A FelicidadeA Felicidadenão é não é

Deste MundoDeste Mundo

O que se entende por felicidade? O que se entende por felicidade?

Se a felicidade não é deste mundo, Se a felicidade não é deste mundo, devemos esperar o desencarne para devemos esperar o desencarne para

usufruí-la? usufruí-la?

Não é possível desfrutá-la já? Não é possível desfrutá-la já?

Como proceder para buscar a paz Como proceder para buscar a paz de espírito? de espírito?

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste Mundo - - IntroduçãoIntrodução

Do latim Do latim felicitasfelicitas que vem de que vem de FelixFelix, ditoso, afortunado, , ditoso, afortunado, feliz. feliz.

Num sentido amplo é a ausência de todo o mal, e, Num sentido amplo é a ausência de todo o mal, e, vivência plena do bem. vivência plena do bem.

Em geral, um estado de satisfação devido à própria Em geral, um estado de satisfação devido à própria situação do mundo. situação do mundo.

Por essa relação com a situação, a noção de felicidade Por essa relação com a situação, a noção de felicidade difere da de beatitude a qual é o ideal de uma satisfação difere da de beatitude a qual é o ideal de uma satisfação independente da relação do homem com o mundo e por independente da relação do homem com o mundo e por isso limitada à esfera contemplativa ou religiosa. isso limitada à esfera contemplativa ou religiosa.

FelicidadeFelicidade

Planeta Terra.Planeta Terra.(...) Cada mundo é um vasto anfiteatro (...) Cada mundo é um vasto anfiteatro composto de inúmeras arquibancadas, composto de inúmeras arquibancadas, ocupadas por outras tantas séries de seres ocupadas por outras tantas séries de seres mais ou menos perfeitos. mais ou menos perfeitos. E, por sua vez, cada mundo não é mais do E, por sua vez, cada mundo não é mais do que uma arquibancada desse anfiteatro que uma arquibancada desse anfiteatro imenso, infinito, que se chama Universo. imenso, infinito, que se chama Universo. Nesses mundos, nascem, vivem, morrem Nesses mundos, nascem, vivem, morrem seres que, pela sua relativa perfeição, seres que, pela sua relativa perfeição, correspondem à estância mais ou menos correspondem à estância mais ou menos feliz que lhes é destinadafeliz que lhes é destinada. (Equipe da FEB, 1995). (Equipe da FEB, 1995)

MundoMundo

Sócrates, Platão e AristótelesSócrates, Platão e AristótelesPara Sócrates o "conhece-te a ti mesmo" Para Sócrates o "conhece-te a ti mesmo" é a chave para a conquista da é a chave para a conquista da felicidadefelicidade. . Para Platão a noção de Para Platão a noção de felicidadefelicidade é é relativa à situação do homem no mundo, relativa à situação do homem no mundo, e aos deveres que aqui lhe cabem. e aos deveres que aqui lhe cabem. Para Aristóteles a Para Aristóteles a felicidadefelicidade é mais é mais acessível ao sábio que mais facilmente acessível ao sábio que mais facilmente basta a si mesmo, mas é aquilo que, na basta a si mesmo, mas é aquilo que, na realidade, devem tender todos os homens realidade, devem tender todos os homens da cidade. da cidade.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoFelicidade no TempoFelicidade no Tempo

Velho TestamentoVelho Testamento

A A felicidadefelicidade centra-se na aquisição dos centra-se na aquisição dos bens mais elementares como comer, beber bens mais elementares como comer, beber e viver em família e no temor a Iahweh, e viver em família e no temor a Iahweh, que equivale à atitude religiosa do que equivale à atitude religiosa do homem.homem.

Na Dimensão do Novo TestamentoNa Dimensão do Novo Testamento

A A felicidadefelicidade está nas bem-aventuranças está nas bem-aventuranças prometidas por Jesus. prometidas por Jesus.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoFelicidade no TempoFelicidade no Tempo

Bem Procurado por todos os ViventesBem Procurado por todos os Viventes

A ausência de todo o mal e fruição de todo o A ausência de todo o mal e fruição de todo o bem é a aspiração que todo ser humano bem é a aspiração que todo ser humano

procura através de seus esforços e procura através de seus esforços e trabalhos.trabalhos.

Ela é o polo oculto que magnetiza o Ela é o polo oculto que magnetiza o dinamismo humano. dinamismo humano.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoO Problema da FelicidadeO Problema da Felicidade

Toda ação humana, mesmo os gestos mais Toda ação humana, mesmo os gestos mais simples, são atravessados por esse simples, são atravessados por esse

magnetismo. magnetismo.

Se este cessasse, o homem perderia o sentido Se este cessasse, o homem perderia o sentido de viver e seria prostrado pelo tédio. de viver e seria prostrado pelo tédio.

Assim, todo o homem tem na vida momentos Assim, todo o homem tem na vida momentos de felicidade e gostaria que esses momentos de felicidade e gostaria que esses momentos

nunca mais acabassem. nunca mais acabassem.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoO Problema da FelicidadeO Problema da Felicidade

Os Caminhos ProcuradosOs Caminhos Procurados

Uns imaginam encontrá-la na posse das Uns imaginam encontrá-la na posse das riquezas, porque supõem que com o riquezas, porque supõem que com o

dinheiro tudo se compra e que a dinheiro tudo se compra e que a felicidadefelicidade é uma mercadoria como tantas outras. é uma mercadoria como tantas outras.

Outros procuram encontrá-la nos prazeres Outros procuram encontrá-la nos prazeres sexuais, nas diversões, nos passeios. sexuais, nas diversões, nos passeios.

Outros ainda na glutonaria. Outros ainda na glutonaria. Há também os que anseiam pelo prestígio, Há também os que anseiam pelo prestígio,

enovelando-se nas lutas pelo poder.enovelando-se nas lutas pelo poder.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoO Problema da FelicidadeO Problema da Felicidade

O Paradoxo da Felicidade

Paradoxo: ela é sempre desejada e nunca realizável

Depois de lutar para conseguir um bem que almejava, o indivíduo já não está tão vigoroso para

desfrutá-lo.

No âmago deste paradoxo há algo positivo, ou seja, o começo de uma reflexão sobre o destino

transcendental , meta-histórico do homem.

É a partir daí que o homem começa a pensar numa vida futura, num mundo cheio de bem-aventuranças,

de beatitudes. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo)

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoO Problema da FelicidadeO Problema da Felicidade

• Mundo de Provas e Expiações

Vivemos num mundo de provas e expiações em que o mal ainda predomina sobre o bem.

Por mais que busquemos a felicidade, nunca a encontraremos, pois ela não é deste mundo.

Ela pertence a um mundo mais evoluído em que as ações voltadas para a fraternidade universal

são a regra. De qualquer forma, devemos fazer esforços para

evoluir, a fim de atingir a condição de habitar mundos melhores.

Por enquanto, somos obrigados a conviver com toda a sorte de dificuldades.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoSituação do Planeta TerraSituação do Planeta Terra

• Necessário e SupérfluoNecessário e Supérfluo

Via de regra, confundimos o necessário com Via de regra, confundimos o necessário com o supérfluo. o supérfluo.

À necessidade de sobrevivência À necessidade de sobrevivência sobrepujamos os aspectos psicológicos. sobrepujamos os aspectos psicológicos.

Os grandes mestres da humanidade Os grandes mestres da humanidade ensinam-nos que o homem cósmico terá ensinam-nos que o homem cósmico terá

sempre o que necessita, mas nem sempre o sempre o que necessita, mas nem sempre o que deseja.que deseja.

Faltando-nos o supérfluo, lembremo-nos da Faltando-nos o supérfluo, lembremo-nos da frase consoladora do evangelho: "Tendo frase consoladora do evangelho: "Tendo

sustento e com o que nos cobrirmos, sustento e com o que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes".estejamos com isso contentes".

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoSituação do Planeta TerraSituação do Planeta Terra

Tanto o Rico Quanto o Pobre SofremTanto o Rico Quanto o Pobre Sofrem

Não há criatura na Terra que não tenha o seu Não há criatura na Terra que não tenha o seu quinhão de sofrimento.quinhão de sofrimento.

Deduz-se daí que tanto o rico como os pobres Deduz-se daí que tanto o rico como os pobres sofrem. sofrem.

O Espiritismo, doutrina que esclarece sobre a O Espiritismo, doutrina que esclarece sobre a reencarnação e a pluralidade das existências, reencarnação e a pluralidade das existências,

oferece-nos subsídios para a compreensão da vida oferece-nos subsídios para a compreensão da vida e dos seus diversos relacionamentos. e dos seus diversos relacionamentos.

Por que o pobre inveja o rico? Sabe ele que a Por que o pobre inveja o rico? Sabe ele que a prova da riqueza é mais difícil, para o Espírito, do prova da riqueza é mais difícil, para o Espírito, do

que a prova da pobreza? Se tivesse consciência que a prova da pobreza? Se tivesse consciência dessa verdade, com certeza seria mais resignado.dessa verdade, com certeza seria mais resignado.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoSituação do Planeta TerraSituação do Planeta Terra

• Felicidade e Infelicidade RelativasFelicidade e Infelicidade Relativas

Fontes de infelicidade: Perda de entes Fontes de infelicidade: Perda de entes queridos, mortes prematuras, antipatias, queridos, mortes prematuras, antipatias,

ingratidão e doenças várias. ingratidão e doenças várias.

Dentre elas, a ingratidão assume papel Dentre elas, a ingratidão assume papel significante. Como enfrentá-la? significante. Como enfrentá-la?

Lembrando-nos de que a ingratidão é filha Lembrando-nos de que a ingratidão é filha do egoísmo e o egoísta encontrará mais do egoísmo e o egoísta encontrará mais

tarde corações insensíveis como ele tarde corações insensíveis como ele próprio o foi. próprio o foi.

Além do mais, a ingratidão é uma prova Além do mais, a ingratidão é uma prova para persistência na prática do bem. para persistência na prática do bem.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoDespojar-se do Homem VelhoDespojar-se do Homem Velho

• Boa ConsciênciaBoa Consciência"O que dá mais valor ao homem é "O que dá mais valor ao homem é

um juízo sereno e uma firme um juízo sereno e uma firme capacidade de trabalho". capacidade de trabalho".

Juízo sereno é sinônimo de Juízo sereno é sinônimo de pureza de consciência. pureza de consciência.

Tendo esta em plenitude, não Tendo esta em plenitude, não importa onde estivermos, importa onde estivermos,

estaremos sempre usufruindo a estaremos sempre usufruindo a felicidade relativa de que somos felicidade relativa de que somos

merecedores. merecedores.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoDespojar-se do Homem VelhoDespojar-se do Homem Velho

• A máxima do Eclesiastes, "A A máxima do Eclesiastes, "A felicidade não é deste mundo", felicidade não é deste mundo",

pode ser entendida de duas pode ser entendida de duas maneiras: maneiras:

• 1) que há outros mundos mais 1) que há outros mundos mais evoluídos do que o Planeta Terra, evoluídos do que o Planeta Terra, onde a felicidade é mais plena; onde a felicidade é mais plena;

• 2) que a felicidade não estando 2) que a felicidade não estando no mundo material, pode ser no mundo material, pode ser

encontrada no mundo interior, encontrada no mundo interior, como consequência do dever como consequência do dever

retamente cumprido. retamente cumprido.

A Felicidade não é Deste MundoA Felicidade não é Deste MundoConclusãoConclusão

• ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo, Mestre Jou, 1970.São Paulo, Mestre Jou, 1970.

 ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia  ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro: de Moral e Civismo. Rio de Janeiro:

M.E.C., 1967.M.E.C., 1967. IDÍGORAS, J. L., Padre, S. j. Vocabulário  IDÍGORAS, J. L., Padre, S. j. Vocabulário

Teológico para a América Latina. São Teológico para a América Latina. São Paulo, Edições Paulinas, 1983. Paulo, Edições Paulinas, 1983.

 KARDEC, A. O Evangelho Segundo o  KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984. KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed.  KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed.

São Paulo: Feesp, 1995.São Paulo: Feesp, 1995.• Texto em HTMLTexto em HTML

• http://www.sergiobiagigregorio.com.br/http://www.sergiobiagigregorio.com.br/palestra/felicidade-nao-deste-mundo.htmpalestra/felicidade-nao-deste-mundo.htm

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