A Educação Do Corpo Na Escola Brasileira

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  • 7/25/2019 A Educao Do Corpo Na Escola Brasileira

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    Marcus Aurlio Taborda de Oliveira

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    Existem muitos trabalhos que tratam do corpo, masno da formaQue trabalhado aqui nesta obra. A prpriaexpresso educao do corpo ou educao no corpo

    pouco debatida. Outro autor da educao fsicaquestiona se temos corpo ou somos corpo!edina"um corpo li#ado ao pensamento, ao mo$imento e aosentimento. O trato dado ao corpo na escola

    brasileira o assunto que abordaremos nessaleitura.

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    Os corpos, podem tradu%ir, re$elar,, e$idenciarformas bem precisas de educao, modos bastantesutis de insero de indi$duos e #rupos em umadada sociedade, formas m&ltiplas de sociali%ao.

    O corpo re$ela o que h' de mais ntimo no serhumano, por isso a educao dos corpos foisempre presente, re#ulando e re#ulamentandocorretamente as m&ltiplas manifesta(es do corpo)e$el, *++*".

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    ensando a educao do corpo na escola,ob-eto deste li$ro, aproximamonos de umacompreenso de que essa educao intermediada por muitos saberes e pr'ticas

    que $o da hi#iene /s boas maneiras, douso da '#ua, como lu#ar de pra%erespecfico, para o banho, o modo dealimentarse, $estirse, o modo de adoecer,se curar, de nascer e de morrer. O corpomesmo muitas $e%es ne#li#enciado por ns o suporte da humanidade.

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    0oucault afirma que 1cada poca elabora suaretrica corporal

    ortanto, todas as marcas, as formas, as efic'cias

    e os funcionamentos dos corpos se transformam,mudam com o tempo, sub$ertemse, substituemsee representa(es se deslocam.

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    2ebate sobre a construo social do corpo e astransforma(es que a escola tem experimentado apartir das diferentes formas que a corporalidade $emse manifestando ao lon#o da histria

    3a escola ara a escola ela escola

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    E45O6A 2O!74895A E45O6A:)A2;A2A

    A escola deixa de ser de classe &nica, aquela restrita a

    $ida cotidiana do professor e passa a ser concebida eimplementada com uma preocupao societ'ria, numprocesso de formao de massas

    )O5E44O !;6890A8O)9A6 2E 8)A340O)!A

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    O>?E89@O

    rodu%ir e sedimentar uma instituio capa%de le$ar um pro-eto ou muitos pro-etos de

    consolidao de uma no$a ordem baseadana afirmao do Estado nacional.5ompsito difuso de diferentes processoscomo, industriali%ao, redefinio dasrela(es polticas internacionais,acirramento das lutas de classes,sur#imento de no$as formas de #rupos coma urbani%ao

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    Esse amplo e complexo processo busca$a

    incluir cada pas no chamado 1concerto dasna(es. rocesso e pro-eto de alcance mundial.>usca$a uma ruptura com as $elhas formas deor#ani%ao da cultura tendo isso como

    condio b'sica de um po$o que se pretendesseinscrito na modernidade

    3O@A O)2E! VISAVA AFORMAO DAS ALMAS QUE ERA LEVADA A

    CABO PELA ESCOLARIZAO EM MASSAA ESCOLA DOMSTICA CEDERIA ESPAODEFINITIVAMENTE ESCOLA GRADUADA OUSERIADA.

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    3o >rasil al#uns pressupostos da escoladomstica -' $inham sendo questionadosem meados do sculo B9B. !as somente apartir da rep&blica , com efeito, se daria o

    incio do lento processo de substituiodas escolas isoladas pelo modelo deescolari%ao #raduada, 4ou%a, *++C" semcontar o fato de que elas con$i$eriam

    paralelamente por muito tempo 0aria0ilho, D)

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    O no$o modelo escolar $i#ente trouxe uma

    redefinio do papel conferido ao corpo ou/ corporalidade dos alunos.

    4ur#imento da gymna!"#a, $a %yg"&n&,

    dos trabalhos manuais, das prendasdomsticas, dos exerccios militares, daeducao fsica, do desenho, do cantoorfeFnico, entre outros como saberesescolares.

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    O ano de *CGH marca a primeira ocorrIncialocali%ada at aqui em arqui$osparanaenses do termo 1#imnastJcaenquanto em *CK aparece uma meno

    explicita / trade spenceriana formaofsica, moral e intelectual", apesar de que -'existia um con-unto de quest(es pertinentes/ corporalidade na escola, como oscasti#os corporais, disciplina e etc.

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    8EO)9A4 L9:9E3948A4 E 8EO)9A4E;:M395A4

    As formas de redefinio do corpo

    ou da corporalidade no no$o!odelo escolar trouxeram de formabem abran#ente essas duas teoriaspara o tratamento dado ao corpo

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    TEORIAS HIGIENISTAS TEORIAS EUGENISTAS

    reocupao com ocansao e o descanso dos

    alunos

    0ortalecimento da raa

    Arquitetura dos edifciosescolaresclaridade,$entilao, mobili'rio,espaos de trabalho erecreao , etc".

    @alores e h'bitos0or-adora de no$oscomportamentos eatitudes

    8empoescolardistribuioracional das matrias aolon#o do perodo em queo aluno est' na escola,inter$alos, recreio, etc".

    Escola a extensomelhorada do lar4ubstituta dafamlia5;3LA D"

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    A passa#em ou a troca de modelos da educao no>rasil aconteceu no perodo entre os primeirosanos da rep&blica e a dcada de *+*, ainda queem condio de pro#rama -' esti$esse ocorrendodesde o incio do sculo B9B3esse perodo foram criadas di$ersas escolas dediferentes confiss(es reli#iosas no >rasil, hou$eaumento de iniciati$as pri$adas laicas deescolari%ao e a implantao ainda que lenta de

    sistemas estaduais de ensino

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    O AE6 2A 5O)O)A692A2E 3A 0O)!A

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    O corpo passa a ser na modernidade, que seconsolida$a, moti$o de preocupao constante,se-a pelo fortalecimento do mo$imento oper'rioe do processo de industriali%ao, ou pelas

    teorias naturalistas baseadas nos pensamentosde )ousseau que procura$am recuperar uma1infPncia perdida se-a pela necessidade desaneamento fsico e moral da sociedade, tudopelo incremento das preocupa(es societ'riascom o corpo.

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    3otase a falta de cuidado familiar com ocorpo das crianas, submetidos / #ula, /pre#uia, bem como suas preocupa(escom poss$eis danoscorporais cerebraes" se mantido aqueleestado de coisas. O professor ?os 5letoantecipou a discusso a respeito dos

    horarios de aulas, or#ani%ao do tempopelos alunos, entre outros assuntos

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    @iRao 0ra#o lembra que pensar adistribuio do tempo, doespao e das pr'ticas escolares

    formas de lin#ua#em" que temseu exemplo mais si#nificati$ona corporalidade refletesesobretudo, em formas de

    controle e conformao corporal

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    Expuls(es, desli#amentos, suspens(es,

    admoesta(es eram al#umas das $ariantesadotadas como punio, pelo menos doponto de $ista le#al, em substituio aento -' questionada pr'tica de casti#os

    corporais.!uitos professores sem ter qualquer tipode auxlio para definir seus no$osprocedimentos i#nora$am a lei enquanto

    outros se esfora$am para obter al#um tipode a-uda no cotidiano de suas escolasisoladas.

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    @9O6M359A, 5O)O E E45O6A)9SA

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    Ao analisarmos as pr'ticas corporais naescola, percebemos um constanteesforo de ne#ao do corpo. 3e#aoque se manifesta mediante um controleintenso sobre toda e qualquer ao, se-a

    de professores, alunos e funcion'rios.Essa ne#ao fomentada por umpoderoso cdi#o coerciti$o de puni(esto bem demonstrado por

    0oucault*+++" que ensinado assimque inicia a $ida estudantil.

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    O esforo de dominao na escola nada mais que o reflexo2o que se passa na sociedade, pela histriade dominao que se passam ao lon#o de

    toda a histria. 4empre existindo classedominada e classe dominante que s tem ointeresse de manter essa distPncia entre elas.Ao lon#o de nossa histria o controle sobre ocorpo deixou marcas na $ida social como omodo que intera#imos com a nature%a.

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    A $iolIncia na escola N corpo eescolari%ao

    3e#ao do corpo nas pr'ticas corporais

    presentes na escola como parte de umcontexto mais amplo de uma sociedademarcada por histrias de dominao

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    rincpios fundamentais paraum pro-eto formati$o

    o combate / $iolInciaao dio/ barb'rie

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    EBE!6O4 !A94 !A)5A38E4 2A @9O6M359A 3AE45O6A

    LO)A 2O )E5)E9O...

    LO)T)9O 2E E38)A2A E 4AU2A 2O4 A6;3O4

    0O)!A4 2E A;8O5O38)O6E 5O! O4 A6;3O4...0O)!A4 2E 2O!93AA32O3O 2O4 A6;3O4...

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    5O)O)A692A2E concebida coleti$amente pelosprofessores como a expresso criati$a e conscientedo con-unto de manifesta(es corporaishistoricamente produ%idas, que pretende possibilitar

    a comunicao e interao de diferentes indi$duoscom eles mesmos, com outros, com seu meio social enatural. Essas manifesta(es dial#icas baseiamseem um contexto social or#ani%ado em torno das

    rela(es de poder, trabalho e lin#ua#em.

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    A Educao fsica escolar foi baseada nosse#uintes eixos no municpio deArauc'riaV

    2esen$ol$imento corporal e construoda sa&deexpressi$idade do corporelao do corpo com o mundo

    #lobali%adoo corpo que brinca e aprende