A Gestão de Pessoas e o Enfoque do Fator Humano nas Organizações Como Forma de Competitividade es
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A Gestão de Pessoas e o Enfoque do Fator Humano nas Organizações
como Forma de Competitividade de uma Agencia Bancária do Setor
Privado
Helder Luís Soares de Alustau (Universidade Federal da Paraiba) [email protected]
Nelson Carlos da Silva (Universidade Federal da Paraiba) [email protected]
Arthur de Albuquerque Baracho (Universidade Federal da Paraiba) [email protected]
João Paulo Camilo Rodrigues da Cunha (Universidade Federal da Paraiba) [email protected]
Resumo:
A gestão de pessoas tem sua importância em todas as organizações, sua presença gera resultados que
desenvolvem tanto funcionários quanto a organização em si. Levando em consideração essa temática o
presente artigo possui o intuito estudar a aplicabilidade da gestão de pessoas em uma empresa de
serviço bancário do setor privado. Para isso foi elaborada uma abordagem sobre as questões ligadas à
gestão de pessoas com enfoque do fator humano nas organizações, sendo esta como forma de
competitividade. Para isso abordou-se como base de pesquisa para o estudo os funcionários de uma
agência bancária do setor privado. Esse trabalho se justifica pelo motivo das pessoas serem vistas
pelas organizações como um fator competitivo. Na metodologia aplicada para obter os resultados foi
utilizada no estudo uma pesquisa qualitativa, cujos sujeitos de investigação foram os funcionários de
uma empresa do setor mencionado acima. Estes mostraram que os indivíduos se identificam com a
empresa onde estão inseridos através da autonomia e do alcance das metas. Estes apontaram que o
aumento da produção, enquanto trabalhadores os conduzem ao crescimento profissional. Com relação
ao fator humano a pesquisa mostrou que a segurança no trabalho esta diretamente ligada às metas da
empresa, ou seja, quanto mais competente o indivíduo for, mais seguro estará no emprego. Conclui-se
que a gestão de pessoas desenvolveu-se e continua a adaptar-se com o tempo, as empresas do setor
bancário tem se esforçado para que o conhecimento de gestão de pessoas possa contribuir para com a
organização e as pessoas que estão inseridas nela.
Palavras chave: Gestão de Pessoas, Pessoas, Organização.
1 Introdução
Acredita-se, que a gestão de pessoas é uma das áreas da administração que mais tem sofrido
mudanças e transformações nos últimos tempos. O modo de ver a gestão de pessoas hoje é
totalmente diferente do conceito que se tinha anteriormente, quando se recebia o
nome de Administração de Recursos Humanos.
A gestão de pessoas tem sido a responsável pela excelência das organizações bem sucedidas e
pelo investimento no capital intelectual dos atores organizacionais que simbolizam mais do
que tudo, a importância do fator humano em plena era da informação e do conhecimento nas
organizações.
Desse modo, quando as organizações são bem sucedidas, elas tende a crescer ou, no mínimo,
sobreviver. O crescimento acarreta maior complexidade dos recursos necessários as suas
operações, com o aumento de capital, incremento de tecnologia, atividade de apoio entre
outros aspectos, além disso, provoca o aumento de números de pessoas, bem como a
necessidade de se intensificar a aplicação dos seus conhecimentos, habilidade e destrezas
indispensáveis à manutenção e competitividade do negócio. Com tudo isso se assegura que os
recursos materiais, financeiros e tecnológicos sejam utilizados com eficiências e eficácia. E as
pessoas passam a significar o diferencial competitivo que mantém e promove o sucesso
organizacional, elas passam a construir a competência básica da organização, a sua principal
vantagem competitiva em um mundo globalizado, instável, mutável e fortemente competitivo.
Assim, para mobilizar e utilizar plenamente as pessoas em suas atividades, as organizações
estão mudando os seus conceitos e alterando produtos e serviços, elas estão investindo nas
pessoas que os entendem e sabem como criá-los, desenvolvê-los, produzi-los e melhorá-los.
Em vez de investirem diretamente no cliente. Segundo Chiavenato (2006), os funcionários da
empresa – e não os seus clientes – é que pretende realmente satisfazer os seus clientes. Ou
seja, por os funcionários na frente e os clientes serão bem atendidos por eles. Desta forma, as
pessoas na visão das organizações passam a constituir o elemento básico do sucesso
empresarial.
Notadamente, administrar com as pessoas significa tocar a organização juntamente com os
colaboradores e parceiros internos que mais entendem dela e de seu futuro. Uma nova visão
das pessoas não mais como um recurso organizacional, ou mero sujeito passivo do processo,
mas fundamentalmente como um sujeito ativo e provocador das decisões, empreendedor das
ações e criador das inovações dentro das organizações. Assim, se busca cada vez mais investir
nas pessoas, para que as mesmas sejam um agente proativo dotado da visão própria e,
sobretudo, de inteligência, a maior, a mais avançada e sofisticada habilidade humana.
Portanto, as pessoas constituem o principal ativo da organização. Daí a necessidade de tornar
as organizações mais consistentes e atentas a seus funcionários. As organizações bem
sucedidas estão percebendo que somente podem crescer, prosperar e manter sua continuidade
se forem capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros,
principalmente o dos empregados. Quando uma organização está realmente voltada para as
pessoas, a sua filosofia global e sua cultura organizacional passam a refletir essas crenças.
Para tanto o presente artigo se propõe a estudar a aplicabilidade da gestão de pessoas em uma
empresa de serviço bancário do setor privado.
2 Gestão de Pessoas
As organizações são compostas de pessoas. O estudo das pessoas constitui a unidade básica
para o estudo das organizações. De acordo com Chiavenato (2006), a influência das
organizações sobre a vida dos indivíduos é fundamental: a maneira pela qual as pessoas
vivem, se alimentam, se vestem, seus sistemas de valores, suas expectativas e convicções são
profundamente influenciadas pela organização.
As organizações de hoje estão entrando em mercados em que regras culturais estranhas a elas
determinam o que é desejável. A diversidade apenas está aumentando, mas está sendo
encorajada, e a multifuncionalidade está-se tornando regra.
Portanto, “as organizações bem sucedidas estão percebendo que somente podem crescer,
prosperar e manter sua continuidade se forem capazes de aperfeiçoar o retorno sobre os
investimentos de todos os parceiros, principalmente dos empregados” Chiavenato (31:2006).
Dentro desse contexto, uma das áreas empresariais que mais sofrem mudanças é a área de
recursos humanos. Notadamente a gestão de pessoas é uma área muito sensível à mentalidade
que predomina nas organizações.
Desse modo, a gestão de pessoas é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que
atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto os
individuais. (GIL 2001), ou seja, há uma reciprocidade que é de extrema importância para o
desenvolvimento organizacional frente a um mercado tão exigente, pois as organizações
dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões. E para as pessoas, as
organizações constituem o meio pelo qual elas podem alcançar vários objetivos pessoais.
Desse modo, os administradores de talentos humanos se preocupam muito com os seus
empregados, ou melhor, com uma rede de relações mantidas entre os indivíduos e os grupos
no ambiente de trabalho, onde buscam proporcionar um ambiente em que as pessoas se
entendem bem com as outras com a finalidade de executarem suas tarefas conjuntamente.
2.1 Escola de relações humanas
A relação humana é um termo frequentemente usado para descrever o modo como os
administradores interagem com seus subordinados. Todavia, o movimento das relações
humanas surgiu das primeiras tentativas de descobrir sistematicamente os fatores sociais e
psicológicos capaz de criar relações humanas eficaz.
Para Gil (2001), a descoberta da relevância do fator humano na empresa veio proporcionar o
refinamento da ideologia da harmonização entre capital e trabalho definida pelos teóricos da
administração cientifica. Com efeito, pode-se dizer que as relações humanas constituem um
processo de integração de indivíduos numa situação de trabalho, de modo a fazer com que os
trabalhadores colaborem com a empresa e até encontrem satisfação de suas necessidades
sociais e psicológicas.
Todavia, o movimento das relações humanas desenvolveu-se a partir de uma famosa serie de
estudos realizados na Wester Eletric Company, entre 1924 e 1933, que ficou conhecido como
os estudos de Hawthoner. Porque a maioria das pesquisas foram realizadas na fábrica de
Hawthoner, da Wester Eletric, perto de Chicago. O presente estudo começou com
uma tentativa de investigar a relação entre o nível de iluminação no local de trabalho e a
produtividade dos operários, um tipo de questão que poderia muito bem ter sido levantado por
Taylor e seus contemporâneos.
Então, essas experiências e outras que se seguiram vieram ressaltar a importância de fatores
psicológicos e sociais na produção. Como conseqüência, passou-se a valorizar as relações
humanas no trabalho. Assim, temas como comunicação, motivação, liderança e tipos de
supervisão passaram a ser também considerados na administração de pessoal.
Portanto, esse movimento teve uma grande participação no que tange a gestão de pessoa no
seu processo de evolução, visualizando, assim, nas organizações os recursos humanos como
uma forma de assegurar a sua permanência no mercado competitivo que antes não era
assegurada pela administração científica.
2.3 Administração de recursos de humanos
Acredita-se, que o conceito de administração de recursos humanos surgiu na década de 60,
quando essa expressão passou a substituía as utilizadas no âmbito das organizações:
administração de pessoas e relações industriais. Portanto, administração de recursos humanos
(ARH) é uma área de estudos relativamente nova.
Notadamente, a administração de recursos humanos é uma especialidade que surgiu com o
crescimento das organizações e com a complexidade de tarefas organizacionais. A
administração de recursos humanos trata do adequado aprovisionamento, da aplicação da
manutenção e do desenvolvimento das pessoas nas organizações. Assim, o processo da
administração de recursos humanos nunca pára. Pelo contrário, é um processo permanente
que tenta manter a organização suprida das pessoas certas, nas posições certas, na hora certa
Stoner ( 1985).
Então, para que possam compreender adequadamente as técnicas da administração de
recursos humanos tornam-se necessário compreender as bases sobre as quais ela trabalha: as
organizações e as pessoas.
Marras(2006) enfatiza que tanto os indivíduos como as organizações possuem objetivos a
alcançar. As organizações recrutam e selecionam seus recursos humanos para, com eles e por
meio deles, alcançarem, objetivos organizacionais (produção, rentabilidade, redução de custos
e etc.), todavia, os indivíduos, uma vez recrutados e selecionados, têm objetivos enquanto
pessoas que lutam para atingirem, utilizando-se da organização para consegui-los.
Portanto, administração de recursos humanos consiste no planejamento, na organização, no
desenvolvimento, na coordenação e no controle de técnicas capazes de promover o
desempenho eficiente do pessoal, ao mesmo tempo que a organização represente o meio que
permite ás pessoas que com ela colaboram alcançar os objetivos individuais relacionados
direta ou indiretamente com o trabalho. Administração de recursos humanos significa
conquistar, e manter pessoas na organização, trabalhando e dando o máximo de si, com uma
atitude positiva e favorável.
Então, os objetivos da administração de recursos humanos derivam dos objetivos da
organização interna. (Vroom, 1997). Ou seja, toda organização tem como um de seus
principais objetivos a criação e distribuição de algum produto ( como um bem de produção ou
de consumo) ou de algum serviço ( como uma atividade especializada). Ao lado dos objetivos
organizacionais, a administração de recursos humanos deve considerar os objetivos pessoais
dos participantes.
3 Atividades relativas à gestão de pessoas
Nota-se, que as pessoas com atitudes, conhecimento e habilidades são o principal alicerce da
organização. Neste novo contexto, as pessoas deixaram de ser recursos e passaram a ser
tratados como seres dotados de inteligência, sentimentos e aspirações. Segundo Bergamini
(1998), as pessoas não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões. Os motivos humanos
variam de pessoa para pessoa, o que determinam uma significativa diferença individual de
comportamento, não somente em termos de metas e propósitos, como também na intensidade
de comportamento característico de cada um em buscar atingir esses objetivos.
A avaliação deve ocorrer todos os dias e não apenas nos momentos formais. O esforço
individual é direcionado pelas capacidades e habilidades do individuo, é pelas percepções que
ele tem do papel a desempenhar e função do valor de recompensas que dependerão assim de
seus esforços. Chiavenato (2006) enfatiza, o mundo complexo e competitivo de hoje, a
escolha das pessoas certas, torna-se de vital importância para o funcionamento da empresa.
Pessoas bem selecionadas e bem posicionadas não somente contribuem um significativo
potencial para futuras substituições. Assim construir e manter uma efetiva organização
humana vem a ser uma das mais importantes funções gerências.
Então, a moderna gestão de pessoas consiste em várias atividades, como descrições e análise
de cargos, planejamento de RH, recrutamento, seleção e motivação das pessoas, avaliação de
desempenho, remuneração. Chiavenato (1990) enfatiza que essas políticas e práticas podem
ser resumidas em seis processos básicos da gestão de pessoas, conforme o quadro 1:
*REMUNERAÇÃO
*BENEFÍCIOS
*DESENVOLVIMENTO
DE CARGO
*AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO
*TREINAMENTO
*MUDANÇAS
*COMUNICAÇÃO
*DISCIPLINA
*HIGIENE
*SEGURANÇA
*QUALIDADE DE VIDA
*RELAÇÕES
*BANCO DE
DADOS
*SESTEMAS DE
INFORMAÇÕES
GERENCIAIS
*RECRUTAMENTO
*SELEÇÃO
GESTÃO
DE
PESSOAS
PROCESSO
DE AGREGAR
PESSOAS
PROCESSO DE
MONITORAR
PESSOAS
PROCESSO DE
APLICAR
PESSOAS
PROCESSO DE
RECOMPENSAR
PESSOAS
PROCESSO DE
DESENVOLVER
PESSOAS
PROCESSO DE
MANTER
PESSOAS
Fonte: Adaptado de Chiavenato (1990).
Quadro 1: Organização funcional tradicional do órgão de RH
1. Processo de agregar pessoas: São os processos utilizados para incluir novas pessoas na
empresa. Podendo ser denominado como o processo de recrutamento e seleção.
2. Processo de aplicar pessoas: São os processos utilizados para desenhar as atividades
que as pessoas irão realizar na empresa como, orientar e acompanhar seu desempenho.
Incluem o processo de desenho de cargo e avaliação de desempenho.
3. Processo de recompensar pessoas: São os processos utilizados para incrementar o
desenvolvimento profissional e pessoal. Incluem treinamento, mudanças e
comunicações.
4. Processo de desenvolver pessoas: são utilizados para capacitar e incrementar o
desenvolvimento profissional e pessoal. Incluem treinamento, mudanças,
comunicações.
5. Processo de manter pessoas: São utilizados para criar condições ambientais e
psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Inclui disciplina, higiene,
segurança, qualidade de vida e relações com os sindicatos.
6. Processos de monitorar pessoas: São os processos utilizados para acompanhar e
controlar as atividades das pessoas e verificar resultados. Incluem bancos de dados,
sistemas de informações gerências.
Portanto, os processos básicos da gestão de pessoas aqui expostos faz refletir de forma mais
intensa todo o processo de desenvolvimento funcional da organização desde o recrutamento a
ter o engajamento do funcionário nos processos produtivos da empresa avaliando sua aptidão
no decorrer de todas as etapas dos processos básicos da gestão de pessoas.
4 Desafios Organizacionais
Acredita-se, para se conhecer adequadamente uma empresa, deve-se compreender também o
contexto no qual ela está inserida. O ambiente em que a envolvem, representa todo o universo
que envolve externamente a empresa. Neste contexto, o ambiente é a sociedade maior,
constituídas de outras empresas, organizações, outros grupos sociais e etc. Desse modo,
Carvalho e Serafim (1999), enfatiza que as empresas não vivem no vácuo, isoladas e auto-
suficientes, mas funcionam dentro de um contexto, do qual dependem para sobreviver e
crescer. E na medida em que o ambiente sofre mudanças, todo o quadro habitual das
operações das empresas é tremendamente influenciado por essas mudanças, pois as condições
ambientais externas às empresas contribuem fortemente para o que sucede dentro delas.
Portanto, os desafios organizacionais decorrem de problemas internos das organizações. Eles
podem em boa parte ser considerados subprodutos das forças ambientais, pois nenhuma
empresa como mencionado acima operam no vácuo. Todavia, as organizações, no entanto,
costumam apresentar melhores condições para enfrentar esses desafios do que os
determinados pelo ambiente. Assegura Gil (2001), administradores competentes detectam
problemas dessa natureza e são capazes de lidar adequadamente com eles antes que se tornem
maiores, á medida que estejam bem informados acerca das principais questões de recursos
humanos e dos desafios organizacionais, esses administradores conseguem ser proativos, ou
seja, capazes de tomar as providencias necessárias para que o problema seja enfrentado antes
que fujam ao controle da organização. (MUCHINSKY, 2004). Dessa forma, os principais
desafios organizacionais são: tecnológicos, competitividade, autogerenciamento das equipes,
terceirização.
5 Identificação com a empresa
Nota-se que, os empregados mais produtivos são os que mais se identificam com a cultura da
empresa e com seus objetivos; são os que “vestem a camisa”: os verdadeiros parceiros da
empresa. Assim, a empresa necessita desenvolver estratégias para atrair e manter empregados
com essas características. Então, como podem as empresas que adotam procedimentos dessa
natureza garantir que seus empregados sintam-se em condições de identificar-se com ela?
Conforme Chiavenato (2006), a cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de
hábitos e crenças estabelecidas através de normas, valores, atitudes e expectativas
compartilhadas por todos os membros da organização. Dentro dessa percepção, a cultura
organizacional representa as percepções dos dirigentes e funcionários da organização e reflete
na mentalidade que predomina dentro da organização. Por esta razão ela condiciona a
administração de pessoas.
Desta forma, para que os empregados aceitarem a cultura da empresa, requer da mesma, muita
transparência no estabelecimento das bases de suas políticas de pessoal, pois, as empresas
estão valorizando cada vez mais o comprometimento das pessoas. Desse modo, os
funcionários comprometidos é que vem sendo convocados para fazer das soluções e é
exatamente neles que as empresas mais procuram investir.
5.1 Produtividade
Com a evolução do mundo dos negócios e o desenvolvimento da tecnologia, o novo
paradigma de competitividade em mercado global requer habilidades para mudar e inovar
rapidamente para aproveitar as oportunidades e neutralizar as ameaças ambientais. Isto
implica a necessidade de alimentar continuamente a produtividade através da melhoria da
qualidade do trabalho das pessoas.
Notadamente, para que as empresas tornem-se competitivas, é necessário que seus recursos
humanos apresentem elevados níveis de produtividade. Desse modo, quando se fala da
vantagem competitiva das nações, costuma-se apresentar os índices de produtividade, de sua
mão-de-obra. Gil (2001) essa produtividade, por sua vez, depende de dois fatores: motivação
e capacitação.
Com o mundo cada vez mais competitivo dos negócios exige altos níveis de motivação das
pessoas. Empregados motivados para realizar seu trabalho, tanto individualmente como em
grupo, tendem a proporcionar melhores resultados. Conforme Gil (2001), a motivação pode
ser entendida como o principal combustível para a produtividade da empresa.
No entanto, a capacidade ou competência para desempenhar um trabalho é atribuído do setor
de gestão de pessoas, implementada por meio de ações de recrutamento, seleção, treinamento
e desenvolvimento. Requer-se, portanto, das empresas o aprimoramento desses
procedimentos. Basta lembrar apenas que, num país como o Japão, cada empregado passa em
media 20 horas anuais em atividade de treinamento.
5.2 Segurança do emprego
Numa era marcada pela reestruturação, cortes de pessoas tendem a ser vistos como atividade
na apenas natural, mas essencial para garantir a competitividade da empresa. A grande oferta
de mão-de-obra, por sua vez, contribui significativamente para que as empresas dispensem
empregados sempre que julgarem conveniente.
Evidentemente, em decorrência desse quadro, os empregados temem naturalmente por sua
segurança no emprego. Essa insegurança, por sua vez, constitui uma das principais causas do
stress e um dos maiores comprometedores do baixo desempenho e profundidade. Assim, certa
garantia de estabilidade no emprego deve ser encarada pela empresa como fator importante
para conciliação dessa postura com uma política de competitividade passa a constituir sérios
desafios relacionados à gestão de seus empregados.
5.3 Qualidade de vida
Durante muito tempo, ao falar-se em qualidade nas empresas, enfatizava-se, principalmente, a
produção. Hoje, fala-se não apenas em qualidade no trabalho, mas também em qualidade de
vida dos empregados. Isso significa que os empregados precisam ser felizes. Para que sejam
produtivos, devem sentir que o trabalho que executam é adequado a suas habilidades e que
são tratados como pessoas. Não se pode esquecer que parte significativa da vida das pessoas é
dedicada ao trabalho e que para muitos o trabalho constitui a maior fonte de identificação
pessoal. É natural, portanto, que almejem identificar-se com seu trabalho.
Então, não é mais possível garantir a sobrevivência da empresa apenas exigindo que pessoas
façam o melhor que puderem ou cobrando apenas resultados. Hoje são necessários métodos
que passam a ser utilizados por todos em direção aos objetivos de sobrevivência da empresa.
Estes métodos devem ser aprendidos e praticados por todos, assim, as empresas são
desafiadas a investir no meio ambiente, tanto para atrair talentos quanto para melhorar a
produtividade do trabalho. Mais do que isso, as empresas são desafiadas a implantar
programas de qualidade de vida no trabalho que envolva também as decisões e o oferecimento
de tarefas significativas. (GIL 2001).
A qualidade de vida tem sido utilizada como indicador das experiências humanas no local de
trabalho e do grau de satisfação dos indivíduos que desempenham o trabalho. Assim, para
alcançar níveis elevados de qualidade e produtividade, as organizações necessitam de
indivíduos motivados, que participem ativamente nos trabalhos que desenvolvem e que sejam
de algum modo, recompensados por suas contribuições.
Conforme Chiavenato (2006), a qualidade de vida envolve os aspectos intrínsecos (conteúdo)
e extrínsecos (contexto) do cargo. Ela afeta atitudes pessoais e comportamentos relevantes
para a produtividade individual e grupal, tais como: motivação para o trabalho, adaptabilidade
a mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar mudanças.
6 Procedimentos metodológicos
A metodologia de um trabalho científico corresponde ao estudo das técnicas de averiguação
existente, que permite identificar o norte mais adequado, partindo de uma fundamentação
teórica e chegar ao resultado proposto de uma pesquisa realizada. Para Bonfim (1995),
metodologia é a ciência que se ocupa do estudo dos métodos, técnicas ou ferramentas e de
suas aplicações na definição, organização e solução de problemas práticos. A metodologia é
interdisciplinar e genérica e tem aplicação em diversos campos do conhecimento.
Assim, com base nessa percepção, a pesquisa foi realizada inicialmente com uma pesquisa
bibliográfica para embasar os limites da própria pesquisa, acompanhada da intenção de situar
o objetivo central do estudo que é evidenciar a gestão de pessoas enfocando o fator humano
como forma de competitividade nas organizações. Ancorada por um estudo de caso realizado
em uma agência bancária do setor privado, evidenciando assim, o processo de avaliação de
desempenho entre os funcionários dessa empresa que de forma voluntária, participaram da
pesquisa de campo.
Foram elaborados questionário e entrevista respectivamente, que segundo Gil (1999) é um
meio rápido e de baixo custo de observação de informações, além do questionário também
garantir o anonimato das respostas.
Desse modo, a pesquisa de campo foi feita através da observação participante em conjunto
com a aplicação de questionário de entrevista. Conforme Vergara (2004), a observação
participante é viável quando o pesquisador de certo modo comprometido no cotidiano ou na
situação do grupo que vai ser pesquisado, desse modo, o pesquisador torna-se um espectador
interativo.
Desse modo, por se tratar de um estudo descritivo, Matar (1996) esclarece que o método
adotado é o levantamento da fonte primária e secundária, adotando-se uma análise qualitativa
para tratar os dados da pesquisa realizada em campo.
7 Apresentação e Discussão dos Resultados
No que se refere aos resultados, os dados serão tratados qualitativamente, ou seja, através dos
discursos obtidos como resultados da pesquisa de campo, através de um maior número de
observações, termos de número e concorrências (repetições).
Desse modo, é feita uma sistematização dos dados através de uma linguagem corrida e
informal, tendo como intuito articular a estratificação dos discursos dos sujeitos de pesquisa,
incorporando-se ao conteúdo integral do texto. Desse modo, buscou-se identificar os extratos
das falas das observações feitas dos sujeitos pesquisados que mais teve repetições, ou que
melhor explicaram as questões tratadas: gestão de pessoas e o enfoque do fator humano nas
organizações. E assim poder formatá-los numa expressão de dados sobre alguns elementos
teóricos internalizados no decorrer da pesquisa, através do instrumento de coleta de dados.
Desse modo, as sínteses descritas a seguir refletem as tendências de percepção dita pela
maioria dos entrevistados.
Assim, quando argüidos sobre a identificação que os sujeitos pesquisados tinham com a
empresa, surgiram os seguintes discursos:
“...me identifico com a empresa, por que, ela me dá autonomia em desenvolver as minhas
tarefas...”.
“...apesar do estresse em alcançar as metas estipuladas pela empresa...me identifico bastante
com a empresa e com os meus colegas de trabalhos...”.
Conforme os resultados de pesquisa apontados acima, acredita-se, que os fatores de
autonomia e trabalhar no alcance de metas estipulado pela empresa. Funciona como um
impulso motivador no desenvolvimento das tarefas por parte dos entrevistados.
No que se refere à visão externalizada pelos entrevistados, em relação à produtividade foram
expostos os seguintes discursos:
“...se eu não produzo, como é que vou crescer enquanto profissional. Acredito que além do
funcionário produzir cada vez mais, ele também deve dá idéias para a empresa em termos de
desenvolver novos produtos ou até mesmo serviço, de acordo com o tipo de empresa...”.
“...quando o funcionário estaciona em termos de produtividade, é porque algo não vai
bem...eu chamo e converso com ele para saber o que está acontecendo...”.
“...quem está a frente de uma equipe, é o responsável por todos e se algo não está bem com
alguém, isso vai interferir na sua produtividade e, como consequência na produtividade da
equipe...isso é péssimo para os funcionários e muito mais para a empresa...”.
Assim, conforme a percepção dos entrevistados no que se refere à produtividade dos mesmos
no local de trabalho, é prejudicial para todos (empresa e funcionários) e por haver uma
estagnação e não crescimento.
Quanto à segurança no emprego, foram apontados os seguintes discursos dos sujeitos de
pesquisa:
“...na minha opinião, para que tenhamos segurança no emprego, e só poderemos ter essa
segurança se estivermos o tempo todo se capacitando...quando a empresa nos dá essa
oportunidade tudo se torna mais fácil...”.
“...a segurança no emprego nasce a partir da competência. Se o cara mostra que é um
profissional competente, então, ele tem segurança no emprego...”.
“...a segurança no emprego nasce da competência profissional. Por que, se o funcionário é
bom, duvido que a empresa o queira demitir...”.
Assim, conforme os discursos descritos acima, os resultados quanto a segurança no emprego
está muito atrelado à questão da competência, no sentido do indivíduo ao mostrar sua
competência, a empresa pensa várias vezes antes de demiti-lo.
Quando indagados sobre a qualidade de vida, foram externalisadas as seguintes falas dos
sujeitos de pesquisa:
“...Aqui na empresa temos uma política de qualidade de vida, no entanto, na prática não
funciona muito...porque, temos alguns períodos no mês de muita correria para cumprir
metas...”.
“...como trabalhamos no alcance de metas, passamos por algum estresse que vai de encontro
com a qualidade de vida que todo trabalhador de ter...passamos tanto tempo na vida
trabalhando, e onde está a qualidade de vida...”.
A partir das informações dadas pelos sujeitos de pesquisa, no que se refere ao conjunto
estudado. Nota-se, que os mesmos estão cientes que estas questões levantadas são relevantes
para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Desse modo, a análise realizada de forma
participativa envolvendo todos os funcionários da empresa bancária selecionada para pesquisa
desse estudo, se apresenta como um ambiente propício para novos estudos.
8 Considerações Finais
O presente estudo teve como principal objetivo, analisar a gestão de pessoas e o enfoque do
fator humano nas organizações como forma de competitividade junto aos funcionários de uma
empresa bancária do setor privado. Desse modo, esse estudo ressaltou a questão das
percepções dos indivíduos entrevistados com relação a condicionantes que fazem parte do
contexto geral do tema tratado.
Assim, o trabalho de campo ofereceu uma excelente contribuição através da pesquisa, por
permitir o avanço teórico do tema pesquisado por meio da interação do pesquisador com os
sujeitos da pesquisa, no sentido de uma aproximação de amizade para a geração de novos
trabalhos científicos.
Acredita-se, que as organizações vivem uma era de descontinuidade, caracterizada por
constantes mudanças, em decorrência de processos de modernização tecnológica,
privatização, redefinições de política econômica e outras formas de reestruturação produtiva,
ou seja, o mundo atualmente se encontra numa sociedade baseada na informação,
conhecimento e tecnologia, esquecendo-se um pouco de investir no seu principal recurso, que
é o humano.
Nesse cenário, em função dos papéis desempenhados, os gestores necessitam está no centro
do processo de mudança, participando ativamente como geradores do sucesso da empresa.
Para tanto, é interessante que utilizem processos de gestão mais interativos, que permitam agir
de forma analítica e diagnóstica a partir de uma visão estratégica e empreendedora, que possa
contribuir como forma de melhoria dos processos de gestão, a fim de que as exigências do
mercado competitivo possam ser atendidas.
Em nível de constatação final, entende-se que, os sujeitos da pesquisa tem uma idéia clara dos
assuntos tratados. Principalmente, no que se refere a identificação com a empresa que
trabalham, com a produtividade pessoal e de equipe, segurança no emprego e a qualidade de
vida, que são temas que os mesmos enquanto atores organizacionais vivenciam de forma
rotineira na empresa em que trabalham.
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