A escola e a violência à criança e ao adolescente
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A escola e a violência à criança e ao adolescente
"Concepções da professora acerca do abuso sexual infantil"
Foi uma pesquisa elaborada em Julho/2003 por
Rachel de Faria Brino, e Lúcia Cavalcanti de Albuquerque.
Os resultados de tal pesquisa indicam que a maioria das educadoras possuía informações
insuficientes acerca do tema e afirmava adotar procedimentos inadequados diante de casos de
crianças que sofreram abusos sexuais.
"O abuso sexual é a situação em que uma criança ou
adolescente é usada para gratificação de um adulto ou mesmo de um adolescente
mais velho, baseado em uma relação de poder, incluindo
desde a manipulação da genitália, mama ou ânus,
exploração sexual, voyeurismo, pornografia,
exibicionismo, até o ato sexual com ou sem penetração, com
ou sem violência."
(ABRAPIA, 1992)
Existem quatro categorias distintas de abuso sexual:
• Pedofilia
• Prostituição infantil
• Exploração sexual infantil
• Turismo sexual
As consequências do abuso
São de ordem psíquica, sendo um relevante fator a história da vida
emocional de homens e mulheres com problemas conjugais, psicossociais e
transtornos psiquiátricos.
O comportamento das crianças abusadas sexualmente podem incluir:
• O sentimento de culpa e vergonha;
• Sentimento de ser má, por se sentir suja e de pouco valor;
• Perda de confiança em outras pessoas;
• Medo constante de sofrer novo abuso;
• Depressão;
• Na vida adulta: dificuldades de relacionamento social e de conquistas profissionais;
• Impotência sexual;
• Suicídio;
Quais os dados atuais de casos revelados? ABUSO SEXUAL
RIO DE JANEIRO
2ª cidade com maior número de denúncias
São Paulo em 1º lugar:1.620 registros no ano passado
Rio:
1.322 registros no ano passado
vítimas:79% meninas21% meninos
ABUSO SEXUAL2011
ESTADO DO RIO373
denúncias de abuso sexual
1º lugar, na Capital:211 registros
As áreas mais críticas são:
CENTRO20 registros
COPACABANA13 registros
CAMPO GRANDE (zona oeste)9 registros
fonte: Disque-Denúncia/ Rj
Quem é o agressor sexual?
O abuso ocorre em todas as classes sociais, raças e níveis educacionais
Em todas as categorias, existe necessidade de tratamento tanto dos abusadores, quanto das vítimas. Não é raro ocorrer que a vítima torne-se uma abusador no futuro.
A identificação de possíveis casos:
Uma falsa crença é esperar que a criança abusada avise sempre sobre o que está
acontecendo. Entretanto, a grande maioria das vezes, as vítimas de abuso são
convencidas pelo abusador de que não devem dizer nada a ninguém. A
primeira intenção da criança é, de fato, avisar a alguém sobre seu drama mas, em geral, nem sempre ela consegue fazer isso com facilidade, apresentando um discurso
confuso e incompleto.
O papel da escola acerca do assunto
A violência por abuso sexual é mais difícil de ser identificada por não apresentar, na
maioria dos casos, marcas físicas. Se aos profissionais envolvidos com a criança fosse
possibilitado acesso à capacitação continuada, a identificação de vítimas possivelmente tornar-se-ia mais fácil.
Considerando que a escola deve ter como objetivo garantir a qualidade de vida de sua clientela, bem como promover a cidadania,
urge capacitar professores para enfrentarem a difícil questão do abuso sexual infantil.
Legislação
De acordo com dados da ABRAPIA (1997), no Brasil, tanto a Constituição Federal quanto o Código Penal e o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) dispõem sobre a proteção da criança e do adolescente
contra qualquer forma de abuso sexual e determinam as penalidades para os que
praticam a agressão e para aqueles que se omitem a denunciá-los.
JÚRI SIMULADO
A menininha tem seis aninhos de idade. É linda (como toda criança), com seus cachinhos castanhos e as covinhas no rosto angelical. Mas aparenta timidez e tristeza, incompatíveis com sua habitual alegria, sempre demonstrada pelo risinho cristalino. Questionada pela professora, a menininha se cala. Diante da insistência, acaba por falar: – o tio disse que eu não posso contar a ninguém... – contar o quê? – nada... Com muito carinho e, às vezes somente com ajuda profissional, a menininha finalmente revela que o “tio” (geralmente alguém próximo da família) dela abusou sexualmente. A criança se sente amedrontada e até pensa que tudo é culpa dela. Na verdade foi mais uma vítima de um sujeito frio de coração negro.
Disque-denúncia: 2253-1177 Ministério Público: 127
UFRRJ / IM 2º período de PedagogiaPsicologia e Demandas
Educacionais
Carina PaivaDaiane Andrade
Ilka LimaLuciana Paiva