A Fase P7 do Proconve e o impacto no Setor de Transporte

A FASE P7 DO PROCONVE E O

IMPACTO NO SETOR DE TRANSPORTE

CONHEÇA AS NOVAS TECNOLOGIAS PARA MOTORES PESADOS IMPLEMENTADAS EM 2012

A fase P7 do Proconve e o impacto no setor de transporte. – 2.ed. – Brasília: CNT : Sest/Senat, 2012. 20 p. : il. color. – (Programa Despoluir) 1. Transporte rodoviário. 2. Meio ambiente. I. Confederação Nacional do Transporte. II. Serviço Social do Transporte. III. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. IV. Título.

CDU 656.1:502

APRESENTAÇÃO

Em 2012, entrou em vigor a fase P7 do Programa de Controle de

Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) para veículos

pesados. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) considera que

este fato produz impactos significativos no setor, uma vez que novos

elementos foram introduzidos no dia a dia do transportador rodoviário.

Nesse contexto, a CNT elaborou a presente publicação, com o objetivo

de disseminar informações importantes sobre o assunto. O trabalho

apresenta ao setor as novas tecnologias e as implicações da fase P7 em

relação aos veículos, combustíveis e aos ganhos para o meio ambiente.

DESPOLUIR PROGRAMA AMBIENTAL DO TRANSPORTE

Os avanços das tecnologias de motores e seus benefícios para

o meio ambiente poderiam passar despercebidos, não fossem as

demandas sociais por ações sustentáveis e metas cada vez mais

rígidas em relação aos níveis de emissões de poluentes pela frota

de veículos do país.

O ano de 2012 deu um impulso nas mudanças por igualar

RV� SDGU}HV� GHÀQLGRV� QD� IDVH� 3�� GR� 3URFRQYH� DRV� GH� SDtVHV�europeus.

1HVVH� FRQWH[WR�� R� JUDQGH� GHVDÀR� SDUD� D� &17� p� DX[LOLDU� R�transportador brasileiro a adequar-se a essa realidade.

$�FULDomR�GR�SURJUDPD�'HVSROXLU�p�XP�ERP�H[HPSOR�GH�FRPR�D�&17� DFRPSDQKD� H� DSRLD� LQLFLDWLYDV� YROWDGDV� SDUD� D� UHGXomR�das emissões de poluentes no transporte, ao mesmo tempo em

que busca disseminar tais informações no setor.

Acreditamos que o transportador possa contribuir para a redução

das emissões de poluentes com programas que considerem tanto

D�HYROXomR�WHFQROyJLFD�GD�IURWD�H�GRV�FRPEXVWtYHLV��FRPR�WDPEpP�RV�EHQHItFLRV�GH�XP�WUDQVSRUWH�HÀFLHQWH�SDUD�D�TXDOLGDGH�GH�YLGD�nas grandes cidades.

3DUD�LVVR��p�QHFHVViULR�TXH�VDLEDPRV�R�TXH�PXGD�GH�IDWR�FRP�D�IDVH�3��TXDLV�VmR�RV�JDQKRV�DPELHQWDLV�H�HFRQ{PLFRV�SDUD�D�sociedade e as empresas e as implicações das novas tecnologias

VREUH�D�IRUoD�GH�WUDEDOKR��(P�VHJXLGD��H�QmR�PHQRV� LPSRUWDQWH��p�SUHFLVR�TXH�R�VHWRU�

FRPR�XP�WRGR�UHFRQKHoD�FRPR�HVVHQFLDLV�RV�DYDQoRV�DOFDQoDGRV�JUDGDWLYDPHQWH�SHOR�SDtV�QD�GHÀQLomR�GH�OLPLWHV�WROHUiYHLV�SDUD�D�emissão de poluentes por veículos leves e pesados.

3DUD� D� &17�� HVVH� UHFRQKHFLPHQWR� p� IXQGDPHQWDO� SDUD� XPD�UHÁH[mR� DLQGD� PDLV� SURIXQGD� VREUH� R� LPSDFWR� GDV� Do}HV� GD�atividade transportadora no meio ambiente e seu papel como

DJHQWH� WUDQVIRUPDGRU� QD� VRFLHGDGH�� (VWH� p� R� SULQFLSDO� PRWLYR�pelo qual oferecemos ao transportador e à sociedade mais esta

FRQWULEXLomR�SDUD�R�PHOKRU�HQWHQGLPHQWR�GR�TXH�VLJQLÀFD�DWXDU�com sustentabilidade e responsabilidade social.

Clésio AndradePresidente da CNT

Presidente do Conselho Nacional do SEST SENAT

PALAVRA DO PRESIDENTE



1. O PROCONVE e suas fases .......................................................................... PÁGINA 09

2. O teor de enxofre no diesel ........................................................................... PÁGINA 11

2.1 As implicações do não cumprimento da Fase P6 ................................................................ PÁGINA 12

3. A Fase P7 e suas implicações .............................................................. PÁGINA 15

3.1 As alternativas tecnológicas .......................................................................... PÁGINA 16

3.2 A aplicação da ureia: ARLA-32 ............................................................................... PÁGINA 17

3.3 A necessidade do diesel S-10 ................................................................................................... PÁGINA 17

��&RQVLGHUD·ÅHV�oQDLV� ....................................................................................... PÁGINA 19

SUMÁRIO

DESPOLUIR PROGRAMA AMBIENTAL DO TRANSPORTE 9

1Atualmente, em relação aos veículos pesados, o

%UDVLO�HVWi�QD�IDVH�3��TXH�HQWURX�HP�YLJRU�HP�MDQHLUR�GH�� VHQGR�TXH�D�3��QmR�HQWURX�HP�YLJRU��1D�IDVH� 3�� DV� HPLVV}HV� GRV� YHtFXORV� EUDVLOHLURV� VmR�equivalentes às emissões dos veículos de países

europeus (fase Euro 5), em vigor para todos os

veículos pesados desde outubro de 2009.

3DUD� FXPSULU� RV� OLPLWHV� HVWDEHOHFLGRV� SHODV�sucessivas fases, a indústria automobilística lança

mão de novas tecnologias de redução das emissões

de poluentes nos veículos. São exemplos: os

catalisadores, que são responsáveis por parte do

SyV�WUDWDPHQWR�GRV�JDVHV�H�RV�VLVWHPDV�GH� LQMHomR�HOHWU{QLFD��TXH�DR�PHOKRUDUHP�R�SURFHVVR�GH�TXHLPD�do combustível, reduzem as emissões.

$�7DEHOD��H�R�*UiÀFR��D�VHJXLU�GHPRQVWUDP�D�evolução dos limites de emissão ao longo das fases

GR� 3URFRQYH� SDUD� YHtFXORV� SHVDGRV�� 2EVHUYDP�VH�reduções bastante expressivas nos limites de emissão

tolerados para veículos novos, principalmente quando

FRPSDUDGRV�FRP�D�QRYD�IDVH�3��

O PROCONVE E SUAS FASES

A preocupação com a deterioração da qualidade

do ar nos centros urbanos do país levou

R� &RQVHOKR� 1DFLRQDO� GR� 0HLR� $PELHQWH��&RQDPD�� D� FULDU�� HP� �� R� 3URJUDPD� GH�

&RQWUROH�GD�3ROXLomR�GR�$U�SRU�9HtFXORV�$XWRPRWRUHV��3URFRQYH�� ,QVWLWXtGR� SHOD� 5HVROXomR� Q�� R�3URFRQYH� WHP� SRU� REMHWLYR� UHGX]LU� DV� HPLVV}HV� GH�poluentes de veículos novos, por meio da implantação

progressiva de fases que, gradativamente, obrigam a

indústria automobilística a reduzir as emissões nos

veículos que serão colocados no mercado.

3RU� XPD� GLIHUHQFLDomR� QD� HVVrQFLD� GH�construção entre motores dos ciclos Otto

�PRYLGRV�D�JDVROLQD��iOFRRO��*19�RX�ÁH[��H�'LHVHO��R� 3URFRQYH� WUDWD� VHSDUDGDPHQWH� RV� YHtFXORV�leves e pesados, quanto aos limites de emissão.

3DUD�RV�YHtFXORV� OHYHV� �FLFOR�2WWR��DV� IDVHV�VmR�FRQKHFLGDV� FRPR� ´/µ�� (�� SDUD� RV� SHVDGRV� �FLFOR�'LHVHO�� VmR� FRQKHFLGDV� FRPR� ´3µ�� 2� 4XDGUR�� D� VHJXLU� DSUHVHQWD� DV� GHÀQLo}HV� GRV� WLSRV� GH�veículos e ciclos de motores a combustão.

4XDGUR��'HoQL·ÅHV�GRV�WLSRV�GH�YH¼FXORV�H�FLFORV�GH�PRWRUHV�D�FRPEXVWµR

9(Ì&8/2�/(9(�

9HtFXOR�URGRYLiULR�DXWRPRWRU�de passageiros, de carga ou de

uso misto, com capacidade para

WUDQVSRUWDU�DWp�GR]H�SDVVDJHLURV�ou com massa total máxima igual

RX�LQIHULRU�D��TXLORJUDPDV��1R�Brasil, normalmente os veículos

leves são equipados com motores

do ciclo Otto.

02725�'2�&,&/2�2772

0RWRU�D�FRPEXVWmR�LQWHUQD�GH�LJQLomR�SRU�FHQWHOKD��2V�PRWRUHV�movidos a gasolina, álcool, gás

natural veicular ou mesmo ÁH[�IXHO VmR�GR�FLFOR�2WWR��2�QRPH�DGYpP�de seu inventor, Nikolaus August

Otto, que idealizou este invento em

��

9(Ì&8/2�3(6$'2

9HtFXOR�URGRYLiULR�DXWRPRWRU�de passageiros, de carga ou

de uso misto, com capacidade

para transportar mais que doze

passageiros ou com massa

WRWDO�Pi[LPD�VXSHULRU�D��quilogramas. No Brasil, normalmente

os veículos pesados são equipados

com motores do ciclo Diesel.

02725�'2�&,&/2�',(6(/

0RWRU�D�FRPEXVWmR�LQWHUQD��FRP�LJQLomR�HVSRQWkQHD��RX�VHMD��R�FRPEXVWtYHO�p�SXOYHUL]DGR�QD�câmara de combustão e, por meio

da elevada temperatura, se auto

LJQLWD�VHP�DX[LOLR�GH�FHQWHOKD�externa. 2�QRPH�DGYpP�GH�VHX�LQYHQWRU�5XGROI�&KULVWLDQ�.DUO�'LHVHO��HQJHQKHLUR�DOHPmR�TXH�UHJLVWURX�D�SDWHQWH�GR�LQYHQWR�HP��

10 DESPOLUIR PROGRAMA AMBIENTAL DO TRANSPORTE

7DEHOD��/LPLWHV�GDV�HPLVV}HV�DR�ORQJR�GDV�IDVHV�GR�3URFRQYH�SDUD�YHtFXORV�SHVDGRV

LIMITES DAS EMISSÕES PARA VEÍCULOS PESADOS A DIESEL

PROCONVE EUROCO

(g/kW.h)HC

(g/kW.h)NOx

(g/kW.h)MP

(g/kW.h)Norma

(Conama)Vigência

Teor de enxofre (S)

)DVH�3� - 14,001 3,501 ��1 - 5HV�� D�� -

)DVH�3� Euro 0 11,20 2,45 14,40 ��1 5HV�� 1994 a 19953.000 a

10.000 ppm

)DVH�3� Euro 1 4,90 1,23 9,00 ��RX��2 5HV�� D�� 3.000 a

10.000 ppm

)DVH�3� Euro 2 4,00 1,10 �� 0,15 5HV�� 2000 a 20053.000 a

10.000 ppm

)DVH�3� Euro 3 2,10 �� 5,00 0,10 ou 0,13 3 5HV�� D�� 500 a 2.000

ppm

)DVH�3��4 Euro 4 1,50 �� 3,50 0,02 5HV�� 2009 a 2012 50 ppm

)DVH�3� Euro 5 1,50 �� 2,00 0,02 5HV�� a partir de

201210 ppm

1. Não foram exigidos legalmente.

��SDUD�PRWRUHV�DWp��N:�H��SDUD�PRWRUHV�FRP�PDLV�GH��N:��0RWRUHV�FRP�FLOLQGUDGD�XQLWiULD�LQIHULRU�D��GP3�H�URWDomR�j�SRWrQFLD�QRPLQDO�VXSHULRU�D��530�4. Não entrou em vigor na data prevista.

*U±oFR��5HGXomR�GDV�HPLVV}HV�DR�ORQJR�GDV�IDVHV�GR�3URFRQYH�SDUD�YHtFXORV�SHVDGRV

CO monóxido de carbono HC KLGURFDUERQHWRV NOX y[LGRV�GH�QLWURJrQLR MP material particulado S enxofre


2O TEOR DE ENXOFRE NO DIESEL

Um dos principais problemas da utilização do

yOHR� GLHVHO� FRPR� FRPEXVWtYHO� p� R� WHRU� GH�enxofre (S)5�QHOH�FRQWLGR��2�GLHVHO�p�FRQVWLWXtGR�pela mistura de gasóleos, querosene e nafta,

HQWUH� RXWURV� HOHPHQWRV� TXtPLFRV�� 3RU� LVVR�� FRQWpP�KLGURFDUERQHWRV��QLWURJrQLR�H�HQ[RIUH��

2�HQ[RIUH�p�XP�HOHPHQWR�TXtPLFR� LQGHVHMiYHO�SDUD�R�PHLR�DPELHQWH�H�WDPEpP�SDUD�RV�PRWRUHV�diesel, pois, durante a combustão, o trióxido

GH� HQ[RIUH�� DR� VH� MXQWDU� j� iJXD�� IRUPD� R� iFLGR�sulfúrico, que corrói partes metálicas do motor,

como mancais, guias de válvulas etc. Se a

concentração desse elemento for elevada, as

HPLVV}HV� GH� PDWHULDO� SDUWLFXODGR� WDPEpP� VHUmR�elevadas, assim como as emissões de poluentes

primários como SO2 e SO

3, acarretando grandes

SUHMXt]RV�j�VD~GH�KXPDQD�Nos países desenvolvidos, os teores de enxofre

encontrados no diesel possuem níveis muito

EDL[RV�� 1R� -DSmR�� R� WHRU� Pi[LPR� p� GH� �� SSP��SDUWHV� SRU� PLOKmR�� GH� 6�� (P� SDtVHV� HXURSHXV��GHVGH� �� Mi� KDYLD� GLHVHO� FRPHUFLDOL]DGR� FRP�aproximadamente 50 ppm de S. E, em 2005,

WRGR� R� GLHVHO� FRPHUFLDOL]DGR� QD� 8QLmR� (XURSHLD��8(�� SDVVRX� D� WHU� FRQFHQWUDomR� Pi[LPD� GH�HQ[RIUH�GH��SSP�GH�6��1RV�(8$��WDLV�YDORUHV�GH�FRQFHQWUDomR� Mi� KDYLDP� VLGR� DWLQJLGRV� HP��Atualmente, os padrões americanos são da ordem

de 15 ppm de S.

1R� %UDVLO�� DWp� �� R� GLHVHO� SRVVXtD� ��ppm de S. A partir de 1994, passaram a existir

no país duas qualidades distintas de óleo diesel

previstas em lei: o diesel interior e o diesel

PHWURSROLWDQR� �FRPHUFLDOL]DGR� QXP� UDLR� GH� DWp� ��.P�GRV�JUDQGHV�FHQWURV��

Atualmente, o diesel comercializado no interior

SRVVXL� �� SSP� GH� 6� �6�� H� R� GLHVHO�

5�2�´6µ�p�R�VtPEROR�TXH�UHSUHVHQWD�R�HOHPHQWR�TXtPLFR�HQ[RIUH��H�D�LGHQWLÀFDomR�GD�TXDQWLGDGH�GHVWH�HOHPHQWR�QR�GLHVHO�p�UHSUHVHQWDGD�SHOD�XQLGDGH�SSP�TXH�VLJQLÀFD�SDUWHV�SRU�PLOKmR��3RU�H[HPSOR��R�GLHVHO�GH��SSP�GH�6��R�PDLV�FRPXP�QR�%UDVLO��DSUHVHQWD�XPD�FRQFHQWUDomR�GH��GH�6��RX�VHMD��HP��PLOKmR�GH�OLWUR�GH�GLHVHO��Ki��OLWURV�GH�HQ[RIUH�

metropolitano, possui no máximo 500 ppm de S (S-

��'HVGH��HP�DOJXPDV�FLGDGHV�H�RX�UHJL}HV�metropolitanas, existe a oferta do diesel mais limpo,

com 50 ppm de S (S-50), disponível à população ou,

HP�DOJXQV�FDVRV��DSHQDV�jV�IURWDV�FDWLYDV�GH�{QLEXV�XUEDQRV�� (P� MDQHLUR� GH� �� HP� YLUWXGH� GD� IDVH�3�� D� FRPHUFLDOL]DomR� GR� GLHVHO� 6�� IRL� DPSOLDGD�em território nacional, conforme determinado nas

5HVROXo}HV�Q��GH��H�Q��GH��2�S-50 está disponível em todos os estados brasileiros,

sendo comercializado em aproximadamente 4.200

SRVWRV�GR�SDtV��TXH�IRUDP�HVFROKLGRV�VXSRQGR�XPD�autonomia mínima de 100 km para os veículos diesel.

A partir de 2013, o óleo diesel S50 será substituído

integralmente pelo S10 e, em 2014, para uso

URGRYLiULR�� R� 6�� VXEVWLWXLUi� R� yOHR� GLHVHO� 6��Desta forma, a partir de 2014, o Brasil usará apenas

S10 e S500 para uso rodoviário.

� 7RGRV� RV� WLSRV� GH� FRPEXVWtYHO� DWHQGHP� jV�H[LJrQFLDV�OHJDLV�H�GRV�IDEULFDQWHV�GH�PRWRUHV�DWp�R�PRPHQWR��2�4XDGUR��DSUHVHQWD�R�WHRU�Pi[LPR�GH�enxofre no Brasil e no mundo.

A única vantagem existente na presença de

HQ[RIUH� QR� GLHVHO� p� D� OXEULFLGDGH� GR� FRPEXVWtYHO��característica importante para auxiliar na diminuição

do atrito entre as partes móveis do motor. No Brasil,

a perda da lubricidade observada com a diminuição

do teor de enxofre no combustível de origem fóssil

p�SOHQDPHQWH�FRPSHQVDGD�SHOD�DGLomR�GR�ELRGLHVHO�DR�GLHVHO��TXH��DWXDOPHQWH��p�REULJDWyULD�HP��HP�volume (B5).

O processo de retirada de enxofre do óleo diesel

p� FRQKHFLGR� FRPR�GHVVXOIXUL]DomR� H� WHP�XP� FXVWR�bastante elevado, principalmente para o diesel

extraído do petróleo explorado nas bacias brasileiras,

TXH�p�WLGR�FRPR�GH�EDL[D�TXDOLGDGH�SRU�SRVVXLU�JUDQGH�quantidade de enxofre.


2.1 As implicações do não cumprimento da fase P6

(P�� R�&RQDPD�SXEOLFRX�D�5HVROXomR�Qo

��FRP�QRYDV�IDVHV�GR�3URFRQYH�D�VHUHP�FXPSULGDV�QDV�KRPRORJDo}HV�GRV�YHtFXORV�QRYRV��QDFLRQDLV� H� LPSRUWDGRV� OHYHV� �IDVHV� /�� H� /�� H�SHVDGRV��IDVHV�3��H�3��

Nesta resolução, estão presentes, dentre

RXWURV��RV�VHJXLQWHV�REMHWLYRV�

I. UHGX]LU� RV� QtYHLV� GH� HPLVVmR� GH�SROXHQWHV� SHOR� HVFDSDPHQWR� H� SRU�HYDSRUDomR�� YLVDQGR� R� DWHQGLPHQWR�DRV� SDGU}HV� QDFLRQDLV� GH� TXDOLGDGH�DPELHQWDO�YLJHQWHV�

II. SURPRYHU� R� GHVHQYROYLPHQWR� WHFQR�OyJLFR�QDFLRQDO��WDQWR�QD�HQJHQKDULD�GH�SURMHWR�H�IDEULFDomR��FRPR�HP�PpWRGRV�H� HTXLSDPHQWRV� SDUD� R� FRQWUROH� GH�HPLVVmR�GH�SROXHQWHV�

III. SURPRYHU� D� DGHTXDomR� GRV� FRPEXV�WtYHLV� DXWRPRWLYRV� FRPHUFLDOL]DGRV��SDUD�TXH�UHVXOWHP�HP�SURGXWRV�PHQRV�DJUHVVLYRV�DR�PHLR�DPELHQWH�H�j�VD~GH�S~EOLFD�� H� TXH� SHUPLWDP�D� DGRomR� GH�WHFQRORJLDV� DXWRPRWLYDV� QHFHVViULDV�DR� DWHQGLPHQWR� GR� H[LJLGR� SRU� HVWD�5HVROXomR�

3DUD� TXH� RV� REMHWLYRV� GHVVD� IDVH� IRVVHP�atendidos, os motores que equipariam veículos

pesados teriam que incorporar novas tecnologias

DWp� HQWmR� QmR� DSOLFDGDV�� H� WDPEpP� XWLOL]DU�combustível com baixo teor de enxofre, o S-50.

Ocorre que os órgãos e empresas do governo

UHVSRQViYHLV� SHOD� HVSHFLÀFDomR� H� SURGXomR�do combustível de testes dos motores não

FRQVHJXLUDP� DWHQGHU� D� WHPSR� D� 5HVROXomR� Qo

��2� UHVXOWDGR� LPSRVVLELOLWRX� D� SURGXomR�GH�YHtFXORV�TXH�DWHQGHULDP�j�IDVH�3��HP�MDQHLUR�de 2009.

&RPR� IRUPD� GH� FRPSHQVDomR� SHOR� QmR�FXPSULPHQWR� GD� 5HVROXomR� Qo �� R�0LQLVWpULR� 3~EOLFR� )HGHUDO� �03)�� ÀUPRX� XP�7HUPR�GH�$MXVWDPHQWR�GH�&RQGXWD��7$&��HQWUH�R�(VWDGR�GH�6mR�3DXOR��R�,QVWLWXWR�%UDVLOHLUR�GR�0HLR�$PELHQWH� H� GRV� 5HFXUVRV� 1DWXUDLV� 5HQRYiYHLV��,EDPD�� D� $JrQFLD� 1DFLRQDO� GR� 3HWUyOHR�� *iV�1DWXUDO� H� %LRFRPEXVWtYHLV� �$13�� D� 3HWUREUDV��a Associação Nacional dos Fabricantes de

Quadro 2:�7HRU�Pi[LPR�GH�HQ[RIUH�QR�%UDVLO�H�QR�PXQGR�HP��


9HtFXORV�$XWRPRWRUHV� �$QIDYHD�� H� D� &RPSDQKLD�GH� 7HFQRORJLD� $PELHQWDO� �&HWHVE�� 2� DFRUGR� IRL�DVVLQDGR�QR�GLD��GH�RXWXEUR�GH��FRP�Do}HV�para mitigar as emissões produzidas pela não-

aplicação da nova fase e na tentativa de se adotar

medidas para controlar os problemas decorrentes

desse fato.

&RPR�D�IDVH�3��QmR�HQWURX�HP�YLJRU�HP��R�7$&�DFHOHURX�D�HQWUDGD�GD�IDVH�3��GR�3URFRQYH�e estabeleceu um cronograma de medidas

YLVDQGR� D� XPD� WUDQVLomR� HQWUH� DV� HWDSDV� 3�� H�3��7DO�FURQRJUDPD� IRL�XPD�GDV�SULQFLSDLV�Do}HV�HVWDEHOHFLGDV��HP�TXH�D�3HWUREUDV��D�SDUWLU�GH��

GH� MDQHLUR�GH�� WHYH�GH�FRPHoDU�D�VXEVWLWXLU�gradativamente o atual diesel por uma versão

PDLV� OLPSD�� 2� 4XDGUR� �� D� VHJXLU� DSUHVHQWD� D�distribuição e prazos relativos à oferta de diesel,

FRQIRUPH�R�7$&�H�D�3��1R�PHVPR�DQR�HP�TXH� IRL�DVVLQDGR�R�7$&��D�

5HVROXomR�Qo ��IRL�SXEOLFDGD�SHOR�&RQDPD��Ela estabelece novos limites máximos de emissão

de poluentes a serem cumpridos a partir de

MDQHLUR�GH��SDUD�RV�PRWRUHV�GR�FLFOR�GLHVHO�GH�veículos pesados novos, nacionais e importados.

&ULD��DVVLP��D�IDVH�3��TXH��HP�WHUPRV�GH�HPLVVmR��corresponde à fase europeia Euro 5.

Quadro 3:�&URQRJUDPD�GH�LPSODQWDomR�GR�GLHVHO�PDLV�OLPSR�QR�%UDVLO


3A FASE P7 E SUAS IMPLICAÇÕES

AWp� D� IDVH� 3�� DSHQDV� FRP�PHOKRULDV� QDV�WHFQRORJLDV� GRV� PRWRUHV�� FRPR� D� LQMHomR�de combustível sob alta pressão controlada

eletronicamente, turbo compressores e

intercoolers, foi possível atingir os níveis de

HPLVVmR�GHÀQLGRV�3DUD�DWHQGHU�RV�SDGU}HV�HVWDEHOHFLGRV�QD�IDVH�3��

foram acrescentados sistemas de pós-tratamento

GRV�JDVHV�GH�HVFDSDPHQWR��&RP�LVVR��DQWHV�GH�VHUHP�lançados à atmosfera, os gases poluentes oriundos

da combustão do motor são tratados e convertidos

em gases menos danosos ao meio ambiente e à

VD~GH�KXPDQD��Entretanto, a aplicação desses sistemas requer

uma redução drástica dos níveis de enxofre do

GLHVHO��SDUD�HYLWDU�HIHLWRV�FRQWUiULRV�DRV�GHVHMDGRV�RX� DWp�PHVPR�GDQRV� LUUHYHUVtYHLV�� (P� UHJUD�� VH�não forem utilizados combustíveis com teores de

enxofre iguais ou menores que 50 ppm de S, os

sistemas de pós-tratamento poderão deteriorar-se

permanentemente.

A nova fase exigiu investimentos tanto da

indústria automotiva quanto da indústria produtora

GH� FRPEXVWtYHLV�� XPD� YH]� TXH� QmR� p� SRVVtYHO�atingir padrões tão restritivos de emissão apenas

incorporando novas tecnologias aos motores

novos. Foi necessária, portanto, a associação

desses dois fatores: combustível e motor.

Os fabricantes de motores possuem a liberdade

GH� HVFROKHU� DV� WHFQRORJLDV� TXH� MXOJDUHP� PDLV�HÀFLHQWHV�H�GH� FXVWRV�PDLV� EDL[RV�� GHVGH�TXH�R�UHVXOWDGR� ÀQDO� GDV� HPLVV}HV� HVWHMD� GHQWUR� GRV�SDWDPDUHV� HVWDEHOHFLGRV� QD� IDVH� 3�� $FUHGLWD�VH� TXH� DV� HVFROKDV� IRUDP� SDXWDGDV� SHOR� FXVWR�ÀQDO� SRU� TXLO{PHWUR� URGDGR�� GH� DFRUGR� FRP� RV�diferentes tipos e capacidades dos veículos diesel

oferecidos no mercado.

8PD� GDV� LPSOLFDo}HV� DR� WUDQVSRUWDGRU� IRL� R�aumento de preço nos veículos novos, provocado

pela incorporação dessas novas tecnologias.

Algumas empresas de transporte anteciparam as

compras de veículos em 2011, adquirindo veículos

DLQGD� GD� IDVH� 3�� MXVWLÀFDGD� WDQWR� SHOR� FXVWR�PHQRU�GR� YHtFXOR�TXDQWR�GH� VXD�PDQXWHQomR�� Mi�TXH�D�pSRFD��DLQGD�QmR�VH�WLQKD�DR�FHUWR�RV�YDORUHV�LQHUHQWHV� DRV� QRYRV�PRWRUHV��3RU� RXWUR� ODGR�� RV�veículos que serão comercializados com as novas

tecnologias poderão ter custos operacionais mais

EDL[RV�GHYLGR�j�PHOKRU�HÀFLrQFLD�HQHUJpWLFD��IDWR�ainda não comprovado na prática.


3.1 As alternativas tecnológicas

Duas soluções distintas foram avaliadas

SHOD� LQG~VWULD� H� ÀUPDUDP�VH� FRPR� DV� SULQFLSDLV�DOWHUQDWLYDV�SDUD��$�SULPHLUD�GHODV�p�R�(*5��H[KDXVW� JDV� UHFLUFXODWLRQ� RX� UHFLUFXODomR� GRV�JDVHV�GH�HVFDSH��DVVRFLDGR�DR�ÀOWUR�'3)��GLHVHO�SDUWLFXODWH� ÀOWHU� RX� ÀOWUR� GH� SDUWtFXODV�� TXH� p�capaz de promover drástica redução no material

SDUWLFXODGR��03��ODQoDGR�SHORV�YHtFXORV�GLHVHO��2V� VLVWHPDV�GH�(*5� UHGX]HP�D� IRUPDomR�GH�

12[� �y[LGRV� GH� QLWURJrQLR�� HQWUH� �� H� ��por meio da reintrodução dos gases da exaustão

QR�PRWRU��1R�HQWDQWR�� WDO�HVWUDWpJLD� ID]�FRP�TXH�RV� tQGLFHV� GH�03� VH� HOHYHP� DFLPD� GR� WROHUDGR��3DUD� UHGX]LU� R�03�� RV� JDVHV� GH� HVFDSH� SDVVDP�SHOR� '3)� H� VmR� HQWmR� ÀOWUDGRV� DQWHV� GH� VHUHP�lançados à atmosfera, atingindo, assim, padrões

GH� HPLVVmR� DFHLWiYHLV� SHOD� IDVH� 3��$� )LJXUD� ��LOXVWUD�R�VLVWHPD�(*5�DVVRFLDGR�DR�ÀOWUR�'3)�

$�VHJXQGD�VROXomR�p�SUHGRPLQDQWH�QRV�PRWRUHV�GD� QRYD� IDVH� GR� 3URFRQYH�� SULQFLSDOPHQWH� SDUD�YHtFXORV�URGRYLiULRV�SHVDGRV��e�R�FKDPDGR�6&5��6HOHFWLYH� &DWDO\WLF� 5HGXFWLRQ� RX� FDWDOLVDGRU� GH�redução seletiva) associado ao uso de ureia, o

$JHQWH�5HGXWRU�/tTXLGR�$XWRPRWLYR��$5/$��2�6&5�HTXLSD�PRWRUHV�TXH��HP�VXD�HVWUDWpJLD�

GH�LQMHomR��SULRUL]DP�D�UHGXomR�GR�03�QRV�JDVHV�produzidos na combustão. Esse fato ocasiona uma

emissão com teores de NOx acima dos padrões

HVWDEHOHFLGRV�� 3DUD� UHGX]LU� R� 12[�� RV� JDVHV�passam pelo catalisador de redução seletiva

�6&5�� TXH� IDUi� R� WUDWDPHQWR� HVSHFtÀFR� GHVWH�elemento químico nocivo ao meio ambiente, e só

então são lançados na atmosfera, cumprindo com

RV�OLPLWHV�OHJDLV�GD�IDVH�3��1HVWH�SURFHVVR��R�6&5�QHFHVVLWD�XVDU�XP�QRYR�

LQVXPR�j�EDVH�GH�XUpLD�TXH�SDVVRX�D�VHU�XWLOL]DGR�SHOR� VHWRU� DXWRPRWLYR�� R� $5/$�� 2� HVTXHPD�apresentado na Figura 2 ilustra o processo do

6&5�DVVRFLDGR�DR�XVR�GR�SURGXWR�

0RQWDGRUDV� FRPR� 6FDQLD�� 0HUFHGHV�%HQ]�H� 9ROYR� H� WDPEpP� IDEULFDQWHV� GH�PRWRUHV� FRPR�&XPPLQV�RSWDUDP�SHOR� XVR�GR� VLVWHPD�6&5�HP�seus produtos. Outros fabricantes de motores,

FRPR�)37�H�0:0�,QWHUQDFLRQDO�� LQWURGX]LUDP�DV�duas soluções: para comerciais leves, motores

FRP�(*5� DVVRFLDGR� DR� ÀOWUR� GH� SDUWtFXODV�'3)��SDUD�PRWRUHV�TXH�HTXLSDP�FDPLQK}HV�SHVDGRV��D�VROXomR�FRP�R�6&5�H�XVR�GR�$5/$��

$� OHJLVODomR� EUDVLOHLUD� YHP� DFRPSDQKDQGR�RV� SDGU}HV� GH� HPLVVmR� HVWDEHOHFLGRV� QD� 8(��DGRWDQGR� IDVHV� VHPHOKDQWHV� SDUD� R� SURJUDPD�GH� FRQWUROH� GD� SROXLomR� GR� DU� QDFLRQDO�� 9DOH�destacar que o continente europeu está alguns

anos à frente no que se refere aos períodos de

H[LJrQFLD� GDV� IDVHV�� (QTXDQWR� R� %UDVLO� HQWUD� QD�IDVH�3��RV�HXURSHXV�Mi�HVWmR�IDPLOLDUL]DGRV�FRP�as tecnologias aqui apresentadas e se preparam

para uma nova fase ainda mais restritiva em 2013.

Figura 2: 0RWRU�GLHVHO�FRP�6&5�H�$5/$��

Figura 1: 0RWRU�GLHVHO�FRP�(*5�H�'3)


3.2 A aplicação da ureia: ARLA-32

2V� YHtFXORV� GD� IDVH� 3�� TXH� IRUHP� HTXLSDGRV�FRP� PRWRUHV� GLHVHO� FRP� 6&5� QHFHVVDULDPHQWH�XWLOL]DUmR� R� $5/$�� 7UDWD�VH� GH� XP� SURGXWR�químico à base de ureia, não tóxico e extremamente

VHJXUR� SDUD� PDQXVHLR� H� WUDQVSRUWH�� &RQKHFLGR�QD� (XURSD� FRPR� $G%OXH� H� QRV� (VWDGRV� 8QLGRV�como DEF, o produto não entra em contato direto

FRP�R�FRPEXVWtYHO��ÀFDQGR�HP�UHFLSLHQWH�SUySULR��QR�FRIUH�GR�PRWRU�� RX�HP�VXSRUWH�H[WHUQR�À[DGR�DR� FKDVVL�� $SyV� D� FRPEXVWmR�� XWLOL]DQGR�VH� GR�JHUHQFLDPHQWR�HOHWU{QLFR�GR�PRWRU��D�VROXomR�GH�XUHLD�p�SXOYHUL]DGD� MXQWR�DRV�JDVHV�GH�HVFDSH�H�se combina quimicamente com o NOx para formar

os não tóxicos N2 e O2.

2V� PRWRUHV� TXH� IXQFLRQDP� FRP� R� $5/$�� SRVVXHP� VLVWHPDV� HOHWU{QLFRV� GH� LQMHomR�GH� FRPEXVWtYHO�� TXH� FRQWURODP� WDPEpP� R�gerenciamento do motor, levando em consideração

os índices de emissão de poluentes. Essa

IHUUDPHQWD� HOHWU{QLFD� p� FRQKHFLGD� FRPR� 2%'�(on board diagnostic ou diagnóstico a bordo).

2� VLVWHPD� LGHQWLÀFD� HOHWURQLFDPHQWH� DXVrQFLD�GR� $5/$� �� H�RX� FRPEXVWtYHO� 6�� DWUDYpV� GR�aumento das emissões de NOx. Nesses casos, um

DYLVR�OXPLQRVR�GH�IDOKD�p�DSUHVHQWDGR�QR�SDLQHO�H�R�VLVWHPD�UHGX]�JUDGDWLYDPHQWH�D�SRWrQFLD�GR�YHtFXOR��FRQIRUPH� $UW�� GD� 5HVROXomR� Q�� GR� &RQDPD��$SyV� �� KRUDV� FRQVHFXWLYDV�� VH� R�SUREOHPD�QmR�IRU�VDQDGR��D�SRWrQFLD�FDLUi�DR�QtYHO�PtQLPR��VXÀFLHQWH�DSHQDV�SDUD�FRQGX]LU�R�YHtFXOR�D� XP� SRVWR� DXWRUL]DGR�� DSyV� R� UHDEDVWHFLPHQWR�FRP�$UOD��RX�6��R�YHtFXOR�UHWRUQD�D�SRWrQFLD�original.

$�LQFRUSRUDomR�GH�PDLV�IHUUDPHQWDV�HOHWU{QLFDV�aos veículos pesados traz consigo a necessidade

GH� IRUPDomR� GH� SURÀVVLRQDLV� FDSDFLWDGRV�� WDQWR�na manutenção quanto na operação.

$� ÀVFDOL]DomR� H� GLVWULEXLomR� GR�$5/$�� VmR�UHJXODGDV� SHOR� ,QVWLWXWR� 1DFLRQDO� GH� 0HWURORJLD��1RUPDOL]DomR� H� 4XDOLGDGH� ,QGXVWULDO� �,QPHWUR��HP�FRQMXQWR�FRP�R�,EDPD��(P�VHWHPEUR�GH��foi assinado um acordo de cooperação entre

as instituições para garantir a qualidade e o

abastecimento do produto.

2� $5/$�� p� FRPHUFLDOL]DGR� HP� SHTXHQDV�embalagens plásticas ou bombonas, guardando

DVVLP� VHPHOKDQoD� FRP� D� GLVWULEXLomR� GR� yOHR�OXEULÀFDQWH� FRPHUFLDOL]DGR� HP� SRVWRV� GH�FRPEXVWtYHO�H�DWp�PHVPR�HP�VXSHUPHUFDGRV��

1D�(XURSD��R�SURGXWR�Mi�p�DPSODPHQWH�GLIXQGLGR�e comercializado em embalagens plásticas, ao

FXVWR�HTXLYDOHQWH�D�FHUFD�GH��GR�YDORU�GR�OLWUR�do diesel.

1R�%UDVLO��D�GHÀQLomR�GH�SUHoR�GR�$5/$��QmR�p�GDGD�SHOR�JRYHUQR�H��VLP��SHOR�SUySULR�PHUFDGR��Seu consumo em relação ao diesel gira em torno

GH� �� HP� YROXPH�� R� TXH� HTXLYDOH� GL]HU� TXH�� D�cada 100 litros de diesel consumidos, tem-se o

HTXLYDOHQWH�DR�FRQVXPR�GH��OLWURV�GH�$5/$��2�SUHoR�ÀQDO�SDUD�R�WUDQVSRUWDGRU�QDFLRQDO�p�VXSHULRU�aos praticados na Europa, paga-se atualmente

FHUFD�GH�5��O��(VWH�IDWR��LQÁXHQFLDUi�RV�FXVWRV�das transportadoras.

3.3 A necessidade do diesel S-10

3DUD�D�IDVH�3��RFRUUHX�XPD�PHOKRUD�VLJQLÀFDWLYD�da qualidade dos combustíveis disponíveis para

tais motores. É necessário considerar o veículo

e seu combustível como um sistema único, pois

R�DMXVWH�GDV�HPLVV}HV�DRV�SDGU}HV�OHJDLV�UHTXHU��obrigatoriamente, reduções dos teores de enxofre

do combustível para viabilizar a aplicação das

tecnologias de pós-tratamento e garantir sua

durabilidade. As tecnologias aplicadas no pós-

tratamento dos gases de escape dos motores são

sensíveis à presença de elevado teor de enxofre

no combustível.

O uso do diesel S-10 provoca menos emissões

de poluentes, como material particulado e óxidos

QLWURVRV�� DOpP� GH� PHOKRUDU� D� SDUWLGD� D� IULR� GR�veículo, diminuir a formação de depósitos na

câmara de combustão e reduzir a contaminação

GR�OXEULÀFDQWH�*UDGDWLYDPHQWH�� R� %UDVLO� YHP� FDPLQKDQGR�

QR� VHQWLGR� GH� PHOKRUDU� D� TXDOLGDGH� GR� GLHVHO�


consumido no país, ofertando combustível com

teores de enxofre reduzidos, aproximando-se dos

RIHUHFLGRV�QRV�SDtVHV�GH�3ULPHLUR�0XQGR��'HVWD�IRUPD�� R� 6�� p� RIHUWDGR� DRV� SURSULHWiULRV� GH�YHtFXORV�GD� IDVH�3��HP��H�HP��HVWDUi�disponível o S-10.

A ampliação da oferta do diesel mais limpo

SRGHUi�DFDUUHWDU�QRV�SUy[LPRV�DQRV��GLÀFXOGDGHV�para a distribuição deste combustível em todo

WHUULWyULR� QDFLRQDO�� $� $13� DSUHVHQWRX� XP� SODQR�de abastecimento, prevendo a disponibilidade do

SURGXWR�H�D�GLVWULEXLomR�HP�SRVWRV�JHRJUDÀFDPHQWH�ORFDOL]DGRV��'HVWD� IRUPD��XP�YHtFXOR�GD� IDVH�3��GR�3URFRQYH�SRGHUi�SHUFRUUHU�R�WHUULWyULR�QDFLRQDO�sempre abastecendo com óleo diesel com teor de

enxofre adequado.

6HJXQGR�D�3HWUREUiV�� R�SDtV�HVWi�HVWUXWXUDGR�para atender a demanda do novo combustível para

veículos diesel. Estima-se que em 2020, metade

da demanda nacional será deste combustível,

FRQIRUPH�PRVWUD�R�4XDGUR��

Quadro 4:�&HQiULR��GH�SURGXomR�GR�GLHVHO�SHOD�3HWUREUiV


4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

OV�JDQKRV�DPELHQWDLV�H�SDUD�D�VD~GH�KXPDQD�PRVWUDUDP�VH� EDVWDQWH� VLJQLÀFDWLYRV� GHVGH�D� FULDomR� GR�3URFRQYH�� HP� �� WDQWR� HP�relação às emissões de veículos leves

TXDQWR�SDUD�DV�HPLVV}HV�GH�SHVDGRV��&RPSDUDQGR�VH�RV�OLPLWHV�GH�HPLVVmR�HVWLSXODGRV�QDV�IDVHV�3��D�SULPHLUD�D�VHU�FRPSXOVyULD��H�3��REVHUYD�VH�UHGXomR�GH��QRV� OLPLWHV�GH�&2��QRV� OLPLWHV�GH�+&�H� �� QRV� OLPLWHV� WROHUiYHLV� GH� 12[��$GHPDLV�� RV�avanços provocados nas tecnologias incorporadas

DRV�YHtFXORV�IRUDP�WDPEpP�VLJQLÀFDWLYRV��LPSRUWDQWHV�inclusive para a abertura à exportação da produção

de veículos montados no Brasil.

&RP� D� LPSODQWDomR� GD� 3�� RV� DYDQoRV� QDV�tecnologias embarcadas e de pós-tratamento

seguem evoluindo, e a redução nas emissões de

poluentes continua diminuindo, tanto em relação às

emissões locais quanto às de gases de efeito estufa.

3RUpP�� R� VHWRU� GH� WUDQVSRUWHV� HVWi� VHQGR�DIHWDGR�FRP�D�FKHJDGD�GD�QRYD�IDVH�GR�3URFRQYH�SHOR�DXPHQWR�GH�FXVWRV�H�FDUrQFLD�GH�SURÀVVLRQDLV�TXDOLÀFDGRV�SDUD�RSHUDU�WDLV�YHtFXORV��

+RXYH� WDPEpP� XP� DXPHQWR� QR� FXVWR� GRV�YHtFXORV�GD�RUGHP�GH��D��SHOD�LQFRUSRUDomR�das novas tecnologias. Em relação aos custos

dos combustíveis mais limpos, adequados à

QRYD� IDVH�� R� DXPHQWR� IRL� QD� RUGHP� GH� �� HP�PpGLD�� $FUHVFHQWDP�VH� DLQGD� RV� FXVWRV� GR� $5/$��FRP�DJUDYDQWH�GH�TXH�D�SUHFLÀFDomR�p�GDGD�SHORV�IDEULFDQWHV��VHP�TXDOTXHU�LQWHUIHUrQFLD�do poder público. Os custos de manutenção

GHVVHV� QRYRV� PRWRUHV� WDPEpP� VmR�� DWp� HQWmR��uma incógnita.

'LÀFXOGDGHV�SDUD�D�GLVWULEXLomR��FRPHUFLDOL]DomR�


H�ÀVFDOL]DomR�GR�GLHVHO�PDLV�OLPSR��QHFHVViULR�SDUD�D�IDVH�3��HVWmR�VHQGR�HQFRQWUDGDV��2�%UDVLO��SRU�VHU�XP�SDtV�GH�GLPHQV}HV�FRQWLQHQWDLV��HVWDV�GLÀFXOGDGHV�tornam-se ainda maiores. A comercialização desses

produtos com teores de enxofre reduzidos será,

obrigatoriamente, feita em tanques separados para

evitar sua contaminação, o que implica dizer que

os postos farão investimentos em novos tanques,

ou comercializarão exclusivamente um tipo de

GLHVHO��$�GLVWULEXLomR�GR�$5/$�� WDPEpP�GHYH�VHU�DFRPSDQKDGD��DSHVDU�GH��DSDUHQWHPHQWH��VHU�PHQRV�complexa que a distribuição do diesel mais limpo.

Outro fato que afeta o setor transportador com a

HQWUDGD�GH�QRYDV�WHFQRORJLDV�p�D�FDSDFLWDomR�TXH�RV�FRQGXWRUHV� GHVVHV� YHtFXORV� GHYHP� WHU�� &DPLQK}HV�H� {QLEXV� FKHJDP� DR� PHUFDGR� FRP� WHFQRORJLDV�

HPEDUFDGDV� PDLV� VRÀVWLFDGDV�� FRPSXWDGRUHV� GH�bordo com parâmetros do veículo sendo informados

DR� PRWRULVWD� Mi� QmR� VmR� QRYLGDGH�� 2� FRUUHWR�manuseio dos veículos equipados com motores da

IDVH�3��p�IXQGDPHQWDO�SDUD�VH�JDUDQWLU�D�GXUDELOLGDGH�GHVVHV�HTXLSDPHQWRV�H�WDPEpP�SDUD�TXH�VH�DWLQMD�R� REMHWLYR� SURSRVWR�� D� UHGXomR� GDV� HPLVV}HV� GH�poluentes.

8PD� ERD� QRWtFLD� GD� QRYD� IDVH� 3�� p� D� HQWUDGD�no mercado de motores com tecnologias menos

SROXHQWHV�H�PDLV�HFRQ{PLFDV��(VWH� WUDEDOKR� p� D� FRQWULEXLomR� GD� &17� DR�

WUDQVSRUWDGRU�URGRYLiULR�TXH�Mi�HVWi�FRQYLYHQGR�FRP�essas novas tecnologias em seu cotidiano. O que se

GHVHMD�p�SUHSDUDU�R�VHWRU�SDUD�TXH�DOFDQFH�VHPSUH�PHOKRUHV�UHVXOWDGRV�

&RQKHoD�D�UHODomR�GH�SRVWRV�TXH�FRPHUFLDOL]DP�GLHVHO�PDLV�limpo acessando ao site www.cntdespoluir.org.br.

A Fase P7 do Proconve e o impacto no Setor de Transporte

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