A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA...

80
A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA PRÉ-ESCOLA RESUMO João do rozario lima A presente monografia vem demonstrar que o brinquedo e a brincadeira na pré-escola são de um aspecto muito importante na interação da criança com o adulto, com o outro. E a brincadeira em grupo serve para socializar crianças e a compreensão de regras. Elas aprendem a lidar com os sentimentos, interagir, resolver conflitos e desenvolver a imaginação e criatividade para resolver problemas. E, portanto, contra este pensamento que buscamos e é de fundamental importância que professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação do ambiente familiar e sócio cultural e assim adotar na sua prática pedagógica as brincadeiras, brinquedos e para que as crianças desenvolvam,construam, adquiram conhecimentos e se tornem autônomas e cooperativas. E é importante que os educadores resgatem as brincadeiras e os brinquedos que eram transmitidos pelos pais e avós, e criadas pelas próprias crianças. Elas irão despertar uma vivência rica e muito importante, e o ajudará a despertar sua criatividade, movimentos e uma boa aquisição na aprendizagem da escrita e leitura. Palavras-chave: Brinquedos, brincadeiras, interações, socialização, brincar CAPITULO 1 INTRODUÇÃO

Transcript of A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA...

Page 1: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA PRÉ-ESCOLA

RESUMO

João do rozario lima

A presente monografia vem demonstrar que o

brinquedo e a brincadeira na pré-escola são de um aspecto

muito importante na interação da criança com o adulto, com o

outro. E a brincadeira em grupo serve para socializar crianças e

a compreensão de regras. Elas aprendem a lidar com os

sentimentos, interagir, resolver conflitos e desenvolver a

imaginação e criatividade para resolver problemas. E, portanto,

contra este pensamento que buscamos e é de fundamental

importância que professores tenham conhecimento do saber que

a criança construiu na interação do ambiente familiar e sócio

cultural e assim adotar na sua prática pedagógica as

brincadeiras, brinquedos e para que as crianças

desenvolvam,construam, adquiram conhecimentos e se tornem

autônomas e cooperativas. E é importante que os educadores

resgatem as brincadeiras e os brinquedos que eram transmitidos

pelos pais e avós, e criadas pelas próprias crianças. Elas irão

despertar uma vivência rica e muito importante, e o ajudará a

despertar sua criatividade, movimentos e uma boa aquisição na

aprendizagem da escrita e leitura.

Palavras-chave: Brinquedos, brincadeiras, interações, socialização, brincar

CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO

Page 2: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

Redescobrir os procedimentos que tínhamos quando criança, retomar os métodos de

criação do nosso modo de brincar é colocado aqui como condição para

olhar a criança à nossa frente sabendo que ela, na maioria das vezes, não aquela que

imaginamos ser, pois a criança real é diferente daquela que pintamos em nossa fantasia.(

Eugênio Tadeu Pereira)

1.1 CONTEXTO

Do dever ao prazer de brincar a princípio, não se trata de descoberta de

fórmulas, pois o presente tema vem de encontro com uma visão pedagógica já conhecida de

muitos, onde se ouve a afirmativa de trabalho com brinquedos e brincadeiras na pré - escola,

ainda é pouco produtivo na pré-escola.

Por isso iniciamos a investigação de alguns procedimentos metodológicos e de algumas

estratégias utilizadas pelos educadores da pré - escola no tocante a prática de brincar, a fim de

que possamos nos situar a respeito das metodologias e dos procedimentos, até mesmo como

forma de argumentação comparativa às propostas de especialista da área, pelos relatos

encontrados em suas obras.

Seguramente podemos afirmar que, na qualidade de educadores, ter consciência de que o

brinquedo e as brincadeiras irão ajudar a desenvolver a imaginação, a criatividade dando

oportunidade para a criança brincar e aprender e interagir com outras crianças e adultos.

Concebendo se a escola como lugar de preparação e capacitação do ser humano, tendo-se

como premissa à formação integral do educando, um efetivo trabalho para estimular futuros

educandos com competência que se espera diante de uma sociedade em constante mutação, cremos

na importância de ações pedagógicas especialmente delineadas para esse fim, com professores e

alunos interagindo em momentos de brincadeiras e aprendizagem.

Os resultados das ações acima expostas comprovando que a prática das brincadeiras serão

tanto mais produtivas à medida que as escolhas lúdicas estejam voltadas para a liberdade de

escolha, contada, pede–se do professor a prudência da seleção prévia das brincadeiras, a serem

expostas aos alunos.Obedecidas às regras básicas, sobretudo, pautadas no bom senso poderemos

confiar o surgimento de uma nova geração de homens e mulheres competentes para o

desenvolvimento em sociedade.

A nós educadores cabem o compromisso de „„garantir‟‟a educação do aluno. Bem ou mal

fazemos parte da historia de cada uma realidade coletiva, assim como ele também faz parte de

nossa história. E essa consciência que deve-nos dar força para romper o preestabelecido, traçando

caminhos capazes de transformar a sociedade e, assim garantir a maior participação possível.

„„Pensar a educação é pensá-la também na escola, e na escola há pessoas sendo

desempenhadas. O aluno sujeito do processo educacional o grande interessado em ter

uma escola viva critica e libertadora. É preciso que se comece a questionar o tipo de

aluno que uma escola quer formar para que se decidam em conjunto as habilidades que

precisam ser trabalhadas.Se assim não for, será como uma casa sem planta, amontoado

Page 3: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

de gente juntando tijolos e cimento sem saber o que fazer.‟‟

Portanto, educadores conscientes esse ato de busca, de troca, de interação, de apropriação é

que damos o nome de Educação. Esta não existe por si, é uma ação conjunta entre as pessoas que

cooperam, comunicam-se e comungam do mesmo saber. Por isso educar não é um ato ingênuo,

indefinido, impossível, mas um ato histórico.

1.2. PROBLEMA

Para nortear a presente monografia, voltamos a seguinte pergunta:

Qual a contribuição das brincadeiras e dos brinquedos no desenvolvimento dos educandos na pré-

escola?

1.3. OBJETIVOS DO TRABALHO

1.3.1. OBJETIVO GERAL

Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil. Verificar etapas de

brincadeiras em sala de aula.

1.4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Investigar jogos e brincadeiras utilizados na educação Infantil.

Verificar etapas de brincadeiras em sala de aula.

1.5. JUSTIFICATIVA

Muito se fala sobre o fato da Pré – Escola esforçar seus alunos com atividades que deveriam

ser iniciadas na 1ª série e que a Pré-Escola tem como objetivo a socialização com brincadeiras e

brinquedos, nós professores podemos introduzir conteúdos.

Com base neste conceito será feita esta pesquisa para descobrir qual a contribuição das

brincadeiras e brinquedos no desenvolvimento dos educandos.

Serão pesquisadas várias brincadeiras que poderão auxiliar professores de educação de

forma a preparar os educandos para a aprendizagem.

Com esta pesquisa será possível a melhoria do nosso trabalho e será de grande

contribuição para profissionais de educação infantil e para melhor desenvolvimento dos alunos.

Page 4: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

„„Acriança é um ser em criação, cada ato é para ela uma ocasião de explorar,

descobrir novos conhecimentos, que as levarão a um mundo mais amplo na

sua vida em sociedade”.

Neste contexto educacional e social é necessário ao educador atender de fato às reais

necessidades dos educandos que diz respeito aos aspectos formativos, cognitivos psicossociais,

culturais. E necessário que o educador conheça e reconheça as competências de como ensinar

respeito às etapas do desenvolvimento maturacional que ela se encontra.

Dê mais ênfase ao aprendizado do que à aquisição de informações. Se você cria um

clima de abertura e animação, você ensinará a criança a amar o processo de dominar o

conhecimento sobre coisas novas. A criança que aprende pela experiência conhece o prazer de

entender uma coisa. Ela nunca será carente de motivação.

Ainda refletindo sobre a relação entre desenvolvimento e aprendizagem.

VYGOTSK (1991)

O autor considera o ato de brincar muito importante para o desenvolvimento

integral da criança. As crianças se relacionam de várias formas com

significados e valores inscritos nos brinquedos. Pois, nas brincadeiras, as

crianças ressignificam o que vivem e sentem .

As crianças brincam com o que têm nas mãos e com o que têm na cabeça.

(Broughe, 1995) “Os brinquedos orientam as brincadeiras, trazem-lhe matéria. Algumas pessoas

são tentadas a dizer que eles a consideram, mas, então, toda a brincadeira está

condicionada pelo meio ambiente. Só se pode brincar com o que se tem, e a

criatividade, tal como evocamos, permite, justamente, ultrapassar esse ambiente,

sempre particular e limitado. O educador pode, portanto, construir um ambiente

que estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não se certeza de

que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos,

assim, as chances de que elas o façam, um universo sem certezas, só podemos

trabalhar com probabilidades”.

Isto posto, tenho a convicção de que o presente trabalho monográfico em muito contribuiu

para a ampliação dos conhecimentos até aqui adquiridos, cuja proposta parte da formação de novos

valores éticos, os quais devem estar comprometidos com a aprendizagem.

1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Com a consciência de que é impossível construir uma argumentação eficaz sem o respaldo

de teorias especializadas, o presente documento monográfico embasando-se em diversos autores

que subsidiam o pensamento do brinquedo e da brincadeira prazerosa em argumentos realmente

significativos, portanto dignos de serem transcritos em citações diversas.

Com base nos subsídios teóricos coletados destaca-se a relevância que a no conhecimento

Page 5: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

empírico como de fundamental importância em torno dos estímulos para que irão desenvolver a

imaginação, criatividade de formação de cidadãos críticos e criativos e por

isso mesmo, competentes para contribuir com o processo da construção social.

Do exposto até aqui, neste trabalho encontram-se também alinhavados pensamentos de

autores como Jean Piaget, Lev Semyonovitch,Vygotisky, Jhoon Huizinga, Sônia Kramer, Maria

Judht Sucupira da Costa Lins, Airton Negrine, Leonor Hauydt Rizzi, Regina Célia e outros cujos

estudos têm contribuído para a fundamentação teórica do presente trabalho

monográfico,alimentando-o de maneira satisfatória, a fim de, ao final poder corresponder ao

proposto na temática, a qual defende o pensamento de uma ênfase ao prazer de brincar no processo

pedagógico desde a pré-escola para tornarem-se adultos críticos e conscientes e que venham

contribuir para o progresso de comunidade e nação em níveis de competência a relevar o caráter de

sua formação.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

A brincadeira é vista como um processo de desenvolvimento corporal, imaginativo

exploratório que amplia ainda mais a capacidade do ser humano.

A escola necessitará efetuar um trabalho para tornar os alunos mais confiantes pelos

resultados de suas práticas, sabedores de que a brincadeira será benéfica tanto para si mesmo

quanto para o próximo, podendo até obter um alcance social de grandes dimensões, conforme as

ações que adotarem. Confirmando aqui uma brincadeira ou brinquedo pouco atraente não desperta

o interesse necessário para um bom desenvolvimento da criança.

A hipótese formulada no presente estudo monográfico, é a de que a brincadeira nas escolas

requer dos educadores uma reflexão e organização perfeita sobre a práxis pedagógica efetuadas no

trabalho com os brinquedos e as brincadeiras na pré-escola.

É para alcançar respostas favoráveis a uma proposta pedagógica modificada, algumas

questões necessitam ser respondida por estes educadores e serem retomadas constantemente.

Qual a opinião sobre a contribuição das brincadeiras e brinquedos no desenvolvimento da

criança em idade pré-escolar? Para você as funções educativas dos jogos oportunizam

aprendizagem da criança? Sim ou não e por quê? Quando você brinca com sua turma, você

oportuniza a todos participarem da brincadeira? Como? Como é vista a brincadeira na sua escola

pelos professores de alfabetização?

Diante destes questionamentos, sabemos da difícil tarefa em se sistematizar com a devida

clareza os argumentos dos pensadores que estamos adotando, de forma a nos subsidiarem para a

adoção de medidas pedagógicas eficazes no que se refere a brincadeiras e brinquedos, pois nosso

objetivo geral é analisar a importância dos brinquedos e brincadeiras para o desenvolvimento da

aprendizagem da criança na pré-escola, e assim poder implementar cada vez mais com recursos que

sejam favoráveis ao desenvolvimento integral das crianças, de maneira que as brincadeiras sejam

claramente observáveis.

O presente relatório científico encontra-se estruturado em 05 (cinco) capítulos, a saber:

Capítulo I-Introdução, 1.1. Contexto, 1.2. O Problema, 1.3. Objetivos específicos, 1.4. Justificativas

1.5. Procedimentos metodológicos, 1.6. Estrutura do trabalho.Capítulo II -Desenvolvimento da

criança. Na pré-escola e o papel da brincadeira. 2.1. Aprendizado através da experiência e

descobertas. 2.2. Desenvolvimento da criança emocional/afetivo, psicológico, social e motor, 2.3.

O que os referenciais curriculares para educação infantil,

Page 6: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

dizem sobre a utilização das brincadeiras na pré-escola, 2.4. Aprender brincando através dos jogos

sensoriais,motores. Capitulo III-Brincadeiras na pré-escola. 3.1. pesquisa de campo 3.1.1.

Respostas da professora „„A‟‟ 3.1.2. Respostas da professora„„B‟‟.3.1.3.Respostas do

professor„„c‟‟.3.1.4. Respostas do professor „„D‟‟.3.1.5. Que tipos de dificuldades as crianças

apresentam no ínicio do ano letivo?3.1.6.Após trabalhar com brinquedos o que melhorou?Capítulo

IV-sugestões de brincadeiras e suas contribuições.

2.1 Aprendizado através da experiência e descobertas

Brincar é muito importante. Ao brincar as informações são esclarecidas, de experiências.

Antigas são integradas e seu ambiente pode ser explorado. Brincar proporciona a

oportunidade de acumular conhecimento, aprender novas habilidades e praticar aquelas já

conhecidas.

Através de brincadeiras as crianças aprendem a lidar com os sentimentos, interagir crianças

e adultos e resolver conflitos. Elas desenvolvem a imaginação, criatividade para resolver

problemas.

Manipular, explorar e experimentar objetos reais é muito importante às crianças aprenderão

fazendo e falando. Por serem naturalmente ou pelo mundo e interessadas em aprender sobre ele, as

crianças são ativas ao aprendizado e fazem isso de diversas formas.

O ensino da língua, da leitura, da ciência e da tecnologia é desenvolvido de diversas formas.

Os professores integram conhecimento subjetivo a variedade de técnicas ativas que se encaixam

nos estágios de desenvolvimento das crianças, tendo altas expectativas de aprendizado.

Piaget: Acredita que o jogo é essencial na vida da criança. De início tem-se o jogo de

exercícios que é aquele que a criança repete uma determinada situação por prazer, por ter apreciado

seus efeitos.

Em torno dos 2, 3, 5 e 6 anos nota-se, a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a

necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o acontecido, mas de executar a

representação. É nesse período que surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de

criança para criança e por consequência vão aumentando de acordo com o progresso de seu

desenvolvimento social.

Para Piaget, o jogo constitui-se em expressão e condição para o desenvolmento infantil,

já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.

Já Vygotsky diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da

vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ela não estabelece

fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é

interativo.

Segundo ele a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a

informações; aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de

um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular seu

comportamento pelas reações, que elas pareçam agradáveis ou não.

Vygotsky fala do faz de conta, Piaget fala do jogo simbólico e pode se dizer que são

correspondentes é que o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança

(Oliveira 1977).

Lembrando que ele afirma que a aquisição do conhecimento se dá através da zona de

Page 7: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

desenvolvimento: a real e a proximal.

A zona de desenvolvimento real é a do conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz

consigo, já a proximal só é atingida de início com o auxílio de outras pessoas mais “capazes”, que

já tenham adquirido esse conhecimento.

A noção de zona “Proximal de desenvolvimento ”interliga –se portanto, de maneira muito

forte à sensibilidade do professor em relação às necessidades e capacidades da criança e a sua

aptidão para utilizar as contingências do meio a fim de dar – lhe a possibilidade de passar do que

sabe fazer para o que não sabe. As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo

com a zona de desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a

importância do professor.

(conhecer a teoria de Vygostky).

No processo da educação infantil é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços,

disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do

conhecimento.

A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do conhecimento

estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica

e poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor

procure ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos,

brincadeiras e com outras crianças.

O jogo compreendido sob-ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior

espaço por ser entendido como educação, na medida em os professores compreenderem melhor

toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança

2.4 APRENDER BRINCANDO ATRAVÉS DOS JOGOS SENSORIAIS E

MOTORES.

O jogo é um meio eficiente de ensinar uma criança, ele aprende os conceitos complicados,

princípios filosóficos e emoções que são difíceis de descrever em palavras. Você constrói a capacidade da criança e mostra a elas como resolver problemas ajuda, a

estimular o corpo e a mente.

Diferente de outros métodos de ensino, o jogo envolve inteiramente a criança na lição ao

envolver todos os sentidos, porque ela não ouve ou vê a lição, ela a faz.

O jogo é o domínio da criança. Para ela, é o método natural de compreender o mundo, uma

criança que aprende a construir um castelo de areia, ao mesmo tempo, ela aprendeu a construir sua

confiança e sua independência, para ela foi um aprendizado que aconteceu naturalmente seria

ótimo se todas fossem assim. Por isso precisamos injetar experiência de jogos significativos na vida

de nossas crianças. Ele tem um papel integral para um desenvolvimento sadio. Além de ensinar o

jogo reduz o estresse e abre a mente para criatividade e ajuda a educar as crianças a respeito do

caráter.

Cada criança tem seu estilo particular de aprendizagem em umas áreas mais fortes em outras

mais fracas. Algumas aprendem melhor com o material que lhes é apresentado visualmente ou

demonstrativamente.

Dê mais ênfase ao aprendizado do que à aquisição de informações. Se você criar um clima

Page 8: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

de abertura e animação você ensinará a criança a amar o processo de dominar o conhecimento

sobre coisas novas. O sucesso é um motivador poderoso; a criança que aprende pela experiência

conhece o prazer de entender uma coisa. Ela nunca será carente de motivação.

O jogo na vida do ser humano é tão antigo, pois manifestou uma tendência lúdica, isto é, um

impulso para o jogo. Alguns autores vão além afirmando que o jogo não se limita apenas à

humanidade seria anterior, inclusive ao próprio homem, pois já era praticado por alguns animais,

Johan Huizinga diz que os animais brincam tal como os homens convidam uns aos outros para

brincar mediante um certo ritual de atitude e gestos.

O jogo na vida do ser humano é tão antigo, pois manifestou uma tendência lúdica, isto é, um

impulso para o jogo. Alguns autores vão além afirmando que o jogo não se limita apenas à

humanidade seria anterior, inclusive ao próprio homem, pois já era praticado por alguns animais,

Johan Huizinga diz que os animais brincam tal como os homens convidam uns aos outros para

brincar mediante um certo ritual de atitude e gestos.

Respeitam regras que os proíbe morderem, ou pelo menos com violência a orelha do

próximo. E o que é mais importante para eles é a experiência de prazer e divertimento. Para Piaget,

a atividade lúdica dos animais é de origem reflexa ou instintiva (lutas, perseguições) como no caso

dos gatinhos que lutam com a mãe e a mordiscam, sem feri-la.

No caso da criança a atividade lúdica supera amplamente os esquemas reflexos e prolongam

quase todas as ações nesta perspectiva, o jogo ultrapassa a esfera da vida humana, sendo, portanto,

anterior à cultura.

De acordo com o estudo feito, Huizinga sobre o jogo função social do jogo desde as

sociedades primitivas até as civilizações mais complexas.

De acordo com a tese desse autor, a cultura surge sobre a forma de jogo, sendo que a

tendência lúdica do ser humano está na base de muitas realizações na esfera da filosofia, da ciência,

da arte (em especial da poesia).

O autor explica sua concepção dizendo: mesmo as atividades que visam a satisfação

imediata das necessidades vitais, como, exemplo a caça tendem assumir nas sociedades primitivas

uma forma lúdica. A vida social reveste-se de forma que lhe conferem uma dignidade superior sob

a forma de jogo, e é através deste último que a sociedade exprime sua interpretação da vida e do

mundo.

Não queremos com isso dizer que o jogo se transforma em cultura, e sim que, as duas fases

mais primitivas, a cultura possui um caráter lúdico que ela processa as formas e no ambiente de

jogo.

Portanto, a idéia básica desse autor é que além dos jogos que são normalmente incorporados

à cultura de um povo, a própria cultura se forma e se desenvolve impulsionada pelo espírito lúdico.

Essa idéia é que refletiu na educação durante muito tempo, e apesar dos conceitos proféticos

dos grandes educadores, a pedagogia tradicional sempre considerou o jogo como uma espécie de

alteração mental ou pelo menos, como uma pseudo-atividade, significação funcional e mesmo

nociva às crianças, que ela desvia de seus deveres.

Para outros autores, entre os quais Huizinga e Piaget, atividade lúdica supõe uma ordenação

da realidade, seja ela subjetiva e intuitiva como no caso dos de ficção ou imaginação.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista

apenas como diversão.O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o

desenvolvimento pessoal, sócio cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um

estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do

Page 9: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

conhecimento.

A ludicidade é um assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional,

principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo a essência da infância e seu uso permitir

um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento.

A palavra lúdico significa brincar e vem do latim ludus e neste brincar estão incluídos os

jogos,brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta daquele que joga,que brinca e se

diverte.

Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do individuo,saber,seu

conhecimento e sua compreensão de mundo.

Independente de época , cultura e classe social,pois elas vivem num mundo de fantasias, de

encantamento,de alegria, de sonhos onde a realidade e o faz de conta se confundem.O jogo está na

gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo,da possibilidade de experimentar, de criar e

transformar o mundo.

Pela análise da realidade educacional concluímos que nas instituições infantis as atividades

lúdicas são pouco exploradas, mesmo quando são realizadas, não lhes é dado a brincadeira não é

vista como coisa séria?Por que o educador tem no seu fazer pedagógico a hora de “ensinar‟‟e a

hora de” brincar‟‟?Por que não ensinar brincando?

CAPÍTULO IV - SUGESTÕES DE BRINCADEIRAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES

Nesse capítulo estaremos dando sugestões de brincadeiras que possibilitam aos professores

aplicá-las em suas salas de aula, com objetivos definidos a serem alcançados. São brincadeiras

diversificadas que levam os alunos a aprenderem brincando, brincando por brincar e também

resgatando brincadeiras por muitos já esquecidos.

BRINCANDO POR BRINCAR

4.1 MÃOS FALANTES

PREPARAÇÃO: Os alunos deverão sentar à vontade na sala de aula.

EVOLUÇÃO: Um jogador sai da sala durante alguns minutos. Enquanto isso, os demais

jogadores escondem um objeto em algum lugar da sala. Quando o jogador que estava ausente retornar,

seus colegas dizem qual o objeto que foi escondido a procurar. Seus companheiros o ajudam da

seguinte forma: Toda vez que ele se aproxima do objeto escondido todos os participantes levantam as

mãos e batem palmas bem alto, fazendo um som forte; quando ele estiver longe do objeto procurado,

ou dele se afastar os demais participantes abaixam as mãos e batem palmas baixinho. Se o jogador

encontrar o objeto, terá o direito de escolher o seu sucessor. Se não conseguir, senta no seu lugar e

outro jogador será sorteado.

CONTRIBUIÇÃO: Desenvolver a percepção auditiva; estabelecer ritmos e a socialização.

4.2 DESCOBRIR O OBJETO

PREPARAÇÃO: Os alunos deverão sentar-se na sala de aula, divididos em duas equipes.

EVOLUÇÃO: O professor coloca uma venda nos olhos do jogador de uma das equipes, e lhe

entrega um objeto. Ele deverá descobrir qual é o objeto através do tato, sem vê-lo, apenas apalpando-

Page 10: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

o. Se acertar, sua equipe ganha um ponto. Em seguida, o professor coloca a venda no jogador da outra

equipe, que tentará descobrir, pelo tato, qual é o outro objeto que lhe foi entregue. Acertando, sua

equipe ganha um ponto.

FINAL: Vence a equipe que, no final, tiver o maior número de pontos.

CONTRIBUIÇÃO: Favorecer o trabalho em equipe explorar os órgãos dos sentidos (visão e

tato), associação de quantidade.

4.1.3 PROCURAR PARCEIRO

PREPARAÇÃO: O professor seleciona várias gravuras (de revistas, livros, etc.) e cola-as em

pedaços de cartolina. Recorta as gravuras coladas em cartolina, formando vários quebra-cabeças.

Marca os pedaços de cada quebra-cabeça com um sinal (pode ser um numeral, uma figura geométrica,

etc.). Por exemplo: todas as peças de um quebra-cabeça estarão marcadas atrás com o numeral 1, ou

então com um triângulo (s). Todas as peças de outro quebra-cabeça serão marcadas, atrás, com o

numeral 2 ou com um círculo (O). E assim por diante. Depois os alunos deverão estar sentados à

vontade.

EVOLUÇÃO: O professor distribui as peças, uma para cada aluno. Os participantes verificam

qual o sinal marcado atrás de sua peça, e procuram os colegas cujas peças têm o mesmo final. Então,

agrupam-se pelo sinal, cada grupo num canto da sala. Quando todos tiverem encontrado seus

parceiros, cada grupo começa a juntar as peças, montando o seu quebra-cabeça. Será dado um tempo

para que todas as equipes formem a sua gravura, mas vencerá a que formá-la em primeiro lugar.

CONTRIBUIÇÃO: Atenção, concentração, socialização, agilidade.

4.1.4 APANHADOR DE BATATAS

PREPARAÇÃO: Os participantes sentados, sendo que cada coluna de carteiras forma uma

equipe.

EVOLUÇÃO: O primeiro jogador de cada coluna recebe uma colher de sopa com uma batata.

Dado o sinal de inicio, este passa a colher com a batata para o jogador sentado na carteira de trás, este

ao seguinte, e assim sucessivamente até chegar ao último elemento da equipe. Quando este recebe a

colher com a batata, corre pelo espaço existente entre as colunas e senta-se na primeira carteira, que já

deve estar vazia, pois seus colegas de equipe (sem atrapalhar a corrida do companheiro) passaram

uma carteira para trás, deixando a primeira vazia. Ao sentar-se, ele torna a passar a colher com a

batata para o colega atrás, até chegar ao último elemento da fileira, que se levanta e corre para sentar-

se na primeira carteira. E assim o jogo prossegue, com os demais elementos procedendo da mesma

forma que seus antecessores. Vence a equipe mais rápida, isto é, a equipe cujo jogador iniciante

chegar primeiro à sua carteira de origem.

CONTRIBUIÇÃO: Desenvolve a coordenação motora, agilidade, organização, atenção,

respeito mútuo.

4.1.5 CESTAS DE FRUTAS

FORMAÇÃO: As crianças, em círculo, sentadas, cada uma tendo o nome de uma fruta.

No centro do círculo uma criança de pé.

Page 11: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

DESENVOLVIMENTO: A criança do centro diz: “Vai passando um fruteiro que leva (dizer o

nome das frutas)”. As crianças que têm o nome dessas frutas trocam de lugar imediatamente, a criança

que estava no centro também deve ocupar um dos lugares vagos.

A criança que está no centro do círculo, ao invés de dizer o nome de frutas também pode gritar:

“A cesta virou”, neste caso todas as crianças trocam de lugar.

CONTRIBUIÇÃO: Agilidade, atenção.

APRENDER BRINCANDO

4.2 TERRA, ÁGUA E AR.

PREPARAÇÃO: os alunos deverão estar sentados à vontade na sala. Dividir a turma em duas

equipes. O professor segura uma bola de papel.

EVOLUÇÃO: O professor lança a bola para um aluno, dizendo, por exemplo: -

“Terra” O jogador pega a bola de papel e diz o nome de um animal que vive na terra, lançando a bola

de volta para o professor. Se ele acertar, sua equipe ganha um ponto. Depois o professor arremessa a

bola para um participante da outra equipe, dizendo, por exemplo: - “Ar”! O jogador pega a bola e diz

o nome de um animal que voa, devolvendo a bola para o professor. Se acertar, a sua equipe recebe um

ponto. O professor torna a lançar a bola para um jogador da primeira equipe, dizendo, por exemplo: -

“água”! Este pega a bola e diz o nome de um animal que também nade, como a tartaruga, jacaré, etc.

Acertando, sua equipe ganha mais um ponto. E assim o jogo continua. Vence a equipe que no final

tiver o maior número de pontos.

OBSERVAÇÃO: Cada participante que receber a bola deve dizer o nome de um animal

diferente dos já mencionados.

CONTRIBUIÇÃO: Coordenação motora, atenção, socialização de conteúdos.

4.2.1 BINGO DE NÚMEROS OU PALAVRAS

PREPARAÇÃO: O professor prepara uma cartela (ou uma folha de papel) para cada aluno,

com 12 quadradinhos.

Em cada espaço escreve um número (ou uma palavra). Depois, num saco ou caixa de papelão,

coloca cartõezinhos para serem sorteados, cada um deles contendo um número ou palavras.

Os alunos deverão sentar à vontade na sala de aula.

EVOLUÇÃO: Cada participante recebe uma cartela e um conjunto de feijões. O professor pede

para que cada um observe os números (ou palavras) nele escrito. Os jogadores que tiverem em sua

cartela aquele número (ou palavra), marcam o espaço correspondente com um feijãozinho.

E assim o jogo continua, com o professor ditando os números (ou palavras) sorteados, e os

jogadores marcando os espaços correspondentes com feijões. Quem completar primeiro a sua cartela

será o vencedor.

CONTRIBUIÇÃO: Socialização de conceitos, atenção, concentração, localizar-se no espaço.

4.2.2 QUAL É O TAMANHO

PREPARAÇÃO: O professor recortará figuras de animais, de eletrodomésticos e de vários

outros objetos familiares e montará as figuras sobre a cartolina.

Page 12: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

EVOLUÇÃO: Alunos dispostos em semicírculos, o professor no meio, pedem que seus alunos

olhem para as figuras e tentem visualizar o tamanho do objeto real.

Vamos adivinhar ou estimar o tamanho real do objeto, apenas olhando a gravura, o professor

segura duas (2) gravuras, como por exemplo, um aspirador de pó e outra de máquina de lavar roupa.

- Qual é a figura geométrica relacionada de cada objeto?

- Qual desses objetos vocês acham que é maior?

- Quais acham que pesa mais?

CONTRIBUIÇÃO: Socialização de conteúdos, visualização, organização.

4.2.3 PROFISSÃO

PREPARAÇÃO: Os alunos deverão sentar à vontade na sala de aula. O professor segura nas

mãos uma bola de papel.

EVOLUÇAO: O professor inicia o jogo dizendo o nome de uma profissão ou de um tipo de

trabalhador, arremessando a bola de papel para um jogador qualquer. Este, ao pegar a bola, deve dizer

o que faz aquele profissional; depois, diz o nome de outra profissão e torna a lançar a bola para outro

colega, e assim sucessivamente. Quem não souber dizer o que faz determinado profissional, torna

arremessar a bola para o professor, que recomeça com outro colega.

CONTRIBUIÇÃO: Conhecimento de mundo, socialização de conteúdo, coordenação motora,

atenção.

4.2.4 TOM DAS CORES

PREPARAÇÃO: Os participantes formam uma roda e giram em torno do professor que estará

no centro.

EVOLUÇÃO: O professor do jogo conta uma história e, quando na história surgir uma cor, as

crianças sairão à procura do objeto que tenha esta cor. O professor, por sua vez, corre atrás das

crianças para atrapalhá-las.

OBSERVAÇÃO: Um espaço em que haja vários objetos coloridos.

As crianças devem estar sentadas em roda.

EVOLUÇÃO: O professor diz uma cor e, em seguida, o objeto que tem esta cor. As crianças

devem correr, pegar o objeto e colocá-lo no lugar em que estão sentados. A seguir, o professor fala

outra cor e outro objeto, e assim sucessivamente. Ao final, quem tiver mais objetos é o vencedor.

CONTRIBUIÇÃO: Agilidade, organização de espaço, trabalho coletivo, respeito mútuo,

socialização de conteúdos, conhecimento de mundo.

4.2.5 LEVANTAR (O CORPO, PARTES DO CORPO OU OBJETOS)

PREPARAÇÃO: As crianças deitadas ou sentadas em posições para iniciar a brincadeira.

EVOLUÇÃO: Deitados ou sentados, a um sinal combinado, levantar o corpo do chão ou da

cadeira. Elevar os braços pelos lados (como se fossem asas), levantando e abaixando-os. Elevar os

braços pelos lados até o alto da cabeça: bater palmas (repetir várias vezes). Deitados de costas com

braços e pernas estendidos elevar os braços, movimentando-os para trás, para frente, para um lado e

para o outro. Deitados de costas, com pernas e braços estendidos elevar as pernas em gancho,

colocando os joelhos sobre o peito (repetir várias vezes). Deitado de costas, apoiar-se sobre as mãos e

Page 13: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

elevar o tronco sem mexer as pernas. Deitado de peito apoiar-se sobre as mãos e as pontas dos pés,

tentando elevar-se.

CONTRIBUIÇÃO: As atividades de levantar o corpo, partes do corpo ou objetos trabalham a

coordenação motora ampla e a orientação espacial, a discriminação auditiva.

4.3 EXPLORAR SONS E MOVIMENTOS ACOMPANHAR RITMOS LENTOS E RÁPIDOS

PREPARAÇÃO: As crianças em circulo, sentadas em posições.

EVOLUÇÃO: Provocar sons com o próprio corpo, soprar, estalar a língua, estalar os dedos,

bater os pés no chão, bater um pé no outro, bater palmas, bater as mãos no próprio corpo ou em

objetos, etc.

Provocar ruídos com materiais disponíveis no momento: lápis, caneta, caderno, giz, cadeira

(batendo, esfregando, puxando, arrastando etc.) Manipular objetos que provocam ruídos batendo,

sacudindo, raspando, amassando, apertando, utilizar objetos tais como: latinhas contendo pedrinhas ou

grãos, reco-reco, língua-de-sogra, folha de papel etc.

Fazendo movimento como saltar, andar etc, ao som de um estimulo sonoro, quando este cessar,

as crianças cessam o movimento. Bater palmas ao som de uma canção, parar assim que ela termine.

Dançar e parar sucessivamente, seguindo um estimulo sonoro (música e cantos). Acompanhar

estruturas rítmicas simples, movimentando as mãos e os dedos: batendo palmas, estalando os dedos.

Reproduzir ritmos variados: Com o próprio corpo, com palmas, batendo os pés no chão, as

mãos sobre a mesa etc. Com objetos: usando coquinhos, latinhas contendo pedrinhas ou grãos,

batendo o lápis sobre a mesa, etc.

CONTRIBUIÇÃO: Discriminação auditiva, coordenação motora e orientação temporal (noção

de ritmo).

4.3.1 ANDAR IMITANDO PESSOAS E OBJETOS

PREPARAÇÃO: As crianças ficarão em filas e o professor irá coordenar a brincadeira.

EVOLUÇÃO: Imitar um velhinho, um cego atravessando a rua, uma pessoa distraída, um bebê

chorando, um robô, uma mãe carregando o filho no colo, alguém com muita pressa, um professor no

quadro de giz, etc.

CONTRIBUIÇÃO: Coordenação motora, observação, memória visual.

BRINCADEIRAS FOLCLÓRICAS

4.3.2 ATIREI O PAU NO GATO

Atirei o pau no gato, to

Mas o gato, to

Não morreu, réu, reu

Dona Chica, ca

Admirou-se, se

Do berro, do berro, que o gato deu, miau!

Dona Chica foi à polícia, cia

Page 14: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

A polícia, cia

Não prendeu, deu, deu

Dona Chica, ca

Admirou-se, se

Do berro, do berro que o gato deu, miau!

COREOGRAFIA: formada a roda, as crianças circulam saltitando e cantando os versos. A

palavra final (miau) é a “senha” para que todos se agachem. Logo se levantam e repetem a

brincadeira.

CONTRIBUIÇÃO: Simbolizar em versos e melodias o que lhe inquieta, é uma forma de dar

um novo sentido às suas experiências.

4.3.3 CAPELINHA DE MELÃO

Capelinha de melão

É de São João

É de cravo, é de rosa,

É de manjericão.

São João está dormindo,

Não acorda, não.

Acordai, acordai,

Acordai João.

COREOGRAFIA: Formada a roda, as crianças entoam a 1ª estrofe, girando. Já a 2ª estrofe é

entoada com as crianças voltadas para o centro da roda, batendo palmas, paradas em seus lugares.

VARIANTE: Criança de olhos vendados no centro da roda. Acabada a cantiga, uma das

crianças se aproxima da que está no centro e pergunta: “Quem sou eu?” Se for reconhecida, será a

próxima a ser vendada; se não, continua a mesma criança no centro.

CONTRIBUIÇÃO: Dormir e acordar concentram as atenções das crianças nos movimentos

desta canção. Ver representados no grupo social as ações que costumam realizar faz o brinquedo ser

considerado coisa séria.

4.3.4 O CRAVO E A ROSA

O cravo brigou com a rosa

Debaixo de uma sacada,

O cravo saiu ferido,

E a rosa despedaçada (ou despetalada).

O cravo ficou doente,

A rosa foi visitar

O cravo teve um desmaio

A rosa pôs-se a chorar.

Page 15: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

COREOGRAFIA: São escolhidas duas crianças para representarem o cravo e a rosa, que vão

dramatizando o que os versos da cantiga propõe.

Ao término, escolhem seus sucessores.

CONTRIBUIÇÃO: Emprestar vida a seres inanimados é uma característica que identifica uma

fase do desenvolvimento infantil.

4.3.5 ESCRAVOS DE JÓ

Escravos de Jó

Jogavam caxangá

Tira, bota, deixa

O Zé Pereira ficar.

Guerreiros, com guerreiros.

Fazem zigue, zigue, zá.

Guerreiros, com guerreiros.

Fazem zigue, zigue, zá.

COREOGRAFIA: Formada a roda, as crianças permanecem paradas, podendo inclusive ficar

sentadas, com um objeto igual para todos, na mão direita. Ao ritmo da música, marcando os tempos

fortes, iniciam a brincadeira de passar o objeto que têm na mão direita para o vizinho da direita, e

receber com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda (se estiver de pé), trocando-o

rapidamente de mão.

Quando a letra diz “zigue, zigue, zá”, o objeto é retido na mão direita, e só passado para a

pessoa da direita na última palavra.

Quando a turma já estiver craque nesta modalidade vale tentar com “boca chiusa” (com a boca

fechada, fazendo um som nasal), substituindo o canto, depois pro assobio e por último, sem som

nenhum.

OBSERVAÇÃO: Quando o jogo é feito sentado (geralmente em torno de uma mesa), pode-se

usar somente a mão direita, largando-se o objeto sempre à frente do vizinho da direita. Vão saindo da

roda aqueles que se perderem no ritmo, ou passarem mal o objeto, que pode ser caixinha de fósforo,

ou qualquer outro objeto que seja fácil de tomar com uma só mão. Para super cobras no jogo, pode ser

tentada uma rodada especial invertendo o sentido da brincadeira (para a esquerda).

CONTRIBUIÇÃO: Adultos e crianças do mundo inteiro utilizam a canção para facilitar as

trocas sociais. O poder comunicativo da música congrega as pessoas em atividades coletivas para fins

de lazer ou de trabalho.

4.3.5 FORMIGUINHA DA ROÇA

Formiguinha da roça endoideceu

Com a dor na barriga que deu

Ai, ai pobre formiguinha.

Põe a mão na barriga

E faz assim e faz assim (retorcer-se)

COREOGRAFIA: Formando a roda, as crianças obedecem à ordem da letra e fingem dor

(retorcer-se), obedecendo também ao comando (faz assim...)

Page 16: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

Podem ser modificadas as partes do corpo citadas, tanto quanto pode ser colocada uma

criança que escolher para substituí-la.

CONTRIBUIÇÃO: A criança precisa sentir-se livre para pensar por si mesma e encontrar

uma forma de representar, pela ação, o que a imaginação lhe sugere. Nas atividades de expressão

livre, a letra alimenta a imaginação, e a melodia promove e sustenta a expressão do gesto.

2.2 DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA: EMOCIONAL/AFETIVO,

PSICOLÓGICO, SOCIL E MOTOR

Qualquer pessoa que estude crianças defronta-se com certas questões fundamentais. E

essas questões têm sido discutidas por filósofos, teólogos e educadores.

Esta questão é a conhecida controvérsia do meio. Alguns cientistas acreditam que a

grande parte do comportamento humano seja guiada pela formação genética, maturação fisiológica e

funcionamento neurológico. De acordo com seu ponto de vista, aspectos universais do

desenvolvimento, como o surgimento do andar, falar e responder às pessoas podem ser mais bem

explicados como resultados das diferenças genéticas e fisiológicas.

No outro extremo, os ambientalistas salientam a influência do ambiente físico e social

sobre os padrões de desenvolvimento. Acreditam que as crianças respondem às pessoas e objetos que

a cercam e que as mudanças no desenvolvimento resultam em grande parte da experiência. Portanto

os programas de educação infantil que proporcionem boas experiências de aprendizagem devem levar

a melhoria em desempenho.

Vários filósofos formaram teorias sobre a natureza da meninice, da mente,

desenvolvimento e educação da criança. Cada um ofereceu conselhos a pais e mestres. Locke

acreditava que as crianças deviam ser treinadas através de recompensas e punições desde os mais

tenros meses de vida. Em contraste, Rousseau, acreditava que a criança era por natureza, uma

exploradora ativa com enormes potencialidades, as quais seriam realizadas se os adultos não se

metessem demais.

Durante este período houve uma forte influência sobre a psicologia do desenvolvimento

que se seguiu. Estava se tornando conhecida a teoria psicanalítica de Freud e suas hipóteses sobre a

importância de experiências iniciais, começaram a permear o modo de pensar de muitas pessoas.

Watson (1967), efetuou alguns experimentos usados na teoria da aprendizagem.

“Dêem-me uma dúzia de bebês saudáveis, um mundo se-”.

segundo minhas especificações para criá-lo, e eu garanto tomar qualquer

um deles aleatoriamente e treiná-lo para

tornar especialista na área que eu escolher – médico, advogado, comerciante

e claro até pedinte ou ladrão,

não importando seus talentos, pendores, habilidades, vocações e a raça de

seus ancestrais.”(p. 136)”.

Piaget começou suas investigações sobre o desenvolvimento intelectual das crianças. Por

fim esses movimentos teóricos formaram a espinha dorsal da moderna psicologia infantil.

Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu, um novo tipo de psicólogo, que abordava o

estudo da criança um ramo da psicologia experimental.

Esses psicólogos estavam interessados não apenas em descrever comportamento, mas

também em predizer e explicar as razões das ações das crianças.

Neste período, preferiam experimentos de laboratório nos quais pudessem controlar todos

os aspectos de uma situação ao invés de observação naturalística. Argumentavam que haviam várias

influências não controladas nas situações naturais para que se pudessem tirar quaisquer conclusões

sobre quais destas influências eram importantes. Brandura (1969), conduziu um conjunto de

Page 17: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

experimentos, investigando o comportamento imitativo das crianças. Em um estudo ele testou a

hipótese teórica de que as crianças imitariam mais um adulto amigo do que um fosse distante. Ele

estudou situações experimentais em que algumas crianças tinham interações afetuosas e amistosas

como um adulto.

A psicologia americana redescobriu a teoria de Piaget no desenvolvimento cognitivo, suas

idéias influenciaram pontos de vista básicos sobre a criança. Piaget estava interessado em aspectos

universais no desenvolvimento infantil e acreditava que o desenvolvimento resultava da interação

entre as mudanças de caráter maturacional à experiência. Propôs quatro estágios do conhecimento

cognitivo, pelos quais todas as crianças passam.

Uma outra tendência dos últimos anos é tentar relacionar o comportamento social das

crianças e seus desenvolvimentos cognitivos. Em períodos anteriores, os pesquisadores tendiam a

estudar as mudanças cognitivas na medida em que estas afetavam a aprendizagem, o desempenho

escolar e aspectos semelhantes. O comportamento social e emocional, eram tratados como um assunto

não relacionado. Hoje, torna-se evidente que as cognições sociais das crianças, ou maneiras de pensar

a respeito de situações sociais e questões morais, ajudam a determinar o comportamento social.

Os psicólogos voltaram a se preocupar com aplicações sociais do conhecimento adquirido

a respeito das crianças.

O desenvolvimento cognitivo da criança é seqüencial e caminha de estruturas mais

simples para a estrutura mais complexa.

A inteligência por fases-estágio em que são os mesmos para todos os indivíduos e se

sucedem na mesma ordem. Essas fases são caracterizadas por estruturas mentais diferentes

construídas pelo próprio sujeito em interação com o mundo que o cerca. O processo de formação

constitui o próprio desenvolvimento, para Piaget, pode ser conceituado como um processo de

equilibração progressiva que tende para uma forma final, qual seja a conquista das operações formais.

Na primeira infância as propostas didáticas devem estar voltadas para a ação. Além de

todas as ações reais ou materiais que são capazes de efetuar, a criança torna-se capaz de reconstruir

suas ações passadas sob formas de narrativas, e de antecipar suas ações futuras pela representação

verbal. Daí resultam conseqüências essenciais para o desenvolvimento: a socialização, aparição de

pensamento propriamente dita, desenvolvimento de sentimentos, afetividade interior.

A criança está se tornando mais competente nas áreas de cognição, inteligência.

Desenvolve a capacidade para usar símbolos em pensamento e ação, consegue lidar mais

eficientemente com conceitos tais como: idade, tempo, espaço e moralidade. No entanto não separa o

real do irreal, e grande parte de seu pensamento é egocêntrica. É incapaz de considerar totalmente o

ponto de vista de outra pessoa.

2.3 O QUE OS REFERENCIAIS CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL,

DIZEM SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS BRINCADEIRAS NA PRÉ-ESCOLA.

No Referencial Curricular para a Educação Infantil, (RCNEI), brincar é uma das

atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança,

desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado

papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem

desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a

imaginação.

Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da

utilização e experimentação de regras e papéis sociais.

A diferenciação de papéis se faz presente, sobretudo no faz-de-conta, quando as crianças

brincam como se fossem o pai, a mãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões, etc.; imitando

e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências, a fantasia e a imaginação são

elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, sobre o eu e

sobre o outro.

Page 18: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imaginação de uma pessoa, de

uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis

para elas no momento e que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras

circunstâncias. Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de

imitar a vida como também de transformá-la. Os heróis, por exemplo, lutam contra seus inimigos, mas

também, pode ter filhos, cozinhar e ir ao circo.

Ao brincar de faz-de-conta, as crianças buscam imitar, imaginar, representar e comunicar

de uma forma especifica que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser personagem, que

uma criança pode ser um objeto ou um animal, que um lugar “faz-de-conta” que é outro.

Quando utilizam a linguagem do faz-de-conta, as crianças enriquecem sua identidade,

porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas

e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens.

Na brincadeira, vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de

convivência assim como a elaboração de um sistema de representação dos diversos sentimentos das

emoções e das construções humanas. Isso ocorre porque a motivação da brincadeira é sempre

individual e dependem dos recursos emocionais de cada criança que são compartilhados em situações

de interação social. Por meio da repetição de determinadas ações imaginárias, que se baseiam, mas

polaridades presença/ausência, bem/mal, prazer/desprazer, passividade/atividade, dentro/fora,

grande/pequeno, feio/bonito, etc.; as crianças também podem internalizar e elaborar suas emoções e

sentimentos, desenvolvendo um sentido próprio de moral e de justiça.

Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja

riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais

voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta.

A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que

é o não brincar. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que

aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver

consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu

conteúdo para realizá-la.

Para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus

companheiros e os papéis que irão assumir no interior da um determinado tema e enredo, cujo

desenvolvimento depende unicamente da vontade de quem brinca.

Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as

crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhes são importantes e

significativos. Proporcionando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem

representar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os

diversos conhecimentos.

O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas

pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: os

movimentos e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física da criança; a

relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e a associação entre eles;

a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar:

os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o

universo social se constrói; e finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo em um recurso

fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades

básicas, quais sejam, brincar de faz-de-conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental

da qual se originam todas as outras; sendo elas jogos de construção e aqueles que possuem regras.

E o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturas

o campo das brincadeiras na vida das crianças, conseqüentemente é ele que organiza sua base

estrutural por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e

arranjo dos espaços e do tempo para brincar.

Page 19: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos

processos do desenvolvimento das crianças em conjuntos e cada uma em particular, registrando suas

capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e

emocionais que dispõem.

A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças,

oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar permite o

enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor

organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar as

crianças à possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou

os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoas e independente suas

emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.

É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e

estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas dos conhecimentos, em atividades

espontâneas e significativas. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que possuem

regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças

não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão.

CAPÍTULO III – BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA PRÉ-ESCOLA

Com este capítulo estaremos, entretanto em contato com profissionais que atuam na área

de Educação Infantil, possibilitando assim uma troca de experiências. Através de uma pesquisa de

campo em uma realidade diferente da nossa estaremos investigando suas opiniões sobre a

contribuição dos brinquedos e brincadeiras para as crianças em idade pré-escolar. A partir dessa

pesquisa e da nossa vivência do dia-a-dia estaremos também fazendo um apanhado das dificuldades

que as crianças apresentam no inicio do ano e o que melhorou após trabalhar com brincadeiras.

3.1 PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo foi realizada nas escolas Manoel Osório e Pré-Escolar Pinóquio,

sendo as mesmas situadas no município de Seringueiras - RO, com profissionais que atuam na área da

Educação Infantil.

Foi elaborado por nós um questionário e este foi passado aos profissionais para relatarem

suas experiências no dia-a-dia, sobre a evolução das crianças no decorrer do ano letivo.

3.1.1 RESPOSTAS DO PROFESSOR “A”

Além de proporcionar prazer à criança aprende brincando. É nessa fase que se deve

trabalhar lateralidade para que a criança não apresente dificuldades na escrita e na leitura futuramente.

A função educativa do jogo é oportunizar a aprendizagem da criança, porque os jogos são desafios e

para aprender é preciso desafiar com prazer. O professor deve dar oportunidade a todos na hora da

brincadeira, sempre incentivando os mais tímidos, conversando com aqueles que não querem

participar e estar atento criando situações para que todos participem.

Alguns professores têm consciência que brincar faz parte e são necessários na

aprendizagem, outros vêem como um passatempo.

3.1.2 RESPOSTAS DO PROFESSOR “B”

O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da criança.

Desenvolve o raciocínio, interação, utiliza a linguagem simbólica. Vendo, e fazendo atividades, com

Page 20: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

sucata, objetos. O jogo criativo desenvolve a percepção, raciocínio, e desenvolve a interação entre

colegas, cada um pensa em confeccionar suas atividades de maneira mais eficaz, ou melhor, isso ajuda

sua aprendizagem com certeza.

O incentivo na hora de brincar é essencial, para que todos participem principalmente

aqueles mais tímidos, para que ele se socialize entre eles, e interagem melhor uns com os outros.

A brincadeira é vista como um instrumento didático, que desenvolve habilidades, pode se

imaginar a organizar. O brincar é concebido como uma atividade que permite que as crianças relaxem,

através da dispersão de energias, contidas em classe. A brincadeira recupera fisicamente o lado

emocional das crianças.

3.1.3 RESPOSTAS DO PROFESSOR “C” A brincadeira contribui para o melhor desenvolvimento da aprendizagem, pois brincando

a criança aprende melhor. Quando existe jogo existe competição. E a criança adora competir, e isso

fará com que a aula tenha mais participação e interesse. O professor deve procurar dar oportunidade

para todos, envolvendo jogos e brincadeiras que todos possam participar. Muitas vezes a brincadeira é

deixada de lado por falta de espaço adequado ao tipo de brincadeira.

3.1.4 RESPOSTAS DO PROFESSOR “D” O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da criança, as

brincadeiras podem desenvolver a atenção, a imitação, a memória e a imaginação.

Através de brincadeiras e jogos, as crianças aprendem a respeitar regras, resolver

conflitos, interagir, ser criativas. No jogo deve se procurar fazer com que todos participem,

principalmente aqueles mais tímidos, para que se relacionem com seus colegas. O jogo é conhecido

como uma atividade fundamental para a aprendizagem da criança.

3.1.5 QUE TIPOS DE DIFICULDADES AS CRIANÇAS APRESENTAM NO INICIO DO

ANO LETIVO O ingresso na pré-escola representa para a criança um marco em seu desenvolvimento,

pois é a etapa em que ocorre a separação, por certo período de tempo diário da família e, mais

especificamente da mãe. Ela será integrada a um novo meio sociais, através do relacionamento com

outras crianças e adultos, onde estabelecerá as primeiras normas em sociedade, ou seja, os primeiros

processos de socialização.

Nesse início de adaptação e socialização na escola, a criança encontra algumas

dificuldades de socializar-se, de fazer amigos, são egocêntricas e querem tudo para si, algumas não

controlam suas emoções, gritam e choram para obter aquilo que querem, gostam de ouvir estórias,

mas não usam a imaginação para criar as suas próprias, se prendendo aquelas que lhe contam, se

retraem quando participam de brincadeiras dirigidas e quando brincam sozinhas não se soltam, outros

não aceitam regras, são violentos e resolvem tudo na força bruta, não utilizam sua criatividade diante

dos brinquedos, quando se trata de blocos de montar, se perguntamos o que estão fazendo, não dão

uma resposta exata, montam desordenadamente, empilham e derrubam blocos, brincando por brincar.

Algumas crianças precisam estar recebendo estímulos para o fortalecimento de sua auto-

estima e têm dificuldades em dar opiniões e seu ponto de vista sobre determinados assuntos por não

ser talvez em casa incentivada a isso.

Outras não se interessam pelas próprias produções ou dos colegas e até seu vocabulário

precisa ser ampliado. Correr, pular, girar, subir em objetos, pendurar, se equilibrar, estão ligados ao

domínio do corpo e na construção de sua autonomia, e são uma das grandes dificuldades que

observamos em alguns alunos no inicio do ano, sendo que ação física é necessária para que a criança

harmonize suas potencialidades motoras, afetivas e cognitivas.

Trabalhar em grupo se torna difícil quando as crianças ainda não adquiriram o senso de

cooperação, crianças mais hábeis monopolizam e acabam fazendo tudo excluindo os demais que não

se esforçam em participarem, muitos não aceitam atividades competitivas e choram quando se sentem

Page 21: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

derrotados outros não se sentem competentes para competir e nem sequer tentam, não vencem

obstáculos, não gostam de desafios, são inseguros, enquanto algumas crianças gostam de desafiar e

ser desafiadas. Não adquiriram ainda o senso de responsabilidades, se brincam não ajudam a guardar

os brinquedos, não cuidam de suas coisas, são desorganizadas, impacientes, não esperam sua vez para

falar e ouvir, não cooperam nas atividades, enjoam fácil do que estão fazendo, não se interessam pelos

aspectos da natureza, ou seja, não os compreendem.

A criança traz de casa alguns conflitos que podem atrapalhar o seu desenvolvimento e elas

não estão no momento preparada para vencer esses conflitos, mas quando utilizados recursos como

cena, jogos, histórias, figuras, desenhos, vivências, representações podem servir como meios para

tentar vencê-los.

A criança vive num mundo de fantasias que deve ser explorado, o professor precisa fazer

os alunos acreditarem que ele também acredita nesse mundo por isso muitas vezes faz com que a

criança se sinta pequena diante do professor que vive um mundo diferente do dele.

Existem momentos na vida da criança, em que ela ainda não consegue dissociar suas

fantasias e a realidade da qual participa. Ao mesmo tempo em que conhece e aceita o que constata a

sua volta, crê que pode ter ilusões e mergulha na fantasia, a criança se confunde entre aceitar a

realidade e viver no sonho. É o brinquedo que ela fortifica sua confiança.

3.1.6 APÓS TRABALHAR COM BRINQUEDOS O QUE MELHOROU? No inicio brincar para as crianças não era novidade já que criança brinca a todo o

momento, mas com o tempo passaram a criar gosto pelas brincadeiras, a cada dia procurávamos estar

renovando os repertórios para que não se tornassem cansativos. Os conteúdos passados em formas de

brincadeiras se tornaram uma estratégia de ensino. Os blocos lógicos que eram empilhados e

derrubados somente passaram a ter critérios de seleção, como empilhar por cores, por formas, por

tamanhos e cada um foi estabelecendo regras e usando a imaginação criam castelos, casas, prédios,

aviões, números, letras e muitas outras coisas. Pulando cordas, imitando os animais que sobem em

árvores, nadam, saltam e muitos outros movimentos que fortalecem a coordenação e os tornam aptos

para escreverem e a situarem-se no tempo e no espaço.

Brincar permite o contato com os colegas auxiliando-os no relacionamento, superando

assim aquele retreinamento. Pegar na mão, sentir seu colega ajudou-os a compreenderem a si mesmos,

sair do individualismo, entenderem que existem outras pessoas ao seu redor que precisa ser ouvida,

que tem vontades, compreendem que na vida ora ganhamos, ora perdemos, que gritar, espernear,

chorar não resolve, é preciso haver diálogo, é preciso respeitar regras. Quando esperam sua vez de

jogar, de falar e de ouvir estão respeitando os colegas que facilitou o trabalho em grupo, passaram a

acreditar mais neles mesmos e nos colegas, a cooperação entre eles aumentou, o senso de

responsabilidades, brincou, guardou, no cuidado com suas coisas e a dos colegas também

progrediram. A interação com os colegas, o ambiente de descontração auxiliaram no desenvolvimento

de sentimentos de confiança e de auto-estima.

Até mesmo quando brincam espontaneamente, seja com massa de modelar, areia ou

blocos de montar, estão fazendo letras, números, animais e outros assuntos relacionados às aulas

anteriores, é raro ver uma criança que não queira participar de alguma atividade seja ela qual for, cada

um toma seu papel nas brincadeiras seja dramatizando estórias ouvidas, seja fatos da vida real e

passam horas entretidas em suas fantasias.

Com o tempo estão mais atentos, dão opiniões quando solicitados e já não desconversam

tanto os assuntos como antes faziam, se interessam por fatos de sua vida, sua cidade, sua família, o

mundo em que vivem, através das brincadeiras, ligando o real ao imaginário conhecem o mundo

através do faz-de-conta, simulam o real e incorporam verdadeiramente os papéis sociais.

Percebemos que para que brinquem não é necessário um brinquedo caro, pois até a areia

se torna mais interessante quando usam a imaginação, uma cadeira se transforma em algo

extraordinário capaz de transportá-los aonde quer que queiram ir os que permitem a todos a diversão,

Page 22: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

indiferentemente de sua posição social. É super interessante observá-los brincar e participar desse

mundo da imaginação que os ajudamos a acreditar através das estórias contadas, mas auxiliando-os no

contato com sua realidade social.

As crianças criam suas regras, trazem brincadeiras de casa e a todo o momento estão

fazendo comparações, tipo qual é o maior, vamos ver quem pula mais alto e outros. Sentem prazer em

aprender. Brincar facilitou este caminho, eles nem sentem que estão aprendendo, garantiu um

equilíbrio tanto motor como social e emocional em muitas crianças que apresentaram estas

dificuldades. Já programam a rotina da aula, sabem questionar para se chegar a um consenso, se

expressam com mais clareza, falam o que pensam, sabem até onde podem chegar, o que é permitido e

o que não é.

Pular, correr, puxar gritar, cantar, essa expressão do corpo nos jogos de brincadeiras

consegue se estruturar de modo mais seguro e tranqüilo nas atividades que não requerem tanta

movimentação, levando-se em conta que alguns são mais agitados e outros menos e que tem uma

energia inesgotável, nessa fase o que leva a não focarem muito tempo envolvidos em uma única

atividade.

Algumas crianças amadurecem, não são tão agressivas, não se opõem tanto quando se

muda de atividade, aceita o professor (o adulto) como um parceiro de brincadeiras, algumas que se

retraíam já aceitam atos de carinho o que possibilita um contato maior do professor com este aluno,

entendendo-o e intervindo em sua aprendizagem.

As brincadeiras permitem à criança realizar ações concretas, reais, relacionadas com

sentimentos. Por isso a agressividade não desapareceu por completo das brincadeiras, pois as crianças

exprimem seus sentimentos, assim, brincando, a criança vai aos poucos organizando também suas

relações emocionais.

CAPÍTULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Neste capítulo são apresentadas as conclusões e recomendações, resultantes das pesquisas

elaboradas através dos embasamentos teóricos e contato com outros profissionais, buscando assim

responder as questões elaboradas no Capítulo I.

5.1 CONCLUSÕES Através do contato com autores e profissionais da área de educação infantil em nossa

experiência na área, concluímos que utilizar a brincadeira e brinquedos como promoção do

desenvolvimento da aprendizagem é de suma importância, pois toda a ação humana envolve a

atividade corporal. A criança é um ser em constante mobilidade e utiliza-se dela para buscar

conhecimento relacionando-se com objetos e pessoas. A ação física é necessária para que a criança

harmonize de maneira indagadora as potencialidades motoras, afetivas e cognitivas.

A criança se movimenta nas ações do seu cotidiano e se lavarmos isso em consideração

veremos que as brincadeiras podem estar presentes na rotina das pré-escolas tanto quanto estão

presentes na vida doméstica da criança e os professores que utilizam essas brincadeiras em seus

planejamentos poderão estar criando propostas de atividades de maneira a conhecer o modo de pensar

e agir de cada criança como forma de aproveitar esses constantes movimentos associando saber com

sabor.

É necessário que a criança brinque para expressar suas fantasias, desejos e experiências,

pois o mundo do faz-de-conta é possível dominar suas angústias e seus medos, aumentar suas

experiências e aprender que é permitido errar e tentar de novo, sem críticas promovendo sua

criatividade e favorecer para a expressão de sua personalidade.

Há crianças que são sobrecarregadas de afazeres domésticos, sua vida é preenchida por

coisas sérias que não permitem brincar. Há outras que são deixadas de lado, não recebem estímulos,

não brincam seja por descaso de adultos ou pelo material que a cerca, e é na escola que ela brinca e

Page 23: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

usa a imaginação e a criatividade, é nesse espaço que ela pode ser criança.

Brincar é uma atividade prazerosa e altamente criativa. Fazer um brinquedo e vê-lo tomar

forma e funcionar é o caminho mais eficaz para desenvolver a habilidade manual e a criatividade.

Quando brincamos tudo vale, podemos transformar o erro em um acerto e até uma solução nova que

dará origem a outro brinquedo, com isso estamos criando.

A brincadeira na educação infantil é muito importante tanto que as escolas estão

investindo nelas como meios para uma aprendizagem significativa de modo que sintam o prazer de

aprender, e também como forma de resgatar o ato de brincar por muitos já esquecidos. Os pais andam

ocupados, não tiram tempo para seus filhos, preferem deixá-los em frente à televisão ou comprar-lhes

brinquedos que não lhes permitem usar a imaginação, esquecem que olhar, tocar, curtir, montar,

desmontar, correr, pular, experimentar, se movimentar, faz parte do ser criança, e que podem ser

explorados na escola.

Os brinquedos e brincadeiras contribuem na formação do indivíduo e os professores

podem aprimorar sua prática pedagógica incorporando atividades lúdicas a sua rotina, isso com

certeza irá garantir para a criança progressos em que desenvolvimento. As brincadeiras ultrapassam os

limites da atividade física, ela se baseia numa certa imaginação da realidade, onde a criança tem a

liberdade de criar, de ser um personagem, de viajar sem sair do lugar, dramatizar, fazer parte de um

cenário. A brincadeira é um meio fundamental para a criança resolver problemas emocionais que

fazem de seu desenvolvimento, um meio dela compreender o mundo em que vive.

Iniciamos essa pesquisa na intenção de verificarmos a contribuição dos brinquedos e das

brincadeiras no desenvolvimento das crianças em idade pré-escolar e aprendemos muito no desfecho

dela. Vimos que a brincadeira é algo que pertence à criança e um dos assuntos mais importantes em se

tratar no diz respeito ao desenvolvimento infantil é brincar.

Através das brincadeiras, ela começa a aprender como o mundo funciona, a criança se

expressa pelo ato lúdico.

À medida que as crianças crescem, seus pensamentos se desenvolvem e intensifica-se

também seu processo de socialização, as crianças aprendem como lidar com respeito mútuo, partilhar

seus brinquedos, dividir tarefas e tudo aquilo que implica uma vida coletiva o que torna mais fácil o

trabalho dos professores que com eles convivem.

Porém dentro do conceito que a pré-escola deve oferecer melhores condições para o

desenvolvimento da criança, brincar é uma realidade do dia-a-dia das crianças, e para que elas

brinquem é suficiente que não sejam impedidas de exercitar sua imaginação.

A imaginação é um instrumento que permite a criança relacionar suas necessidades e

interesses de um mundo que pouco conhecem e que estão ansiosos, cheios de curiosidades para

compreendê-lo, é um meio que utilizam para entender o mundo dos adultos. Brincando ela investiga,

conhece a si mesma, reflete, organiza, desorganiza, destrói o mundo a sua maneira. Impedir uma

criança de brincar é tirar dela a oportunidade de construir o seu conhecimento e se é brincando que ela

adquire esse conhecimento podemos concluir que brincar na pré-escola é essencial para a preparação

dessa criança, em seus primeiros contatos com a escola e que se forem, bem trabalhados

permanecerão por toda a vida, pois, é a base de sua estrutura educacional.

5.2 RECOMENDAÇÕES AOS EDUCADORES Recomenda-se que todas as instituições de ensino pré-escolar sejam utilizadas atividades

lúdicas, e toda ou qualquer atividade que se direcione a brincar estarão colaborando para que as

crianças sejam mais felizes, preparando-as para que se tornem seres humanos acolhidos pelos colegas

e pelo mundo em geral, proporcionando conhecimentos por meio de aulas de recreação educativas.

Brincar contribui e muito para o desenvolvimento dos educandos não só na educação infantil, mas no

decorrer de sua vida escolar.

ANEXOS

Page 24: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

PERGUNTAS DA PESQUISA DE CAMPO

1. Qual a sua opinião sobre a contribuição das brincadeiras e brinquedos no desenvolvimento da

criança em idade pré-escolar?

2. Para você a função educativa do jogo oportuniza aprendizagem da criança? Sim ou não, e por

quê?

3. Quando você brinca com sua turma, você oportuniza a todos participarem da brincadeira?

Como?

4. Como é vista a brincadeira na sua escola pelos professores de alfabetização?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica. Técnicas e jogos pedagógicos. Ed. Loyola. São

Paulo, Brasil 1974.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação

infantil. Vol. 1 e 2. Brasil: MEC / sef, 1998.

FRIEDMAN, Adriana. et al. O direito de brincar a brinquedoteca. São Paulo. Scrita 1992.

MEDEIROS, Ethel Bauzer – jogos para recreação infantil, Rio de Janeiro, Fundo de Cultura 1967.

RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem segredo: eventos escolares. Contagem, MG: IEMAR, 1999.

REVISTA CRIANÇA, Brinquedos e Infância, como surge o arco íris. A Lição do Ciro. Vol. 37

pág. 7 Brasília DF. Novembro 2002.

RIZZI, Leonor e Haydt Regina Célia – atividade lúdica na educação da criança.

RODRIGUES, José Pereira. Cantigas de roda, Porto Alegre, RS: Magister, 1992.

VYGOTSKY, Lev Semenovich – A formação social da mente. São Paulo. Martins Fontes, 4ª ed.

1991.

WAJSKOP, Gisela – Brincar na pré-escola. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1999.

WESTON, Denise Chapmane Marks – Aprender brincando 1996 by.

WWW. Cecnelutork. Ca / maplebear alt/br/parent/method.htm.

Page 25: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.
Page 26: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.
Page 27: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.
Page 28: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA PRÉ-ESCOLA

RESUMO

João do rozario lima

A presente monografia vem demonstrar que o

brinquedo e a brincadeira na pré-escola são de um aspecto

muito importante na interação da criança com o adulto, com o

outro. E a brincadeira em grupo serve para socializar crianças e

a compreensão de regras. Elas aprendem a lidar com os

sentimentos, interagir, resolver conflitos e desenvolver a

imaginação e criatividade para resolver problemas. E, portanto,

contra este pensamento que buscamos e é de fundamental

importância que professores tenham conhecimento do saber que

a criança construiu na interação do ambiente familiar e sócio

cultural e assim adotar na sua prática pedagógica as

brincadeiras, brinquedos e para que as crianças

desenvolvam,construam, adquiram conhecimentos e se tornem

autônomas e cooperativas. E é importante que os educadores

resgatem as brincadeiras e os brinquedos que eram transmitidos

pelos pais e avós, e criadas pelas próprias crianças. Elas irão

despertar uma vivência rica e muito importante, e o ajudará a

despertar sua criatividade, movimentos e uma boa aquisição na

aprendizagem da escrita e leitura.

Palavras-chave: Brinquedos, brincadeiras, interações, socialização, brincar

CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO

Page 29: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

Redescobrir os procedimentos que tínhamos quando criança, retomar os métodos de

criação do nosso modo de brincar é colocado aqui como condição para

olhar a criança à nossa frente sabendo que ela, na maioria das vezes, não aquela que

imaginamos ser, pois a criança real é diferente daquela que pintamos em nossa fantasia.(

Eugênio Tadeu Pereira)

1.1 CONTEXTO

Do dever ao prazer de brincar a princípio, não se trata de descoberta de

fórmulas, pois o presente tema vem de encontro com uma visão pedagógica já conhecida de

muitos, onde se ouve a afirmativa de trabalho com brinquedos e brincadeiras na pré - escola,

ainda é pouco produtivo na pré-escola.

Por isso iniciamos a investigação de alguns procedimentos metodológicos e de algumas

estratégias utilizadas pelos educadores da pré - escola no tocante a prática de brincar, a fim de

que possamos nos situar a respeito das metodologias e dos procedimentos, até mesmo como

forma de argumentação comparativa às propostas de especialista da área, pelos relatos

encontrados em suas obras.

Seguramente podemos afirmar que, na qualidade de educadores, ter consciência de que o

brinquedo e as brincadeiras irão ajudar a desenvolver a imaginação, a criatividade dando

oportunidade para a criança brincar e aprender e interagir com outras crianças e adultos.

Concebendo se a escola como lugar de preparação e capacitação do ser humano, tendo-se

como premissa à formação integral do educando, um efetivo trabalho para estimular futuros

educandos com competência que se espera diante de uma sociedade em constante mutação, cremos

na importância de ações pedagógicas especialmente delineadas para esse fim, com professores e

alunos interagindo em momentos de brincadeiras e aprendizagem.

Os resultados das ações acima expostas comprovando que a prática das brincadeiras serão

tanto mais produtivas à medida que as escolhas lúdicas estejam voltadas para a liberdade de

escolha, contada, pede–se do professor a prudência da seleção prévia das brincadeiras, a serem

expostas aos alunos.Obedecidas às regras básicas, sobretudo, pautadas no bom senso poderemos

confiar o surgimento de uma nova geração de homens e mulheres competentes para o

desenvolvimento em sociedade.

A nós educadores cabem o compromisso de „„garantir‟‟a educação do aluno. Bem ou mal

fazemos parte da historia de cada uma realidade coletiva, assim como ele também faz parte de

nossa história. E essa consciência que deve-nos dar força para romper o preestabelecido, traçando

caminhos capazes de transformar a sociedade e, assim garantir a maior participação possível.

„„Pensar a educação é pensá-la também na escola, e na escola há pessoas sendo

desempenhadas. O aluno sujeito do processo educacional o grande interessado em ter

uma escola viva critica e libertadora. É preciso que se comece a questionar o tipo de

aluno que uma escola quer formar para que se decidam em conjunto as habilidades que

precisam ser trabalhadas.Se assim não for, será como uma casa sem planta, amontoado

Page 30: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

de gente juntando tijolos e cimento sem saber o que fazer.‟‟

Portanto, educadores conscientes esse ato de busca, de troca, de interação, de apropriação é

que damos o nome de Educação. Esta não existe por si, é uma ação conjunta entre as pessoas que

cooperam, comunicam-se e comungam do mesmo saber. Por isso educar não é um ato ingênuo,

indefinido, impossível, mas um ato histórico.

1.2. PROBLEMA

Para nortear a presente monografia, voltamos a seguinte pergunta:

Qual a contribuição das brincadeiras e dos brinquedos no desenvolvimento dos educandos na pré-

escola?

1.3. OBJETIVOS DO TRABALHO

1.3.1. OBJETIVO GERAL

Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil. Verificar etapas de

brincadeiras em sala de aula.

1.4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Investigar jogos e brincadeiras utilizados na educação Infantil.

Verificar etapas de brincadeiras em sala de aula.

1.5. JUSTIFICATIVA

Muito se fala sobre o fato da Pré – Escola esforçar seus alunos com atividades que deveriam

ser iniciadas na 1ª série e que a Pré-Escola tem como objetivo a socialização com brincadeiras e

brinquedos, nós professores podemos introduzir conteúdos.

Com base neste conceito será feita esta pesquisa para descobrir qual a contribuição das

brincadeiras e brinquedos no desenvolvimento dos educandos.

Serão pesquisadas várias brincadeiras que poderão auxiliar professores de educação de

forma a preparar os educandos para a aprendizagem.

Com esta pesquisa será possível a melhoria do nosso trabalho e será de grande

contribuição para profissionais de educação infantil e para melhor desenvolvimento dos alunos.

Page 31: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

„„Acriança é um ser em criação, cada ato é para ela uma ocasião de explorar,

descobrir novos conhecimentos, que as levarão a um mundo mais amplo na

sua vida em sociedade”.

Neste contexto educacional e social é necessário ao educador atender de fato às reais

necessidades dos educandos que diz respeito aos aspectos formativos, cognitivos psicossociais,

culturais. E necessário que o educador conheça e reconheça as competências de como ensinar

respeito às etapas do desenvolvimento maturacional que ela se encontra.

Dê mais ênfase ao aprendizado do que à aquisição de informações. Se você cria um

clima de abertura e animação, você ensinará a criança a amar o processo de dominar o

conhecimento sobre coisas novas. A criança que aprende pela experiência conhece o prazer de

entender uma coisa. Ela nunca será carente de motivação.

Ainda refletindo sobre a relação entre desenvolvimento e aprendizagem.

VYGOTSK (1991)

O autor considera o ato de brincar muito importante para o desenvolvimento

integral da criança. As crianças se relacionam de várias formas com

significados e valores inscritos nos brinquedos. Pois, nas brincadeiras, as

crianças ressignificam o que vivem e sentem .

As crianças brincam com o que têm nas mãos e com o que têm na cabeça.

(Broughe, 1995) “Os brinquedos orientam as brincadeiras, trazem-lhe matéria. Algumas pessoas

são tentadas a dizer que eles a consideram, mas, então, toda a brincadeira está

condicionada pelo meio ambiente. Só se pode brincar com o que se tem, e a

criatividade, tal como evocamos, permite, justamente, ultrapassar esse ambiente,

sempre particular e limitado. O educador pode, portanto, construir um ambiente

que estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não se certeza de

que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos,

assim, as chances de que elas o façam, um universo sem certezas, só podemos

trabalhar com probabilidades”.

Isto posto, tenho a convicção de que o presente trabalho monográfico em muito contribuiu

para a ampliação dos conhecimentos até aqui adquiridos, cuja proposta parte da formação de novos

valores éticos, os quais devem estar comprometidos com a aprendizagem.

1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Com a consciência de que é impossível construir uma argumentação eficaz sem o respaldo

de teorias especializadas, o presente documento monográfico embasando-se em diversos autores

que subsidiam o pensamento do brinquedo e da brincadeira prazerosa em argumentos realmente

significativos, portanto dignos de serem transcritos em citações diversas.

Com base nos subsídios teóricos coletados destaca-se a relevância que a no conhecimento

Page 32: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

empírico como de fundamental importância em torno dos estímulos para que irão desenvolver a

imaginação, criatividade de formação de cidadãos críticos e criativos e por

isso mesmo, competentes para contribuir com o processo da construção social.

Do exposto até aqui, neste trabalho encontram-se também alinhavados pensamentos de

autores como Jean Piaget, Lev Semyonovitch,Vygotisky, Jhoon Huizinga, Sônia Kramer, Maria

Judht Sucupira da Costa Lins, Airton Negrine, Leonor Hauydt Rizzi, Regina Célia e outros cujos

estudos têm contribuído para a fundamentação teórica do presente trabalho

monográfico,alimentando-o de maneira satisfatória, a fim de, ao final poder corresponder ao

proposto na temática, a qual defende o pensamento de uma ênfase ao prazer de brincar no processo

pedagógico desde a pré-escola para tornarem-se adultos críticos e conscientes e que venham

contribuir para o progresso de comunidade e nação em níveis de competência a relevar o caráter de

sua formação.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

A brincadeira é vista como um processo de desenvolvimento corporal, imaginativo

exploratório que amplia ainda mais a capacidade do ser humano.

A escola necessitará efetuar um trabalho para tornar os alunos mais confiantes pelos

resultados de suas práticas, sabedores de que a brincadeira será benéfica tanto para si mesmo

quanto para o próximo, podendo até obter um alcance social de grandes dimensões, conforme as

ações que adotarem. Confirmando aqui uma brincadeira ou brinquedo pouco atraente não desperta

o interesse necessário para um bom desenvolvimento da criança.

A hipótese formulada no presente estudo monográfico, é a de que a brincadeira nas escolas

requer dos educadores uma reflexão e organização perfeita sobre a práxis pedagógica efetuadas no

trabalho com os brinquedos e as brincadeiras na pré-escola.

É para alcançar respostas favoráveis a uma proposta pedagógica modificada, algumas

questões necessitam ser respondida por estes educadores e serem retomadas constantemente.

Qual a opinião sobre a contribuição das brincadeiras e brinquedos no desenvolvimento da

criança em idade pré-escolar? Para você as funções educativas dos jogos oportunizam

aprendizagem da criança? Sim ou não e por quê? Quando você brinca com sua turma, você

oportuniza a todos participarem da brincadeira? Como? Como é vista a brincadeira na sua escola

pelos professores de alfabetização?

Diante destes questionamentos, sabemos da difícil tarefa em se sistematizar com a devida

clareza os argumentos dos pensadores que estamos adotando, de forma a nos subsidiarem para a

adoção de medidas pedagógicas eficazes no que se refere a brincadeiras e brinquedos, pois nosso

objetivo geral é analisar a importância dos brinquedos e brincadeiras para o desenvolvimento da

aprendizagem da criança na pré-escola, e assim poder implementar cada vez mais com recursos que

sejam favoráveis ao desenvolvimento integral das crianças, de maneira que as brincadeiras sejam

claramente observáveis.

O presente relatório científico encontra-se estruturado em 05 (cinco) capítulos, a saber:

Capítulo I-Introdução, 1.1. Contexto, 1.2. O Problema, 1.3. Objetivos específicos, 1.4. Justificativas

1.5. Procedimentos metodológicos, 1.6. Estrutura do trabalho.Capítulo II -Desenvolvimento da

criança. Na pré-escola e o papel da brincadeira. 2.1. Aprendizado através da experiência e

descobertas. 2.2. Desenvolvimento da criança emocional/afetivo, psicológico, social e motor, 2.3.

O que os referenciais curriculares para educação infantil,

Page 33: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

dizem sobre a utilização das brincadeiras na pré-escola, 2.4. Aprender brincando através dos jogos

sensoriais,motores. Capitulo III-Brincadeiras na pré-escola. 3.1. pesquisa de campo 3.1.1.

Respostas da professora „„A‟‟ 3.1.2. Respostas da professora„„B‟‟.3.1.3.Respostas do

professor„„c‟‟.3.1.4. Respostas do professor „„D‟‟.3.1.5. Que tipos de dificuldades as crianças

apresentam no ínicio do ano letivo?3.1.6.Após trabalhar com brinquedos o que melhorou?Capítulo

IV-sugestões de brincadeiras e suas contribuições.

2.1 Aprendizado através da experiência e descobertas

Brincar é muito importante. Ao brincar as informações são esclarecidas, de experiências.

Antigas são integradas e seu ambiente pode ser explorado. Brincar proporciona a

oportunidade de acumular conhecimento, aprender novas habilidades e praticar aquelas já

conhecidas.

Através de brincadeiras as crianças aprendem a lidar com os sentimentos, interagir crianças

e adultos e resolver conflitos. Elas desenvolvem a imaginação, criatividade para resolver

problemas.

Manipular, explorar e experimentar objetos reais é muito importante às crianças aprenderão

fazendo e falando. Por serem naturalmente ou pelo mundo e interessadas em aprender sobre ele, as

crianças são ativas ao aprendizado e fazem isso de diversas formas.

O ensino da língua, da leitura, da ciência e da tecnologia é desenvolvido de diversas formas.

Os professores integram conhecimento subjetivo a variedade de técnicas ativas que se encaixam

nos estágios de desenvolvimento das crianças, tendo altas expectativas de aprendizado.

Piaget: Acredita que o jogo é essencial na vida da criança. De início tem-se o jogo de

exercícios que é aquele que a criança repete uma determinada situação por prazer, por ter apreciado

seus efeitos.

Em torno dos 2, 3, 5 e 6 anos nota-se, a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a

necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o acontecido, mas de executar a

representação. É nesse período que surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de

criança para criança e por consequência vão aumentando de acordo com o progresso de seu

desenvolvimento social.

Para Piaget, o jogo constitui-se em expressão e condição para o desenvolmento infantil,

já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.

Já Vygotsky diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da

vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ela não estabelece

fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é

interativo.

Segundo ele a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a

informações; aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de

um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular seu

comportamento pelas reações, que elas pareçam agradáveis ou não.

Vygotsky fala do faz de conta, Piaget fala do jogo simbólico e pode se dizer que são

correspondentes é que o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança

(Oliveira 1977).

Lembrando que ele afirma que a aquisição do conhecimento se dá através da zona de

Page 34: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

desenvolvimento: a real e a proximal.

A zona de desenvolvimento real é a do conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz

consigo, já a proximal só é atingida de início com o auxílio de outras pessoas mais “capazes”, que

já tenham adquirido esse conhecimento.

A noção de zona “Proximal de desenvolvimento ”interliga –se portanto, de maneira muito

forte à sensibilidade do professor em relação às necessidades e capacidades da criança e a sua

aptidão para utilizar as contingências do meio a fim de dar – lhe a possibilidade de passar do que

sabe fazer para o que não sabe. As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo

com a zona de desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a

importância do professor.

(conhecer a teoria de Vygostky).

No processo da educação infantil é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços,

disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do

conhecimento.

A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do conhecimento

estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica

e poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor

procure ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos,

brincadeiras e com outras crianças.

O jogo compreendido sob-ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior

espaço por ser entendido como educação, na medida em os professores compreenderem melhor

toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança

2.4 APRENDER BRINCANDO ATRAVÉS DOS JOGOS SENSORIAIS E

MOTORES.

O jogo é um meio eficiente de ensinar uma criança, ele aprende os conceitos complicados,

princípios filosóficos e emoções que são difíceis de descrever em palavras. Você constrói a capacidade da criança e mostra a elas como resolver problemas ajuda, a

estimular o corpo e a mente.

Diferente de outros métodos de ensino, o jogo envolve inteiramente a criança na lição ao

envolver todos os sentidos, porque ela não ouve ou vê a lição, ela a faz.

O jogo é o domínio da criança. Para ela, é o método natural de compreender o mundo, uma

criança que aprende a construir um castelo de areia, ao mesmo tempo, ela aprendeu a construir sua

confiança e sua independência, para ela foi um aprendizado que aconteceu naturalmente seria

ótimo se todas fossem assim. Por isso precisamos injetar experiência de jogos significativos na vida

de nossas crianças. Ele tem um papel integral para um desenvolvimento sadio. Além de ensinar o

jogo reduz o estresse e abre a mente para criatividade e ajuda a educar as crianças a respeito do

caráter.

Cada criança tem seu estilo particular de aprendizagem em umas áreas mais fortes em outras

mais fracas. Algumas aprendem melhor com o material que lhes é apresentado visualmente ou

demonstrativamente.

Dê mais ênfase ao aprendizado do que à aquisição de informações. Se você criar um clima

Page 35: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

de abertura e animação você ensinará a criança a amar o processo de dominar o conhecimento

sobre coisas novas. O sucesso é um motivador poderoso; a criança que aprende pela experiência

conhece o prazer de entender uma coisa. Ela nunca será carente de motivação.

O jogo na vida do ser humano é tão antigo, pois manifestou uma tendência lúdica, isto é, um

impulso para o jogo. Alguns autores vão além afirmando que o jogo não se limita apenas à

humanidade seria anterior, inclusive ao próprio homem, pois já era praticado por alguns animais,

Johan Huizinga diz que os animais brincam tal como os homens convidam uns aos outros para

brincar mediante um certo ritual de atitude e gestos.

O jogo na vida do ser humano é tão antigo, pois manifestou uma tendência lúdica, isto é, um

impulso para o jogo. Alguns autores vão além afirmando que o jogo não se limita apenas à

humanidade seria anterior, inclusive ao próprio homem, pois já era praticado por alguns animais,

Johan Huizinga diz que os animais brincam tal como os homens convidam uns aos outros para

brincar mediante um certo ritual de atitude e gestos.

Respeitam regras que os proíbe morderem, ou pelo menos com violência a orelha do

próximo. E o que é mais importante para eles é a experiência de prazer e divertimento. Para Piaget,

a atividade lúdica dos animais é de origem reflexa ou instintiva (lutas, perseguições) como no caso

dos gatinhos que lutam com a mãe e a mordiscam, sem feri-la.

No caso da criança a atividade lúdica supera amplamente os esquemas reflexos e prolongam

quase todas as ações nesta perspectiva, o jogo ultrapassa a esfera da vida humana, sendo, portanto,

anterior à cultura.

De acordo com o estudo feito, Huizinga sobre o jogo função social do jogo desde as

sociedades primitivas até as civilizações mais complexas.

De acordo com a tese desse autor, a cultura surge sobre a forma de jogo, sendo que a

tendência lúdica do ser humano está na base de muitas realizações na esfera da filosofia, da ciência,

da arte (em especial da poesia).

O autor explica sua concepção dizendo: mesmo as atividades que visam a satisfação

imediata das necessidades vitais, como, exemplo a caça tendem assumir nas sociedades primitivas

uma forma lúdica. A vida social reveste-se de forma que lhe conferem uma dignidade superior sob

a forma de jogo, e é através deste último que a sociedade exprime sua interpretação da vida e do

mundo.

Não queremos com isso dizer que o jogo se transforma em cultura, e sim que, as duas fases

mais primitivas, a cultura possui um caráter lúdico que ela processa as formas e no ambiente de

jogo.

Portanto, a idéia básica desse autor é que além dos jogos que são normalmente incorporados

à cultura de um povo, a própria cultura se forma e se desenvolve impulsionada pelo espírito lúdico.

Essa idéia é que refletiu na educação durante muito tempo, e apesar dos conceitos proféticos

dos grandes educadores, a pedagogia tradicional sempre considerou o jogo como uma espécie de

alteração mental ou pelo menos, como uma pseudo-atividade, significação funcional e mesmo

nociva às crianças, que ela desvia de seus deveres.

Para outros autores, entre os quais Huizinga e Piaget, atividade lúdica supõe uma ordenação

da realidade, seja ela subjetiva e intuitiva como no caso dos de ficção ou imaginação.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista

apenas como diversão.O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o

desenvolvimento pessoal, sócio cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um

estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do

Page 36: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

conhecimento.

A ludicidade é um assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional,

principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo a essência da infância e seu uso permitir

um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento.

A palavra lúdico significa brincar e vem do latim ludus e neste brincar estão incluídos os

jogos,brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta daquele que joga,que brinca e se

diverte.

Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do individuo,saber,seu

conhecimento e sua compreensão de mundo.

Independente de época , cultura e classe social,pois elas vivem num mundo de fantasias, de

encantamento,de alegria, de sonhos onde a realidade e o faz de conta se confundem.O jogo está na

gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo,da possibilidade de experimentar, de criar e

transformar o mundo.

Pela análise da realidade educacional concluímos que nas instituições infantis as atividades

lúdicas são pouco exploradas, mesmo quando são realizadas, não lhes é dado a brincadeira não é

vista como coisa séria?Por que o educador tem no seu fazer pedagógico a hora de “ensinar‟‟e a

hora de” brincar‟‟?Por que não ensinar brincando?

CAPÍTULO IV - SUGESTÕES DE BRINCADEIRAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES

Nesse capítulo estaremos dando sugestões de brincadeiras que possibilitam aos professores

aplicá-las em suas salas de aula, com objetivos definidos a serem alcançados. São brincadeiras

diversificadas que levam os alunos a aprenderem brincando, brincando por brincar e também

resgatando brincadeiras por muitos já esquecidos.

BRINCANDO POR BRINCAR

4.1 MÃOS FALANTES

PREPARAÇÃO: Os alunos deverão sentar à vontade na sala de aula.

EVOLUÇÃO: Um jogador sai da sala durante alguns minutos. Enquanto isso, os demais

jogadores escondem um objeto em algum lugar da sala. Quando o jogador que estava ausente retornar,

seus colegas dizem qual o objeto que foi escondido a procurar. Seus companheiros o ajudam da

seguinte forma: Toda vez que ele se aproxima do objeto escondido todos os participantes levantam as

mãos e batem palmas bem alto, fazendo um som forte; quando ele estiver longe do objeto procurado,

ou dele se afastar os demais participantes abaixam as mãos e batem palmas baixinho. Se o jogador

encontrar o objeto, terá o direito de escolher o seu sucessor. Se não conseguir, senta no seu lugar e

outro jogador será sorteado.

CONTRIBUIÇÃO: Desenvolver a percepção auditiva; estabelecer ritmos e a socialização.

4.2 DESCOBRIR O OBJETO

PREPARAÇÃO: Os alunos deverão sentar-se na sala de aula, divididos em duas equipes.

EVOLUÇÃO: O professor coloca uma venda nos olhos do jogador de uma das equipes, e lhe

entrega um objeto. Ele deverá descobrir qual é o objeto através do tato, sem vê-lo, apenas apalpando-

Page 37: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

o. Se acertar, sua equipe ganha um ponto. Em seguida, o professor coloca a venda no jogador da outra

equipe, que tentará descobrir, pelo tato, qual é o outro objeto que lhe foi entregue. Acertando, sua

equipe ganha um ponto.

FINAL: Vence a equipe que, no final, tiver o maior número de pontos.

CONTRIBUIÇÃO: Favorecer o trabalho em equipe explorar os órgãos dos sentidos (visão e

tato), associação de quantidade.

4.1.3 PROCURAR PARCEIRO

PREPARAÇÃO: O professor seleciona várias gravuras (de revistas, livros, etc.) e cola-as em

pedaços de cartolina. Recorta as gravuras coladas em cartolina, formando vários quebra-cabeças.

Marca os pedaços de cada quebra-cabeça com um sinal (pode ser um numeral, uma figura geométrica,

etc.). Por exemplo: todas as peças de um quebra-cabeça estarão marcadas atrás com o numeral 1, ou

então com um triângulo (s). Todas as peças de outro quebra-cabeça serão marcadas, atrás, com o

numeral 2 ou com um círculo (O). E assim por diante. Depois os alunos deverão estar sentados à

vontade.

EVOLUÇÃO: O professor distribui as peças, uma para cada aluno. Os participantes verificam

qual o sinal marcado atrás de sua peça, e procuram os colegas cujas peças têm o mesmo final. Então,

agrupam-se pelo sinal, cada grupo num canto da sala. Quando todos tiverem encontrado seus

parceiros, cada grupo começa a juntar as peças, montando o seu quebra-cabeça. Será dado um tempo

para que todas as equipes formem a sua gravura, mas vencerá a que formá-la em primeiro lugar.

CONTRIBUIÇÃO: Atenção, concentração, socialização, agilidade.

4.1.4 APANHADOR DE BATATAS

PREPARAÇÃO: Os participantes sentados, sendo que cada coluna de carteiras forma uma

equipe.

EVOLUÇÃO: O primeiro jogador de cada coluna recebe uma colher de sopa com uma batata.

Dado o sinal de inicio, este passa a colher com a batata para o jogador sentado na carteira de trás, este

ao seguinte, e assim sucessivamente até chegar ao último elemento da equipe. Quando este recebe a

colher com a batata, corre pelo espaço existente entre as colunas e senta-se na primeira carteira, que já

deve estar vazia, pois seus colegas de equipe (sem atrapalhar a corrida do companheiro) passaram

uma carteira para trás, deixando a primeira vazia. Ao sentar-se, ele torna a passar a colher com a

batata para o colega atrás, até chegar ao último elemento da fileira, que se levanta e corre para sentar-

se na primeira carteira. E assim o jogo prossegue, com os demais elementos procedendo da mesma

forma que seus antecessores. Vence a equipe mais rápida, isto é, a equipe cujo jogador iniciante

chegar primeiro à sua carteira de origem.

CONTRIBUIÇÃO: Desenvolve a coordenação motora, agilidade, organização, atenção,

respeito mútuo.

4.1.5 CESTAS DE FRUTAS

FORMAÇÃO: As crianças, em círculo, sentadas, cada uma tendo o nome de uma fruta.

No centro do círculo uma criança de pé.

Page 38: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

DESENVOLVIMENTO: A criança do centro diz: “Vai passando um fruteiro que leva (dizer o

nome das frutas)”. As crianças que têm o nome dessas frutas trocam de lugar imediatamente, a criança

que estava no centro também deve ocupar um dos lugares vagos.

A criança que está no centro do círculo, ao invés de dizer o nome de frutas também pode gritar:

“A cesta virou”, neste caso todas as crianças trocam de lugar.

CONTRIBUIÇÃO: Agilidade, atenção.

APRENDER BRINCANDO

4.2 TERRA, ÁGUA E AR.

PREPARAÇÃO: os alunos deverão estar sentados à vontade na sala. Dividir a turma em duas

equipes. O professor segura uma bola de papel.

EVOLUÇÃO: O professor lança a bola para um aluno, dizendo, por exemplo: -

“Terra” O jogador pega a bola de papel e diz o nome de um animal que vive na terra, lançando a bola

de volta para o professor. Se ele acertar, sua equipe ganha um ponto. Depois o professor arremessa a

bola para um participante da outra equipe, dizendo, por exemplo: - “Ar”! O jogador pega a bola e diz

o nome de um animal que voa, devolvendo a bola para o professor. Se acertar, a sua equipe recebe um

ponto. O professor torna a lançar a bola para um jogador da primeira equipe, dizendo, por exemplo: -

“água”! Este pega a bola e diz o nome de um animal que também nade, como a tartaruga, jacaré, etc.

Acertando, sua equipe ganha mais um ponto. E assim o jogo continua. Vence a equipe que no final

tiver o maior número de pontos.

OBSERVAÇÃO: Cada participante que receber a bola deve dizer o nome de um animal

diferente dos já mencionados.

CONTRIBUIÇÃO: Coordenação motora, atenção, socialização de conteúdos.

4.2.1 BINGO DE NÚMEROS OU PALAVRAS

PREPARAÇÃO: O professor prepara uma cartela (ou uma folha de papel) para cada aluno,

com 12 quadradinhos.

Em cada espaço escreve um número (ou uma palavra). Depois, num saco ou caixa de papelão,

coloca cartõezinhos para serem sorteados, cada um deles contendo um número ou palavras.

Os alunos deverão sentar à vontade na sala de aula.

EVOLUÇÃO: Cada participante recebe uma cartela e um conjunto de feijões. O professor pede

para que cada um observe os números (ou palavras) nele escrito. Os jogadores que tiverem em sua

cartela aquele número (ou palavra), marcam o espaço correspondente com um feijãozinho.

E assim o jogo continua, com o professor ditando os números (ou palavras) sorteados, e os

jogadores marcando os espaços correspondentes com feijões. Quem completar primeiro a sua cartela

será o vencedor.

CONTRIBUIÇÃO: Socialização de conceitos, atenção, concentração, localizar-se no espaço.

4.2.2 QUAL É O TAMANHO

PREPARAÇÃO: O professor recortará figuras de animais, de eletrodomésticos e de vários

outros objetos familiares e montará as figuras sobre a cartolina.

Page 39: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

EVOLUÇÃO: Alunos dispostos em semicírculos, o professor no meio, pedem que seus alunos

olhem para as figuras e tentem visualizar o tamanho do objeto real.

Vamos adivinhar ou estimar o tamanho real do objeto, apenas olhando a gravura, o professor

segura duas (2) gravuras, como por exemplo, um aspirador de pó e outra de máquina de lavar roupa.

- Qual é a figura geométrica relacionada de cada objeto?

- Qual desses objetos vocês acham que é maior?

- Quais acham que pesa mais?

CONTRIBUIÇÃO: Socialização de conteúdos, visualização, organização.

4.2.3 PROFISSÃO

PREPARAÇÃO: Os alunos deverão sentar à vontade na sala de aula. O professor segura nas

mãos uma bola de papel.

EVOLUÇAO: O professor inicia o jogo dizendo o nome de uma profissão ou de um tipo de

trabalhador, arremessando a bola de papel para um jogador qualquer. Este, ao pegar a bola, deve dizer

o que faz aquele profissional; depois, diz o nome de outra profissão e torna a lançar a bola para outro

colega, e assim sucessivamente. Quem não souber dizer o que faz determinado profissional, torna

arremessar a bola para o professor, que recomeça com outro colega.

CONTRIBUIÇÃO: Conhecimento de mundo, socialização de conteúdo, coordenação motora,

atenção.

4.2.4 TOM DAS CORES

PREPARAÇÃO: Os participantes formam uma roda e giram em torno do professor que estará

no centro.

EVOLUÇÃO: O professor do jogo conta uma história e, quando na história surgir uma cor, as

crianças sairão à procura do objeto que tenha esta cor. O professor, por sua vez, corre atrás das

crianças para atrapalhá-las.

OBSERVAÇÃO: Um espaço em que haja vários objetos coloridos.

As crianças devem estar sentadas em roda.

EVOLUÇÃO: O professor diz uma cor e, em seguida, o objeto que tem esta cor. As crianças

devem correr, pegar o objeto e colocá-lo no lugar em que estão sentados. A seguir, o professor fala

outra cor e outro objeto, e assim sucessivamente. Ao final, quem tiver mais objetos é o vencedor.

CONTRIBUIÇÃO: Agilidade, organização de espaço, trabalho coletivo, respeito mútuo,

socialização de conteúdos, conhecimento de mundo.

4.2.5 LEVANTAR (O CORPO, PARTES DO CORPO OU OBJETOS)

PREPARAÇÃO: As crianças deitadas ou sentadas em posições para iniciar a brincadeira.

EVOLUÇÃO: Deitados ou sentados, a um sinal combinado, levantar o corpo do chão ou da

cadeira. Elevar os braços pelos lados (como se fossem asas), levantando e abaixando-os. Elevar os

braços pelos lados até o alto da cabeça: bater palmas (repetir várias vezes). Deitados de costas com

braços e pernas estendidos elevar os braços, movimentando-os para trás, para frente, para um lado e

para o outro. Deitados de costas, com pernas e braços estendidos elevar as pernas em gancho,

colocando os joelhos sobre o peito (repetir várias vezes). Deitado de costas, apoiar-se sobre as mãos e

Page 40: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

elevar o tronco sem mexer as pernas. Deitado de peito apoiar-se sobre as mãos e as pontas dos pés,

tentando elevar-se.

CONTRIBUIÇÃO: As atividades de levantar o corpo, partes do corpo ou objetos trabalham a

coordenação motora ampla e a orientação espacial, a discriminação auditiva.

4.3 EXPLORAR SONS E MOVIMENTOS ACOMPANHAR RITMOS LENTOS E RÁPIDOS

PREPARAÇÃO: As crianças em circulo, sentadas em posições.

EVOLUÇÃO: Provocar sons com o próprio corpo, soprar, estalar a língua, estalar os dedos,

bater os pés no chão, bater um pé no outro, bater palmas, bater as mãos no próprio corpo ou em

objetos, etc.

Provocar ruídos com materiais disponíveis no momento: lápis, caneta, caderno, giz, cadeira

(batendo, esfregando, puxando, arrastando etc.) Manipular objetos que provocam ruídos batendo,

sacudindo, raspando, amassando, apertando, utilizar objetos tais como: latinhas contendo pedrinhas ou

grãos, reco-reco, língua-de-sogra, folha de papel etc.

Fazendo movimento como saltar, andar etc, ao som de um estimulo sonoro, quando este cessar,

as crianças cessam o movimento. Bater palmas ao som de uma canção, parar assim que ela termine.

Dançar e parar sucessivamente, seguindo um estimulo sonoro (música e cantos). Acompanhar

estruturas rítmicas simples, movimentando as mãos e os dedos: batendo palmas, estalando os dedos.

Reproduzir ritmos variados: Com o próprio corpo, com palmas, batendo os pés no chão, as

mãos sobre a mesa etc. Com objetos: usando coquinhos, latinhas contendo pedrinhas ou grãos,

batendo o lápis sobre a mesa, etc.

CONTRIBUIÇÃO: Discriminação auditiva, coordenação motora e orientação temporal (noção

de ritmo).

4.3.1 ANDAR IMITANDO PESSOAS E OBJETOS

PREPARAÇÃO: As crianças ficarão em filas e o professor irá coordenar a brincadeira.

EVOLUÇÃO: Imitar um velhinho, um cego atravessando a rua, uma pessoa distraída, um bebê

chorando, um robô, uma mãe carregando o filho no colo, alguém com muita pressa, um professor no

quadro de giz, etc.

CONTRIBUIÇÃO: Coordenação motora, observação, memória visual.

BRINCADEIRAS FOLCLÓRICAS

4.3.2 ATIREI O PAU NO GATO

Atirei o pau no gato, to

Mas o gato, to

Não morreu, réu, reu

Dona Chica, ca

Admirou-se, se

Do berro, do berro, que o gato deu, miau!

Dona Chica foi à polícia, cia

Page 41: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

A polícia, cia

Não prendeu, deu, deu

Dona Chica, ca

Admirou-se, se

Do berro, do berro que o gato deu, miau!

COREOGRAFIA: formada a roda, as crianças circulam saltitando e cantando os versos. A

palavra final (miau) é a “senha” para que todos se agachem. Logo se levantam e repetem a

brincadeira.

CONTRIBUIÇÃO: Simbolizar em versos e melodias o que lhe inquieta, é uma forma de dar

um novo sentido às suas experiências.

4.3.3 CAPELINHA DE MELÃO

Capelinha de melão

É de São João

É de cravo, é de rosa,

É de manjericão.

São João está dormindo,

Não acorda, não.

Acordai, acordai,

Acordai João.

COREOGRAFIA: Formada a roda, as crianças entoam a 1ª estrofe, girando. Já a 2ª estrofe é

entoada com as crianças voltadas para o centro da roda, batendo palmas, paradas em seus lugares.

VARIANTE: Criança de olhos vendados no centro da roda. Acabada a cantiga, uma das

crianças se aproxima da que está no centro e pergunta: “Quem sou eu?” Se for reconhecida, será a

próxima a ser vendada; se não, continua a mesma criança no centro.

CONTRIBUIÇÃO: Dormir e acordar concentram as atenções das crianças nos movimentos

desta canção. Ver representados no grupo social as ações que costumam realizar faz o brinquedo ser

considerado coisa séria.

4.3.4 O CRAVO E A ROSA

O cravo brigou com a rosa

Debaixo de uma sacada,

O cravo saiu ferido,

E a rosa despedaçada (ou despetalada).

O cravo ficou doente,

A rosa foi visitar

O cravo teve um desmaio

A rosa pôs-se a chorar.

Page 42: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

COREOGRAFIA: São escolhidas duas crianças para representarem o cravo e a rosa, que vão

dramatizando o que os versos da cantiga propõe.

Ao término, escolhem seus sucessores.

CONTRIBUIÇÃO: Emprestar vida a seres inanimados é uma característica que identifica uma

fase do desenvolvimento infantil.

4.3.5 ESCRAVOS DE JÓ

Escravos de Jó

Jogavam caxangá

Tira, bota, deixa

O Zé Pereira ficar.

Guerreiros, com guerreiros.

Fazem zigue, zigue, zá.

Guerreiros, com guerreiros.

Fazem zigue, zigue, zá.

COREOGRAFIA: Formada a roda, as crianças permanecem paradas, podendo inclusive ficar

sentadas, com um objeto igual para todos, na mão direita. Ao ritmo da música, marcando os tempos

fortes, iniciam a brincadeira de passar o objeto que têm na mão direita para o vizinho da direita, e

receber com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda (se estiver de pé), trocando-o

rapidamente de mão.

Quando a letra diz “zigue, zigue, zá”, o objeto é retido na mão direita, e só passado para a

pessoa da direita na última palavra.

Quando a turma já estiver craque nesta modalidade vale tentar com “boca chiusa” (com a boca

fechada, fazendo um som nasal), substituindo o canto, depois pro assobio e por último, sem som

nenhum.

OBSERVAÇÃO: Quando o jogo é feito sentado (geralmente em torno de uma mesa), pode-se

usar somente a mão direita, largando-se o objeto sempre à frente do vizinho da direita. Vão saindo da

roda aqueles que se perderem no ritmo, ou passarem mal o objeto, que pode ser caixinha de fósforo,

ou qualquer outro objeto que seja fácil de tomar com uma só mão. Para super cobras no jogo, pode ser

tentada uma rodada especial invertendo o sentido da brincadeira (para a esquerda).

CONTRIBUIÇÃO: Adultos e crianças do mundo inteiro utilizam a canção para facilitar as

trocas sociais. O poder comunicativo da música congrega as pessoas em atividades coletivas para fins

de lazer ou de trabalho.

4.3.5 FORMIGUINHA DA ROÇA

Formiguinha da roça endoideceu

Com a dor na barriga que deu

Ai, ai pobre formiguinha.

Põe a mão na barriga

E faz assim e faz assim (retorcer-se)

COREOGRAFIA: Formando a roda, as crianças obedecem à ordem da letra e fingem dor

(retorcer-se), obedecendo também ao comando (faz assim...)

Page 43: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

Podem ser modificadas as partes do corpo citadas, tanto quanto pode ser colocada uma

criança que escolher para substituí-la.

CONTRIBUIÇÃO: A criança precisa sentir-se livre para pensar por si mesma e encontrar

uma forma de representar, pela ação, o que a imaginação lhe sugere. Nas atividades de expressão

livre, a letra alimenta a imaginação, e a melodia promove e sustenta a expressão do gesto.

2.2 DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA: EMOCIONAL/AFETIVO,

PSICOLÓGICO, SOCIL E MOTOR

Qualquer pessoa que estude crianças defronta-se com certas questões fundamentais. E

essas questões têm sido discutidas por filósofos, teólogos e educadores.

Esta questão é a conhecida controvérsia do meio. Alguns cientistas acreditam que a

grande parte do comportamento humano seja guiada pela formação genética, maturação fisiológica e

funcionamento neurológico. De acordo com seu ponto de vista, aspectos universais do

desenvolvimento, como o surgimento do andar, falar e responder às pessoas podem ser mais bem

explicados como resultados das diferenças genéticas e fisiológicas.

No outro extremo, os ambientalistas salientam a influência do ambiente físico e social

sobre os padrões de desenvolvimento. Acreditam que as crianças respondem às pessoas e objetos que

a cercam e que as mudanças no desenvolvimento resultam em grande parte da experiência. Portanto

os programas de educação infantil que proporcionem boas experiências de aprendizagem devem levar

a melhoria em desempenho.

Vários filósofos formaram teorias sobre a natureza da meninice, da mente,

desenvolvimento e educação da criança. Cada um ofereceu conselhos a pais e mestres. Locke

acreditava que as crianças deviam ser treinadas através de recompensas e punições desde os mais

tenros meses de vida. Em contraste, Rousseau, acreditava que a criança era por natureza, uma

exploradora ativa com enormes potencialidades, as quais seriam realizadas se os adultos não se

metessem demais.

Durante este período houve uma forte influência sobre a psicologia do desenvolvimento

que se seguiu. Estava se tornando conhecida a teoria psicanalítica de Freud e suas hipóteses sobre a

importância de experiências iniciais, começaram a permear o modo de pensar de muitas pessoas.

Watson (1967), efetuou alguns experimentos usados na teoria da aprendizagem.

“Dêem-me uma dúzia de bebês saudáveis, um mundo se-”.

segundo minhas especificações para criá-lo, e eu garanto tomar qualquer

um deles aleatoriamente e treiná-lo para

tornar especialista na área que eu escolher – médico, advogado, comerciante

e claro até pedinte ou ladrão,

não importando seus talentos, pendores, habilidades, vocações e a raça de

seus ancestrais.”(p. 136)”.

Piaget começou suas investigações sobre o desenvolvimento intelectual das crianças. Por

fim esses movimentos teóricos formaram a espinha dorsal da moderna psicologia infantil.

Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu, um novo tipo de psicólogo, que abordava o

estudo da criança um ramo da psicologia experimental.

Esses psicólogos estavam interessados não apenas em descrever comportamento, mas

também em predizer e explicar as razões das ações das crianças.

Neste período, preferiam experimentos de laboratório nos quais pudessem controlar todos

os aspectos de uma situação ao invés de observação naturalística. Argumentavam que haviam várias

influências não controladas nas situações naturais para que se pudessem tirar quaisquer conclusões

sobre quais destas influências eram importantes. Brandura (1969), conduziu um conjunto de

Page 44: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

experimentos, investigando o comportamento imitativo das crianças. Em um estudo ele testou a

hipótese teórica de que as crianças imitariam mais um adulto amigo do que um fosse distante. Ele

estudou situações experimentais em que algumas crianças tinham interações afetuosas e amistosas

como um adulto.

A psicologia americana redescobriu a teoria de Piaget no desenvolvimento cognitivo, suas

idéias influenciaram pontos de vista básicos sobre a criança. Piaget estava interessado em aspectos

universais no desenvolvimento infantil e acreditava que o desenvolvimento resultava da interação

entre as mudanças de caráter maturacional à experiência. Propôs quatro estágios do conhecimento

cognitivo, pelos quais todas as crianças passam.

Uma outra tendência dos últimos anos é tentar relacionar o comportamento social das

crianças e seus desenvolvimentos cognitivos. Em períodos anteriores, os pesquisadores tendiam a

estudar as mudanças cognitivas na medida em que estas afetavam a aprendizagem, o desempenho

escolar e aspectos semelhantes. O comportamento social e emocional, eram tratados como um assunto

não relacionado. Hoje, torna-se evidente que as cognições sociais das crianças, ou maneiras de pensar

a respeito de situações sociais e questões morais, ajudam a determinar o comportamento social.

Os psicólogos voltaram a se preocupar com aplicações sociais do conhecimento adquirido

a respeito das crianças.

O desenvolvimento cognitivo da criança é seqüencial e caminha de estruturas mais

simples para a estrutura mais complexa.

A inteligência por fases-estágio em que são os mesmos para todos os indivíduos e se

sucedem na mesma ordem. Essas fases são caracterizadas por estruturas mentais diferentes

construídas pelo próprio sujeito em interação com o mundo que o cerca. O processo de formação

constitui o próprio desenvolvimento, para Piaget, pode ser conceituado como um processo de

equilibração progressiva que tende para uma forma final, qual seja a conquista das operações formais.

Na primeira infância as propostas didáticas devem estar voltadas para a ação. Além de

todas as ações reais ou materiais que são capazes de efetuar, a criança torna-se capaz de reconstruir

suas ações passadas sob formas de narrativas, e de antecipar suas ações futuras pela representação

verbal. Daí resultam conseqüências essenciais para o desenvolvimento: a socialização, aparição de

pensamento propriamente dita, desenvolvimento de sentimentos, afetividade interior.

A criança está se tornando mais competente nas áreas de cognição, inteligência.

Desenvolve a capacidade para usar símbolos em pensamento e ação, consegue lidar mais

eficientemente com conceitos tais como: idade, tempo, espaço e moralidade. No entanto não separa o

real do irreal, e grande parte de seu pensamento é egocêntrica. É incapaz de considerar totalmente o

ponto de vista de outra pessoa.

2.3 O QUE OS REFERENCIAIS CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL,

DIZEM SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS BRINCADEIRAS NA PRÉ-ESCOLA.

No Referencial Curricular para a Educação Infantil, (RCNEI), brincar é uma das

atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança,

desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado

papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem

desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a

imaginação.

Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da

utilização e experimentação de regras e papéis sociais.

A diferenciação de papéis se faz presente, sobretudo no faz-de-conta, quando as crianças

brincam como se fossem o pai, a mãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões, etc.; imitando

e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências, a fantasia e a imaginação são

elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, sobre o eu e

sobre o outro.

Page 45: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imaginação de uma pessoa, de

uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis

para elas no momento e que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras

circunstâncias. Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de

imitar a vida como também de transformá-la. Os heróis, por exemplo, lutam contra seus inimigos, mas

também, pode ter filhos, cozinhar e ir ao circo.

Ao brincar de faz-de-conta, as crianças buscam imitar, imaginar, representar e comunicar

de uma forma especifica que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser personagem, que

uma criança pode ser um objeto ou um animal, que um lugar “faz-de-conta” que é outro.

Quando utilizam a linguagem do faz-de-conta, as crianças enriquecem sua identidade,

porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas

e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens.

Na brincadeira, vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de

convivência assim como a elaboração de um sistema de representação dos diversos sentimentos das

emoções e das construções humanas. Isso ocorre porque a motivação da brincadeira é sempre

individual e dependem dos recursos emocionais de cada criança que são compartilhados em situações

de interação social. Por meio da repetição de determinadas ações imaginárias, que se baseiam, mas

polaridades presença/ausência, bem/mal, prazer/desprazer, passividade/atividade, dentro/fora,

grande/pequeno, feio/bonito, etc.; as crianças também podem internalizar e elaborar suas emoções e

sentimentos, desenvolvendo um sentido próprio de moral e de justiça.

Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja

riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais

voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta.

A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que

é o não brincar. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que

aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver

consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu

conteúdo para realizá-la.

Para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus

companheiros e os papéis que irão assumir no interior da um determinado tema e enredo, cujo

desenvolvimento depende unicamente da vontade de quem brinca.

Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as

crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhes são importantes e

significativos. Proporcionando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem

representar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os

diversos conhecimentos.

O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas

pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: os

movimentos e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física da criança; a

relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e a associação entre eles;

a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar:

os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o

universo social se constrói; e finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo em um recurso

fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades

básicas, quais sejam, brincar de faz-de-conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental

da qual se originam todas as outras; sendo elas jogos de construção e aqueles que possuem regras.

E o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturas

o campo das brincadeiras na vida das crianças, conseqüentemente é ele que organiza sua base

estrutural por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e

arranjo dos espaços e do tempo para brincar.

Page 46: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos

processos do desenvolvimento das crianças em conjuntos e cada uma em particular, registrando suas

capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e

emocionais que dispõem.

A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças,

oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar permite o

enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor

organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar as

crianças à possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou

os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoas e independente suas

emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.

É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e

estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas dos conhecimentos, em atividades

espontâneas e significativas. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que possuem

regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças

não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão.

CAPÍTULO III – BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA PRÉ-ESCOLA

Com este capítulo estaremos, entretanto em contato com profissionais que atuam na área

de Educação Infantil, possibilitando assim uma troca de experiências. Através de uma pesquisa de

campo em uma realidade diferente da nossa estaremos investigando suas opiniões sobre a

contribuição dos brinquedos e brincadeiras para as crianças em idade pré-escolar. A partir dessa

pesquisa e da nossa vivência do dia-a-dia estaremos também fazendo um apanhado das dificuldades

que as crianças apresentam no inicio do ano e o que melhorou após trabalhar com brincadeiras.

3.1 PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo foi realizada nas escolas Manoel Osório e Pré-Escolar Pinóquio,

sendo as mesmas situadas no município de Seringueiras - RO, com profissionais que atuam na área da

Educação Infantil.

Foi elaborado por nós um questionário e este foi passado aos profissionais para relatarem

suas experiências no dia-a-dia, sobre a evolução das crianças no decorrer do ano letivo.

3.1.1 RESPOSTAS DO PROFESSOR “A”

Além de proporcionar prazer à criança aprende brincando. É nessa fase que se deve

trabalhar lateralidade para que a criança não apresente dificuldades na escrita e na leitura futuramente.

A função educativa do jogo é oportunizar a aprendizagem da criança, porque os jogos são desafios e

para aprender é preciso desafiar com prazer. O professor deve dar oportunidade a todos na hora da

brincadeira, sempre incentivando os mais tímidos, conversando com aqueles que não querem

participar e estar atento criando situações para que todos participem.

Alguns professores têm consciência que brincar faz parte e são necessários na

aprendizagem, outros vêem como um passatempo.

3.1.2 RESPOSTAS DO PROFESSOR “B”

O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da criança.

Desenvolve o raciocínio, interação, utiliza a linguagem simbólica. Vendo, e fazendo atividades, com

Page 47: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

sucata, objetos. O jogo criativo desenvolve a percepção, raciocínio, e desenvolve a interação entre

colegas, cada um pensa em confeccionar suas atividades de maneira mais eficaz, ou melhor, isso ajuda

sua aprendizagem com certeza.

O incentivo na hora de brincar é essencial, para que todos participem principalmente

aqueles mais tímidos, para que ele se socialize entre eles, e interagem melhor uns com os outros.

A brincadeira é vista como um instrumento didático, que desenvolve habilidades, pode se

imaginar a organizar. O brincar é concebido como uma atividade que permite que as crianças relaxem,

através da dispersão de energias, contidas em classe. A brincadeira recupera fisicamente o lado

emocional das crianças.

3.1.3 RESPOSTAS DO PROFESSOR “C” A brincadeira contribui para o melhor desenvolvimento da aprendizagem, pois brincando

a criança aprende melhor. Quando existe jogo existe competição. E a criança adora competir, e isso

fará com que a aula tenha mais participação e interesse. O professor deve procurar dar oportunidade

para todos, envolvendo jogos e brincadeiras que todos possam participar. Muitas vezes a brincadeira é

deixada de lado por falta de espaço adequado ao tipo de brincadeira.

3.1.4 RESPOSTAS DO PROFESSOR “D” O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da criança, as

brincadeiras podem desenvolver a atenção, a imitação, a memória e a imaginação.

Através de brincadeiras e jogos, as crianças aprendem a respeitar regras, resolver

conflitos, interagir, ser criativas. No jogo deve se procurar fazer com que todos participem,

principalmente aqueles mais tímidos, para que se relacionem com seus colegas. O jogo é conhecido

como uma atividade fundamental para a aprendizagem da criança.

3.1.5 QUE TIPOS DE DIFICULDADES AS CRIANÇAS APRESENTAM NO INICIO DO

ANO LETIVO O ingresso na pré-escola representa para a criança um marco em seu desenvolvimento,

pois é a etapa em que ocorre a separação, por certo período de tempo diário da família e, mais

especificamente da mãe. Ela será integrada a um novo meio sociais, através do relacionamento com

outras crianças e adultos, onde estabelecerá as primeiras normas em sociedade, ou seja, os primeiros

processos de socialização.

Nesse início de adaptação e socialização na escola, a criança encontra algumas

dificuldades de socializar-se, de fazer amigos, são egocêntricas e querem tudo para si, algumas não

controlam suas emoções, gritam e choram para obter aquilo que querem, gostam de ouvir estórias,

mas não usam a imaginação para criar as suas próprias, se prendendo aquelas que lhe contam, se

retraem quando participam de brincadeiras dirigidas e quando brincam sozinhas não se soltam, outros

não aceitam regras, são violentos e resolvem tudo na força bruta, não utilizam sua criatividade diante

dos brinquedos, quando se trata de blocos de montar, se perguntamos o que estão fazendo, não dão

uma resposta exata, montam desordenadamente, empilham e derrubam blocos, brincando por brincar.

Algumas crianças precisam estar recebendo estímulos para o fortalecimento de sua auto-

estima e têm dificuldades em dar opiniões e seu ponto de vista sobre determinados assuntos por não

ser talvez em casa incentivada a isso.

Outras não se interessam pelas próprias produções ou dos colegas e até seu vocabulário

precisa ser ampliado. Correr, pular, girar, subir em objetos, pendurar, se equilibrar, estão ligados ao

domínio do corpo e na construção de sua autonomia, e são uma das grandes dificuldades que

observamos em alguns alunos no inicio do ano, sendo que ação física é necessária para que a criança

harmonize suas potencialidades motoras, afetivas e cognitivas.

Trabalhar em grupo se torna difícil quando as crianças ainda não adquiriram o senso de

cooperação, crianças mais hábeis monopolizam e acabam fazendo tudo excluindo os demais que não

se esforçam em participarem, muitos não aceitam atividades competitivas e choram quando se sentem

Page 48: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

derrotados outros não se sentem competentes para competir e nem sequer tentam, não vencem

obstáculos, não gostam de desafios, são inseguros, enquanto algumas crianças gostam de desafiar e

ser desafiadas. Não adquiriram ainda o senso de responsabilidades, se brincam não ajudam a guardar

os brinquedos, não cuidam de suas coisas, são desorganizadas, impacientes, não esperam sua vez para

falar e ouvir, não cooperam nas atividades, enjoam fácil do que estão fazendo, não se interessam pelos

aspectos da natureza, ou seja, não os compreendem.

A criança traz de casa alguns conflitos que podem atrapalhar o seu desenvolvimento e elas

não estão no momento preparada para vencer esses conflitos, mas quando utilizados recursos como

cena, jogos, histórias, figuras, desenhos, vivências, representações podem servir como meios para

tentar vencê-los.

A criança vive num mundo de fantasias que deve ser explorado, o professor precisa fazer

os alunos acreditarem que ele também acredita nesse mundo por isso muitas vezes faz com que a

criança se sinta pequena diante do professor que vive um mundo diferente do dele.

Existem momentos na vida da criança, em que ela ainda não consegue dissociar suas

fantasias e a realidade da qual participa. Ao mesmo tempo em que conhece e aceita o que constata a

sua volta, crê que pode ter ilusões e mergulha na fantasia, a criança se confunde entre aceitar a

realidade e viver no sonho. É o brinquedo que ela fortifica sua confiança.

3.1.6 APÓS TRABALHAR COM BRINQUEDOS O QUE MELHOROU? No inicio brincar para as crianças não era novidade já que criança brinca a todo o

momento, mas com o tempo passaram a criar gosto pelas brincadeiras, a cada dia procurávamos estar

renovando os repertórios para que não se tornassem cansativos. Os conteúdos passados em formas de

brincadeiras se tornaram uma estratégia de ensino. Os blocos lógicos que eram empilhados e

derrubados somente passaram a ter critérios de seleção, como empilhar por cores, por formas, por

tamanhos e cada um foi estabelecendo regras e usando a imaginação criam castelos, casas, prédios,

aviões, números, letras e muitas outras coisas. Pulando cordas, imitando os animais que sobem em

árvores, nadam, saltam e muitos outros movimentos que fortalecem a coordenação e os tornam aptos

para escreverem e a situarem-se no tempo e no espaço.

Brincar permite o contato com os colegas auxiliando-os no relacionamento, superando

assim aquele retreinamento. Pegar na mão, sentir seu colega ajudou-os a compreenderem a si mesmos,

sair do individualismo, entenderem que existem outras pessoas ao seu redor que precisa ser ouvida,

que tem vontades, compreendem que na vida ora ganhamos, ora perdemos, que gritar, espernear,

chorar não resolve, é preciso haver diálogo, é preciso respeitar regras. Quando esperam sua vez de

jogar, de falar e de ouvir estão respeitando os colegas que facilitou o trabalho em grupo, passaram a

acreditar mais neles mesmos e nos colegas, a cooperação entre eles aumentou, o senso de

responsabilidades, brincou, guardou, no cuidado com suas coisas e a dos colegas também

progrediram. A interação com os colegas, o ambiente de descontração auxiliaram no desenvolvimento

de sentimentos de confiança e de auto-estima.

Até mesmo quando brincam espontaneamente, seja com massa de modelar, areia ou

blocos de montar, estão fazendo letras, números, animais e outros assuntos relacionados às aulas

anteriores, é raro ver uma criança que não queira participar de alguma atividade seja ela qual for, cada

um toma seu papel nas brincadeiras seja dramatizando estórias ouvidas, seja fatos da vida real e

passam horas entretidas em suas fantasias.

Com o tempo estão mais atentos, dão opiniões quando solicitados e já não desconversam

tanto os assuntos como antes faziam, se interessam por fatos de sua vida, sua cidade, sua família, o

mundo em que vivem, através das brincadeiras, ligando o real ao imaginário conhecem o mundo

através do faz-de-conta, simulam o real e incorporam verdadeiramente os papéis sociais.

Percebemos que para que brinquem não é necessário um brinquedo caro, pois até a areia

se torna mais interessante quando usam a imaginação, uma cadeira se transforma em algo

extraordinário capaz de transportá-los aonde quer que queiram ir os que permitem a todos a diversão,

Page 49: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

indiferentemente de sua posição social. É super interessante observá-los brincar e participar desse

mundo da imaginação que os ajudamos a acreditar através das estórias contadas, mas auxiliando-os no

contato com sua realidade social.

As crianças criam suas regras, trazem brincadeiras de casa e a todo o momento estão

fazendo comparações, tipo qual é o maior, vamos ver quem pula mais alto e outros. Sentem prazer em

aprender. Brincar facilitou este caminho, eles nem sentem que estão aprendendo, garantiu um

equilíbrio tanto motor como social e emocional em muitas crianças que apresentaram estas

dificuldades. Já programam a rotina da aula, sabem questionar para se chegar a um consenso, se

expressam com mais clareza, falam o que pensam, sabem até onde podem chegar, o que é permitido e

o que não é.

Pular, correr, puxar gritar, cantar, essa expressão do corpo nos jogos de brincadeiras

consegue se estruturar de modo mais seguro e tranqüilo nas atividades que não requerem tanta

movimentação, levando-se em conta que alguns são mais agitados e outros menos e que tem uma

energia inesgotável, nessa fase o que leva a não focarem muito tempo envolvidos em uma única

atividade.

Algumas crianças amadurecem, não são tão agressivas, não se opõem tanto quando se

muda de atividade, aceita o professor (o adulto) como um parceiro de brincadeiras, algumas que se

retraíam já aceitam atos de carinho o que possibilita um contato maior do professor com este aluno,

entendendo-o e intervindo em sua aprendizagem.

As brincadeiras permitem à criança realizar ações concretas, reais, relacionadas com

sentimentos. Por isso a agressividade não desapareceu por completo das brincadeiras, pois as crianças

exprimem seus sentimentos, assim, brincando, a criança vai aos poucos organizando também suas

relações emocionais.

CAPÍTULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Neste capítulo são apresentadas as conclusões e recomendações, resultantes das pesquisas

elaboradas através dos embasamentos teóricos e contato com outros profissionais, buscando assim

responder as questões elaboradas no Capítulo I.

5.1 CONCLUSÕES Através do contato com autores e profissionais da área de educação infantil em nossa

experiência na área, concluímos que utilizar a brincadeira e brinquedos como promoção do

desenvolvimento da aprendizagem é de suma importância, pois toda a ação humana envolve a

atividade corporal. A criança é um ser em constante mobilidade e utiliza-se dela para buscar

conhecimento relacionando-se com objetos e pessoas. A ação física é necessária para que a criança

harmonize de maneira indagadora as potencialidades motoras, afetivas e cognitivas.

A criança se movimenta nas ações do seu cotidiano e se lavarmos isso em consideração

veremos que as brincadeiras podem estar presentes na rotina das pré-escolas tanto quanto estão

presentes na vida doméstica da criança e os professores que utilizam essas brincadeiras em seus

planejamentos poderão estar criando propostas de atividades de maneira a conhecer o modo de pensar

e agir de cada criança como forma de aproveitar esses constantes movimentos associando saber com

sabor.

É necessário que a criança brinque para expressar suas fantasias, desejos e experiências,

pois o mundo do faz-de-conta é possível dominar suas angústias e seus medos, aumentar suas

experiências e aprender que é permitido errar e tentar de novo, sem críticas promovendo sua

criatividade e favorecer para a expressão de sua personalidade.

Há crianças que são sobrecarregadas de afazeres domésticos, sua vida é preenchida por

coisas sérias que não permitem brincar. Há outras que são deixadas de lado, não recebem estímulos,

não brincam seja por descaso de adultos ou pelo material que a cerca, e é na escola que ela brinca e

Page 50: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

usa a imaginação e a criatividade, é nesse espaço que ela pode ser criança.

Brincar é uma atividade prazerosa e altamente criativa. Fazer um brinquedo e vê-lo tomar

forma e funcionar é o caminho mais eficaz para desenvolver a habilidade manual e a criatividade.

Quando brincamos tudo vale, podemos transformar o erro em um acerto e até uma solução nova que

dará origem a outro brinquedo, com isso estamos criando.

A brincadeira na educação infantil é muito importante tanto que as escolas estão

investindo nelas como meios para uma aprendizagem significativa de modo que sintam o prazer de

aprender, e também como forma de resgatar o ato de brincar por muitos já esquecidos. Os pais andam

ocupados, não tiram tempo para seus filhos, preferem deixá-los em frente à televisão ou comprar-lhes

brinquedos que não lhes permitem usar a imaginação, esquecem que olhar, tocar, curtir, montar,

desmontar, correr, pular, experimentar, se movimentar, faz parte do ser criança, e que podem ser

explorados na escola.

Os brinquedos e brincadeiras contribuem na formação do indivíduo e os professores

podem aprimorar sua prática pedagógica incorporando atividades lúdicas a sua rotina, isso com

certeza irá garantir para a criança progressos em que desenvolvimento. As brincadeiras ultrapassam os

limites da atividade física, ela se baseia numa certa imaginação da realidade, onde a criança tem a

liberdade de criar, de ser um personagem, de viajar sem sair do lugar, dramatizar, fazer parte de um

cenário. A brincadeira é um meio fundamental para a criança resolver problemas emocionais que

fazem de seu desenvolvimento, um meio dela compreender o mundo em que vive.

Iniciamos essa pesquisa na intenção de verificarmos a contribuição dos brinquedos e das

brincadeiras no desenvolvimento das crianças em idade pré-escolar e aprendemos muito no desfecho

dela. Vimos que a brincadeira é algo que pertence à criança e um dos assuntos mais importantes em se

tratar no diz respeito ao desenvolvimento infantil é brincar.

Através das brincadeiras, ela começa a aprender como o mundo funciona, a criança se

expressa pelo ato lúdico.

À medida que as crianças crescem, seus pensamentos se desenvolvem e intensifica-se

também seu processo de socialização, as crianças aprendem como lidar com respeito mútuo, partilhar

seus brinquedos, dividir tarefas e tudo aquilo que implica uma vida coletiva o que torna mais fácil o

trabalho dos professores que com eles convivem.

Porém dentro do conceito que a pré-escola deve oferecer melhores condições para o

desenvolvimento da criança, brincar é uma realidade do dia-a-dia das crianças, e para que elas

brinquem é suficiente que não sejam impedidas de exercitar sua imaginação.

A imaginação é um instrumento que permite a criança relacionar suas necessidades e

interesses de um mundo que pouco conhecem e que estão ansiosos, cheios de curiosidades para

compreendê-lo, é um meio que utilizam para entender o mundo dos adultos. Brincando ela investiga,

conhece a si mesma, reflete, organiza, desorganiza, destrói o mundo a sua maneira. Impedir uma

criança de brincar é tirar dela a oportunidade de construir o seu conhecimento e se é brincando que ela

adquire esse conhecimento podemos concluir que brincar na pré-escola é essencial para a preparação

dessa criança, em seus primeiros contatos com a escola e que se forem, bem trabalhados

permanecerão por toda a vida, pois, é a base de sua estrutura educacional.

5.2 RECOMENDAÇÕES AOS EDUCADORES Recomenda-se que todas as instituições de ensino pré-escolar sejam utilizadas atividades

lúdicas, e toda ou qualquer atividade que se direcione a brincar estarão colaborando para que as

crianças sejam mais felizes, preparando-as para que se tornem seres humanos acolhidos pelos colegas

e pelo mundo em geral, proporcionando conhecimentos por meio de aulas de recreação educativas.

Brincar contribui e muito para o desenvolvimento dos educandos não só na educação infantil, mas no

decorrer de sua vida escolar.

ANEXOS

Page 51: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

PERGUNTAS DA PESQUISA DE CAMPO

1. Qual a sua opinião sobre a contribuição das brincadeiras e brinquedos no desenvolvimento da

criança em idade pré-escolar?

2. Para você a função educativa do jogo oportuniza aprendizagem da criança? Sim ou não, e por

quê?

3. Quando você brinca com sua turma, você oportuniza a todos participarem da brincadeira?

Como?

4. Como é vista a brincadeira na sua escola pelos professores de alfabetização?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica. Técnicas e jogos pedagógicos. Ed. Loyola. São

Paulo, Brasil 1974.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação

infantil. Vol. 1 e 2. Brasil: MEC / sef, 1998.

FRIEDMAN, Adriana. et al. O direito de brincar a brinquedoteca. São Paulo. Scrita 1992.

MEDEIROS, Ethel Bauzer – jogos para recreação infantil, Rio de Janeiro, Fundo de Cultura 1967.

RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem segredo: eventos escolares. Contagem, MG: IEMAR, 1999.

REVISTA CRIANÇA, Brinquedos e Infância, como surge o arco íris. A Lição do Ciro. Vol. 37

pág. 7 Brasília DF. Novembro 2002.

RIZZI, Leonor e Haydt Regina Célia – atividade lúdica na educação da criança.

RODRIGUES, José Pereira. Cantigas de roda, Porto Alegre, RS: Magister, 1992.

VYGOTSKY, Lev Semenovich – A formação social da mente. São Paulo. Martins Fontes, 4ª ed.

1991.

WAJSKOP, Gisela – Brincar na pré-escola. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1999.

WESTON, Denise Chapmane Marks – Aprender brincando 1996 by.

WWW. Cecnelutork. Ca / maplebear alt/br/parent/method.htm.

Page 52: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.
Page 53: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.
Page 54: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.
Page 55: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA PRÉ-ESCOLA

RESUMO

João do rozario lima

A presente monografia vem demonstrar que o

brinquedo e a brincadeira na pré-escola são de um aspecto

muito importante na interação da criança com o adulto, com o

outro. E a brincadeira em grupo serve para socializar crianças e

a compreensão de regras. Elas aprendem a lidar com os

sentimentos, interagir, resolver conflitos e desenvolver a

imaginação e criatividade para resolver problemas. E, portanto,

contra este pensamento que buscamos e é de fundamental

importância que professores tenham conhecimento do saber que

a criança construiu na interação do ambiente familiar e sócio

cultural e assim adotar na sua prática pedagógica as

brincadeiras, brinquedos e para que as crianças

desenvolvam,construam, adquiram conhecimentos e se tornem

autônomas e cooperativas. E é importante que os educadores

resgatem as brincadeiras e os brinquedos que eram transmitidos

pelos pais e avós, e criadas pelas próprias crianças. Elas irão

despertar uma vivência rica e muito importante, e o ajudará a

despertar sua criatividade, movimentos e uma boa aquisição na

aprendizagem da escrita e leitura.

Palavras-chave: Brinquedos, brincadeiras, interações, socialização, brincar

CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO

Redescobrir os procedimentos que tínhamos quando criança, retomar os métodos de

criação do nosso modo de brincar é colocado aqui como condição para

olhar a criança à nossa frente sabendo que ela, na maioria das vezes, não aquela que

imaginamos ser, pois a criança real é diferente daquela que pintamos em nossa fantasia.(

Page 56: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

Eugênio Tadeu Pereira)

1.1 CONTEXTO

Do dever ao prazer de brincar a princípio, não se trata de descoberta de

fórmulas, pois o presente tema vem de encontro com uma visão pedagógica já conhecida de

muitos, onde se ouve a afirmativa de trabalho com brinquedos e brincadeiras na pré - escola,

ainda é pouco produtivo na pré-escola.

Por isso iniciamos a investigação de alguns procedimentos metodológicos e de algumas

estratégias utilizadas pelos educadores da pré - escola no tocante a prática de brincar, a fim de

que possamos nos situar a respeito das metodologias e dos procedimentos, até mesmo como

forma de argumentação comparativa às propostas de especialista da área, pelos relatos

encontrados em suas obras.

Seguramente podemos afirmar que, na qualidade de educadores, ter consciência de que o

brinquedo e as brincadeiras irão ajudar a desenvolver a imaginação, a criatividade dando

oportunidade para a criança brincar e aprender e interagir com outras crianças e adultos.

Concebendo se a escola como lugar de preparação e capacitação do ser humano, tendo-se

como premissa à formação integral do educando, um efetivo trabalho para estimular futuros

educandos com competência que se espera diante de uma sociedade em constante mutação, cremos

na importância de ações pedagógicas especialmente delineadas para esse fim, com professores e

alunos interagindo em momentos de brincadeiras e aprendizagem.

Os resultados das ações acima expostas comprovando que a prática das brincadeiras serão

tanto mais produtivas à medida que as escolhas lúdicas estejam voltadas para a liberdade de

escolha, contada, pede–se do professor a prudência da seleção prévia das brincadeiras, a serem

expostas aos alunos.Obedecidas às regras básicas, sobretudo, pautadas no bom senso poderemos

confiar o surgimento de uma nova geração de homens e mulheres competentes para o

desenvolvimento em sociedade.

A nós educadores cabem o compromisso de „„garantir‟‟a educação do aluno. Bem ou mal

fazemos parte da historia de cada uma realidade coletiva, assim como ele também faz parte de

nossa história. E essa consciência que deve-nos dar força para romper o preestabelecido, traçando

caminhos capazes de transformar a sociedade e, assim garantir a maior participação possível.

„„Pensar a educação é pensá-la também na escola, e na escola há pessoas sendo

desempenhadas. O aluno sujeito do processo educacional o grande interessado em ter

uma escola viva critica e libertadora. É preciso que se comece a questionar o tipo de

aluno que uma escola quer formar para que se decidam em conjunto as habilidades que

precisam ser trabalhadas.Se assim não for, será como uma casa sem planta, amontoado

de gente juntando tijolos e cimento sem saber o que fazer.‟‟

Portanto, educadores conscientes esse ato de busca, de troca, de interação, de apropriação é

que damos o nome de Educação. Esta não existe por si, é uma ação conjunta entre as pessoas que

cooperam, comunicam-se e comungam do mesmo saber. Por isso educar não é um ato ingênuo,

indefinido, impossível, mas um ato histórico.

Page 57: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

1.2. PROBLEMA

Para nortear a presente monografia, voltamos a seguinte pergunta:

Qual a contribuição das brincadeiras e dos brinquedos no desenvolvimento dos educandos na pré-

escola?

1.3. OBJETIVOS DO TRABALHO

1.3.1. OBJETIVO GERAL

Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil. Verificar etapas de

brincadeiras em sala de aula.

1.4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Investigar jogos e brincadeiras utilizados na educação Infantil.

Verificar etapas de brincadeiras em sala de aula.

1.5. JUSTIFICATIVA

Muito se fala sobre o fato da Pré – Escola esforçar seus alunos com atividades que deveriam

ser iniciadas na 1ª série e que a Pré-Escola tem como objetivo a socialização com brincadeiras e

brinquedos, nós professores podemos introduzir conteúdos.

Com base neste conceito será feita esta pesquisa para descobrir qual a contribuição das

brincadeiras e brinquedos no desenvolvimento dos educandos.

Serão pesquisadas várias brincadeiras que poderão auxiliar professores de educação de

forma a preparar os educandos para a aprendizagem.

Com esta pesquisa será possível a melhoria do nosso trabalho e será de grande

contribuição para profissionais de educação infantil e para melhor desenvolvimento dos alunos.

„„Acriança é um ser em criação, cada ato é para ela uma ocasião de explorar,

descobrir novos conhecimentos, que as levarão a um mundo mais amplo na

sua vida em sociedade”.

Neste contexto educacional e social é necessário ao educador atender de fato às reais

necessidades dos educandos que diz respeito aos aspectos formativos, cognitivos psicossociais,

culturais. E necessário que o educador conheça e reconheça as competências de como ensinar

respeito às etapas do desenvolvimento maturacional que ela se encontra.

Dê mais ênfase ao aprendizado do que à aquisição de informações. Se você cria um

clima de abertura e animação, você ensinará a criança a amar o processo de dominar o

conhecimento sobre coisas

Page 58: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

novas. A criança que aprende pela experiência conhece o prazer de

entender uma coisa. Ela nunca será carente de motivação.

Ainda refletindo sobre a relação entre desenvolvimento e aprendizagem.

VYGOTSK (1991)

O autor considera o ato de brincar muito importante para o desenvolvimento

integral da criança. As crianças se relacionam de várias formas com

significados e valores inscritos nos brinquedos. Pois, nas brincadeiras, as

crianças ressignificam o que vivem e sentem .

As crianças brincam com o que têm nas mãos e com o que têm na cabeça.

(Broughe, 1995) “Os brinquedos orientam as brincadeiras, trazem-lhe matéria. Algumas pessoas

são tentadas a dizer que eles a consideram, mas, então, toda a brincadeira está

condicionada pelo meio ambiente. Só se pode brincar com o que se tem, e a

criatividade, tal como evocamos, permite, justamente, ultrapassar esse ambiente,

sempre particular e limitado. O educador pode, portanto, construir um ambiente

que estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não se certeza de

que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos,

assim, as chances de que elas o façam, um universo sem certezas, só podemos

trabalhar com probabilidades”.

Isto posto, tenho a convicção de que o presente trabalho monográfico em muito contribuiu

para a ampliação dos conhecimentos até aqui adquiridos, cuja proposta parte da formação de novos

valores éticos, os quais devem estar comprometidos com a aprendizagem.

1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Com a consciência de que é impossível construir uma argumentação eficaz sem o respaldo

de teorias especializadas, o presente documento monográfico embasando-se em diversos autores

que subsidiam o pensamento do brinquedo e da brincadeira prazerosa em argumentos realmente

significativos, portanto dignos de serem transcritos em citações diversas.

Com base nos subsídios teóricos coletados destaca-se a relevância que a no conhecimento

empírico como de fundamental importância em torno dos estímulos para que irão desenvolver a

imaginação, criatividade de formação de cidadãos críticos e criativos e por

isso mesmo, competentes para contribuir com o processo da construção social.

Do exposto até aqui, neste trabalho encontram-se também alinhavados pensamentos de

autores como Jean Piaget, Lev Semyonovitch,Vygotisky, Jhoon Huizinga, Sônia Kramer, Maria

Judht Sucupira da Costa Lins, Airton Negrine, Leonor Hauydt Rizzi, Regina Célia e outros cujos

estudos têm contribuído para a fundamentação teórica do presente trabalho

monográfico,alimentando-o de maneira satisfatória, a fim de, ao final poder corresponder ao

proposto na temática, a qual defende o pensamento de uma ênfase ao prazer de brincar no processo

pedagógico desde a pré-escola para tornarem-se adultos críticos e conscientes e que venham

contribuir para o progresso de comunidade e nação em níveis de competência a relevar o caráter de

sua formação.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

A brincadeira é vista como um processo de desenvolvimento corporal, imaginativo

Page 59: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

exploratório que amplia ainda mais a capacidade do ser humano.

A escola necessitará efetuar um trabalho para tornar os alunos mais confiantes pelos

resultados de suas práticas, sabedores de que a brincadeira será benéfica tanto para si mesmo

quanto para o próximo, podendo até obter um alcance social de grandes dimensões, conforme as

ações que adotarem. Confirmando aqui uma brincadeira ou brinquedo pouco atraente não desperta

o interesse necessário para um bom desenvolvimento da criança.

A hipótese formulada no presente estudo monográfico, é a de que a brincadeira nas escolas

requer dos educadores uma reflexão e organização perfeita sobre a práxis pedagógica efetuadas no

trabalho com os brinquedos e as brincadeiras na pré-escola.

É para alcançar respostas favoráveis a uma proposta pedagógica modificada, algumas

questões necessitam ser respondida por estes educadores e serem retomadas constantemente.

Qual a opinião sobre a contribuição das brincadeiras e brinquedos no desenvolvimento da

criança em idade pré-escolar? Para você as funções educativas dos jogos oportunizam

aprendizagem da criança? Sim ou não e por quê? Quando você brinca com sua turma, você

oportuniza a todos participarem da brincadeira? Como? Como é vista a brincadeira na sua escola

pelos professores de alfabetização?

Diante destes questionamentos, sabemos da difícil tarefa em se sistematizar com a devida

clareza os argumentos dos pensadores que estamos adotando, de forma a nos subsidiarem para a

adoção de medidas pedagógicas eficazes no que se refere a brincadeiras e brinquedos, pois nosso

objetivo geral é analisar a importância dos brinquedos e brincadeiras para o desenvolvimento da

aprendizagem da criança na pré-escola, e assim poder implementar cada vez mais com recursos que

sejam favoráveis ao desenvolvimento integral das crianças, de maneira que as brincadeiras sejam

claramente observáveis.

O presente relatório científico encontra-se estruturado em 05 (cinco) capítulos, a saber:

Capítulo I-Introdução, 1.1. Contexto, 1.2. O Problema, 1.3. Objetivos específicos, 1.4. Justificativas

1.5. Procedimentos metodológicos, 1.6. Estrutura do trabalho.Capítulo II -Desenvolvimento da

criança. Na pré-escola e o papel da brincadeira. 2.1. Aprendizado através da experiência e

descobertas. 2.2. Desenvolvimento da criança emocional/afetivo, psicológico, social e motor, 2.3.

O que os referenciais curriculares para educação infantil,

dizem sobre a utilização das brincadeiras na pré-escola, 2.4. Aprender brincando através dos jogos

sensoriais,motores. Capitulo III-Brincadeiras na pré-escola. 3.1. pesquisa de campo 3.1.1.

Respostas da professora „„A‟‟ 3.1.2. Respostas da professora„„B‟‟.3.1.3.Respostas do

professor„„c‟‟.3.1.4. Respostas do professor „„D‟‟.3.1.5. Que tipos de dificuldades as crianças

apresentam no ínicio do ano letivo?3.1.6.Após trabalhar com brinquedos o que melhorou?Capítulo

IV-sugestões de brincadeiras e suas contribuições.

2.1 Aprendizado através da experiência e descobertas

Brincar é muito importante. Ao brincar as informações são esclarecidas, de experiências.

Antigas são integradas e seu ambiente pode ser explorado. Brincar proporciona a

oportunidade de acumular conhecimento, aprender novas habilidades e praticar aquelas já

conhecidas.

Através de brincadeiras as crianças aprendem a lidar com os sentimentos, interagir crianças

e adultos e resolver conflitos. Elas desenvolvem a imaginação, criatividade para resolver

problemas.

Manipular, explorar e experimentar objetos reais é muito importante às crianças aprenderão

fazendo e falando. Por serem naturalmente ou pelo mundo e interessadas em aprender sobre ele, as

Page 60: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

crianças são ativas ao aprendizado e fazem isso de diversas formas.

O ensino da língua, da leitura, da ciência e da tecnologia é desenvolvido de diversas formas.

Os professores integram conhecimento subjetivo a variedade de técnicas ativas que se encaixam

nos estágios de desenvolvimento das crianças, tendo altas expectativas de aprendizado.

Piaget: Acredita que o jogo é essencial na vida da criança. De início tem-se o jogo de

exercícios que é aquele que a criança repete uma determinada situação por prazer, por ter apreciado

seus efeitos.

Em torno dos 2, 3, 5 e 6 anos nota-se, a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a

necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o acontecido, mas de executar a

representação. É nesse período que surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de

criança para criança e por consequência vão aumentando de acordo com o progresso de seu

desenvolvimento social.

Para Piaget, o jogo constitui-se em expressão e condição para o desenvolmento infantil,

já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.

Já Vygotsky diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da

vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ela não estabelece

fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é

interativo.

Segundo ele a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a

informações; aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de

um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular seu

comportamento pelas reações, que elas pareçam agradáveis ou não.

Vygotsky fala do faz de conta, Piaget fala do jogo simbólico e pode se dizer que são

correspondentes é que o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança

(Oliveira 1977).

Lembrando que ele afirma que a aquisição do conhecimento se dá através da zona de

desenvolvimento: a real e a proximal.

A zona de desenvolvimento real é a do conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz

consigo, já a proximal só é atingida de início com o auxílio de outras pessoas mais “capazes”, que

já tenham adquirido esse conhecimento.

A noção de zona “Proximal de desenvolvimento ”interliga –se portanto, de maneira muito

forte à sensibilidade do professor em relação às necessidades e capacidades da criança e a sua

aptidão para utilizar as contingências do meio a fim de dar – lhe a possibilidade de passar do que

sabe fazer para o que não sabe. As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo

com a zona de desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a

importância do professor.

(conhecer a teoria de Vygostky).

No processo da educação infantil é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços,

disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do

conhecimento.

A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do conhecimento

estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica

e poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor

procure ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos,

brincadeiras e com outras crianças.

O jogo compreendido sob-ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior

espaço por ser entendido como educação, na medida em os professores compreenderem melhor

toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança

Page 61: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

2.4 APRENDER BRINCANDO ATRAVÉS DOS JOGOS SENSORIAIS E

MOTORES.

O jogo é um meio eficiente de ensinar uma criança, ele aprende os conceitos complicados,

princípios filosóficos e emoções que são difíceis de descrever em palavras. Você constrói a capacidade da criança e mostra a elas como resolver problemas ajuda, a

estimular o corpo e a mente.

Diferente de outros métodos de ensino, o jogo envolve inteiramente a criança na lição ao

envolver todos os sentidos, porque ela não ouve ou vê a lição, ela a faz.

O jogo é o domínio da criança. Para ela, é o método natural de compreender o mundo, uma

criança que aprende a construir um castelo de areia, ao mesmo tempo, ela aprendeu a construir sua

confiança e sua independência, para ela foi um aprendizado que aconteceu naturalmente seria

ótimo se todas fossem assim. Por isso precisamos injetar experiência de jogos significativos na vida

de nossas crianças. Ele tem um papel integral para um desenvolvimento sadio. Além de ensinar o

jogo reduz o estresse e abre a mente para criatividade e ajuda a educar as crianças a respeito do

caráter.

Cada criança tem seu estilo particular de aprendizagem em umas áreas mais fortes em outras

mais fracas. Algumas aprendem melhor com o material que lhes é apresentado visualmente ou

demonstrativamente.

Dê mais ênfase ao aprendizado do que à aquisição de informações. Se você criar um clima

de abertura e animação você ensinará a criança a amar o processo de dominar o conhecimento

sobre coisas novas. O sucesso é um motivador poderoso; a criança que aprende pela experiência

conhece o prazer de entender uma coisa. Ela nunca será carente de motivação.

O jogo na vida do ser humano é tão antigo, pois manifestou uma tendência lúdica, isto é, um

impulso para o jogo. Alguns autores vão além afirmando que o jogo não se limita apenas à

humanidade seria anterior, inclusive ao próprio homem, pois já era praticado por alguns animais,

Johan Huizinga diz que os animais brincam tal como os homens convidam uns aos outros para

brincar mediante um certo ritual de atitude e gestos.

O jogo na vida do ser humano é tão antigo, pois manifestou uma tendência lúdica, isto é, um

impulso para o jogo. Alguns autores vão além afirmando que o jogo não se limita apenas à

humanidade seria anterior, inclusive ao próprio homem, pois já era praticado por alguns animais,

Johan Huizinga diz que os animais brincam tal como os homens convidam uns aos outros para

brincar mediante um certo ritual de atitude e gestos.

Respeitam regras que os proíbe morderem, ou pelo menos com violência a orelha do

próximo. E o que é mais importante para eles é a experiência de prazer e divertimento. Para Piaget,

a atividade lúdica dos animais é de origem reflexa ou instintiva (lutas, perseguições) como no caso

dos gatinhos que lutam com a mãe e a mordiscam, sem feri-la.

No caso da criança a atividade lúdica supera amplamente os esquemas reflexos e prolongam

quase todas as ações nesta perspectiva, o jogo ultrapassa a esfera da vida humana, sendo, portanto,

anterior à cultura.

De acordo com o estudo feito, Huizinga sobre o jogo função social do jogo desde as

sociedades primitivas até as civilizações mais complexas.

De acordo com a tese desse autor, a cultura surge sobre a forma de jogo, sendo que a

tendência lúdica do ser humano está na base de muitas realizações na esfera da filosofia, da ciência,

da arte (em especial da poesia).

Page 62: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

O autor explica sua concepção dizendo: mesmo as atividades que visam a satisfação

imediata das necessidades vitais, como, exemplo a caça tendem assumir nas sociedades primitivas

uma forma lúdica. A vida social reveste-se de forma que lhe conferem uma dignidade superior sob

a forma de jogo, e é através deste último que a sociedade exprime sua interpretação da vida e do

mundo.

Não queremos com isso dizer que o jogo se transforma em cultura, e sim que, as duas fases

mais primitivas, a cultura possui um caráter lúdico que ela processa as formas e no ambiente de

jogo.

Portanto, a idéia básica desse autor é que além dos jogos que são normalmente incorporados

à cultura de um povo, a própria cultura se forma e se desenvolve impulsionada pelo espírito lúdico.

Essa idéia é que refletiu na educação durante muito tempo, e apesar dos conceitos proféticos

dos grandes educadores, a pedagogia tradicional sempre considerou o jogo como uma espécie de

alteração mental ou pelo menos, como uma pseudo-atividade, significação funcional e mesmo

nociva às crianças, que ela desvia de seus deveres.

Para outros autores, entre os quais Huizinga e Piaget, atividade lúdica supõe uma ordenação

da realidade, seja ela subjetiva e intuitiva como no caso dos de ficção ou imaginação.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista

apenas como diversão.O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o

desenvolvimento pessoal, sócio cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um

estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do

conhecimento.

A ludicidade é um assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional,

principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo a essência da infância e seu uso permitir

um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento.

A palavra lúdico significa brincar e vem do latim ludus e neste brincar estão incluídos os

jogos,brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta daquele que joga,que brinca e se

diverte.

Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do individuo,saber,seu

conhecimento e sua compreensão de mundo.

Independente de época , cultura e classe social,pois elas vivem num mundo de fantasias, de

encantamento,de alegria, de sonhos onde a realidade e o faz de conta se confundem.O jogo está na

gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo,da possibilidade de experimentar, de criar e

transformar o mundo.

Pela análise da realidade educacional concluímos que nas instituições infantis as atividades

lúdicas são pouco exploradas, mesmo quando são realizadas, não lhes é dado a brincadeira não é

vista como coisa séria?Por que o educador tem no seu fazer pedagógico a hora de “ensinar‟‟e a

hora de” brincar‟‟?Por que não ensinar brincando?

CAPÍTULO IV - SUGESTÕES DE BRINCADEIRAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES

Nesse capítulo estaremos dando sugestões de brincadeiras que possibilitam aos professores

aplicá-las em suas salas de aula, com objetivos definidos a serem alcançados. São brincadeiras

diversificadas que levam os alunos a aprenderem brincando, brincando por brincar e também

resgatando brincadeiras por muitos já esquecidos.

BRINCANDO POR BRINCAR

4.1 MÃOS FALANTES

PREPARAÇÃO: Os alunos deverão sentar à vontade na sala de aula.

Page 63: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

EVOLUÇÃO: Um jogador sai da sala durante alguns minutos. Enquanto isso, os demais

jogadores escondem um objeto em algum lugar da sala. Quando o jogador que estava ausente retornar,

seus colegas dizem qual o objeto que foi escondido a procurar. Seus companheiros o ajudam da

seguinte forma: Toda vez que ele se aproxima do objeto escondido todos os participantes levantam as

mãos e batem palmas bem alto, fazendo um som forte; quando ele estiver longe do objeto procurado,

ou dele se afastar os demais participantes abaixam as mãos e batem palmas baixinho. Se o jogador

encontrar o objeto, terá o direito de escolher o seu sucessor. Se não conseguir, senta no seu lugar e

outro jogador será sorteado.

CONTRIBUIÇÃO: Desenvolver a percepção auditiva; estabelecer ritmos e a socialização.

4.2 DESCOBRIR O OBJETO

PREPARAÇÃO: Os alunos deverão sentar-se na sala de aula, divididos em duas equipes.

EVOLUÇÃO: O professor coloca uma venda nos olhos do jogador de uma das equipes, e lhe

entrega um objeto. Ele deverá descobrir qual é o objeto através do tato, sem vê-lo, apenas apalpando-

o. Se acertar, sua equipe ganha um ponto. Em seguida, o professor coloca a venda no jogador da outra

equipe, que tentará descobrir, pelo tato, qual é o outro objeto que lhe foi entregue. Acertando, sua

equipe ganha um ponto.

FINAL: Vence a equipe que, no final, tiver o maior número de pontos.

CONTRIBUIÇÃO: Favorecer o trabalho em equipe explorar os órgãos dos sentidos (visão e

tato), associação de quantidade.

4.1.3 PROCURAR PARCEIRO

PREPARAÇÃO: O professor seleciona várias gravuras (de revistas, livros, etc.) e cola-as em

pedaços de cartolina. Recorta as gravuras coladas em cartolina, formando vários quebra-cabeças.

Marca os pedaços de cada quebra-cabeça com um sinal (pode ser um numeral, uma figura geométrica,

etc.). Por exemplo: todas as peças de um quebra-cabeça estarão marcadas atrás com o numeral 1, ou

então com um triângulo (s). Todas as peças de outro quebra-cabeça serão marcadas, atrás, com o

numeral 2 ou com um círculo (O). E assim por diante. Depois os alunos deverão estar sentados à

vontade.

EVOLUÇÃO: O professor distribui as peças, uma para cada aluno. Os participantes verificam

qual o sinal marcado atrás de sua peça, e procuram os colegas cujas peças têm o mesmo final. Então,

agrupam-se pelo sinal, cada grupo num canto da sala. Quando todos tiverem encontrado seus

parceiros, cada grupo começa a juntar as peças, montando o seu quebra-cabeça. Será dado um tempo

para que todas as equipes formem a sua gravura, mas vencerá a que formá-la em primeiro lugar.

CONTRIBUIÇÃO: Atenção, concentração, socialização, agilidade.

4.1.4 APANHADOR DE BATATAS

PREPARAÇÃO: Os participantes sentados, sendo que cada coluna de carteiras forma uma

Page 64: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

equipe.

EVOLUÇÃO: O primeiro jogador de cada coluna recebe uma colher de sopa com uma batata.

Dado o sinal de inicio, este passa a colher com a batata para o jogador sentado na carteira de trás, este

ao seguinte, e assim sucessivamente até chegar ao último elemento da equipe. Quando este recebe a

colher com a batata, corre pelo espaço existente entre as colunas e senta-se na primeira carteira, que já

deve estar vazia, pois seus colegas de equipe (sem atrapalhar a corrida do companheiro) passaram

uma carteira para trás, deixando a primeira vazia. Ao sentar-se, ele torna a passar a colher com a

batata para o colega atrás, até chegar ao último elemento da fileira, que se levanta e corre para sentar-

se na primeira carteira. E assim o jogo prossegue, com os demais elementos procedendo da mesma

forma que seus antecessores. Vence a equipe mais rápida, isto é, a equipe cujo jogador iniciante

chegar primeiro à sua carteira de origem.

CONTRIBUIÇÃO: Desenvolve a coordenação motora, agilidade, organização, atenção,

respeito mútuo.

4.1.5 CESTAS DE FRUTAS

FORMAÇÃO: As crianças, em círculo, sentadas, cada uma tendo o nome de uma fruta.

No centro do círculo uma criança de pé.

DESENVOLVIMENTO: A criança do centro diz: “Vai passando um fruteiro que leva (dizer o

nome das frutas)”. As crianças que têm o nome dessas frutas trocam de lugar imediatamente, a criança

que estava no centro também deve ocupar um dos lugares vagos.

A criança que está no centro do círculo, ao invés de dizer o nome de frutas também pode gritar:

“A cesta virou”, neste caso todas as crianças trocam de lugar.

CONTRIBUIÇÃO: Agilidade, atenção.

APRENDER BRINCANDO

4.2 TERRA, ÁGUA E AR.

PREPARAÇÃO: os alunos deverão estar sentados à vontade na sala. Dividir a turma em duas

equipes. O professor segura uma bola de papel.

EVOLUÇÃO: O professor lança a bola para um aluno, dizendo, por exemplo: -

“Terra” O jogador pega a bola de papel e diz o nome de um animal que vive na terra, lançando a bola

de volta para o professor. Se ele acertar, sua equipe ganha um ponto. Depois o professor arremessa a

bola para um participante da outra equipe, dizendo, por exemplo: - “Ar”! O jogador pega a bola e diz

o nome de um animal que voa, devolvendo a bola para o professor. Se acertar, a sua equipe recebe um

ponto. O professor torna a lançar a bola para um jogador da primeira equipe, dizendo, por exemplo: -

“água”! Este pega a bola e diz o nome de um animal que também nade, como a tartaruga, jacaré, etc.

Acertando, sua equipe ganha mais um ponto. E assim o jogo continua. Vence a equipe que no final

tiver o maior número de pontos.

OBSERVAÇÃO: Cada participante que receber a bola deve dizer o nome de um animal

diferente dos já mencionados.

CONTRIBUIÇÃO: Coordenação motora, atenção, socialização de conteúdos.

4.2.1 BINGO DE NÚMEROS OU PALAVRAS

PREPARAÇÃO: O professor prepara uma cartela (ou uma folha de papel) para cada aluno,

Page 65: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

com 12 quadradinhos.

Em cada espaço escreve um número (ou uma palavra). Depois, num saco ou caixa de papelão,

coloca cartõezinhos para serem sorteados, cada um deles contendo um número ou palavras.

Os alunos deverão sentar à vontade na sala de aula.

EVOLUÇÃO: Cada participante recebe uma cartela e um conjunto de feijões. O professor pede

para que cada um observe os números (ou palavras) nele escrito. Os jogadores que tiverem em sua

cartela aquele número (ou palavra), marcam o espaço correspondente com um feijãozinho.

E assim o jogo continua, com o professor ditando os números (ou palavras) sorteados, e os

jogadores marcando os espaços correspondentes com feijões. Quem completar primeiro a sua cartela

será o vencedor.

CONTRIBUIÇÃO: Socialização de conceitos, atenção, concentração, localizar-se no espaço.

4.2.2 QUAL É O TAMANHO

PREPARAÇÃO: O professor recortará figuras de animais, de eletrodomésticos e de vários

outros objetos familiares e montará as figuras sobre a cartolina.

EVOLUÇÃO: Alunos dispostos em semicírculos, o professor no meio, pedem que seus alunos

olhem para as figuras e tentem visualizar o tamanho do objeto real.

Vamos adivinhar ou estimar o tamanho real do objeto, apenas olhando a gravura, o professor

segura duas (2) gravuras, como por exemplo, um aspirador de pó e outra de máquina de lavar roupa.

- Qual é a figura geométrica relacionada de cada objeto?

- Qual desses objetos vocês acham que é maior?

- Quais acham que pesa mais?

CONTRIBUIÇÃO: Socialização de conteúdos, visualização, organização.

4.2.3 PROFISSÃO

PREPARAÇÃO: Os alunos deverão sentar à vontade na sala de aula. O professor segura nas

mãos uma bola de papel.

EVOLUÇAO: O professor inicia o jogo dizendo o nome de uma profissão ou de um tipo de

trabalhador, arremessando a bola de papel para um jogador qualquer. Este, ao pegar a bola, deve dizer

o que faz aquele profissional; depois, diz o nome de outra profissão e torna a lançar a bola para outro

colega, e assim sucessivamente. Quem não souber dizer o que faz determinado profissional, torna

arremessar a bola para o professor, que recomeça com outro colega.

CONTRIBUIÇÃO: Conhecimento de mundo, socialização de conteúdo, coordenação motora,

atenção.

4.2.4 TOM DAS CORES

PREPARAÇÃO: Os participantes formam uma roda e giram em torno do professor que estará

no centro.

EVOLUÇÃO: O professor do jogo conta uma história e, quando na história surgir uma cor, as

crianças sairão à procura do objeto que tenha esta cor. O professor, por sua vez, corre atrás das

Page 66: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

crianças para atrapalhá-las.

OBSERVAÇÃO: Um espaço em que haja vários objetos coloridos.

As crianças devem estar sentadas em roda.

EVOLUÇÃO: O professor diz uma cor e, em seguida, o objeto que tem esta cor. As crianças

devem correr, pegar o objeto e colocá-lo no lugar em que estão sentados. A seguir, o professor fala

outra cor e outro objeto, e assim sucessivamente. Ao final, quem tiver mais objetos é o vencedor.

CONTRIBUIÇÃO: Agilidade, organização de espaço, trabalho coletivo, respeito mútuo,

socialização de conteúdos, conhecimento de mundo.

4.2.5 LEVANTAR (O CORPO, PARTES DO CORPO OU OBJETOS)

PREPARAÇÃO: As crianças deitadas ou sentadas em posições para iniciar a brincadeira.

EVOLUÇÃO: Deitados ou sentados, a um sinal combinado, levantar o corpo do chão ou da

cadeira. Elevar os braços pelos lados (como se fossem asas), levantando e abaixando-os. Elevar os

braços pelos lados até o alto da cabeça: bater palmas (repetir várias vezes). Deitados de costas com

braços e pernas estendidos elevar os braços, movimentando-os para trás, para frente, para um lado e

para o outro. Deitados de costas, com pernas e braços estendidos elevar as pernas em gancho,

colocando os joelhos sobre o peito (repetir várias vezes). Deitado de costas, apoiar-se sobre as mãos e

elevar o tronco sem mexer as pernas. Deitado de peito apoiar-se sobre as mãos e as pontas dos pés,

tentando elevar-se.

CONTRIBUIÇÃO: As atividades de levantar o corpo, partes do corpo ou objetos trabalham a

coordenação motora ampla e a orientação espacial, a discriminação auditiva.

4.3 EXPLORAR SONS E MOVIMENTOS ACOMPANHAR RITMOS LENTOS E RÁPIDOS

PREPARAÇÃO: As crianças em circulo, sentadas em posições.

EVOLUÇÃO: Provocar sons com o próprio corpo, soprar, estalar a língua, estalar os dedos,

bater os pés no chão, bater um pé no outro, bater palmas, bater as mãos no próprio corpo ou em

objetos, etc.

Provocar ruídos com materiais disponíveis no momento: lápis, caneta, caderno, giz, cadeira

(batendo, esfregando, puxando, arrastando etc.) Manipular objetos que provocam ruídos batendo,

sacudindo, raspando, amassando, apertando, utilizar objetos tais como: latinhas contendo pedrinhas ou

grãos, reco-reco, língua-de-sogra, folha de papel etc.

Fazendo movimento como saltar, andar etc, ao som de um estimulo sonoro, quando este cessar,

as crianças cessam o movimento. Bater palmas ao som de uma canção, parar assim que ela termine.

Dançar e parar sucessivamente, seguindo um estimulo sonoro (música e cantos). Acompanhar

estruturas rítmicas simples, movimentando as mãos e os dedos: batendo palmas, estalando os dedos.

Reproduzir ritmos variados: Com o próprio corpo, com palmas, batendo os pés no chão, as

mãos sobre a mesa etc. Com objetos: usando coquinhos, latinhas contendo pedrinhas ou grãos,

batendo o lápis sobre a mesa, etc.

CONTRIBUIÇÃO: Discriminação auditiva, coordenação motora e orientação temporal (noção

de ritmo).

4.3.1 ANDAR IMITANDO PESSOAS E OBJETOS

Page 67: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

PREPARAÇÃO: As crianças ficarão em filas e o professor irá coordenar a brincadeira.

EVOLUÇÃO: Imitar um velhinho, um cego atravessando a rua, uma pessoa distraída, um bebê

chorando, um robô, uma mãe carregando o filho no colo, alguém com muita pressa, um professor no

quadro de giz, etc.

CONTRIBUIÇÃO: Coordenação motora, observação, memória visual.

BRINCADEIRAS FOLCLÓRICAS

4.3.2 ATIREI O PAU NO GATO

Atirei o pau no gato, to

Mas o gato, to

Não morreu, réu, reu

Dona Chica, ca

Admirou-se, se

Do berro, do berro, que o gato deu, miau!

Dona Chica foi à polícia, cia

A polícia, cia

Não prendeu, deu, deu

Dona Chica, ca

Admirou-se, se

Do berro, do berro que o gato deu, miau!

COREOGRAFIA: formada a roda, as crianças circulam saltitando e cantando os versos. A

palavra final (miau) é a “senha” para que todos se agachem. Logo se levantam e repetem a

brincadeira.

CONTRIBUIÇÃO: Simbolizar em versos e melodias o que lhe inquieta, é uma forma de dar

um novo sentido às suas experiências.

4.3.3 CAPELINHA DE MELÃO

Capelinha de melão

É de São João

É de cravo, é de rosa,

É de manjericão.

São João está dormindo,

Não acorda, não.

Acordai, acordai,

Acordai João.

COREOGRAFIA: Formada a roda, as crianças entoam a 1ª estrofe, girando. Já a 2ª estrofe é

entoada com as crianças voltadas para o centro da roda, batendo palmas, paradas em seus lugares.

VARIANTE: Criança de olhos vendados no centro da roda. Acabada a cantiga, uma das

Page 68: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

crianças se aproxima da que está no centro e pergunta: “Quem sou eu?” Se for reconhecida, será a

próxima a ser vendada; se não, continua a mesma criança no centro.

CONTRIBUIÇÃO: Dormir e acordar concentram as atenções das crianças nos movimentos

desta canção. Ver representados no grupo social as ações que costumam realizar faz o brinquedo ser

considerado coisa séria.

4.3.4 O CRAVO E A ROSA

O cravo brigou com a rosa

Debaixo de uma sacada,

O cravo saiu ferido,

E a rosa despedaçada (ou despetalada).

O cravo ficou doente,

A rosa foi visitar

O cravo teve um desmaio

A rosa pôs-se a chorar.

COREOGRAFIA: São escolhidas duas crianças para representarem o cravo e a rosa, que vão

dramatizando o que os versos da cantiga propõe.

Ao término, escolhem seus sucessores.

CONTRIBUIÇÃO: Emprestar vida a seres inanimados é uma característica que identifica uma

fase do desenvolvimento infantil.

4.3.5 ESCRAVOS DE JÓ

Escravos de Jó

Jogavam caxangá

Tira, bota, deixa

O Zé Pereira ficar.

Guerreiros, com guerreiros.

Fazem zigue, zigue, zá.

Guerreiros, com guerreiros.

Fazem zigue, zigue, zá.

COREOGRAFIA: Formada a roda, as crianças permanecem paradas, podendo inclusive ficar

sentadas, com um objeto igual para todos, na mão direita. Ao ritmo da música, marcando os tempos

fortes, iniciam a brincadeira de passar o objeto que têm na mão direita para o vizinho da direita, e

receber com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda (se estiver de pé), trocando-o

rapidamente de mão.

Quando a letra diz “zigue, zigue, zá”, o objeto é retido na mão direita, e só passado para a

pessoa da direita na última palavra.

Quando a turma já estiver craque nesta modalidade vale tentar com “boca chiusa” (com a boca

fechada, fazendo um som nasal), substituindo o canto, depois pro assobio e por último, sem som

nenhum.

OBSERVAÇÃO: Quando o jogo é feito sentado (geralmente em torno de uma mesa), pode-se

usar somente a mão direita, largando-se o objeto sempre à frente do vizinho da direita. Vão saindo da

roda aqueles que se perderem no ritmo, ou passarem mal o objeto, que pode ser caixinha de fósforo,

Page 69: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

ou qualquer outro objeto que seja fácil de tomar com uma só mão. Para super cobras no jogo, pode ser

tentada uma rodada especial invertendo o sentido da brincadeira (para a esquerda).

CONTRIBUIÇÃO: Adultos e crianças do mundo inteiro utilizam a canção para facilitar as

trocas sociais. O poder comunicativo da música congrega as pessoas em atividades coletivas para fins

de lazer ou de trabalho.

4.3.5 FORMIGUINHA DA ROÇA

Formiguinha da roça endoideceu

Com a dor na barriga que deu

Ai, ai pobre formiguinha.

Põe a mão na barriga

E faz assim e faz assim (retorcer-se)

COREOGRAFIA: Formando a roda, as crianças obedecem à ordem da letra e fingem dor

(retorcer-se), obedecendo também ao comando (faz assim...)

Podem ser modificadas as partes do corpo citadas, tanto quanto pode ser colocada uma

criança que escolher para substituí-la.

CONTRIBUIÇÃO: A criança precisa sentir-se livre para pensar por si mesma e encontrar

uma forma de representar, pela ação, o que a imaginação lhe sugere. Nas atividades de expressão

livre, a letra alimenta a imaginação, e a melodia promove e sustenta a expressão do gesto.

2.2 DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA: EMOCIONAL/AFETIVO,

PSICOLÓGICO, SOCIL E MOTOR

Qualquer pessoa que estude crianças defronta-se com certas questões fundamentais. E

essas questões têm sido discutidas por filósofos, teólogos e educadores.

Esta questão é a conhecida controvérsia do meio. Alguns cientistas acreditam que a

grande parte do comportamento humano seja guiada pela formação genética, maturação fisiológica e

funcionamento neurológico. De acordo com seu ponto de vista, aspectos universais do

desenvolvimento, como o surgimento do andar, falar e responder às pessoas podem ser mais bem

explicados como resultados das diferenças genéticas e fisiológicas.

No outro extremo, os ambientalistas salientam a influência do ambiente físico e social

sobre os padrões de desenvolvimento. Acreditam que as crianças respondem às pessoas e objetos que

a cercam e que as mudanças no desenvolvimento resultam em grande parte da experiência. Portanto

os programas de educação infantil que proporcionem boas experiências de aprendizagem devem levar

a melhoria em desempenho.

Vários filósofos formaram teorias sobre a natureza da meninice, da mente,

desenvolvimento e educação da criança. Cada um ofereceu conselhos a pais e mestres. Locke

acreditava que as crianças deviam ser treinadas através de recompensas e punições desde os mais

tenros meses de vida. Em contraste, Rousseau, acreditava que a criança era por natureza, uma

exploradora ativa com enormes potencialidades, as quais seriam realizadas se os adultos não se

metessem demais.

Durante este período houve uma forte influência sobre a psicologia do desenvolvimento

que se seguiu. Estava se tornando conhecida a teoria psicanalítica de Freud e suas hipóteses sobre a

importância de experiências iniciais, começaram a permear o modo de pensar de muitas pessoas.

Page 70: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

Watson (1967), efetuou alguns experimentos usados na teoria da aprendizagem.

“Dêem-me uma dúzia de bebês saudáveis, um mundo se-”.

segundo minhas especificações para criá-lo, e eu garanto tomar qualquer

um deles aleatoriamente e treiná-lo para

tornar especialista na área que eu escolher – médico, advogado, comerciante

e claro até pedinte ou ladrão,

não importando seus talentos, pendores, habilidades, vocações e a raça de

seus ancestrais.”(p. 136)”.

Piaget começou suas investigações sobre o desenvolvimento intelectual das crianças. Por

fim esses movimentos teóricos formaram a espinha dorsal da moderna psicologia infantil.

Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu, um novo tipo de psicólogo, que abordava o

estudo da criança um ramo da psicologia experimental.

Esses psicólogos estavam interessados não apenas em descrever comportamento, mas

também em predizer e explicar as razões das ações das crianças.

Neste período, preferiam experimentos de laboratório nos quais pudessem controlar todos

os aspectos de uma situação ao invés de observação naturalística. Argumentavam que haviam várias

influências não controladas nas situações naturais para que se pudessem tirar quaisquer conclusões

sobre quais destas influências eram importantes. Brandura (1969), conduziu um conjunto de

experimentos, investigando o comportamento imitativo das crianças. Em um estudo ele testou a

hipótese teórica de que as crianças imitariam mais um adulto amigo do que um fosse distante. Ele

estudou situações experimentais em que algumas crianças tinham interações afetuosas e amistosas

como um adulto.

A psicologia americana redescobriu a teoria de Piaget no desenvolvimento cognitivo, suas

idéias influenciaram pontos de vista básicos sobre a criança. Piaget estava interessado em aspectos

universais no desenvolvimento infantil e acreditava que o desenvolvimento resultava da interação

entre as mudanças de caráter maturacional à experiência. Propôs quatro estágios do conhecimento

cognitivo, pelos quais todas as crianças passam.

Uma outra tendência dos últimos anos é tentar relacionar o comportamento social das

crianças e seus desenvolvimentos cognitivos. Em períodos anteriores, os pesquisadores tendiam a

estudar as mudanças cognitivas na medida em que estas afetavam a aprendizagem, o desempenho

escolar e aspectos semelhantes. O comportamento social e emocional, eram tratados como um assunto

não relacionado. Hoje, torna-se evidente que as cognições sociais das crianças, ou maneiras de pensar

a respeito de situações sociais e questões morais, ajudam a determinar o comportamento social.

Os psicólogos voltaram a se preocupar com aplicações sociais do conhecimento adquirido

a respeito das crianças.

O desenvolvimento cognitivo da criança é seqüencial e caminha de estruturas mais

simples para a estrutura mais complexa.

A inteligência por fases-estágio em que são os mesmos para todos os indivíduos e se

sucedem na mesma ordem. Essas fases são caracterizadas por estruturas mentais diferentes

construídas pelo próprio sujeito em interação com o mundo que o cerca. O processo de formação

constitui o próprio desenvolvimento, para Piaget, pode ser conceituado como um processo de

equilibração progressiva que tende para uma forma final, qual seja a conquista das operações formais.

Na primeira infância as propostas didáticas devem estar voltadas para a ação. Além de

todas as ações reais ou materiais que são capazes de efetuar, a criança torna-se capaz de reconstruir

suas ações passadas sob formas de narrativas, e de antecipar suas ações futuras pela representação

verbal. Daí resultam conseqüências essenciais para o desenvolvimento: a socialização, aparição de

pensamento propriamente dita, desenvolvimento de sentimentos, afetividade interior.

A criança está se tornando mais competente nas áreas de cognição, inteligência.

Page 71: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

Desenvolve a capacidade para usar símbolos em pensamento e ação, consegue lidar mais

eficientemente com conceitos tais como: idade, tempo, espaço e moralidade. No entanto não separa o

real do irreal, e grande parte de seu pensamento é egocêntrica. É incapaz de considerar totalmente o

ponto de vista de outra pessoa.

2.3 O QUE OS REFERENCIAIS CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL,

DIZEM SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS BRINCADEIRAS NA PRÉ-ESCOLA.

No Referencial Curricular para a Educação Infantil, (RCNEI), brincar é uma das

atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança,

desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado

papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem

desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a

imaginação.

Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da

utilização e experimentação de regras e papéis sociais.

A diferenciação de papéis se faz presente, sobretudo no faz-de-conta, quando as crianças

brincam como se fossem o pai, a mãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões, etc.; imitando

e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências, a fantasia e a imaginação são

elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, sobre o eu e

sobre o outro.

No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imaginação de uma pessoa, de

uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis

para elas no momento e que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras

circunstâncias. Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de

imitar a vida como também de transformá-la. Os heróis, por exemplo, lutam contra seus inimigos, mas

também, pode ter filhos, cozinhar e ir ao circo.

Ao brincar de faz-de-conta, as crianças buscam imitar, imaginar, representar e comunicar

de uma forma especifica que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser personagem, que

uma criança pode ser um objeto ou um animal, que um lugar “faz-de-conta” que é outro.

Quando utilizam a linguagem do faz-de-conta, as crianças enriquecem sua identidade,

porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas

e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens.

Na brincadeira, vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de

convivência assim como a elaboração de um sistema de representação dos diversos sentimentos das

emoções e das construções humanas. Isso ocorre porque a motivação da brincadeira é sempre

individual e dependem dos recursos emocionais de cada criança que são compartilhados em situações

de interação social. Por meio da repetição de determinadas ações imaginárias, que se baseiam, mas

polaridades presença/ausência, bem/mal, prazer/desprazer, passividade/atividade, dentro/fora,

grande/pequeno, feio/bonito, etc.; as crianças também podem internalizar e elaborar suas emoções e

sentimentos, desenvolvendo um sentido próprio de moral e de justiça.

Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja

riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais

voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta.

A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que

é o não brincar. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que

aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver

consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu

conteúdo para realizá-la.

Para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus

companheiros e os papéis que irão assumir no interior da um determinado tema e enredo, cujo

Page 72: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

desenvolvimento depende unicamente da vontade de quem brinca.

Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as

crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhes são importantes e

significativos. Proporcionando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem

representar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os

diversos conhecimentos.

O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas

pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: os

movimentos e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física da criança; a

relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e a associação entre eles;

a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar:

os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o

universo social se constrói; e finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo em um recurso

fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades

básicas, quais sejam, brincar de faz-de-conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental

da qual se originam todas as outras; sendo elas jogos de construção e aqueles que possuem regras.

E o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturas

o campo das brincadeiras na vida das crianças, conseqüentemente é ele que organiza sua base

estrutural por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e

arranjo dos espaços e do tempo para brincar.

Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos

processos do desenvolvimento das crianças em conjuntos e cada uma em particular, registrando suas

capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e

emocionais que dispõem.

A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças,

oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar permite o

enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor

organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar as

crianças à possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou

os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoas e independente suas

emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.

É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e

estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas dos conhecimentos, em atividades

espontâneas e significativas. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que possuem

regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças

não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão.

CAPÍTULO III – BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA PRÉ-ESCOLA

Com este capítulo estaremos, entretanto em contato com profissionais que atuam na área

de Educação Infantil, possibilitando assim uma troca de experiências. Através de uma pesquisa de

campo em uma realidade diferente da nossa estaremos investigando suas opiniões sobre a

contribuição dos brinquedos e brincadeiras para as crianças em idade pré-escolar. A partir dessa

pesquisa e da nossa vivência do dia-a-dia estaremos também fazendo um apanhado das dificuldades

que as crianças apresentam no inicio do ano e o que melhorou após trabalhar com brincadeiras.

3.1 PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo foi realizada nas escolas Manoel Osório e Pré-Escolar Pinóquio,

Page 73: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

sendo as mesmas situadas no município de Seringueiras - RO, com profissionais que atuam na área da

Educação Infantil.

Foi elaborado por nós um questionário e este foi passado aos profissionais para relatarem

suas experiências no dia-a-dia, sobre a evolução das crianças no decorrer do ano letivo.

3.1.1 RESPOSTAS DO PROFESSOR “A”

Além de proporcionar prazer à criança aprende brincando. É nessa fase que se deve

trabalhar lateralidade para que a criança não apresente dificuldades na escrita e na leitura futuramente.

A função educativa do jogo é oportunizar a aprendizagem da criança, porque os jogos são desafios e

para aprender é preciso desafiar com prazer. O professor deve dar oportunidade a todos na hora da

brincadeira, sempre incentivando os mais tímidos, conversando com aqueles que não querem

participar e estar atento criando situações para que todos participem.

Alguns professores têm consciência que brincar faz parte e são necessários na

aprendizagem, outros vêem como um passatempo.

3.1.2 RESPOSTAS DO PROFESSOR “B”

O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da criança.

Desenvolve o raciocínio, interação, utiliza a linguagem simbólica. Vendo, e fazendo atividades, com

sucata, objetos. O jogo criativo desenvolve a percepção, raciocínio, e desenvolve a interação entre

colegas, cada um pensa em confeccionar suas atividades de maneira mais eficaz, ou melhor, isso ajuda

sua aprendizagem com certeza.

O incentivo na hora de brincar é essencial, para que todos participem principalmente

aqueles mais tímidos, para que ele se socialize entre eles, e interagem melhor uns com os outros.

A brincadeira é vista como um instrumento didático, que desenvolve habilidades, pode se

imaginar a organizar. O brincar é concebido como uma atividade que permite que as crianças relaxem,

através da dispersão de energias, contidas em classe. A brincadeira recupera fisicamente o lado

emocional das crianças.

3.1.3 RESPOSTAS DO PROFESSOR “C” A brincadeira contribui para o melhor desenvolvimento da aprendizagem, pois brincando

a criança aprende melhor. Quando existe jogo existe competição. E a criança adora competir, e isso

fará com que a aula tenha mais participação e interesse. O professor deve procurar dar oportunidade

para todos, envolvendo jogos e brincadeiras que todos possam participar. Muitas vezes a brincadeira é

deixada de lado por falta de espaço adequado ao tipo de brincadeira.

3.1.4 RESPOSTAS DO PROFESSOR “D” O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da criança, as

brincadeiras podem desenvolver a atenção, a imitação, a memória e a imaginação.

Através de brincadeiras e jogos, as crianças aprendem a respeitar regras, resolver

conflitos, interagir, ser criativas. No jogo deve se procurar fazer com que todos participem,

principalmente aqueles mais tímidos, para que se relacionem com seus colegas. O jogo é conhecido

como uma atividade fundamental para a aprendizagem da criança.

3.1.5 QUE TIPOS DE DIFICULDADES AS CRIANÇAS APRESENTAM NO INICIO DO

ANO LETIVO O ingresso na pré-escola representa para a criança um marco em seu desenvolvimento,

pois é a etapa em que ocorre a separação, por certo período de tempo diário da família e, mais

especificamente da mãe. Ela será integrada a um novo meio sociais, através do relacionamento com

outras crianças e adultos, onde estabelecerá as primeiras normas em sociedade, ou seja, os primeiros

Page 74: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

processos de socialização.

Nesse início de adaptação e socialização na escola, a criança encontra algumas

dificuldades de socializar-se, de fazer amigos, são egocêntricas e querem tudo para si, algumas não

controlam suas emoções, gritam e choram para obter aquilo que querem, gostam de ouvir estórias,

mas não usam a imaginação para criar as suas próprias, se prendendo aquelas que lhe contam, se

retraem quando participam de brincadeiras dirigidas e quando brincam sozinhas não se soltam, outros

não aceitam regras, são violentos e resolvem tudo na força bruta, não utilizam sua criatividade diante

dos brinquedos, quando se trata de blocos de montar, se perguntamos o que estão fazendo, não dão

uma resposta exata, montam desordenadamente, empilham e derrubam blocos, brincando por brincar.

Algumas crianças precisam estar recebendo estímulos para o fortalecimento de sua auto-

estima e têm dificuldades em dar opiniões e seu ponto de vista sobre determinados assuntos por não

ser talvez em casa incentivada a isso.

Outras não se interessam pelas próprias produções ou dos colegas e até seu vocabulário

precisa ser ampliado. Correr, pular, girar, subir em objetos, pendurar, se equilibrar, estão ligados ao

domínio do corpo e na construção de sua autonomia, e são uma das grandes dificuldades que

observamos em alguns alunos no inicio do ano, sendo que ação física é necessária para que a criança

harmonize suas potencialidades motoras, afetivas e cognitivas.

Trabalhar em grupo se torna difícil quando as crianças ainda não adquiriram o senso de

cooperação, crianças mais hábeis monopolizam e acabam fazendo tudo excluindo os demais que não

se esforçam em participarem, muitos não aceitam atividades competitivas e choram quando se sentem

derrotados outros não se sentem competentes para competir e nem sequer tentam, não vencem

obstáculos, não gostam de desafios, são inseguros, enquanto algumas crianças gostam de desafiar e

ser desafiadas. Não adquiriram ainda o senso de responsabilidades, se brincam não ajudam a guardar

os brinquedos, não cuidam de suas coisas, são desorganizadas, impacientes, não esperam sua vez para

falar e ouvir, não cooperam nas atividades, enjoam fácil do que estão fazendo, não se interessam pelos

aspectos da natureza, ou seja, não os compreendem.

A criança traz de casa alguns conflitos que podem atrapalhar o seu desenvolvimento e elas

não estão no momento preparada para vencer esses conflitos, mas quando utilizados recursos como

cena, jogos, histórias, figuras, desenhos, vivências, representações podem servir como meios para

tentar vencê-los.

A criança vive num mundo de fantasias que deve ser explorado, o professor precisa fazer

os alunos acreditarem que ele também acredita nesse mundo por isso muitas vezes faz com que a

criança se sinta pequena diante do professor que vive um mundo diferente do dele.

Existem momentos na vida da criança, em que ela ainda não consegue dissociar suas

fantasias e a realidade da qual participa. Ao mesmo tempo em que conhece e aceita o que constata a

sua volta, crê que pode ter ilusões e mergulha na fantasia, a criança se confunde entre aceitar a

realidade e viver no sonho. É o brinquedo que ela fortifica sua confiança.

3.1.6 APÓS TRABALHAR COM BRINQUEDOS O QUE MELHOROU? No inicio brincar para as crianças não era novidade já que criança brinca a todo o

momento, mas com o tempo passaram a criar gosto pelas brincadeiras, a cada dia procurávamos estar

renovando os repertórios para que não se tornassem cansativos. Os conteúdos passados em formas de

brincadeiras se tornaram uma estratégia de ensino. Os blocos lógicos que eram empilhados e

derrubados somente passaram a ter critérios de seleção, como empilhar por cores, por formas, por

tamanhos e cada um foi estabelecendo regras e usando a imaginação criam castelos, casas, prédios,

aviões, números, letras e muitas outras coisas. Pulando cordas, imitando os animais que sobem em

árvores, nadam, saltam e muitos outros movimentos que fortalecem a coordenação e os tornam aptos

para escreverem e a situarem-se no tempo e no espaço.

Brincar permite o contato com os colegas auxiliando-os no relacionamento, superando

assim aquele retreinamento. Pegar na mão, sentir seu colega ajudou-os a compreenderem a si mesmos,

Page 75: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

sair do individualismo, entenderem que existem outras pessoas ao seu redor que precisa ser ouvida,

que tem vontades, compreendem que na vida ora ganhamos, ora perdemos, que gritar, espernear,

chorar não resolve, é preciso haver diálogo, é preciso respeitar regras. Quando esperam sua vez de

jogar, de falar e de ouvir estão respeitando os colegas que facilitou o trabalho em grupo, passaram a

acreditar mais neles mesmos e nos colegas, a cooperação entre eles aumentou, o senso de

responsabilidades, brincou, guardou, no cuidado com suas coisas e a dos colegas também

progrediram. A interação com os colegas, o ambiente de descontração auxiliaram no desenvolvimento

de sentimentos de confiança e de auto-estima.

Até mesmo quando brincam espontaneamente, seja com massa de modelar, areia ou

blocos de montar, estão fazendo letras, números, animais e outros assuntos relacionados às aulas

anteriores, é raro ver uma criança que não queira participar de alguma atividade seja ela qual for, cada

um toma seu papel nas brincadeiras seja dramatizando estórias ouvidas, seja fatos da vida real e

passam horas entretidas em suas fantasias.

Com o tempo estão mais atentos, dão opiniões quando solicitados e já não desconversam

tanto os assuntos como antes faziam, se interessam por fatos de sua vida, sua cidade, sua família, o

mundo em que vivem, através das brincadeiras, ligando o real ao imaginário conhecem o mundo

através do faz-de-conta, simulam o real e incorporam verdadeiramente os papéis sociais.

Percebemos que para que brinquem não é necessário um brinquedo caro, pois até a areia

se torna mais interessante quando usam a imaginação, uma cadeira se transforma em algo

extraordinário capaz de transportá-los aonde quer que queiram ir os que permitem a todos a diversão,

indiferentemente de sua posição social. É super interessante observá-los brincar e participar desse

mundo da imaginação que os ajudamos a acreditar através das estórias contadas, mas auxiliando-os no

contato com sua realidade social.

As crianças criam suas regras, trazem brincadeiras de casa e a todo o momento estão

fazendo comparações, tipo qual é o maior, vamos ver quem pula mais alto e outros. Sentem prazer em

aprender. Brincar facilitou este caminho, eles nem sentem que estão aprendendo, garantiu um

equilíbrio tanto motor como social e emocional em muitas crianças que apresentaram estas

dificuldades. Já programam a rotina da aula, sabem questionar para se chegar a um consenso, se

expressam com mais clareza, falam o que pensam, sabem até onde podem chegar, o que é permitido e

o que não é.

Pular, correr, puxar gritar, cantar, essa expressão do corpo nos jogos de brincadeiras

consegue se estruturar de modo mais seguro e tranqüilo nas atividades que não requerem tanta

movimentação, levando-se em conta que alguns são mais agitados e outros menos e que tem uma

energia inesgotável, nessa fase o que leva a não focarem muito tempo envolvidos em uma única

atividade.

Algumas crianças amadurecem, não são tão agressivas, não se opõem tanto quando se

muda de atividade, aceita o professor (o adulto) como um parceiro de brincadeiras, algumas que se

retraíam já aceitam atos de carinho o que possibilita um contato maior do professor com este aluno,

entendendo-o e intervindo em sua aprendizagem.

As brincadeiras permitem à criança realizar ações concretas, reais, relacionadas com

sentimentos. Por isso a agressividade não desapareceu por completo das brincadeiras, pois as crianças

exprimem seus sentimentos, assim, brincando, a criança vai aos poucos organizando também suas

relações emocionais.

CAPÍTULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Neste capítulo são apresentadas as conclusões e recomendações, resultantes das pesquisas

elaboradas através dos embasamentos teóricos e contato com outros profissionais, buscando assim

responder as questões elaboradas no Capítulo I.

Page 76: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

5.1 CONCLUSÕES Através do contato com autores e profissionais da área de educação infantil em nossa

experiência na área, concluímos que utilizar a brincadeira e brinquedos como promoção do

desenvolvimento da aprendizagem é de suma importância, pois toda a ação humana envolve a

atividade corporal. A criança é um ser em constante mobilidade e utiliza-se dela para buscar

conhecimento relacionando-se com objetos e pessoas. A ação física é necessária para que a criança

harmonize de maneira indagadora as potencialidades motoras, afetivas e cognitivas.

A criança se movimenta nas ações do seu cotidiano e se lavarmos isso em consideração

veremos que as brincadeiras podem estar presentes na rotina das pré-escolas tanto quanto estão

presentes na vida doméstica da criança e os professores que utilizam essas brincadeiras em seus

planejamentos poderão estar criando propostas de atividades de maneira a conhecer o modo de pensar

e agir de cada criança como forma de aproveitar esses constantes movimentos associando saber com

sabor.

É necessário que a criança brinque para expressar suas fantasias, desejos e experiências,

pois o mundo do faz-de-conta é possível dominar suas angústias e seus medos, aumentar suas

experiências e aprender que é permitido errar e tentar de novo, sem críticas promovendo sua

criatividade e favorecer para a expressão de sua personalidade.

Há crianças que são sobrecarregadas de afazeres domésticos, sua vida é preenchida por

coisas sérias que não permitem brincar. Há outras que são deixadas de lado, não recebem estímulos,

não brincam seja por descaso de adultos ou pelo material que a cerca, e é na escola que ela brinca e

usa a imaginação e a criatividade, é nesse espaço que ela pode ser criança.

Brincar é uma atividade prazerosa e altamente criativa. Fazer um brinquedo e vê-lo tomar

forma e funcionar é o caminho mais eficaz para desenvolver a habilidade manual e a criatividade.

Quando brincamos tudo vale, podemos transformar o erro em um acerto e até uma solução nova que

dará origem a outro brinquedo, com isso estamos criando.

A brincadeira na educação infantil é muito importante tanto que as escolas estão

investindo nelas como meios para uma aprendizagem significativa de modo que sintam o prazer de

aprender, e também como forma de resgatar o ato de brincar por muitos já esquecidos. Os pais andam

ocupados, não tiram tempo para seus filhos, preferem deixá-los em frente à televisão ou comprar-lhes

brinquedos que não lhes permitem usar a imaginação, esquecem que olhar, tocar, curtir, montar,

desmontar, correr, pular, experimentar, se movimentar, faz parte do ser criança, e que podem ser

explorados na escola.

Os brinquedos e brincadeiras contribuem na formação do indivíduo e os professores

podem aprimorar sua prática pedagógica incorporando atividades lúdicas a sua rotina, isso com

certeza irá garantir para a criança progressos em que desenvolvimento. As brincadeiras ultrapassam os

limites da atividade física, ela se baseia numa certa imaginação da realidade, onde a criança tem a

liberdade de criar, de ser um personagem, de viajar sem sair do lugar, dramatizar, fazer parte de um

cenário. A brincadeira é um meio fundamental para a criança resolver problemas emocionais que

fazem de seu desenvolvimento, um meio dela compreender o mundo em que vive.

Iniciamos essa pesquisa na intenção de verificarmos a contribuição dos brinquedos e das

brincadeiras no desenvolvimento das crianças em idade pré-escolar e aprendemos muito no desfecho

dela. Vimos que a brincadeira é algo que pertence à criança e um dos assuntos mais importantes em se

tratar no diz respeito ao desenvolvimento infantil é brincar.

Através das brincadeiras, ela começa a aprender como o mundo funciona, a criança se

expressa pelo ato lúdico.

À medida que as crianças crescem, seus pensamentos se desenvolvem e intensifica-se

também seu processo de socialização, as crianças aprendem como lidar com respeito mútuo, partilhar

seus brinquedos, dividir tarefas e tudo aquilo que implica uma vida coletiva o que torna mais fácil o

trabalho dos professores que com eles convivem.

Porém dentro do conceito que a pré-escola deve oferecer melhores condições para o

Page 77: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

desenvolvimento da criança, brincar é uma realidade do dia-a-dia das crianças, e para que elas

brinquem é suficiente que não sejam impedidas de exercitar sua imaginação.

A imaginação é um instrumento que permite a criança relacionar suas necessidades e

interesses de um mundo que pouco conhecem e que estão ansiosos, cheios de curiosidades para

compreendê-lo, é um meio que utilizam para entender o mundo dos adultos. Brincando ela investiga,

conhece a si mesma, reflete, organiza, desorganiza, destrói o mundo a sua maneira. Impedir uma

criança de brincar é tirar dela a oportunidade de construir o seu conhecimento e se é brincando que ela

adquire esse conhecimento podemos concluir que brincar na pré-escola é essencial para a preparação

dessa criança, em seus primeiros contatos com a escola e que se forem, bem trabalhados

permanecerão por toda a vida, pois, é a base de sua estrutura educacional.

5.2 RECOMENDAÇÕES AOS EDUCADORES Recomenda-se que todas as instituições de ensino pré-escolar sejam utilizadas atividades

lúdicas, e toda ou qualquer atividade que se direcione a brincar estarão colaborando para que as

crianças sejam mais felizes, preparando-as para que se tornem seres humanos acolhidos pelos colegas

e pelo mundo em geral, proporcionando conhecimentos por meio de aulas de recreação educativas.

Brincar contribui e muito para o desenvolvimento dos educandos não só na educação infantil, mas no

decorrer de sua vida escolar.

ANEXOS

PERGUNTAS DA PESQUISA DE CAMPO

1. Qual a sua opinião sobre a contribuição das brincadeiras e brinquedos no desenvolvimento da

criança em idade pré-escolar?

2. Para você a função educativa do jogo oportuniza aprendizagem da criança? Sim ou não, e por

quê?

3. Quando você brinca com sua turma, você oportuniza a todos participarem da brincadeira?

Como?

4. Como é vista a brincadeira na sua escola pelos professores de alfabetização?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica. Técnicas e jogos pedagógicos. Ed. Loyola. São

Paulo, Brasil 1974.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação

infantil. Vol. 1 e 2. Brasil: MEC / sef, 1998.

FRIEDMAN, Adriana. et al. O direito de brincar a brinquedoteca. São Paulo. Scrita 1992.

MEDEIROS, Ethel Bauzer – jogos para recreação infantil, Rio de Janeiro, Fundo de Cultura 1967.

RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem segredo: eventos escolares. Contagem, MG: IEMAR, 1999.

REVISTA CRIANÇA, Brinquedos e Infância, como surge o arco íris. A Lição do Ciro. Vol. 37

pág. 7 Brasília DF. Novembro 2002.

RIZZI, Leonor e Haydt Regina Célia – atividade lúdica na educação da criança.

RODRIGUES, José Pereira. Cantigas de roda, Porto Alegre, RS: Magister, 1992.

VYGOTSKY, Lev Semenovich – A formação social da mente. São Paulo. Martins Fontes, 4ª ed.

1991.

Page 78: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.

WAJSKOP, Gisela – Brincar na pré-escola. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1999.

WESTON, Denise Chapmane Marks – Aprender brincando 1996 by.

WWW. Cecnelutork. Ca / maplebear alt/br/parent/method.htm.

Page 79: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.
Page 80: A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E DOS BRINQUEDOS NA …api.ning.com/files/b4acUknEfrxafLdV2KIKyUmyH*H0STpHs... · Identificar jogos e brincadeiras utilizados na Educação Infantil.