A Guarda
-
Upload
lucilia-cabacos -
Category
Documents
-
view
212 -
download
0
description
Transcript of A Guarda
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ENVOLVENTE DO AGRUPAMENTO
DE ESCOLAS DA SEQUEIRA – GUARDA
A Escola da Sequeira fica localizada a uma altitude de 800 m, na urbanização da
Quinta das Covas, no lugar da Sequeira, na cidade da Guarda.
Guarda
Cidade, sede de concelho e capital de distrito. Localiza-se na Região Centro e na
Beira Interior Norte. É a cidade portuguesa de maior altitude (1056 m) e uma das mais
altas da Europa. Fica situada no flanco nordeste da serra da Estrela. Dista 219 km do
Porto e 356 km de Lisboa. O concelho abrange uma área de 712,1 km2,
compreendendo 55 freguesias. Em 2001, o concelho apresentava 44 083 habitantes.
O distrito faz parte da província da Beira Alta e é limitado a norte pelo de Bragança, a
sul pelo de Castelo Branco, a oeste pelos de Viseu e Coimbra e a leste pela Espanha.
Todo o território é muito montanhoso, formado por elevações de diversas altitudes. A
sua área abrange parte da serra da Estrela (altitude máxima: 1991 metros).
O distrito é constituído por 14 Concelhos e é atravessado por diversos rios, dos quais o
mais importante é o Douro e os afluentes da sua margem esquerda.
Visite a Escola da Sequeira (ponto A) e a cidade da Guarda no Google Earth
http://maps.google.pt/maps?f=d&source=s_d&saddr=40.55674,-
7.23188&daddr=&geocode=FcTYagIdeKaR_w&hl=pt-
PT&mra=mi&mrsp=0&sz=17&sll=40.556901,-
7.231879&sspn=0.005608,0.011319&ie=UTF8&t=h&z=17
A cidade da Guarda recebeu o foral em 1199 por D. Sancho I. Na cidade podemos
visitar importantes edifícios, alguns dos quais de remota data: a Sé, uma das mais
sumptuosas catedrais portuguesas, onde se podem observar os estilos românico,
gótico e manuelino; a Igreja da Misericórdia, muito ampla, com um imponente
frontispício, a Igreja de S. Vicente, de idêntica arquitectura; a Torre dos Ferreiros, uma
das portas da cidade medieval; a torre de menagem do velho castelo, que se encontra
no mais elevado ponto da cidade, a uma altitude superior a mil metros e de onde se
desfruta um vasto e imponente panorama por muitas léguas em redor.
Esta região, de um modo geral, é pouco fértil e até inculta em grande parte da sua
superfície. Contudo, produz batata, cereais, fruta, vinho e azeite, e cria gado bovino,
ovino, caprino e suíno. Tem indústrias de lanifícios e lacticínios, produtos alimentares e
montagem de automóveis. No subsolo existe estanho e volfrâmio. Nos cursos de água
podem-se encontrar barbos, trutas e outros ciprinídeos que juntamente com a riqueza
paisagística e com o encanto da montanha contribuem para o forte potencial turístico
da região, nomeadamente turismo rural e de montanha.
D. Sancho I Sé Catedral
Igreja da Misericórdia Igreja de São Vicente Torre de Menagem
Torre dos Ferreiros Vista aérea da Sé Catedral
Jardim José de Lemos Alameda de Santo André
Barragem do Caldeirão
A nossa Guarda encerra riquezas de uma simplicidade tal que, por
ignorância da sua existência, delas carecem até os próprios naturais desta
pequena cidade do centro. É que, de tão humildes, de tão pouco se
vangloriarem, tornam-se pouco evidentes aos olhos de quem não as procura.
Ou por falta de vontade, ou porque, de tão altas, elas se tornam inatingíveis. E
tanto isso nos enche de lástima, como nos faz sentir orgulhosos pela
exclusividade da sua contemplação. No entanto, decidimos partilhar convosco
parte desse tesouro, para que assim possais conhecer melhor este lugar de
onde, à distância, vos falamos.
Chamam-lhe a cidade dos cinco F’s, F de Formosa, Fiel, Fria, Forte e Farta,
mas ela é tão mais que isso!... Quando está coberta de neve, que linda que é! E,
embora fria, é a antítese de tudo quanto o frio sugere: porque nem da maior de
todas as lareiras emana tal calor, que a pele desconhece mas o coração acolhe.
E quanta história, quantas personagens, cujo nome entoa em cantos calados
pelo tempo, e persiste em monumentos também por ele já gastos. Augusto Gil,
D. Sancho, Carolina Ângelo, foram apenas alguns dos cidadãos da Guarda que
provaram aquilo que já disse e enfatizo para que se lembrem: nem os tesouros
escondidos na penumbra da Sé, nem o fogo da alma da nossa gente, se deixam
cessar pelo frio da neve e da chuva.
Tudo quanto poderia ser dito em acréscimo a estas singelas palavras estaria
sempre aquém da percepção que recorre aos restantes sentidos, e mais do que
isso, ao coração. Por isso, esperamos pela vossa visita. Hasta pronto, amigos!
Texto escrito por Carolina Cabaços, aluna
da Escola Secundária da Sé – Guarda
PERSONALIDADES DA GUARDA
D. SANCHO I
Segundo rei de Portugal, filho de D. Afonso I e de D. Mafalda.
Nasceu em Coimbra, 1154, e morreu em Coimbra a 26 de Março de 1212.
Concedeu a carta de Foral à Guarda no ano de 1199.
CAROLINA ÂNGELO
Nascida na Guarda em 1877, médica, cirurgiã, activista política, membro da Liga das Mulheres Republicanas, foi a primeira mulher em Portugal a exercer o direito de voto. A exposição foi seleccionada e aprovada pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República - CNCCR, e fará parte integrante do conjunto de iniciativas promovidas por esta comissão.
AUGUSTO GIL
Nasceu em Lordelo do Ouro em1873, Porto, e faleceu em Lisboa em 1929. Estudou inicialmente na Guarda, de onde os pais eram oriundos, e formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Começou a exercer advocacia em Lisboa, tornando-se mais tarde director-geral das Belas-Artes. Influenciado pelo lirismo de António Nobre, a sua poesia insere-se numa perspectiva neo-romântica nacionalista.
À direita podem ler um excerto do poema mais conhecido do escritor Augusto Gil “A Balada da Neve”, alusivo à neve e à cidade da Guarda.
Batem leve, levemente, como quem chama por mim…
Será chuva? Será gente? Gente não é certamente
E a chuva não bate assim…
É talvez a ventania; mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente, com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente? Não é chuva, nem é gente, nem é vento, com certeza.
Fui ver. A neve caía
Do azul cinzento do céu, Branca e leve, branca e fria… Há quanto tempo a não via! E que saudade, Deus meu!
(…)
Excerto do poema, Balada da Neve, in Luar de Janeiro, 1909
SERRA DA ESTRELA
Serra da Estrela é o nome dado à cadeia montanhosa e à Serra onde se encontra a maior elevação de Portugal Continental, e a segunda maior em território português (apenas o Pico, nos Açores, a supera). Está situada no centro do Parque Natural da Serra da Estrela.
Partilhada pelos distritos da Guarda e de Castelo Branco, através dos municípios de Seia, Manteigas, Guarda, Gouveia, Celorico da Beira e Covilhã, atinge o ponto máximo de elevação nos 1993 metros de altitude. A real altitude da serra da Estrela, no seu cume, a Torre, é de 1993 m, conforme rectificações introduzidas por medições realizadas pelo Instituto Geográfico do Exército, já surgidas em folha à escala 1:25.000 que editou em 1993 (carta nº. 223). Assim, a altitude correntemente aceite de 1991 m, ainda muito divulgada, deve ser abandonada. Para completar os 2000 m foi construída uma torre de 7 m. Torre da Serra da Estrela
Julga-se que corresponda à elevação a que os tratadistas romanos da Antiguidade chamavam de Montes Hermínios (Herminius Mons) ou "Montes de Hermes" (deus greco-latino dos pastores, também conhecido por Mercúrio). Esta região terá sido o berço do guerreiro lusitano Viriato.
Pastor e o Rebanho Lagoa
Hotel de Montanha (Penhas da Saúde) Cão da Serra da Estrela
Cântaro Gordo com neve
Cântaro Magro – Maciço Rochoso
Poema à Serra da Estrela
Cor de granito
ou cor de xisto
verde de prado
de mato ou de arvoredo
amarelo de centeio
a policromia
das flores silvestres
ou das folhas no Outono
azul de céu
branco de neve
cinza de bruma
ou translúcido de água
a claridade dos cimos
e o escuro dos covões
Cores de vida
tantas estrelas
quantas as estações
e afinal
uma só Estrela...
Dr. Pedro C. Henriques
Ver vídeo da Serra da Estrela no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=iWCU7UEK2WI