A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós....

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“A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós.” Jean-Yves Leloup

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“A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar,

é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós.”

Jean-Yves Leloup

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A lufada de vento arranca

folhas das plantas.Entrego-me à causa que é esperança.

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Uma saudade.

Funda, farta, forte, fértil.

Seis anos,Quatro meses,

Nove dias.

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À noite segue o dia.

Não há tribulação sem consolação.

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O reencontro.

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O abraço e o riso,a comemoração.

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O abraço e o riso,a comemoração.Lágrimas de alegria,

um toque, uma palavra, um olhar.

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A mãe, e a filha.

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O tão esperado beijo, após a mais

longa e penosa espera.

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Seis anos, quatro meses, e nove dias.

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“Esses filhos são minha luz, minha lua, minhas estrelas.”

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“Por eles encontrei coragem para enfrentar a selva,

para voltar a vê-los.”

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As lágrimas.

Feitos de barro e sopro, somos um feixe

de surpreendentes

emoções.

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O amor dos filhos.

E o amor dos pais.

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Ingrid Betancourt nasceu no dia de Natal, em dezembro de 1961.

Como todos os pais, sua mãe e seu pai

desejam à filha recém-nascida todo o bem do mundo.

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“Que encontre na felicidade

uma constante companheira,filha amada.Saiba que se

te machucares,

Nós também iremos

nos ferir...”

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cabe aos pais conduzir os passos dos filhos pelo melhor dos

caminhos.

Diante do oceano de possibilidades da vida,

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E Ingrid teve nos seus pais um vivo

exemplo de generosidade, de integridade,

e de amoroso serviço ao próximo necessitado.

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A mãe de Ingrid, dona Yolanda Pulecio,

sempre esteve envolvida em

causas sociais. Ainda no ano de

1958, criou o Albergue Infantil de Bogotá,

instituição destinada aacolher menores

carentes em situação de risco

social.

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Yolanda Pulecio, em 1958.

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Ao longo de mais de cinco décadas

de existência, aproximadamente 12.000 crianças

encontraram abrigo na instituição.

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Hoje, ao caminhar pela capital colombiana, dona Yolanda não

raramentese depara com algum

ex-aluno da instituição, já adulto, que a abraça e agradece todo o

carinho e cuidado recebidos,

tratando-a carinhosamente

por “Máma Yolanda”.

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E, no exemplo da sua querida mãe,

encontrou Ingrid a lição da importância

do cuidado e da compaixão.

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O olhar da mãe e o olhar da filha.

Missão, dever, destino.

O que é que torna plena uma vida?

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A Caridade, a Compaixão e a Justiça.

Os movimentos da alma.

A leveza proporcionada pela conscientização

do dever a ser cumprido,

– a promoção da dignidade humana.

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“A vida, para ser bela, deve estar cercada

de verdade, de bondade, de liberdade.

Essas são as coisas pelas quais vale a pena morrer.”

Rubem Alves

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O pai de Ingrid,Gabriel Betancourt, dedicou a sua vida a

outra causa igualmente nobre, – a promoção

da educação e da cultura.

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Atuou, inicialmente, como ministro da

Educação, na Colômbia, sendo

posteriormentedesignado embaixador colombiano na Unesco, o que motivou a mudança

da família para a França, quando Ingrid ainda

era pequena.

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A residência da família era um local de encontro

para renomados pensadores

e artistas latino-americanos,

como Pablo Neruda, Fernando Botero e

Gabriel García Márquez.

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Dentre as recordações de Ingrid desta época figuram as tardes que

ela, adolescente, passava lendo poesia ao lado de Pablo Neruda.

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Certa vez, perguntaram ao poeta qual a coisa

mais importante do mundo, ao queele respondeu:

“Tratar de que o mundo seja digno para todas as vidas humanas, não só para algumas.”

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E Ingrid cresce ouvindo os conselhos de seu pai:

“Foi graças à Colômbia que você conheceu

a Europa, frequentou as melhores escolas e viveu

um esplendor cultural que colombiano algum

dificilmente conhecerá...”

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“Todas essas possibilidades

de que você se beneficia fazem com que hoje

você tenha uma dívida com o país. Não se esqueça disso.”

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E com tais palavras em mente, Ingrid se forma

em Ciências Sociais, pelo Instituto de Estudos

Políticos de Paris.

Em 1983, casa-se com o diplomata francês

Fabrice Delloye, com quem tem dois filhos, Mélanie,

nascida em 1985, e Lorenzo, nascido em 1988.

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Aos 29 anos de idade, depois de conhecer

as vantagens de uma vida confortável e privilegiada na capital francesa, Ingrid Betancourt

resolve fazer o inimaginável.

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Lança-se de corpo e alma, disposta a

contribuir na plena medida de suas

forças para o resgate de seu país de origem,

a Colômbia.

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Um país mergulhado num cenário explosivo,

caracterizado pelopoder dos

narcotraficantes, a corrupção de autoridades, e o terror dos paramilitares

de extrema direita.

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Uma jovem mulher, com os seus sonhos

e as suas esperanças.

O que seria de nós, se não sonhássemos?...

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Em 1994, aos 33 anos, é eleita Deputada,

com a maior votação registrada no país.

Incansável militante, torna-se uma árdua promotora da justiça social e da educação,

elegendo-se posteriormente

Senadora, outra vez com a

maior votação já registrada para o cargo no país.

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Uma vez que a causa que abraça

– o combate à corja de políticos corruptos e ao narcotráfico –defronta muitos

interesses escusos,não tarda até que comece

a receber seguidas ameaças de morte.

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Tais ameaças, no entanto, apenas reforçam a sua

convicção da necessidade de seus esforços e da

validade da causa pela qual luta.Ingrid mantém a sua

agenda, sendo que a única mudança

na sua rotina é o colete à prova de balas, que passa

a usar constantemente.

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Uma jovem mulher,com a sua fé

e a sua coragem.

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Coragem significa arriscar o conhecido

em nome do desconhecido,

o familiar pelo não familiar,o que é confortável pela peregrinação

desconfortável e árdua rumo a outro destino.

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Não é possível saber se conseguiremos fazer a travessia ou não.

É uma aposta.

Mas apenas os que apostam sabem o que é a vida.

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E em 2002, aos 40 anos de idade, Ingrid Betancourt

resolve se candidatar à presidência da Colômbia.

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23 de fevereiro de 2002Foto tirada minutos antes de seu sequestro.

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Em plena campanha presidencial, vestindo uma camiseta que leva o slogan da sua campanha – “Colombia Nueva”.

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Durante o deslocamento para o vilarejo de San Vicente,

a emboscada, o sequestro, a violência.

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Ingrid é arrancada do veículo, e

levada prisioneira para o desconhecido.

Uma guerrilha tão sangrenta, quanto imprevisível.

O cruel cativeiro nas densas florestas

colombianas.

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A fragilidade feminina diante do

cruel encarceramento.A sua fragilidade, e a sua força...

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Um cativeiro localizado em meio à densa vegetação, sob várias

camadas de sombras formadas pela copa das árvores, tornando praticamente

impossível a sualocalização por

aeronaves que porventura

sobrevoassem a área.

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Sombras sobre sombras,

fazendo com que por vezes

os reféns fiquem vários dias sem ver a luz do sol.

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E apenas um mês após osequestro, o pai de Ingrid, em meio

ao desespero, vem a falecerem decorrência de problemas

cardio-respiratórios.

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A família lança um apelo humanitário, para que Ingrid seja liberta, de modo a

poder participar do enterro do pai.

O pedido é ignorado.

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As durezas da rotina nos acampamentos, as longas marchas mata adentro, todas as privações, humilhações,

torturas.Os constantes

deslocamentos, visando dificultar possíveis

operações de localização e resgate.

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Num vídeo gravado como prova de vida, Ingrid afirma:“Estou bem, estou viva.

Só peço a Deus que me ajude a colocar um pé na frente do outro para poder

andar dia após dia.”

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Numa entrevista concedida após a sua libertação, Ingrid recorda:

“Nós (os sequestrados) levávamos a dor

do mundo em todas as suas dimensões.

Em todas as suas expressões”.

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“A floresta é um lugar hostil. Tudo dói nela.

A pele não é um espaço de proteção, mas de dor. Comer dói,

ir ao banheiro dói, tomar banho dói,viver dói, respirar

dói.Não ver o céu dói.Não ver as pessoas

que a gente ama dói”.

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“Os incessantes sons macabros dos animais,e, à noite, o som dos gemidos

dos companheiros que choravam dormindo

e gritavam seus pesadelos”.“Um deserto de afeição,

de solidariedade, de afeto.”

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“Como reféns, passávamos por uma humilhação constante.

Éramos vítimas de total arbitrariedade.

Você passa a conhecer

o pior que pode existir

numa alma humana.”

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“O que me permitiu passar portamanho sofrimento foi o sentimento

de que Deus estava ao nosso lado.

Não fosse por este sentimento, dificilmente

conseguiria suportar as penas impostas

no cativeiro.”

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Desce a tarde.

No céu, luz sutilíssima,

quase invisível, está o primeiro sinal da

lua.

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E por cinco vezes, Ingrid tenta

fugir do cruel cativeiro.

Em uma das ocasiões, passa três

dias perdida na selva antes de ser recapturada.

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Ela conta que durante os dias que passou perdida na selva,

era motivo de alívio e tranquilidade

sentir-se livre, a salvo dos

olhares vigilantes dos guardas, das armas e

das correntes.

apesar de todos os riscos e das incertezas

a que estava exposta,

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Acrescenta que tarde da noite buscava

uma clareira em meio à densa vegetação,

e ao se deitar contemplava,

em liberdade, a lua e as estrelas antes de

dormir.

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E, em meio ao desconhecido,

não sabia para que lado ir,

se encontraria algo com que pudesse se

alimentar, ou mesmo se sairia viva

daquela situação.

Sabia, porém, que estava

livre, e isto lhe bastava.

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“Durante os anos de cativeiro, descobri que a liberdade é tão vital

quanto o oxigênio.

Ingrid Betancourt

Ela é a principal chave para a dignidade

humana.”

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“Liberdade,essa palavra que o

sonho humano alimenta,

Cecília Meireles

que não há ninguém que explique

e ninguém que não entenda...”

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O alvorecer de mais um dia, recebido na frágil liberdade que a fuga concedera.

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O incessante caminhar, até o fim das forças ao cair da noite.

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A serena beleza do horizonte

só encontra sentido quando se está livre.

O côncavo do céu, e a interrogação

das estrelas.

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E após cada captura, o castigo redobrado.

A fragilidade de um corpo, diante das garras do agressor.

As correntes cada vez mais pesadas,

as privações e humilhações cada vez mais

severas.

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Não raro, os carcereiros executam os fugitivos

que são recapturados, de modo a servir

de lição, e desencorajar os demais reféns.

Ingrid Betancourt, no entanto, é considerada uma moeda de troca

de alto valor, o que faz

com que sua vida seja

poupada.

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Embora lhe poupem a vida, não lhe

aliviam os castigos,

cada vez mais severos após cada tentativa de

fuga.

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Numa ocasião, ela é acorrentada

pelo pescoço a uma

árvore.Por três dias é forçada a permanecer em pé,

sob o jugo do cruel castigo,

até que resolvam lhe abrandar a pena.

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Em outra ocasião, Ingrid tem as

botas confiscadas.

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Outra punição para os fugitivos capturados é atormentá-los durante o sono com tarântulas

e cobras.

Lembrando-lhes que a selva que os cerca está infestada

destes e outros perigos.

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A fragilidade de uma mulher

e a sua fortaleza.

A sua fé, e o seu calvário...

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Certa vez, determinaram que Ingrid deveria reparar

e costurar os uniformes gastos e rasgados.

Além da pilha de uniformes velhos, entregaram-lhe também

material de costura.

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Foi nessa ocasião que ela confeccionou,

com linhas, botões e alguns gravetos,

o rosário que viria a acompanhá-la durante

as duras penas do cativeiro.

Page 82: A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós. Jean-Yves Leloup.

Um símbolo de fé.

Um símbolo de resistência.

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Um símbolo de fé.

Um símbolo de resistência.

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“Na selva eu perdi a infância de meus filhos...

e ganhei Deus, ganhei humildade

e muito amor pelo mundo.”

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Tribulações podem ser joias para

a alma,uma ocasião para

a elevação do espírito.

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Quantas lágrimas não regaram o solo

do cativeiro em meio à selva fechada?

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A ilimitada resignação necessária

quando a fé é testada até o extremo.

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Na nossa caminhada pela vida terrena, há momentos em que somos obrigados

a peregrinar por terras candentes e áridas.

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Há momentos em que constatamos que, salvo a nossa fé e a nossa

esperança, tudo mais nos foi roubado, tudo mais

perdemos.

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E é neste instante que descobrimos

que tudo ainda possuímos...

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Salvo a Fé, o Amor e a Esperança,tudo mais perece.

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São os sonhos dos homens que sustentam o mundo em sua

órbita.Que seria de nós, se não sonhássemos?...

Page 93: A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós. Jean-Yves Leloup.

Um antigo ditado ensina:

“Quanto mais intenso o inverno,

mais bela aprimavera

floresce ...”

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Um antigo ditado ensina:

“Quanto mais intenso o inverno,

mais bela aprimavera

floresce ...” 02 de julho, 2008.

O milagre do resgate.

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02 de julho, 2008.O milagre do resgate.

Page 96: A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós. Jean-Yves Leloup.

O tão aguardado abraço.

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Quem algum dia sondará o que se passou no coração desta mãe, e no coração da sua

filha?...

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Quem algum dia sondará o que se passou no coração desta mãe, e no coração da sua

filha?...

Page 99: A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós. Jean-Yves Leloup.

Feitos de barro e sopro, somos um feixe

de surpreendentes

emoções.

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Não há tribulação sem consolação,

já diziam os povos antigos.

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A supressão do tempo na dilatação

amorosa do espírito.

Há momentos em que o Amor

derrama-se abundante,

gratuito, fundo e forte.

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E nos dias de cativeiro,

a constante lembrança dos filhos

– Mélanie e Lorenzo,de quem fora apartada ainda

pequenos.

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Mélanie contava, então, com

dezesseis anos de idade,

e Lorenzo, com apenas treze.

Page 104: A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós. Jean-Yves Leloup.

O tempo que corre sem cessar.

E que transforma crianças

e adolescentes em jovens adultos.

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Lacunas a serem preenchidas.

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Lembranças e histórias a serem compartilhadas...

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Diante da pergunta

se o dia mais feliz da sua vida foi o

dia da sua libertação,

Ingrid, sem hesitar

por um segundo, responde...

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...que não,

acrescentando que os dias mais felizes da sua vida foram as datas em que

seus filhos tãoamados nasceram.

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“Esses filhos são minha luz,

minha lua, minhas

estrelas.” “Por eles encontrei coragem

para enfrentar a selva,

para voltar a vê-los.”

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E ao ser questionada sobre a carreira

política interrompida,

ela responde que a sua experiência político-partidária

a fez perder as esperanças de que as mudanças necessárias

possam advir da arena política.

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Acrescenta que abandona

a política partidária,

mas não a Política.

A Política com “p” maiúsculo, que move, que mobiliza,

que impulsiona rumo ao Amor,

à Justiça, e à Solidariedade.

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A Política do Amor.

A Políticada Compaixão.

A Políticada Fraternidade.

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E apenas poucas semanas após a sua libertação, Ingrid inicia uma série de visitas a presidentes e autoridades,

com o intuito de agradecer o apoio que resultou na

sua soltura,...

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...e, principalmente, de mobilizar as lideranças

para a urgente necessidade de se buscar saídas

para o impasse dos tantos que aindase encontram sequestrados e

mantidos cativos nas selvas colombianas.

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A incansável caminhada –

agendas, encontros, reuniões.

A utopia de um outro

mundo possível.

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Brasil

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Chile

Bolívia

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Equador

Venezuela

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Espanha

México

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Argentina

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Peru

Colômbia

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França

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Título de “Cidadã de Honra”, conferido pela Prefeitura de Paris.

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“Ontem chorava lágrimas de tristeza,

hoje, lágrimas de alegria...”

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Na Sede da Organização das Nações Unidas (ONU)

Nova York, EUA

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Troféu “Pellegrino di Pace” (“Peregrino da

Paz”)

Roma, Itália

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Na cerimônia de encerramento da conferência “A Civilização da Paz: Diálogo entre Culturas

e Religiões”, Ingrid dirigiu-se aos participantes:

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“É preciso acreditar num mundo melhor, que o bem sempre vence o mal, e que nos

próximos dias haveremos de testemunhar o início do tempo do espírito,

tão esperado por nós.”

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“Os valores da nossa civilização devem mudar,

com a sede de poder e a ganância dando lugar

ao serviço e à doação.”

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“A verdadeira mudança deve começar em cada um de nós. É a partir do somatório das mudanças individuais que poderemos

construir um mundo melhor.”

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“Nós somos os construtores de um tempo novo,

aqueles que inauguram um tempo novo do espírito,

um tempo oportuno para que os sonhos se tornem realidade.”

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“Com a fé tudo é possível.”

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Evento promovido pela comissão

organizadora do Prêmio Nobel da

Paz.

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Ao lado de Bono Vox, ativista com trabalhos

humanitários na África.

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O emocionante reencontro com o policial colombiano Pinchao, ex-companheiro de cativeiro.

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Depois de oito anos no cativeiro, Pinchao conseguiu fugir,

em 2007, do acampamento onde era mantido refém,

deixando-se levar, durante uma tempestade, para a liberdade pela correnteza de um rio,

seguido de dezoito dias de caminhada pela selva.

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Recordando os tempos difíceis de cativeiro, e o apoio recebido em tais horas, ele afirma:

“Ingrid foi minha luz, meu caminho, meu guia

nos momentos em que estava na escuridão”.

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Prêmio “Mulher do Ano

2008”Viena, Áustria

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Encontro “Como construir um mundo melhor”

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Ao lado de Luis Eladio Pérez, ex-congressista colombiano, que aborda em seu livro, intitulado “Inferno Verde”, os

sete anos em que permaneceu confinado no cárcere das

Farc.

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Durante o lançamento

do livro de seu ex-colega de cativeiro, Ingrid, com a voz

embargada e chorando

em alguns momentos, lembrou os reféns que ainda permanecem

cativos na selva, à espera de resgate:

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“Sou muito feliz...

mas meu coração ainda está preso nas árvores da

floresta...”

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“Sou muito feliz...

mas meu coração ainda está preso nas árvores da

floresta...”

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A importância dos vínculos afetivos.

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“Minha terapia é o amor de minha família,

com eles eu volto a ser feliz”,...

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...afirma Ingrid, cercada dos filhos, da mãe,

da irmã, Astrid, e do sobrinho.

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Uma família feliz nada mais é que o paraíso antecipado.

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Entrega do Prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia 2008.

Cidade de Oviedo,Espanha.

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Um reconhecimento “da dignidade e da coragem” de Ingrid diante do cativeiro.

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Segundo o júri, ela personifica

todos aqueles no mundo

que estão privados

de liberdadedevido à “defesa

dos direitos humanos

e luta contra a violência,

a corrupção e o narcotráfico”.

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Ingrid, após afirmar que não merece “semelhante distinção”, aceita receber o

prêmio, com “imensa emoção, muito respeito e

humildade” em nome de seus antigos colegas de

cativeiro,

vivos e mortos.

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Dedica o prêmio à sua “amada Pátria, a Colômbia,

sedenta de concórdia e paz”. E, agradecendo a Deus, pede para que Ele a guie para

“poder responder com altura e sabedoria às oportunidades

que se abrem para servir aos que sofrem, e ser a voz dos que não podem se expressar”.

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“Atrevo-me a receber o prêmio em nome de meus companheiros sequestrados,

aqueles que estão esperando sua vez para a liberdade, e, com muito amor, em nome dos meus

companheiros que não voltarão, aqueles que morreram na

selva”.

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Cerimônia de entrega da medalha da

“Legião da Honra”, a mais alta

condecoração da França.

Page 156: A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós. Jean-Yves Leloup.

O mundo, e as voltas que ele dá.

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Page 158: A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós. Jean-Yves Leloup.

A fragilidade e a força,

a fé e a coragem de uma mulher.A fragilidade e a

força, a fé e a coragem

de todas as mulheres.

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A fragilidade e a força,

a fé e a coragem de todas as mulheres.

Tema musical: La Vie Continue (Andre Rieu)

Formatação: [email protected]

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