A Flor de Abril

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A Flor de Abril

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25 de Abril, a Revolução dos Cravos em Portugal

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  • 1. Com mos se faz a paz se faz a guerra. Com mos tudo se faz e se desfaz. Com mos se faz o poema - e so de terra. Com mos se faz a guerra - e so a paz. Com mos se rasga o mar. Com mos se lavra. No so de pedras estas casas, mas de mos. E esto no fruto e na palavra as mos que so o canto e so as armas. E cravam-se no tempo como farpas as mos que vs nas coisas transformadas. Folhas que vo no vento: verdes harpas. De mos cada flor, cada cidade. Ningum pode vencer estas espadas: nas tuas mos comea a liberdade. Manuel Alegre Thiago Souto - Flickr

2. Ricardo Jorge Fidalgo - Flickr 3. jacinta lluch valero - Flickr 4. Grndola, Vila Morena" uma cano composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Foras Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalizao da Revoluo dos Cravos. A cano refere-se fraternidade entre o povo de Grndola, vila do Alentejo. meia noite e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, a cano foi transmitida pelo programa independente Limite atravs da Rdio Renascena como sinal para confirmar o incio da revoluo. Tambm por esse motivo, transformou-se em smbolo da revoluo, assim como do incio da democracia em Portugal. Jos Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 02/08/1929 Setbal, 23/02/1987) 5. Ernst Schade - Flickr 6. Ernst Schade - Flickr 7. Com mos se faz a paz se faz a guerra. Com mos tudo se faz e se desfaz. Com mos se faz o poema - e so de terra. Com mos se faz a guerra - e so a paz. Com mos se rasga o mar. Com mos se lavra. No so de pedras estas casas, mas de mos. E esto no fruto e na palavra as mos que so o canto e so as armas. E cravam-se no tempo como farpas as mos que vs nas coisas transformadas. Folhas que vo no vento: verdes harpas. De mos cada flor, cada cidade. Ningum pode vencer estas espadas: nas tuas mos comea a liberdade. Manuel Alegre wonderlanddd - Flickr 8. Joo Cordeiro - Flickr 9. Robert Grant - Flickr 10. Eunice Teixeira - Flickr 11. fabia.lecce - Flickr 12. 25 de Abril Esta a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silncio E livres habitamos a substncia do tempo Sophia de Mello Breyner Andresen In O Nome das Coisas 13. Paulete Matos - Flickr 14. ArzyArt - Flickr 15. O cravo vermelho tornou-se o smbolo da Revoluo de Abril de 1974. Segundo se conta, foi Celeste Caeiro, que trabalhava num restaurante na Rua Braancamp, em Lisboa, que iniciou a distribuio dos cravos vermelhos aos populares que os ofereceram aos soldados. Estes colocaram-nos nos canos das espingardas. Por isso se chama ao 25 de Abril de 74 a "Revoluo dos Cravos" . 16. Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade 17. A Revoluo dos Cravos, denominada historicamente Revoluo de 25 de Abril, refere-se a um perodo da histria de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de abril de 1974, que deps o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantao de um regime democrtico e com a entrada em vigor da nova Constituio a 25 de abril de 1976, com uma forte orientao socialista na sua origem. Esta ao foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Foras Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitesque tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicaes corporativistas como a luta pelo prestgio das foras armadas, acabando por se estender ao regime poltico em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adeso em massa da populao ao movimento, a resistncia do regime foi praticamente inexistente e infrutfera, registando-se 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS (Direo Geral de Segurana). O movimento confiou a direo do Pas Junta de Salvao Nacional, que assumiu os poderes dos rgos do Estado. A 15 de maio de 1974, o General Antnio de Spnola foi nomeado Presidente da Repblica. O cargo de primeiro-ministro seria atribudo a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um perodo de grande agitao social, poltica e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionrio Em Curso), marcado por manifestaes, ocupaes, governos provisrios, nacionalizaes e confrontos militares. Estabilizada a conjuntura poltica, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituio democrtica, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleies legislativas da nova Repblica. Na sequncia destes eventos foi institudo em Portugal um feriado nacional no dia 25 de abril, denominado como "Dia da Liberdade". 18. Teresa Teixeira - Flickr Guida Burt ([email protected])