A doutora na rede - pitoco.com.br · Falou & disse Editorial A doutora na rede Promotora destemida...

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Falou & disse Editorial A doutora na rede Promotora destemida esbanja felicidade na rede social política. Postou duras críticas ao Legislativo. Enfrentou cara a cara os deputados casca- velenses contrários às 10 medidas contra a corrupção. Em uma das fotos postadas, aparece pintando o rosto de verde amarelo em uma manifestação. Aqui os “mortadelas” da Tuiuti diriam: manifantoche! A doutora veste a camisa do Judiciário. “O Brasil sempre inovando, agora temos o Supremo Senado Federal”, cutucou ela, em um dos embates com o Legislativo. Reforma da Previdência? Jamais! Sou servidora pública há 20 anos e 02 meses, que somados aos 09 anos e 05 meses de vínculo privado, tenho 29 anos e 07 meses de contribuição. Trabalho duro e com responsabilidade. Contribuo propor- cionalmente ao meu ganho, e todo o meu ganho é tributado na fonte. Não sou vilã tampouco responsável pelo caos das contas da previdência. #NÃOÀREFORMAPREVI- DENCIÁRIA”, postou a doutora. Alguém pode dizer: interessa para a elite do funcionalismo deixar tudo como está. Afinal, a vida está boa. “Pura inveja”, diria outro. “Vá ralar dia e noite no Alfa, passe no concurso, ingresse você também na ilha de prosperidade brasileira e seja feliz...” Rodinha de advogados no Fórum da Comarca, ali na Tancredo Neves. Um deles assopra: viu a limousine da doutora? Ou- tro, já quase salivando, “sei, a promotora ostentação?”. Aquela conversa me atiçou a curiosidade. De quem se trata? Com o nome dela anota- do, percorri o perfil no Facebook. Embora a própria tenha se encarregado de tornar pública a vida de muitas viagens e trabalho (acumula a função no Ministério Público com o nobre ofício de professora), prefiro não identificá-la aqui para não “fu- lanizar” a futrica da rodinha. A foto da flamante limousine negra que foi buscá-la em recente viagem à Flórida (EUA), de fato, está lá, postada. “Isso que é chegar em grande estilo”, escreveu a doutora. Também estão na página do Facebook inúmeras viagens a alguns dos mais badala- dos pontos turísticos do Brasil e do exterior. Lá está ela no show do Paul McCartney, em hotéis estrelados, como o Rio Othon Pa- lace, misturada a patuleia no Rock in Rio, ou preparando um escondidinho de camarão. De fato o perfil da doutora destoa da pos- tura média de integrantes do egrégio Poder Judiciário. Em regra, juízes e promotores Até mesmo alguns parlamentares de Cascavel, outrora mais firmes no voto favorável a Reforma da Previdência parecem assustados com a opinião pública hostil ao tema. O cenário dos sonhos, para eles, é colocar o tema em pauta depois de abertas as urnas, em novembro. Aqui o olho está na próxima eleição. A próxima geração? Esta pode esperar. O Brasil do Carnaval é o país do futuro e não tem pressa... "Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira." (Ronald Reagan) Cascavel, sexa-feira, 16 de fevereiro de 2018 - Ano XXII - Nº 2134 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo são bastante discretos. Preferem, inclusive, receber correspon- dências no Fórum para não revelar seus endereços residenciais. Há uma razão para isso: promotores acusam criminosos, juízes condenam. Todos estão sujeitos a venditas. Há outras razões: em um país em que 80% das pessoas tem renda inferior aos R$ 4 mil do “auxílio moradia”, tudo pode parecer ostentação e frivolidade. Mas, cada um é cada um, certo? A dou- tora não se esconde. É ativista também na A lenda do HU Lenda urbana que ronda os corredores do Hospital Universitário: com a terceirização da lavanderia, a funcionária contratada para lavar roupas de cama e afins ficou sem atribuição. Ainda assim, ganha R$ 6 mil mensais e eventualmente outros R$ 3 mil de horas-extras. Só pode ser lenda. O reitor Cascá jamais permitiria tal distorção. Pensata “O vazio é o espaço da liberdade, a au- sência de certezas. Mas é isso o que teme- mos: o não ter certezas. Por isso trocamos o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram” (Dostoiévski, filósofo russo). A limousine postada no perfil da promotora: sem medo de ser feliz

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Falou & disse

Editorial

A doutora na redePromotora destemida esbanja felicidade na rede social

política. Postou duras críticas ao Legislativo. Enfrentou cara a cara os deputados casca-velenses contrários às 10 medidas contra a corrupção.

Em uma das fotos postadas, aparece pintando o rosto de verde amarelo em uma manifestação. Aqui os “mortadelas” da Tuiuti diriam: manifantoche!

A doutora veste a camisa do Judiciário. “O Brasil sempre inovando, agora temos o Supremo Senado Federal”, cutucou ela, em um dos embates com o Legislativo. Reforma da Previdência? Jamais!

“Sou servidora pública há 20 anos e 02 meses, que somados aos 09 anos e 05 meses de vínculo privado, tenho 29 anos e 07 meses de contribuição. Trabalho duro e com responsabilidade. Contribuo propor-cionalmente ao meu ganho, e todo o meu ganho é tributado na fonte. Não sou vilã tampouco responsável pelo caos das contas da previdência. #NÃOÀREFORMAPREVI-DENCIÁRIA”, postou a doutora.

Alguém pode dizer: interessa para a elite do funcionalismo deixar tudo como está. Afi nal, a vida está boa. “Pura inveja”, diria outro. “Vá ralar dia e noite no Alfa, passe no concurso, ingresse você também na ilha de prosperidade brasileira e seja feliz...”

Rodinha de advogados no Fórum da Comarca, ali na Tancredo Neves. Um deles assopra: viu a limousine da doutora? Ou-tro, já quase salivando, “sei, a promotora ostentação?”.

Aquela conversa me atiçou a curiosidade. De quem se trata? Com o nome dela anota-do, percorri o perfi l no Facebook.

Embora a própria tenha se encarregado de tornar pública a vida de muitas viagens e trabalho (acumula a função no Ministério Público com o nobre ofício de professora), prefi ro não identifi cá-la aqui para não “fu-lanizar” a futrica da rodinha.

A foto da fl amante limousine negra que foi buscá-la em recente viagem à Flórida (EUA), de fato, está lá, postada. “Isso que é chegar em grande estilo”, escreveu a doutora.

Também estão na página do Facebook inúmeras viagens a alguns dos mais badala-dos pontos turísticos do Brasil e do exterior.

Lá está ela no show do Paul McCartney, em hotéis estrelados, como o Rio Othon Pa-lace, misturada a patuleia no Rock in Rio, ou preparando um escondidinho de camarão.

De fato o perfi l da doutora destoa da pos-tura média de integrantes do egrégio Poder Judiciário. Em regra, juízes e promotores

Até mesmo alguns parlamentares de Cascavel, outrora mais fi rmes no voto favorável a Reforma da Previdência parecem assustados

com a opinião pública hostil ao tema. O cenário dos sonhos, para eles, é colocar o tema em

pauta depois de abertas as urnas, em novembro. Aqui o olho está na próxima eleição. A próxima geração? Esta pode esperar. O Brasil do Carnaval é o país do

futuro e não tem pressa...

"Eu achava que a política era a segunda profi ssão mais antiga. Hoje vejo

que ela se parece muito com a primeira."

(Ronald Reagan)

Cascavel, sexa-feira, 16 de fevereiro de 2018 - Ano XXII - Nº 2134 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo

são bastante discretos.Preferem, inclusive, receber correspon-

dências no Fórum para não revelar seus endereços residenciais. Há uma razão para isso: promotores acusam criminosos, juízes condenam. Todos estão sujeitos a venditas.

Há outras razões: em um país em que 80% das pessoas tem renda inferior aos R$ 4 mil do “auxílio moradia”, tudo pode parecer ostentação e frivolidade.

Mas, cada um é cada um, certo? A dou-tora não se esconde. É ativista também na

A lenda do HULenda urbana que ronda os corredores do

Hospital Universitário: com a terceirização da lavanderia, a funcionária contratada

para lavar roupas de cama e afi ns fi cou sem atribuição. Ainda assim, ganha R$ 6 mil

mensais e eventualmente outros R$ 3 mil de horas-extras. Só pode ser lenda.

O reitor Cascá jamais permitiria tal distorção.

Pensata“O vazio é o espaço da liberdade, a au-

sência de certezas. Mas é isso o que teme-mos: o não ter certezas. Por isso trocamos

o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram”

(Dostoiévski, fi lósofo russo).

A limousine postada no perfi l da promotora: sem medo de ser feliz

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Junto e misturado- Partiu...quinta que o pariu! O direito

não socorre quem dorme.A mensagem foi postada no Facebook

exatamente às 6h20 da manhã de uma quinta-feira, dia 8 de fevereiro.

Partiu da mente inquieta do advogado Leocádio Lustosa. O corpo sem vida seria encontrado no dia seguinte.

O coração, apontado por tantos como vas-to e generoso, lhe faltou.

Fã do tenista Roger Federer, aprecia-dor de carros esportivos, frasista incorrigí-vel, doutor dos trocadilhos.

Para cada dia da semana, ele tinha um. “Terça por nós”, publicava nas terças. “Par-tiu, sabadão! Era sol que faltava”, postava no fi m de semana cinzento.

Arregimentava 1.634 amigos na rede so-cial. Amigos? Há que distinguir amigos de conhecidos, notadamente na rede social.

Quando disputou uma cadeira na Câmara de Cascavel pelo Partido Verde, em 2016, o frasista obteve 143 votos, menos de 10% dos “amigos” da rede.

Mas foram eles, os amigos do Facebook que notaram primeiro a ausência do Leo-cádio. A amiga Marcia Blanck apontou:

Como a rede social alertou a ausência do Leocádio“O celular silenciou. Não havia mensagem, nada de um bom dia.”

Lustosa enviava seus trocadilhos diaria-mente para o heterogêneo grupo, via men-sageiro do Facebook.

O silêncio gritava naquela sexta-feira de Carnaval. Até que o irmão Amilton arrom-bou o apartamento no centro e encontrou o mano já sem vida, sentado em uma poltro-na, com a TV ligada.

O advogado das notas taquigráfi cas partiu tomando uma Itaipava, que ainda se apre-sentava pela metade.

Olhar para a metade vazia do copo? Ou olhar para a metade cheia? A cena descreve bem a vida e a morte.

Partiremos em algum momento, deixan-do uma mensagem sem resposta no e-mail, no zap-zap, na rede...

É a incompletude da vida. Todos segui-remos devendo uma resposta, uma expli-cação, “juntos e misturados”, como repetia Leocádio Lustosa.

Em tempo: Vai uma leitura fria da cons-ternação gerada pela morte? Com a pala-vra o escritor francês Gabriel Meilhan (1.736/1.803):

“Acreditamos fi car tristes pela morte de uma pessoa, quando na verdade é apenas a morte que nos impressiona.”

Ele FalouO pior não é morrer.

É não poder espantar as moscas.

(Millôr Fernandes, humorista)

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Leocádio, dançando na chuva, com meia cerveja: partiu, terça por nós!

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Carta do Leitor“Sem dúvida (o crescimento

menor das cooperativas em 2017) é devido à queda nos preços. A Lar teve um volume de negócios superior a 20% sobre 2016.

A queda do dólar, com con-sequente valorização do real, fez os preços baixarem em todas ati-vidades. Também, os associados passaram o ano com produção não vendida, insatisfeitos com os preços. Tem faturamento re-presado. Acredito que o mesmo ocorreu nas demais cooperati-vas”.

(Irineo Costa Rodrigues, presidente da Lar, comentando a reportagem do Pitoco da última

sexta-feira)

O gerente do suco Prats, Jair Alves, revelou-se o melhor marqueteiro do Show Rural. Com baixo investimento, ele obteve elevada exposição da marca. Na foto, Dilvo, a vice Cida (na laranja) e Beto, emo-cionalmente inconstante no evento, com a limonada.

AgendaRelativamente nova, a pági-

na “Amigos de Cascavel” já tem quase 21 mil seguidores no Fa-cebook.

Os formandos de Arquitetu-ra da FAG escolheram a Cheers Serviços de Bar para os sofi s-ticados drinques servidos no Tuiuti, no último sábado.

Para os assinantes Anto-nio Sestito Sobrinho, Waldemar Lutinski, Julio Empinotti, Dirceu Rosa, Luiz Carlos Rodrigues, Victor Hugo Doro e Pedro Henrique Boica Lopes.

Aquele abraço

No Twitter “Que turma insuportável essa

que enfi a ideologia em tudo. Gen-te acorrentada a uma militância que beira a insanidade. Você abre o Twitter e é politização em tudo. Tudo! É a seita da Igreja da Pa-trulha das Vidas Alheias de Todos os Dias. Meu Deus, que gente cha-ta...”

(Ana Paula Henkel, ex-jogadora da seleção

brasileira de Vôlei)

Uma perguntaPitoco - Na hipótese de seu

amigo Lula ser preso, irá visitá--lo em Curitiba?

Jorge Samek (ex-presidente de Itaipu) - Uma visita não, quan-tas forem necessárias! Mas não acredito que ele será preso. Ago-ra, o sistema é bruto. Aconteceu com Getúlio, com Jango, Jus-celino e até com o nacionalista Geisel. O tratamento é desigual. Veja, acharam R$ 51 milhões na casa do Gedel... era para furar panela de tanto bater, mensalão tucano de Minas, os trens de São Paulo, nada... a estrutura do po-der é complexa...

(Leia reportagem completa sobre o “pós-poder” com Samek

e Nelton Friedrich na versão revista do Pitoco da próxima

sexta-feira)

BusinessMarcos Giombelli, o ho-

mem do trator verde, não tem o que reclamar do Dilvo e do Ro-gério. A revenda John Deer ven-deu para mais de R$ 50 milhões no Show Rural.

Outro que se permitir, vai dar um beijo no Dilvo, é o assinante número 01 do Pitoco, Germano Zeni. A Toyota vendeu 110 camio-netas Hilux no evento.

Está homologada judicialmen-te a recuperação judicial da Globo-aves. Agora a empresa ganha tem-po e fôlego para se reestruturar.

Eleições 2018Adesões a candidatura presi-

dencial de Álvaro Dias, em sua mais recente visita a Cascavel: Adelino Ribeiro, Alfredo Ka-efer, Marcos Solano e Mário Pereira. Agora vai...

Na cidade, somos todos pedestres.

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