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A GLÓRIA É DE DEUS

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 1º TRIMESTRE / 2016 - REVISTA CPAD JOVENS

LIÇÕES BÍBLICAS - JUSTIÇA E GRAÇA

UM ESTUDO DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO NA CARTA AOS ROMANOS

LIÇÃO 3 - A NECESSIDADE ESPIRITUAL DOS JUDEUS

A - LEITURA DA INTRODUÇÃO DA LIÇÃO - PÁG. 20 DA REVISTA CPAD - JOVENS - PROFESSOR

I - OS JUDEUS NECESSITAVAM SE LIBERTAR DO JUGO DA LEI

Os judeus da sociedade judaica na época de Cristo se consideravam homens bons e inteiramente aprovados diante de Deus por se acharem cumpridores dos preceitos da Lei, e neste contexto, julgavam os nãos judeus (gentios) por não observarem principalmente os preceitos ritualísticos da Lei de Deus, tornando-se uma espécie de religiosos moralistas críticos. Não existe homens bons na terra para o padrão moral divino e somente Deus é quem pode julgar. (Rm 2:1-11; Mc 10:17-18)

1. A DURA REPRIMENDA DE PAULO AOS JUDEUS

O apóstolo Paulo após admoestar duramente os gentios sobre a ira de Deus no capítulo 1 da carta aos romanos, agora se volta para uma dura reprimenda aos judeus que demonstravam uma hipocrisia religiosa quando incidiam um pesado padrão de comportamento, ritos e tradições para os gentios e ao mesmo tempo não cumpriam estes preceitos morais, reforçando o tenebroso adágio popular que diz: "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Os judaizantes julgavam os gentios pelos erros cometidos que eles mesmos, os judeus, também faziam, sendo então, um ato reprovável diante de Deus. (Rm 2:1)

APLICAÇÃO PESSOAL

Não devemos julgar absolutamente ninguém para não sermos julgados. (Tg 4:11-12)

2. A SÓLIDA BASE DIVINA DA SALVAÇÃO E DO JULGAMENTO PARA COM TODOS OS HOMENS

i. O julgamento de Deus para com os homens não se apoia em valores humanos de justiça ou moralidade. Não adianta o homem receber alto nível de avaliação moral de outros homens, ou de sua própria justiça, pois, o que tem valor efetivo de diagnóstico e veredito de aprovação, é o juízo de Deus que vem sobre todos os homens independente de cor, raça, sexo, nacionalidade, etc. O julgamento de Deus tão somente se baseia na fé em Jesus Cristo primeiramente como Salvador e por fim como Senhor, ratificada esta fé pelo exercício digno consequencial do padrão moral divino segundo a justiça de Deus(Rm 2:2-3)

ii. Muitos homens pensam ser auto suficientes em bondade, acreditam que em sua postura moral presumidamente correta no seu modo particular de avaliação estão agradando a Deus e assim acham que estão em paz com o Senhor e nesta suposta condição desvalorizam no estado de desprezo a tolerância, a bondade e a longanimidade de Deus. (Rm 2:4)

iii. A dura cerviz do homem em sua natureza, agindo de forma hipocritamente religiosa amealha para si um justo julgamento final, com o recebimento de sentenças segundo as suas obras. (Rm 2:5-6)

iv. No plano espiritual a vida eterna no justo juízo de Deus, será dada para quem sempre faz o bem, busca permanentemente está na glória de Deus, honra ao Senhor de forma fiel e luta ardentemente contra o pecado com o objetivo de ter no futuro um corpo glorificado, e para os facciosos e para os que desobedecem ao Senhor será dada a condenação eterna no lago de fogo. (Rm 2:7-8)

v. No plano terreno, tribulação e angústia, será dada para qualquer homem que faz o mal, e glória, honra e paz será dada para qualquer homem que pratica o bem (Rm 2:9)

vi. Deus não faz acepção de pessoas, todos os homens são iguais perante Deus no direito de salvação, dádiva gratuita dada por ele, pela fé em Jesus Cristo. (Rm 2:11)

APLICAÇÃO PESSOAL

Não são os nossos atos de justiça ou de consecução de rituais litúrgicos religiosos que nos dão o direito da salvação. É pela graça e pela fé no sacrifício de Jesus na cruz que somos salvos, sabendo que um dia seremos julgados pelo justo juiz de todos, o Senhor Jesus, que não faz acepção de pessoas. (Ef 2:1-10)

3. A PUREZA MORAL DE DEUS GRAVADA NA CONSCIÊNCIA DOS HOMENS

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A GLÓRIA É DE DEUS

Além da revelação de Deus na criação dos atributos morais e naturais de seu ser, O Senhor, gravou na consciência do homem intuitivamente o que é certo e o que é errado segundo um padrão moral de caráter do Senhor, sendo, por isto, o homem que não se rende a magnificência de Deus, indesculpável de não ter o conhecimento de Deus e de saber que o Senhor deseja uma relação de plena comunhão com o homem. É com esta base que Jesus julgará os segredos mais íntimos dos homens, bem como, pela seu comportamento diante de Deus, segundo a referência do Evangelho de Cristo. (Rm 2:12-16)

II - OS JUDEUS NECESSITAVAM ABANDONAR A HIPOCRISIA

Os judeus estavam imbricados diretamente com o legalismo fundamentalista se considerando aprovados diante de Deus mediante uma aparente obediência aos preceitos da Lei, bem como pelo rigoroso cumprimento das cerimônias ritualísticas no plano religioso que denunciavam a sua hipocrisia legalista (Rm 2:17-24).

1. PAULO ADVERTE SOBRE O LEGALISMO E O CONHECIMENTO SEM APLICAÇÃO PRÁTICA

O apóstolo Paulo passa agora a enfatizar na epístola aos romanos que títulos (pastor, diácono, etc), cargos (superintendente de escola bíblica) , genealogia cristã, (nasci num lar evangélico), religião (católico, evangélico, etc), denominação de igreja, não credencia ninguém a ser salvo e nem dá verdadeiramente a segurança do conhecimento de Deus. Assim, neste contexto, o apóstolo Paulo adverte aos judeus sobre este assunto nos seguintes pontos:

i. Os judeus confiavam na Lei não por causa do autor da Lei, mas pelo que sabiam do conteúdo da Lei, porém, sem aplicar os seus ensinamentos, e por saberem da Lei de cor e salteado, o que era certo e errado, instruídos em tudo nessa lei e presumidamente conhecendo Deus e a sua vontade, aliada a condição de ser a nação escolhida por Deus, dentre outras nações, eles se orgulhavam humanamente de todas estas coisas. (Rm 2:17-18)

ii. Os judeus tinham inteira confiança de que tinham sabedoria e estavam com a verdade e por isso se colocavam como referência espiritual para os gentios, mas gravemente falhavam por não viverem o que ensinavam, de impor pesados fardos aos gentios no que tange a consecução de rituais, costumes e tradições, pecando, isto é, transgredindo a Lei que apregoavam para os gentios. Eram verdadeiros hipócritas religiosos. (Rm 2:19-22)

iii. Este lamentável comportamento dos judeus que tinham a Lei apenas como apontamentos ou regramentos da letra, pois, não praticavam a essência da pura e gloriosa Palavra de Deus, promovia a execração pública do nome de Deus entre os gentios, ou seja, aqueles que ainda não conheciam o Senhor. (Rm 2:23-24)

APLICAÇÂO PESSOAL:

i. Temos a obrigação de conhecer a Palavra de Deus com profundidade espiritual tendo na razão humana o dever de praticar esta Palavra, pois, a Bíblia Sagrada manuseada hipocritamente traz o juízo de Deus, a ira de Deus, entretanto, utilizada no sentido de apontar o pecado e a necessidade da salvação pela graça e pela fé em Cristo Jesus, traz vida eterna, paz, alegria e verdadeira segurança espiritual. (Gl 3:19-29).

ii. O nosso comportamento moral, social, ético e espiritual em todos os ambientes que vivemos diante dos homens e diante de Deus devem esta pautado na verdade e de acordo com os preceitos bíblicos para não darmos margem para escandalizar o Evangelho de Cristo diante dos homens. Todos nossos atos devem sempre glorificar o Nome do Senhor Jesus. (1 Pd 3:13-17)

III - OS JUDEUS PRECISAM SE LIBERTAR DO RITUALISMO

Os judeus valorizavam os rituais como valor agregado para a salvação e isto desvirtuava completamente o seu significado. Especificamente o ritual que os judeus impunham aos gentios como valor agregado como requisito para a salvação era o da circuncisão, que consistia no corte do prepúcio do órgão sexual masculino. Vejamos, então, qual era o verdadeiro significado desta circuncisão, a saber:

1. A CIRCUNCISÃO COMO MEMORIAL PERPÉTUO DE UMA ALIANÇA

O Apóstolo agora passa a combater a visão ritualística dos judeus no sentido requisitório de santidade, procurando demonstrar que o significado da circuncisão era apenas um símbolo de memorial perpétuo de uma aliança ente Deus e Abraão com a sua respectiva descendência na promessa de fazer do patriarca uma grande nação. (Gn 17:1-11)

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A GLÓRIA É DE DEUS

A simbologia da circuncisão não modifica o coração do homem para ser santo e por isso mesmo não passa de um ato simbólico memorial, mesmo porque, o circunciso que não faz a vontade de Deus se torna um incircunciso e o incircunciso que faz a vontade de Deus se torna circunciso. (Rm 2:25-29)

APLICAÇÂO PESSOAL:

i. Rituais, cerimônias, costumes, tradições não possuem valor requisitório de salvação, são apenas memoriais litúrgicos de valor simbólico para um memorial de promessas de Deus ou atos praticados pelo Senhor a nosso favor, como por exemplo a Santa Ceia, como símbolo da Nova Aliança de Cristo com a humanidade, e por isso devemos realizá-las com a consciência plena do que estamos fazendo e com a compreensão do seu verdadeiro sentido porque estamos fazendo (Mc 14:22-26).

ii. Não são ritos litúrgicos que nos salva ou nos reveste de santidade. Na realidade a nossa salvação é pela Graça e pela fé em Jesus ratificado num coração transformado e regenerado pelo Senhor e na obediência incondicional a vontade de Deus.(1 Sm 15:22; Fp 3:1-11)

2. PAULO DEFENDE AS SUAS CONVICÇÕES DIANTE DOS ARGUMENTOS DOS JUDEUS

Na sequência da epístola no capítulo 3, versículos 1 ao 8, o apóstolo Paulo presumidamente se defende de quatro acusações que os judeus o fizeram a partir de suas convicções manifestadas no capítulo 2. Vejamos item por item as acusações a partir das respostas de Paulo, a saber:

2.1. Os judeus acusaram Paulo de atacar os rituais do povo de Deus.

O apóstolo Paulo diz que os judeus tiveram o privilégio de serem escolhidos pelo Senhor como o povo de Deus para proclamarem para o mundo o reino de Deus, porém, falharam negando Jesus como o Messias e se apegando a rituais litúrgicos que tem o seu valor e validade, entretanto não os levariam a salvação. Na verdade Paulo não atacava os judeus, mas sim o comportamento deles de extremada hipocrisia e farisaísmo. (Rm 3:1-2)

2.2. Os judeus acusaram Paulo de anular as promessas de Deus para eles.

O apóstolo Paulo responde com a firmeza de sempre, dizendo que nenhum homem tem o poder de invalidar ou anular uma promessa de Deus, pois, o homem é mentiroso, e ao contrário, Deus é fiel e verdadeiro. Todas as promessas de Deus são cumpridas no seu tempo certo, ainda que sejamos infiéis. Paulo atesta claramente que os judeus não creram, foram infiéis, e por isso eles é que são os mentirosos pautados em religiosidade de rituais na crença da salvação através delas.(Rm 3:3-4)

2.3. Os judeus acusaram Paulo de que a sua pregação caracterizava Deus, como um ser injusto.

O apóstolo Paulo diz que a aplicação da justiça de Deus, ou seja, da ira de Deus, no caso, o seu julgamento é por causa das injustiças humanas. A justiça de Deus é soberana, absoluta, infalível, inerrante, justa e não faz acepção de pessoas.Se Deus fosse injusto, qual seria a sua moral para julgar o mundo. (Rm 3:5-6).

2.4. Os judeus acusaram Paulo de que a sua pregação os levariam a pecar contra Deus

O apóstolo Paulo diz que sua suposta mentira pregada, mostra cada vez mais a verdade e a glória de Deus. Todos nós somos pecadores e somos condenados pelos nossos pecados, isto é justo.(Rm 3:7-8)

APLICAÇÃO PESSOAL

i. Você foi escolhido pelo Senhor para se enfileirar nas linhas do Exército de Deus, você faz parte do povo de Deus e por isso honre e glorifique o nome do Senhor sempre em obediência plena, sem qualquer pensamento de negação ao Senhor.(Jo 15:12-17)

ii. Deus tem promessas especiais para cada um de nós e no tempo estabelecido por ele uma a uma será cumprida integralmente.(2 Co 1:20)

iii. Deus é um justo juiz e retribuirá a cada um pelo seu comportamento diante de Deus e dos homens e pela sua fidelidade ao Senhor. (2 Tm 4:8)

iv. Só Jesus é o caminho a verdade e a vida.(Jo 14:6)

IV - CONCLUSÃO

Diante de Deus todos nós somos iguais pela condição de sermos pecadores e carecermos do perdão e da glória de Deus. Reconheçamos Jesus Cristo primeiro como o nosso salvador por ter morrido em nosso lugar na cruz e depois como nosso Senhor para termos as atitudes morais e espirituais

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A GLÓRIA É DE DEUS

inteiramente submissas e em obediência ao Senhor Jesus Cristo, sabendo que Deus é um justo juiz dos vivos e dos mortos.