A Historia Da Pipa

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A Historia da Pipa Ao que tudo indica, as pipas teriam sua origem no oriente, mais especificamente na China. Eram usadas primordialmente por adultos, e para atividades sérias. Serviam para passar avisos durante as batalhas e coisas do gênero. Hoje, no oriente, as pipas têm ainda um significado religioso, tendo por finalidade "espantar maus espíritos". No Japão, são chamados de "tako",que significa "polvo". Lá a fabricação de papagaios tem quase um status de arte: existem, além da pipas tradicionais, geométricas, pipas em forma humanas, de animais, pássaros, que carregam objetos que assobiam com o vento. São produzidas pipas de até 5 metros, que precisam de equipes para serem "empinadas". Usa-se pipas, inclusive, para anúncios comerciais. Uma lenda coreana afirma que, um velho general, teria feito subir uma pipa, durante a noite, sobre suas tropas. Como a pipa tinha uma lanterna, o general afirmou que se tratava de uma nova estrela que surgia, sendo um sinal de vitória para seu exército, conseguindo assim uma motivação maior de seus soldados. "A enciclopédia chinesa "Khé-Tchi-King-Youen" (Livro IX, f.8), relata como a tradição atribui a invenção da pipa ao célebre general chinês Hau-sin, que viveu no século 206 aC. Este General, conforme Tchin-i, entrou no centro da cidade e a conquistou, fazendo um túnel, após ter calculado, por meio de uma pipa, a distância entre o campo onde estava e o palácio Wai-Yang" (Do livro "Jogos Tradicionais Infantis", de Tizuko Morchida Kischimoto). Na Malásia os papagaios são empinados por pessoas com graves problemas. Estas levam suas pipas a grandes altitudes,

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A Historia da Pipa

Ao que tudo indica, as pipas teriam sua origem no oriente, mais especificamente na China. Eram usadas primordialmente por adultos, e para atividades sérias. Serviam para passar avisos durante as batalhas e coisas do gênero. Hoje, no oriente, as pipas têm ainda um significado religioso, tendo por finalidade "espantar maus espíritos".

No Japão, são chamados de "tako",que significa "polvo". Lá a fabricação de papagaios tem quase um status de arte: existem, além da pipas tradicionais, geométricas, pipas em forma humanas, de animais, pássaros, que carregam objetos que assobiam com o vento. São produzidas pipas de até 5 metros, que precisam de equipes para serem "empinadas".

Usa-se pipas, inclusive, para anúncios comerciais.

Uma lenda coreana afirma que, um velho general, teria feito subir uma pipa, durante a noite, sobre suas tropas. Como a pipa tinha uma lanterna, o general afirmou que se tratava de uma nova estrela que surgia, sendo um sinal de vitória para seu exército, conseguindo assim uma motivação maior de seus soldados.

"A enciclopédia chinesa "Khé-Tchi-King-Youen" (Livro IX, f.8), relata como a tradição atribui a invenção da pipa ao célebre general chinês Hau-sin, que viveu no século 206 aC. Este General, conforme Tchin-i, entrou no centro da cidade e a conquistou, fazendo um túnel, após ter calculado, por meio de uma pipa, a distância entre o campo onde estava e o palácio Wai-Yang" (Do livro "Jogos Tradicionais Infantis", de Tizuko Morchida Kischimoto).

Na Malásia os papagaios são empinados por pessoas com graves problemas. Estas levam suas pipas a grandes altitudes, cortando a linha. Acreditam assim que estão se livrando de um problema grave e podem começar uma nova vida.

Na China, o dia nove do mês nove é o "Dia do Papagaio". Adultos e crianças do sexo masculino dirigem-se às colinas para empinar suas pipas.

E no Iraque as pipas são empinadas a noite, com lanternas, a fim de encheram a noite com estrelas artificiais.

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Em ilhas do Pacífico, as pipas são feitas de folhas de bananeira e usadas na pesca.

Em 1752, uma pipa prestou-se a uma das experiências mais famosas que se conhece: Benjamin Franklin, pendurou uma chave na linha de uma pipa, atraindo um raio, dando origem a teoria que acabou por gerar o pára-raios.

Importancia da PipaAlém do aspecto puramente lúdico, de lazer e encantamento diante das possibilidades de fazer com que os ventos trabalhem a nosso favor, as pipas, ao longo da história, tiveram uma importância fundamental nas pesquisas e descobertas científicas.

O inglês Roger Bacon, no ano de 1250, escreveu um longo estudo sobre as asas acionadas por pedais, tendo como base experiências realizadas com pipas. O gênio italiano Leonardo Da Vinci, em 1496, fez projetos teóricos com nada menos que 150 máquinas voadoras, também baseados na potencialidade das pipas.

Em 1752 uma experiencia de Benjamim Franklin demonstrou definitivamente a importância das pipas na história da Ciência. Prendendo uma chave ao fio da pipa, ele empinou num dia de tempestade. Acontece que a eletricidade das nuvens foi captada pela chave e pelo fio molhado, descobrindo assim o para-raio.

Foi através das pipas que o grande Santos Dumont conseguiu voar no famoso 14 Bis que, no final das contas não deixa de ser uma sofisticada pipa com motor.

Em 12 de dezembro de 1921, Marconi utilizou pipas para fazer experiências com a transmissão de radio, teste que, mais tarde, seriam utilizados por Graham Bell em seu invento, o telefone.

Em 1749 o escocês Alexander Wilsom usou vários termômetros presos as pipas para medir a temperatura nas alturas.

O inglês Douglas Archibald, em 1883, prendeu um anemômetro (medidor de vento) à linha de uma pipa e mediu a velocidade do vento a 360m de altura. A aerofotografia com o auxílio de pipas também é muito praticada desde o fim do século XIX.

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Guglielmo Marconi em 1901 usou uma pipa para erguer uma antena e fez a primeira transmissão de rádio.

Os exemplos se multiplicam. Nós brasileiros conhecemos as pipas através dos colonizadores portugueses por volta de 1596 que, por sua vez, as conheceram através de suas viagens ao Oriente. Um fato pouco conhecido de nossa História deu-se no Quilombo dos Palmares, quando sentinelas avançadas anunciavam por meio de pipas quando algum perigo se aproximava - mais uma prova de que a pipa era conhecida na África há muito mais tempo, pois os negros já cultuavam-na como oferenda aos deuses. A exemplo do Éolo da mitologia grega, os negros também tinham o seu deus dos ventos e das tempestades, personificado na figura de Iansã.

Através desses fatos temos uma gama muito grande de utilização das pipas através dos tempos. Elas simbolizam o poder espiritual dos homens, um grande instrumento na busca de novas descobertas e objeto capaz de tornar realidade o antigo desejo de voar, o sonho de Ícaro e de toda humanidade.

Cuidados ao soltar pipa- Nunca soltar pipa perto de antenas, postes e fios elétricos

- Solte pipas em locais abertos, como pastagens, parques ou no campo

- Nunca soltar pipas em lugares altos, como telhado ou laje. Há o risco de distração e queda, que pode ser fatal

- Pipa é brinquedo para dias ensolarados; nunca solte em dias nublados ou com relâmpagos no céu. Pode ser muito perigoso

- Jamais utilize linha metálica, como fio de cobre de bobinas

- Não use cerol - a mistura de cola e vidro moído que pode ferir a pele

- Não faça as pipas com papel alumínio

- Tente soltar pipa sem rabiola, como as arraias. Evita que o brinquedo se enrosque em fios ou galhos

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- Se a pipa ficar presas em fios, considere-a perdida. É melhor fazer outra. Nunca use canos, vergalhões ou bambus para tentar soltar o brinquedo

- Cuidado com o trânsito ao soltar pipa

- Tenha atenção especial com os motociclistas e ciclistas - a linha da pipa pode ser perigosa para eles. Fique atento para que a linha não entre na frente destes condutores

Como fazer uma Pipa

Materiais:

• Varetas de qualquer tipo, sendo:    • 1 de 51cm de comprimento e 2mm de espessura.    • 2 de 32cm de comprimento e 2mm de espessura. • Tesoura • Papel de seda • Cola branca• Linha 10 Corrente 

A cauda ideal é de tiras de plástico com 50cm de comprimento por 2cm de largura, colocadas em uma linha com 2 metros de extensão, a uma

distância de 15cm uma da outra. 

Observação:Envergar a vareta superior de 32cm.

Melhor linha para empinar nas medidas aqui apresentadas: linha 10.  

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01 - Amarre as varetas menores na 02 - Passe a linha em todas as pontas da armação.

03 - Cole a armação sobre o papel, mas

deixe uma extremidade de fora, a menor. 

04 - Corte o papel um pouco maior que a

armação, essa margem servirá para a colagem.

05 - Em cada extremidade dê dois cortes e pode preparar a cola, logo

será usada.

06 - Todas as extremidades foram cortadas? Muito bem, agora é só

começar a colar sem se lambuzar. 

07 - Antes de colar, porém, dobre as margens e veja se está bem

ajustada a linha, o dente do papel pode ficar solto ou colado.

08 - Passe a cola sobre a margem e vire-a para dentro, aderindo bem.

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09 - Envergue a 1° das varetas e dê uma volta com a linha superior

sobre a extremidade da vareta.

10 - Em seguida é só colocar o estirante (cabestro) e a rabiola.

Como regular o estirante (cabestro):

Uma regra prática para regular o estirante consiste em pendurá-lo e regular de modo que a superfície "D" forme um ângulo de

aproximadamente 30º, como se vê a ilustração acima.Esta regulagem é aproximada, pois a definitiva será feita no

momento de empinar.

Estique a linha até chegar a um ponto que esteja a dois dedos de distância (3 cm) da extremidade vertical e horizontal e dê um nó,

fazendo o ângulo do estirante. A linha para empinar deve ser amarrada neste ângulo.

Tipos de pipas

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- Suru - pipa que não tem rabiola e também em sua fabricação só utiliza duas taletas (varetas) em forma de cruz e é totalmente encapada.

- Raia - não utiliza rabiola e tem formato de losango.

- Peixinho - semelhante a raia, mas em sua maioria leva rabiola.

- Morcego - pipa sem rabiola, em formato retangular e não é totalmente encapada.

- Pião - pipa grande que precisa de muita rabiola para subir é considerado pião, quando a vareta central da pipa geralmente ultapassa a medida de 60 cm.

- Telequinho (ou Jerequinho no RJ) - pipa pequena que precisa de pouca rabiola para subir.

- Telecão (ou Jereco no RJ) - pipa um pouco maior que o telequinho.

- Maranhão - pipa com rabiola e muita mobilidade.

- Carrapeta - feita com três varetas em tamanhos diferentes, uma central (de maior tamanho) e duas transversais, formando uma espécie de cruz, com espaço entre si, sendo que a inferior é em tamanho mais curto.

- Baratinha ou Charutinha - espécie de pipa com rabiola, possui formato retângular, tem muita agilidade. Surgiu no RJ, na evolução dos modelos de pipas de SP.

- Pipas de Biquinho - modelo muito conhecido dos cariocas, com rabiolas imensas, tem capacidade de chegar muito longe.

- Pipa "Batata" - semelhante a carrapeta, sendo que as varetas transversais não do mesmo tamanho.

- Pipa Modelo - conhecidas pelos seus formatos variados, destacadas não só pelo seu tamanho, que pode ser muito grande, mais também pela beleza. Muito vistas em "Festivais" como são conhecidas as competições desse estilo.

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Bibliografiahttp://www.edukbr.com.br/estudioweb/ativ_antigas/ar/pipa.htm

http://www.fabiopipas.com/

http://www.jogos.antigos.nom.br/pipa.asp

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a1958752.xml

http://www.pipas.com.br/html/monte_sua_pipa/maranhao/maranhao2.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pipa_%28brinquedo%29#Tipos_de_pipas