A evolução da mulher no mercado de trabalho

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ASSOCIAÇÃO DE DEUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS- AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO A Evolução da mulher no mercado de trabalho Jéssica Martins Mendonça RESUMO O presente artigo tem o objetivo tratar sobre a evolução da mulher no mercado de trabalho. Durante anos as mulheres eram vista na história como aquela responsável apenas pela criação dos filhos, servir seus maridos, e cuidar da casa, dependendo somente de seus companheiros, limitando a refletir apenas sobre a figura do homem como sujeito universal, raramente a mulher era apresentada pelos historiadores, todo discurso sobre temas clássicos como a abolição da escravatura. No Brasil, a industrialização, ou o movimento operário, evocava imagens da participação de homens, e jamais de mulheres capazes de merecerem uma maior atenção; porque estavam confinadas ao espaço da vida privada, envolvida no cuidado com o lar, na educação dos filhos, na atenção com o marido; ocupada demais para ser percebida pela história, que até então era oculta para a vida pública, mas esta realidade mudou consideravelmente com o passar dos anos as mulheres conquistaram o seu espaço, mas conquistar espaço não é sinônimo de conquista dos direitos; as mulheres ainda fazem dupla, às vezes Artigo apresentado como requisito para obtenção do título de graduação em administração, sob a orientação do professor Mauricio Paes Lemes, conforme folha de aprovação em anexo. Jessica Martins Mendonça Graduanda em Administração. Goiânia/2014

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DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃOCURSO DE ADMINISTRAÇÃO

A Evolução da mulher no mercado de trabalho

Jéssica Martins Mendonça

RESUMO

O presente artigo tem o objetivo tratar sobre a evolução da mulher no mercado de

trabalho. Durante anos as mulheres eram vista na história como aquela responsável

apenas pela criação dos filhos, servir seus maridos, e cuidar da casa, dependendo

somente de seus companheiros, limitando a refletir apenas sobre a figura do homem

como sujeito universal, raramente a mulher era apresentada pelos historiadores, todo

discurso sobre temas clássicos como a abolição da escravatura. No Brasil, a

industrialização, ou o movimento operário, evocava imagens da participação de

homens, e jamais de mulheres capazes de merecerem uma maior atenção; porque

estavam confinadas ao espaço da vida privada, envolvida no cuidado com o lar, na

educação dos filhos, na atenção com o marido; ocupada demais para ser percebida pela

história, que até então era oculta para a vida pública, mas esta realidade mudou

consideravelmente com o passar dos anos as mulheres conquistaram o seu espaço, mas

conquistar espaço não é sinônimo de conquista dos direitos; as mulheres ainda fazem

dupla, às vezes tripla jornadas de trabalho ganham menos que os homens exercendo as

mesmas funções, e quando chegam a casa trabalham com a mesma dedicação, porém,

quem vê as mulheres ocuparem os mais diversos cargos nas empresas não imagina o

quanto está realidade demorou a acontecer. Assim sendo diante das necessidades o

número de mulheres que trocaram o trabalho doméstico pelo exercício de uma profissão

remunerada vem crescendo em grande progresso, tornou-se inevitável a participação da

mulher no sustento da família, ou ainda, o trabalho cujos objetivos apontam na

independência e na realização, ou seja, o “sexo frágil” foi à luta.

Palavras-chave: Realidade; Necessidade; Independência.

Artigo apresentado como requisito para obtenção do título de graduação em administração, sob a orientação do professor Mauricio Paes Lemes, conforme folha de aprovação em anexo. Jessica Martins Mendonça Graduanda em Administração.

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Introdução

As mulheres, nas sociedades antigas, viviam de maneira limitada, com

dificuldades até para ser mulher, era difícil obter educação, respeito e conhecimento, já

que suas vidas era viver para servir, eram diferenciadas apenas pelo aspecto de

mulheres, pois, obter objetos que hoje as mulheres consideram essências em suas vidas,

antes isso nem existia, e o pouco que existia eram destinados apenas a mulheres de

famílias assim por dizer que tinham sobrenome. Hoje podemos ver que qualquer mulher

desde sua infância já adquiri, aqueles acessórios femininos, onde passa ser um hábito

usá-los.

O artigo tratar sobre a situação da mulher no mundo contemporâneo;

suas realizações, suas conquistas, as lutas pelas desigualdades, a força para vencer as

necessidades, o conceito de sua capacidade, a visão diante a sociedade, o interesse sobre

o conhecimento, e principalmente a sua entrada no mercado de trabalho onde foi

consideravelmente uma das suas maiores transformações, e que ainda vem aumentando

diariamente, desempenhando funções, a qual antes nenhuma mulher vivera.

Revelar que a busca pela igualdade profissional, que as mulheres

almejam não é invadir o espaço masculino ou provar uma superioridade em relação aos

homens, e sim o que elas desejam é poder escolher o melhor caminho para serem felizes

e completas, serem bem remuneradas de igual para igual, ter sua capacidade vista como

um bem e não uma rivalidade, ou um abuso, conscientizar de que o crescimento das

tecnologias e dos meios de negócios invoca oportunidades para diferentes os sexos.

Contexto Histórico

Quem nunca teve aquele momento de conversa com seus pais e avós e

por um longo tempo ouviu suas histórias de vida e ficaram perplexos de tanta

informação sobre força, coragem e dedicação; é difícil de acreditar, que era tão difícil

naquela época, pois quem vive nos dias de hoje com tantas as facilidades jamais

conseguiria se vê naqueles tempos onde, os filhos homens nasciam e assim que atingia

certa idade, ainda que muito pouca fosse esta idade, acompanhavam seus pais nas

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atividades da roça, onde vivia uma vida debaixo de sol escaldante, criando tão cedo

calos em suas mãos e tendo como educação uma forma única, bruta e sofrida, como

para garantir o sustento da casa, tão pequenos com inchada nas mãos arcando de uma

responsabilidade que hoje muitos só conhecem depois de completar maior idade, algum

nunca se quer conhece este tipo de realidade, vivendo onde tudo se pode ter com muita

facilidade; como estudos, conhecimentos avançados, aparelhos e produtos que facilitam

o dia a dia, quanto antigamente isto era para poucos; só estudavam os filhos “caçulas”,

os mais velhos tinham que trabalhar, e eram trabalhos pesados para idade, já as filhas

eram educadas por suas mães e designadas a aprender atividades domésticas, lavar

passar, limpar, cozinhar, costurar, era uma educação vocacional para uma vida de

doméstica, que fosse facilitar quando obtivesse seus maridos, e suas casas.

Na história da personagem feminina, referindo-se à Literatura, cabe ressaltar que, na maioria das vezes, esta era condicionada a aparecer nas histórias narradas ora como aquela mocinha infeliz à espera do seu príncipe encantado, ora como a megera, a malvada, disposta a tudo para reinar única e absolutamente (ao menos no mundo fictício):...O elenco de personagens femininas, com raras exceções não tem escapado ao modelo das virgens e insípidas princesinhas provocadoras de desgraças. (BRAITH,1985:51).

Nestes tempos viviam-se em lugares onde água e luz eram escassas, os

chãos eram de terra, não havia saneamento básico, suas comidas eram colhidas no

quintal de casa, e escola para aqueles que tinham oportunidade, tinham que batalhar

para chegar, pois eram trajetos difíceis de fazer, alguns levavam horas caminhando ou

de carroça, outros atravessavam rios, cada um com uma dificuldade maior que a do

outro. Tanto homens como mulheres têm essas histórias cravadas em seus conceitos de

vida, pretendendo mudar o caminho a ser percorrido no futuro. Os homens têm certa

dificuldade de aceitar mudanças, já as mulheres ao lembrar que além do trabalho

doméstico ainda levavam almoço para os homens e filhos que trabalhavam na roça, e

quando ainda lhes restavam tempo, elas ajudavam os homens no trabalho da roça,

querem que esta realidade esteja bem longe de ser vivida nos dias de hoje, fazendo com

que suas busquem por novos caminhos, desafiam as mudanças e muitas delas se

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preparando para essas mudanças, tornando diferente o futuro, buscando pelas

modernidades e versatilidades dos objetos e meios que oferecem os dias de hoje levando

a enfrentar uma realidade ainda em processo de aceitação, mesmo que seja difícil de

ouvir, que os homens naquela época chegavam da roça, iam ajudar nas atividades

domésticas, e que apenas sentavam em uma cadeirinha no seu quintal e aguardavam “a

janta” feita pelas suas mulheres que além do dia difícil estava ainda preparando jantares

e banhos, e mesmo assim as mulheres ainda carregam um sentimento de

companheirismo, pois as que são casadas e trabalham foram muitas delas tem por

objetivo dividir as contas da casa tirando a sobrecarga da responsabilidade dos

“ombros” de seus maridos, tornando assim comum de que os homens sintam saudades

daquela época.

Bem mas tudo são relatos erguidos atualmente, como cita Elisiana Renata Probst, sobre o mesmo estudo do Instituto Catarinense:

A história conta que tudo começou com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente), quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho.

Nos dias atuais dificilmente, haja alguma empresa que não há mão de

obra feminina na linha de produção, podemos ainda encontrar mulheres ocupando

cargos que fogem da linha de visão, como por exemplo, motoristas de caminhões

transbordos, operadoras de máquinas agrícolas, empilhadeiras, terraplanagens e muitos

outros.

Da responsabilidade á produtividade

As mulheres deixaram de ser apenas uma parte da família para se

tornarem parte de uma empresa. Por isso esse ingresso no mercado de trabalho é uma

vitória. O fato é que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgaram

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dois estudos com o balanço dos ganhos e dificuldades enfrentadas pelas brasileiras ao

longo dos anos, uma foi que devido à escolaridade dessas mulheres, as tornaram aptas

para trabalharem nas empresas, mesmo que seu ganho salarial não fosse correspondente

ao mesmo dos chefes de família, pois seus conhecimentos eram mais vastos, sua

dedicação e interesse eram bem maiores, e solidamente 70% contém o ensino

fundamental o contrario dos homens, as segunda é de que a redução do numero de

filhos, que contribuiu para facilitar a presença da mão de obra feminina, ou seja, com

menos filhos, as mulheres puderam consolidar melhor o papel de mãe e trabalhadora.

Em com isso é possível esperar que as mulheres atinjam pela primeira vez na história, o

número de cargos masculinos nos postos de trabalho. Isso seria o rompimento de uma

forte estrutura, as hierarquias empresariais moldadas pelos homens a partir da era

Industrial, hoje o perfil das mulheres é muito diferente daquela do começo do século,

além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os homens, ela

desempenham as tarefas tradicionais de ser mãe, esposa, e dona de casa.

Mas há um grande desafio ainda a percorrer que é, de serem remuneradas

conforme seu cargo de contratação, muitas mulheres recebem bem menos do que

deveriam, trabalham por mais horas, e ainda sofrem discriminação e desvalorização. E

ainda sofrem abuso, sem falar da dificuldade de ter que trabalhar fora e ainda com a

preocupação de onde ficaram seus filhos menores por falta de estrutura de muitas

cidades de não haverem creches ou escolas apropriadas, tendo que se sobressair de

alguma força moldando as dificuldades e ainda realizando suas atividades com exatidão.

As mulheres a cada dia conquistam um pouco mais de espaço em diferentes áreas.

Recordo-me de uma palestra de Tom Peters, proferida em 2000. Perguntaram-lhe: “Se o senhor tivesse uma grande empresa e fosse se Aposentar o que faria?” Sem titubear, ele respondeu que contrataria para o mais alto cargo executivo uma mulher dinâmica e inteligente, recrutada em uma boa escola. Em seguida, selecionaria 100 jovens talentosos, já familiarizados com os instrumentos e ambientes da era digital, e os colocaria sob as ordens dessa líder. Segundo ele, essa seria a fórmula ideal para garantir a longevidade da empresa, com elevados padrões de qualidade e competitividade. Exagero à parte concorda que a proposta de Peters aponta para modelos corretos de reivindicação das organizações. As mulheres, sem

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dúvida, têm se adaptado mais rapidamente a essa realidade competitiva dos novos tempos (JULIO, 2002, p. 135).

Tornam- se grandes empresárias, operárias, dirigentes de grandes

empresas, pois, quando se trata de aprender elas se empenham muito mais que o sexo

oposto, muitos homens, mesmo após tantas mudanças sociais ainda se julgam no direito

de mandar, controlar e subjugar a mulher que se torna sua companheira, claro que isso

não tratasse de todos os homens há sim aquele que sabe reconhecer, e são esses que dão

espaço para que elas possam crescer e fazer algo por si e para muitos, a diferença é que

estes homens ainda infelizmente são a minoria, existem muitos que tratam a mulher

discriminatoriamente, infelizmente essa ainda é uma permanência das sociedades

antigas, para vermos isso basta apenas observar os tiranos domésticos sobre os quais a

história nos revela; a sensibilidade, a força, a coragem, a perseverança, a fé, a confiança,

são algumas dessas virtudes, encontradas nos diferentes sexos, que devemos buscar

cultivar e desenvolver, mesmo que estejamos vivendo em uma sociedade onde a

concorrência se mostra cada vez mais acirrada, onde a demonstração de sentimento e

afeto, e reconhecimento da capacidade tem se tornado motivo de vergonha ou de

fraqueza é preciso que apresentassem compreensão, independente do rótulo que a

sociedade impõem conscientizar que as pessoas podem e devem dividir seus

conhecimento sem olhar para classe, cor, raça, religião, que trabalhando em equipe a

produtividade é maior, e todos lucram, sem medir forças, apenas provar que cada um

tem um valor diferente, e ainda assim remunerar conforme sua competência não por ser

homem ou mulher.

As dificuldades vividas pela mulher de antigamente supridas pelas da atualidade

Algumas oportunidades no mercado de trabalho designado as mulheres

deu-se porque as empresas necessitaram de mão de obra para devidos cargos masculinos

e somente obteve candidatas inscritas a vaga, isto é um fato divulgado pela empresa

empregadora conhecida como Catho, com certo grau de insegurança por parte do

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empregador, foi surpreendentemente comprovado que realmente as mulheres estão aptas

a trabalharem em cargos destinados a homens.

As mulheres têm arriscado a se candidatar em funções que lhes obriga

força, pois as necessidades em que a vida lhes clausura, acaba por obrigar os atos

cometidos pelos seres humanos, hoje em dia a vida melhorou bastante em alguns

termos, pois, claro que ao compararmos as dificuldades dos nossos ancestrais às

diferenças são poucas em questão de força, capacidade e centralização de objetivos, o

que diferencia são os meios, por exemplo, ha muito mais facilidade em questão de

moradia e equipamentos, como água, luz, aparelhos, transporte, acesso a alimentos e

estudos diferente de antigamente que quando se precisava de água tinha que descer até o

rio e trazer de balde, tinham luz através de velas e lamparinas, o ferro de passar roupa

eram á brasa, chuveiros nem existiam na época, transporte então; rico era aqueles que

tinha burrinhos ou cavalo para arriar suas carroças, e alimento era aquilo que sua terra

permitia, para mulher o irresistível espelho de hoje era refletida na transparência da

água, a maquiagem a marca da sujeira causada pelo trabalho, o sapato mais confortável

era o conhecido “chinelo” que calejava os pés cansados de trabalhar, os cabelos eram

algo em que a vaidade não atingia, e assim como tantos outros detalhes a que hoje se dá

tanta importância.

... A diversidade em todas as instâncias da empresa tem se traduzido em equipes mais eficientes, em funcionários mais satisfeitos e em redução da rotatividade. Uma empresa que contribui para a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres é reconhecida pela sociedade, especialmente pelas próprias mulheres, que hoje representam uma grande força na opinião pública e no mercado consumidor. Instituto Ethos (2004 p.02)

Diante as mudanças com o passar dos anos, e dos costumes que passamos

adquirir, podemos considerar que o mundo mudou e facilitou bastante, para algumas

necessidades femininas, porém, existem mulheres que descarta esse tipo de vaidade, e

valoriza o que realmente em algumas opiniões traz algum beneficio, ou seja, há muitas

mulheres que hoje privilegia o seu lado profissional, tenta se realizar e foca em

aprimorar seus objetivos, apostando no conhecimento e experiência. Apesar da

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aparência como dita na pesquisa ser um grande requisito, há muitas empresas que

apostam no valor da capacidade. O mundo dos negócios anda apostando em valores

femininos, como a capacidade de trabalho em equipe contra o antigo individualismo, a

persuasão em oposição ao autoritarismo, a cooperação no lugar da competição.

As mulheres estão ocupando postos nos tribunais superiores, nos

ministérios, nas diretorias de grandes empresas gerenciando e administrando

operacionalmente e financeiramente, em organizações de pesquisa de tecnologia de

ponta, pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo, operam máquinas

agrícolas, como empilhadeiras, plantadeiras, colhedeiras, prestam manutenção

automotiva tanto na elétrica como na mecânica, dirigem caminhões, trabalham nas

construções civis, nas plantações e criações, nas câmaras e mais recentemente

Presidência da República, bem poderia citar aqui tudo que hoje podemos ver em que a

mulher se tornou capaz, no entanto, é muito importante ressaltarmos que a inserção da

mulher no mundo do trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos.

Direitos da mulher no mercado de trabalho

Em todas as empresas hoje, encontramos, mulheres exercendo um tipo de

função seja qual ela for, em todas as áreas ou situações, a mulher é protegida pela lei,

assim como a Lei n.º 9.799, de 26 de maio de 1.999, de autoria da Deputada Rita

Camata, no capítulo que versa sobre a proteção ao trabalho da mulher, modificando o

título da primeira seção do atual “Da Duração e Condições do Trabalho” para “Da

Duração, Condições do Trabalho e da Discriminação contra a Mulher”.“A Constituição Brasileira de 1988 é o marco jurídico de uma nova concepção da igualdade entre homens e mulheres”. É o reflexo da impressionante transformação social que tomou corpo a partir da segunda metade do século XX e ainda não acabou. Trata-se da superação de um paradigma jurídico que legitimava declaradamente a organização patriarcal e a conseqüente preferência do homem ante a mulher, especialmente no lócus da família. Em seu lugar,delineia-se uma ideologia de igualdade de direitos e deveres. Desaparece afigura da chefia da sociedade conjugal e com ela as preferências e privilégios que sustentavam juridicamente a dominação masculina. A ruptura paradigmática implicará a

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construção de um novo conjunto de valores, de uma nova estrutura que dê coerência ao ordenamento jurídico. É importante ressaltar que se trata de um processo ainda em fase de consolidação. Ainda existem perguntas sem resposta e espaços de resistência. Especialmente por isso, uma vez que a ciência jurídica é uma ciência de persuasão, é importante conhecer a ideologia e os argumentos que se utilizaram para ocultar a dominação patriarcal, com vistas a impedir que se r utilizaram para ocultar a dominação patriarcal, com vistas a impedir que se reproduzam, mediante novas roupagens, no novo Direito que se constrói. No momento atual, esta é uma necessidade imperativa. Isso porque as mulheres da geração de hoje já não se dão conta do quê significam as conquistas das gerações anteriores, principalmente porque para muitas pessoas a luta feminista é vista como algo já superado (e “superados” seriam seus defensores)”.

Atuando mercado de trabalho

Nos dias atuais é muito comum vermos mulheres trabalhando em funções

masculina, como mecânica, solda, elétrica, construção civil, operadoras de máquinas, e

várias outras funções; e o que torna mais comum é a procura da especialização nessas

funções, ou seja, há muito mais mulheres há procura de cursos profissionalizantes nestas

áreas. Em uma pesquisa feita na Instituição do SENAI (Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial) no ano de 2009, uma grade oferecendo o curso de azulejista,

encanador, mecânica, de 50 pode se dizer que no mínimo 35 dos inscritos são mulheres,

além de que podemos ver que as mulheres sempre se interessam por aprimorar seus

conhecimentos, e em qualquer tipo decurso sempre a procura maior é feminina.

As a dependência dos interesses aumentam seu desenvolvimento

tornando-a assim ainda mais capaz. O que essas mulheres almejam não é invadir o

espaço masculino ou provar uma superioridade em relação aos homens, o que elas

desejam é poder escolher o melhor, ou igual aos homens. A beleza está justamente na

diferença entre homens e mulheres.

Na empresa do conhecimento, a mulher terá cada vez mais importância

estratégica, pois trabalha naturalmente com a diversidade e processos multifuncionais.

A sensibilidade feminina, por exemplo, permite a constituição de equipes de trabalho

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marcadas pela diferença e pela heterogeneidade. Equipes desse tipo, quando atuam de

forma sinérgica, fazem emergir soluções variadas e criativas para problemas

aparentemente insolúveis.

A empresa que aposta na singularidade de seus interlocutores internos se

torna mais inteligente, mais capaz e mais ágil. Curiosamente, essa ascensão se dá em

vários países, de maneira semelhante, como se houvesse um silencioso e pacífico

levante de senhoras e senhoritas no sentido da inclusão qualificada no mundo do

trabalho. Segundo alguns analistas, esse processo tem origem na falência dos modelos

masculinos de processo civilizatório. Talvez seja verdade. Os homens, tidos como

superiores, promovem guerras, realizam atentados, provocam tumultos nos estádios,

destroem o meio ambiente e experimentam a aflição inconfessa de viver num mundo em

que a fibra ótica substituiu o cipó. Quando já não se necessita tanto de vigor físico para

a caça, vale mais o conhecimento que permite salgar ou defumar a carne, de modo a

preservá-la por mais tempo.

Nenhuma mulher se tornou astronauta, juíza da Suprema Corte,

presidente de uma corporação apenas por não ser homem. Ou seja, não subiram por

necessidade das corporações de diversificar seu quadro. Subiram por seus méritos

medidos pelos padrões que valem tanto para homens quanto para mulheres. Poderiam

ter subido em maior número? Ou seja, já que são mais da metade da população,

deveriam ser também mais da metade dos líderes empresariais, dos deputados e

senadores? Mais da metade dos médicos e engenheiros? A resposta a essa pergunta vem

de um estudo estatístico feito pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, segundo

usuais isso é uma questão a que só o tempo responderá.

O trabalho da mulher no Brasil

Pouco a pouco as mulheres vão ampliando seu espaço na economia

nacional. O fenômeno ainda é lento, mas constante e progressivo. Em 1973, apenas

30,9% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil eram do sexo feminino.

Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), em 1999,

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elas já representavam 41,4% do total da força de trabalho. Um exército de

aproximadamente 33 milhões. Em Santa Catarina, elas ocupavam 36,7% das vagas

existentes em 1997. Quatro anos depois, em 2000, mais 62 mil mulheres ingressaram

pela primeira vez no mercado, aumentando a participação em 1,1 pontos percentual.

Analisando este fenômeno, temos que levar em conta um universo muito

maior, pois há uma mudança de valores sociais nesse caso. A mulher deixou de ser

apenas uma parte da família para se tornar o comandante dela em algumas situações.

Por isso, esse ingresso no mercado é uma vitória. O processo é lento, mas sólido. Outra

peculiaridade que acompanha a mulher é a sua “terceira jornada”. Normalmente, além

de cumprir suas tarefas na empresa, ela precisa cuidar dos afazeres domésticos. Isso

acontece em quase 90% dos casos. Em uma década, o número de mulheres responsáveis

pelos domicílios brasileiros aumentou de 18,1% para 24,9%, segundo os dados da

pesquisa “Perfil das Mulheres Responsáveis pelos Domicílios no Brasil”, desenvolvida

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As catarinenses

conquistaram mais vagas no setor de serviços, onde representam 46,9% do total de

empregados. Numa pesquisa de amostragem, o grupo mostra que 31,6% dos cargos de

encarregado são ocupados por mulheres.

Para as mulheres a década de 90 foi marcada pelo fortalecimento de sua

participação no mercado de trabalho e o aumento da responsabilidade no comando das

famílias. A mulher, que representa a maior parcela da população, viu aumentar seu

poder aquisitivo, o nível de escolaridade e conseguiu reduzir a defasagem salarial que

ainda existe em relação aos homens. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE) divulgaram dois estudos com o balanço dos ganhos e as dificuldades

enfrentadas pelas brasileiras ao longo dos anos 90. A média de escolaridade desses

“chefes de família” aumentou em um ano de 4,4 para 5,6 anos de estudos. A média

salarial passou de R$ 365 para R$ 591 em 2000. Uma dificuldade a ser vencida é a taxa

de analfabetismo, que ainda está 20%. Outra característica da década foi consolidar a

tendência de queda da taxa de fecundidade iniciada em meados da década de 60. As

mulheres têm hoje 2 a 3 filhos. Há 40 anos, eram 6,3 filhos.

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A história da mulher no mercado de trabalho, no Brasil, está sendo

escrita com base, fundamentalmente, em dois quesitos: a queda da taxa de fecundidade

e o aumento no nível de instrução da população feminina. Estes fatores vêm

acompanhando, passo a passo, a crescente inserção da mulher no mercado e a elevação

de sua renda. A analista do Departamento de Rendimento do IBGE Vanderlei Guerra

defende que a velocidade com que isto se dá não é o mais relevante. O que estamos

constatando é uma quebra de tabus em segmentos que não empregavam mulheres. Nas

Forças Armadas, por exemplo, elas estão ingressando pelo oficialato. Para consolidar

sua posição no mercado, a mulher tem cada vez mais adiado projetos pessoais, como a

maternidade. A redução no número de filhos é um dos fatores que tem contribuído para

facilitar a presença da mão-de-obra feminina, embora não isto seja visto pelos técnicos

do IBGE como uma das causas da maior participação da mulher no mercado. A redução

da fecundidade ocorreu com mais intensidade nas décadas de 70 e 80. Os anos 90 já

começaram com uma taxa baixa de fecundidade: 2,6% que cai para 2,3% no fim da

década. Com menos filhos, as mulheres puderam conciliar melhor o papel de mãe e

trabalhadora.

Lutas e conquistas

Você entra numa empresa e percebe, grosso modo, que 80% das pessoas

que nela trabalham são mulheres. A Segunda constatação, porém, é mais surpreendente:

apenas 10% destas mulheres ocupam cargos de chefia. Se esta é a regra geral, não se

pode afirmar exatamente. No entanto, de acordo com o estudo realizado pelo Hudson

Institute, dos Estados Unidos, o “Workforce 2000: Work and Workers for th 21st.

Centuty” (Força de Trabalho 2000: Trabalho e Trabalhadores para Século XXI), este

quadro vai mudar. Ou melhor, já está mudando, e esta é uma tendência global. As

mulheres, dizem os especialistas, serão as líderes deste milênio.

A expectativa é de que neste século, pela primeira vez na história, as

mulheres superem em número os homens nos postos de trabalho. Se souberem

aproveitar isso, capitalizando oportunidades emergentes, o impacto no mercado de

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trabalho será, de fato, singular. Significam o rompimento de uma forte estrutura, as

hierarquias empresariais moldadas pelos homens a partir da Era Industrial. A mulher da

atualidade nem de longe tem o mesmo perfil daquelas que encontravam realização

trabalhando nas linhas de produção.

A diferença comportamental entre meninos e meninas é evidente desde os

primeiros anos. Pode-se dizer que esta característica é bastante clara durante toda a vida.

Mas, qual é, de fato, a atual realidade no mundo empresarial? Atualmente, os líderes ainda

são os homens. São eles que mandam e detêm a vantagem no jogo. A própria estrutura

social deu margem a esta tal divisão de trabalho. A regra é clara: homens são os que

mandam e mulheres, as subordinadas.

Em contrapartida, o século 20 mostrou a chamada inversão de papéis, Ou

seja, as mulheres conquistando maior destaque no competitivo mundo dos negócios e os

homens, por sua vez, assumindo a manutenção do lar e o cuidado com as crianças. Mas se

as mulheres desejarem sair vencedoras nesta empreitada terá de dominar as regras que eles

criaram.

Considerações Finais

Atualmente o perfil das mulheres é muito diferente daquele do começo

do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os

homens, ela aglutina as tarefas tradicionais: ser mãe, esposa e dona de casa.

Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recente das mulheres. Ganhar seu

próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de

orgulho para todas. Apesar da evolução da mulher dentro de uma atividade que era

antes exclusivamente masculina, e apesar de ter adquirido mais instrução, os salários

não acompanharam este crescimento.

As mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens exercendo a

mesma função. Conforme o salário cresce, cai a participação feminina. Entre aqueles

que recebem mais de vinte salários, apenas 19,3% são mulheres. Embora exista certa

discriminação em relação ao trabalho feminino, elas estão conseguindo um espaço

muito grande em áreas que antes era reduto masculino, e ganhou o respeito mostrando

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Page 14: A evolução da mulher no mercado de trabalho

ASSOCIAÇÃO DE DEUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS- AECGFACULDADE PADRÃO III

DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃOCURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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um profissionalismo muito grande. Apesar de ser de forma ainda pequena, está sendo

cada vez maior o número de mulheres que ganham mais que o marido.

O grande desafio para as mulheres dessa geração é tentar reverter o

quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres. Pelo menos, elas já provaram

que além de ótimas cozinheiras, podem também ser boas motoristas, mecânicas,

engenheiras, advogadas e sem ficar atrás de nenhum homem. Já está mais do que

provado que as mulheres são perfeitamente capazes de cuidar de si, de conquistar aquilo

que desejam e de provocar mudanças profundas no curso da história.

Referência

FALCÃO, Juliana. Elas realmente não fogem à luta. http://www.geogle.com.br. Acesso

em: 06 de janeiro de 2003.

JÚLIO, Carlos Alberto. Reinventando você: a dinâmica dos profissionais e a nova

organização. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

RAMOS, Murilo e TORRES, Flávia. Novidade: A igualdade está ficando igual. VEJA

São Paulo, Edição especial, n.48, p.66-70. maio. 2000.

SAFFIOTI, Heleieth I. B.O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.000

PRIORE, Mary Del e BASSANEZI, Carla. História das mulheres no Brasil. 2. ed.São

Paulo : Contexto, 1997.

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