A frutificação Que Permanece

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Jesus sabia que estava passando as suas ultimas horas em companhia dos discípulos e transmite a eles e a nós preciosos ensinamentos. Judas já havia se separado do grupo dos doze com a intenção de trair Jesus. O sermão de Jesus enfatiza a posição que os discípulos devem ter em relação a Deus e o que o mestre espera deles após a sua morte. Autor: Josadak de Lima. Formato: 14x21. Número de páginas: 80. ISBN: 978-85-7459-275-6

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Copyright2012 porJosadak Lima.Todos os direitos em língua

portuguesa reservados por:

A. D. SANTOS EDITORA

Al. Júlia da Costa, 21580410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil+55(41)[email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

LIMA. Josadak

A frutificação que permanece – O caminho do desempenho na arte de fazerdiscípulos – Série Conversas Sobre Discipulado / Josadak Lima – Curitiba: A.D. SANTOS EDITORA, 2010. 80 p.

ISBN – 978.85.7459-275-6

1. Liderança cristã 2. Discipulado

CDD – 253-2

1ª Edição: Abril / 2012 – 1.500 exemplares.

Proibida a reprodução total ou parcial,

por quaisquer meios a não ser em citações breves,

com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

Capa:Igor BragaImagem capa: Site: flickr.comPadrão licença: Creative CommonsAutor: Liz WestLocalização: Boxborough, MA

Diagramação:Manoel Menezes

Revisão ortográfica:Priscila R. A. Laranjeira

Impressão e acabamento:Gráfica Impressul

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APRESENTAÇÃO

DISCIPULADO – A FRUTICAÇÃO QUE PERMANECE – foi ela-borado visando o discipulado de líderes no contexto da igrejalocal. Este livro é o segundo de uma série focada em Treinamen-

to de Discípulos, baseada nos capítulos 13 a 17 do Evangelho deJoão. Os outros títulos são: O Padrão do Mestre, Orientação Espi-

ritual e Um projeto de vida.

O sermão de Jesus iniciado no capítulo 13 de João, conti-nua no capítulo 15, e prossegue até o capítulo 16. O sermão deJesus nestes capítulos do Evangelho de João enfatiza a posiçãodos discípulos em relação a Deus, e o que Jesus esperava deles,depois de sua morte.

Uma leitura cuidadosa destes capítulos mostra que Jesussabia que estava passando suas últimas horas na companhia deseus amados discípulos. Isto ressalta a importância de seusúltimos ensinamentos. Ele precisa equipar bem seus seguidorescom recursos espirituais, para que eles fossem capazes de prepa-rar na fé as futuras gerações.

Jesus dedicou esse tempo precioso aos temas vitais para otreinamento no discipulado e capacitação tendo em vista a mis-são futura deles. Lembrando que, a essa altura, Judas já havia seseparado do grupo, com o intuito de trair a Jesus.

Que Deus nos inspire e ajude nesta aventura, nos estimu-lando a frutificar para o Reino de Deus.

Josadak Lima

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ÍNDICE

CAPÍTULO 1 _______________________________________________ 1O princípio bíblico da frutificação

CAPÍTULO 2 _______________________________________________ 9O poder gerador da frutificação espiritual

CAPÍTULO 3 ______________________________________________ 15Frutificando segundo sua espécie

CAPÍTULO 4 ______________________________________________ 23O segredo do progresso espiritual

CAPÍTULO 5 ______________________________________________ 35Frutos que glorificam a Deus

CAPÍTULO 6 ______________________________________________ 43Uma relação de amor que se reproduz

CAPÍTULO 7 ______________________________________________ 53Chamados para reproduzir com excelência

CAPÍTULO 8 ______________________________________________ 61Para além da zona de conforto

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CAPÍTULO 1

O PRINCÍPIO BÍBLICO DAFRUTIFICAÇÃO

“Eu sou a videira verdadeira...”.

João 15.1

O capítulo 14 termina com a seguinte declaração de Jesus:

“Levantem-se, vamo-nos daqui!” (v.31); dando a entender que

os capítulos 15 a 17 de João, podem ter sido proferidos enquan-

to caminhavam rumo ao Jardim do Getsêmani. Mas, tudo indica

que eles ficaram mais um pouco no cenáculo, na sala do andar

superior, para uma espécie de revisão da matéria.

Jesus usou uma metáfora que todos podiam entender. Ele

sempre utilizava ilustrações simples da natureza, ou do cotidiano

das pessoas, para comunicar verdades profundas do Reino de

Deus. Agora ele se utiliza mais uma vez de um recurso e estraté-

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gia didática para ensinar um princípio divino. Jesus faz uma ana-

logia da videira e seus ramos para afirmar o relacionamento e a

intimidade com seus discípulos. “O desejo de seu coração é que

seus discípulos possam ser espiritualmente frutíferos. É como se

o Senhor estivesse exclamando: Frutifiquem, frutifiquem, meus

discípulos; vocês serão inúteis a menos que produzam frutos:

meu Pai e eu desejamos frutos; e o nosso trato com vocês, em

totalidade, será regulado pelo expresso propósito de aumentar a

fertilidade de cada um”.1

Jesus usa a imagem da videira que todo judeu conhecia

bem, pois o cultivo dos vinhedos era comum naquela época.

Era usual, no Antigo Testamento, o povo de Deus, Israel, receber

essa representação simbólica de videira e os frutos como resulta-

dos dos atos das pessoas (Jr 2.19-21; Ez 17.5-6; Is 5.1-7). Mas,

muitas vezes a nação se mostrou infiel e infrutífera, produzindo

uvas bravas.

Jesus escolheu a metáfora

de uma videira por diversas

razões. “O fato da videira ser

baixa demonstra a sua humilda-

de. A figura retrata também uma união próxima, vital e perma-

nente entre Cristo e seus seguidores. É o símbolo de pertencer,

porque os ramos pertencem inteiramente à videira; se os galhos

são para viver e dar frutos, eles devem depender completamente

da videira para alimento, apoio, força e vitalidade”.2 Certamente,

esta é uma das melhores ilustrações que Jesus poderia utilizar

para ensinar uma verdade tão importante como a união com

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A frutificação que permanece

“O desejo de seu coração é que

seus discípulos possam ser espi-

ritualmente frutíferos.

1 BRUCE A.B. O treinamento dos doze. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 444.

2 MACARTHUR, John. Como Ser Crente Em Um Mundo de Descrentes. São Paulo,Cultura Cristã, 2003, p. 140.

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seus discípulos, tão atemorizados e cheios de desânimo ali

naquele cenáculo.

Jesus inicia essa sessão de treinamento com a afirmação:

“Eu sou a videira verdadeira”. A palavra “verdadeira” destaca o

princípio de confiança. É uma imagem que dá uma ideia de total

dependência que os discípulos devem ter na Pessoa de Jesus,

pois Nele está todo o sustento e provisão espiritual.

Concordo com John MacCarthur ao dizer que o verdadeiro

significado da metáfora se torna claro quando consideramos os

personagens do drama daquela noite. Os discípulos estavam

com Jesus. Ele os havia amado de modo completo; ele os havia

consolado com as palavras registradas em João 14. O Pai estava

em primeiro lugar em sua mente, porque ele estava pensando

nos acontecimentos relacionados à sua morte, que ocorreria no

dia seguinte. Mas, ele também estava consciente de mais alguém

– o traidor. Jesus havia dispensado Judas Iscariotes da irmandade

quando ele rejeitou o apelo final do amor de Cristo.

Todos os personagens do drama estavam na mente de

Jesus. Ele viu os onze, a quem ele havia amado profunda e com-

pletamente. Ele estava consci-

ente do Pai, com quem compar-

tilha um amor infinito. E ele

deve ter se entristecido quanto

a Judas, a quem ele tinha ama-

do incondicionalmente. Todos

esses personagens tiveram uma participação na metáfora de

Jesus:

� A Videira – é Jesus Cristo.

� O Agricultor – é o Pai celeste.

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O caminho do desempenho na arte de fazer discípulos

O Pai estava em primeiro lugar

em sua mente, porque ele esta-

va pensando nos acontecimen-

tos relacionados à sua morte,

que ocorreria no dia seguinte.

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� Os ramos frutíferos – são os onze.

� Os ramos infrutíferos – é Judas.

Fica óbvio, também, que o sentido do “fruto” a que Jesus

se refere em João 15 é a pregação do Evangelho e o aumento de

pessoas salvas no Reino de Deus. Alguns estudiosos da Bíblia

acreditam se tratar também da santidade pessoal ou fruto do

Espírito Santo. A referência direta neste sentido é apenas o versí-

culo 3, onde menciona a limpeza dos ramos como meio de favo-

recer a fertilidade; mas não se trata de fruto em si. Esses ramos

são o meio através do qual a videira produz seus frutos. Jesus

explica que como os ramos estão para a videira, os discípulos

estão para o Senhor. Então, a obra pessoal de Jesus na Terra era

escolhê-los e treiná-los, para uma abundante colheita.

Os onze precisavam entender de uma vez por todas a

urgente necessidade de uma relação de interdependência entre

eles e Jesus, entre o tronco e seus ramos. Nós precisamos da vida

de Jesus Cristo a fim de sermos frutíferos para Deus. Só poderiam

cumprir a missão de Jesus no Reino de Deus se estivessem ligados

a ele.

Jesus é o único Deus-homem, a videira verdadeira, com

quem devemos nos identificar. Esta ligação vital é indispensável

para o cristão. Aponta para dependência dele. A ligação do cris-

tão com a videira verdadeira é

estrutural e orgânica. O autor

A. B. Bruce diz que o ramo per-

manece na videira estrutural-

mente; e a videira permanece

no ramo vitalmente, através da

sua seiva. Assim, a declaração

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A frutificação que permanece

Nós precisamos da vida de

Jesus Cristo a fim de sermos

frutíferos para Deus. Só poderi-

am cumprir a missão de Jesus

no Reino de Deus se estivessem

ligados a ele.

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“permanecei em mim” significa deter e professar a verdade que

Jesus ensinou, e nos apresentar simplesmente como testemu-

nhas.

O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE OPRINCÍPIO DA FRUTIFICAÇÃO?

A primeira referência bíblica a fruto está em Gênesis 1.11,

mostrando a preocupação de Deus com a perpetuação das espé-

cies vegetais que Ele criou.

Em Isaías 5.1-7, Israel é retratado como a videira cuidado-

samente plantada e cuidada por Deus; as uvas simbolizavam a

fertilidade de Israel na realização da obra de Deus na Terra.

João Batista reconheceu a ligação da salvação com a pro-

dução de frutos. Ele exigiu de seus discípulos que produzissem

frutos dignos de arrependimentos (Mt 3.8), pois a sentença divi-

na para a árvore que não produz bons frutos é dura: “Toda árvo-

re que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo”

(Mt 7.19).

O termo “outro”, no original grego, em João 14.16, signifi-

ca “outro da mesma espécie”. A Pessoa do Espírito Santo é da

mesma espécie de Jesus. Assim, é da natureza do Espírito Santo

produzir um caráter como o de Jesus Cristo nos seus discípulos.

Em Mateus 7.17-20, Jesus afirma que um cristão verdadei-

ro é testado pelos seus frutos. Ele declarou que toda árvore boa

dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. Então, a árvore

boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos

bons.

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O caminho do desempenho na arte de fazer discípulos

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Tanto no Antigo como no Novo Testamento o principio da

frutificação espiritual, muitas vezes está voltado para o caráter.

Mas este não é o caso, a priori,

de João 15. Todavia, no Antigo

Testamento, o “fruto” é retrata-

do frequentemente como reti-

dão e justiça, e no Novo Testamento como amor. Nestes casos,

“frutos” são aqueles atos bons e corretos que são produzidos por

uma pessoa cujo coração está de acordo com o próprio caráter e

a própria natureza de Deus. Como é o caso de Gálatas 5.22-23,

onde está retratada a frutificação espiritual com ênfase direta ao

caráter cristão. Paulo elenca nove virtudes que o Espírito Santo

produz na vida do convertido: amor, gozo, paz, longanimidade,

benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança.

Em Efésios 2.10 o apóstolo Paulo explica ainda que a essên-

cia da vida cristã é produzir frutos. Aqui os frutos da salvação são

as boas obras. Neste sentido Tiago ensina a estrita relação entre

fé e obra (Tg 2.17). A fé legítima produz frutos!

“Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem se a si mesmos.

Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham

sido reprovados!”

(2 Co 13.5)

Em 2 Pedro 1.5-11, vemos o crescimento espiritual como

algo imprescindível. Depois de listar sete virtudes específicas do

crescimento pessoal, o apóstolo ressalta os resultados práticos e

visíveis destas qualidades na vida diária do cristão. Ou seja:

1) Não seremos mais “inoperantes e improdutivos” (v. 8).

A vida cristã só adquire sentido quando produz fruto; o fruto só

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A frutificação que permanece

É da natureza do Espírito Santo

produzir um caráter como o de

Jesus Cristo nos seus discípulos.

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será produzido se estivermos crescendo nas qualidades de cará-

ter.

2) Não seremos mais “cegos” ou míopes espiritualmente

(v. 9). Uma visão espiritual míope ou enfraquecida conduz a pes-

soa a erros na escolha do caminho correto a seguir, mas uma

visão espiritual sadia faz a pessoa enxergar longe.

3) Não “tropeçaremos” (v. 10). O crescimento nestas quali-

dades de caráter ajuda o cristão a firmar bem seus passos, não

tropeçando no caminho.

Portanto, o “fruto” é a marca registrada daqueles que pos-

suem uma relação de comunhão com o Senhor. Da mesma for-

ma como os discípulos de Jesus são identificados pelo seu fruto,

os falsos profetas podem ser reconhecidos pelo tipo de fruto que

produzem.

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APLICAÇÃO PESSOAL

1. Que avaliação você faz da sua frutificação espiritual ultimamen-

te?

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2. Esta avaliação sobre a frutificação espiritual em sua vida, mos-

tra em que área você precisa melhorar?

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3. Quais seriam passos práticos para você caminhar nesta dire-

ção?

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