A evolução da mulher no mercado de trabalho
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ASSOCIAÇÃO DE DEUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS- AECGFACULDADE PADRÃO III
DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃOCURSO DE ADMINISTRAÇÃO
A Evolução da mulher no mercado de trabalho
Jéssica Martins Mendonça
RESUMO
O presente artigo tem o objetivo tratar sobre a evolução da mulher no mercado de
trabalho. Durante anos as mulheres eram vista na história como aquela responsável
apenas pela criação dos filhos, servir seus maridos, e cuidar da casa, dependendo
somente de seus companheiros, limitando a refletir apenas sobre a figura do homem
como sujeito universal, raramente a mulher era apresentada pelos historiadores, todo
discurso sobre temas clássicos como a abolição da escravatura. No Brasil, a
industrialização, ou o movimento operário, evocava imagens da participação de
homens, e jamais de mulheres capazes de merecerem uma maior atenção; porque
estavam confinadas ao espaço da vida privada, envolvida no cuidado com o lar, na
educação dos filhos, na atenção com o marido; ocupada demais para ser percebida pela
história, que até então era oculta para a vida pública, mas esta realidade mudou
consideravelmente com o passar dos anos as mulheres conquistaram o seu espaço, mas
conquistar espaço não é sinônimo de conquista dos direitos; as mulheres ainda fazem
dupla, às vezes tripla jornadas de trabalho ganham menos que os homens exercendo as
mesmas funções, e quando chegam a casa trabalham com a mesma dedicação, porém,
quem vê as mulheres ocuparem os mais diversos cargos nas empresas não imagina o
quanto está realidade demorou a acontecer. Assim sendo diante das necessidades o
número de mulheres que trocaram o trabalho doméstico pelo exercício de uma profissão
remunerada vem crescendo em grande progresso, tornou-se inevitável a participação da
mulher no sustento da família, ou ainda, o trabalho cujos objetivos apontam na
independência e na realização, ou seja, o “sexo frágil” foi à luta.
Palavras-chave: Realidade; Necessidade; Independência.
Artigo apresentado como requisito para obtenção do título de graduação em administração, sob a orientação do professor Mauricio Paes Lemes, conforme folha de aprovação em anexo. Jessica Martins Mendonça Graduanda em Administração.
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Introdução
As mulheres, nas sociedades antigas, viviam de maneira limitada, com
dificuldades até para ser mulher, era difícil obter educação, respeito e conhecimento, já
que suas vidas era viver para servir, eram diferenciadas apenas pelo aspecto de
mulheres, pois, obter objetos que hoje as mulheres consideram essências em suas vidas,
antes isso nem existia, e o pouco que existia eram destinados apenas a mulheres de
famílias assim por dizer que tinham sobrenome. Hoje podemos ver que qualquer mulher
desde sua infância já adquiri, aqueles acessórios femininos, onde passa ser um hábito
usá-los.
O artigo tratar sobre a situação da mulher no mundo contemporâneo;
suas realizações, suas conquistas, as lutas pelas desigualdades, a força para vencer as
necessidades, o conceito de sua capacidade, a visão diante a sociedade, o interesse sobre
o conhecimento, e principalmente a sua entrada no mercado de trabalho onde foi
consideravelmente uma das suas maiores transformações, e que ainda vem aumentando
diariamente, desempenhando funções, a qual antes nenhuma mulher vivera.
Revelar que a busca pela igualdade profissional, que as mulheres
almejam não é invadir o espaço masculino ou provar uma superioridade em relação aos
homens, e sim o que elas desejam é poder escolher o melhor caminho para serem felizes
e completas, serem bem remuneradas de igual para igual, ter sua capacidade vista como
um bem e não uma rivalidade, ou um abuso, conscientizar de que o crescimento das
tecnologias e dos meios de negócios invoca oportunidades para diferentes os sexos.
Contexto Histórico
Quem nunca teve aquele momento de conversa com seus pais e avós e
por um longo tempo ouviu suas histórias de vida e ficaram perplexos de tanta
informação sobre força, coragem e dedicação; é difícil de acreditar, que era tão difícil
naquela época, pois quem vive nos dias de hoje com tantas as facilidades jamais
conseguiria se vê naqueles tempos onde, os filhos homens nasciam e assim que atingia
certa idade, ainda que muito pouca fosse esta idade, acompanhavam seus pais nas
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atividades da roça, onde vivia uma vida debaixo de sol escaldante, criando tão cedo
calos em suas mãos e tendo como educação uma forma única, bruta e sofrida, como
para garantir o sustento da casa, tão pequenos com inchada nas mãos arcando de uma
responsabilidade que hoje muitos só conhecem depois de completar maior idade, algum
nunca se quer conhece este tipo de realidade, vivendo onde tudo se pode ter com muita
facilidade; como estudos, conhecimentos avançados, aparelhos e produtos que facilitam
o dia a dia, quanto antigamente isto era para poucos; só estudavam os filhos “caçulas”,
os mais velhos tinham que trabalhar, e eram trabalhos pesados para idade, já as filhas
eram educadas por suas mães e designadas a aprender atividades domésticas, lavar
passar, limpar, cozinhar, costurar, era uma educação vocacional para uma vida de
doméstica, que fosse facilitar quando obtivesse seus maridos, e suas casas.
Na história da personagem feminina, referindo-se à Literatura, cabe ressaltar que, na maioria das vezes, esta era condicionada a aparecer nas histórias narradas ora como aquela mocinha infeliz à espera do seu príncipe encantado, ora como a megera, a malvada, disposta a tudo para reinar única e absolutamente (ao menos no mundo fictício):...O elenco de personagens femininas, com raras exceções não tem escapado ao modelo das virgens e insípidas princesinhas provocadoras de desgraças. (BRAITH,1985:51).
Nestes tempos viviam-se em lugares onde água e luz eram escassas, os
chãos eram de terra, não havia saneamento básico, suas comidas eram colhidas no
quintal de casa, e escola para aqueles que tinham oportunidade, tinham que batalhar
para chegar, pois eram trajetos difíceis de fazer, alguns levavam horas caminhando ou
de carroça, outros atravessavam rios, cada um com uma dificuldade maior que a do
outro. Tanto homens como mulheres têm essas histórias cravadas em seus conceitos de
vida, pretendendo mudar o caminho a ser percorrido no futuro. Os homens têm certa
dificuldade de aceitar mudanças, já as mulheres ao lembrar que além do trabalho
doméstico ainda levavam almoço para os homens e filhos que trabalhavam na roça, e
quando ainda lhes restavam tempo, elas ajudavam os homens no trabalho da roça,
querem que esta realidade esteja bem longe de ser vivida nos dias de hoje, fazendo com
que suas busquem por novos caminhos, desafiam as mudanças e muitas delas se
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preparando para essas mudanças, tornando diferente o futuro, buscando pelas
modernidades e versatilidades dos objetos e meios que oferecem os dias de hoje levando
a enfrentar uma realidade ainda em processo de aceitação, mesmo que seja difícil de
ouvir, que os homens naquela época chegavam da roça, iam ajudar nas atividades
domésticas, e que apenas sentavam em uma cadeirinha no seu quintal e aguardavam “a
janta” feita pelas suas mulheres que além do dia difícil estava ainda preparando jantares
e banhos, e mesmo assim as mulheres ainda carregam um sentimento de
companheirismo, pois as que são casadas e trabalham foram muitas delas tem por
objetivo dividir as contas da casa tirando a sobrecarga da responsabilidade dos
“ombros” de seus maridos, tornando assim comum de que os homens sintam saudades
daquela época.
Bem mas tudo são relatos erguidos atualmente, como cita Elisiana Renata Probst, sobre o mesmo estudo do Instituto Catarinense:
A história conta que tudo começou com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente), quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho.
Nos dias atuais dificilmente, haja alguma empresa que não há mão de
obra feminina na linha de produção, podemos ainda encontrar mulheres ocupando
cargos que fogem da linha de visão, como por exemplo, motoristas de caminhões
transbordos, operadoras de máquinas agrícolas, empilhadeiras, terraplanagens e muitos
outros.
Da responsabilidade á produtividade
As mulheres deixaram de ser apenas uma parte da família para se
tornarem parte de uma empresa. Por isso esse ingresso no mercado de trabalho é uma
vitória. O fato é que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgaram
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dois estudos com o balanço dos ganhos e dificuldades enfrentadas pelas brasileiras ao
longo dos anos, uma foi que devido à escolaridade dessas mulheres, as tornaram aptas
para trabalharem nas empresas, mesmo que seu ganho salarial não fosse correspondente
ao mesmo dos chefes de família, pois seus conhecimentos eram mais vastos, sua
dedicação e interesse eram bem maiores, e solidamente 70% contém o ensino
fundamental o contrario dos homens, as segunda é de que a redução do numero de
filhos, que contribuiu para facilitar a presença da mão de obra feminina, ou seja, com
menos filhos, as mulheres puderam consolidar melhor o papel de mãe e trabalhadora.
Em com isso é possível esperar que as mulheres atinjam pela primeira vez na história, o
número de cargos masculinos nos postos de trabalho. Isso seria o rompimento de uma
forte estrutura, as hierarquias empresariais moldadas pelos homens a partir da era
Industrial, hoje o perfil das mulheres é muito diferente daquela do começo do século,
além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os homens, ela
desempenham as tarefas tradicionais de ser mãe, esposa, e dona de casa.
Mas há um grande desafio ainda a percorrer que é, de serem remuneradas
conforme seu cargo de contratação, muitas mulheres recebem bem menos do que
deveriam, trabalham por mais horas, e ainda sofrem discriminação e desvalorização. E
ainda sofrem abuso, sem falar da dificuldade de ter que trabalhar fora e ainda com a
preocupação de onde ficaram seus filhos menores por falta de estrutura de muitas
cidades de não haverem creches ou escolas apropriadas, tendo que se sobressair de
alguma força moldando as dificuldades e ainda realizando suas atividades com exatidão.
As mulheres a cada dia conquistam um pouco mais de espaço em diferentes áreas.
Recordo-me de uma palestra de Tom Peters, proferida em 2000. Perguntaram-lhe: “Se o senhor tivesse uma grande empresa e fosse se Aposentar o que faria?” Sem titubear, ele respondeu que contrataria para o mais alto cargo executivo uma mulher dinâmica e inteligente, recrutada em uma boa escola. Em seguida, selecionaria 100 jovens talentosos, já familiarizados com os instrumentos e ambientes da era digital, e os colocaria sob as ordens dessa líder. Segundo ele, essa seria a fórmula ideal para garantir a longevidade da empresa, com elevados padrões de qualidade e competitividade. Exagero à parte concorda que a proposta de Peters aponta para modelos corretos de reivindicação das organizações. As mulheres, sem
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dúvida, têm se adaptado mais rapidamente a essa realidade competitiva dos novos tempos (JULIO, 2002, p. 135).
Tornam- se grandes empresárias, operárias, dirigentes de grandes
empresas, pois, quando se trata de aprender elas se empenham muito mais que o sexo
oposto, muitos homens, mesmo após tantas mudanças sociais ainda se julgam no direito
de mandar, controlar e subjugar a mulher que se torna sua companheira, claro que isso
não tratasse de todos os homens há sim aquele que sabe reconhecer, e são esses que dão
espaço para que elas possam crescer e fazer algo por si e para muitos, a diferença é que
estes homens ainda infelizmente são a minoria, existem muitos que tratam a mulher
discriminatoriamente, infelizmente essa ainda é uma permanência das sociedades
antigas, para vermos isso basta apenas observar os tiranos domésticos sobre os quais a
história nos revela; a sensibilidade, a força, a coragem, a perseverança, a fé, a confiança,
são algumas dessas virtudes, encontradas nos diferentes sexos, que devemos buscar
cultivar e desenvolver, mesmo que estejamos vivendo em uma sociedade onde a
concorrência se mostra cada vez mais acirrada, onde a demonstração de sentimento e
afeto, e reconhecimento da capacidade tem se tornado motivo de vergonha ou de
fraqueza é preciso que apresentassem compreensão, independente do rótulo que a
sociedade impõem conscientizar que as pessoas podem e devem dividir seus
conhecimento sem olhar para classe, cor, raça, religião, que trabalhando em equipe a
produtividade é maior, e todos lucram, sem medir forças, apenas provar que cada um
tem um valor diferente, e ainda assim remunerar conforme sua competência não por ser
homem ou mulher.
As dificuldades vividas pela mulher de antigamente supridas pelas da atualidade
Algumas oportunidades no mercado de trabalho designado as mulheres
deu-se porque as empresas necessitaram de mão de obra para devidos cargos masculinos
e somente obteve candidatas inscritas a vaga, isto é um fato divulgado pela empresa
empregadora conhecida como Catho, com certo grau de insegurança por parte do
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empregador, foi surpreendentemente comprovado que realmente as mulheres estão aptas
a trabalharem em cargos destinados a homens.
As mulheres têm arriscado a se candidatar em funções que lhes obriga
força, pois as necessidades em que a vida lhes clausura, acaba por obrigar os atos
cometidos pelos seres humanos, hoje em dia a vida melhorou bastante em alguns
termos, pois, claro que ao compararmos as dificuldades dos nossos ancestrais às
diferenças são poucas em questão de força, capacidade e centralização de objetivos, o
que diferencia são os meios, por exemplo, ha muito mais facilidade em questão de
moradia e equipamentos, como água, luz, aparelhos, transporte, acesso a alimentos e
estudos diferente de antigamente que quando se precisava de água tinha que descer até o
rio e trazer de balde, tinham luz através de velas e lamparinas, o ferro de passar roupa
eram á brasa, chuveiros nem existiam na época, transporte então; rico era aqueles que
tinha burrinhos ou cavalo para arriar suas carroças, e alimento era aquilo que sua terra
permitia, para mulher o irresistível espelho de hoje era refletida na transparência da
água, a maquiagem a marca da sujeira causada pelo trabalho, o sapato mais confortável
era o conhecido “chinelo” que calejava os pés cansados de trabalhar, os cabelos eram
algo em que a vaidade não atingia, e assim como tantos outros detalhes a que hoje se dá
tanta importância.
... A diversidade em todas as instâncias da empresa tem se traduzido em equipes mais eficientes, em funcionários mais satisfeitos e em redução da rotatividade. Uma empresa que contribui para a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres é reconhecida pela sociedade, especialmente pelas próprias mulheres, que hoje representam uma grande força na opinião pública e no mercado consumidor. Instituto Ethos (2004 p.02)
Diante as mudanças com o passar dos anos, e dos costumes que passamos
adquirir, podemos considerar que o mundo mudou e facilitou bastante, para algumas
necessidades femininas, porém, existem mulheres que descarta esse tipo de vaidade, e
valoriza o que realmente em algumas opiniões traz algum beneficio, ou seja, há muitas
mulheres que hoje privilegia o seu lado profissional, tenta se realizar e foca em
aprimorar seus objetivos, apostando no conhecimento e experiência. Apesar da
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aparência como dita na pesquisa ser um grande requisito, há muitas empresas que
apostam no valor da capacidade. O mundo dos negócios anda apostando em valores
femininos, como a capacidade de trabalho em equipe contra o antigo individualismo, a
persuasão em oposição ao autoritarismo, a cooperação no lugar da competição.
As mulheres estão ocupando postos nos tribunais superiores, nos
ministérios, nas diretorias de grandes empresas gerenciando e administrando
operacionalmente e financeiramente, em organizações de pesquisa de tecnologia de
ponta, pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo, operam máquinas
agrícolas, como empilhadeiras, plantadeiras, colhedeiras, prestam manutenção
automotiva tanto na elétrica como na mecânica, dirigem caminhões, trabalham nas
construções civis, nas plantações e criações, nas câmaras e mais recentemente
Presidência da República, bem poderia citar aqui tudo que hoje podemos ver em que a
mulher se tornou capaz, no entanto, é muito importante ressaltarmos que a inserção da
mulher no mundo do trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos.
Direitos da mulher no mercado de trabalho
Em todas as empresas hoje, encontramos, mulheres exercendo um tipo de
função seja qual ela for, em todas as áreas ou situações, a mulher é protegida pela lei,
assim como a Lei n.º 9.799, de 26 de maio de 1.999, de autoria da Deputada Rita
Camata, no capítulo que versa sobre a proteção ao trabalho da mulher, modificando o
título da primeira seção do atual “Da Duração e Condições do Trabalho” para “Da
Duração, Condições do Trabalho e da Discriminação contra a Mulher”.“A Constituição Brasileira de 1988 é o marco jurídico de uma nova concepção da igualdade entre homens e mulheres”. É o reflexo da impressionante transformação social que tomou corpo a partir da segunda metade do século XX e ainda não acabou. Trata-se da superação de um paradigma jurídico que legitimava declaradamente a organização patriarcal e a conseqüente preferência do homem ante a mulher, especialmente no lócus da família. Em seu lugar,delineia-se uma ideologia de igualdade de direitos e deveres. Desaparece afigura da chefia da sociedade conjugal e com ela as preferências e privilégios que sustentavam juridicamente a dominação masculina. A ruptura paradigmática implicará a
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construção de um novo conjunto de valores, de uma nova estrutura que dê coerência ao ordenamento jurídico. É importante ressaltar que se trata de um processo ainda em fase de consolidação. Ainda existem perguntas sem resposta e espaços de resistência. Especialmente por isso, uma vez que a ciência jurídica é uma ciência de persuasão, é importante conhecer a ideologia e os argumentos que se utilizaram para ocultar a dominação patriarcal, com vistas a impedir que se r utilizaram para ocultar a dominação patriarcal, com vistas a impedir que se reproduzam, mediante novas roupagens, no novo Direito que se constrói. No momento atual, esta é uma necessidade imperativa. Isso porque as mulheres da geração de hoje já não se dão conta do quê significam as conquistas das gerações anteriores, principalmente porque para muitas pessoas a luta feminista é vista como algo já superado (e “superados” seriam seus defensores)”.
Atuando mercado de trabalho
Nos dias atuais é muito comum vermos mulheres trabalhando em funções
masculina, como mecânica, solda, elétrica, construção civil, operadoras de máquinas, e
várias outras funções; e o que torna mais comum é a procura da especialização nessas
funções, ou seja, há muito mais mulheres há procura de cursos profissionalizantes nestas
áreas. Em uma pesquisa feita na Instituição do SENAI (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial) no ano de 2009, uma grade oferecendo o curso de azulejista,
encanador, mecânica, de 50 pode se dizer que no mínimo 35 dos inscritos são mulheres,
além de que podemos ver que as mulheres sempre se interessam por aprimorar seus
conhecimentos, e em qualquer tipo decurso sempre a procura maior é feminina.
As a dependência dos interesses aumentam seu desenvolvimento
tornando-a assim ainda mais capaz. O que essas mulheres almejam não é invadir o
espaço masculino ou provar uma superioridade em relação aos homens, o que elas
desejam é poder escolher o melhor, ou igual aos homens. A beleza está justamente na
diferença entre homens e mulheres.
Na empresa do conhecimento, a mulher terá cada vez mais importância
estratégica, pois trabalha naturalmente com a diversidade e processos multifuncionais.
A sensibilidade feminina, por exemplo, permite a constituição de equipes de trabalho
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marcadas pela diferença e pela heterogeneidade. Equipes desse tipo, quando atuam de
forma sinérgica, fazem emergir soluções variadas e criativas para problemas
aparentemente insolúveis.
A empresa que aposta na singularidade de seus interlocutores internos se
torna mais inteligente, mais capaz e mais ágil. Curiosamente, essa ascensão se dá em
vários países, de maneira semelhante, como se houvesse um silencioso e pacífico
levante de senhoras e senhoritas no sentido da inclusão qualificada no mundo do
trabalho. Segundo alguns analistas, esse processo tem origem na falência dos modelos
masculinos de processo civilizatório. Talvez seja verdade. Os homens, tidos como
superiores, promovem guerras, realizam atentados, provocam tumultos nos estádios,
destroem o meio ambiente e experimentam a aflição inconfessa de viver num mundo em
que a fibra ótica substituiu o cipó. Quando já não se necessita tanto de vigor físico para
a caça, vale mais o conhecimento que permite salgar ou defumar a carne, de modo a
preservá-la por mais tempo.
Nenhuma mulher se tornou astronauta, juíza da Suprema Corte,
presidente de uma corporação apenas por não ser homem. Ou seja, não subiram por
necessidade das corporações de diversificar seu quadro. Subiram por seus méritos
medidos pelos padrões que valem tanto para homens quanto para mulheres. Poderiam
ter subido em maior número? Ou seja, já que são mais da metade da população,
deveriam ser também mais da metade dos líderes empresariais, dos deputados e
senadores? Mais da metade dos médicos e engenheiros? A resposta a essa pergunta vem
de um estudo estatístico feito pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, segundo
usuais isso é uma questão a que só o tempo responderá.
O trabalho da mulher no Brasil
Pouco a pouco as mulheres vão ampliando seu espaço na economia
nacional. O fenômeno ainda é lento, mas constante e progressivo. Em 1973, apenas
30,9% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil eram do sexo feminino.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), em 1999,
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elas já representavam 41,4% do total da força de trabalho. Um exército de
aproximadamente 33 milhões. Em Santa Catarina, elas ocupavam 36,7% das vagas
existentes em 1997. Quatro anos depois, em 2000, mais 62 mil mulheres ingressaram
pela primeira vez no mercado, aumentando a participação em 1,1 pontos percentual.
Analisando este fenômeno, temos que levar em conta um universo muito
maior, pois há uma mudança de valores sociais nesse caso. A mulher deixou de ser
apenas uma parte da família para se tornar o comandante dela em algumas situações.
Por isso, esse ingresso no mercado é uma vitória. O processo é lento, mas sólido. Outra
peculiaridade que acompanha a mulher é a sua “terceira jornada”. Normalmente, além
de cumprir suas tarefas na empresa, ela precisa cuidar dos afazeres domésticos. Isso
acontece em quase 90% dos casos. Em uma década, o número de mulheres responsáveis
pelos domicílios brasileiros aumentou de 18,1% para 24,9%, segundo os dados da
pesquisa “Perfil das Mulheres Responsáveis pelos Domicílios no Brasil”, desenvolvida
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As catarinenses
conquistaram mais vagas no setor de serviços, onde representam 46,9% do total de
empregados. Numa pesquisa de amostragem, o grupo mostra que 31,6% dos cargos de
encarregado são ocupados por mulheres.
Para as mulheres a década de 90 foi marcada pelo fortalecimento de sua
participação no mercado de trabalho e o aumento da responsabilidade no comando das
famílias. A mulher, que representa a maior parcela da população, viu aumentar seu
poder aquisitivo, o nível de escolaridade e conseguiu reduzir a defasagem salarial que
ainda existe em relação aos homens. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgaram dois estudos com o balanço dos ganhos e as dificuldades
enfrentadas pelas brasileiras ao longo dos anos 90. A média de escolaridade desses
“chefes de família” aumentou em um ano de 4,4 para 5,6 anos de estudos. A média
salarial passou de R$ 365 para R$ 591 em 2000. Uma dificuldade a ser vencida é a taxa
de analfabetismo, que ainda está 20%. Outra característica da década foi consolidar a
tendência de queda da taxa de fecundidade iniciada em meados da década de 60. As
mulheres têm hoje 2 a 3 filhos. Há 40 anos, eram 6,3 filhos.
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A história da mulher no mercado de trabalho, no Brasil, está sendo
escrita com base, fundamentalmente, em dois quesitos: a queda da taxa de fecundidade
e o aumento no nível de instrução da população feminina. Estes fatores vêm
acompanhando, passo a passo, a crescente inserção da mulher no mercado e a elevação
de sua renda. A analista do Departamento de Rendimento do IBGE Vanderlei Guerra
defende que a velocidade com que isto se dá não é o mais relevante. O que estamos
constatando é uma quebra de tabus em segmentos que não empregavam mulheres. Nas
Forças Armadas, por exemplo, elas estão ingressando pelo oficialato. Para consolidar
sua posição no mercado, a mulher tem cada vez mais adiado projetos pessoais, como a
maternidade. A redução no número de filhos é um dos fatores que tem contribuído para
facilitar a presença da mão-de-obra feminina, embora não isto seja visto pelos técnicos
do IBGE como uma das causas da maior participação da mulher no mercado. A redução
da fecundidade ocorreu com mais intensidade nas décadas de 70 e 80. Os anos 90 já
começaram com uma taxa baixa de fecundidade: 2,6% que cai para 2,3% no fim da
década. Com menos filhos, as mulheres puderam conciliar melhor o papel de mãe e
trabalhadora.
Lutas e conquistas
Você entra numa empresa e percebe, grosso modo, que 80% das pessoas
que nela trabalham são mulheres. A Segunda constatação, porém, é mais surpreendente:
apenas 10% destas mulheres ocupam cargos de chefia. Se esta é a regra geral, não se
pode afirmar exatamente. No entanto, de acordo com o estudo realizado pelo Hudson
Institute, dos Estados Unidos, o “Workforce 2000: Work and Workers for th 21st.
Centuty” (Força de Trabalho 2000: Trabalho e Trabalhadores para Século XXI), este
quadro vai mudar. Ou melhor, já está mudando, e esta é uma tendência global. As
mulheres, dizem os especialistas, serão as líderes deste milênio.
A expectativa é de que neste século, pela primeira vez na história, as
mulheres superem em número os homens nos postos de trabalho. Se souberem
aproveitar isso, capitalizando oportunidades emergentes, o impacto no mercado de
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trabalho será, de fato, singular. Significam o rompimento de uma forte estrutura, as
hierarquias empresariais moldadas pelos homens a partir da Era Industrial. A mulher da
atualidade nem de longe tem o mesmo perfil daquelas que encontravam realização
trabalhando nas linhas de produção.
A diferença comportamental entre meninos e meninas é evidente desde os
primeiros anos. Pode-se dizer que esta característica é bastante clara durante toda a vida.
Mas, qual é, de fato, a atual realidade no mundo empresarial? Atualmente, os líderes ainda
são os homens. São eles que mandam e detêm a vantagem no jogo. A própria estrutura
social deu margem a esta tal divisão de trabalho. A regra é clara: homens são os que
mandam e mulheres, as subordinadas.
Em contrapartida, o século 20 mostrou a chamada inversão de papéis, Ou
seja, as mulheres conquistando maior destaque no competitivo mundo dos negócios e os
homens, por sua vez, assumindo a manutenção do lar e o cuidado com as crianças. Mas se
as mulheres desejarem sair vencedoras nesta empreitada terá de dominar as regras que eles
criaram.
Considerações Finais
Atualmente o perfil das mulheres é muito diferente daquele do começo
do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os
homens, ela aglutina as tarefas tradicionais: ser mãe, esposa e dona de casa.
Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recente das mulheres. Ganhar seu
próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de
orgulho para todas. Apesar da evolução da mulher dentro de uma atividade que era
antes exclusivamente masculina, e apesar de ter adquirido mais instrução, os salários
não acompanharam este crescimento.
As mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens exercendo a
mesma função. Conforme o salário cresce, cai a participação feminina. Entre aqueles
que recebem mais de vinte salários, apenas 19,3% são mulheres. Embora exista certa
discriminação em relação ao trabalho feminino, elas estão conseguindo um espaço
muito grande em áreas que antes era reduto masculino, e ganhou o respeito mostrando
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um profissionalismo muito grande. Apesar de ser de forma ainda pequena, está sendo
cada vez maior o número de mulheres que ganham mais que o marido.
O grande desafio para as mulheres dessa geração é tentar reverter o
quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres. Pelo menos, elas já provaram
que além de ótimas cozinheiras, podem também ser boas motoristas, mecânicas,
engenheiras, advogadas e sem ficar atrás de nenhum homem. Já está mais do que
provado que as mulheres são perfeitamente capazes de cuidar de si, de conquistar aquilo
que desejam e de provocar mudanças profundas no curso da história.
Referência
FALCÃO, Juliana. Elas realmente não fogem à luta. http://www.geogle.com.br. Acesso
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JÚLIO, Carlos Alberto. Reinventando você: a dinâmica dos profissionais e a nova
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RAMOS, Murilo e TORRES, Flávia. Novidade: A igualdade está ficando igual. VEJA
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Goiânia/2014