta este pacote aos seus. Diga para os Chefes das sete fogueiras da sua tribo, para reuniremse na fogueira do conselho e esperarem por mim.

Ao escutar essas palavras, o mais velho deu voz ao seu desejo de acasalar-se com ela, ali mesmo na pradaria, debaixo do sol. No momento em que o guerreiro mais velho tentou agarrá-la, a mulher envolveu-o na pele de búfalo. Uma nuvem

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envolveu o corpo dele, e quando o pó assentou, no lugar do guerreiro havia um esqueleto recoberto de vermes.

Foi então que Mulher Búfalo Branco, falou ao jovem guerreiro:

- O homem que olha primeiro a beleza exterior de uma mulher, nunca conhecerá sua beleza divina, pois ele é um cego. Mas o homem que primeiro vê a beleza de seu espírito e sua verdade, esse homem conhecerá o Grande Espírito

nessa mulher; se ela quiser deitar-se com ele, ele compartilhará com ela um prazer mais pleno do que poderia imaginar.

- Você, quando me olhou, não ficou cego com a minha beleza, mas seu primeiro pensamento foi: Quem é essa mulher? De onde ela vem? Será ela uma mulher sagrada?

- Meu jovem, você também terá o que deseja.

- Você e seu amigo simbolizam dois caminhos que os homens podem seguir. Se procurar primeiro a sagrada visão do Grande Espírito, estará vendo da mesma maneira que o Criador, e por isso você saberá que aquilo que necessitar da terra chegará às suas mãos. Mas se preferir seguir primeiro, esquecer o Grande Espírito, satisfazer os seus desejos terrenos, você morrerá por dentro. Foi então que o jovem guerreiro resolveu perguntar quem era ela. Ela olhou profundamente nos olhos dele e respondeu:

- Eu sou o Espírito da Verdade. Seu povo me conhece como a Mãe dos Mais Velhos; mas como você pode ver, não sou tão velha assim. Sou a Grande Mãe, que vive dentro de cada Mãe, a moça que brinca em cada criança. Sou a face do

Grande Espírito, que seu povo esqueceu. Vim para falar para as nações da planície. Vá para sua aldeia e prepare a minha chegada. Tenho algumas coisas a ensinar, coisas sagradas que sua tribo esqueceu. O jovem então correu ao seu povo, para transmitir a mensagem da Mulher Búfalo Branco aos Chefes das Sete Fogueiras de sua tribo. Após ouvirem o jovem, toda tribo começou a trabalhar numa enorme cabana, coberta de muitas peles, na qual toda tribo pudesse se reunir.

Quando viram Mulher Búfalo Branco se aproximando pela pradaria, ficaram atônitos. Esperavam por alguém de mais idade. E ela parecia uma donzela, graciosa como a relva que se movia em torno dela no crepúsculo. Seu rosto brilhava como uma luz que falava das flores e das mais finas ervas.

Descalça, como sempre andava nas suas viagens pela terra, ela entrou na grande cabana. Seu vestido de pele de Búfalo Branco irradiava a presença de seu espírito. Sem dizer uma palavra, andou em círculo em torno do fogo que ardia no centro da cabana. Cada vez que seus delicados pés tocavam a areia ao redor do fogo, os que a observavam sentiam que cada gesto seu era uma prece de profunda reverência à terra.

Devagar, em silêncio, ela contornou o fogo sete vezes.

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Quando por fim ela falou, sua voz era como a canção dos pássaros das pradarias.

- Sete vezes, andei em sete círculos em torno deste fogo, em reverência e silêncio. O fogo simboliza o amor que arde para sempre no coração do Grande Espírito. É o fogo que aquece cada criatura no mundo. Vocês são como um ser único.

Esta cabana, feita de muitas peles, é o corpo de vocês. O fogo que arde no centro dela é o amor de vocês. Parou um momento e, devagar, curvou-se para tirar um graveto incandescente das chamas. Este fogo é mais forte que qualquer um de vocês. Seu povo esqueceu, o que é mais precioso que a água. Vocês esqueceram suas ligações com o Grande Espírito. Eu vim, disse ela erguendo o graveto, como um fogo do céu para reavivar a memória daquilo que foi, e fortalecê-los para os tempos que virão.

Pousou novamente o graveto no fogo e pegou uma sacola de pele que trazia.

- Nesta sacola, trago um cachimbo para ajudá-los a recordarem os ensinamentos que eu trago. Tratem-no sempre com respeito. Levem-no sempre em sacolas das mais finas peles, enfeitadas pelas mãos mais reverentes. Ponham neste cachimbo um tabaco sagrado plantado especialmente para esse fim. Fumem-no com um sentimento de gratidão ao

Grande Espírito, de cujo sopro vocês receberam a vida. Usem o fumo para representar seus pensamentos, suas orações e aspirações ao Grande Espírito.

Até então ela ainda não tinha aberto a sacola na qual estava o cachimbo. Desatou as tiras de couro que a amarrava, e retirou o cachimbo com tal reverência que todos que estavam na cabana, sentiram o coração transbordando e os olhos cheios de lágrimas.

- Este cachimbo sagrado, e cada tragada de fumo sagrado que vocês inalarem pelo seu tubo, ajudará vocês a recordarem que cada sopro de vocês é sagrado. O fornilho do cachimbo é feito de pedra vermelha. Tem o formato de círculo. Simboliza a Roda Sagrada, o sagrado círculo da vida, o dar e receber, da inalação e da exalação, pelo qual todas as coisas vivas ingressam na vida pelo poder do Grande Espírito.

Pedindo um pouco de tabaco, Mulher Búfalo Branco colocou-o no fornilho do cachimbo dizendo: não repouse nua ao sol. Vocês estão aqui para cuidar da terra. Suas vidas são acesas pelo mesmo fogo que arde no coração do Grande Espírito." Assim falando, ela colocou um pequeno graveto no fogo para que ardesse como chama viva. Da mesma forma que acendo esse graveto no grande fogo, assim todo ser humano é uma chama que faz parte do fogo eterno do amor do Grande Espírito.

Devagar, ela tirou o graveto em chamas do fogo, e ergueu-o para que todos o pudessem ver.

- Quando vocês viverem em harmonia com o Grande Espírito, sua chama de amor será vivida sempre por aqueles ventos espirituais. Vocês serão tomados de amor pela própria razão da vida! Acenderão o fogo do amor em todos os que

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encontrarem. Conhecerão o propósito de sua travessia por esse mundo e saberão que o Grande Ser deu uma chama da vida a todos: não para guardarem sua pequenina chama somente para si, amando apenas aquilo que é necessário às suas vidas, mas sim para que pudessem dar o seu amor, e com o fogo desse amor trazer consciência para a terra.

Dizendo isto, ela segurou o graveto bem em cima do fornilho vermelho do cachimbo. Encostou a chama bem no centro o cachimbo, aspirando suavemente pelo tubo até o tabaco incandescer. O cheiro do fumo invadiu o ambiente.

- Assim como o tabaco queima neste cachimbo de terra que representa as plantas, continuou Mulher Búfalo Branco, assim também esse búfalo que vocês vêem entalhados no fornilho de pedra do cachimbo representa as criaturas uadrúpedes que compartilham com vocês esse mundo sagrado. As doze penas que pendem o tubo do cachimbo epresentam os seres alados com os quais vocês compartilham o grande círculo do céu. Em seguida ela passou o cachimbo ao chefe do conselho dizendo:

- Tomem este cachimbo. Agradeçam ao Grande Espírito, e passem o cachimbo aos outros do nosso círculo. Que seus pensamentos sejam elevados ao Grande Espírito que vem agora mexer com suas memórias, abrindo os olhos de seus narradores. Cada amanhecer que nasce vermelho no céu do leste, como o fornilho vermelho deste cachimbo, é o nascimento de um novo dia, de um dia sagrado. Lembrem-se sempre de tratar cada criatura como um ser sagrado: as pessoas que vivem além das montanhas, os pássaros, os peixes e os outros animais, todos eles são irmãs e irmãos de vocês. Todos constituem parte sagrada do corpo do Grande Espírito. Tudo é Sagrado.

Neste momento, o cachimbo começa a ser passado de mão em mão. Depois que todos que estavam na cabana deram uma baforada, Mulher Búfalo Branco levantou com reverência o cachimbo para que todos vissem.

- Levem sempre o cachimbo com vocês. Trate-o como um objeto sagrado. Honrem todas as criaturas e vivam suas vidas em harmonia com o Caminho Sagrado do Equilíbrio de que fala cada árvore, cada flor e cada novo dia. Haverá muitas estações nas quais o coração de vocês se sentirá claro e puro como uma nascente nas montanhas, e vocês conhecerão a paz e a alegria do Grande Espírito. Mas, se vocês sentirem que se afastaram da trilha do Caminho Sagrado, se seus corações passarem a pesar dentro de vocês, não percam tempo em arrependimento. Ensinar-lhes-ei uma cerimônia, disse ela acendendo o cachimbo mais uma vez no fogo sagrado, uma cerimônia que cada um de vocês pode fazer em companhia de outros, a sós em suas tendas, ou lá fora, na pradaria.

Ela deu uma pequena baforada no cachimbo e continuou:

- Parem suas atividades e procurem uma pedra sobre a qual sentar. Rogando orientação do Grande Espírito, acendam o cachimbo e deixem que o fornilho vermelho lhes lembre a sagrada escritura, o caminho da vida, o trilho vermelho do sol.

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Depois de ter aspirado seu fumo em honra do Grande Espírito, em honra da Mãe Terra, em honra dos animais e das pessoas que são fiéis à realidade; depois de ter dado graças as quatro direções, então aspirem uma vez mais para pedirem orientação aos grandes seres alados do mundo dos espíritos.

Peçam para ajudá-los a ver o melhor procedimento a seguir, para fazer a escolha mais sábia e a reconhecer os passos que devem tomar na trilha que seu EU mais profundo escolher. Isso permitirá que o fogo que arde dentro de vocês fale em termos claros, sem interrupções. Peçam também que os seres espirituais que os cercam, entrem em sua vida.

Diga-lhes que desejam ajudá-los e ao Grande Espírito, e perguntem-lhes como fazer isto. Pois, ao ajudarem o Grande Espírito, vocês se ajudarão. Os seres humanos não são inteiramente felizes nem saudáveis senão quando servem aos propósitos para os quais o Grande Espírito os criou.

Novamente ela entregou o cachimbo, para que fosse passado de mão em mão. Durante muito tempo, Mulher Búfalo Branco permaneceu em silêncio, mesmo após ter completado o círculo de baforadas no cachimbo. Quando falou novamente, comparou seus ensinamentos a uma árvore; uma árvore que iria florescer na medida que tomavam a si essas coisas, plantando-as no coração de cada um e aplicando-as no dia a dia.

- Durante longo tempo, ela continuo-o, vocês viverão sob a sombra sagrada da Árvore da Compreensão que estou plantando nas suas consciências. E, nas gerações vindouras, seu povo estará unido novamente no Sagrado Círculo da Vida. Infelizmente, essa árvore será derrubada depois de algumas gerações. A árvore parecerá morrer. A Roda Sagrada murchará até ser esquecida. Alguns poucos manterão a luz da verdade ardendo nos seus corações, mas a luz será fraca e, mesmo neles, passará a ser uma brasa pequena e imperceptível.

Guardando o cachimbo na sacola, ela continuou:

- Mas a brasinha permanecerá. Em silêncio, continuará. Mesmo quando vocês tiverem suas terras invadidas, vendidas e roubadas. Essa brasa ainda manterá sua luz acesa, e saibam, meu povo: um grande fogo pode sair de uma única brasa! Quando a tempestade passar, essa brasa acenderá um alvorecer mais forte do que qualquer outra alvorada. Uma nova árvore crescerá, mais gloriosa do que esta que agora deixo com vocês. Com o novo alvorecer, eu voltarei e viverei com vocês. Debaixo da sombra dessa árvore, estarão reunidos, não somente as tribos vermelhas, mas as tribos brancas, as tribos negras e as tribos amarelas, vindo de todas as direções. Em harmonia, as quatro raças viverão sob os ramos da nova árvore. Tudo que foi quebrado será refeito por inteiro. A Roda Sagrada será consertada. A comida será farta e os espíritos de todas as criaturas alegrar-se-ão na harmonia de uma nova ordem perfeita. O Grande Espírito, estará atuando dentro das raças, vivendo, respirando, criando através dos povos da terra. A paz virá as nações.

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Despediu-se dizendo que voltaria um dia, então transformou-se num Búfalo Branco, e sumiu envolta nas nuvens e nunca mais foi vista, até o dia de hoje.

Ela se mostrou para você e por isso vocês estão ligados agora e para sempre

Capítulo 12 - “OS SETE SELOS DO APOCALIPSE”.

Django foi distrair um guarda enquanto os demais entravam por traz da Cadeia.

Cuidadosamente, Sonolindo subiu no telhado do banco enquanto Cainan observava tudo de cima da pousada.

Rocha entrou pela frente da cadeia e em uma ação rápida pôs á nocaute um vigia que estava na porta da cela.

Richão entrou em seguida e pegou as chaves que estavam penduradas na parede. Abriu a cela para libertar Dos Anjos e, rapidamente todos saíram pelos fundos sem chamar a atenção.

Tudo estava correndo perfeitamente bem, já estavam ficando peritos em fugas e resgates.

Robson que cuidava dos cavalos, foi visto por um guarda, mas quando este pensou em aborda-lo foi ao chão ao receber uma pedra na cabeça lançada por Sonolindo de cima do telhado.

Pronto! Todos subiram nos cavalos e começaram a fuga.

Um guarda que acabara de entrar na prisão percebeu o prisioneiro não estava mais lá e deu alarde aos demais que sem saberem o que fazer, corriam de um lado para o

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outro à procura do fugitivo, mas já era tarde. Aos poucos nossos heróis sumiam na escuridão daquela noite que mesmo com a luz da lua e das estrelas, pouco se podia enxergar, pois a poeira lançada pela corrida dos cavalos, serviam como cortinas impedindo a visão de qualquer um.

O bando estava formado: Rocha, Robson, Sonolindo, Django, Richão, Cainan e Anjos, formaram a primeira leva dos CAÇADORES que devido as suas vitórias e pavor causado aos inimigos ficaram também conhecidos como “OS SETE SELOS DO APOCALIPSE”.

Os sete selos é descrito como um rolo selado, ao longo de suas beiradas, com sete selos, dando a entender que estava tão fechado que somente um grande poder seria capaz de abri-lo. Ou, seja esta aliança estava totalmente fechada. Sete homens e um destino: Vingar uns aos outros.

Fim da primeira temporada... O primeiro capítulo da segunda temporada já está pronto e, será inserido aqui no mês de maio. Na segunda temporada, entre muita ação e aventura, estará o incrível capítulo sobre o vilão Thomas Edison, não percam!

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Obra: A história dos Caçadores do Red Dead De: Fabiano de Sousa (CACADORES_SONO) (março-abril 2012)

Contato: caç[email protected]

Protegido na lei de direitos autorais LEI Nº 9.610, de 19 Fev 1998 Material de pesquisa Wikipédia

Colaborações: de Cainan Klinsman no capítulo 7 (parcial); de Richard Fernandesno capítulo 8 (integral).