A HISTÓRIA DO CINEMA

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UNIVERSIDADE PAULISTA CLAUDIO ROSA MIRANDA R.A. 768837-7 A HISTÓRIA DO CINEMA SÃO PAULO 2008 "O cinema é uma maravilhosa máquina do tempo: é possível apresentar aos jovens de hoje os jovens da década de 60 que tinham um objetivo pelo qual lutar." ( Bernardo Bertolucci ) RESUMO Neste trabalho apresento de forma detalhada a história da chamada sétima arte: o Cinema. Destaco através de uma ordem cronológica todos os fatos que possibilitaram a criação e o desenvolvimento do cinema mundial. Em si, o cinema se fez baseado em idéias e conceitos diversos, em teses científicas e culturais, que foram se aperfeiçoando ao longo do tempo. Falar da história do cinema é realmente complicado, pois não existe somente um criador, e sim vários colaboradores que contribuíram para a criação da sétima arte. INDICE 01 - Os primeiros passos A pré-história.............................................. Pág. 05 02 - Desenvolvimento no oriente........................................................... Pág. 05 03 - Experiências Científicas................................................................. Pág. 06 04Primeiras Animações...................................................................... Pág. 07

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UNIVERSIDADE PAULISTA

CLAUDIO ROSA MIRANDA

R.A. 768837-7

A HISTÓRIA DO CINEMA

SÃO PAULO

2008

"O cinema é uma maravilhosa máquina do tempo:

é possível apresentar aos jovens de hoje os jovens da década

de 60 que tinham um objetivo pelo qual lutar."

( Bernardo Bertolucci )

RESUMO

Neste trabalho apresento de forma detalhada a história da chamada sétima arte: o Cinema.

Destaco através de uma ordem cronológica todos os fatos que possibilitaram a criação e o

desenvolvimento do cinema mundial. Em si, o cinema se fez baseado em idéias e conceitos

diversos, em teses científicas e culturais, que foram se aperfeiçoando ao longo do tempo. Falar

da história do cinema é realmente complicado, pois não existe somente um criador, e sim

vários colaboradores que contribuíram para a criação da sétima arte.

INDICE

01 - Os primeiros passos – A pré-história.............................................. Pág. 05

02 - Desenvolvimento no oriente........................................................... Pág. 05

03 - Experiências Científicas................................................................. Pág. 06

04– Primeiras Animações...................................................................... Pág. 07

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05 - A fotografia..................................................................................... Pág. 09

06 - Primeiros Filmes Reais................................................................... Pág. 12

07 - Os filmes mudos............................................................................. Pág. 13

08 - O cinema sonoro............................................................................. Pág. 14

09 - Desenvolvimento do filme colorido................................................. Pág. 15

10 - Cinema no Brasil............................................................................. Pág. 15

11- Conclusão........................................................................................ Pág. 16

12 - Bibliografia...................................................................................... Pág. 18

Prólogo

Não podemos dizer exatamente quando tudo começou, nem ao menos que é realmente o

pai do Cinema, seria no mínimo injunto atribuir somente à uma pessoa e à um fato toda a

criação da Sétima arte.

Por tanto, devemos levar em consideração as pequenas mas importantes colaborações

para o desenvolvimento do que mais tarde se tornaria o cinema. Dentre elas está pré-história

com a arte rupestre.

1. Os primeiros passos – A prè-história

Muito antes de qualquer exeperimento científico, ou até mesmo de envolvimento cultural,

os homens das cavernas já utilizavam métodos artisticos de representar o movimento em seus

desenhos

Arqueólogos constantam que estes desenhos geralmente de arte rupestre foram às

primeiras formas de representar os aspéctos didâmicos de vida humana e da natureza.

2. Desenvolvimento no oriente

Surgindo na China por volta de 5.000 a.c. os chamados jogos de sombras foram projeções

sobre paredes, telas, panos, etc, com figuras humanas ou objetos manipulados.

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Este efeito ocasionava nos espectadores um misto de emoção, suspense e aterrorizantes

arrepios, pois as animações eram complementadas com narrações quase sempre direcionadas

as histórias de principes, reis, guerreiros e dragões.

(Vejas Figura 1)

[pic]

3. Experiências Científicas

Uma das mais importantes colaborações do cinema está contida nas informações e

experiências científicas, dentre elas uma em especial se destacou, conhecida como a

Persistência da Visão ou Persistência da Retina, explanada em 1824 pelo pesquisador Peter

Mark Roger.

Peter explanou sua tese baseada nas experiências de Isaac Newton que utilizando

um disco de papelão pintado com todas as cores do arco-iris (chamado disco de newton)

demonstrou que ao girá-lo, as cores se fundem em nossos olhos, e o disco parece branco.

(Pedrosa, 1982:51) Veja figuras 2 e 3.

[pic]

Esta tese explica a Peristência da imagem projetada na retina, tempo e capacidade de

manter-se por uma fração de segundo, mesmo que a mesma venha a mudar, como acontece

em imagens sequenciais mesmo que com pequenas alterações.

Comprovado esta tese, alguns anos depois o Físico Joseph-Antonie Plateau mediu o tempo

da persistência da retina, segundo ele, para que uma série de imagens cause a ilusão de

movimento, é indispensável que de sucedam a quantidade de 10/segundos, ou seja, dez

imagens por segundo. Esta projeção possibilitou assim, que diversos aparelhos de reprodução

de imagens em movimentos fossem desenvolvidos.

Até então, acreditava-se que a persistência da retina era causada por um fenômeno

fisiológico, ou seja, estava ligado exclusivamente a retina, mas em 1912 Max Wertheimer e

Hugo Musterberg explanou a tese da Síntese do Movimento ao qual se deu o nome de

fenômeno Phi. Este providencia uma ponte mental entre as figuras expostas aos olhos

permitindo ver uma série de imagens estáticas como apenas um movimento contínuo, isto é,

se duas imagens são expostas aos olhos em diferentes posições uma após a outra e com

pequenos intervalos de tempo, os observadores julgam que se trata de apenas uma imagem

que se move da primeira para a segunda posição.

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4 Primeiras Animações

O mesmo Joseph Plateau que pela primeira vez mediu o tempo de persistência da retina

também desenvolveu os aparelhos Zoótropo e o Fenaquistoscópio na intenção de gerar as

primeiras animações gráficas.

4.1 O fenaquistoscópio

O primeiro brinquedo que realmente criava a ilusão de movimento. Inventado entre 1828 e

1832, é formado por dois discos de papel ligados um ao outro por meio de uma haste fixada

em um orifício no centro de cada disco. Um dos discos possui uma seqüência de imagens

pintadas em torno do eixo e o outro possui frestas na mesma disposição. Quando os discos são

girados, o espectador vê as imagens do primeiro disco em movimento através das frestas do

segundo.

[pic]

Já Zoótropo teria uma série de desenhos impressos horizontalmente em tiras de papel,

colocados dentro de um tambor giratório movido sobre um eixo.

4.2 Taumatróscopio

Em 1825 o Físico londrino Dr. John Ayrton Paris desenvolveu o Taumatróscopio, este se

trata de um disco com duas figuras diferentes desenhadas uma em cada lado, mas em

posições invertidas. Cada extremidade do disco possui um pedaço de fio. Quando se faz girar o

disco rapidamente sobre o fio esticado, as duas imagens parecem estar sobrepostas dando a

ilusão de se tratar apenas de uma figura. Quanto mais depressa o disco girar, maior será a

ilusão criada

4.3 Estroboscópio

O Estroboscópio era bastante similar ao Fenaquistiscópio no que diz respeito à construção,

operação, aparência e acabamentos, por isso eram muitas vezes confundidos um com o outro

e só olhares mais atentos conseguiam notar a diferença. Este aparelho foi desenvolvido em

1833 pelo austríaco Simon Stampfer. Contudo não existem registros que Stampfer conhecia

Plateau e o trabalho que este vinha desenvolvendo.

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4.4 Zootroscópio ou Daedalum

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O Zootroscópio ou Daedalum descreve-o como sendo um cilindro oco tendo rasgadas nas

bordas superiores um certo número de fendas espaçadas regularmente uma das outras.

Qualquer desenho colocado no interior dos intervalos situados entre as fendas é visível através

das fendas opostas. Se esses desenhos reproduzem as fases sucessivas de uma ação obtém-se,

fazendo girar o cilindro, o mesmo efeito de movimento que se observa com o Fenaquistiscópio

e/ou Estroboscópio, não havendo a necessidade de colar o olho ao aparelho, já que quando

gira parece transparente e várias pessoas podem simultaneamente admirar o fenômeno.

O Daedalum foi rapidamente comercializado e passou-se a denominar de Zootroscópio.

Forneciam-se com o aparelho coleções de fitas com desenhos que se colocavam e se

substituíam na face interior do cilindro. Inventado em 1834 por William George Horner,

partindo dos estudos de Simon Stampfer, trata-se de mais um dos brinquedos ópticos que

permite visionar um movimento contínuo ou em ação cíclica.

5 Fotografia – Um passo importante para o Cinema

Seria praticamente impossível falar da história do cinema sem nem ao menos mencionar a

criação e evolução da fotografia, pois a mesma possibilitou que a sétima arte saísse apenas da

animação e inovasse uma nova forma: A exibição de filmagens reais.

A fotografia em si, teve origem na França no século XVIII quando ela ainda vivia um período

de instabilidade política conseqüência da Revolução Francesa e do Império Napoleônico, mas

muito antes de qualquer vestígio de uma fotografia mais adequada já existiam descobertas

importantes que possibilitariam mais tarde a criação da fotografia em si como por exemplo a

Câmara Escura.

O conhecimento do seu princípio ótico é atribuido, por alguns historiadores, ao chines Mo

Tzu no século V a.C., outros indicam o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) como o

responsável pelos primeiros comentários esquemáticos da Camera Obscura.

[pic]

Sentado sob uma árvore, Aristóteles observou a imagem do sol, em uma eclipse parcial,

projetando-se no solo em forma de meia lua ao passar seus raios por um pequeno orifício

entre as folhas de um plátano. Observou também que quanto menor fosse o orifício, mais

nítida era a imagem.

No século XIV já se aconselhava o uso da câmara escura como auxílio ao desenho e à

pintura. Leonardo da Vinci (1452-1519) fez uma descrição da câmara escura em seu livro de

notas sobre os espelhos, mas não foi publicado até 1797. Giovanni Baptista della Porta (1541-

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1615), cientista napolitano, em 1558 publicou uma descrição detalhada sobre a câmera e seus

usos no livro Magia Naturalis sive de Miraculis Rerum Naturalium. Esta câmara era um quarto

estanque à luz, possuía um orifício de um lado e a parede à sua frente pintada de branco.

Quando um objeto era posto diante do orifício, do lado de fora do compartimento, a sua

imagem era projetada invertida sobre a parede branca.

Em 1620, o astrônomo Johannes Kepler utilizou uma Câmara Escura para desenhos

topográficos. O jesuita Athanasius Kircher, erudito professor de Roma, descreveu e ilustrou

uma Câmara Escura em 1646, que possibilitava ao artista desenhar em vários locais,

transportada como uma liteira e em 1685, Johan Zahn descreve a utilização de um espelho,

para redirecionar a imagem ao plano horizontal, facilitando assim o desenho nas câmaras

portáteis.

Um cientista italiano, Angelo Sala, em 1604, observou o escurecimento de um certo

composto de prata por exposição ao sol, mas não conseguia fixar a imagem que acabava

desaparecendo.

Foram muitos os estudiosos que ao passar dos anos acrescentaram novas descobertas: em

1725 com Johan Heinrich Schulze, um professor de medicina da Universidade de Aldorf, na

Alemanha e no início do século XIX com Thomas Wedgwook, que, assim como Schulze obteve

silhuetas fixas em negativo, mas a luz continuava a escurecer as imagens.

Fotografia de fato, surgiu no verão de 1826, pelo inventor e litógrafo francês Joseph

Nicéphore Niépce. Em fevereiro de 1827, Niépce recebeu uma carta de Louis Daguerre, de

Paris, que manifestou seu interesse em gravar imagens. Em 1829, tornaram-se sócios, mas

Niépce morre em 1833. Seis anos depois, em 7 de janeiro de 1839, Daguerre revela à

Academia Francesa de Ciências um processo que originava as fotografias ou os aguerreótipos.

5.1 Fuzil Fotográfico

O Fuzil Fotográfico consistia em um tambor forrado por dentro com uma chapa fotográfica

circular, são instaladas 24 máquinas fotográficas em intervalos regulares ao longo de uma pista

de corrida, a cada máquina eram ligados fios que atravessavam a pista. Com a passagem de

um cavalo, os fios são rompidos, desencadeando o disparo sucessivo dos obturadores, que

produzem 24 poses consecutivas. Esses estudos foram baseados na experiência desenvolvida,

em 1872, pelo inglês Edward Muybridge, que decompõe o movimento do galope de um

cavalo. É em 1878 que o fisiologista francês Étienne-Jules Marey desenvolve o fuzil fotográfico.

http://eba.ufmg.br/panorama/genesis

[pic]

5.2 Cavalo em movimento

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Em 1876, Eadweard James Muybridge fez uma experiência, primeiro colocou doze e depois

24 câmaras fotográficas ao longo de um hipódromo e tirou várias fotos da passagem de um

cavalo. Ele obteve assim a decomposição do movimento em várias fotografias e através de um

zoopraxinoscópio pode recompor o movimento. Em 1882, Étienne-Jules Marey melhorou o

aparelho de Muybridge. http://pt.wikipedia.org

[pic]

6 Primeiros Filmes Reais.

Na década de 1890, Thomas Alva Edison construiu a primeira máquina de cinema, o

quinetoscópio, que tinha uns 15 metros de película em um dispositivo análogo a uma espiral

sem fim, que o espectador — individual — tinha que ver através de uma lente de aumento. As

experiências com projeção de imagens em movimento visíveis por mais de um espectador

foram realizadas simultaneamente nos Estados Unidos e na Europa. Na França, os irmãos Louis

e Auguste Lumière, em 1895, chegaram ao cinematógrafo, invento que era ao mesmo tempo

câmara, copiadora e projetor, que é o primeiro aparelho que se pode qualificar

autenticamente de cinema. Produziram também uma série de curta-metragens, no gênero

documentário, com grande êxito. Em 1896, o ilusionista francês Georges Méliès demonstrou

que o cinema servia não apenas para registrar a realidade, mas também para torná-la divertida

ou falseá-la. Realizou uma série de filmes que exploravam o potencial narrativo do novo meio

e rodou o primeiro grande filme a ser exibido, cuja projeção durou cerca de quinze minutos:

L’affaire Dreyfuss (O caso Dreyfuss, 1899). Mas Méliès é famoso sobretudo por suas notáveis

fantasias, como Viagem à lua (1902), nas quais experimentava as possibilidades de trucagens

com a câmara cinematográfica.

O estilo documentalista dos irmãos Lumière e as fantasias teatrais de Méliès fundiram-se

nas ficções realistas do inventor americano Edwin S. Porter, que produziu o primeiro filme

interessante de seu país, Great train robbery, em 1903. Esse filme teve um grande êxito e

muito contribuiu para que o cinema se transformasse em um espetáculo de massa. As

pequenas salas de exibição, conhecidas como "cinema poeira", espalharam-se pelos Estados

Unidos e o cinema começou a firmar-se como indústria.

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7 Os filmes mudos

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Entre 1909 e 1912, todos os aspectos da nascente indústria ficaram sob o domínio de um

truste americano, a Motion Pictures Patents Company. O grupo dissolveu-se em 1912,

permitindo assim que os produtores independentes pudessem formar suas próprias empresas

de distribuição e exibição.

O cineasta mais influente desse período foi o produtor e diretor D.W. Griffith, que

aperfeiçoou os elementos até então empregados para fazer cinema. Em sua escola de

interpretação formaram-se futuras estrelas, como Mary Pickford, Lillian Gish e Lionel

Barrymore. Em 1913, Griffith terminou aquela que seria a primeira de suas obras épicas, Judith

of Bethulia, e em 1915 lançou O nascimento de uma nação, película de 12 bobinas,

considerada a primeira obra-prima do cinema.

Entre 1915 e 1920 as grandes salas de cinema proliferaram por todo o território dos

Estados Unidos, enquanto a indústria se mudava para Hollywood, onde os produtores

independentes, como Cecil B. de Mille e Mack Sennett, construíram seus próprios estúdios. A

imensa maioria dos filmes era ou do gênero faroeste, ou comédias pastelão, ou elegantes

melodramas. Mack Sennett chegou a ser então o rei da comédia e um grande descobridor de

talentos; entre eles, Gloria Swanson, Harold Lloyd e Charlie Chaplin. Este, junto com Mary

Pickford e Douglas Fairbanks, fundou a produtora United Artists, precursora do star system e

iniciadora da época de ouro de cinema mudo.

8 O cinema sonoro

Em 1926, a produtora Warner Brothers lançou o primeiro sistema sonoro eficaz, conhecido

como Vitaphone, e em 1927 produziu O cantor de jazz, de Alan Crosland, protagonizado por Al

Jolson. Em 1931, surgiu o sistema Movietone, que passou a ser adotado como padrão. A

transição do cinema mudo para o sonoro foi tão rápida que muitos dos lançamentos

distribuídos entre 1928 e 1929, que tinham começado seu processo de produção como filmes

mudos, foram sonorizados depois para adequar-se a uma demanda crescente.

Nos primeiros anos da década de 1930, um grupo de diretores liberou o cinema de uma

absoluta dependência do microfone fixo para restabelecer a fluidez do cinema e descobrir as

vantagens da sincronização posterior (a dublagem, o som ambiente e a sonorização em geral

que se seguem à montagem). Entre esses inovadores estavam Ernst Lubitsch e King Vidor.

Os filmes policiais e musicais dominaram as telas durante esses anos. O êxito de Alma no

lodo (1930), de Mervyn Le Roy, lançou o astro Edward G. Robinson. Os filmes musicais eram

intimistas, com danças e canções, como os de Fred Astaire e Ginger Rogers. Comediantes

populares, como W.C. Fields, os Irmãos Marx, Mae West e Stan Laurel e Oliver Hardy (o Gordo

e o Magro) criaram na época universos cômicos distintos e pessoais, com os quais o público de

cada um deles se identificava.

A maioria dos diretores da década de 1930 preocupou-se sobretudo em proporcionar em

seus filmes meios para fazer brilhar os astros e estrelas mais famosos, como Katharine

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Hepburn, Bette Davis, Humphrey Bogart, Joan Crawford e Clark Gable, cujas personalidades

eram apresentadas perante a opinião pública como uma extensão dos personagens que

interpretavam. Os filmes baseados em romances de sucesso, na verdade dramalhões

românticos, alcançaram seu ponto máximo na década de 1930.

A tendência a evadir-se de uma realidade não muito agradável acentuou-se naqueles anos.

Um ciclo de filmes de terror clássico gerou uma série de seqüências e imitações ao longo de

toda a década. Um que obteve um fantástico sucesso de bilheteria foi King Kong (1933), de

Merian C. Cooper. No gênero fantástico, destacou-se também O mágico de Oz (1939), de

Victor Fleming.

Um cineasta americano oriundo do rádio, o roteirista-diretor-ator Orson Welles,

surpreendeu já em sua primeira obra, com seus novos enquadramentos, perspectivas de

câmera e efeitos de som, entre outras inovações, que ampliaram consideravelmente a

linguagem cinematográfica. Seus filmes, Cidadão Kane (1941) e Soberba (1942) tiveram uma

influência capital na obra dos cineastas posteriores de Hollywood e do mundo inteiro.

9 Desenvolvimento do filme colorido

As experiências com filme colorido haviam começado já em 1906, mas só como

curiosidade. Os sistemas experimentados, como o Technicolor de duas cores, foram

decepcionantes e fracassaram na tentativa de entusiasmar o público. Mas por volta de 1933, o

Technicolor foi aperfeiçoado com um sistema de três cores comercializável, empregado pela

primeira vez no filme Vaidade e beleza (1935), de Rouben Mamoulian. Na década de 1950, o

uso da cor generalizou-se tanto que o preto e branco ficou praticamente relegado a

"pequenos" filmes.

10 Cinema no Brasil

A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em julho de 1896, no Rio de Janeiro,

poucos meses após o invento dos Irmãos Lumière. Um ano depois já existia no Rio uma sala

fixa de cinema, o "Salão de Novidades Paris", de Paschoal Segreto. Os primeiros filmes

brasileiros foram rodados entre 1897-1898. Uma "Vista da baia da Guanabara" teria sido

filmado por Alfonso Segreto em 19 de Junho de 1898, ao chegar da Europa a bordo do navio

Brèsil - mas este filme, se realmente existiu, nunca chegou a ser exibido.

10.1 Estruturação do mercado exibidor

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Acontece entre 1907 e 1910, quando o fornecimento de energia elétrica no Rio e São Paulo

passa a ser mais confiável (inauguração da usina de Ribeirão das Lajes). Em 1908 já havia 20

salas de cinema no Rio, boa parte delas com suas próprias equipes de filmagem. Exibiam filmes

de ficção das companhias Pathé e Gaumont (França), Nordisk (Dinamarca), Cines (Itália),

Bioskop (Alemanha), Edison, Vitagraph e Biograph (EUA), complementados por "naturais"

(documentários) realizados na cidade poucos dias antes (como "A chegada do Dr Campos Sales

de Buenos Aires", "A parada de 15 de novembro" ou "Fluminense x Botafogo").

Em 1909 surgem os filmes "cantados", com os atores dublando-se ao vivo, por trás da tela. O

sucesso do sistema resulta na filmagem de revistas musicais ("Paz e amor", 1910, com sátira ao

presidente Nilo Peçanha) e trechos de óperas ("O Guarany", 1911). Há forte concorrência

entre as produções do Cinematógrafo Rio Branco (de Alberto Moreira) e da Rede Serrador, que

se instala no Rio e produz o drama histórico "A República portuguesa" (1911), outro sucesso.

Hoje não existem sequer fragmentos desses filmes.

11 Conclusão

O cimena mundial básicamente se desenvolveu a partir de diversas idéias de cientistas,

artistas, inventores, e pessoas comuns.

Mesmo que estas contribuições não visavam exatamente o cinema, como por exemplo a

fotografia, ou a câmara escura, estas numa junção quase que indispensáel gerou a sétima arte.

Acredito totalmente que este trabalho, mesmo que simples pode demonstrar tudo isso,

mesmo por que, se me apeguasse totalmente a todos os detalhes, seria necessário um

trabalho arduo e que despenderia muito tempo de pesquisa.

Desta forma concluo este trabalho, sabendo que não cessarei minhas pesquisas, pois este

assunto dispertou-me grande interesse.

Bibliografia

▪ SALLES GOMES, Paulo Emílio. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. Ed. Paz e Terra, Rio

de Janeiro, 1980.

Page 11: A HISTÓRIA DO CINEMA

▪ BERNARDET, Jean-Claude. Cinema brasileiro: propostas para uma história. Ed. Paz e Terra,

Rio de Janeiro, 1979.

▪ RAMOS, Fernão (org.). História do cinema brasileiro. Art Editora, São Paulo, 1987.

▪ SOUZA, Carlos Roberto de. A Fascinante aventura do cinema brasileiro. Fundação

Cinemateca Brasileira, São Paulo, 1981.

Sites:

http://eba.ufmg.br/panorama/genesis

http://www.mnemocine.com.br/cinema/historiatextos

http://www.milenio.com.br/ogersepol/principal/historia

http://www.cotianet.com.br/photo/hist

http://www.webcine.com.br/historia.htm

http://pt.wikipedia.org

http://www.institut-lumiere.org/

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