A DINÂMICA DAS RELAÇÕES HUMANAS NO AMBIENTE …trabalho, os resultados obtidos na Pesquisa de...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A DINÂMICA DAS RELAÇÕES HUMANAS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL
RAQUEL CRISTINA FERREIRA DA COSTA
ORIENTADORA
MS. FABIANE MUNIZ
Rio de Janeiro
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
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INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A DINÂMICA DAS RELAÇÕES HUMANAS NO AMBIENTE
ORGANIZACIONAL
Rio de Janeiro
2010
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Raquel Cristina Ferreira da Costa
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os que nessa empreitada, estiveram de alguma
forma colaborando para a conclusão deste curso. Em especial, agradeço ao
meu marido Carlos Igor, que sempre buscou compreender minha ausência e
meu cansaço pela jornada enfrentada neste período.
Agradeço a meus pais, pela preocupação desprendida e a fé na
persistência para a conclusão deste curso.
Agradeço também ao meu Gestor Marcos Antônio Pereira
Guimarães e a Empresa de Transportes Flores que possibilitou que o objetivo
de uma Formação na Pós Graduação em Gestão de Recursos Humanos e
disponibilizou informações importantes para a construção deste projeto.
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DEDICATÓRIA
Dedico todo o trabalho desprendido no desenvolvimento deste
projeto aos colaboradores da Empresa de Transportes Flores, onde toda a
pesquisa e orientação possibilitaram uma melhor visão dos comportamentos
envolvidos no ambiente de trabalho para melhor atendê-los, identificando suas
necessidades e contribuindo para suprir tais necessidades.
Dedico também este trabalho, a todos os interessados pelo tema,
para que cada vez mais a dinâmica das relações interpessoais possa ser
melhor explorada e analisada, demonstrando a grande importância dessas
relações nos nossos dias e correlacionado-as com a produtividade em nossas
atividades.
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RESUMO
A preocupação com a dinâmica das relações humanas em um
ambiente organizacional no âmbito nacional é justificada pela diversidade de
comportamentos encontrados em diferentes grupos sociais, onde as tomadas
de decisões podem refletir em satisfação ou insatisfação, e tais sentimentos
são geradores de atitudes individuais que podem complicar a interação e
empatia aos demais grupos.
Ao pensarmos em políticas que propiciem a interação dos grupos
existentes em uma organização, possibilitamos o aumento da produtividade,
bem estar e desenvolvimento humano, baseados nos níveis das relações
humanas existentes em uma organização.
Propiciar um ambiente onde se tenha liberdade de expressão,
sentimento de segurança e até mesmo de afeição como a amizade, pode
tranquilamente exercer uma maior motivação ao indivíduo em pertencer
determinada organização, além de agir sempre em defesa dos grupos aos
quais pertence.
Desta forma, este estudo descreve algumas ações e teorias que
envolvem as organizações e seus “microorganismos individuais” que são
responsáveis por sua formação e / ou existência.
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METODOLOGIA
O presente projeto analisou como contribuição teórica, produções
bibliográficas e artigos da web, além da observação gerada dentro de
organizações privadas de prestação de serviços públicos e de ensino superior,
durante a jornada de formação de cada módulo apresentado decorrente o
curso de Gestão de Recursos Humanos.
Foi utilizado também, como enriquecimento da pesquisa para este
trabalho, os resultados obtidos na Pesquisa de Clima Organizacional da
Empresa de Transportes Flores Ltda. do ano que se passou (2009), como
análise para balizamento de uma dinâmica das relações humanas dentro de
uma organização.
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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I
A ORIGEM DAS RELAÇÕES HUMANAS 08
CAPÍTULO II
A HISTÓRIA DA PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL 23
CAPÍTULO III
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL 29
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 39
ANEXO I 41
ANEXO II 45
ÍNDICE 46
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INTRODUÇÃO
Através do decorrer dos anos, a Dinâmica das Relações Humanas
possui uma crescente preocupação nas organizações de acordo com as
mutações que a sociedade vem vivendo.
O processo fundamental das relações humanas dentro de um
ambiente organizacional busca compreender as ações e reações de um
indivíduo que constantemente interage com outro indivíduo.
As relações humanas são notadas como a arte de relacionar-se com
pessoas, comunicar-se, entrosar-se, e deste conjunto atingir uma produção
seja ela qual for.
Tais relacionamentos são ricos em comportamentos que podem
influenciar em uma série e sucessões de outros comportamentos
determinantes para o futuro de uma relação. Este fenômeno é alvo de
constantes preocupações para que se possam estabelecer bons contatos e de
forma produtiva, minimizando os impactos que uma má relação pode
ocasionar, como o aumento no nível de stress social do indivíduo e outras
síndromes que podem ser decorrentes a uma má relação interpessoal.
Nas organizações não deve ser diferente, já que encontramos um
grupo social com finalidades e objetivos em comum, partilhando idéias e
tarefas através de um convívio que poderá resultar em cooperações ou atritos.
Por isto a importância de se estabelecer parâmetros que delimitam estas
relações para desenvolver uma forma saudável dos processos que norteiam
um relacionamento harmonioso, e poder fazer estes processos constituírem
uma visão de futuro onde a qualidade do trabalho desenvolvido através de um
bom relacionamento possa levar a um maior nível de satisfação e produção
deste indivíduo para a organização a qual seja pertencente e desta forma
analisar as formas de comunicação e relação de uma organização estratégica
com visão de futuro junto a seus colaboradores e identificar os tipos de
relações humanas existentes.
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CAPÍTULO I
A ORIGEM DAS RELAÇÕES HUMANAS
Teoria das Relações Humanas
A Teoria das Relações Humanas, ou podemos chamar de Escola
das Relações Humanas é expressa através de um conjunto de técnicas
administrativas originadas no ano de 1929 através de grandes crises obtidas na
quebra da bolsa de valores de Nova Iorque.
A partir dessas crises, a Escola de Relações Humanas criaram
novas idéias que demonstraram uma nova perspectiva para a recuperação e
renascimento das empresas minimizando as preocupações de seus dirigentes
e presidentes, visualizando o capital humano com um olhar mais abrangente.
Desta forma, houve a necessidade de conhecer as atividades e
sentimentos de cada indivíduo que forma a base da estrutura organizacional e
estudar a partir de então, não só a formação, mas a dinâmica das relações
humanas e de como são formados os grupos dentro da organização.
Dentre as novas idéias apresentadas pela a Escola de Relações
Humanas, está a de que o ser humano não pode ser reduzido a um único
comportamento simples e mecânico. Ele é muito mais do que isso e portanto
não pode ser subestimado, já que existe diferentes comportamentos de acordo
com as situações em que são expostos.
O homem é, ao mesmo tempo, guiado pelo sistema social e pelas
demandas de ordem biológicas, assim sendo, o ambiente em que está inserido
influencia nos seus pensamentos e atitudes.
Todos os homens possuem necessidades de segurança, afeto,
aprovação sociais, e auto-realização. Esta auto-realização nem sempre está
ligado ao fator financeiro em uma organização, mas de qual a importância que
este indivíduo tem e sente dentro de uma organização.
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Foi a partir destes conceitos que a visão da participação dos
funcionários na tomadas de decisão e a disponibilização das informações que
recebem da empresa na qual pertencem passaram a ser focado nas dinâmicas
das relações humanas.
Elton Mayo, sociólogo australiano, foi um dos teóricos que contribui
com a Escola das Relações Humanas. Preocupado com os aspectos
psicológicos dentro das organizações, Mayo contribuiu com diversas pesquisas
no ramo sempre se baseando nos comportamentos sociais dos empregados e
empregadores.
“Para Mayo, as Relações Humanas são ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos entre as pessoas e o grupo, permitindo uma atmosfera onde cada pessoa é encorajada a expressar-se livre e sadiamente.” Robbins, 1978, p.45.
Para Mayo, cada pessoa procura ajustar-se às demais pessoas de
um determinado grupo para que possa ser compreendida e tenha participação
ativa buscando atender seus interesses e aspirações.
Então, vimos que a Teoria das relações humanas teve sua primeira
aparição através do estudo com as preocupações em corrigir as tendências a
desumanização no ambiente de trabalho decorrente a métodos rigorosos para
execução das tarefas profissionais.
A origem das relações humanas aborda esta necessidade de
humanizar e democratizar os comportamentos de diversos grupos sociais
dentro das organizações onde a adequações dos padrões de vida se torna
inevitável.
As ações humanas são as ações e atitudes desenvolvidas pelos
contatos entre pessoas e grupos. Os indivíduos dentro das organizações
participam de grupos sociais e com isto matem uma constante interação social.
Estas relações são geradas pela interação social desenvolvendo
atitudes através dos contatos uns dos outros e da riqueza de pensamentos e
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idéias que podem influenciar a compreensão da natureza dessas relações
humanas que permite um melhor resultado para as inter-relações.
Ao estudarmos a origem das relações humanas, passamos a tratar
as organizações como um grupo de pessoas e não mais como um conjunto de
máquinas. Enfatizamos as pessoas e não mais as tarefas ou a tecnologia,
enfim, observamos a dinâmica grupal e interpessoal.
Segundo o autor Elton Mayo, o homem e seu grupo social possuem
aspectos psicológicos e sociológicos.
As relações Humanas são baseadas na motivação. São forças
conscientes ou inconscientes que podem levar o indivíduo a determinados
comportamentos.
Objetivados por uma necessidade ou motivos, o comportamento do
indivíduo é dirigido às metas pessoais que podem satisfazer suas
necessidades e uma vez satisfeita essa necessidade surge outra em seu lugar
e assim por diante, de forma contínua.
Desta forma, podemos afirmar que as necessidades motivam o
comportamento humano dando-lhe direção e conteúdo.
Estas necessidades podem ser classificadas na forma básica a
seguir:
Necessidades Fisiológicas:
A teoria conhecida como Hierarquia das Necessidades de Abraham
H. Maslow nos diz que cada ser humano esforça-se para satisfazer suas
necessidades.
As necessidades fisiológicas demonstram o ser humano como um
ser biológico, um ser vivo, com prioridades de satisfação para sua
sobrevivência como respirar, comer, beber, dormir, ter relações sexuais e
outras. Com todas essas necessidades para sua existência, o ser humano
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possui uma dinâmica que o pulsiona ao contato com ambientes para a
satisfação de tais necessidades. São impulsos básicos que estimulam
comportamentos que busca um equilíbrio biológico interno e que pode ser
influenciado pela cultura. Uma vez satisfeita tais necessidades, o ser humano
se depara com outros estímulos a serem satisfeitos.
Necessidades Psicológicas:
As necessidades psicológicas muito têm haver com o ajustamento
ao meio social em que se vive, ou seja, há uma necessidade de participação
dos grupos sociais onde existe a prática dos sentimentos humanos. Esta
necessidade está intimamente ligada ao contato com outros seres humanos e
torna-se decisivo ao seu sucesso de ajustamento ao meio social, ou seja, uma
necessidade de adaptação.
Essa necessidade de adaptação leva o indivíduo ao
aperfeiçoamento pessoal dando-lhe oportunidades de amadurecimento através
da experiência obtida pelo convívio com outros indivíduos onde pode ser
trabalhado os sentimentos que compõe uma relação como amor, ódio,
confiança, afeição, etc.
Necessidade de Auto-realização:
Essas necessidades estão relacionadas às potencialidades e
desenvolvimentos individuais do ser humano. Tal necessidade encontra em
seu vértice, também sentimentos pouco apreciados pelo ser humano como a
frustração, mas que pode servir de base para motivação de um novo projeto e
para o que considere um sucesso pessoal, seja na vida emocional, profissional,
social, etc. Essas necessidades encontram-se no nível mais elevado na Teoria
de Maslow (Hierarquia das Necessidades) e podemos entender com isso que o
ser humano está em constante desenvolvimento.
Em 1932, Elton Mayo desenvolveu uma experiência com
funcionários de uma fábrica de Western Eletric Company, situada em Chicago,
no bairro de Houtorne e tinha como objetivo inicial, conduzir experimentos
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relacionando a luminosidade no ambiente de trabalho com a eficiência dos
operários, medida pela produção.
Através dos primeiros resultados observou-se a questão da fadiga,
acidentes de trabalho, baixa produtividade e insatisfação no meio em que
estavam inseridos.
Através desta observação diagnosticaram-se prejuízos de natureza
psicológica em diversas variáveis de comportamentos.
A experiência desenvolveu-se em quatro fases.
Na primeira fase avaliou-se o efeito sobre o rendimento dos
funcionários através da separação de dois grupos que faziam o mesmo
trabalho em condições semelhantes, porém, um grupo trabalhava com uma
iluminação constante e o outro com uma iluminação variável.
Através deste estudo foi encontrada relação entre a iluminação e
rendimento dos funcionários que eram atingidos psicologicamente pela fadiga,
estresse, e comportamento hostis ocasionados pelo cansaço.
A segunda fase foi o estudo com seis moças de nível médio
separadas do departamento apenas por divisórias de madeira. O restante
continuava sob as mesmas condições de trabalho. A Observação foi dividida
em 12 períodos experimentais, onde foi avaliado as variações de rendimentos
decorrentes das inovações a que eram submetidas o grupo de referência. As
conclusões que os pesquisadores chegaram foi que o grupo que trabalhava
com maior liberdade e menos ansiedade, e que estavam submetidos a um
ambiente amistoso e sem pressões, que não havia temor ao supervisor,
conseguiu um desenvolvimento social do grupo desenvolvendo liderança e
objetivos comuns.
A terceira fase foi baseada nas conclusões de fase anterior em que
as moças do grupo de referência tinham atitudes diferentes das do grupo de
controle, os pesquisadores foram se afastando do estudo das melhores
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condições físicas de trabalho e passaram a estudar as Relações Humanas,
pois a empresa apesar da sua política de pessoal aberta, pouco sabia sobre os
fatores determinantes das atitudes das operárias em relação à supervisão, aos
equipamentos de trabalho e a própria empresa.
Passou-se então a investir em programas de entrevistas, nos
setores. A empresa através deste programa de entrevistas pretendia obter
maiores conhecimentos sobre as atitudes e sentimentos dos trabalhadores, e
também de sugestões que pudessem ser aproveitados como uma ouvidoria
interna. Devido à boa aceitação do programa, foi criada a Divisão de Pesquisas
Industriais para absorver e ampliar o programa de pesquisa. Este sistema de
entrevista sofreu alteração, porque foi preciso adotar a técnica da entrevista
não diretiva, na qual o operário se expressava livremente sem que o
entrevistador interferisse ou estabelecesse um roteiro prévio. Nesta etapa, em
que os trabalhadores foram entrevistados, revelou-se a existência de uma
organização informal dos mesmos, com vistas a se protegerem do que
julgavam ameaças da Administração ao seu bem-estar, o que vem a frente
constituir uma pesquisa de Clima Organizacional nos tempos atuais,
preservando da melhor maneira possível, a integridade do trabalhador ao que
se refere ao seu ambiente profissional.
A quarta fase teve o objetivo tendo como objetivo analisar a
organização informal dos operários. Para isso fosse possível, foi formado um
grupo experimental, contendo de nove soldadores e dois inspetores, sendo que
eles eram observados por um pesquisador e entrevistados esporadicamente
por outro, e seu pagamento era baseado na produção do grupo. Os
pesquisadores notaram que os operários, após atingirem uma produção que
julgavam ser a ideal, reduziam o ritmo de trabalho, informavam a sua produção
de forma a deixar o excesso de um dia para compensar a falta em outro, em
caso de excesso solicitavam pagamento. Basicamente o que os pesquisadores
observaram, foi uma solidariedade grupal e uma uniformidade de sentimentos
os operários.
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Esta Fase permitiu o estudo das Relações Humanas entre a
organização formal de fábrica e a organização informal dos operários.
O que Mayo conseguiu concluir destas experiências foi a conclusão
de que o nível de produção é determinado pela integração social e não pela
capacidade física dos operários. O comportamento do indivíduo se apoia
totalmente no grupo e dos indivíduos que agem como parte do grupo, desta
forma a compensação de um ambiente amistoso traz mais satisfação do que
relacionar a produção com ganho.
O comportamento dos trabalhadores está condicionado às normas e
padrões sociais. Eles agem de modo a obter recompensas sociais ou a não
obter regras de comportamentos sociais.
A existência de grupos sociais que se mantém em constante
interação social dentro da empresa, aumenta consideravelmente o nível da
produção como também influencia no nível de satisfação dos trabalhadores
pertencentes a organização. Desta forma, aquilo que era visto como elementos
emocionais e mesmo irracionais passam a merecer uma maior atenção nas
organizações.
Segundo os pontos de vista de Elton Mayo:
”O trabalho é uma atividade grupal onde o operário reage como um membro de um grupo social. A organização desintegra grupos primários como a família, mas forma uma unidade social e o conflito é o germe da destruição sendo necessária a formação de uma elite capaz de compreender e de se comunicar, dotada de diretores democráticos e simpáticos” Robbins, 1978, p. 104.
Assim, Mayo demonstrou a importância dos estudos continuados às
Relações Humanas no ambiente organizacional.
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Tipos de Grupos Sociais
Assim como existe vários tipos de organizações, dentro delas ou,
para cada uma delas podemos encontrar um diferente grupo social.
O grupo social nada mais é do que a reunião de duas ou mais
pessoas interagindo umas com as outras e por isso, são capazes de ações
conjuntas movidas por um objetivo em comum.
Podemos citar como grupos sociais, os grupos familiares, providos
pela instituição família, onde para cada uma existe suas normas, regras, e seus
valores. Citamos também os grupos educacionais proveniente das escolas, os
grupos políticos, religiosos, enfim. Para cada ambiente em que vivenciamos,
podemos observar os grupos que são constituídos e que em algum momento
faremos parte.
O coletivo é uma das características principais para a descrição de
um grupo. A comunicação entre uns e outros, e a sua forma de organização e
disposição na sociedade, é fonte geradora de diversos estudos sobre o
assunto, desenvolvido na área das Relações Humanas.
Para um grupo funcionar bem, ele precisa de uma ordem interna,
uma norma que dita os comportamentos do grupo e de um objetivo em comum,
seja pela ordem dos pensamentos e / ou pelos valores que cada pessoa
carrega consigo.
Podemos classificar os grupos de acordo com a proximidade que
temos com seus integrantes.
Os grupos primários são grupos em que seus integrantes são
pessoas as quais temos mais contatos (família, vizinhos, amigos mais íntimos).
Os grupos secundários são mais complexos como os integrantes de uma
determinada religião e que predominam os contatos em situações
circunstanciais e de maneiras indiretas.
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Os grupos intermediários são aqueles que se alternam e se
complementam as duas formas de contatos sociais anteriormente citadas.
Além dos tipos que já foi apresentado, podemos também destacar
os “agregados sociais”. São reuniões de pessoas em forma de aglutinação que
mantém entre si o mínimo de comunicação em algum fato que possam
encontrar-se em uma relação social (Ex.: palestras, convenções, outros).
Os grupos sociais constituem uma sociedade e possuem forças em
comum que os mantém. Para a sua sobrevivência e organização, eles
precisam de uma liderança. Alguém que possa manter e exigir os padrões de
comportamentos condizentes com o grupo.
O líder exerce autoridade que varia de acordo com a posição social
e qualidades que possa ter, como o grau de comunicabilidade por exemplo.
Cada grupo possui seus valores sociais que variam no espaço e no
tempo, em função de cada época, geração e da própria sociedade.
GRUPOS SOCIAIS
PRIMÁRIOS
SECUNDÁRIOS
INTERMEDIÁRIOS
AGREGADOS SOCIAIS
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A posição ocupada por um indivíduo dentro de um Grupo social é
denominada de status, ou seja, a imagem que é adquirida por pertencer a
determinados grupo. Pode ser vista também como um rótulo, já que facilmente
somos identificados por estereótipos.
Segundo o sociólogo Alberto Torres:
“O status social implica nos direitos, deveres, prestigio, e até privilégios conforme o valor social conferido a cada posição ocupada dentro de um grupo” Torres, 1978, p.58.
Isso significa que pode ser comparado dentro de uma organização
através da divisão hierárquica existente em uma empresa por exemplo. Através
desta comparação, percebemos a diferença que o “status” permite a um grupo
social de pessoas.
É como uma tendência natural do ser humano, procurar identificar-
se com alguém ou espelhar-se em algo que possa trazer-nos ajustamento no
ambiente que nos encontramos e assim, estabelecer um vinculo social.
Todos nós constantemente somos associados a várias situações e
procuramos associar-nos a grupos para a nossa própria sobrevivência como
um ser social.
Cada sociedade é constituída por uma rede de grupos. Assim, como
um grupo social constitui um todo superior a soma dos indivíduos que o
compõem. Os indivíduos / pessoas, estão ligados a uma rede de interesses
comuns e vivem de certa forma da solidariedade entre eles, buscando criar
alicerces de sustentabilidade para os seus membros.
Tipos de Organizações
Uma organização se caracteriza pela combinação de esforços
individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Grandes
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exemplo que podemos citar como organizações são as empresas,
associações, órgãos do governo, ou seja, qualquer entidade pública ou privada.
As organizações são compostas de estrutura física, tecnológica e pessoas, e
onde há pessoas, não podemos deixar de observar as relações humanas que
há entre elas.
Segundo Vasconcellos (1975, p. 170) organizar é o processo de
reunir recursos físicos e humanos essenciais à consecução dos objetivos de
uma empresa.
Na história da criação das organizações é citado a escolha
estratégica, os tipos de recursos envolvidos, a ecologia organizacional e o
histórico institucional. Os desafios a que procura responder incluem a melhoria
da qualidade, as alianças estratégicas, a implementação de novas tecnologias,
os processos de direcionamento desta organização assim como a sua
finalidade de existir e controle social.
Uma organização pode ser definida como uma combinação
intencional de pessoas e de tecnologia para atingir um determinado objetivo. É
uma divisão, de grupos, pessoas, que compõem e alimentam esta organização.
Se pararmos para observar, concluiríamos que as organizações
invadem tanto a sociedade como nossa vida particular. Diariamente estamos
em contato com as organizações.
Talvez a maioria das pessoas gaste a maior parte da vida em
organizações, e acabamos fazendo parte delas. O que seria de uma empresa
de ônibus senão fossem os seus passageiro?. O que seria da igreja senão
fosse os seus fies?. O que seria da prefeitura senão fosse os moradores de
determinadas cidades?.
Se não gastamos a maior parte do tempo como membros (no
trabalho, escola, vida social e cívica, na igreja, etc.), somos pelo menos
afetados como clientes, pacientes, consumidores ou cidadãos. Nossas
experiências dentro das organizações ou em contato com elas pode ser boa ou
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má. As vezes as organizações podem parecer suficientemente ajustadas ou
responsabilizadas pelas nossas necessidades e, outras vezes, nosso contrato
com elas pode provocar irritação e frustração. Podem até chegar a ser um
tormento para nós.
Todas essas relações possuem dinâmicas diferentes de
comportamentos sociais que cada indivíduo pertencentes a sociedade como
um todo.
Somos sempre membros, ora de um grupo, ora de outro grupo,
oposição ou direita. Somos massa.
Estas experiências pessoais dentro das organizações ou em contato
com elas nos fazem compreender o grande significado de "estar organizado" e
/ ou estar socializado.
Como nossas atitudes para com as organizações podem ser
positivas ou negativas, este tipo de compreensão mediante o senso-comum
pode, pelo menos, dar-nos uma boa base para o exame mais sistemático do
que são as organizações.
“As organizações diferenciam-se de outros ajuntamentos de pessoas por sua conduta voltada para metas. Isto é, as organizações perseguem metas e objetivos que podem ser mais bem alcançados pela ação harmoniosa das pessoas. Possuem três características importantes: conduta, estrutura e processos.” Donnelly, 1998,p.196.
Uma justificativa que podemos mencionar para a existência de
organizações é a de que alguns objetivos só podem ser alcançadas mediante a
ação conjunta de grupos de pessoas.
Neste sentido, qualquer que seja o objetivo para a construção desta
organização (obtenção de lucro, educação, religião, saúde, eleição de um
candidato ou construção de um estádio de futebol), as organizações se
caracterizam por um comportamento direcionado para determinada meta. Isto
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é, visualizam metas e objetivos que podem ser alcançados de modo mais
eficaz e eficiente pela ação conjunta de indivíduos.
As organizações são instrumentos vitais para a existência de uma
sociedade.
Suas realizações nos campos da indústria, educação, saúde e
interesses nacionais resultaram em enormes aumentos do padrão de vida e do
poder de influência mundial. A própria importância das organizações com que
devemos tratá-las no nosso cotidiano deveria demonstrar, para cada um
indivíduo, unidade social, o vasto poder econômico, social e político que
possuem separadamente.
As organizações possuem um rico ambiente para o desenvolvimento
das relações humanas.
Para isto, são avaliadas três as características comuns a todas as
organizações, como vimos até agora que são os comportamentos de cada
indivíduo que a ela pertence, a sua estrutura e logo os seus processos que são
fundamentais para a sua estruturação.
O que São O que Têm O que Fazem
Têm Pessoas Comportamento humano
Satisfazem necessidades Desenvolvem atitudes Motivam Comandam Desenvolvem grupos
São Organizadas Estrutura Crescem Ampliam-se Alteram-se Combinam Dividem-se
Fazem Pessoas exercendo alguma atividade
Processos Comunicam Tomam decisões
No que diz a respeito dos ambientes sobre as estruturas
organizacionais com mais detalhadamente, existe a preocupação em fazer uma
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distinção entre três tipos de ambiente. A real importância veremos ao tratamos
do Clima Organizacional, porem vale mencionar alguns aspectos de um
ambiente estável, em transformação e turbulento.
Ambiente Estável
Um ambiente estável tem pouca ou nenhuma mudança imprevista
ou repentina. As mudanças nos produtos ocorrem com pouca freqüência e as
modificações podem ser planejadas com bastante antecedência.
A procura de mercado tem variações apenas insignificantes e
previsíveis. Devido ao ritmo crescente de mudança tecnológica, é difícil
encontrar-se ambientes organizacionais estáveis. Mesmo assim, eles existem.
Ambiente em Transformação
Em um ambiente que esteja em transformação, pode haver inovação
em produto, mercado, legislação ou tecnologia. Mas tais mudanças
provavelmente não pegarão os diretores da organização completamente de
surpresa. É provável que as tendências não afetaram a sua estrutura
hierárquica.
São visíveis e previsíveis e as organizações se ajustam com
facilidade. Por exemplo, criação de novos setores e departamentos, mudanças
de endereços de escritório, dentre outros.
Outras organizações que operam num ambiente em transformação
são muitas indústrias de setores em constante crescimento como o ramo de
construção cível.
Ambiente Turbulento
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São caracterizadas por organizações que estejam sempre em
concorrência ou que sofrem pressão de metas operacionais para a continuação
do negócio.
Os avanços tecnológicos também podem ser fator desencadeante
das pressões organizacionais e novos projetos de produtos ou métodos de
produção, também tornam um ambiente turbulento.
Poucas organizações operam constantemente em turbulência.
Ocorrendo uma mudança rápida e radical, estas geralmente passam por um
período apenas temporário de turbulência antes de se ajustarem. Por exemplo,
hospitais têm que se ajustar a um repentino aumento da procura de seus
serviços ou serviços de Call Center que constantemente estão tendo o seu
atendimento mensurado / medido.
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CAPÍTULO II
CLIMA ORGANIZACIONAL
As instituições que operam por intermediar conhecimentos baseados
nas ciências da Antropologia, Administração, Sociologia, Psicologia, Política, e
muitas outras, apresentando assim, inúmeros desafios para todas as
organizações em unir tais ciências para a sua sobrevivência.
Esta luta constante é formada por um movimento instituído de regras
de comportamentos e pelos participantes de uma organização que buscam a
superação dos obstáculos que surgem com o decorrer das realizações das
tarefas de cada membro.
Com isto, os executivos de tais organizações precisam estar
sensíveis e conscientes da relevância da criação e manutenção de um clima
motivacional propicio para alcançar melhores resultados através das atividades
por cada organização.
Existem três fatores relevantes ao clima que precisam ser
observados:
Fator Cognitivo
Refere-se aos valores relativos ao trabalho, ou seja, são as crenças
sobre o que é ou não desejado em suas atividades. Isto possivelmente é
introjetado como um caldo de cultura, onde nem é preciso experimentar a
tarefa para dizer que não gostamos de realizá-las.
Fator Motivacional
Expressam interesses e desejos do individuo para a realização da
tarefa. Pode muitas vezes estar relacionado a um status social como vimos
anteriormente, ou na importância de cada tarefa a ser realizada.
Fator Hierárquico
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Onde as atividades são avaliadas através de valores relacionados às
atividades, ou seja, através de um nivelamento das funções ao longo das
importâncias dadas as funções.
Quando há satisfação nestes três fatores apresentados, é gerado
sinergia entre as atribuições do indivíduo e conseqüentemente maior
produtividade na atividade.
Um clima organizacional com menor tensões, favorece o
comprometimento, motivação e produção. É possível através dele, avaliar
ações para melhorar a integração organizacional e a dinâmica de seus grupos.
Ele é uma variável dependente da qualidade do trabalho, da forma de como
este trabalho é desenvolvido, quais os seus benefícios dentro da organização,
ou seja, qual a contribuição das tarefas na estrutura organizacional.
Isso refere-se ao sentimento de realização do indivíduo, pois a partir
disto ele consegue enxergar a sua importância dentro do grupo que está
pertencente.
Paralelamente, Rodrigues (1992), afirmam que diversos autores
associam confiança à melhoria do clima e da satisfação organizacionais, o
aumento no desempenho dos funcionários na empresa, em seus aspectos
HIRÁQUICO
MOTICACIONAL
COGNITIVO
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financeiros e mercadológicos. Ao estímulo de cooperação e à geração da
vantagem competitiva.
Porém, mais do que a qualidade oferecida pelas organizações no
seu ambiente, a geração da competitividade e os relacionamentos
interpessoais como um todo, são capazes de derrubar a construção de um bom
clima organizacional.
“As dificuldades na interação entre colegas, administradores e subordinados, a comunicação deficiente, as atitudes negativistas e a instabilidade emocional são os principais propulsores de um clima organizacional tenso, nefasto para a promoção de metas organizacionais.” Chiavenato, 1986, p.183.
Chiavenatto, um grande autor em publicações referentes as áreas
organizacionais, Especialista em Gestão de Pessoas, considerado um ícone na
administração brasileira e referencia no estudo de Pesquisa de Clima
Organizacional.
Ele aborda estratégias do setor organizacional para lidar com as
pessoas as quais considera parceiras de negócios e não mais como
empregados contratados. Segundo Chiavenatto, o talento humano passou a
ser considerado o “capital intelectual da organização”, sendo elemento
essencial para o sucesso deste grupo.
“A administração nos novos tempos é isso. Lidar com competências organizacionais, com recursos disponíveis, com mudanças, incertezas quanto ao que virá e muita competitividade.” Chiavenatto, 1986
Tudo o que fazemos está, de alguma forma, ligado às organizações.
Por essa razão, é preciso conhecê-las melhor. Como elas são e como
funcionam. Como se tornam bem-sucedidas. Como crescem e se
desenvolvem. Como inovam e se reinventam constantemente. Tanto faz
estarmos dentro ou fora delas, pois nossos comportamentos são mutáveis de
acordo com o ambiente em que estamos, o importante é que fazem parte de
nossas vidas.
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26
Pertencemos a todo instante de muitas delas, em razão do trabalho,
profissão, estudos, religião, política, esportes, divertimento, cidadania,
filantropia, etc. E quase sempre são essas organizações que nos possibilitam
alcançar nossos objetivos individuais (dinheiro, conhecimento, sucesso
profissional, carreira, competências, segurança, status, prestígio).
Este objetivo remete-nos a nos engajarmos nas buscas de
realizações pessoais e individuais e inevitavelmente interagir com o meio social
ao nosso redor.
A partir desse conhecimento, podemos passar a entender a
importância de se constituir um ambiente melhor trabalhando a dinâmica das
relações humanas conforme a proposta inicial das Pesquisas de Clima
Organizacionais.
Essa proposta estabelece meios de identificar através de
questionários (uma das ferramentas de administração do clima), pontos
importantes a ser trabalhados dentro da organização, quais as áreas mais
críticas, quais as maiores insatisfações, e outros.
A Pesquisa de Clima Organizacional
O Clima organizacional é visto como conjunto de valores, atitudes e
padrões de comportamentos, formais e informais, existentes em uma
organização, que afetam a maneira como pessoas se relacionam umas com as
outras e com a própria organização.
A Pesquisa de Clima Organizacional é uma ferramenta para coletar
dado que forneçam informações importantes sobre como as pessoas se
sentem em relação ao ambiente em que se encontram e consequentemente o
grau de satisfação e desempenho deles.
Surgiu a partir do pensamento de autores (após a segunda guerra
mundial) sobre o comportamento e satisfação do trabalhador, mas pode ser
27
27
aplicada em organizações escolares, desportivas, ou qualquer ambiente que
necessite do desempenho humano.
Os estudos da época já concluíam que, com a modificação do
comportamento dos líderes, treinando-os e orientando-os, resultaria no
aumento da eficiência do grupo havendo melhoria nos relacionamentos.
A Pesquisa tem como objetivo, avaliar o grau de satisfação dos
colaboradores em relação ao ambiente, criar um canal de comunicação direta
entre os participantes do grupo social, permitir a melhoria do clima onde foi
constatado o maior grau de insatisfação no ambiente e também criar junto aos
membros do grupo, meios de aperfeiçoar a comunicação entre eles.
Tudo isto está relacionado a cultura na qual as organizações estão
inseridas.
“... cultura organizacional é o conjunto de valores, crenças e tecnologias que mantém unidos os mais diferentes membros de todos os escalões hierárquicos, perante as dificuldades, operações do cotidiano, metas e objetivos.” Montana, 2002, p.98.
Conforme Nassar, podemos afirmar que a cultura organizacional
produz as mais diferentes pessoas diante de uma sociedade assim como um
conjunto de percepções que remete a imagem desta organização.
A Pesquisa de Clima oferece a oportunidade de o indivíduo avaliar o seu grupo
e demonstrar o que precisa ser modificado. O interessante é que a partir de
ferramentas como esta, o indivíduo passa a ter a sensação de maior
participação e influencia nas modificações estabelecidas através dos
parâmetros identificados por este sistema.
Essa sensação já colabora no desenvolvimento das relações sociais,
pois permite enxergar o ponto inicial a ser trabalhado levando a motivação de
todos no grupo.
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Desenvolvimento do Clima através de Dinâmica das Relações
A Dinâmica de Grupo são capazes de vivenciar situações da rotina
diária de uma organização e pode ajudar na mudança de comportamentos,
além de identificar ações individuais dentro do grupo.
Os comportamentos competitivos entre organizações, grupos e
pessoas podem prejudicar a boa relação estabelecida em um ambiente e / ou
não conseguir atingir esta boa relação dentro de um grupo.
Podemos identificar tais situações em grupos que trabalham com
metas como as consultorias, telemarketing, vendas e outros.
Porém, em todos os lugares em que nos apresentamos é necessário
termos ações coletivas, demonstrar a capacidade de interagir e ser aceito.
Em conseqüência dessa necessidade, surgem outros fatores
estressores: a necessidade de ajustamentos ao ambiente e o equilíbrio
emocional passa a estar ameaçado pela pressão encontrada ao seu redor.
Tais competências podem perceber indo ao encontro a um princípio básico
do ser humano que é agir socialmente.
Sabemos também que o processo de interação grupal não é tão fácil, pois exige das
pessoas transformações comportamentais e que por muitas vezes vão contradizer sua
cultura, educação familiar e mesmo sua personalidade.
Apesar de o ser humano ser competitivo, está acostumado a trabalhar
individualmente e não em equipe.
O papel das organizações no entanto, está em identificar as diferentes
características dos indivíduos, facilitando a sua adequação através de atividades que
visam o desenvolvimento pessoal.
É fundamental que as organizações pensem em criar programas de
incentivos ao desenvolvimento humano através de treinamentos e reuniões baseados
na motivação, liderança, trabalho em equipe, criatividade e inovações.
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CAPÍTULO III
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
A liderança é o poder de influencia de uma pessoa dentro de um
grupo, transformando os comportamentos deste grupo de forma homogêneo e
unificador.
Um líder é alguém que influencia os outros a seguir idéias, atos,
comportamentos e consegue agrupar pessoas que tenham algo em comum.
A responsabilidade de um líder em definir a realidade ou mesmo de
dinamizar os relacionamentos dentro de um determinado grupo, são ações que
permitem a existência deste mesmo grupo, pois através da liderança é que
dentro do possível, encontramos harmonia para continuidade dos grupos.
A motivação é um estado no qual o indivíduo através da plena
satisfação de suas necessidades. É uma condição do organismo que influencia
no comportamento humano. È um impulso interno que leva à ação do
indivíduo.
Um dos principais obstáculos para a motivação é a incapacidade
que o sujeito tem em criar diálogos entre duas ou mais pessoas. Onde este
sujeito não possui a arte de comunicar-se e estabelecer vínculos sociais.
Nossa vida é repleta de princípios e normas a serem seguidos e a
motivação está na medida de como conseguimos nos ajustar a este conjunto
para que cada vez mais possamos obter novos conhecimentos e experiências.
A partir disto, vimos e afirmamos que liderança e motivação são
características que caminham juntos e que são necessárias para uma dinâmica
de relações estabelecidas socialmente, enfim, nas organizações como um
todo.
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A liderança é a convocação de habilidades possuídas por uma
maioria, mas que são utilizadas por um grupo pequeno de pessoas, ou seja, a
minoria.
Um líder é que conduz as pessoas e as organizações em direções
que sozinha não seguiriam, e a objetivos que sozinhos não alcançariam. Um
líder faz parte de uma organização. Podem formar culturas, ganhar guerras,
mudar a história dos eventos. São estrategistas que possuem muitas vezes
visões que os outros deixam de perceber.
Através das experiências de Mayo, como já visto, o reconhecimento
que os colaboradores de uma determinada empresa buscavam era mais do
que dinheiro no trabalho realizado. Eles buscavam outros estímulos como o de
pertencer a um grupo com equilíbrio emocional e comunicabilidade onde
pudessem expressar-se livremente a uma determinada pessoa e que esta
pudesse ouvir.
Este é um líder, alguém que possa extrair as reais necessidades de
seus seguidores para em conjunto, buscar soluções satisfatória à harmonia do
grupo.
A motivação refere-se a forças energizadoras que dirigem e
sustentam os esforços de uma pessoa. Todos os nossos comportamentos,
exceto os involuntários são motivadores.
Uma pessoa altamente motivada não poupará esforços para o
atingimento de metas de desempenho, seja individual ou coletivamente, mas
que para ser coletivamente necessita do equilíbrio nas relações interpessoais
do grupo direcionadas por um líder.
A maior contribuição da Teoria das Relações Humanas foi ressaltar
a necessidade de uma boa dinâmica nas relações humanas dentro das
organizações, o tratamento dado às pessoas, tanto de seus lideres como
propriamente dos colegas pertencentes ao grupo. A participação dos próprios
membros do grupo faz com que as pessoas possam ter um papel mais
31
31
dinâmico e em conseqüência disto surgem lideres a fim de melhorar o
tratamento oferecido e a propiciar um ambiente motivador e mais favorável.
Maslow afirmou que existem sistemas responsáveis por grande
parte do nosso comportamento. Através de sua Teoria da Hierarquia das
Necessidades ele colocou esses sistemas em escalas, nivelando-os conforme
suas prioridades, ou seja, do que considerava mais primitivo e imaturo ao mais
civilizado e maduro.
As necessidades fisiológicas ou biológicas constituem o nível mais
baixo de todas as necessidades humanas, como a fome, a sede, o sono, a
necessidades de repouso. Estas necessidades são primordiais a serem
satisfeitas para o desenvolvimento humano.
As necessidades sociais são relacionadas com a vida associativa do
sujeito. O que leva o indivíduo a interagir com o outro e desta forma está ligado
a formação dos grupos. Nela está o sentimento de participação, aceitação,
amizade e afeto. Quando estas necessidades não estão satisfeitas,
encontramos pessoas que se tornam mais resistentes e hostis em relação aos
outros levando-os a falta de adaptação e desajuste social.
As necessidades de estima estão ligados a auto avaliação e auto
estima. A realização do que consideram importantes a si mesmo. Está ligado
ao status social, prestígio e consideração e a sua satisfação direciona ao
sentimento de inferioridade, dependência e desamparo levando o indivíduo ao
desânimo e desmotivação.
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Com isto vimos a necessidade de satisfação desses fatores para
alcançar a motivação e manter uma boa dinâmica de relações nas
organizações.
A motivação pode causar aumentos consideráveis na produtividade
e satisfação dentro de um grupo social / organizacional. Ela pode ser descrita
como um processo de estimular o individuo a tomar ações necessárias a sua
realização.
A motivação também pode ser considerada um sentimento que
move uma ação a partir de condicionamentos.
“O comportamento reforçado será repetido, e o comportamento não reforçado tem menos chance de ser repetido. Por exemplo, se um individuo é promovido por ter aumentado sua produção, é muito provável que ele continue a aumentá-la para conseguir outra promoção” Montana, 2002, p. 214.
Esta citação refere-se a teoria do reforço a que Skinner, considerado
o precursor da psicologia comportamental, presume que as conseqüências do
comportamento de uma pessoa determinam o nível de sua motivação. As
ações com conseqüências positivas sobre o individuo que as pratica tendem a
ser repetidas no futuro, enquanto o comportamento punido tende a ser
eliminado.
Isto resulta a importância de uma boa liderança dentro das
organizações como fatores motivacionais e em especial às áreas em que as
pessoas se encontram envolvidas.
Uma das técnicas defendidas por Skinner é a necessidade da
modificação do comportamento dos indivíduos dentro de uma organização
através do respeito de dois pilares básicos.
A primeira é a modificação do comportamento organizacional onde a
aplicação da Teoria do Reforço às atividades movidas por indivíduos para
mudanças nas estruturas organizacionais é que as pessoas atuam da forma
que consideram mais gratificantes e recompensadoras.
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33
O segundo pilar é que o comportamento pode ser influencia e
determinado pela gestão de recompensas associadas aos grupos. É o que
acontece quando um grupo é submetido a participação de lucros de uma
empresa.
Além do sentimento de pertencimento a estrutura da organização, os
funcionários sentem-se recompensados pela disposição ao seu trabalho.
Tipos de Motivação
Existe uma divisão nos tipos de motivação observando para isto, as
diferentes causas que induzem um indivíduo a estar motivados. Para tal, é
observado as necessidades e expectativas deste indivíduo.
A motivação que podemos chamar de intrínseca, está relacionada
com recompensas psicológicas, ou seja, ao que diz respeito ao
reconhecimento, status, a imagem de como está e se sente dentro de um
grupo. Este tipo de motivação estão ligados a ações individuais e à
características que cada um possui e são aceitas pelo grupo que estão
pertencendo.
Ao oposto da motivação intrínseca, está a motivação extrínseca. Ela
ocorre quando as causas estão baseadas em recompensas mensuráveis e
quantitativas como, lado financeiro, conquistas materiais, promoções no
ambiente de trabalho e independem de um estilo de liderança, pois são
determinadas pelo ambiente em que nos encontramos.
Dentro deste assunto de motivação, podemos encontrar fatores
relacionados ao comportamento motivacional que geram uma geram uma
gama de outros sentimentos que colaboram para uma dinâmica de relações,
sejam elas positivas ou negativas.
Os fatores externos permite que outra pessoa forme a necessidade
de uma outra. È côo se dita-se o tipo de comportamento que deveremos ter,
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como por exemplo, um pai que diz que o filho precisa tirar boas notas na
escola.
Os fatores relacionados a Pressão Social, são situações referentes a
movimentos promovidos por uma iniciativa popular, seja por um desejo coletivo
ou intenção sobre um objetivo induzindo a um sujeito, pensar, agir ou querer
algo do coletivo. Exemplo, Um funcionário que procura progredir na empresa
porque isso é o que se espera dele, ou algo que apareça na mídia e queremos
muito ter.
Os fatores internos referem-se a pessoas que por natureza são auto
motivadas agindo em função própria, com conceitos e características
particulares visíveis. Agem em função do que julgam bom para elas e para o
bem comum. Exemplo, a decisão de fazer uma faculdade, ou qual a faculdade
irá decidir fazer.
Além de Maslow e Herberg, um Psicólogo americano conhecido
como McClelland, dissertou sobre 3 (três) necessidades ou motivos como
principais responsáveis pelo comportamento humano.
Para esta Teoria foi dado o nome de “Teoria da Motivação pelo
Êxodo e / ou Medo”. McClelland classificou os fatores conforme tabela abaixo.
Necessidade Meio para obter a Satisfação
Realização Competir como forma de auto-avaliação
Afiliação Relacionar-se cordial e afetuosamente
Poder Exercer influência
Este autor afirma que cada pessoa possui um nível diferente de
necessidades umas das outras. Necessidades estas, que nunca são nulas e
tendem sempre a apontar o nível de cada uma delas, por menor que seja.
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35
Esta Teoria afirma que quando um indivíduo consegue algo que
tenha objetivado através de um comportamento motivado, este comportamento
será repetido e utilizado para resolver outros problemas.
Tipos de Liderança
Como comentado anteriormente, o ato de liderar é sinônimo de
capacidade de motivar a sua equipe ou grupo o qual exerça grande influencia.
Para isto, ele precisa estabelecer a confiança, o respeito e a
cooperação do seu grupo. Estes valores ajudarão a formar as dinâmicas de
relação de todos os componentes.
O líder inevitavelmente exerce fatores como autoridade
organizacional exercendo o comando de uma equipe, autoridade moral
formada por valores, idéias, metas e objetivos comuns e competência para
auxiliar na manutenção do grupo.
Existem algumas características que diferenciam os tipos de
liderança.
O Autocrata é o indivíduo que lidera de acordo com a posição que
ocupa. Embora muitas vezes não possua as qualidades necessárias para uma
liderança.
Neste tipo de liderança prospera as decisões tomadas por este líder
e o grupo é conduzido a seguir tais decisões.
O estilo Carismático é um líder que integra entusiasmo em seu
grupo e possui participação na motivação de todos os membros. Este líder
pode ter a tendência de acreditar mais em si próprio, em suas habilidades e
autoconfiança, do que em sua equipe, o que vem a ser um risco pois muitas
vezes esta autoconfiança lhe impede de enxergar as reais necessidades do
grupo.
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A Liderança Participativa, apesar do líder ser democrático nas
tomadas de decisões, os membros do grupo são incentivados a contribuir com
idéias e expressar as suas necessidades, aumentando o nível de satisfação e
ampliando o bom relacionamento dentro do grupo. Desta forma os membros da
equipe sentem-se motivados.
As Lideranças Tradicionais partem da premissa de que os membros
da equipe concordam em obedecer completamente as decisões que são
tomadas para o grupo pouco importando a satisfação de quem está inserido
neste meio. Este tipo de liderança possui limitações em termos de
conhecimento ou de criatividade.
Existem ainda os estilos de Liderança voltados para as pessoas ou
Lideranças orientadas para as relações, onde o líder está completamente
concentrado na organização, apoio e desenvolvimento das pessoas. Assim
como o estilo participativo, leva o grupo a desenvolver um bom trabalho,
porém, um trabalho orientado para dentro deste grupo respeitando as
características individuais dos pertencentes a este grupo.
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37
CONCLUSÃO
As dinâmicas existentes entre as relações humanas, ditam todo o
nosso comportamento não existindo atitudes padrão de como ou não vamos
proceder diante de situações que poderão ser modificadas de acordo com o
ambiente em que nos encontramos.
Dentro das organizações, não poderá ser diferente, já que tais
organizações são formadas por pessoas e em cada uma delas podemos
encontrar características diferentes, formando assim, tipos de grupos
diferentes.
Cada grupo que são formados de acordo com as organizações,
encontramos dinâmicas de comportamentos, muitas vezes estabelecidas por
um líder, ou seja, por uma pessoa do grupo que mais se destaca por sua
comunicabilidade, idéias e grau de persuasão em captar cada vez mais,
membros para determinados grupos.
As dinâmicas das relações humanas, também são geradoras destes
líderes, uma vez que os grupos tornam núcleos de sentimentos de satisfação
ou insatisfação, motivação ou desmotivação em pertencer ou não a estes
grupos.
A Motivação então torna-se um fator fundamental para estabelecer
bons comportamentos dentro dos grupos organizacionais, aumentando a
produção e a satisfação de pertencimento a um determinado local ou grupo.
Sinal de que ali, o clima organizacional, ou seja, naquele ambiente, é
considerado o ideal para o individuo continuar sua inserção grupal,
relacionando-se cada vez mais com outras pessoas, estando aberto às inter-
relações.
Dentro das organizações, existem ferramentas que muitas vezes
auxiliam a identificação de pontos fracos e pontos fortes da relação grupal e
fatores que influencia o tipo de dinâmica de comportamentos que ocorrem com
mais freqüência.
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Estas ferramentas servem para balizar estratégias que agreguem
aos participantes do grupo, melhorias nos contatos uns com os outros e
visualização dos objetivos como um todo, não deixando que o grupo possa
ficar dispersos e conseqüentemente fracassados em seus objetivos. Este, no
entanto é o sentimento mais temido das organizações.
Devemos então, estar cientes da importância de se estabelecer boas
dinâmicas nos contatos com os grupos, facilitando sempre a interlocução,
auxiliando para que todos tenham expressão e participação, pois desta forma
todos conseguirão ver sua importância neste grupo e que cada um possui o
seu papel a desempenhar.
39
39
BIBLIOGRAFIA
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Universitária,10ª edição, 2005.
BRAUDEL, F. História e Ciências Sociais. Lisboa: Editorial Presença,
1989.
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contingencial. São Paulo: McGraw-Hill, 1982
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TEBOUL, James. Gerenciando a dinâmica da qualidade. Rio de Janeiro:
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40
40
TORRES, Alberto. A Organização Nacional. São Paulo: Ed. Nacional,
1978.
VASCONCELOS FILHO, P. Planejamento estratégico para a retomada
do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Ed. Livros Técnicos e Científicos
S.A, 1985.
41
41
ANEXO I
PESQUISA DE AVALIAÇÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL 2009
Marque a área onde você trabalha:
ADM: MANUT.(DIA) MANUT.(NOITE) OPERAÇÃO (ÁREA) 1 2 3 4 5
a) Sexo: 1 Masculino 2 Feminino
b) Grau de escolaridade (completo) 1 Fundamental 2 Ensino médio 3 Superior
1 Discordo totalmente 2 Discordo 3 Nem concordo Nem discordo 4 Concordo 5 Concordo totalmente
1 2 3 4 5
DT D N
C CT
1 Recebo todas as informações que preciso para fazer bem o meu trabalho 1 1 2 3 4 5
2 Considero que o tempo que dedico ao meu trabalho é equilibrado entre às necessidades da empresa e às minhas necessidades
2 1 2 3 4 5
3 O ambiente de trabalho da empresa facilita o relacionamento entre os colaboradores 3 1 2 3 4 5
4 Gosto do trabalho que realizo hoje nesta empresa 4 1 2 3 4 5
5 Tenho confiança na empresa em que trabalho 5 1 2 3 4 5
6 Sou estimulado (a) a contribuir para melhorar a forma como é feito o meu trabalho 6 1 2 3 4 5
7 Nesta empresa as pessoas estão sempre dispostas a ajudar umas às outras 7 1 2 3 4 5
8 Esta empresa ouve e coloca em prática as sugestões de seus colaboradores 8 1 2 3 4 5
9 Eu sinto que meu trabalho é importante para que esta empresa seja bem sucedida 9 1 2 3 4 5
c) Idade (anos) 1 Menos 20 2 De 20 a 30 3 De 31 a 45 4 De 46 a 50 5 De 51 em diante
d) Tempo de empresa (anos) 1 Menos de 1 2 De 1 a 5 3 De 6 a 10 4 De 11 a 20 5 + de 21
Marque com ““““X”””” o quadro que corresponde a sua resposta conforme os seguintes itens:
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42
10 Considero que trabalhar nesta empresa vem tornando minha vida melhor 10 1 2 3 4 5
11 Considero que esta empresa se preocupa com a qualidade de vida de seus colaboradores 11 1 2 3 4 5
12 As pessoas que trabalham nesta empresa se dão muito bem umas com as outras 12 1 2 3 4 5
13 Tenho todo equipamento e material necessários para realizar bem meu trabalho 13 1 2 3 4 5
14 Nesta empresa a gente pode confiar nos colegas de trabalho 14 1 2 3 4 5
15 Sou reconhecido e recompensado quando realizo um bom trabalho 15 1 2 3 4 5
16 As pessoas de qualquer idade, raça, cor e opção sexual são tratadas com a mesma justiça e respeito nesta empresa
16 1 2 3 4 5
17 Meus colegas estão sempre dispostos a compartilhar comigo o que sabem 17 1 2 3 4 5
18 Trabalhar nesta empresa dá segurança e tranqüilidade para mim e para minha família 18 1 2 3 4 5
19 Tenho a quem recorrer se eu me sentir injustiçado (Comissão de ética, Ouvidoria) 19 1 2 3 4 5
20 Os processos, procedimentos e rotinas de trabalho desta empresa são organizados e eficientes
20 1 2 3 4 5
21 Sou sempre bem atendido quando preciso de um colega de trabalho 21 1 2 3 4 5
22 A empresa atende adequadamente às minhas necessidades nas áreas de saúde e outros benefícios
22 1 2 3 4 5
23 Quando preciso de outra área da empresa sou bem atendido 23 1 2 3 4 5
24 Considero justo o salário pago por esta empresa aos seus colaboradores 24 1 2 3 4 5
25 Sinto que minha equipe trabalha como um verdadeiro time 25 1 2 3 4 5
26 As instalações e o espaço onde realizo meu trabalho são seguros, confortáveis e limpos 26 1 2 3 4 5
27 A sensação mais frequente que sinto ao deixar o trabalho é de realização profissional pelos desafios superados
27 1 2 3 4 5
28 As informações sobre esta empresa são transmitidas aos colaboradores com clareza, rapidez e agilidade
28 1 2 3 4 5
29 O volume de trabalho permite que eu termine sempre minhas tarefas no horário normal. 29 1 2 3 4 5
DT D N
C CT
30 Eu recomendaria aos meus parentes e amigos esta empresa como um excelente lugar para se trabalhar.
30 1 2 3 4 5
43
43
31 Esta empresa contribui positivamente com a comunidade do entorno e com o meio ambiente
31 1 2 3 4 5
32 Tenho orgulho de dizer a parentes e amigos que trabalho nesta empresa 32 1 2 3 4 5
33 Considero que esta empresa atende de forma equilibrada as necessidades de fornecedores, colaboradores e acionistas
33 1 2 3 4 5
34 Esta empresa entrega aos seus clientes aquilo que promete com alta qualidade 34 1 2 3 4 5
35 Sinto-me participando das decisões que afetam a mim e ao meu trabalho 35 1 2 3 4 5
36 As pessoas que trabalham nesta empresa sabem o que devem fazer para torná-la cada vez melhor
36 1 2 3 4 5
37 Conheço e concordo com os objetivos da empresa em que trabalho 37 1 2 3 4 5
38 Os serviços prestados pela minha empresa são muito importantes para nossa sociedade 38 1 2 3 4 5
39 Sei o que devo fazer para crescer profissionalmente nesta empresa 39 1 2 3 4 5
40 Esta empresa me estimula a conhecer o trabalho realizado pelos meus colegas 40 1 2 3 4 5
41 Acredito que trabalhando nesta empresa terei oportunidade de fazer carreira e crescer 41 1 2 3 4 5
42 O trabalho que realizo me permite sempre aprender coisas novas 42 1 2 3 4 5
43 Periodicamente recebo do meu chefe avaliações sinceras sobre meu desempenho 43 1 2 3 4 5
44 Considero justos os critérios de promoção e carreira adotados nesta empresa 44 1 2 3 4 5
45 Sinto-me estimulado a buscar novos conhecimentos fora da empresa 45 1 2 3 4 5
46 Meu chefe ajuda a decidir o que devo fazer para aprender mais 46 1 2 3 4 5
47 As pessoas que trabalham na empresa estão procurando inovar aquilo que fazem 47 1 2 3 4 5
48 Todos têm oportunidade de participar de atividades de treinamento nesta empresa 48 1 2 3 4 5
49 Minha equipe de trabalho considera nosso chefe um líder de respeito e credibilidade 49 1 2 3 4 5
50 Meu chefe sempre deixa claro o que espera do meu trabalho 50 1 2 3 4 5
51 Minha equipe de trabalho tem um bom relacionamento com meu chefe 51 1 2 3 4 5
52 Sinto-me livre para contribuir com críticas e sugestões ao meu chefe 52 1 2 3 4 5
53 Sempre que preciso, posso contar com meu chefe para assuntos pessoais e profissionais 53 1 2 3 4 5
54 As solicitações e orientações de minha chefia facilitam a realização do meu trabalho 54 1 2 3 4 5
44
44
55 Tenho confiança naquilo que meu chefe diz 55 1 2 3 4 5
56 Nesta empresa os chefes agem de acordo com o que dizem 56 1 2 3 4 5
57 Meu chefe é coerente, usa “o mesmo peso e a mesma medida” nas suas decisões 57 1 2 3 4 5
58 Sinto-me apoiado pelo meu chefe quando decido assumir novos desafios 58 1 2 3 4 5
59 Meu chefe conhece profundamente sua área de atuação 59 1 2 3 4 5
60 Os chefes sabem demonstrar como podemos contribuir com os objetivos da empresa 60 1 2 3 4 5
61 Nesta empresa os chefes cumprem o que prometem 61 1 2 3 4 5
62 Meu chefe ouve e respeita a opinião de sua equipe 62 1 2 3 4 5
63 Sou sempre bem atendido quando peço orientações ao meu chefe 63 1 2 3 4 5
Satisfação e motivação (01 a 29) – Identidade (30 a 38) – Aprendizado e Desenvolvimento (39 a 48) – Liderança (49 a 63)
RELAÇÃO DE AFIRMATIVAS E O SR. (SRA.) VAI ME DIZER SE ACHA MUITO PIOR, PIOR, IGUAL, MELHOR OU MUITO MELHOR.
1 2 3 4 5
COMO O SR(A) AVALIA
MP P I M MM
64
COMP
EM COMPARAÇÃO COM O QUE A EMPRESA ERA QUANDO VOCÊ COMEÇOU A TRABALHAR AQUI: 64 1 2 3 4 5
65 EM TERMOS DE LOCAL DE TRABALHO EM COMPARAÇÃO COM OUTRAS ORGANIZAÇÕES QUE
VOCÊ CONHECE: 65 1 2 3 4 5
66 – O QUE É FEITO NA EMPRESA QUE É DO SEU AGRADO?
67 – O QUE LHE DESAGRADA NA EMPRESA E DEVERIA SER MODIFICADO?
Versão 1.0 – Data:Jul-09
45
45
ANEXO II
GRÁFICO DA PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL APLICADO
NA EMPRESA DE TRANSPORTES FLORES LTDA.
CLIM
A P
OR
VARI
ÁVE
L O
RGA
NIZ
ACI
ON
AL
Adm
inis
traç
ão
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
123456789
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ÌNDICE
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ÍNDICE .
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AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
RESUMO
METODOLOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
A ORIGEM DAS RELAÇÕES HUMANAS 08
1.1 Teoria das Relações Humanas 08
1.2 Tipos de Grupos Sociais 15
1.3 Tipos de Organizações 17
CAPÍTULO II
CLIMA ORGANIZACIONAL 23
2.1 Pesquisa de Clima Organizacional 26
2.2 Desenvolvimento do Clima através de Dinâmicas das Relações 28
CAPÍTULO III
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO 29
3.1 Tipos de Motivação 33
3.1 Tipos de Liderança 35
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 39
47
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ANEXO I 41
ANEXO II 45
ÍNDICE 46
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