A era do conhecimento - Solví - Soluções para a vida · Como nos anos anteriores, a banca foi...

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Gol da Limpeza O plano da Solví durante a Copa Para todos Manaus Ambiental amplia fornecimento de água e esgoto A era do conhecimento revista ANO VIII • NÚMERO 22 JUNHO DE 2014 O técnico Bernardinho simboliza a aposta vencedora da Solví em inovação e responsabilidade social

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Gol da Limpeza O plano da Solví

durante a Copa

Para todosManaus Ambiental amplia

fornecimento de água e esgoto

A era do

conhecimento

revista

ANO VIII • NÚMERO 22 – JUNHO DE 2014

O técnico Bernardinho simboliza

a aposta vencedora da Solví em

inovação e responsabilidade social

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2 REVISTA SOLVÍ • junho - 2014

SUMÁRIO

EDITORIALPANORAMAPÁGINAS VERDESLIMPEZA PÚBLICACOMUNIDADESANEAMENTOAGRONEGÓCIOENERGIAEMPREENDEDORISMOINOVAÇÃOINFRAESTRUTURAVAREJO

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A Revista Solví é uma publicação trimestral interna, editada pela área de Comunicação do Grupo Solví.

Presidente: Carlos Leal VillaDiretor Financeiro: Celso PedrosoDiretor de Organização e Pessoas: Delmas PenteadoPresidente do Instituto: Eleusis Bruder Di Creddo Coordenação: Claudia Sérvulo e Luana VianaProjeto Editorial: Retoque ComunicaçãoJornalista Responsável: Luiz Chinan (MTB 24.510)

EXPEDIENTE

Reportagem: Renata Domingues e Thiago Nassa (MTB 30.914)Projeto Gráfico: Jonas RibeiroRevisão: Cidinha RamalhoImpressão: D’Lippi PrintTiragem: 3 mil exemplaresComentários e sugestões: [email protected]ço: Rua Bela Cintra, nº 967, 10º andar, Bela Vista, SP, CEP: 01415-000Site: www.solvi.com Fo

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EDITORIAL

Para organizar todo o trabalho de limpeza pública durante a Copa do Mundo no Brasil, as empresas do Grupo Solví lançaram mão de toda a sua expertise para garantir que as cidades permanecessem limpas antes, durante e depois do evento.

É bem verdade que o mundial é um evento de magnitude ímpar, com mobilização em massa de entidades públicas e organizações privadas, desde o governo federal e as outras esferas de poder até as pequenas, médias e grandes empresas. Todos imbuídos do mesmo objetivo: pro-mover o melhor espetáculo com todos os serviços ao torcedor, ao turista e ao cidadão em pleno funcionamento, capazes de atender as demandas locais, pontuais e globais.

Embora trate-se de um evento que só aconteceu no Brasil em 1950, quando as cidades eram bem menores e a população bastante inferior ao montante de hoje, planejar a limpeza durante a Copa não foi novidade para as empresas do Grupo Solví.

Carnaval, réveillon, virada cultural e parada gay, eventos que acontecem anualmente em vá-rias cidades do País, nos ensinam muito sobre o melhor modo de organizar e executar o trabalho de limpeza pública, a exemplo do que nossas empresas já fazem, rotineiramente, em cidades como São Paulo e Salvador, ambas selecionadas para abrigar jogos do mundial.

A Revista traz um histórico a respeito do trabalho desenvolvido por nossas companhias nes-ses grandes eventos e faz um paralelo sobre como essa experiência serviu de base para o plane-jamento das operações durante a Copa do Mundo.

Também destacamos nesta edição o processo de inovação de nossas empresas. Um dos te-mas que abordamos é o trabalho de análises de resíduos feito nos laboratórios da Essencis, algo fundamental no processo para um aterro, já que, para cada material recebido, é preciso dar o destino correto de acordo com a sua complexidade, periculosidade e particularidade química.

A sustentabilidade também é foco nesta edição. Nossas empresas exercem um papel funda-mental nesta área, pois o resultado final do trabalho é o aumento dos índices socioambientais dos clientes, sejam eles públicos ou privados. A revista traz um apanhado dos principais projetos sustentáveis desenvolvidos.

Nosso compromisso é, portanto, manter a qualidade dos serviços para os munícipes e para os turistas. Assim como estabelecemos uma programação especial nas operações como réveillon, carnaval e virada cultural, estamos preparados para os novos desafios que vêm por aí. Pois acre-ditamos que a sustentabilidade deve fazer parte do dia a dia de cada cidadão.

Responsabilidade, competência, qualidade, inovação, sustentabilidade. Palavras que nor-teiam os negócios da Solví. Os resultados podem ser conferidos nas páginas dessa edição da revista.

Boa leitura!

Carlos Leal VillaPresidente do Grupo Solví

Ruas limpas

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Da varrição

ao escritório

PANORAMA

Daniel Ramon Guerra São Paulo/SP Vega Engenharia Ambiental S/A - 12/05/1993Concluir meu curso de informática, já que tive que me atualizar profissio-nalmenteSair da área operacional, na função de varredor, e entrar na área adminis-trativa como assistente de apoio administrativo, pois tive que aprender novas formas de trabalho num setor desconhecido Ajudar na redução de gasto de papel com cópias de documentos, já que hoje criei um sistema de digitalização, trocando arquivos em papel por ar-quivos digitais Jogar futebol Meus pais Minha esposa e meus filhos

RETRATOExemplos de liderança e empreendedorismo

Nome:Cidade Natal:

Entrada na empresa: Conquista marcante:

Desafio enfrentado:

Trabalho inovador:

Hobby:Amor:

Paixão:

RECONHECIMENTO Conquistas e prêmios que valorizam nossas práticas

PRÊMIO BÃO, SÔ!A unidade de Minas Gerais

da Essencis ganhou o Prêmio Mineiro de Gestão Ambiental 2013 (PMGA), ao lado de empresas como Fiat Automóveis e Votorantim Metais Zinco - Unidade Três Marias. A companhia foi escolhida pela excelência em

práticas sustentáveis. Chancelado pela União Brasileira para a Qualidade/UBQ, o PMGA, idealizado em 2005, é parte de um processo inovador que procura introduzir nas organizações mineiras um modelo de gestão ambiental sistêmico com foco na sustentabilidade. Todo o projeto foi

avaliado por uma banca de juízes em três etapas: elegibilidade, avaliação dos resultados de gestão/visitas técnicas e decisão dos jurados. Como nos anos anteriores, a banca foi formada por 20 profissionais de grande relevância nas áreas ambiental, acadêmica e corporativa.

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10%apenas dos quase 3 mil municípios com lixões conseguirão solucionar o problema, segundo a Associação Nacional de Órgãos Municipais do Meio Ambiente. Agosto de 2014 é a data limite para o Brasil se livrar de 3 mil lixões que existem nas cidades do País, conforme estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada em 2010. Para isso, é preciso organizar a coleta seletiva, instalar usinas de reciclagem e depositar o material orgânico em aterros sanitários.

estádios do Maracanã lotados de lixo! Essa é a quantidade de resíduos dispostos de maneira irregular no País segundo o estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012 elaborado pela Abrelpe. Constituem 24 milhões de toneladas de lixo que tiveram destino incorreto.

DATASOLVÍ Números que fazem a diferença

60%do total do lixo gerado no Brasil terá destino correto em 2014. O dado é do último levantamento realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Ainda segundo a estimativa da entidade, no ritmo em que está, o Brasil só vai conseguir universalizar a coleta de resíduos urbanos em 2020 ou mais.

2,1 milhões de resíduos coletados

AMBIENTÔMETRO O contador da Solví na ajuda ao meio ambiente

3,3 milhões de resíduos dispostos em aterros sanitários e industriais

60 mil MWh produzidos pela Termo-verde a partir do biogás

750 mil toneladas de metano evitadas na atmosfera pelos CTVRs

132 milhões de metros cúbicos de volume tratado de água em Manaus

ACADÊMICOS DA LIMPEZASamba nos pés e limpeza na

avenida! A varrição entre as escolas de samba da cidade de São Bernar-do do Campo, na Grande São Pau-lo, contou com 40 pessoas, quatro caminhões e os personagens da Turminha da Limpeza que encan-

*acumulado nos primeiros seis meses de 2014

taram as crianças. O trabalho foi reali-zado pela SBC Valorização de Resíduos e contou, até mesmo, com a distri-buição de 5.000 leques com informa-ções sobre coleta seletiva que, ainda por cima, ajudaram a aliviar o calor do público.

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Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro

para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), aconselha

as organizações a aderir a um novo modelo econômico

Agenda

PÁGINAS VERDES

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divergenteDe acordo com o estudo “Benefí-

cios Econômicos da Expansão do Sa-neamento Brasileiro”, publicado pelo Conselho Empresarial para o Desen-volvimento Sustentável (CEBDS) em parceria com o Trata Brasil, o número de mortes devido a infecções causa-das pela ausência de esgotamento sanitário cairia 15,5% se o sistema fosse universalizado no País. A pre-cariedade do saneamento básico implica perda de produtividade e de geração de valor para as empresas. A economista Marina Grossi, presiden-te do CEBDS, em entrevista exclusiva, fala sobre os desafios e as oportuni-dades do setor no Brasil e sinaliza a importância de uma agenda consis-tente com objetivos claros para 2020, incluindo ações e indicadores.

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“O DESAFIO

AGORA É PENSAR NAS AÇÕES

NECESSÁRIAS À TRANSIÇÃO PARA O FUTURO QUE DESEJAMOS.“

Qual o papel do governo na implementação de ações que estimulem a economia verde?

O papel do governo é fundamen-tal. Seja por meio de políticas públicas adequadas ou por meio de incenti-vos, os poderes executivo e legislati-vo têm a capacidade de alavancar as questões relacionadas à sustentabili-dade, dando escala às ações mais sus-tentáveis que competem de maneira desvantajosa no mercado. O CEBDS no momento está elaborando suges-tões na sua “Agenda para os Candida-tos” para que o próximo Presidente da República, 27 governadores e sena-dores, 513 deputados federais e 1.050 deputados estaduais, percebam que vale a pena o governo investir em políticas para uma economia de bai-xo carbono e mais inclusiva, tornan-do as vantagens comparativas que o Brasil já tem em vantagens com-petitivas. Ao impulsionar ações que contribuam para o desenvolvimento sustentável, o governo chancela e direciona a construção de um futuro mais sustentável.

Quais são os principais de-safios a serem enfrentados pelas empresas que buscam ações efetivas no setor am-

biental?Acredito que seja o atual modelo

de produção e consumo. Hoje é fato que os consumidores estão cada vez mais conscientes, demandando in-formações sobre os impactos sociais e ambientais dos produtos e servi-ços, preferindo aqueles que, além de satisfazer suas necessidades, causem impactos menores à sociedade e ao meio ambiente. Por isso, as empresas estão cada vez mais preocupadas e interessadas em abordar a questão da sustentabilidade em suas estratégias de produção, além da comunicação e do marketing. As empresas têm um grande papel em relação ao consu-midor. As mais avançadas estimulam o consumo sustentável, buscam rea-dequar novos padrões de produção e consumo, incorporando novos valores e produzindo de forma ética. Outro importante desafio é a mensuração do impacto e dependência do negó-cio em relação ao meio ambiente e à sociedade.

Os benefícios são imensos. Primei-ramente, o ganho na saúde e na quali-dade de vida para toda população. Isto se traduz em números quando anali-samos os dados publicados no estudo “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro”, publicado pelo CEBDS em parceria com o Trata Brasil. Estima-se que o número de mor-tes devido a infecções causadas pela ausência de saneamento cairia 15,5%. O número de internações por infec-ções gastrintestinais diminuiria mais de 20%, representando uma economia de recursos públicos de R$ 27,3 milhões. Além disso, a precariedade do sanea-mento básico implica perda de produ-tividade e, por conseguinte, geração de valor para empresas e sociedade.

Como está o Brasil em rela-ção aos EUA e à Europa no âmbito do desenvolvimento de políticas ambientais?

O Brasil vem avançando significati-vamente na implementação de políti-cas ambientais. No entanto, precisamos avançar muito mais para continuarmos competitivos. No ano passado, o País in-vestiu US$ 8 bilhões em fontes renová-veis de energia, por exemplo, enquanto os Estados Unidos investiram US$ 40 bilhões e a Europa US$ 47 bilhões.

Qual a visão da entidade so-bre o andamento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)?

A Política Nacional de Resíduos Só-lidos é uma grande conquista para a sociedade brasileira. É nítido, contudo, que somente o plano não basta: cerca de 90% dos municípios brasileiros não cumpriram o prazo definido por lei para entrega de seus planos, inviabili-zando um avanço sensível na área. A nova legislação estabelece que até o dia 2 de agosto todos os lixões a céu aberto, vazadouros e afins deverão ser desativados. Os números têm sido favoráveis: em 1989, 99,2% das áreas que recebiam resíduos eram lixões. Em 2000, esse número caiu para 72,3% e, em 2008, último dado disponível, chegou a 50,8%. Mas a realidade para que cumpra tudo em menos de qua-tro meses é desafiadora. Hoje, ainda temos quase três mil lixões operando no País. Na Região Nordeste, 57%. Só a Bahia tem 360.

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Quais são as principais opor-tunidades do setor hoje?

O desafio agora é pensar nas ações necessárias à transição

para o futuro que desejamos. Para tor-nar o futuro que queremos em reali-dade, o CEBDS está trabalhando, junto com as empresas, na implementação do projeto “Ação 2020”, que consiste em um plano de ação com objetivos claros para 2020, ações e indicadores. A iniciativa é um importante instru-mento para unir as agendas da susten-tabilidade e do desenvolvimento.

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Como as organizações estão lidando com a gestão estraté-gica da água para o gerencia-mento de riscos?

As organizações, em geral, reali-zam o gerenciamento de risco dando enfoque a questões de disponibilida-de de água e de eventos extremos, como secas e enchentes. As empresas que dependem fundamentalmente da água, por exemplo, sabem que esse ativo está cada vez menos dis-ponível e com qualidade pior, o que encarece o seu custo. Cada vez mais, essas empresas utilizam menos água no seu processo de produção para ge-rar o mesmo produto. Vem crescendo também a consciência e aplicação da gestão estratégica da água tendo em vista as mudanças climáticas. Essa vi-são é essencial para que as empresas se preparem para o novo ambiente de mercado que as mudanças climáticas já estão impondo.

Quais seriam os benefícios al-cançados com a universaliza-ção dos serviços de água tra-tada e esgotamento sanitário

no Brasil?

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A Copa do Mundo é um dos maiores eventos no planeta e mo-vimenta todos os setores pro-fissionais das cidades onde os jogos são realizados. Trata-se de uma megaoperação que os governantes e as empre-sas devem fazer nas áreas de engenharia, logística, trans-porte, energia, saúde e segu-rança e serviços em geral.

E não é para menos. Es-timativas do Ministério do Esporte mostram que sediar a Copa de 2014 vai movimentar R$ 110 bilhões no Brasil, com R$ 47 bilhões em impostos diretos e mais R$ 16 bilhões com outros tributos. O aumento

do consumo deve trazer cerca de R$ 5 bilhões à economia

brasileira. Os aproximada-mente 600 mil turistas estrangeiros esperados para a competição deve-rão deixar no País quase R$ 4 bilhões.

Também espera-se que três milhões de turistas brasileiros vão

aproveitar o evento para viajar e devem gastar apro-

ximadamente R$ 5,5 bilhões. Inclua nessa conta os recursos

investidos em obras de infraes-trutura públicas e privadas e pelo

setor de serviços.

8 REVISTA SOLVÍ • junho - 2014

LIMPEZA

Veja como as empresas do Grupo Solví desenvolveram estratégias de coleta e limpeza

urbana para a atuação na Copa do Mundo de Futebol

Todos os corações

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Um dos serviços mais essenciais para o bom andamento dos jogos, sobretudo para o dia a dia do cidadão e do turista, é a limpeza pública, que envolve varrição, coleta, lavagem, var-rição final e coleta final.

Largada – Duas cidades-sede, em específico, criaram um planejamento minucioso para esse enorme traba-lho: São Paulo (SP) e Salvador (BA). Em ambas, as empresas do Grupo Solví são responsáveis por manter ruas, esquinas e avenidas completamente em ordem, independente da quantidade de pes-soas e de resíduos nos locais de coleta.

Para São Paulo, a Inova, concessio-nária responsável pela limpeza, elabo-rou estudos e o planejamento prévio do trabalho realizado durante os 30 dias de torneio. Os preparativos foram pensados desde o ano passado, onde foram realizados os estudos e entrega de proposta à prefeitura.

Executivos e equipes técnicas reuni-ram-se periodicamente para atualizar o planejamento e informar o escopo de atuação de cada um dos envolvidos. As orientações foram transmitidas para todos os envolvidos e coordenadas pela prefeitura, considerando as áreas

onde ocorreram as transmissões ofi-ciais, as rotas protocolares (trajetos das equipes e comitivas), ações em hotéis e bares e outras questões.

Já em Salvador, a Revita, empresa concessionária na limpeza pública, realizou os mesmos esforços empreen-didos durante o tradicional carnaval da capital baiana, que totalizou cerca de 200 toneladas de resíduos por dia. “Estamos preparados para o que a ci-dade demandar, seja em pessoal ou equipamentos”, comenta Jorge Brito Barreto Junior, supervisor operacional da Revita Salvador.

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Planejar a limpeza públi-ca de um município que sedia grandes eventos não é uma tarefa muito simples. Envolve muito mais do que designar pessoas e aumentar o efetivo de profissionais e equipamen-tos. É preciso coordenar o traba-lho de forma integrada com os demais serviços da prefeitura, como departamentos de trân-sito, órgãos de atendimento à saúde e postos de serviços em geral. Além de estabelecer toda a infraestrutura interna de des-locamento das equipes, supor-te operacional e todo o bastidor da operação.

Os grandes eventos tam-bém ensinam o que deve ser feito numa próxima ocasião. É isso que os gestores da Inova e da Revita coloca-ram em prática durante a Copa do Mundo. As empresas têm ex-periência na gestão de megaoperações, como fizeram durante o réveillon e carnaval.

Após a comemo-ração de ano novo na avenida Paulista foram coletadas mais de 32 to-neladas de resíduo, envol-vendo mais de 450 colabora-dores. As equipes começaram

LIÇÕES DE VENCEDORES

por volta das 3 horas e entregaram o local completamente limpo às 8 horas.

A operação de limpeza do carnaval no Sambódromo de São Paulo contou, por exemplo, com cerca de 180 cola-boradores, que atuaram na limpeza das áreas de concentração, pista e dis-persão.

No total foram coletados mais de 25 toneladas de resíduos gerados na parte externa e interna do Sambó-dromo. O trabalho para a folia em São Paulo também abrangeu a região da Vila Madalena e Pinheiros, por conta dos blocos de carnaval dessas áreas.

Calendário – Em Salvador, a expe-riência se repete. “Em 2013 tivemos um grande evento que entrou em nosso calendário, a Copa das Confe-derações, e o grande desafio foi pre-parar a cidade e prestar um serviço com qualidade e que pudesse agradar o munícipe, que é o nosso principal cliente, a delegação da FIFA, as sele-ções e os turistas”, afirma Jorge Brito Barreto Junior, supervisor operacional da Revita Salvador.

O executivo conta que existe toda uma programação que é acordada de maneira prévia com a Limpurb. “Após as reuniões, verificamos as necessida-des, depois convocamos e escalamos para áreas distintas o efetivo opera-cional, dimensionando também os

equipamentos e ferramentas para a execução do serviço prestado”,

acrescenta Barreto Junior.O efetivo operacional para

o réveillon em Salvador foi de 470 agentes de varri-ção, 28 fiscais de varrição, quatro fiscais de coleta, quatro encarregados da varrição, 70 motoristas de operações, 122 agentes de coleta, 36 agentes de lava-

gem, 27 caminhões com-pactadores, 20 caminhões

de carroceria, dez caçambas, 14 caminhões pipa, 4 carretas

pipa e 5 tratores. Para o carnaval, a Revita usou quase o mesmo efetivo.

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1º TEMPO Primeiramente, é formu-

lado um plano de trabalho, que contempla equipes e equipamentos a serem uti-lizados na operação, bem como as ações a serem to-madas e datas. Os trabalhos são desenvolvidos em perío-do pré, durante e pós evento. Ao término, são gerados os relatórios operacionais com o balanço de tudo que foi realizado.

2º TEMPOO trabalho começa com

todos os colaboradores na garagem, onde são organiza-dos de acordo com suas equi-pes. Cada grupo, de coleta e varrição, espera ser liberado por seu setor designado. O time de coleta assume o ca-minhão e o de varrição vai para os ônibus. A operação é feita na seguinte ordem: var-rição, coleta, lavagem, varri-ção final e coleta final.

CAMPO DE JOGO

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EM NÚMEROS

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32 toneladas de resíduos foram coletadas na virada do ano na avenida Paulista

colaboradores fizeram a varrição das ruas no réveillon da capital baiana

25 toneladas de resíduos foram recolhidos no Sambódromo durante o carnaval em São Paulo

As etapas para promover a limpeza pública em grandes eventos

“OS GRANDES EVENTOS NOS

MOSTRAM QUE SOMOS MUITO EFICIENTES NAQUILO

QUE DESENVOLVEMOS E QUE A EQUIPE SEMPRE UNIDA PERMITE GRANDES

REALIZAÇÕES.”

ÂNGELO CASTRO – DIRETOR DA INOVA

“AS MEGAOPERAÇÕES

REFLETEM QUE A REVITA SEMPRE CONSEGUE SE SUPERAR. MOSTRAMOS, ACIMA DE TUDO, UM

ALINHAMENTO ENTRE OS GESTORES E SUPERVISORES, EQUIPE DE APOIO À OPERAÇÃO E EQUIPE DA LINHA DE

FRENTE DA OPERAÇÃO, CONSEGUINDO PRODUZIR UM SERVIÇO DE PRIMEIRA

QUALIDADE.”

JORGE BRITO BARRETO JUNIOR – SUPERVISOR OPERACIONAL

DA REVITA

PALAVRA DO TÉCNICO

200 toneladas de resíduos foi a média gerada por dia no carnaval em Salvador

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Confira as ações educacionais do aterro Battre em Salvador

COMUNIDADE

Educar rima

com preservar

“A democracia de amanhã se pre-para na democracia da escola. Se não encontrarmos respostas adequadas a todas as questões sobre educação, continuaremos a forjar almas de escra-vos em nossos filhos.” Trata-se da céle-bre frase do educador francês Celestin Freinet, que propõe a socialização do conhecimento por intermédio de au-las fora do ambiente escolar. Duas de suas propostas tornaram-se comuns nas instituições de ensino, como as aulas-passeio e os jornais de classe.

É exatamente dentro da filosofia de Freinet que a Battre desenvolve seus programas educacionais. Um dos pro-jetos de destaque da empresa é o “Cui-dando da Cidade”, uma ação socioedu-cativa na área de educação ambiental que acaba de completar dez anos. O intuito é difundir iniciativas de respon-sabilidade social junto à comunidade, sobretudo ao público infanto-juvenil.

Periodicamente, são realizadas vi-sitas monitoradas de alunos e profes-sores, de escolas públicas e privadas, previamente agendadas. Normalmen-te ocorrem nas instalações do Aterro Metropolitano Centro, salvo algumas situações consideradas como públicos itinerantes, onde a equipe do “Cuidan-do da Cidade” vai até o local solicitado (hospitais, instituições como creches, orfanatos, shopping, comunidades do entorno da Battre).

No total, foram mais de cinco mil pessoas atendidas nos dez anos de funcionamento. O “Cuidando da Ci-dade” promove a educação ambien-tal desenvolvendo valores, conheci-mentos e habilidades voltados para a preservação, recuperação e melhoria do meio ambiente. “Com ênfase para as questões relacionadas à coleta se-letiva do lixo urbano”, comenta Roseli Conceição Oliveira, responsável por Responsabilidade Social, Qualidade e Meio Ambiente da Battre.

Voluntariado – As comunidades do entorno também são contempla-das por ações de educação da Battre. O principal projeto é o “Dia do Volun-tariado”, voltado para atendimento de instituições que estejam inseridas nas imediações da companhia. Criado pelo Instituto Solví, o intuito da ação é incor-porar nos colaboradores o desejo de se tornar um cidadão voluntário nas ações socioambientais. O “Dia do Voluntaria-do” ocorre duas vezes ao ano, normal-mente nos meses de maio e outubro.

147 5 mil pessoas atendidas no projeto “Cuidando da Cidade”

mil reais foram in-vestidos em 2013 no projeto

EM NÚMEROS

EDUCAÇÃO E MUITO MAIS

• Projeto Design Sustentável (capacitação pessoal para geração de renda)• Inclusão digital (cursos de informática)• Língua estrangeira (cursos de inglês)• Confecção e doação de mudas (recuperação de áreas)

Veja a relação de outros projetos educacionais da Battre

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Manaus Ambiental amplia sistema de abastecimento de água na capital amazonense

e beneficia cerca de 95% da população

Líquido

precioso

SANEAMENTO

Por mais de 20 anos, Maria Aparecida, moradora da Cidade Nova 5, de Manaus (AM), nunca teve água encanada. Para cozinhar, tomar banho, manter a casa limpa e tantas outras coisas, tinha de pegar esse bem tão fundamental na cacimba (uma espécie de poço) perto de sua casa, quando não, juntava o que sobrava da chuva em recipientes improvisados.

Essa era a realidade de muitos manauaras até pou-cos meses atrás. Mas no primeiro trimestre deste ano foi inaugurado o novo sistema de abastecimento de água para cerca de 95% da população. Por meio do Programa Águas para Manaus (PROAMA), da Manaus Ambiental, os cidadãos já podem se orgulhar de viver em uma cidade que hoje torna-se referência em sanea-mento básico.

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“Moro há muito tempo aqui e era muito difícil ter que pegar água na cacimba, juntar água da chuva para poder tomar banho e limpar a casa. Hoje está ótimo, tem água todo dia, não falta, e a gente toma banho à vontade, lava roupa à vontade, mas é claro que tem que ter consciência pra não ficar desperdiçando”, comen-ta Maria.

A Manaus Ambiental está em processo de finalização das obras de implantação de rede de distribuição. Atualmente, mais de 50 mil residên-cias são abastecidas, atendendo cer-ca de 373 mil moradores das regiões de Cidade de Deus, Mutirão, Jorge Teixeira e Nova Floresta, com água 24 horas por dia. Mais de 60 quilôme-tros de rede foram construídos, com aproximadamente 18 mil ligações re-sidenciais.

Segundo o diretor-presidente da Manaus Ambiental, Alexandre Bian-chini, a concessionária já investiu R$ 25 milhões no PROAMA. “Tudo para que os moradores das zonas norte e leste tenham água de qualidade em suas residências, 24 horas por dia”, afirma Bianchini.

Nova etapa – Com o abasteci-mento estabelecido, a equipe da Ma-naus Ambiental entra em uma nova etapa, agora de conscientização dos moradores para evitar o desperdício. “Realizamos visitas periódicas nas residências, verificando vazamentos, pressão da água”, explica o executi-vo. “Também nos reunimos com os moradores e líderes comunitários para explicar o trabalho da empresa e orientá-los no consumo racional da água”, conclui.

SOB MEDIDA Na zona leste da cidade, o ca-

dastramento dos novos clientes, que iniciou no dia 20 de janeiro deste ano, acaba de ser concluí-do e segue para a fase de regu-larização das faturas e cadastros dos clientes. Para tanto, a equipe da Manaus Ambiental tem bus-cado apoio das lideranças co-munitárias.

“Selecionamos com as lide-ranças as ruas e os clientes com perfil histórico de abastecimen-to, justamente para mensurar melhor a política de negociação a ser aplicada”, explica o gerente

de Arrecadação e Cobrança da Manaus Ambiental, Jorge Carneiro. “Queremos regularizar todas as situações por meio de negociações que permitam que o cliente permaneça consumindo água e pagando a conta em dia”, comple-menta.

Para facilitar o atendimento aos clientes, a concessionária instalou dois pontos avançados nos bairros Novo Aleixo e Tancredo Neves, onde podem ser realizadas atualização de cadastro, negociação de débito, solicitação de novos clientes e demais serviços. A ideia é recadastrar 98 mil domicílios já exis-tentes na base cadastral da empresa.

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EM NÚMEROS

60 373 mil novos moradores são benefi-ciados com o sistema de sanea-mento

mil residências são atendidas pela Manaus Ambiental

quilômetros de rede de abas-tecimento foram construídos

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A cidade de Andradina, no interior do estado de São Paulo, já nasceu com o perfil agrícola. A fundação do mu-nicípio foi idealizada, em 1932, pelo fazendeiro Antônio Joaquim de Mou-ra Andrade, maior criador de gado do Brasil que tinha a alcunha de Rei do Gado. Moura Andrade conseguiu que se construísse um novo ramal ferro-viário, a Variante, entre as estações de Araçatuba e Três Lagoas da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Às margens da Variante, foram criados vários po-voados, que hoje são cidades.

Em homenagem a seu criador, a povoação passou a ser conhecida, desde então, como a “Terra do Rei do Gado”. Agora, em pleno século XXI, An-dradina também torna-se referência na produção de cana-de-açúcar. Um dos maiores produtores da região é a Fazenda São Sebastião, que fornece

o insumo para o grupo Zaien, na uni-dade GRASA, em Andradina, SP. Conta com 50 colaboradores e uma área de 1750 hectares, com uma produtivida-de de 120 mil toneladas de cana por ano.

A grande parceria neste trabalho é a Organosolví. A empresa fornece o adubo farelado, oriundo da compos-tagem, que transforma o resíduo or-gânico em fertilizantes naturais. “Com os produtos da Organosolví, tivemos um aumento de produtividade de até 20% em 2013 nas áreas aplicadas”, re-vela Nelson Cavani, administrador da Fazenda São Sebastião.

O adubo da Organosolví é usado nas áreas mais arenosas, de baixa fer-tilidade. Serve para complementar a adubação do canavial e contém todos os macros e os micros nutrientes que a planta necessita.

20% 120 mil toneladas de cana-de-açúcar por ano é a produção média da Fa-zenda São Sebastião

foi o aumento de produtivi-dade obtido com o adubo da Oragnosolví

EM NÚMEROS

Cliente Organosolví testemunha a qualidade do produto

AGRONEGÓCIO

Testado e

aprovado

“Registramos um aumento nos perfilhos das plantas, além da quanti-dade de raízes maiores e mais grossas”, informa.“Depois do corte, a brotação vem com mais vigor e maior número de perfilho”, complementa.

Eficiência – A Fazenda São Sebas-tião realiza um manejo equilibrado e utiliza fertilizantes minerais e orgâ-nicos em seu canavial. Dessa forma, obtém maior eficiência da adubação, maior produtividade de TCH, maior longevidade (vida útil de cortes eco-nômicos)

“O diferencial da Organosolví é a utilização de matérias-primas de alta qualidade para o processo de com-postagem, o que viabiliza um produto final altamente eficiente para os agri-cultores”, comenta Júlio Cesar dos Reis Pereira, gerente da Organosolví.

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SVE realiza primeiro Leilão Estruturado de Energia no Brasil a partir do Biogás

ENERGIA

Do resíduo à luz

Depois da abertura do mercado de comércio livre de energia no Brasil, as empresas passaram a investir em fon-tes alternativas de geração elétrica, justamente para equilibrar a matriz do País, hoje com cerca de 80% de megawatts provenientes de usinas hi-drelétricas. A palavra de ordem no mo-mento é produzir eletricidade a partir do biogás.

A Solví Valorização Energética (SVE) deu a largada nesse mercado e reali-zou, em meados de março deste ano, o primeiro Leilão Estruturado de Ener-gia no Brasil a partir do gás gerado da decomposição dos resíduos dispostos em aterros sanitários.

Com o leilão, a SVE fechou contra-

tos de fornecimento de energia e vai construir uma termelétrica de biogás no aterro sanitário Minas do Leão, cer-ca de 100 quilômetros de Porto Alegre (RS). A usina deve entrar em operação em 2015 e possuirá uma capacidade instalada de oito megawatts.

Com o sucesso do projeto, a SVE pretende expandir sua atuação e deve construir uma outra usina de biogás no estado de São Paulo, no municí-pio de Caieiras, com capacidade de 30 megawatts.

Sustentáveis - As usinas a partir do biogás são consideradas altamen-te sustentáveis e, por isso, possuem incentivos tarifários. A transmissão desse tipo de energia não é tarifada,

como ocorre com outras fontes de geração, o chamado “Tust”. Só esse incentivo viabiliza uma redução de cerca de R$ 90 no custo final do me-gawatt/hora. Alguns governos, como o do Estado de São Paulo, estudam também isentar os consumidores des-se tipo de eletricidade do Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Servi-ços (ICMS).

“Desta forma, garantimos um pre-ço bastante competitivo no mercado livre de energia”, comenta o diretor--presidente da SVE, Vicente Linhares. “Nossa meta é atingir uma capacida-de instalada de 300 megawatts nos aterros sanitários do Grupo Solví”, informa.

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Confira os projetos mais inovadores das empresas do Grupo Solví, bem como as melhores práticas em ações de responsabilidade social

A era do

conhecimento

“Nós somos muito bons, mas po-demos fazer toda a diferença juntos”. Foi assim que o premiado técnico Bernardinho iniciou a sua palestra no hotel Intercontinental em São Paulo, no dia 3 de junho, para mais de 100 profissionais de empresas do Grupo Solví que estiveram presentes para a cerimônia de entrega dos prêmios de Responsabilidade Social e Inovação. Entre os presentes, Tadayuki Yoshi-mura, o executivo que criou a inicia-tiva em 2008.

“O principal objetivo foi estimular a criatividade do nosso pessoal e in-tegrar as diferentes unidades”, afirma. No primeiro ano, foram 30 projetos. Nesta última edição, somaram-se 90 iniciativas inscritas, um sinal inequí-voco de que o DNA da inovação está no Grupo.

Alguns anos depois, foi lançado o Prêmio Solví de Excelência em Res-ponsabilidade Social, pelo Instituto Solví, à época presidido por Yoshimu-ra. “Queríamos engajar nosso público-

-alvo e as comunidades, afinal somos prestadores de serviço público”, ressal-ta. Nesta edição foram 15 inscritos.

A cerimônia serviu, ainda, para o lançamento do Código de Con-duta da Solví que envolve as uni-dades do Brasil, Bolívia, Argentina e Peru. Para coroar o evento, uma palestra do consagrado técnico Ber-nardinho sobre motivação e lide-rança. Confira agora os vencedores que levaram na bagagem um troféu exclusivo.

EMPREENDEDORISMO

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A UNIÃO FAZ A FORÇASensibilizar, capacitar e aplicar conhecimentos sobre o consumo e des-

carte adequados dos materiais recicláveis na empresa. Esses foram os de-safios superados pelo projeto “Gestão Consciente e Sustentável Revita”, idealizado pela Revita Salvador, vencedor do prêmio de Responsabili-dade Social do Grupo Solví, na categoria Ecoeficiência.

O objetivo da iniciativa é minimizar os impactos ambientais e pro-mover a disseminação da informação para a conservação do meio ambiente no qual os colaboradores estão inseridos. A mudança de comportamento é palavra-chave para o resultado positivo da ação. Quer mais? A iniciativa gerou um aumento efetivo na administração correta do descarte de papel, no uso de descartáveis e na coleta seleti-va. Houve também a redução no consumo de água e de energia.

MENTES BRILHANTESUma ideia simples, mas com efeito cascata. O projeto “Incubadora

Ambiental Jovem & Ação (IAJA), idealizado pela Loga, e vencedor do prêmio de Responsabilidade Social do Grupo Solví, na categoria Destaque Social, oferece cursos de capacitação nas áreas de meio ambiente, sustentabilidade e gestão de projetos para adolescentes da comunidade.

Os jovens participam de aulas e atividades que envolvem questões de gerenciamento sustentável dos resíduos sólidos, empreendedoris-

mo, elaboração e execução de projetos. Os resultados? Aumento do nú-mero de jovens interessados em participar da ação, redução do descarte

irregular de resíduos e a formação de adolescentes capacitados a passar o conhecimento adquirido para outros jovens.

HONRA AO MÉRITO Aumentar as ações efetivas de Responsabilidade Social de modo que as boas

práticas sejam compartilhadas com outras áreas e empresas. A Battre recebeu uma homenagem especial de honra ao mérito pelo envolvimento e engajamen-to da liderança nos projetos da organização. Quer mais? Adesão e alinhamento com as propostas do Instituto Solví para que as empresas começassem a incor-porar a ISO 26000 em suas atividades, além do desenvolvimento de projetos socioambientais.

Os resultados? A Battre desenvolveu grandes iniciativas e conseguiu parce-rias significativas para que os projetos continuem em expansão mesmo com a saída da empresa. A premiação reforça o amadurecimento na área de Respon-sabilidade Social, além de estimular que as outras empresas do Grupo façam o mesmo e evoluam nesse tema.

RECADOS DO BERNARDINHO PARA O TIME DA SOLVÍ O que aprendemos com o esporte

“Os três pilares da motivação: necessidade, paixão e desafio.”“Desistir não é uma opção.”“A vontade de se preparar tem que ser maior que a de vencer.”“O sucesso está no equilíbrio de cinco bolas: família, trabalho, amigos, saúde e espiritualidade.”

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O FISCALIZADOREvidenciar a presença das equipes em seus respectivos setores e a qualidade de

limpeza no momento da vistoria. Registrar os serviços de limpeza com fotos, data, hora e posição geográfica. Esses são os desafios que levaram a Inova a criar um Sistema de Fiscalização, case vencedor do Prêmio Inovação, do Grupo Solví, na categoria Técnica. Os resultados? Do valor investido de R$ 389.276,00, a redu-ção em 12 meses foi no valor de R$ 1.385.462,88.

Houve maior produtividade e competitividade dos fiscais, eliminação dos papéis para formulários e documentos, redução dos gastos com combustíveis para fiscalização e aumento da confiança do cliente.Por ser inédito, o projeto fez com que prefeituras de outras cidades procurassem referência em São Paulo. Ao conhecerem as soluções e controles, gera credibilidade tanto para a prefeitura como ao Grupo para novas licitações.

LEGADO DA INFORMAÇÃOO desafio da Essencis era claro: melhorar a gestão comercial a partir de rela-

tórios e indicadores de oportunidades de negócios. Mas como obter esse con-teúdo estratégico de forma simples, dinâmica e efetiva? O Relatório de Gestão On-line, case vencedor do Prêmio de Inovação do Grupo Solví, na categoria Co-mercial, trouxe praticidade, maior agilidade e assertividade nas informações.

A ferramenta facilita o entendimento dos indicadores e agrega valor na gestão já que permite monitorar tendências de mercado e relatar passivos

ocorrentes no estado. A Essencis investiu em IPhones para todos os consultores, coordenação e gerência da área comercial para que a informação seja acessada

em tempo real e facilite o preenchimento de formulários.

O GRANDE TIMEComo reduzir a saída de novos colaboradores admitidos no primeiro mês de

trabalho? Como reduzir os custos com contratação e treinamento? Diante desse cenário, a Revita Engenharia, de Salvador, lançou o projeto “Redução de Absen-teísmo e Turnover de Novos Colaboradores”, vencedor do Prêmio Inovação, do Grupo Solví, na categoria Administrativa.

A ação conseguiu por meio de uma avaliação diagnóstica realizada pela equipe do IMED Training, acompanhar a rotina diária dos coletores. Aproxima-damente 215 colaboradores participaram da iniciativa. Foi criado um proto-colo para avaliar componentes relacionados a força e a resistência muscular, flexibilidade e resistência física. Assim, o programa avalia e atesta o potencial de enfrentar as exigências físicas impostas pela função, evitando sobrecargas, pato-logias e entorses.

TORRE DE PAPELCriar uma nova forma de armazenamento. Acabar com inúmeras pilhas de

papel. Só um software próprio que gerenciasse todas essas informações funcio-naria. É assim que surgiu o Sistema de Controle de Frota (R&R Sistem Control), da Inova, case vencedor do Prêmio de Inovação do Grupo Solví, na categoria Operacional.

Entre os desafios, estavam trabalhar sob custo zero e lidar com centenas de funcionários não familiarizados com informática. Os resultados? Para se ter uma ideia, para elaboração de um grande relatório eram necessárias nove pes-

soas trabalhando por semanas, agora basta deixar o banco de dados gerando e, em 30 segundos, o relatório está pronto. Um aumento da produtividade esti-

mado em 600%.

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A ARTE DOS DADOSPadronizar os processos orçamentários, aumentar a qualidade da análise da infor-

mação e engajar o público à nova ferramenta foram os desafios que permearam o período gestacional de nove meses do projeto “Automatização do Controle Orça-mentário”, da Essencis, vencedor do 2° lugar na categoria Administrativa do Prêmio Inovação, do Grupo Solví.

A plataforma Excel foi substituída por um sistema integrado de dados. A ge-ração de simulação de cenários e periódicos foram implementados no budget e forecast. Integração total com a base de informações SAP. O resultado? A redução de horas trabalhadas das equipes de Planejamento e Controladoria. A média é de dois dias de trabalho das equipes na realização do forecast, possibilitando maior tempo de análise.

QUER PAGAR QUANTO?A Revita Águas Claras tinha um grande desafio: eliminar o risco de inadimplência

entre os pequenos produtores de entulho. Com o objetivo de evitar as despesas com cobranças administrativas e judiciais, surge o “Sistema Pré-pago de compra de créditos para descarte de resíduos”. É isso mesmo, o intuito da iniciativa é que o cliente compre e controle os créditos por meio da internet.

Um sistema sempre ativo foi criado para manter a comodidade e a segurança. Rotinas administrativas foram efetivadas para aumentar o ganho de produtivida-de. A ação, que conquistou o segundo lugar na categoria Comercial do Prêmio de Inovação do Grupo Solví, oferece um serviço pouco burocrático e promove a intera-ção entre a empresa e o cliente. Outro destaque é que o sistema permite autogestão de créditos adquiridos pelo gerador de forma simples e segura.

CARGA PESADATer o máximo de informações sobre um determinado processo pode fazer toda a

diferença no momento da decisão. Foi por esse motivo que a Loga desenvolveu o projeto de “Implementação do sistema SGO” que conquistou o Prêmio de Inova-ção, do Grupo Solví, na segunda posição, dentro da categoria Técnica. O objetivo é ter uma tecnologia que centralize as informações em um único sistema, que possua dinamismo e retorne informações para a gestão e o controle.

Por meio de painéis com indicadores, é possível monitorar a manutenção dos veículos e até automatizar a largada da frota. A iniciativa prevê, ainda, a possibili-

dade de obter durante a operação informações como peso, localização, período de operação em cada setor e atrasos de saída. Houve o aumento da velocidade de troca

de conhecimentos entre os setores, mitigando os impactos na operação.

OS VERIFICADORESImagine ter instantaneamente um histórico com o tempo de operação de uma

máquina. Imagine, agora, ter dados compilados com os alarmes emitidos du-rante um determinado período. Essas são os benefícios do projeto “Sistema de Telemetria em Aterros”, agraciado com Prêmio Inovação do Grupo Solví, em segundo lugar, na categoria Operacional.

Reduzir a ociosidade das máquinas, aumentar a produtividade, criar se-nhas de segurança para manuseio dos equipamentos foram os desafios en-frentados. Como? Uso de tecnologia de rastreamento e monitoramento para controle de máquinas em aterros. Controle de ociosidade realizado sem a ne-

cessidade de contratar profissional para função de apontador de máquinas. O projeto obteve uma economia de R$ 330.248,50 em 11 meses de atuação,

além da redução do consumo de diesel e possibilidade de extensão para outras unidades.

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Nos bastidores dos laboratórios de análises de

resíduos da Essencis

A ciência do aterro

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Fazer o tratamento de resíduos, sobre-tudo em aterros sanitários que atendem grandes centros urbanos, como São Pau-lo, que gera cerca de 18 mil toneladas por dia – com todo o tipo de material que se possa imaginar – , não é uma tarefa fácil. Além da enorme quantidade que chega diaria-mente aos locais de disposição, é preciso fazer análises constantes e minuciosas no material recebido, justamente para garantir segurança ambiental.

Mesmo com a mais moderna tecnologia empregada no sistema de disposição de resí-duos no Brasil, os materiais, se não passarem por uma triagem meticulosa, podem causar graves acidentes como incêndio, explosão, contaminação do solo e até mesmo radia-ção.

É por isso que uma das etapas fun-damentais no trabalho de um aterro sanitário é a análise laboratorial. O laboratório da Essencis, em Caiei-ras, do Grupo Solvi, é atualmen-te um dos mais modernos centros de análises de resí-duos da América do Sul e recebe dezenas de milhares de toneladas todos os meses, in-cluindo a capital paulista.

Não apenas um, mas dois l a b o r a t ó r i o s operam diaria-

mente na unidade da Essencis de Caieiras. Um deles destina-se à Recuperação de Metais (RM), responsável pelas análises de metais pesados, por meio de um pro-cesso de físico-químico que precipita os metais oriundos de resíduos industriais. O aterro recebe, em média, de 600 a 800 caminhões por dia. Desse total, os labo-ratórios atendem cerca de 1,2 mil cami-nhões ao mês.

Perigosos – O outro é o Laboratório do Aterro, onde chegam os resíduos clas-sificados como perigosos (classes I e II). Lá, realizam-se análises estruturais para fazer a liberação ou não do material para

sua destinação final. “Essa é um das etapas mais impor-

tantes, pois sabemos o que podemos dispor em aterros e quais os mate-

riais que devemos encaminhar para outro tipo de tratamento”,

afirma Keslei Shimakura, téc-nica do laboratório da Es-

sencis. A especialista conta que as análises realizadas

durante o recebimento de uma amostra ava-

liam questões como pH, radioativida-

de, líquidos livres e reatividade em meio aquo-so, entre outros.

Outro tra-balho realizado

INOVAÇÃO

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OLHO VIVO

nos laboratórios da Essencis é a análi-se semanal do chorume (líquido resi-dual do aterro) e a bacia de sedimen-tação no classe I. O processo envolve a avaliação do odor, da cor, da conduti-vidade, da dureza (magnésio e cálcio), de materiais flutuantes, do pH, dos só-lidos sedimentáveis e da temperatura. “No caso da bacia de sedimentação, também analisamos os metais, como bário, cádmio, chumbo, cromo hexa-valente e cromo total”, conta Keslei.

Análises –Mensalmente são rea-lizadas análises comprobatórias em determinada quantidade de resíduos oriundos de empresas, conforme o plano de amostragem. Qualquer irre-gularidade, é aberto um comunicado de cargas não conformes (CCNC) e encaminhado ao departamento co-mercial, onde a equipe da Essencis dá toda tratativa e suporte ao cliente.

Keslei afirma que o monitoramen-to e inspeção dos resíduos dispostos

PHÉ um limitante da licença de ope-ração.

TEMPERATURAAplicado somente em resíduos de fonte térmica. Tem como objetivo prevenir e impedir a descarga de materiais com temperatura acima de 50°C, pois é um risco potencial de incêndio e, por isso, deve ser evitado de todas as formas.

RADIOATIVIDADE O objetivo deste parâmetro duran-te a inspeção é prevenir o recebi-mento e/ou verificar a presença de resíduos com características de ra-dioatividade nas dependências da Essencis.

LÍQUIDOS LIVRESEsta análise é aplicada quando necessária e tem como objetivo verificar se o resíduo em questão apresenta líquidos livres, pois inter-ferem na estabilidade do maciço e também no volume de chorume gerado, além de ser um limitante da licença de operação.

REATIVIDADE EM MEIO AQUOSO, ÁCIDO E ALCALINO Conforme NBR 10004:2004, os resíduos são considerados reativos quando rea-gem de forma violenta e instável. Geram gases, vapores e fumos tóxicos em quan-tidades suficientes para provocar danos à saúde pública e ao meio ambiente quan-do misturado em água; reagir violenta-mente com água, entre outros.

CIANETOÉ um parâmetro importante para o con-trole do aterro, pois resíduos que apre-sentam concentrações superiores a 250 mg/Kg de HCN são considerados reativos conforme a NBR 10004:2004. Dessa forma, não são passíveis de disposição final e não podem ser recebidos pela Essencis.

SULFETOComo se trata de um parâmetro reativo conforme a NBR 10004:2004, são realiza-das análises de presença de sulfeto para a segurança ocupacional dos colaborado-res e meio ambiente e, assim, são manu-seados e tratados de forma adequada.

Entenda as variáveis durante as análises de resíduos

nos aterros, durante e após o recebi-mento, é de suma importância para o empreendimento, pois todas as análi-ses feitas são registradas e discutidas internamente. “Com isso, garantimos o monitoramento e rastreabilidade de todo processo de recebimento de resí-duos industriais na unidade de Caiei-ras e, portanto, nenhum resíduo é dis-posto caso esse esteja fora dos nossos procedimentos e licença de operação”, ressalta.

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Um dos maiores desafios para uma empresa que faz a gestão de resíduos industriais não está em apenas reco-lher, destinar e tratar da forma mais adequada o material residual dos pro-cessos fabris. Também é necessário garantir segurança e sustentabilidade nas operações. Para tanto, é preci-so gerar informação, cruzar dados e transformá-los em processo. Trocando em miúdos, a diferença entre um bom

GRI implanta nova plataforma digital para aprimorar processos e garantir mais qualidade e segurança nas operações

O “aplicativo”

da gestão de resíduos

serviço e um serviço de excelência está na inteligência.

Por esta razão é que a GRI (Geren-ciadora de Resíduos Industriais), em-presa do Grupo Solví, em parceria com o Centro de Serviços Compartilhados (CSC), acaba de implantar uma plata-forma online para o sistema de não--conformidade. O objetivo é otimizar os processos já existentes, por meio da disponibilidade de uma ferramenta

que permite unir o compromisso com a qualidade e segurança com o meca-nismo de gestão da informação, pro-vendo mais agilidade e confiança nos dados gerados.

A nova plataforma é responsável pela gestão de resíduos em importan-tes fábricas no País, dos mais variados segmentos, do automotivo à indústria química. Entre seus clientes, estão, por exemplo, a Renault, com o trabalho

Márcio Adilson de Oliveira, gerente de Resíduos Industriais da GRI

INFRAESTRUTURA

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UMA RECEITA A QUATRO MÃOS

Como boa parte das me-lhorias advém de dificuldades, há cerca de seis meses a GRI busca no mercado softwares de “prateleira” para gerenciar o sistema de não-conformidade, incluindo ações corretivas e

preventivas. Porém, só encontraram produtos engessados, ou seja, muito generalistas, o que ficava distante das necessidades da companhia. Ne-cessitavam de altos valores para sua customização. Diante deste cenário, executivos da GRI solicitaram outra

desenvolvido no Complexo Ayrton Senna, reconhecido por seus altos índices de sus-tentabilidade, e a Basf, em cinco unidades da compa-nhia no Brasil, que geram re-síduos altamente perigosos.

A nova plataforma constitui-se num módulo integrado a um sistema in-formatizado denominado Qualitor, já utilizado há al-gum tempo pelo Grupo Sol-ví para outras funcionalida-des, como admissão, abertura e gestão de chamados (Help Desk). A inovação resultante foi a adaptação para um novo mo-dal de uso: a gestão de não-confor-midades, que possibilita maior inde-pendência local, ao mesmo tempo em que assegura a coordenação global por parte das gerências técnicas e operacionais situa-das na sede da GRI.

Inteligência – De acordo com Márcio Adilson de Oli-veira, gerente de resíduos industriais da GRI, o sistema permite reduzir certas buro-cracias no acompanhamen-to da qualidade e garante maior eficiência e inteligência processual, no momento em que cruza informações. “Temos no sistema todas as informações necessárias concentradas em uma só base de dados, facilitando inclusive a apresentação de evidências em audi-torias, e a retenção de registros para futuras consultas”, comenta Oliveira.

O Qualitor permite que qualquer usuário cadastrado possa registrar

Outra vantagem é que o novo sistema per-mitirá que os concei-tos para tratamento de não-conformidades se-jam internalizados pelos usuários, minimizando o risco de erros inter-pretativos aos itens das normas de gestão ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, base do Sistema de Gestão Integrada da GRI e de suas certifica-ções. “Outra funcionali-

dade importante da pla-taforma são os relatórios

gerenciais, que apresentam as informações resumidas de

acordo com o parâmetro requeri-do, transformando o tratamento de

não-conformidades em uma fer-ramenta de inteligência para os

tomadores de decisão”, ressalta Oliveira.

Para o executivo, toda unificação de sistemas pos-sibilita a simplificação de rotinas, a facilidade de ma-nutenções e melhorias. “O tratamento de não-confor-midades visa ainda a melho-

ria de todos os processos em relação à qualidade, ao meio

ambiente e à segurança do tra-balho, pilares de todas as empre-

sas do Grupo Solví”, afirma. “A GRI está em constante busca por novas soluções, que proporcionem melho-rias em seus processos, atendimen-to à legislação e principalmente que forneçam informações valiosas para o desenvolvimento da empresae de seus clientes”, finaliza.

“A GRI ESTÁ EM CONSTANTE BUSCA

POR NOVAS SOLUÇÕES, QUE PROPORCIONEM MELHORIAS

EM SEUS PROCESSOS, ATENDIMENTO À LEGISLAÇÃO

E PRINCIPALMENTE QUE FORNEÇAM INFORMAÇÕES

VALIOSAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA

EMPRESAE DE SEUS CLIENTES“

alternativa. Foi assim que surgiu a proposta de aproveitar uma ferra-menta já existente no Qualitor (Ges-tão de Problemas). Os passos seguin-tes foram o mapeamento e desenho da arquitetura da informação, atuali-zação e adaptação.

uma ocorrência (corretiva ou preventi-va), suas causas e ações para tratá-las, bem como seus responsáveis e prazos, tudo de forma segura e online.

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Koleta Ambiental reformula base operacional de São Paulo e amplia serviços de gestão de resíduos na capital paulista

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Mais de 60% de todo o resíduo só-lido gerado nas cidades brasileiras são provenientes da construção civil e de demolições. Materiais como pedras, cimento, areia e tijolos, entre outros, ultrapassam, de longe, a quantidade gerada nos domicílios e, por isso, cons-tituem-se em um dos maiores desa-fios da limpeza pública municipal.

A construção civil e as demo-lições geram no Brasil mais de 100 milhões de toneladas de resíduos por ano, que devem ser depositados em áreas previamente estabeleci-das, obedecendo a regras e normas ambientais criadas pelos estados e municípios, de acordo com a Resolução 307, de 2002, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Em São Paulo, maior cidade da América do Sul, que abriga os maiores empreendimen-tos do País, uma das responsáveis por esta missão é a Koleta Ambiental, em-presa do Grupo Solví. Em maio deste

ano, a companhia iniciou as primeiras operações na área de Segregação de Resíduos Inertes, justamente para am-pliar os serviços prestados no trans-

porte, manuseio e tratamento de resí-duos da construção civil.

Operação – Mais três negócios serão incrementados pela Koleta em 2014. Um deles é o Transbordo de Resíduos Orgânicos. Em 2013, a em-presa iniciou essa operação, mas foi

somente neste ano que o projeto ganhou peso, cuja ampliação

garantiu uma capacidade de atender uma produção anual

de 20 mil toneladas de ma-teriais coletados na zona leste da cidade. A estação de transbordo apresenta vantagens relacionadas à economia, à logística e à preservação ambiental.

Outra iniciativa da Koleta foi o incremento

da Área dos Recicláveis. A unidade recebe o material

reciclável, basicamente papel e plástico, onde colaboradores

treinados fazem a triagem e prensagem do material, formando os fardos para comercialização.

VAREJO

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Casa nova

Do ponto de vista ambiental: prover ao mercado um novo destino e tratamento dos resíduos perigosos.

Do ponto de vista mercadológico: conseguir entrar no segmento de tratamento de resíduos, utilizando-se de tecnologia pioneira, não dominada nacionalmente.

Do ponto de vista operacional: treinar e capacitar a equipe operacional para calibração do equipamento para os diver-sos tipos de resíduos Classe I.

DESAFIOS PARA 2014

MAIOR ABRANGÊNCIARaul Ferreyra, gerente da unidade da Koleta de São Paulo, fala sobre os desafios e as inovações do setor.

Como a companhia se prepara para atender o setor de construção civil?

A empresa inicia as primeiras operações na área de Segregação de Resíduos Inertes, justamente para ampliar os serviços presta-dos no transporte, manuseio e tratamento de resíduos da cons-trução civil. Estima-se que, em 2014, a produção seja de 70 mil toneladas de resíduos provenientes de empresas de construção atendi-das por nós.

Trata-se de um mercado em expan-são?

Atenta aos novos nichos e na ex-pansão dos negócios no ramo da construção civil, a Koleta enxerga nes-se segmento um potencial mercado a ser explorado. Esse foi um dos mo-tivos que impulsionaram a empresa a planejar um projeto de implantação de uma Área de Transbordo e Triagem de resíduos inertes, já que grandes construtoras, cuja a responsabilidade ambiental influencia fortemente seus negócios, possuem políticas bastante rigorosas quanto ao destino correto para os seus resíduos.

Quais as inovações para otimizar os custos de transporte dos resí-duos sólidos coletados?

Os resíduos são coletados por meio de caminhões compactores e transferidos para carretas com capa-cidade superior para serem transpor-tados ao destino final, o que garante que não haja nenhum contato com o solo, reduzindo significativamente os impactos ambientais. Este projeto teve um custo de adaptação de cerca de R$ 60 mil e começou a operar no mês de março de 2014.

Qual o papel da inovação no de-senvolvimento do negócio?

A inovação, a modernida-de e a segurança fazem parte deste novo marco da Koleta, que passará a atuar como um completo prestador de servi-ço na área de resíduos indus-triais. A empresa atuará como

uma nova opção de destino para tratamento de resíduos,

sem a interferência de terceiros, reduzindo custos e possibilitando

uma vantagem competitiva frente aos concorrentes do setor.

Como a Política Nacional de Resí-duos Sólidos impacta nas ações?

Todos esses negócios vão ao en-contro da Política Nacional de Resí-duos Sólidos (PNRS), que disciplina a coleta, o destino final e o tratamento de resíduos urbanos, perigosos e in-dustriais. Um fator importante é a definição de que os geradores de re-síduos sejam responsáveis por toda a gestão, desde a geração até a des-tinação mais adequada que zele pela proteção da saúde pública e meio ambiente.

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26 REVISTA SOLVÍ • junho - 2014