A História da Experimentação Animal Prof. Carlos R Zanetti – MIP/CCB UNIVERSIDADE FEDERAL DE...

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A História da Experimentação Animal A História da Experimentação Animal Prof. Carlos R Zanetti – MIP/CCB Prof. Carlos R Zanetti – MIP/CCB UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Os meninos apedrejam uma rã por diversão, Os meninos apedrejam uma rã por diversão, mas a rã morre de verdade. mas a rã morre de verdade. Bion (c200 aC) Bion (c200 aC)

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A História da Experimentação A História da Experimentação

AnimalAnimal

A História da Experimentação A História da Experimentação

AnimalAnimal

Prof. Carlos R Zanetti – MIP/CCBProf. Carlos R Zanetti – MIP/CCB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAUNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Os meninos apedrejam uma rã por diversão,Os meninos apedrejam uma rã por diversão,mas a rã morre de verdade.mas a rã morre de verdade.

Bion (c200 aC)Bion (c200 aC)

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Um pouco de História...Um pouco de História...

INFLUÊNCIAS INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS, FILOSÓFICAS, RELIGIOSAS E RELIGIOSAS E

POLÍTICASPOLÍTICAS

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Um pouco de História...Um pouco de História...

O pensamento GregoO pensamento Grego

• Construiu um modelo de Construiu um modelo de classificação que serviu ao classificação que serviu ao

desenvolvimento posterior da desenvolvimento posterior da zoologia e botânica;zoologia e botânica;

• Tudo o que há sobre a face Tudo o que há sobre a face da terra tem uma finalidade e da terra tem uma finalidade e

que esta é que confere uma que esta é que confere uma justificativa para seu justificativa para seu

aparecimento;aparecimento;Aristóteles Aristóteles

(334-322 a.C.)(334-322 a.C.)

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Um pouco de História...Um pouco de História...

O pensamento GregoO pensamento Grego

Aristóteles Aristóteles

(334-322 a.C.)(334-322 a.C.)

Como em uma cadeia Como em uma cadeia verticalizada, todos os seres verticalizada, todos os seres servem a uma determinada servem a uma determinada finalidade, que favorece a finalidade, que favorece a finalidade de outros seres, finalidade de outros seres,

colocados um degrau acima colocados um degrau acima dos anteriores, até alcançar dos anteriores, até alcançar

um ser ao qual todas as um ser ao qual todas as demais espécies acabam por demais espécies acabam por

servir, o ser dotado de servir, o ser dotado de RAZÃORAZÃO

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Antigo Testamento pós-diluvianoAntigo Testamento pós-diluviano

““...e Deus abençoou Noé e seus filhos e lhes disse: - Sejam férteis e ...e Deus abençoou Noé e seus filhos e lhes disse: - Sejam férteis e

multiplicai-vos, e povoai a terra. O medo de vós e o terror de vós deve multiplicai-vos, e povoai a terra. O medo de vós e o terror de vós deve

dominar a todos os animais da terra, e a todos os pássaros do ar, a tudo dominar a todos os animais da terra, e a todos os pássaros do ar, a tudo

que se arrasta sobre o solo e os peixes do oceano; em vossas mãos eu os que se arrasta sobre o solo e os peixes do oceano; em vossas mãos eu os

entrego. Todo ser vivo que se move pode ser alimento para vós; e assim entrego. Todo ser vivo que se move pode ser alimento para vós; e assim

como vos dei as plantas verdes, eu vos dou todas as coisas.” como vos dei as plantas verdes, eu vos dou todas as coisas.”

Gênese 9:1-3Gênese 9:1-3

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Antigo Testamento pré-diluvianoAntigo Testamento pré-diluviano

““...Veja, Eu dei a vós todas as plantas que produzem sementes que se ...Veja, Eu dei a vós todas as plantas que produzem sementes que se encontram sobre a face da terra, e todas as árvores que produzem encontram sobre a face da terra, e todas as árvores que produzem sementes em seus frutos, a vós, as dei por alimento. (...) E a todos os sementes em seus frutos, a vós, as dei por alimento. (...) E a todos os animais da terra, e a todas as aves do ar, e a todas as coisas que se animais da terra, e a todas as aves do ar, e a todas as coisas que se arrastam sobre o solo, a todas as coisas que possuem o sopro da vida, Eu arrastam sobre o solo, a todas as coisas que possuem o sopro da vida, Eu dei todas as plantas como alimento” dei todas as plantas como alimento”

Gênese 1:20-32Gênese 1:20-32

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Império Romano (27 a.C. –476 d.C)Império Romano (27 a.C. –476 d.C)

““Foi construído com guerras de conquista e necessitou dedicar muito de Foi construído com guerras de conquista e necessitou dedicar muito de sua energia e orçamento às forças militares que defenderam e sua energia e orçamento às forças militares que defenderam e expandiram seus vastos territórios. Essas condições não fomentaram expandiram seus vastos territórios. Essas condições não fomentaram sentimentos de simpatia pelos fracos (...) o caráter dos cidadãos romanos sentimentos de simpatia pelos fracos (...) o caráter dos cidadãos romanos era moldado supostamente pelos assim chamados jogos. (...) Homens e era moldado supostamente pelos assim chamados jogos. (...) Homens e mulheres consideravam o abate tanto de seres humanos quanto de outros mulheres consideravam o abate tanto de seres humanos quanto de outros animais como fonte normal de diversão: e isso continuou por séculos animais como fonte normal de diversão: e isso continuou por séculos com raros protestos”com raros protestos”

(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

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Império Romano – senso de justiça excludenteImpério Romano – senso de justiça excludente-Quatrocentos ursos foram mortos em um único dia por Calígula;Quatrocentos ursos foram mortos em um único dia por Calígula;

-Com Nero, quatrocentos tigres lutaram com touros e elefantes;Com Nero, quatrocentos tigres lutaram com touros e elefantes;

-Na consagração do Coliseu por Tito, cinco mil animais pereceram;Na consagração do Coliseu por Tito, cinco mil animais pereceram;

-Dez mil homens lutaram nos jogos de Trajano;Dez mil homens lutaram nos jogos de Trajano;

-Nero iluminava seus jardins à noite com cristãos ardendo em suas Nero iluminava seus jardins à noite com cristãos ardendo em suas túnicas embebidas em piche.túnicas embebidas em piche.

(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

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Cristianismo Cristianismo

Nasce na mesma cultura de poder militar Nasce na mesma cultura de poder militar hierárquico do império romano, de domínio do hierárquico do império romano, de domínio do mais forte sobre o mais fraco, de indiferença ao mais forte sobre o mais fraco, de indiferença ao sofrimento, de flagelo e abate do “outro”.sofrimento, de flagelo e abate do “outro”.

(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

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Cristianismo Cristianismo -Introduz a idéia de unidade de todos os seres da espécie humana Introduz a idéia de unidade de todos os seres da espécie humana e da “sacralidade” desta forma de vida. e da “sacralidade” desta forma de vida.

-Mina o conceito romano da superioridade do valor da vida dos Mina o conceito romano da superioridade do valor da vida dos vencedores.vencedores.

-Perde a oportunidade de mudar a percepção humana do Perde a oportunidade de mudar a percepção humana do statusstatus dos animais nessa mesma cultura.dos animais nessa mesma cultura.

(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

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Cristianismo Cristianismo -O humanismo cristão e a influência do cristianismo sobre os romanos O humanismo cristão e a influência do cristianismo sobre os romanos levaram pelo menos três séculos para se fazer sentir, mas foram eficazes.levaram pelo menos três séculos para se fazer sentir, mas foram eficazes.

-No século IV não eram mais permitidos jogos com abates humanos.No século IV não eram mais permitidos jogos com abates humanos.

-Combates com animais selvagens continuaram e ainda podem ser vistos Combates com animais selvagens continuaram e ainda podem ser vistos nas formas modernas de touradas na Espanha e América Latina.nas formas modernas de touradas na Espanha e América Latina.

(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

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Igreja Católica Igreja Católica -Preserva a tradição religiosa judaica, da filosofia aristotélica e do Preserva a tradição religiosa judaica, da filosofia aristotélica e do domínio romano, preservando a mesma tendência de considerar que os domínio romano, preservando a mesma tendência de considerar que os animais não têm animais não têm statusstatus moral algum, nem quaisquer direitos. moral algum, nem quaisquer direitos.

-A crueldade contra animais é condenada não porque viole “direitos A crueldade contra animais é condenada não porque viole “direitos animais”, que não existem, mas, porque a crueldade em um ser humano é animais”, que não existem, mas, porque a crueldade em um ser humano é uma disposição indigna e pecaminosa, sendo um abuso e perversão do uma disposição indigna e pecaminosa, sendo um abuso e perversão do

desígnio divino.desígnio divino. (Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

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Igreja Católica Igreja Católica

-Tomás de Aquino segue a linha aristotélica, na qual todos os seres devem não só Tomás de Aquino segue a linha aristotélica, na qual todos os seres devem não só ser classificados mas, de acordo com sua ética, hierarquizados em função da ser classificados mas, de acordo com sua ética, hierarquizados em função da forma de vida que apresentam.forma de vida que apresentam.

- Afirma que o homem que mata um animal não comete erro algum, pois este foi Afirma que o homem que mata um animal não comete erro algum, pois este foi criado mesmo para ser morto por aquele.criado mesmo para ser morto por aquele.

- ...“Desse modo se refuta o erro daqueles que dizem que é pecado um homem ...“Desse modo se refuta o erro daqueles que dizem que é pecado um homem matar um animal sem inteligência e linguagem: pela providência divina eles matar um animal sem inteligência e linguagem: pela providência divina eles existem para uso humano na ordem natural. Assim, não é errado para o homem existem para uso humano na ordem natural. Assim, não é errado para o homem fazer uso deles, seja matando-os seja de qualquer outro modo”.fazer uso deles, seja matando-os seja de qualquer outro modo”.

(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –(Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)2003)

1225-12741225-1274

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René Descartes (1596-1650)René Descartes (1596-1650)

Teoria MecanicistaTeoria Mecanicista

• Homens se diferenciam Homens se diferenciam de animais a partir da de animais a partir da

capacidade para fazer uso capacidade para fazer uso de de linguagem linguagem e de e de

conhecimentoconhecimento..

•Humanos agemHumanos agem

•Animais são Animais são AutômatasAutômatas

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René Descartes (1596-1650)René Descartes (1596-1650)

Teoria MecanicistaTeoria Mecanicista

““...animais são meras ...animais são meras máquinas e assim não máquinas e assim não

sentem dor nem prazer. sentem dor nem prazer. Quando queimados com Quando queimados com

um ferro em brasa ou um ferro em brasa ou cortados com uma faca cortados com uma faca

seus gemidos e gritos são seus gemidos e gritos são mais como o atrito sobre mais como o atrito sobre uma corda, nada mais...”uma corda, nada mais...”

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Vozes dissidentesVozes dissidentes

Sêneca (5 a.C.-65 d.C.)Sêneca (5 a.C.-65 d.C.)Ovídio (43 a.C.-17 d.C.)Ovídio (43 a.C.-17 d.C.)

Pítagoras (572 a.C.- 497 a.C.)Pítagoras (572 a.C.- 497 a.C.)

Francisco de AssisFrancisco de Assis

(1181-1226)(1181-1226)

Plutarco (46 d.C - 120 d.C)Plutarco (46 d.C - 120 d.C)

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Vozes dissidentesVozes dissidentes

Leonardo da VinciLeonardo da Vinci(1452-1519)(1452-1519)

Giordano BrunoGiordano Bruno((1548-16001548-1600 ) )

MontaigneMontaigne(1533-1592)(1533-1592)

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Vozes dissidentesVozes dissidentes

O filósofo inglês O filósofo inglês Jeremy BenthanJeremy Benthan, em 1789, no cap. , em 1789, no cap. XVII de seu livro XVII de seu livro Introduction to the principles of Introduction to the principles of

morals and legislationmorals and legislation, lançou a base para a posição , lançou a base para a posição atualmente utilizada para a proteção dos animais. atualmente utilizada para a proteção dos animais.

Benthan escreveu: Benthan escreveu: A questão não é, podem eles A questão não é, podem eles raciocinar ? ou podem eles falar ? Mas, podem eles raciocinar ? ou podem eles falar ? Mas, podem eles

sofrer ?sofrer ?

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Em 1959, o zoologista Em 1959, o zoologista William M.S. William M.S. RussellRussell e o microbiologista Rex L. e o microbiologista Rex L. Burch publicaram um livro , onde Burch publicaram um livro , onde estabeleceram os estabeleceram os três “Rs”três “Rs” da da pesquisa em animais: pesquisa em animais: Replace, Replace, Reduce e RefineReduce e Refine. Esta proposta . Esta proposta não impede a utilização de não impede a utilização de modelos animais em modelos animais em experimentação, mas faz uma experimentação, mas faz uma adequação no sentido de adequação no sentido de humanizá-la. humanizá-la.

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Tendências da Ética Contemporânea

Consequencialismo X Deôntica

Regan & SingerDireito de todos animais à vida e o dever humano de garantir a vida e a integridade física e psicológica de todos os animais.

Carl Cohen & Edwin Hettinger defendem o uso de animais em experimentos científicos

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Um pouco de História...Um pouco de História...

INFLUÊNCIAS INFLUÊNCIAS CIENTÍFICASCIENTÍFICAS

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Um pouco de História...Um pouco de História...

A História da BiologiaA História da Biologia

• Biologia Laboratorial (de Hospital)Biologia Laboratorial (de Hospital)

•Biologia de Campo (de Museu)Biologia de Campo (de Museu)

(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

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Biologia FuncionalBiologia Funcional-Essencialmente ExperimentalEssencialmente Experimental- Explicativa e GeneralizanteExplicativa e Generalizante

- QuantitativaQuantitativa

Biologia EvolutivaBiologia Evolutiva-Essencialmente Observacional Essencialmente Observacional

- Comparativa, Narrativa e HistóricaComparativa, Narrativa e Histórica- QualitativaQualitativa

(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

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Biologia FuncionalBiologia FuncionalCentrada no:Centrada no:

- “COMO?”- “COMO?”- OrganismoOrganismo- na Funçãona Função

Biologia EvolutivaBiologia EvolutivaCentrada noCentrada no

-““POR QUÊ?”POR QUÊ?”- PopulaçãoPopulação- AdaptaçãoAdaptação

(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

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Biologia FuncionalBiologia Funcional

- Tradição Médica VIVISSECÇÃO - Tradição Médica VIVISSECÇÃO

Biologia EvolutivaBiologia Evolutiva

- Tradição Naturalista- Tradição Naturalista

(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

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Biologia FuncionalBiologia Funcional

- AnatomiaAnatomia

-FisiologiaFisiologia

- EmbriologiaEmbriologia

- GenéticaGenética

- MicrobiologiaMicrobiologia

(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

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Biologia EvolutivaBiologia Evolutiva

- BiogeografiaBiogeografia

- PaleontologiaPaleontologia

- SistemáticaSistemática

- EtologiaEtologia

(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

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Um pouco de História...Um pouco de História...

Biologia FuncionalBiologia Funcional-- HipócratesHipócrates

- GalenoGaleno

-VesálioVesálio

- HarveyHarvey

- VirchowVirchow

- Claude BernardClaude Bernard

- MendelMendel

- PasteurPasteur

- KochKoch

- Watson & CrickWatson & Crick

(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

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Um pouco de História...Um pouco de História...

Biologia EvolutivaBiologia Evolutiva- AristótelesAristóteles

- LinneoLinneo

-LamarckLamarck

- CuvierCuvier

- DarwinDarwin

- WeissmannWeissmann

- HaldaneHaldane

(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)(E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

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Um pouco de História...Um pouco de História...

Hipócrates de CósHipócrates de Cós

(460-370 a.C.)(460-370 a.C.)

Observações clínicasObservações clínicas

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Um pouco de História...Um pouco de História...

Cláudio Galeno Cláudio Galeno (130-201)(130-201)

“ “Pai da vivissecção”Pai da vivissecção”

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Um pouco de História...Um pouco de História...

Andreas VesaliusAndreas Vesalius (1514-64)(1514-64)

De Humani Corporis FabricaDe Humani Corporis Fabrica

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Um pouco de História...Um pouco de História...

Claude BernardClaude Bernard (1813-78)(1813-78)

Introduction à l’étude de la Médicine ExperimentaleIntroduction à l’étude de la Médicine Experimentale

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Um pouco de História...Um pouco de História...

Louis PasteurLouis Pasteur (1822-1895)(1822-1895)

Vacinação contra a RaivaVacinação contra a Raiva

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Um pouco de História...Um pouco de História...

1.1. O patógeno deve ser identificado em O patógeno deve ser identificado em todos os casos da doença.todos os casos da doença.

2.2. O patógeno deve ser isolado do O patógeno deve ser isolado do hospedeiro e deve crescer em cultura hospedeiro e deve crescer em cultura pura.pura.

3.3. O patógeno deve reproduzir a doença O patógeno deve reproduzir a doença original original quando inoculado em um quando inoculado em um hospedeiro suscetívelhospedeiro suscetível..

4.4. O patógeno deve ser identificadoO patógeno deve ser identificado no no hopedeiro experimental infectadohopedeiro experimental infectado..

Os postulados de KochOs postulados de Koch

Robert Koch Robert Koch (1843-1910)(1843-1910)

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Edward JennerEdward Jenner(1749-1822)(1749-1822)

ERRADICAÇÃO DA VARÍOLAERRADICAÇÃO DA VARÍOLA

Declaração OMS 1979Declaração OMS 1979

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Um pouco de História...Um pouco de História...

Food, Drug, and CosmeticsFood, Drug, and Cosmetics Act Act (EUA- 1938)(EUA- 1938)

•Testes de efeitos adversosTestes de efeitos adversos

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Um pouco de História...Um pouco de História...

O Código de Nuremberg (1947)O Código de Nuremberg (1947)• Experimentação com AnimaisExperimentação com Animais • Riscos X BenefíciosRiscos X Benefícios• Competência do PesquisadorCompetência do Pesquisador• Consentimento do ParticipanteConsentimento do Participante• Metodologia AdequadaMetodologia Adequada• Duração do ExperimentoDuração do Experimento

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Um pouco de História...Um pouco de História...

Food, Drug, and CosmeticsFood, Drug, and Cosmetics Act (EUA- 1961)(EUA- 1961)

•Testes de eficáciaTestes de eficácia

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CãoCão GatoGato PrimataPrimata RoedoresRoedores AvesAves Animais DomésticosAnimais Domésticos CavalosCavalos Animais Marinhos Animais Marinhos

CâncerCâncer XX X XX X

HIV/AIDSHIV/AIDS X XX X XX

CardiopatiasCardiopatias XX XX X X XX

NeurofisiologiaNeurofisiologia X X X X XX X X XX

Fins militaresFins militares X X XX XX X X XX

Drogas de abuso Drogas de abuso XX XX XX

Farmacologia Farmacologia XX X X XX XX XX

Diabetes Diabetes XX X X X X

Fonte: National Anti-Vivesection Society

http://www.navs.org/testing/whois.cfm?SectionID=Testing

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Prós Prós & Contras& Contras

•Semelhanças Semelhanças

- anatômicas- anatômicas

- fisiológicas - fisiológicas

- bioquímicas- bioquímicas

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Prós Prós & Contras& Contras

•1665 -1665 -11oo Revista científica Revista científica

•1880 - 1880 - 100 revistas100 revistas

•1900 - 1900 - 10.000 revistas10.000 revistas

•2000 - 2000 - 100.000 revistas100.000 revistas

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NIH Meeting on Rat Model PrioritiesNIH Meeting on Rat Model Priorities

The purpose of the NIH Rat Model Priority Meeting, held May 3, 1999, on the campus of NIH, was to discuss the opportunities opportunities that that rat models offerrat models offer and the investmentsinvestments that are needed to to capitalizecapitalize on these opportunities.

The major issues addressed at the meeting were: where does rat model fit in the broader scientific picture, what unique value does the rat model provide, what are the key areas of opportunity for opportunity for investmentinvestment, and what will be the impact of these proposed investments? Participants were charged by Dr. Harold Varmus, Director of NIH, to prepare a report that contains a summary of the major themes and recommendations, a sense of priorities, and a practical look at costspractical look at costs. The report from this meeting is presented here.

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Prós & Prós & ContrasContrasTalidomida: Talidomida:

11oo caso de teratogênese em humano - 1956 caso de teratogênese em humano - 1956Testada em Testada em 10 raças de ratos10 raças de ratos

15 raças de camundongos 15 raças de camundongos

11 linhagens de coelhos11 linhagens de coelhos

2 raças de cães2 raças de cães

3 raças de hamsters3 raças de hamsters

8 espécies de primatas8 espécies de primatas

cobaias, porcos, gatos...cobaias, porcos, gatos...

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Prós & Prós & ContrasContras

Talidomida: Talidomida:

1962 - 1962 - recallrecall

> 10.000 crianças defeituosas> 10.000 crianças defeituosas

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Prós & Prós & ContrasContrasDiethylstilbestrolDiethylstilbestrol - estrógeno sintético - abortos e câncer - estrógeno sintético - abortos e câncer

TiclopidinaTiclopidina - anti-coagulante - trombocitopenia - anti-coagulante - trombocitopenia

RexarRexar - antibiótico - infartos do miocárdio - antibiótico - infartos do miocárdio

CelebrexCelebrex - inibidor da COX-2 - hemorragias - inibidor da COX-2 - hemorragias

Zimeldine Zimeldine - ativador da serotonina - Síndrome de Guillain-Barre- ativador da serotonina - Síndrome de Guillain-Barre

EnbrelEnbrel - tratamento de artrite - infecções graves - tratamento de artrite - infecções graves

AccolateAccolate - tratamento da asma - síndrome de Dhurg-Strauss - tratamento da asma - síndrome de Dhurg-Strauss

Cloramphenicol Cloramphenicol - antibiótico - anemia aplástica- antibiótico - anemia aplástica

...... Dezenas de outros medicamentosDezenas de outros medicamentos

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Prós & Prós & ContrasContras

Depo-Provera - contraceptivoDepo-Provera - contraceptivo

Digitalis - problemas cardíacosDigitalis - problemas cardíacos

Estreptomicina - antibióticoEstreptomicina - antibiótico

Corticosteróides - antiinflamatóriosCorticosteróides - antiinflamatórios

Penicilina - antibióticoPenicilina - antibiótico

Furosemide (Lasix) - diuréticoFurosemide (Lasix) - diurético

... Dezenas de outros medicamentos... Dezenas de outros medicamentos

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CÂNCERCÂNCER

U$ 25 bilhões de dólares investidos em pesquisa U$ 25 bilhões de dólares investidos em pesquisa com animais desde 1971com animais desde 1971

Desde então a incidência aumentou em 6,3%Desde então a incidência aumentou em 6,3%

É a segunda maior causa de morte nos EUAÉ a segunda maior causa de morte nos EUA

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Quais foram os maiores progressos?Quais foram os maiores progressos?

1a.Guerra Mundial1a.Guerra Mundial:: Gás mostarda reduzia Gás mostarda reduzia violentamente os glóbulos brancos dos soldados violentamente os glóbulos brancos dos soldados tratamento para leucemiastratamento para leucemias

Observação clínicaObservação clínica:: palpação das mamas reduz palpação das mamas reduz mastectomiasmastectomias

Estudos epidemiológicosEstudos epidemiológicos:: sedentarismo, consumo de sedentarismo, consumo de alimentos gordurosos, poluição ambiental e cigarroalimentos gordurosos, poluição ambiental e cigarro

OMS: 90% dos tipos de câncer são previníveis !OMS: 90% dos tipos de câncer são previníveis !

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Por quê?Por quê?

•Animais humanos e não humanos são diferentes Animais humanos e não humanos são diferentes anatômica, fisiológica e metabolicamenteanatômica, fisiológica e metabolicamente

•Não há modelo animal “perfeito” para o homem Não há modelo animal “perfeito” para o homem

•CÂNCER é na verdade um termo guarda-chuva para CÂNCER é na verdade um termo guarda-chuva para aproximadamente 200 doenças humanas diferentes. aproximadamente 200 doenças humanas diferentes. Algumas delas podem acometer outros animais, mas Algumas delas podem acometer outros animais, mas com características específicas. com características específicas.

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HIV/AIDSHIV/AIDSSomente estudos Somente estudos in vitroin vitro, clínicos e epidemiológicos , clínicos e epidemiológicos realmente ajudaram no combate à AIDS:realmente ajudaram no combate à AIDS:

TransmissãoTransmissão

A replicação do HIV é muito rápida em seres humanosA replicação do HIV é muito rápida em seres humanos

A eficácia do AZT foi demonstrada A eficácia do AZT foi demonstrada in vitroin vitro

A terapia A terapia HAART HAART (coquetel) foi concebida com modelos (coquetel) foi concebida com modelos matemáticos e a eficácia, comprovada em pacientes matemáticos e a eficácia, comprovada em pacientes

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Muitos anti-virais análogos de nucleosídeos induzem Muitos anti-virais análogos de nucleosídeos induzem aberrações cromossomais aberrações cromossomais (in vitro), (in vitro), são carcinogênicos para são carcinogênicos para camundongos e ratos (AZT e ddC).camundongos e ratos (AZT e ddC).

Aciclovir, ganciclovir e penciclovir induzem apoptose e danos Aciclovir, ganciclovir e penciclovir induzem apoptose e danos em DNAem DNA

Não há evidências conclusivas que esses fármacos tenham Não há evidências conclusivas que esses fármacos tenham causado tumores em humanoscausado tumores em humanos

O uso de análogos de nucleosídeos na terapia anti-viral O uso de análogos de nucleosídeos na terapia anti-viral permanece uma alternativa eficaz e segura, justificada pela permanece uma alternativa eficaz e segura, justificada pela avaliação risco/benefícioavaliação risco/benefício

WUTZLER & THUST (Antiviral Research, v.49,p.55-74, 2001)WUTZLER & THUST (Antiviral Research, v.49,p.55-74, 2001)

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LEI no. 6.63879 (Vivissecção)LEI no. 6.63879 (Vivissecção)

Estabelece normas para as experimentações Estabelece normas para as experimentações científicas envolvendo animais vivos como cobaias.científicas envolvendo animais vivos como cobaias.

A vivissecção não será permitida: I) A vivissecção não será permitida: I) sem emprego de sem emprego de anestesiaanestesia; II) Em centros de pesquisa e estudos não-; II) Em centros de pesquisa e estudos não-

registrados em órgão competente: III) sem a supervisão de registrados em órgão competente: III) sem a supervisão de técnico especializado; IV) com animais que não tenham técnico especializado; IV) com animais que não tenham permanecido mais de quinze dias em biotérios; V) em permanecido mais de quinze dias em biotérios; V) em

estabelecimentos de 1o. e 2o. Graus e em quaisquer locais estabelecimentos de 1o. e 2o. Graus e em quaisquer locais

freqüentados por menores de idade.freqüentados por menores de idade.

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Lei 9.605 (1998)Lei 9.605 (1998)

ART.32 - Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou

domesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins

didáticos ou científicos, QUANDO EXISTIREM RECURSOS ALTERNATIVOS.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

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RISCOSRISCOS

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MUITO MUITO OBRIGADO !OBRIGADO !