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A formação da indústria automobilística brasileira
A rigor, a instalação de uma indústria nacional de ônibus poderia recuar até o início da década de 1910, quando os irmãos Grassi, carruagens e tílburis de São Paulo, produziram o primeiro ônibus de fabricação nacional, montado sobre chassis importado. Eles formaram a Grassi S/A Indústria e Comércio, uma das mais importantes fabricantes de ônibus do país até o encerramento de suas atividades, na década de 70.
Marcas populares de montadoras internacionais já eram vistas no Brasil desde a década de 20. A Ford Motors do Brasil S/A instalouMotors, em 1925, vendendo seu primeiro ônibus em 19vieram em seguida, como a International Harvester, que se estabeleceu no Brasil em 1926, e a Volvo, em 1934. O ônibus apelidado de Sinfonia Inacabada tinha motor Hesselman e carroceria Grassi montada sobre o chassi Bprimeiro modelo importado pela empresa.
A construção da Fábrica Nacional de Motores (FNM) no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, marcou a fundação de uma indústria de capital nacional. Todos os presidentes – de Getúlio Vargas a Juscelino Kubitschek, passando por Eurico Gaspar Dutra pagaram tributo à FNM, fazendo visitas às suas instalações. A história da empresa está ligada aos acordos com os Estados Unidoparticipação do Brasil na II Guerra e a autorização para a instalação de bases militares no Nordeste. Assim como ocorreu com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a FNM recebeu incentivos financeiros e assistência técnica norteamericana.
Em 1949 a FNM iniciou um projeto de nacionalização progressiva, em função do qual fechou acordos com as italianas Automobile Izota Fraschini e Alfa Romeo para a importação de peças e a montagem de ônibus e caminhões. Em 1951 lançou o primeiro modelo d
A formação da indústria automobilística brasileira
A rigor, a instalação de uma indústria nacional de ônibus poderia recuar até o início da década de 1910, quando os irmãos Grassi, conhecidos fabricantes de carruagens e tílburis de São Paulo, produziram o primeiro ônibus de fabricação nacional, montado sobre chassis importado. Eles formaram a Grassi S/A Indústria e Comércio, uma das mais importantes fabricantes de ônibus do país
o encerramento de suas atividades, na década de 70.
Marcas populares de montadoras internacionais já eram vistas no Brasil desde a década de 20. A Ford Motors do Brasil S/A instalou-se em 1919 e a General Motors, em 1925, vendendo seu primeiro ônibus em 1932. Outras montadoras vieram em seguida, como a International Harvester, que se estabeleceu no Brasil em 1926, e a Volvo, em 1934. O ônibus apelidado de Sinfonia Inacabada tinha motor Hesselman e carroceria Grassi montada sobre o chassi B
meiro modelo importado pela empresa.
A construção da Fábrica Nacional de Motores (FNM) no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, marcou a fundação
ndústria de capital nacional. Todos os
de Getúlio Vargas a Juscelino Kubitschek, passando por Eurico Gaspar Dutra –pagaram tributo à FNM, fazendo visitas às suas instalações. A história da empresa está ligada aos acordos com os Estados Unidos, que envolveram a participação do Brasil na II Guerra e a autorização para a instalação de bases militares no Nordeste. Assim como ocorreu com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a FNM recebeu incentivos financeiros e assistência técnica norte
Em 1949 a FNM iniciou um projeto de nacionalização progressiva, em função do qual fechou acordos com as italianas Automobile Izota Fraschini e Alfa Romeo para a importação de peças e a montagem de ônibus e caminhões. Em 1951 lançou o primeiro modelo de ônibus: o ‘papa-filas’, que mais parecia um ônibus
Inauguração da fábrica da FNM por Getúlio Vargas. Acervo da Agência Nacional no Arquivo Nacional.
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A formação da indústria automobilística brasileira
A rigor, a instalação de uma indústria nacional de ônibus poderia recuar até o conhecidos fabricantes de
carruagens e tílburis de São Paulo, produziram o primeiro ônibus de fabricação nacional, montado sobre chassis importado. Eles formaram a Grassi S/A Indústria e Comércio, uma das mais importantes fabricantes de ônibus do país
Marcas populares de montadoras internacionais já eram vistas no Brasil desde a se em 1919 e a General
32. Outras montadoras vieram em seguida, como a International Harvester, que se estabeleceu no Brasil em 1926, e a Volvo, em 1934. O ônibus apelidado de Sinfonia Inacabada tinha motor Hesselman e carroceria Grassi montada sobre o chassi B-I da Volvo, o
s, que envolveram a participação do Brasil na II Guerra e a autorização para a instalação de bases militares no Nordeste. Assim como ocorreu com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a FNM recebeu incentivos financeiros e assistência técnica norte-
Em 1949 a FNM iniciou um projeto de nacionalização progressiva, em função do qual fechou acordos com as italianas Automobile Izota Fraschini e Alfa Romeo para a importação de peças e a montagem de ônibus e caminhões. Em 1951
filas’, que mais parecia um ônibus
Inauguração da fábrica da FNM por Getúlio Vargas. Acervo da Agência Nacional no Arquivo Nacional.
puxado por cavalo mecânico de caminhão. O ‘papaJaneiro em linhas como a Lins
O dia 16 de junho de 1956 é considerado a data oficindústria automobilística no Brasil. Cinco meses após sua posse, Juscelino Kubitschek assinou o decreto nº 39.412 criando o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia). Menos de um mês depois seria fundada a Associação Nacional dos Veículos Automotores (Anfavea).
Os chassis Mercedes eram muito populares no início dos anos 50, equipando grande parte da frota de lotações e microônibus. Um dos maiores responsáveis pela sua importação em 1953 foi Alfred Juzykowski, um dos fundadoresMercedes Benz do Brasil. Em 1956 a empresa construiu sua fábrica em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, de onde saiu a maior parte dos chassis dos ônibus produzidos no Brasil.
Em julho de 1958, aMercedes começou a fabricar o modelo O-321 H, primeiro ônibus integral, mais conhecido como monobloco por já sair de fábrica encarroçado. Não foi o primeiro deste tipo a circular no país –famosos Gostosões também eram do tipo monobloco – mas foi o primeiro a ser produzido nacionalmente. Tinha motor traseiro, funcionava a diesel quando boa parte da frota era movida a gasolina, e possuía design arrojado. Foi largamente exportado para países vizinhos, como Argentina, Uruguai e Peru, dando início à constitforte indústria nacional exportadora.
A Scania Vabis do Brasil S/A foi fundada em 1957 e, já no ano seguinte, vendeu mais de uma centena de chassis de ônibus urbanos no país. A Scania foi pioneira na introdução de uma série de tecnologias novamotor inteiramente brasileiro, o primeiro ônibus com suspensão a ar e o primeiro ônibus articulado.
Além da Grassi, encarroçadoras como a Cirb, fundada em 1933 no Rio de Janeiro, e a Cia. Mecânica Auxiliar, em 1937 em São Paul
puxado por cavalo mecânico de caminhão. O ‘papa-filas’ foi utilizado no Rio de Janeiro em linhas como a Lins-Urca e a Pavuna-Tiradentes, entre outras.
O dia 16 de junho de 1956 é considerado a data oficial do nascimento da indústria automobilística no Brasil. Cinco meses após sua posse, Juscelino Kubitschek assinou o decreto nº 39.412 criando o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia). Menos de um mês depois seria fundada a Associação
dos Veículos Automotores (Anfavea).
Os chassis Mercedes eram muito populares no início dos anos 50, equipando grande parte da frota de lotações e microônibus. Um dos maiores responsáveis pela sua importação em 1953 foi Alfred Juzykowski, um dos fundadoresMercedes Benz do Brasil. Em 1956 a empresa construiu sua fábrica em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, de onde saiu a maior parte dos chassis dos ônibus produzidos no Brasil.
Em julho de 1958, aMercedes começou a
321 H, primeiro ônibus integral, mais conhecido como monobloco por já sair de fábrica encarroçado. Não foi o primeiro deste tipo a
os famosos Gostosões também eram do tipo
mas foi o meiro a ser produzido
nacionalmente. Tinha motor traseiro, funcionava a diesel quando boa parte da frota era movida a gasolina, e possuía design arrojado. Foi largamente exportado para países vizinhos, como Argentina, Uruguai e Peru, dando início à constitforte indústria nacional exportadora.
A Scania Vabis do Brasil S/A foi fundada em 1957 e, já no ano seguinte, vendeu mais de uma centena de chassis de ônibus urbanos no país. A Scania foi pioneira na introdução de uma série de tecnologias novas, entre as quais o primeiro motor inteiramente brasileiro, o primeiro ônibus com suspensão a ar e o primeiro
Além da Grassi, encarroçadoras como a Cirb, fundada em 1933 no Rio de Janeiro, e a Cia. Mecânica Auxiliar, em 1937 em São Paul
Ônibus monobloco Mercedes Benz fabricado no Brasil e exportado para o Peru. Fonte: Arquivo Nacional
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filas’ foi utilizado no Rio de Tiradentes, entre outras.
ial do nascimento da indústria automobilística no Brasil. Cinco meses após sua posse, Juscelino Kubitschek assinou o decreto nº 39.412 criando o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia). Menos de um mês depois seria fundada a Associação
Os chassis Mercedes eram muito populares no início dos anos 50, equipando grande parte da frota de lotações e microônibus. Um dos maiores responsáveis pela sua importação em 1953 foi Alfred Juzykowski, um dos fundadores da Mercedes Benz do Brasil. Em 1956 a empresa construiu sua fábrica em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, de onde saiu a maior parte dos
motor traseiro, funcionava a diesel quando boa parte da frota era movida a gasolina, e possuía design arrojado. Foi largamente exportado para países vizinhos, como Argentina, Uruguai e Peru, dando início à constituição de uma
A Scania Vabis do Brasil S/A foi fundada em 1957 e, já no ano seguinte, vendeu mais de uma centena de chassis de ônibus urbanos no país. A Scania foi pioneira
s, entre as quais o primeiro motor inteiramente brasileiro, o primeiro ônibus com suspensão a ar e o primeiro
Além da Grassi, encarroçadoras como a Cirb, fundada em 1933 no Rio de Janeiro, e a Cia. Mecânica Auxiliar, em 1937 em São Paulo, ambas já
Ônibus monobloco Mercedes Benz fabricado no Brasil e Arquivo Nacional
desaparecidas, também estão relacionadas na história da indústria automobilística brasileira. Muitas empresas surgidas no pósaté hoje com grande sucesso, como a Companhia Americana Industrial de Ônibus, mais conhecida como Caiem 1946 em Joinville, Santa Catarina; e a Marcopolo, em 1949 em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul rodoviário, colocando-se entre as maiores fabricantes internacionais
Na mesma época apareceram outras encarroçadoras, como a Metropolitana, fundada em 1948 e uma das primeiras a utilizar alumínio no lugar da madeira nas carrocerias de ônibus; a Cermava, fundada em 1950 no Rio de Janeiro; a Carrocerias Brasileiras S/A instalação da Volvo do Brasil no Rio de Janeiro, cujos chassis importados ela equipou; e a Ciferal, fundada em 1955, com sua fábrica na Av. Brasil.
desaparecidas, também estão relacionadas na história da indústria automobilística brasileira. Muitas empresas surgidas no pós-até hoje com grande sucesso, como a Companhia Americana Industrial de Ônibus, mais conhecida como Caio, fundada em 1945 em São Paulo; a Busscar, em 1946 em Joinville, Santa Catarina; e a Marcopolo, em 1949 em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul – todas elas líderes nos segmentos urbano e
se entre as maiores fabricantes internacionais
Na mesma época apareceram outras encarroçadoras, como a Metropolitana, fundada em 1948 e uma das primeiras a utilizar alumínio no lugar da madeira nas carrocerias de ônibus; a Cermava, fundada em 1950 no Rio de Janeiro; a Carrocerias Brasileiras S/A – Carbrasa, que teve sua origem vinculada à instalação da Volvo do Brasil no Rio de Janeiro, cujos chassis importados ela equipou; e a Ciferal, fundada em 1955, com sua fábrica na Av. Brasil.
Fábrica de carrocerias Ciferal. Fonte: Rio Diesel
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desaparecidas, também estão relacionadas na história da indústria -guerra mantêm-se
até hoje com grande sucesso, como a Companhia Americana Industrial de o, fundada em 1945 em São Paulo; a Busscar,
em 1946 em Joinville, Santa Catarina; e a Marcopolo, em 1949 em Caxias do todas elas líderes nos segmentos urbano e
se entre as maiores fabricantes internacionais.
Na mesma época apareceram outras encarroçadoras, como a Metropolitana, fundada em 1948 e uma das primeiras a utilizar alumínio no lugar da madeira nas carrocerias de ônibus; a Cermava, fundada em 1950 no Rio de Janeiro; a
rbrasa, que teve sua origem vinculada à instalação da Volvo do Brasil no Rio de Janeiro, cujos chassis importados ela equipou; e a Ciferal, fundada em 1955, com sua fábrica na Av. Brasil.