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A Dama de Ferro e o Engenheiro de Deus

Antecedentes

Torre de 1.000 pés (300 m) de

altura concebida em 1874 por

engenheiros americanos Clark e

Reeves para a Exposição

Universal de 1876, quando se

comemoraria o centenário da

independência dos Estados

Unidos. Por falta de recursos, a

torre nunca foi construída, mas

alimentou sonhos.

Alexandre Gustave Eiffel era, na altura, um construtor bem sucedido. Possuía obras importantes em todo o mundo: pontes e viadutos na França; diversas pontes ferroviárias em Portugal e Espanha; a estrutura que sustentava a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque; as comportas do canal do Panamá e as menos conhecidas pontes portáteis que ainda hoje atravessam muitos rios, nomeadamente na América do Sul. Por ser um empreendedor nato, Eiffel e seus auxiliares, desenvolveram os primeiros estudos sobre a construção de uma torre de 300m de altura, tendo oferecido essa ideia a várias cidades. Uma delas foi Barcelona, que por falta de recursos, não se interessou pela proposta.

Os primeiros estudos

Algumas obras de Gustave Eiffel


Estátua de Gustave Eiffel nos arredores da Estátua da Liberdade (USA)

4 empresas participaram da concorrência


Sua Magestade El-Rei ( ... ) ordena: 1º Que se approve o projecto, datado de 5 de Outubro do anno passado, relativo à ponte sobre o Douro ; 2º Que se conceda à companhia real dos caminhos de ferro portugueses a faculdade de adoptar ( ... ) todos os aperfeiçoamentos que o estudo e a experiencia indicarem ( ... ) principalmente em relação à largura do taboleiro do viaducto, ao modo mais conveniente de ligar o mesmo taboleiro com o arco, ao numero e grandeza dos tramos e à influencia do impulso do vento e das variações de temperatura na situação e forma da ponte; 3º Que o coefficiente de trabalho do ferro não exceda no arco a 5 kilogrammas por millimetro quadrado; 4º Que na feitura dos alicerces dos encontros do arco se use de todo o esmero e cuidado, no intuito de obter a estabilidade necessária n'esta parte importantissima da obra.

Paço, em 29 de Janeiro de 1876. Antonio Cardoso Avelino

Ponte Maria da Pia sobre o Rio Douro (Porto-Portugal): deu a fama e prestígio que Gustave Eiffel procurava desde 1866

A construção começou em 5 de Janeiro de 1876, mas só a 29 de Janeiro o despacho

do Rei D. Luís foi publicado:

A ideia do Conselho Municipal de Paris era erguer uma Torre com mais de mil pés de altura, o equivalente a cerca de 300 metros, em uma base quadrada de cerca de 125 metros, um empreendimento bem à medida do orgulho nacional francês. Foram apresentadas cerca de 700 propostas de 107 empresas, a maioria das quais descartadas por terem sido consideradas totalmente utópicas ou por não atenderem aos critérios estabelecidos no Edital.

Detalhes do Edital para a construção do monumento

Alguns projetos apresentados

O Conselho Municipal de Paris lançou o regulamento da competição oficial para

selecionar o monumento que seria o carro-chefe da Exposição Universal de 1889.


As especificações fornecidas indicavam que deveria ser construída no “Champ de

Mars” uma torre com base quadrada de 125m e 300 m de altura.


107 empresas apresentaram propostas, muitos das quais foram consideradas pelos

organizadores totalmente utópicas.


Os organizadores queriam uma torre de 300m de altura, com uma base quadrada de

125 metros de lado.


Primeiro de Maio de 1886. O tempo até o dia da abertura da Exposição Universal de

1889 era pequeno. Precisava-se de uma proposta plenamente executável

A ideia do Conselho Municipal de Paris de erguer uma Torre com mais de mil pés de altura, o equivalente a cerca de 300 metros, para a época era, acima de tudo, um grande desafio. Foi preciso que os principais técnicos da empresa elaborassem os primeiros estudos de viabilidade para que Eiffel, proprietário da empresa, percebesse que afinal poderia tornar-se o autor da edificação mais alta do mundo. É justo que se saiba que o projeto da torre foi tanto seu como dos engenheiros Emile Nougier e Maurice Koechlin e do arquiteto Henry Sauvestre, nomes frequentemente esquecidos pela História.

A análise da proposta pela empresa Gustave Eiffel et Cie.

Alexandre Gustave Eiffel era, na altura, um construtor bem sucedido. Este prestígio e a sólida situação financeira da empresa foram, sem dúvidas, decisivos na escolha do seu projeto para a Exposição Universal. Destaca-se que o custo estimado da torre em 7.800.000 de Francos não foram totalmente financiados pelos administradores municipais. A empresa de Eiffel recebeu tão somente a quantia de 1.500.000 Francos, tendo que bancar o restante, o que lhe daria o direito de explorar o monumento por 20 anos após a sua conclusão. Era pegar ou largar. Gustave Eiffel pensou tão grande quanto o tamanho do monumento.

A proposta vencedora

As dimensões da Torre, seus projetos e detalhes técnicos eram o grande desafio dos engenheiros, arquitetos e demais auxiliares da Empresa de Gustave Eiffel. A torre deveria ser construída para chamar a atenção dos visitantes da Exposição Universal de Paris em 1889, data em que se comemoraria o centenário da Revolução Francesa. Ao longo de todo o século XIX as exposições universais foram o principal veículo de propaganda da sociedade industrializada ocidental, mostras de tecnologia de ponta onde cada país exibia os seus mais recentes produtos.

A Torre Eiffel

50 engenheiros desenharam 5.300 Pranchas com detalhes do projeto

A estrutura da Torre Eiffel começou a ser construída em 26 de janeiro de 1887, mas logo após essa data, um violento manifesto de intelectuais e artistas de Paris, assinado por 300 pessoas (uma para cada metro da altura da torre), pedia que a torre não fosse construída.

Os Artistas contra a Torre Eiffel

http://www.marcvidal.cat/pindoles/2007/07/el-proceso-cons.html

ARTISTAS CONTRA A TORRE EIFFEL

Abra carta ao Sr. Alphand, curador da exposição.

Nós viemos, nós escritores, pintores, escultores, arquitetos, amantes apaixonados de beleza, até agora intactas,

de Paris, de protesto com toda nossa força e toda a indignação nossa, em nome do desconhecido gosto francês,

o nome da arte e da história francesa ameaçadas, contra a construção no coração da nossa capital, a inútil e

monstruosa Torre Eiffel, a malignidade pública, muitas vezes de senso comum e senso de justiça, já nomeado

"Torre de Babel".

Sem cair na exaltação do chauvinismo, temos o direito de afirmar enfaticamente que Paris é uma cidade sem

rival no mundo. Acima de suas ruas, suas avenidas alargado, no meio de seus passeios maravilhosos, vêm os

mais nobres monumentos que a humanidade produziu. A alma da França, criador de obras-primas, brilha no meio

deste pedras floridas de agosto. Itália, Alemanha, Flandres, se orgulha de sua herança artística, não possuem

nada que é comparável ao nosso, e todos os cantos do universo Paris atrai curiosidade e admiração.

Será que vamos deixar tudo isso profano? A cidade de Paris que ela vai, portanto, ser associado com mais

barroco e mercantil fantasias de um fabricante de máquina, para irremediavelmente desfiguram e desonra?

Para a Torre Eiffel, cujo comercial própria América não iria, não é nenhuma dúvida sobre isso, a desonra de Paris.

Todo mundo sente, todo mundo diz, todo mundo é profundamente triste, e nós somos apenas um eco fraco de

opinião universal, se legitimamente alarmado. Finalmente, quando os estrangeiros vêm visitar a nossa exposição,

eles vão gritar de espanto: "O quê? É esse horror que os franceses encontraram para nos dar uma ideia do seu

gosto muito exaltado? "E eles têm o direito de zombar de nós por causa da Paris gótico sublime, a Paris de Jean

Goujon, Germain Pilon, Puget, Rude, Barye, etc., Vai se tornar a Paris de M. Eiffel.

Basta, aliás, para perceber o que dizemos, para imaginar um momento vertiginosamente ridícula torre que

domina Paris, e uma chaminé de uma fábrica gigantesca, esmagando sua massa bárbara Nossa Senhora, a

Bem-Aventurada Aachen, os Invalides, o Arco do Triunfo, todos os monumentos nossos humilhados,

desprezados todos os nossos arquiteturas que vai desaparecer nesse sonho incrível. Durante vinte anos,

veremos que se espalham pela cidade inteira, ainda trêmula da genialidade de tantos séculos, veremos se

espalhando como uma tinta secar a sombra odiosa da odiosa coluna de metal parafusado ...

Cabe a você, senhor e querido companheiro, que você ama tanto a Paris, que embelezou, pertence a honra de

defender mais uma vez. E se o nosso grito de alarme não é ouvida, se os nossos argumentos não são ouvidos,

se Paris persiste na ideia de desonra Paris, vamos, pelo menos, você e nós, ouvimos um protesto que honra .

(Artistas contra a Torre Eiffel, Le Temps, 14 fév.1887.)

A partir daqui a tarefa mais difícil não era técnica, era política: convencer as autoridades e a opinião pública. Gustave Eiffel lançou mão de todo o prestígio da empresa e promoveu uma vasta campanha destinada a convencer a administração parisiense das vantagens que tal obra poderia trazer. Com a destreza de um bom conhecedor da então incipiente Engenharia do Vento, preparou uma senhora resposta ao Manifesto dos Artistas e Intelectuais contrários à construção da torre e conseguiu reverter o que poderia impedir a construção da torre. Alguns intelectuais reviram sua posição e a obra pode, enfim, ser construída.

A reação de Eiffel

RESPOSTA DE GUSTAVE EIFFEL (1/2)

Quais são as razões dadas pelos artistas para protestar contra a construção da torre? É inútil e

monstruosa! Vamos falar sobre a inutilidade anterior. Vamos nos preocupar para o momento em que o

mérito estético de que os artistas são particularmente relevantes.

Eu adoraria saber o que basear o seu julgamento. Porque, marcá-lo, senhor, esta torre, ninguém viu e

ninguém, antes de ser construído, não poderia dizer o que é. Ninguém sabe até agora por um desenho

geométrico simples, mas mesmo que ele foi demitido centenas de milhares de cópias, é possível avaliar

com competência o efeito geral de um monumento artístico De acordo com um design simples, por isso,

quando este monumento fora das dimensões e formas já praticados já conhecido?

E, se a torre quando ela é construída, foi considerado como algo bonito e interessante, os artistas não se

arrepende de ficar tão rápida e levemente no campo? Então eles esperam ter visto para ter uma idea e

apenas ser capaz de julgar.

Vou dizer-lhe todos os meus pensamentos e todas as minhas esperanças. Acho que, pela minha parte,

que a torre tem sua própria beleza. Porque somos engenheiros, então acredita-se que a beleza não nos

diz respeito em nossas casas e, ao mesmo tempo que fazemos forte e durável, não se esforçar para ser

elegante? Será que as condições reais da força nem sempre estar de acordo com a harmonia oculta? O

primeiro princípio da estética arquitetônica é essencial que as linhas de um monumento sejam

determinadas pela propriedade absoluta para o seu destino. Mas o que se eu tivesse, acima de tudo, a

considerar na torre? De resistência do vento. Bem! Afirmo que as curvas dos quatro cantos do

monumento, como o cálculo forneceu a informação, que, a partir de uma distância entre eixos enorme e

incomum na base cone, para cima, dar uma impressão de grande força e beleza nos olhos, porque eles

traduzem a ousadia do projeto como um todo, bem como as muitas lacunas formadas nos próprios

elementos de construção fortemente acusar a preocupação constante para não desnecessariamente

entregar a violência dos furacões superfícies perigosas para a estabilidade do edifício.

A torre vai ser os homens mais altos edifícios já levantados. Não que ela não ser tão grande em seu

caminho? Por que e o que é admirável no Egito tornar-se horrível e ridículo em Paris? Eu busco e

confesso que eu não faço.

(continua)

RESPOSTA DE GUSTAVE EIFFEL (2/2)

O protesto, disse que a torre irá substituir sua grande massa bárbara Notre Dame, a Sainte-Chapelle, a

Tour Saint-Jacques, o Louvre, os Invalides, o Arco do Triunfo, todos os nossos monumentos. Quantas

coisas de uma vez! Isto fá-los sorrir, realmente. Quando se quer ver Notre Dame, vamos ver o quadrado.

O que o Champ de Mars a torre dificultar ela colocou o curioso na varanda de Notre Dame, que não vai vê-

lo? Esta é também uma das idéias mais errôneas, embora o mais comum, mesmo entre os artistas, que

de acreditar que um edifício alto esmagado os edifícios circundantes.

Veja se o Opera não parece mais esmagado pelas casas vizinhas que esmaga-se. Ir para a rotunda no

Star, e porque o Arc de Triomphe é grande, as casas do lugar não faz você parecer menor. Em vez disso,

as casas eram bem parecem ter a altura que eles realmente estão fazendo é dizer, cerca de quinze metros,

e é preciso um esforço mental para persuadir o Arc capaz de triunfo 45, isto é, três vezes.

Resta a questão da utilidade. Aqui, como deixamos as artes, vou ser muito possível para se opor às

opiniões de artistas e públicos.

Eu não acredito projeto de vaidade exercício dizendo que nunca foi mais popular a cada dia eu tenho

prova de que não há muitas pessoas em Paris, se eles são humildes, que saber e não estão interessados.

No exterior, mesmo quando às vezes eu viajo, eu estou espantado com o impacto que ele teve.

Como para os cientistas, os juízes reais da questão da utilidade, posso dizer que eles são unânimes.

Não só a torre promete algumas observações interessantes em astronomia, meteorologia e física, não só

permitir que em tempo de guerra Paris para manter constantemente ligado ao resto da França, mas será

ao mesmo tempo prova impressionante do progresso feito neste século pela arte de engenharia. Só no

nosso tempo, nos últimos anos, que poderia chamar cálculos bastante seguros e ferro trabalho com

precisão suficiente para pensar em uma empresa gigantesca.

É nada para a glória de Paris que este resumo da ciência contemporânea é construído dentro de seus

muros?

Gustave Eiffel (1832-1923) - Resposta ao Manifesto contra a Torre - O Mundo - 1887

(Tradução automática – Google)

Algumas Pranchas do Projeto


A técnica de se colocar Rebites (Parafusos de duas cabeças)

Fundações da Torre Início dos trabalhos em 26 de janeiro de 1887

As Fundações da Torre

As Fundações da Torre Abril de 1887

Canteiro de Obra

Uma das quatro “Costelas” 18 de Julho de 1887

(apoio inclinado a 54º35’28”)

Colunas saindo do chão 07 de Dezembro de 1887

20 de Março de 1888

07 de Dezembro de 1887 Montagem das 4 arestas da união do primeiro estágio

(As 4 Vigas [Feixes de Cintura] são montadas milimetricamente)

Detalhes do acabamento do primeiro estágio (ao centro foram gravados os nomes de 72 cientistas que

foram homenageados por Gustave Eiffel – 18 em cada face)

Nomes do lado do Trocadéro (Oeste da Torre)

01. Seguin (Marc Seguin - Eng. Mecânico – Inventou a Ponte Pênsil moderna)

02. Lalande (Jérôme Lalande – Astrônomo - Constelação do Gato)

03. Tresca (Henri Tresca - Eng.e Mecânico - Barra de Platina do metro)

04. Poncelet (Jean-Victor Poncelet - Agrimensor/Geômetra - Teorema)

05. Bresse (Jacques A.C.Bresse - Eng. Civil e Mecânico - Motores)

06. Lagrange (Joseph-Louis Lagrange – Matemático - Polinômios)

07. Belanger (Jean-Baptiste-Charles Belanger – Matemático - Equação)

08. Cuvier (Georges Cuvier – Naturalista - Elefantes)

09. Laplace (Pierre Simon - Matemático/Astrônomo - Transformadas)

10. Dulong (Pierre Louis - Físico/Químico - Lei Termodinâmica)

11. Chasles (Michel Chasles – Geômetra - Teoremas)

12. Lavoisier (Antoine Lavoisier – Químico - Lei Conservação da Massa)

13. Ampére (André-Marie Ampére - Matemático/Físico - Lei de Ampére)

14. Chevreul (Michel Eugène Chevreul – Químico - Teoria das Cores)

15. Flachat (Eugène Flachat – Engenheiro - Obras em Paris)

16. Navier (Claude Louis Marie Navier – Matemático – Mecânica dos Fluidos)

17. Legendre (Adrien Marie – Geômetra - Teoria dos Números)

18. Chaptal (Jean-Antoine Chaptal - Agrônomo e Químico - Vinhos)

Nomes do Lado Grenelle (18 nomes)

19. Jamin (Jules Célestin Jamin – Físico – Interferômetro de gases)

20. Gay-Lussac ( Louis Joseph – Químico – Leis da Termodinâmica)

21. Fizeau (Hippolyte Fizeau – Físico – Aparato da medida Velocidade da Luz)

22. Schneider (Eugène Schneider – Industrialista – Locomotiva a Vapor/Fr)

23. Le Chatelier (Louis le Châtelier – Químico – Alumínio da Bauxita)

24. Berthier (Pierre Berthier – Mineralogista – Descobridor da Bauxita)

25. Barral (Jean-Augustin Barral – Agr.Físico/Químico – Nicotina do Tabaco)

26. De Dion (Henri de Dion – Engenheiro Civil – Professor de Eiffel/Construtor)

27. Goüin (Ernest Goüin – Eng.e Industrialista – Pontes de Chapas Rebitadas)

28. Jousselin (Louis Didier Jousselin – Engenheiro – Canal do Rio Loire)

29. Broca (Paul Pierre Broca – Cirurgião – Região de Broca do Cérebro)

30. Becquerel (Antoine César Becquerrel – Físico – Célula Fotovoltaica)

31. Coriolis (Gustave Gaspard Coriolis – Matemático – Força de Coriolis)

32. Cail (Jean-François – Industrialista – Construtor do Viaduto de Fades)

33. Triger (Jacques Triger – Engenheiro – Processo de Fundações de Pontes)

34. Giffard (Henri Giffard – Engenheiro – Primeiro Dirigível a vapor)

35. Perrier (François Perrier - Geógrafo e Matemático – Foto Trânsito Vênus)

36. Sturm (Jacques-Charles-F. Sturm – Matemático – Funções da Álgebra)

Nomes do Lado do Campo de Marte (18 nomes)

37. Cauchy (Augustin Louis Cauchy – Matemático - Desigualdades)

38. Belgrand (Eugène Belgrand – Engenheiro - Projeto Esgoto de Paris)

39. Regnault (Henri Victor Regnault - Químico e Físico – Gases Ideais-R)

40. Fresnel (Augustin-Jean Fresnel – Físico – Lei da Refração de Ondas)

41. De Prony (Gaspard de Prony – Engenheiro – Perda de Carga Hidráulica)

42. Vicat (Louis Vicat – Engenheiro – Cimento Artificial – Ouro Branco)

43. Ebelmen (Jacques-Joseph Ebelmen – Químico – Ciclo G.do Carbono)

44. Coulomb (Charles Augustin de Coulomb – Físico – Lei Cargas Elétricas)

45. Poinsot (Louis Poinsot – Matemático – Mecânica do Corpo Rígido)

46. Foucault (Jean Bervard l.Foucault – Físico – Correntes/Eletromagnetismo)

47. Delaunay (Charles-Eugène Delaunay - Astrônomo - Sistema Sol-Terra-Lua)

48. Morin (Arthur Morin - Matemático e Físico – Força de Atrito Estático)

49. Haüy (René Just Haüy – Mineralogista – Lei da Cristalografia)

50. Combes (Charles Combes - Engenheiro e Metalúrgico – Ventilação Minas)

51. Thenard (Louis Jacques Thenard – Químico – Água Oxigenada)

52. Arago (François Arago - Astrônomo e Físico – Natureza Ondulatória da Luz)

53. Poisson (Siméon-Denis Poisson – Matemático – Distribuição Estatística)

54. Monge (Gaspad Monge – Geômetra – Teorema de Monge na Geometria )

Nomes do Lado à Panorâmica de Paris (Leste da Torre)

55. Petiet (Jules Petiet – Engenheiro – Criador de Locomotivas)

56. Daguerre (Louis Jacques M. Daguerre - Pintor e Físico - Fotografia)

57. Würtz (Charles Adolpho Würtz – Químico – Reação Química de Würtz)

58. Le Verrier (Urbain Le Verrier – Astrônomo – Planeta Netuno)

59. Perdonnet (Albert Auguste Perdonnet -Engenheiro -Primeiras Ferrovias-Fr)

60. Delambre (Jean Baptiste J.Delambre-Astrônomo-Base do Sistema Métrico)

61. Malus (Étienne-Louis Malus – Físico – Lei da Polarização da Luz)

62. Breguet (Louis-François C.Breguet – Inventor – Telégrafo de Breguet)

63. Polanceau (Antoine-Rémi Polanceau – Engenheiro – Teto de Polenceau)

64. Dumas (Jean-Baptiste Dumas – Químico – Rim remove Ureia do Sangue)

65. Clapeyron (Benoit Paul-Émile Clapeyron - Engenheiro-Transição de Fase)

66. Borda (Jean-Charles de Borda – Matemático – Sistema de Votação)

67. Fourier (Jean-Baptiste J. Fourier – Matemático – Séries de Fourier)

68. Bichat (Marie François X.Bichat - Anatomista e Fisiologista – Histologia)

69. Sauvage (Frèdéric Sauvafe – Mecânico – Mapas Geológicos da França)

70. Pelouze (Théopholes-Jules Pelouze – Químico-Massa Atômica do Arsênio)

71. Carnot (Lazare Carnot – Matemático – Teorema de Carnot/Geometria)

72. Lamé (Gabriel Lamé – Geômetra – Análise por Harmônicas Elípticas)

Um nome que não poderia ter sido omitido

Marie-Sophie Germain (Paris 01/04/1776 — Paris 27/06/1831) foi

uma matemática, física e filósofa francesa com contribuições fundamentais à

Teoria dos Números e à Teoria da Elasticidade.

Sophie Germain

Embora tenha sido, provavelmente, uma das mulheres com maior capacidade

intelectual que a França produziu, na notícia oficial de sua morte foi designada

como uma rentière-annuitant (solteira sem profissão) – ao invés de matemática,

além de ter sido omitido o seu nome da relação dos setenta e dois sábios cujas

pesquisas contribuíram definitivamente para a construção da Torre Eiffel. Seus

estudos sobre a Teoria da Elasticidade foram fundamentais para a construção

daquela torre. Se homenageada, teria sido a única mulher na Lista de Eiffel.

15 de Maio de 1888

Gruas a vapor (trabalhadores na base da torre)

5 operários em plena atividade

(detalhes dos furos de rebites e andaimes

em madeira)

4(?) operários em plena atividade

(detalhes dos furos de rebites e andaimes

em madeira)

21 de Agosto de 1888

26 de Dezembro de 1888

15 de Março de 1889

Final de Março de 1889 Obra concluída

Engenheiros, arquitetos e operários

Foto comemorativa da conclusão

Torre Eiffel

Soldados americanos contemplam a beleza

da torre, durante a segunda guerra

mundial. A bandeira (tricolor) da

França tremula no topo.

Torre Eiffel

200 operários

2 anos, 2 meses e 5 dias de construção

18.038 peças de ferro

7.300 Toneladas

2.500.000 Rebites

O Monumento mais visitado no mundo.

Torre Eiffel

324m de altura

Início dos estudos: 1884

Início da obra: 1887

Inaugurada em 31/03/1889

Entregue ao público em

06/05/1889

Construção: Gustave Eiffel et Cie.

Engenheiros: Maurice Koe chlin & Emile Nouguier

Architecte: Henry Sauvestre

Original do Motor Hidráulico dos Elevadores

Frequência de Visitantes de 1889 e 2004

Visitantes até 31/12/2009: 249.976.000

Visitantes até 31/12/2009: 249.976.000

Possuindo três plataformas, a Torre Eiffel é uma estrutura metálica gigante, erguendo-

se onipotente sobre o Campo de Marte, ao lado do Rio Sena, sendo o maior mirante

panorâmico de Paris. Visitá-la, acima de tudo, é uma atitude de respeito à história.

Escalá-la, muito além de ser uma conquista, é uma glória para toda a vida.

2.500.000 Rebites

Uma obra muito além de

nossa imaginação

Fundações: profundidade de 15 metros a norte e oeste. Cada um

dos 4 pilares da torre é apoiado por alvenaria maciça.

Busto de Gustave Eiffel construído na base da torre

1. A torre pesa cerca de 7,3 mil toneladas, enquanto hoje o seu peso estimado

em mais de 10 mil, devidos a outras edificações que sustenta.

2. Para se chegar ao topo, existem 1.662 degraus. Para se atingir o primeiro

nível 360 degraus.

3. Gustave Eiffel apresentou seu projeto para outras cidades, em vez de

Paris. Ele foi rejeitado. Uma dessas cidades era Barcelona.

4. Inicialmente, a torre ficaria de pé apenas durante o período da Exposição

Universal de Paris e de mais alguns anos (até 1909).

5. A construção da torre durou 26 meses.

6. A torre foi salva de ser destruída após a Exposição Universal de 1900, para

instalar a antena de rádio da Marinha francesa no seu mais elevado.

7. A Torre é iluminada com 352 refletores de 1 KW cada.

8. Um raio atingiu a torre em 1902 e causou inúmeros danos.

9. Pouco antes da captura de Paris pelos nazistas alguém cortou os cabos do

elevador, para impedir que Hitler subisse ao topo da torre.

10. No Verão, dependendo da temperatura máxima, a torre “cresce” cerca de

18 cm devido à Dilatação Térmica. No Inverno volta ao seu tamanho normal.

Algumas Curiosidades sobre a Torre Eiffel


Em 1925, um vigarista chamado Victor Lustig leu um artigo de jornal sobre o debate em

torno dos custos da manutenção dos 36 anos da torre Eiffel. Logo viu as possibilidades

por trás deste artigo, desenvolvendo um sistema notável.

Lustig falsificou uma papelaria do governo e convidou seis comerciantes de sucata para

uma reunião confidencial em um dos hotéis mais prestigiados de Paris. Lá, ele se

apresentou como o vice-diretor-geral do Ministério dos Correios e Telégrafos e disse ao

grupo que a manutenção da Torre Eiffel era tão escandalosa que a cidade não poderia

mantê-la por mais tempo, e queria vendê-la para a sucata. Devido ao clamor público, o

assunto devia ser mantido em segredo até que todos os detalhes fossem pensados.


A ideia não era tão bizarra em 1925 como seria hoje. A Torre Eiffel foi construída para a

Exposição de Paris de 1889, e era para ter sido retirada em 1909 e realocada. Lustig

levou os homens em uma limusine alugada para uma viagem de inspeção, visando

descobrir qual deles era o mais ingênuo.

Lustig pediu propostas a serem apresentadas no dia seguinte, mas já sabia que

aceitaria a oferta de um comerciante, Andre Poisson. A esposa de Poisson suspeitou,

perguntando por que tudo era tão secreto e estava sendo feito rapidamente. Para lidar

com a sua suspeita, Lustig “confessou”: como ministro, ele não ganhava dinheiro

suficiente para prosseguir o estilo de vida que gostava, e precisava encontrar formas de

complementar sua renda. Isto significava que suas negociações exigiam certa discrição.

Poisson compreendeu imediatamente: estava lidando com outro funcionário do governo

corrupto, que queria um suborno. Não só Lustig recebeu as verbas para a Torre Eiffel,

como também ganhou um grande suborno. Lustig e seu parceiro tomaram um trem para

Viena com uma mala cheia de dinheiro. Surpreendentemente, nada aconteceu. Poisson

se sentiu muito humilhado para se queixar à polícia.

Um mês depois, Lustig voltou para Paris e, no mesmo esquema, tentou vender a Torre

mais uma vez. Porém, a vítima escolhida foi à polícia antes de fechar o negócio. Lustig

conseguiu escapar antes de ser capturado.

Quando a concessão de 20 anos do terreno cedido para a exposição terminou, os críticos viram uma nova oportunidade para exigir a demolição pura e simples da torre, que consideravam um atentado ao bom gosto. Não conseguiram, uma vez que as taxas cobradas aos visitantes da torre geravam grandes receitas de que a municipalidade não queria abdicar. Eiffel, novamente, recorreu de novo à sua influência e persuasão e convenceu as autoridades que Paris tinha grande necessidade de uma torre de comunicações, de um gabinete meteorológico e de uma escola de estudos aerodinâmicos. Conseguiu assim manter de pé a sua obra.

O prestígio de Eiffel

Eiffel tinha uma mente aberta para novos conhecimentos. Dedicou-se também ao estudo do vento e publicou inclusivamente vários trabalhos sobre aerodinâmica que trouxeram importantes contributos para esta ciência então incipiente. Concebeu um Aeroplano e um Túnel de Vento onde foram testados os protótipos franceses durante muitos anos. Menos conhecido é um projeto para um túnel sobre o Canal da Mancha, datado de 1890. Ironicamente, Eiffel passou os anos que se seguiram não a projetar, como sempre havia feito, mas a evitar que a sua torre fosse desmantelada. Paris e o mundo ganharam uma torre magnífica, é certo, mas talvez tenha perdido sabe-se lá que outras construções fantásticas que este indivíduo ímpar era capaz de conceber e erguer.

Um pesquisador nato

Gustave Eiffel (à esquerda, abaixo) com

Adolpho Sales na escada caracol que ligava a plataforma

mais alta ao cume da torre

Gustave Eiffel

15/12/1832 (Dijon/França) – 27/12/1923

Em 2007 este

pedaço da Torre Eiffel foi

retirado e vendido

por 180.000 Euros.

“O primeiro princípio da estética arquitetônica prescreve que as linhas essenciais de um monumento devem adequar-se perfeitamente a sua destinação. E qual lei tive de levar em conta e relação à torre? R: A resistência do Vento. Pois bem, sustento que as curvas das quatro costelas, da maneira pela qual foram expressas pelos cálculos…, darão uma grande impressão de força e de beleza, porque tornarão sensível à visão o arrojo da concepção do conjunto, ao mesmo tempo que os numerosos vazios escavados nos próprios elementos farão ressaltar energeticamente o cuidado constante de não oferecer às violências dos furacões superfícies perigosas para a estabilidade da edificação.”

(Gustave Eiffel)

Palavras de Eiffel, destacando a preocupação com o vento, ao reagir contra o manifesto dos intelectuais e artistas

Alexandre Gustave Eiffel

Nascimento: 15 de Dezembro de 1832 – Dijon-França

O sobrenome com o qual ele ficou conhecido, Eiffel, foi adicionado por um dos antepassados alemães quando vieram da Renânia e se estabeleceram em Paris no começo do século XVIII. Os franceses não conseguiam pronunciar o sobrenome original deste seu antepassado alemão – Bönickhausen. Então, este antepassado escolheu o sobrenome Eiffel porque a sua cidade natal, Marmagen, ficava na região de Eifel, na Alemanha. Gustave mudou seu sobrenome oficialmente para Eiffel em 1879, ou seja, 10 anos antes da construção da Torre.

A Origem do Sobrenome Eiffel

Pai: François Alexandre Eiffel Bönickhausen Mãe: Catherine Mélanie Moneuse

Gustave Eiffel e seus filhos em 1882

Fotos da Família Eiffel

“O Engenheiro de Deus” (expressão usada por Thomas Alva Edison quando visitou Gustave Eiffel)

Thomas Alva Edison Gustave Eiffel

Fotos da Família Eiffel

Alexandre Gustave Eiffel morreu no dia 27 de dezembro de 1923, aos 91 anos de idade.

Tumba da Família Eiffel

A Dama de Ferro e o Engenheiro de Deus

Fim

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