A DISCUSSÃO INTRODUTÓRIA NO CAMPO DO DESIGN DA … · A escolha do Facebook - FB como objeto de...
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A DISCUSSÃO INTRODUTÓRIA NO CAMPO DO DESIGN DA
INFORMAÇÃO DO FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA
ENSINO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA
Maria Teresa Lopes¹
Resumo
Este artigo apresentará uma discussão sobre o Facebook como ferramenta de ensino e
aprendizagem, tomando o campo do design da informação como base para os argumentos. E o
fará o classificando como recurso didático e discutindo teoricamente os seus aspectos positivos
e negativos quando colocado a serviço a ação educadora.
Abstract
This article will present a discussion about Facebook as a teaching tool and learning, taking the
information design field as a basis for the arguments. And will the ranking as a teaching
resource and theoretically discussing the positive and negative aspects when placed in service
educator action.
Introdução
Este artigo abre uma frente de argumentos que se localiza sob a dinâmica paradigmática da
Web e a sua construção social, no que tange às Ferramentas de TIC1, e cujo foco reside no
comportamento dos sujeitos dentro dos sistemas de informação chamados redes sociais. A
intenção de abrir esse campo de discussão é possibilitar o aprofundamento da relação do que é
educar uma pessoa na contemporaneidade.
1 Tecnologia da Informação e do conhecimento
Gráfico 01 – Local epistemológico.
O gráfico acima permite entender onde se localizam os argumentos da discussão que se seguem,
cuja disposição intenta trazer, para confronto com os dados levantados, o fato de que,
atualmente, formar uma pessoa adulta envolve a discussão de fatores inerentes ao tratamento
da informação como um valor a ser adotado ou descartado sob uma ordem coletiva, inserida na
cultura de consumo.
Os argumentos aqui elencados se construíram num percurso estabelecido em terrenos
discursivos difíceis, pois são transitórios; ou contemporâneos, se assim se preferir. No entanto,
o entendimento dessa realidade se configurou num processo de intervenção cuidadoso, e que
por isso ocupou-se em estabelecer parâmetros que velejaram rumo a um conhecimento
esperado, e que fincou suas balizas numa ação ponderada: nem tanto ao mar da “Revolução da
Informação”, e nem tanto à terra saudosista da educação dos dispositivos lousa e giz, centrada
na mise en scene da figura do professor.
A escolha do Facebook - FB como objeto de estudo teve a finalidade de que ele pudesse servir
de âncora, ou seja, como um ponto de estabilidade e retorno de considerações epistemológicas.
E, na verdade, como baliza dos fatos científicos aos quais ele importa, como a materialidade
provável e possível de um Zeitegeist cujo legado é inaugurado ainda com o Orkut2, e cujo cerne
se estabelece na relação do trato da informação imagética como moeda de valor e de construção
da identidade pessoal, que na sociedade de consumo é convertida em dispositivos de consumo
informacional.
Trata-se de uma análise do uso do Facebook (FB) como uma ferramenta de ensino à distância,
numa relação de compreensão de apontamentos tanto positivos como negativos relativos ao uso
das redes sociais como instrumento de formação das pessoas. E nesse sentido se pode colocar
que hoje existe uma predisposição geral de que um recurso como o facebook pode aumentar a
interação, do professor com o aluno, também fora da sala de aula.
Essa ferramenta abre um espaço para se discutir a relação professor/aluno para a aprendizagem,
quando por meio da mediação dos objetos. Sobre essa relação, então, alguns professores
entendem esse tipo de contato com a ferramenta como algo bom, porque faz o estudante ver o
docente não como uma pessoa inacessível, e cria uma relação de aproximação (reforçando a
relação de amizade para trocar ideias e conhecimentos). Entretanto, isso não é um consenso, e
outros já enxergam como algo ruim, por conta da falta de privacidade que esse contato pode
provocar.
As Ferramentas de TIC na Web, no caso o Faceboook, por si só não são discursos científicos e,
portanto, arbitrariamente eficazes quando aproximados dos fenômenos da educação. A sua
“Eficácia” ou Ineficácia está imbricada à percepção e à ação humana sobre ela. E mais ainda a
que direcionamento filosófico-ideológico ela se destina. Aqui essas ferramentas são uma
realidade dada: contexto necessário para estudo, e no qual o olhar do professor está envolvido.
Trata-se de uma conjuntura imposta à vida deles, os principais interessados nas observações
feitas por este texto. Os dispositivos de TIC acabam funcionando muito mais como um processo
de aproximação com o outro (o aluno adulto) e uma maneira de explorar suas considerações de
2 Rede social criada em 2004 pela Google.
forma mais atenta, e assim se poder discutir o que já se pode colecionar de aprendizado para o
bom (no sentido de agradável), o útil e o que causa o bem-estar (hedonomia) coletivo dentro
desse universo da materialidade virtual.
Dentro do contexto da “Revolução da Informação”, tende a ser uma continuação do espírito da
modernidade e revela cunho político-cultural, que permite dar sentido à permanência de valores
como: o científico, o total, o coletivo e o heróico/humano. Uma conjuntura que em muitos
momentos foi bastante aprisionadora da verve humana e, portanto, merecedora de uma
observação mais ponderada. O contexto em que o Facebook se situa como ferramenta de TIC
empreende uma ação capital, neoliberal que proporciona um sentimento coletivo de uma certa
folia ansiosa, cuja maior consequência sensível é a constante sensação de um encurtamento do
tempo de uso e de sentido das coisas (ideias e objetos), para a atuação sob esse domínio.
2. Metodologia
Postos os marcos discursivos introdutórios, o que se apresentará a seguir é uma altercação que
foi construída a partir de um objeto de estudo já apresentado, o FB, a partir do recorte: arte-
educação, design e comunicação. A base metodológica foi de levantamento e análise de uma
base bibliográfica que colaborasse no aprofundamento de um tema cuja a discussão acadêmica
é tão escassa.
Esse panorama foi constatado na medida em que se desenvolveu a essa base bibliográfica, e
buscou-se em publicações de cunho acadêmico como o Computers in Human Behavior, a
Computers & Education - ambas da Elsevier publicações, nas quais foi encontrado um número
relativamente significativo de pesquisas que focam na análise de casos característicos do uso
do FB, como o que será apresentado aqui. Muitos pesquisadores vêm identificando
particularidades e comunalidades, no comportamento das pessoas em relação ao uso dessa
ferramenta, em diversas partes do mundo, e explorando essas particularidades como
conhecimento, mas muito pouco se sabe ou se pesquisa sobre a sua apropriação simbólica na
cultura e a sua adoção de sentido para a educação.
Remando a favor dessa maré de particularizações, foi possível se construir um recorte
epistemológico que pode ser melhor visualizado por meio da imagem de um quadrilátero, em
que estão dispostos em seus quatro corners campos de saberes distintos, mas que aqui são
complementares: a educação, o design da informação, as ferramentas de TIC e a inteligência
visual, e cujo ponto médio é o Facebook.
Gráfico 03 – Quadrilátero dos saberes inerentes à materialização
O infográfico do quadrilátero tem a finalidade de auxiliar na compreensão das forças de
pensamento que conformam o estudo apresentado, e assim delimitar um campo de instâncias
que serviram de base para o recorte bibliográfico que atendesse aos interesses de se
compreender a ocorrênciado FB como uma ferramenta material de suporte à relação de ensino
e aprendizagem. Assim, foi possível fazer o deslocamento da compreensão do FB, para que ele
se tornasse um objeto de estudo que ao mesmo tempo é tangente ao design da informação e à
educação. E foi possível classificá-lo como um dispositivo dotado de uma Linguagem Gráfica
cujo uso pode também ocorrer na sala de aula.
É importante se destacar que a ênfase que foi dada, a partir dos quatro domínios acima
elencados, é num aspecto em comum, que é o FB como dispositivo pertencente a uma cultura
de consumo material, e portanto cada campo escolhido colabora para a compreensão de que
essa ordem material vai atuar sob quatro aspectos centrais e convergentes enquanto forças para
a geração e adoção de significado. Introduzidos os campos teóricos de argumentação desta
pesquisa se pode então dar prosseguimento ao aprofundamento das considerações feitas e assim
se discutir o Facebook como Recurso de Ensino e assim posicioná-lo em sua dimensão
científica para aprendizagem.
3. O Facebook como Recurso de Ensino
Discutir o Facebook como um Recurso Didático foi possível a partir de um referencial teórico
balizador que possibilitou o aprofundamento desse contexto híbrido (DI e Educação), mas
direcionado ao DI e que permitiu a inclusão do FB como um ponto médio entre os dois campos,
com o intuito de que ele fosse analisado como um dispositivo dotado de uma Linguagem gráfica
particular. Essa dimensão teórica pode ser melhor compreendida a partir do modelo na figura
abaixo:
Gráfico 4 – Relação design da informação X educação: relação mediada pelo Facebook
A compreensão desse gráfico se pode somar a Classificação para os Recursos de Ensino de
PILETTI (1991). No entanto, ela é uma classificação proposta em 1991, cujo espírito do tempo
ainda não contemplava uma série de condicionantes atuais e o FB ainda é um objeto de estudo
recente nas rodas acadêmicas. Dessa forma fez-se necessário ampliar a proposta de PILETTI
(1991), como mostra a figura abaixo:
Figura 05 – Gráfico de ampliação da classificação dos Recursos de Ensino segundo Piletti (1991, p.68):
É importante esclarecer que a opção de colocar o universo da cultura pop digital que o FB
representa dentro dos Recursos Materiais De ambiente e não nos de comunidade foi uma
consideração tomada a partir dos paradigmas que envolvem o conceito de necessidade dentro
do contexto artificial digital em que estão as redes sociais. Assim, ampliando a classificação de
Piletti se pode classificar o Facebook como sendo um Artefato Escolar Material de Ambiente
Digital para assim se prosseguir apresentando a discussão e o temo central desse texto como a
dimensão científica para aprendizagem.
4. O Facebook e sua dimensão científica para aprendizagem.
Os estudos encontrados em bibliografia estrangeira à brasileira têm apontado para caminhos
diversos que visam entender o fenômeno do Facebook. Existem tanto os que são a favor e
identificam um campo de positividades no seu uso, quanto os que são em parte contrários e já
observam malefícios, denotando um campo de ambivalências, como acontece com frequência
em objetos de estudo recentes, notadamente, quando relacionados ao entendimento das
questões que confluem com a perspectiva da educação e às performances para o aprendizado.
É certo que, para a coleta de seus dados, esses pesquisadores se estruturam entre bases
metodológicas tanto de ordem quantitativa, quanto qualitativa3, ou mesmo fazem uma
abordagem quali-quanti. E é nesse arranjo social-científico que muitos estão tentando dar conta
de explicar ao mundo o como, o porquê, o onde e o quando cada vez mais pessoas estão
adotando esse dispositivo informacional como mediador de suas realidades e estão se educando
a partir disso.
4.1 Alguns aspectos para o uso do Facebook como recurso Didático
Para se entender esse contexto KIRSCHNER & KARPINSKI (2010) alertam para o fato de que
a investigação desse fenômeno é difícil devido às metodologias e as suas definições para a
medição das variáveis de interesse (Kirschner & karpinski, 2010, p.1240). A questão premente
nessa fala reside no fato de que o uso que é dado ao FB não é absoluto, ou mesmo não guarda
uma unidade padronizada de comportamento; ele é relativo, e depende do tipo de ocorrência
que os usuários dão, e isso está interligado ao tipo de rede social que eles constroem.
Entretanto, o tipo de rede social analisada é a que se estabelece num contexto que envolve os
processos formadores dirigidos a alunos adultos, por exemplo, nas relações sociais ocasionadas
pela ação de um curso de formação em nível superior. Relativo a esse contexto se puderam
constatar vários critérios que foram levados em consideração, e que acabaram por elencar uma
3 CHEUNG, PUI-YEE & LEE, (2010) – trabalha com um modelo de pesquisa que propõe uma abordagem de análise da ação
social intencional. (Cheung, Pui-Yee & Lee, 2010, p.1337)
série de benefícios no seu uso acadêmico. Para LIN, HOU, WANG & CHANG (2013),
pesquisadores da China e de Taiwan, sobre esse contexto acadêmico e uso:
O Facebook tem inúmeros méritos: ele é gratuito, fácil de usar, promove a interação
social e tem sido amplamente adotado por jovens adultos. Além disso, o Facebook
pode ser livre e de fácil acesso através de dispositivos móveis. Do ponto de vista
educacional, integrar o Facebook em um curso não requer nenhum custo extra de
desenvolvimento. (Lin, Hou, Wang & Chang, 2013; p:119)
Ainda nesse contexto KIRSCHNER & KARPINSKI (2010), contribuem dizendo que: ... o FB
como uma ferramenta de rede contribui para formar grupos de estudo ou para incentivar os
colegas, por meio do uso de diferentes aplicativos de comunicação. (Kirschner & karpinski,
2010, p.1243). Essas observações abrem um campo de discussões bastante interessante, do qual
se pode argumentar que, com o processo de desenvolvimento constante da Web e das
ferramentas de TIC nela disponíveis, a construção de um ambiente de ensino exclusivo: por
exemplo, cada universidade criar o seu; ou como ocorre no Brasil: o incentivo ao uso de uma
plataforma geral, como o Moodle4.
Por outro lado, deixar de lado a costumização, o exame e a ênfase no particular que os ambientes
virtuais sugerem, e partir num salto vertiginoso para a adoção do que já está pronto e disponível,
é um rumo científico arriscado, e em certa medida totalitário, pois é bom sempre lembrar que é
na dinâmica do particular/global que grandes avanços e transformações sociais foram
construídos. Mas, não se pode deixar de observar que o FB ocasiona um conjunto de facilidades
e conveniências relacionadas às práticas para o manejo, o armazenamento e a difusão de
informação cujo uso é validado e avaliado diariamente por milhares de pessoas.
LEI & ZHAO (2005) ampliam esse contexto de entendimento do FB para a relação com as
práticas dos alunos quando relatam que “...ao se pesquisar as especificidades de acesso, se pode
reconhecer que a quantidade não é tão importante quanto a qualidade quando se trata de uso de
4 Ambiente de ensino e aprendizagem a distância.
tecnologia e desempenho do aluno. (Lei & Zhao, 2005). Então, pode-se aferir que não se trata
de quantos softwares manejar, ou quantas horas na frente do computador efetuando-se tarefas
variadas, mas sim a observação de o que de fato se está fazendo, e para qual real finalidade essa
atividade é desempenhada.
Contribuindo nesse mesmo processo crítico de não inibir o uso das TIC’s, mas sim qualificar e
dimensionar dentro de uma dada realidade de aprendizado, KIRSCHNER & KARPINSKI
(2010) são enfáticos na medida em que dizem:
Especificamente, quando a qualidade do uso da tecnologia não é de perto ou
assegurada, o uso do computador pode fazer mais mal do que bem para o desempenho
do aluno na escola. Além disso, a tecnologia que foi desenvolvida para ter um impacto
positivo no desempenho acadêmico, ou tecnologia com valor educativo, não é ainda
popular e é usada com menos frequência (sic). (Kirschner & Karpinski, 2010, p.1240)
Grifo nosso.
|Essa consideração citada serve aqui para alertar sobre a importância do que os autores chamam
de “Tecnologia com valor educativo”, que se ocupa de preencher a parte da relação que as
pessoas têm com a tecnologia, enfatizando a sua maior valia quando é feita de forma assistida
e parametrizada por valores formadores de uma cultura acadêmica: em conhecimento técnico-
científico, ou mesmo para a elaboração de uma ação crítica aplicada. O trecho transcrito
também deixa subentendido importância do professor quando se deseja que a ação da tecnologia
seja positiva, e quando se tenha uma condição de bem-estar para quem aprende.
Assim recai sobre os professores uma ação protagonista, que é independente da plataforma
virtual utilizada, e que solicita que eles capitaneiem a construção e a estabilização da relação
de limite da ação tecnológica sobre os conteúdos formadores ofertados, devendo isso ser feito
dentro de uma trajetória que se insinua entre os interesses individuais e coletivos do grupo com
que se está trabalhando. Entretanto, é interessante também se destacar que, no caso das
ferramentas de rede social, normalmente são os alunos que acabam por protagonizarem um
comportamento de domínio do manejo, algo que pode ser bem conflituoso, se não conduzido
com bastante atenção e cuidado.
Ainda fazendo a ponte com os aspectos positivos do FB como ferramenta de valor educativo,
HEW5 (2011) é partidário de que o estudante é o agente principal da ação, indicando que os
alunos podem utilizar o FB para contatar os colegas sobre outros trabalhos do curso, projetos
de grupo; ou professores podem contatar os seus alunos sobre links úteis aos cursos. (Hew,
2011, p. 663). Eles podem criar uma atmosfera colaborativa e compartilhada de interesses que
são pertinentes ao grupo, e criar ambientes de discussão para a resolução das questões
articuladas de acordo com o conteúdo que está sendo trabalhado. LIN , HOU, WANG &
CHANG (2013) & JUNCO (2012) observaram ainda que os alunos usam FB para coletar e
compartilhar informações, o que afeta positivamente seu desempenho no aprendizado. (Lin,
Hou, Wang & Chang, 2013; p.111)
4.2 Concorrência, envolvimento e perda de tempo
Um comportamento recorrente quanto ao uso do FB é o fato de que o seu uso pelas pessoas é
frequentemente concomitante ao desenvolvimento de outras tarefas, como ler notícias, estudar,
consultar informações. Então é preciso se estar atento a esse interesse, que muitas vezes se
transforma em dispersão, por uma ordem coletiva de acesso à informação visual. E tal
recomendação visa estabelecer que a sua ação não seja numa ordem competitiva com as demais
atividades: afinal, a maior crítica está relacionada ao uso em concomitância com demais
atividades formadoras, e que deveriam estar associadas ao aprendizado formal.
5 É importante frisar que o que HEW indicava como uma possibilidade em 2011 hoje já é uma realidade entre muitos alunos
de diversos cursos espalhados pelo mundo, e é importante se entender que essas ações na maioria das vezes surgem pela ação
involuntária e como resposta a uma força de pressão do campo simbólico. E o quanto antes se busca entendê-las para fins
educacionais, melhor é a aproximação para o aprendizado.
JUNCO (2012b) e LIN, HOU, WANG & CHANG, (2013) em suas pesquisas alertam para a
relação de associação entre o desempenho de aprendizagem e o uso do Facebook, (lin, hou,
wang & chang, 2013, p.111). Pesquisas anteriores geralmente sugerem uma relação negativa
entre a quantidade de tempo gasto no FB e o desempenho da aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim pode-se concluir o presente texto com o indicativo de que apesar do Facebook quando
analisado pelo prisma da relação de ensino e aprendizagem pode ser considerado como um
Recurso Didático, quando classificado como Artefato Escolar Material de Ambiente Digital,
e pode ser considerado como um objeto de estudo muito interessante para a ação formadora
contemporânea, na sua prática ele ainda não oferece uma segurança para professores e alunos,
no sentido de oferecer garantias para uma efetiva relação de ensino. Sua ação depende muito
da dimensão que o professor assumirá a sua ação e do interesse e comportamento colaborativo
dos alunos.
Devido a sua força de significação entre as pessoas, pesquisas nos campos da educação que o
tomem o Facebook como objeto de análise são muito importantes, e nesse sentido o presente
estudo colabora para deixa o terreno do ensino contemporâneo cada vez mais seguro quando o
tema for discutir tecnologia e educação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HEW, K. F. (2011). Students’ and teachers’ use of Facebook. Computers in Human Behavior 27. Ed.
Elsiever. P. 662–676
KIRSCHNER, P. A., KARPINSKI, A. C. (2010). Facebook® and academic performance.
Computers in Human Behavior 26.6. Ed. Elsevier. P. 1237-1245.
LEI, J., & ZHAO, Y. (2005). Technology uses and student achievement: A longitudinal study.
Computers & Education, 49, 284–296.
LIN, Peng - Chun ; HOU, Huei - Tse ; WANG, Shu - Ming ; CHANG, Kuo. (2013). Analyzing
knowledge dimensions and cognitive process of a project-based online discussion instructional
activity using Facebook in an adult and continuing education course.(Report)(Author abstract) -
EnComputers & Education, Jan, 2013, Vol.60(1), p.110(12).
PILETTI, Claudino. Didática Geral. 13a ed. São Paulo: Ática, 1991.