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A construção do sucesso Em seu Encontro Anual, empresas Solví reafirmam metas de crescimento e integração em torno dos valores do grupo Ano III - número 6 novembro de 2008 a janeiro de 2009

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A construção do sucesso Em seu Encontro

Anual, empresas Solví reafirmam metas de crescimento e

integração em torno dos valores do grupo

Ano III - número 6novembro de 2008a janeiro de 2009

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Sumário

A revista Solví é uma publicação trimestral interna, editada pela Superintendência Estratégica de Talentos do grupo Solví.

Os textos assinados por articulistas não traduzem necessariamente a visão da empresa.

Presidente: Carlos Leal Villa | Diretor Técnico: Tadayuki Yoshimura | Diretor Financeiro: Ricardo Froes

Diretor de Saneamento: Masato Terada | Diretora Corporativa: Célia Francini

Gerenciamento: Carlos Balote | Coordenação: Fernanda Curcio

Edição, reportagem e textos: Nilva Bianco (MTb 514/SC) | Fotografia: Marcello Vitorino (Mtb 27.290/SP)

Projeto editorial e gráfico: Fullpress – textos, fotos & idéias

Colaboradores: Julio Sérgio Cardozo (artigo), Rabiscos (ilustrações), Rafael Escudeiro e Thais Escudeiro (revisão espanhol)

Capa: arte sobre fotos de Marcello Vitorino/Fullpress | Impressão: D’Lippi Print | Tiragem: 1.800 exemplares

Comentários e sugestões: Rua Bela Cintra, 967, 10º andar, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01415-000 | e-mail: [email protected] www.solvi.com

TIAGO QUEIROZ/FULLPRESS

Plantio de mudas no Parque Trianon, em São Paulo, durante o Dia do Voluntariado

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Raul Velloso falasobre origens e desdobramentos da crise

Entrevista

GRI fecha contratos em novos segmentos

Mercados e Negócios

Os projetos vencedores do Prêmio Solví de Inovação

Corporativo

Programa Liderar estimula projetos bem-sucedidos

Corporativo

18 Dia do Voluntariado promove ações solidárias em todo o país

Instituto Solví

23 Notas

17 Ecopontos trocam lixopor créditos em Manaus

Práticas de Sucesso

20 A atuação da Essencisem Curitiba

Lugares

22OpiniãoJulio Sérgio Cardozo destaca os pilares da excelência

24 Em foco

O Encontro Anual Solvíe as perspectivas do grupo para 2009

Capa

16 Áreas de suporte implantam Programade Qualidade

Corporativo

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editorial

A situação econômica está em toda a mídia, paira sobre nossas cabeças como uma entidade ameaça-dora e apo calíptica. É essa a sensação que temos diante do tom dramático dado à desaceleração econômica mundial nos últimos meses. O mundo exibia índices exuberantes de crescimento nos últimos seis anos, e todos estavam felizes. Mas, diante do estouro de várias “bolhas”, a começar pelo mercado imobiliário norte-americano, pas-samos a viver numa falta de confiança financeira.

A economia poderá crescer menos que no úl-timo ano. Devemos olhar isso como um “freio de arrumação” para que os mercados se re-estruturem dentro de condições mais rea listas e sustentáveis.

Nós da Solví vemos esse momento sem assombro e até mesmo com otimismo, pois acreditamos que é nos perío-dos de dificuldade que nos fortalecemos, na medida em que temos que refletir sobre nossa atuação, sendo mais criativos, pró-ativos e produtivos.

Temos uma meta estabelecida para 2012, de dobrar nosso faturamento. Ela permanece a mesma, pois não foi erguida sobre bolhas ou nuvens, mas sim a partir de possibilidades concretas nos vários segmentos em que atuamos: trata-mento e gestão de resíduos, limpeza urbana, engenharia, saneamento e valorização energética a partir de fontes reno váveis. A sustentabilidade ambiental é uma questão que a sociedade não pode mais ignorar, e que está ligada à sobrevivência da economia, do planeta, dos seres humanos. E o que fazemos na Solví diz respeito a tudo isso.

Nosso desafio para 2009 e para os anos que virão, portanto, é continuar a fazer exatamente o que já vínhamos fazen-do: oferecer serviços cada vez melhores aos nossos clien-tes, com entusiasmo, espírito inovador e visão de equipe, cientes de que trabalhamos todos pelo mesmo objetivo, o de criar soluções para a vida.

Acreditamos tanto no futuro de nossos negócios no Brasil e na América Latina que a partir desta edição a Revista Solví passa ser bilíngue, para que nossos colaboradores do Peru melhor possam compartilhar das boas notícias que ainda publicaremos.

Carlos Leal VillaPresidente da Solví

umfuturodeoportunidadeS

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O tema foi trabalho em equipe, e o que se viu no Encontro Anual 2008 da Solví foi

um time vencedor na integração, no dinamis-mo, na inovação e nos resultados.

Organizado pela Superintendência Es-tratégica de Talentos, o evento, realizado de 14 a 16 de dezembro em Atibaia (SP), mes-clou em sua agenda ações de fortalecimento da identidade corporativa, de reconhecimento e confraternização com apresentações das empresas e das áreas da holding, além de demonstrações esportivas de aikido, bas-quete, ginástica rítmica, badmington e outras, que reforçaram conceitos como sinergia, ética e ex-celência.

“O tema trabalhado pelo encontro, ‘Time Solví’, está alinhado com nosso principal objetivo, de construir um time de sucesso para atingirmos as metas estabelecidas a partir do planejamento estratégico”, diz Carlos Balote, responsável pela Supe rintendência Estratégica de Talentos.

ApresentaçõesDosadas ao longo dos três dias, as apresentações

das empresas do grupo expuseram as realizações de

2008 e metas para os próximos cinco anos (veja na página 6). Também as várias dire-torias da holding puderam comparti lhar

seus projetos e diretrizes. Célia Fran cini, da Diretoria Corporativa, falou sobre go-vernança corporativa e sobre a adoção do balanced scorecard a partir de 2009,

Cláudia Sérvulo reforçou as novas priori-dades e atividades do Instituto Solví, Tadayuki Yoshimura (Diretoria Técnica) anunciou o resultado da 2ª edi ção do prêmio Solví de Inovação (veja os pro-

jetos nas páginas 10 a 13), enquanto Ricar-do Froes e Masato Terada, das diretorias Finan-

ceira e de Saneamento, apresentaram seus resultados e projetos.

Vestindo a camisa do Time Solví, nossos “atletas” ain-da tiveram oportunidade de mostrar sua integração nos campos e nas quadras, em jogos e torneios onde o desafio maior de cada um era lidar com as próprias limitações. No último dia, o ex-jogador de basquete Oscar compartilhou com todos os presentes um emocionante depoimento de vida, lembrando que a vitória exige muita dedicação e união.

reviStaSolví|novemBrode2008aJaneirode2009

Encontro anual reforça conceito de trabalho em equipe e apresenta planos para o crescimento do grupo nos próximos anos

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Um grande time

Capa

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Um grande time

FOTOS: MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

“Gostei da mensagem do Villa, que nos trouxe a certeza de que vamos atingir nossos objetivos, e também

da palestra do Oscar, mostrando que com determinação chegaremos

lá. As atividades esportivas traziam sempre a mensagem de que o

trabalho em equipe e a soma de esforços são importantes para

construirmos um grupo sólido e atingir nossos objetivos com mais

facilidade.”

Valnei Nunes, diretor geral da Relima

“O evento proporcionou momentos de integração entre colaboradores de todo grupo, e tanto os assuntos

abordados quanto as atividades apresentadas foram de encontro

ao tema “Time Solví”. Me senti orgulhoso de fazer parte deste

time, e tenho certeza que o evento contribui para motivar e

reter os talentos necessários para cumprimento de nossas metas.”

Carlos Konishi, gerente técnicoda Vega Engenharia Ambiental

Participar do Encontro Anual é muito gratificante para quem veste

a camisa da Solví. Nele ficamos sabendo detalhes do desempenho

de cada empresa do grupo, das inovações e do que podemos esperar/batalhar para o futuro.

Interagimos com pessoas de diversas áreas e empresas, trocamos idéias,

experiências, tudo isso entremeado com muitas brincadeiras e

atividades bem boladas pela equipe organizadora, que está de parabéns.

Para mim o maior destaque foi a idéia do Time Solví. E time lembra

paixão...

Tadeu Coqueiro, gerente deoperações da Vega Salvador

“Este foi o primeiro Encontro Anual do qual participei, e o que vi foi um evento bem idealizado e realizado;

todas as atividades e reflexões confluíram para um mesmo ponto:

a idéia de que fazemos parte de uma equipe, de que somos um time

com valores e objetivos comuns. Também conheci muitas pessoas,

de várias empresas, foi uma grande oportunidade de integração.”

Cristina A. Rodrigues, gerente comercialda Águas do Amazonas

Apresentação de nado sincronizado

da equipe do Corinthians

Equipes disputam partida de “vôlei de pano”

A partida de futebol: coordenação e harmonia foram essenciais pasra evitar tombos

A empolgante palestra do ex-jogador de basquete Oscar

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MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

Águas do amazonasEncerrou 2008 com 100% das metas contratuais cumpridas e investimentos de R$ 100 milhões, o maior nível desde o início da concessão. Foram concluídas as obras do plano de expansão do abastecimento de água, que elevou o ín-dice de cobertura dos serviços para 95% da população, en-quanto a cobertura dos serviços de esgoto chegou a 11%. A receita bruta foi de R$ 205 milhões. Para 2009 o objetivo é investir em uma série de ações, entre elas a redução das perdas comerciais e físicas.

gRIEm 2008 a GRI fechou 16 novos contratos com empresas de diferentes setores. O faturamento chegou a cerca de R$ 46 milhões, um aumento significativo sobre o ano an-terior. Com foco em treinamento (foram 76 horas/homem no ano), comunicação, projetos inovadores e espaço para novos talentos, a empresa espera fechar 2009 com fatura-mento ainda maior.

Koleta Teve um faturamento de R$ 50 mi lhões em 2008, quando conquistou quase 400 novos clientes no Rio de Janeiro e em São Paulo, e espera continuar crescendo em 2009. O ano será marcado por ações como o início do transporte de grandes volumes e da central de multitecnologia para reciclagem de resíduos em São Paulo, das operações em Macaé e do trans-bordo dentro da nova sede, no Rio de Janeiro.

Vega O objetivo da Vega é deixar de ser uma empresa voltada à coleta e varrição para dedicar-se prioritariamente à desti-nação final de resíduos, traba lhando com contratos de lon-go prazo, por meio de concessões. Em 2008 a Vega faturou cerca de R$ 580 mi lhões, tendo conquistado contratos em cidades como Itaúna (MG), e Juazeiro (BA).

solVí engenhaRIaAté 2012 a perspectiva é fechar novos contratos em sanea-mento, prospectar novos negócios em engenharia e ampliar a atua ção internacional, que hoje se concentra no Peru.

solVí ValoRIzaCÃo eneRgetICaA Solví Valorização Energética definiu como áreas prio-ritárias para atuação a captação e queima de biogás para venda de créditos de carbono, o uso de biogás na geração de energia em termoelétricas, a instalação de termoelétri-cas a biomassa, produção de diesel a partir de resíduos

plásticos e a construção de PCHs (Pequenas Centrais Hi-drelétricas). Em 2009 a Termoverde Salvador será inaugu-rada, e a captação de biogás para venda de créditos de carbono será estendida a novos aterros.

essenCIsO Planejamento Estratégico 2008-2012 da empresa apontou cinco grandes dimensões para o seu crescimen-to: Pessoas, Excelência, Inovação, Expansão e Liderança. Ações estão em andamento em todas as áreas, e a per-spectiva é de que a expansão da empresa se dê tanto no aspecto geográfico, com a abertura de novas unidades em locais como a região metropolitana de Porto Alegre (RS), quanto nos mercados atendidos e tecnologias ofer-ecidas, que agora abrangem também a manufatura re-versa. O faturamento da empresa foi da ordem de R$ 266 milhões em 2008.

RelImaA empresa, que já atuava nos distritos de Lima e San Isidro, no Peru, fechou 2008 tendo conquistado a concessão para os serviços de coleta e manutenção de áreas verdes tam-bém no distrito de Miraflores. Entre suas metas de médio e longo prazo estão a conquista de uma nova concessão em Lima ou outro departamento e a implantação de um aterro sanitário próprio. O faturamento da Relima atingiu 75 milhões de soles em 2008.

Balanço e perspectivasdas empresas

Equipes montam o mapa estratégico da Solví

Capa

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Ao mesmo tempo em que regis-trava um expressivo crescimento

no faturamento em relação a 2007, a GRI fechou o ano de 2008 com uma safra de novos contratos fechados com grandes empresas como Nestlé, Vale, Gerdau e Petrobras.

O contrato com a Nestlé repre-senta a entrada da GRI em um novo e promissor segmento, o alimentício. Com um grupo de 24 profissionais, a empresa fará o gerenciamento de resíduos industriais classe I e classe II nas plantas de Araraquara, Avaré e Araçatuba, em São Paulo, e de Feira de Santana, na Bahia. Inaugurada em 2007, esta última unidade é a maior da Nestlé no país, com 66 mil m2 de área construída e uma produção de 120 mil toneladas de alimentos por ano. Se gundo o coordenador comer-cial Felipe Ruiz Maia, um dos serviços prestados será o gerenciamento de recicláveis, com a responsabilidade inclusive de preparar e homologar os fornecedores.

merCadoSenegóCioS

Controle de pragasJunto à Vale, que já é um im-

portante cliente na área de gerencia-mento de resíduos, a conquista agora foi a ampliação do escopo de atuação, com o fornecimento de serviços de controle de pragas e vetores nas mi-nas do Sossego, em Canaã dos Cara-jás, e de Carajás, em Parauapebas, no Pará. O prazo de execução de três anos inclui a alocação permanente de 14 profissionais dentro das unidades. Além do controle químico, o contrato prevê o controle bioló gico das pragas, e para isso conta com a presença de um engenheiro agrônomo, além da consultoria do biólogo Sérgio Boca-lini, cujo trabalho é considerado refe-rência no meio.

“Até pelo fato de ser uma nova frente de atuação para nós, buscamos o suporte de profissionais altamente especializados, um diferencial impor-tante, já que estamos falando de mi-nas e cidades cercadas pela Floresta Nacional de Carajás, o que representa

uma enorme quantidade de insetos e roedores, muitos deles transmissores de doenças”, diz a supervisora comer-cial da GRI, Graziella Silva Campos.

Em Ouro Branco (MG) a GRI cuidará da coleta seletiva e da segre-gação de resíduos gerados dentro da Usina Presidente Arthur Bernardes, da Gerdau Açominas, outro novo cliente, para o qual novas tecnologias foram desenvolvidas e onde estarão aloca-dos 19 profissionais. Já na Petrobras, os novos contratos ampliaram o número de unidades atendidas. Os serviços in-cluem o gerenciamento interno e des-tinação final de resíduos na refinaria Isaac Sabbá (Manaus-AM) e atendi-mento à parada da unidade Replan (Paulínia-SP).

“Além da ampliação das áreas em que atuamos, os novos contratos repre-sentarão, junto com os negócios que ainda deverão ser fechados em 2009, um aumento significativo no fatura-mento do próximo ano”, calcula o ge-rente co mercial da GRI, Ciro Gouveia.

ARQUIVO INSTITUCIONAL GRI

GRI fecha contratos com Gerdau, Nestlé, Petrobras e Vale, e também amplia frentes de atuação

Novos clientes,novos nichos

Os colaboradores da GRI na Nestlé de Feira de Santana, juntamente com a supervisora da unidade, Fabiana Braga

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O economista Raul Velloso está cauteloso, mas otimista: depois do que ele chama de “fase do pânico” será hora de tirar as devidas lições da crise atual, entre elas a de que as bolhas não se sustentam, e a concessão de crédito deve ser encarada de maneira mais parcimoniosa. Nesta entrevista, o especialista em análise macroeconômica e em finanças públicas lança seu olhar sobre a recessão global, seus desdobramentos e o futuro, que em sua visão será de um crescimento econômico mais modesto, porém mais sustentável.

As lições da crise

DIVULGAçãO

Revista Solví - Qual a origem e o que exatamente significa essa crise nos mercados financeiros mundiais?

Raul Velloso - A origem esteve no mer-cado imobiliário americano, onde foram feitos empréstimos sem que os mutuá-rios tivessem capacidade de pagamen-to, e o sistema financeiro americano, da mesma forma que em outros países desenvolvidos, aumentou fortemente sua capacidade de comprometimento de recursos para esses empréstimos. Além disso, havia uma política mone-tária excessivamente frouxa, com taxas de juros muito baixas. Foi a combinação dessas três coisas – juros baixos, exces-so de endividamento nos bancos e ex-

cesso de endividamento dos mutuários, que originou a crise.

Como essa crise afeta o funciona-mento da economia real e quais são os impactos esperados na economia brasileira, em particular?A crise ocorre num efeito-cascata: pri-meiro os bancos americanos começaram a ter dificuldades para receber os em-préstimos feitos, depois veio a sensação generalizada de que vários bancos iriam quebrar por falta de liquidez; em segui-da, as pessoas tiraram o dinheiro que es-tava aplicado nesses bancos, numa cor-rida que se estendeu a países da Europa e virou algo que chamamos de crise sis-

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entreviSta

têmica. Essa crise se comunicou com o Brasil de três formas básicas. Primeiro, os empréstimos, financiamentos e aportes de capital que vinham sendo feitos em grande escala nos últimos seis anos secaram, ou seja, a entrada de dólares diminuiu fortemente, o que provocou a alta do câmbio; em segundo lugar, o preço dos nossos principais produtos de exportação caiu vertiginosamente com o desaquecimento mundial que resultou da crise original. E então veio o contágio do medo de quebradeira, as pessoas começaram a temer que os bancos de menor porte não aguentassem o tranco e retiraram seu dinheiro para colocar em instituições maiores, o que gerou uma

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“Em geral as pessoas só vêem as bolhas quando elas secam, por uma razão bem simples: não gostamos de ver aquilo que pode ser ruim. Então a lição é essa: é preferível crescer menos, mas crescer de forma sustentável.”

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“desorganização” do sistema financeiro, com o que se chama de “empoçamento de liquidez”.

Quais serão os desdobramentos da crise?É preciso dizer inicialmente que a econo-mia brasileira vinha num ritmo muito forte, acima até da nossa capacidade de sustentar esse crescimento. Com a crise sistêmica, em primeiro lugar o preço dos empréstimos e das taxas de juros sobe, porque haverá menos dinheiro para em-prestar. Depois, haverá uma revisão dos investimentos nas empresas e a redução da produção, provocada pela alta do dólar e a restrição dos empréstimos. O passo seguinte é as pessoas diminuírem as compras, porque os juros estão mais altos e porque existe o temor do futuro incerto. Como consequência deste cír-culo vicioso, a economia desaquece.

O senhor acredita que a hora é de es-perar o cenário ficar mais claro antes de tomar uma nova decisão de inves-timento, ou de aproveitar eventuais oportunidades de aquisição? É uma pergunta difícil de ser respon-dida, porque ela depende muito dessas oportunidades, de casos concretos, mas a posição normal numa situação dessas é de cautela. Como o cliente principal, no caso da Solví, é o setor público, é pre-

ciso ver concretamente essa situação, O perigo, neste caso, é a queda da ar-recadação, que por sua vez leva a uma redução nos investimentos públicos. A prefeitura de São Paulo, por exemplo, já anunciou a previsão de queda na arre-cadação e nos investimentos para 2009. O mercado tem que ser examinado com uma lupa, e não com considerações genéricas.

Qual será a tendência do câmbio nos próximos meses?

Num primeiro momento ele deve ficar muito volátil, oscilar muito, porque ain-da vivemos o que chamo de “fase um” da crise, que é de pânico. Depois que essa fase passar, e é difícil prever quando isso acontecerá, pode ser seis meses ou mais, então o câmbio vai estabilizar em um valor mais alto do que era em setembro, mas não tão alto quanto está agora. É o máximo que podemos prever.

Qual o impacto da crise sobre as con-tas públicas nas três esferas, federal, estadual e municipal?O primeiro sinal da crise é que a arre-cadação vai crescer menos, e o que é preciso ver é a postura dos governos, se eles vão ajustar os gastos correntes, o que seria o ideal, ou se vão ajustar os investimentos, como sempre fizeram no passado, e que é a solução errada.

Como o senhor avalia esse movimen-to de consolidação e concentração do setor bancário brasileiro? Ele tende a se repetir em outros setores?É difícil, pois o setor financeiro é o único que tem esse problema de risco sistêmico, no qual o problema de um banco poder gerar desconfiança sobre os outros, pela própria natureza do se-tor. Em outras áreas os problemas de uma empresa se limitam a ela, não se transferindo a outras.

Que lições o mundo vai tirar dessa crise?A de que não adianta posicionar-se em condições que não são sustentáveis. Esta é a “crise do crédito”, se quisermos dar um nome a ela, porque houve crédi-to demais, os bancos emprestaram de-mais, e a correção virá necessa riamente pela redução dos empréstimos, e isso vale para o mundo todo. Vivemos seis anos num sistema de bolhas, que enchem, mas são se sustentam. Cresce-mos acima das nossas possibilidades, e quando a bolha seca, seca de uma vez. E em geral as pessoas só vêem as bo-lhas quando elas secam, por uma razão bem simples: não gostamos de ver aquilo que pode ser ruim. Então a lição é essa: é preferível crescer menos, mas de forma sustentável.

E ainda podemos alcançar essa sus-tentabilidade?Claro, o mundo vai voltar a funcio-nar normalmente, de forma mais equilibrada, e essas experiências de crise sempre nos ensinam a não co-meter os mesmos erros. No longo pra-zo vamos nos equilibrar em um volu me de empréstimos que certamente será menor, mas não tão baixo como agora, na fase de pânico. O pro blema é que na transição de uma fase para outra é necessário fazer muitos ajustes, e nin-guém gosta de fazer ajus tes. A palavra-chave hoje é cautela, pois na média a atividade econômica vai diminuir em todos os países.

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Ideiasreconhecidas

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Engenharia e Obras, a cobertura flutuante passará por uma fase de avaliação do seu desempenho e durabilidade, e a expectativa é de que no futuro seja adotada em outros aterros do grupo Solví. “Além disso, o sistema pode ser utilizado na área de saneamento, em reservatórios de armazenamento de água potável e de esgotos domésticos, podendo substituir em alguns casos os tradicionais tanques de concreto armado”, ressalta Ferrari.

Equipe: Alexandre Ferrari, Celso Fernandes da Silva,Greice Urruth, Idacir Pradella

Este ano, o Prêmio Solví de Inovação recebeu 43 inscrições em todas as categorias; veja a seguir os oito projetos vencedores, que receberam o troféu durante o Encontro Anual em Atibaia

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CorporativoARQUIVO INSTITUCIONAL SOLVÍ

2° lugar – grI – “CamInhão transformer”

A GRI desenvolveu um equipamento inovador para atender à Vale. Adaptado, um mesmo caminhão passou a executar diversas funções, como coleta e transporte de resíduos, limpeza de fossas e caixas d’água, além de manutenção em geral. Antes eram necessários dois caminhões e duas equipes além da locação de um cesto aéreo para a execução dos serviços. Com o projeto, a qualidade no atendimento foi mantida e os custos foram reduzidos em 45%.Equipe: Ciro Gouveia, Gabriel S. Lopes,Gustavo Pintor e Ivan Rodrigues

TécNicasl ambIental e solví “Cobertura flutuante para reservatórIos”

A utilização de coberturas adequadas nas lagoas de tratamento e estabilização de chorume é importante por vários motivos, como evitar a emanação de odor e a entrada de água da chuva, além da vedação acelerar o processo de tratamento do chorume em condições anaeróbias. A utilização de pesados galpões metálicos e estruturas estaiadas, no entanto, deve ficar para trás com o lançamento da cobertura flutuante para reservatórios.

A primeira cobertura flutuante do país foi instalada em um dos reservatórios de percolado do aterro de São Leopoldo (RS), operado pela SL Ambiental, e que antes ficava descoberto. O projeto foi coordenado pelo engenheiro de aterros Alexandre Ferrari, que acompanhou todo o trabalho de instalação.

Feitas com geomembrana de polietileno de alta densidade (PEAD), as coberturas flutuantes garantem uma vedação mais eficiente para lagoas de chorume, além de apresentar maior durabilidade e economia na instalação. Utilizando-se de um sistema simples de lastros e flutuadores, elas podem reduzir em cerca de 1/5 o investimento necessário, pois não necessitam de fundações, pilares, cabos de aço e vigas metálicas. Outras vantagens são a possibilidade ilimitada de tamanho para os reservatórios, além dos baixos custos de manutenção.

Implantada graças à postura inovadora da SL Ambiental e por meio de uma parceria com as empresas Nortene e Geossintéticos

Cobertura flutuante em São Leopoldo:fácil de instalar, resistente e econômica

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A equipe operacional da Battre consta-tou que o processo de exaustão ativa (por sucção) do biogás no aterro de Salvador permitia a entrada, nos canos, de 9% a 10% de oxigênio, o que reduzia a eficiência do processo de captação e queima do gás metano (CH4).

A mudança, sugerida pelos novos talen-tos do setor, os estagiários João Paulo Corrêa Mota e Victor Valverde Cruz, é simples: em vez da colocação de uma camada fina de argila no trecho final dos drenos verticais, a equipe aplicou um cone invertido de argila com largura de

OperaciONal

2º. lugarKoleta – “gerenCIamentode Águas na Koleta sp” O projeto obteve a redução do consumo de água na garagem da empresa em São Paulo através do reuso da água. Foi implantada uma ETE de 12 mil litros de capacidade, operando por batelada e um sistema de captação de águas de chuva. Com esses dois sistemas, pode-se conseguir uma redução de 76% na conta mensal de água nos meses mais chuvosos, e uma redução de 65% nos custos de lavagem.

Equipe: Edson Carbonato,Silvio Giachino S. Júnior

1,6m no topo e profundidade de 2m. “O cone funciona como uma ‘rolha’, concen-trando a pressão de sucção do biogás em torno da área lateral do dreno”, explica o supervisor de operações da Battre, João Fortuna, que deu espaço às boas idéias e garantiu sua implementação.

Com a mudança, realizada em todos os 240 arremates dos drenos de biogás, o percentual de oxigênio presente no gás metano baixou para 2%, em média.

Equipe: Haroldo Santana Júnior,João Fortuna Neto, João PauloCorrêa Mota, Victor Valverde Cruz

battre“novo modelo de arremate de drenos para bIogÁs”

A partir da esq., Haroldo Santana Júnior, João Paulo Mota e Victor Valverde junto á tubulação de biogás do aterro de Salvador

ARQUIVO INSTITUCIONAL BATTRE

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Corporativo

vega são bernardo“unIdade móvel de treInamento”

Até meados de 2008 a Vega São Bernardo tinha dificuldade em aplicar os treinamentos à equipes operacionais, especialmente de varrição, pois exigiam que os colaboradores se deslocassem até a sede da empresa.

“O que fizemos foi levar o treinamento até as pessoas”, resume o gerente operacional da Regional Sudeste, Daniel Navarro. O veículo utilizado para esta mudança foi um caminhão Volkswagen modelo 16-170 BT. Reformado e adaptado, ele se transformou em uma confortável sala de aula para até 14 pessoas, com equipamentos de áudio e vídeo, poltronas, isolamento térmico e acústico. O veículo, que também serve para transportar os varredores, percorre os bairros para levar os treinamentos de rotina nas áreas de segurança e qualidade.

De setembro, quando foi ativada, até dezembro, a unidade móvel conseguiu atingir 100% dos colaboradores e participou de outra conquista da Vega São Bernardo: o 1° lugar no Prêmio de Segurança, com a campanha de prevenção a contusões. Com o trabalho de informação e orientação realizado por fiscais, técnicos de segurança e equipe de treinamento, em 2008 houve uma redução de 80% no número de acidentes por contusão e de 89% no número de dias perdidos, em comparação a 2007. Em 2009 a unidade móvel de treinamento receberá melhorias (um toldo retrátil na parte externa) e, segundo Daniel, será

admiNisTraTiva

2º. lugar – grI – “unIdade-modelo grI”Trata-se de uma campanha onde a cada mês e de forma gradativa, as unidades são incentivadas a elaborar e/ou adequar procedimentos e formulários de controles nas áreas de Qualidade, Meio Ambiente, Operacional, Saúde e Segurança Ocupacional, projetos e inovações. Após um prazo fixo, estas devem encaminhar à Gerência Técnica RI as evidências dessa implementação. Ao encaminhar os documentos no prazo, a unidade é pontuada conforme critérios técnicos, dando origem a um “ranking” divulgado mensalmente. Os resultados gerados são aumento do nível de satisfação do cliente, melhora nos indicadores de segurança do trabalho, implantação de indicadores de desempenho em todas as unidades e formalização de 100% dos procedimentos operacionais.

Equipe: André Apostólico, Anrafel Vargas,Edson Silva, Márcio Oliveira

determinante para um aumento expressivo da carga horária de treinamento dos colaboradores.

Equipe: Daniel Monteiro, Daniel Navarro,Marcio Pereira da Silva, Nelson Oishi

Daniel Navarro (esq.) com Patrícia Evelin, de Recursos Humanos, e José Carlos Flausino, de Treinamento de Segurança; ao fundo, uma das equipes treinadas na Unidade Móvel

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Koleta projeto “fIdelIzar”

Para acabar com o problema da perda de clientes no longo prazo, a Koleta desenvolveu em São Paulo o projeto “Fidelizar”, composto de várias ações, a começar pela criação de uma equipe de Relacionamento com o Cliente.

“As visitas e ligações periódicas aos clientes permitem perceber eventuais pontos de insatisfação e a oportunidade para a geração e oferta de novos serviços”, diz o gerente geral da Koleta, Julio Mirage, acrescentando que o projeto, iniciado em meados de 2007, acabou por agregar serviços de consultoria ambiental para os clientes, um enorme diferencial em relação à concorrência. “Ajudamos em necessidades como por exemplo a elaboração de uma agenda para que eles não percam os prazos para a renovação de licença junto aos órgãos ambientais, além de esclarecimentos sobre a destinação adequada a cada tipo de resíduo, evitando penalizações”, comenta Mirage.

Também para a área comercial, o projeto foi benéfico, já que os profissionais de vendas ficam menos sobrecarregados com eventuais demandas e reclamações dos clientes, e ainda recebem dicas da equipe de relacionamento sobre novos serviços a serem oferecidos.

cOmercial

2º. lugar – vIasolo – “ComerCIal dIgItal”

O novo sistema permite gerenciar processos licitatórios em todas as suas fases, auxiliando na montagem da documentação para habilitação técnica, jurídica e fiscal da empresa em licitações. A ferramenta também elabora relatórios com a quantidade de processos publicados, número de propostas apresentadas, além de documentar todas as publicações, extratos, erratas, atas e outros documentos pertinentes ao processo de carta-convite, tomada de preço e concorrência pública, assegurando maior rastreabilidade de documentos pertinentes aos processos.

Equipe: Alan Pierre Espíndula, Frederico Valente,Rafael Cardoso Braga

O projeto Fidelizar também realiza pesquisas semestrais de satisfação com os clientes. A melhor mostra do seu sucesso, no entanto, está nos resultados concretos: de fevereiro a setembro de 2008 a Koleta conseguiu reduzir em 56,5% o número de rescisões contratuais em São Paulo.

Equipe: Gleise S. Barros, Julio César Mirage,Maria de Lourdes Paschoalito, Tiago F. dos Santos

FOTOS: MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

Julio Mirage , Maria de Lourdes (esq.) e Gleise com o troféu de inovação, recebido

pelo segundo ano consecutivo

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A segunda turma do Liderar concluiu o Módulo Intermediário em novembro, e em 2009 alternará reuniões dos módulos Avançado e Consolidação, concluindo o programa juntamente com a primeira turma.

14 reviStaSolví|novemBrode2008aJaneirode2009

Corporativo

Primeira turma do Programa Liderar conclui módulo Avançado com 14 iniciativas em andamento

responsabilidade social, novos concei-tos de prestação de serviços, business plan e até balanced scorecard, instru-mento de planejamento e gestão que acaba de ser adotado pela Solví; este aprofundamento e também a discussão coletiva fizeram com que as iniciativas adquirissem grande consistência.

Aterro em Minas Gerais“O módulo Avançado do Liderar nos

proporcionou a experiência prática, à qual acabamos agregando todos os conceitos vistos anteriormente”, diz o supervisor comercial da Viasolo, Alan Pierre Espín-dula Vieira, que trabalha, juntamente com uma equipe multidisciplinar, na imple-mentação do primeiro aterro sanitário da Viasolo em Minas Gerais, já aprovado pela

Projetos de futuroDo conceito à execução, no dia-a-dia

dos negócios. Foi este o imenso passo que os participantes da primeira turma do Programa Liderar deram no módulo Avançado, encerrado em outu-bro. Durante todo o ano de 2008, nada menos que 14 projetos de negócios foram postos em execução como parte do programa, envolvendo todas as em-presas do grupo. Seja por meio de me-lhorias de processos e serviços ou pelo investimento em nichos de mercado ainda não explorados, cada projeto será importante dentro do plano de expan-são do grupo para os próximos anos.

Durante os encontros do Liderar as equipes tiveram oportunidade de pensar e estruturar os projetos levan-do em conta aspectos como inovação,

Gestores e a primeira turma do Liderar: desafio foi transpor

conceitos para a prática na hora de implantar os projetos

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diretoria da Solví e em fase de projeto. O novo aterro ocupará uma área de 117 hectares na região

metropolitana de Belo Horizonte, com capacidade para 2,2 mi-lhões de toneladas de resíduos domiciliares. Inicialmente a área, que está em fase de licenciamento am biental, deve receber os resíduos produzidos nas cidades cujos aterros terão sua capaci-dade esgotada nos próximos anos. A receita prevista é de R$ 146 milhões em 20 anos, com um investimento de R$ 11,6 milhões.

Redução de perdasEm Manaus, um dos maiores desafios é estancar a sangria

de cerca de 65% de toda a água tratada pela Águas do Amazonas, provocada principalmente por vazamentos, fraudes e ligações sem hidrômetro. O projeto “Perdas - Foco no trabalho da equipe de Redes” está adotando ações como a ampliação das equipes de redes, implementação de novas tecnologias que resultam em ganho de produtividade, monitoramento das equipes de cam-po para maior agilidade no conserto de vazamentos e aumento do escopo de serviços prestados pelas equipes de manutenção, que também passaram a realizar de imediato a correção das ir-regularidades encontradas. A meta do projeto, implementado na área Centro-Sul de Manaus (também chamada de “consoli-dada”, pois conta com abastecimento constante) é reduzir as perdas em 2% no decorrer de 2009. “Isso significa 684 mil m3 de água ou R$ 3 milhões economizados”, contabiliza o gerente de redes Ailton Felix.

Reciclagem de veículosO projeto “Descaracterização e Reciclagem de Veículos”,

conduzido por profissionais da GRI, aposta no nível crescente de preocupação ambiental não apenas no momento da fabri-cação de veículos, mas também na sua destinação. “Todos os meses as montadoras precisam desmontar dezenas ou mesmo centenas de veículos em função de problemas de fabricação,

“Uma empresa jamais será autossustentável se não dispuser de líderes qualificados em todos

os seus níveis, cada um com seu substituto identificado e legitimado pela diretoria. O

Programa Liderar da Academia de Excelência é parte desse esforço da Solví de desenvolver líderes. O grupo crescerá muito nos próximos anos, mas esse crescimento só será sinônimo

de desenvolvimento se suas empresas continuarem identificando os jovens talentos

com potencial e souberem formar a futura geração de líderes, desde já.”

César Souza, presidente da EmpreendaEstratégia, Marketing e RH

desmobilização de frota interna ou acidentes ocorridos durante o transporte, e, na maioria das vezes ainda utilizam serviços de trituradores, no qual praticamente apenas a parte metálica do veículo é reaproveitada”, explica o supervisor técnico da GRI, Gabriel Lopes, um dos membros da equipe.

A empresa já possui entre seus clientes montadoras como Renault, Ford, GM e Volkswagen Caminhões, o que facilita a ofer-ta do novo serviço. “Com a correta destinação de todos os com-ponentes, pode-se assegurar um maior índice de reciclabilidade dos veículos desmontados, diminuindo o volume de resíduos encaminhados para aterros”, comenta o gerente comercial da GRI, Ciro Gouveia, ressaltando que o grande mercado para a re-ciclagem de veículos virá com a adoção da obrigatoriedade da inspeção veicular em cidades como São Paulo.

“Cidade limpa”Outra iniciativa que, se bem-sucedida, poderá quebrar

paradigmas é o “Manual de Implantação do Conceito ‘Cidade Limpa’”, em desenvolvimento dentro da Vega, e que parte de um questionamento: por que não vincular o pagamento das em-presas de limpeza pública à qualidade dos serviços prestados e ao nível de satisfação da população, em vez de simplesmente atrelá-lo ao volume de resíduos coletados?

“A forma de remuneração atual não estimula o desenvolvi-mento sustentável, pois quanto mais lixo coleta, mais você re-cebe”, diz o gerente de desenvolvimento de novos negócios da Solví Engenharia, Bruno Gornati. “Este novo modelo que estamos propondo se aplica a qualquer cidade e estimula a empresa a querer reduzir a geração de resíduos, o que levará a investimen-tos em educação ambiental, coleta seletiva e reciclagem, ações que certamente a aproximarão da comunidade.”Turma 2 do Liderar durante encerramento do módulo Intermediário

FOTOS: MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

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dor ou cliente pode sugerir outras mudanças, que serão discutidas e po derão originar novas versões a se rem publicadas. “Como virtual-mente todas as empresas do grupo e todas as demais áreas da holding são nossas clientes, o que espera-mos é que todos compartilhem da iniciativa, lendo os processos publi-cados e fazendo sugestões sempre que julgarem pertinentes”, lembra a diretora.

Até o momento, 18 processos revisados e acordados foram publi-cados, e outros 27 estão em fase de descrição e análise. Com a sua pa-

dronização e publicação, o objetivo, além da produtividade e qualidade é permitir que todos tenham o mes-mo nível de conhecimento sobre os processos.

O Programa de Qualidade en-volve também a definição de métri-cas que permitam uma avaliação constante da eficiência dos pro-cessos, medida essencial a partir do momento em que as empresas do grupo passam a ser encaradas como clientes, visão que norteará a atuação do Centro de Serviços Compartilhados, em operação na Solví a partir de janeiro.

Programa de Qualidade promoveanálise e melhoria de processosnas áreas administrativo-financeiras

processos revistos

Desde o final de 2006 a Solví vem desenvolvendo um programa

interno de Qualidade, que começa a produzir os primeiros resultados, com a melhoria da produtividade e da excelência das atividades de suporte.

Segundo a Diretora Corpora-tiva da Solví, Célia Francini, o progra-ma está baseado nos fundamentos da ISO e nos conceitos do ciclo de melhorias PDCA, modelo que esta-belece quatro passos do processo evolutivo: planejar, exe cutar, con-trolar e estabelecer ações corretivas (Plan, Do, Check, Act).

Com o auxílio do consultor Joseran Machado, as equipes, de-pois de serem sensibilizadas para a importância do programa, iniciaram um extenso trabalho de descrição e revisão dos seus proces sos. “Isso en-volve não apenas o próprio departa-mento, mas todas as áreas que com ele interagem”, explica Célia. Após a descrição dos processos, normal-mente conduzida pelos gestores responsáveis, vem uma fase cha-mada de “consenso”, na qual todos os envolvidos discutem, sugerem mudanças e melhorias, e, finalmente, publicam a “versão zero” do proces-so na intranet.

As oportunidades de melho-rias não param por aí, já que, uma vez publicado, qualquer colabora-

“O Programa de Qualidade foi uma grande iniciativa, já que não existia a padronização dos procedimentos

estabelecidos para a área administrativa. Criamos grupos de trabalho na Contabilidade, Financeiro, Jurídico e Auditoria Interna. A Contabilidade foi escolhida como piloto, sendo

que alguns processos já foram publicados, outros estão em fase de revisão e aprovação. O que percebemos é que as

ferramentas utilizadas padronizam os procedimentos dos diversos departamentos e unidades, gerando informações

confiáveis e consistentes para os controles internos, algo essencial dentro do modelo de governança corporativa.”

Marcos Otávio Gondaline, gerente de contabilidade

Corporativo

16 reviStaSolví|novemBrode2008aJaneirode2009

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prátiCaSdeSuCeSSo

A Águas do Amazonas inaugurou em Manaus um pro-jeto capaz de, a um só tempo, beneficiar a comunidade

e o meio ambiente. Por meio da iniciativa dos Ecopontos, a empresa concede descontos na conta de água aos mora-dores que entregarem resíduos recicláveis em pontos es-pecíficos de coleta. Quanto mais quilos re colhidos maior o desconto na conta e menor o risco de danos ao meio ambiente, já que os resíduos não terão como destino os inúmeros rios e igarapés da cidade.

Formados por uma estrutura simples - dois contêi-neres e uma área de recepção equipada com balança -, os Ecopontos estão sendo implementados por meio de uma parceria com a GRI, que é responsável pela gestão dos resíduos da Águas do Amazonas e cuidará da recepção dos materiais.

O funcionamento do programa é simples: os mora-dores que levam resíduos - PET, papel branco e sacolas de plástico - aos Ecopontos recebem um cartão de controle com o número de matrícula de seu imóvel na ADA, além de uma ficha contendo os volumes entregues. Os dados são inseridos no sistema da empresa e convertidos em crédito, cujo valor é abatido mês a mês da conta de água.

PilotoO primeiro Ecoponto foi instalado no mês de

novembro dentro da própria sede da Águas do Ama-zonas, para utilização dos colaboradores da empresa. Em dezembro, foi a vez do bairro Mauazinho II, esco-lhido para ser o piloto do projeto. “Selecionamos esta comunidade por ser pequena e porque temos um contato mais próximo com seus moradores, o que nos permitirá avaliar melhor os resultados”, diz a socióloga Jardilina Vasconcelos, responsável pelo programa de Gestão Comunitária.

A previsão é que o piloto em Mauazinho II fun-cione durante o primeiro trimestre de 2009; a seguir a empresa estudará a expansão dos pontos de coleta, já que a crise vem afetando também o mercado de reci-clagem, provocando a restrição dos materiais recebi-dos. A previsão inicial do projeto, implementado pelo ex-gerente comercial da ADA, Lucas Feltre (hoje na Loga) com o suporte do Instituto Solví, é de recolher cerca de uma tonelada de resíduos recicláveis ao mês, a serem comercializados às empresas recicladoras da região.

ADA implanta projeto que dá desconto na conta de água aos moradores que levarem resíduos recicláveis a pontos de troca

crédito em água

A recepção dos materiais no Ecoponto é feita por um colaborador

da GRI, empresa parceira no projeto

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ARQUIVO INSTITUCIONAL ÁGUAS DO AMAZONAS

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em nossos negócios, mas no todo, na sociedade, no planeta”, enfatiza Carlos Villa. Para Cláudia Sérvulo, “a mobiliza-ção surpreendeu, creio que as pessoas estão prontas e dispostas a engaja r-se em projetos mais extensos de vo-luntariado como os que pretendemos conduzir em 2009”. Cláudia também en-fatiza a intensa participação das comu-nidades beneficiadas na execução das ações do Dia do Voluntariado.

C entenas de pessoas em todas as empresas do grupo Solví engaja-

ram-se nas atividades do primeiro Dia do Voluntariado Solví, em 30 de no-vembro. De Manaus a São Leopoldo, cada um doou um pouco de si para o bem-estar comum, em atividades como mutirões para o plantio e distribuição de mudas, adoção e manutenção de praças, campanhas de coleta de ali-mentos e materiais para entidades e também para as vítimas das enchentes de Santa Catarina.

Em São Paulo, mais de 100 pes-soas participaram da programação no Parque Trianon, um “oásis” de Mata Atlântica em plena Avenida Paulista. Ali, colaboradores da holding, muitos deles acompanhados de seus famil-iares, participaram do plantio de cen-tenas de mudas de flores, doadas ao próprio parque e aos seus frequenta-dores. A programação também incluiu um teatro de fantoches sobre o tema da responsabilidade sócio-ambiental e uma campanha para os desabrigados pelas enchentes em Santa Catarina, que teve uma tenda armada para rece-ber doações durante todo o dia.

Entre os muitos voluntários es-tiveram o presidente da Solví, Carlos Villa, o presidente do Instituto Solví, Tadayuki Yoshimura, e a coordenadora do Instituto, Cláudia Sérvulo, todos acompanhados de familiares. “Que-remos inserir a responsabilidade social em tudo o que fazemos, em nosso dia-a-dia. Quando pensamos em sustenta-bilidade, não devemos pensar apenas

18 reviStaSolví|novemBrode2008aJaneirode2009

Há 30 anos na Vega, o assistente de suprimentos Valdiael Vicente da Sil-va teve seu primeiro Dia do Voluntaria-do, e gostou. Acompanhado da esposa, participou de todas as atividades. “Foi muito bom, especialmente pelo verde, que combina conosco; afinal, somos uma empresa ambiental”.

Veja abaixo um quadro com to-das as atividades realizadas pelas em-presas do grupo.

iNiciaTivas das empresas

Mais de 800 colaboradores participam do Dia do Voluntariado, que uniu ações ambientais e filantrópicas

Ação coletiva

GRI/KOLETA E VEGA MOOCA Adoção da praça Palmira Palmeira Teixeira para reforma visual e ambiental. Os 70 voluntários realizaram plantio de mudas, poda, criação de um caminho e de um canteiro.

VEGA ABC Os 80 voluntários realizaram a limpeza da Prainha da Billings e entregaram sacolas plásticas recicladas para a população que freqüenta o local com suas famílias. Para a limpeza da praia, foram utilizados 500 sacos de lixo e quatro contêiners.

VEGA SALVADOR, BATTRE E CAMAçARI Cerca de 100 voluntários fizeram a manutenção do jardim

da creche comunitária Frutos de Mães, além da doação de 1.522 quilos de alimentos para várias instituições. Também houve a apresentação de teatro sobre como reciclar e não desperdiçar água e palestra os “três R’s”: reduzir, reciclar e reaproveitar.

VIASOLO Reuniu 65 voluntários, que entregaram doações (alimentos, brinquedos, material de limpeza e outros) ao Asilo Divino Braga e à Creche Criança, onde também houve manutenção e revitalização da área verde; em Sete Lagoas foi realizada a doação de alimentos e a manutenção de áreas verdes no Asilo Vila Vicentina; as mesmas atividades foram realizadas em Sabará, beneficiando a Casa da Criança Professor Siqueira.

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VEGA VOLTA REDONDA E BARRA MANSA Os 30 voluntários fizeram a manutenção de áreas verdes de Barra Mansa, com a retirada de 7,7 toneladas de entulho e vegetação excedente. Também foi realizada uma campanha de doação de agasalhos, que serão entregues a entidades locais.

KOLETA RIO Sessenta e seis colaboradores participaram do trabalho de recuperação, urbanização e paisagismo da rotatória do colégio localizado em frente à nova garagem da empresa, preparando a infraestrutura do local e o plantio de 1.800 mudas de vegetação na área, que possui dois mil metros quadrados e será adotada pela Koleta.

ADA

O foco das ações dos 92 voluntários esteve na conscientização dos moradores do entorno da sede empresa para a importância da preservação da área, que compreende uma praia. Foram realizados o plantio de 250 mudas de plantas e atividades para 400 crianças, com pintura, desenho artístico, palestras educativas e distribuição de 270 kits de material escolar.

VEGA NOVO HAMBuRGO, CANOAS, RIO GRANDE, FARROuPILHA, SL AMBIENTAL

As atividades envolveram 102 voluntários e beneficiaram várias entidades, que receberam doações e melhorias externas. Entre elas estão a Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial,

em Novo Hamburgo, Casa Aberta Padre Cândido Santini, em São Leopoldo, a APAE de Farroupilha, o Lar da Fraternidade, a Associação Comunitária Criança Feliz, em Canoas, e a Casa do Menor, em Rio Grande.

VEGA SãO CARLOS Os 25 voluntários realizaram a limpeza do jardim do abrigo Dona Helena Dornfeld, preparando-o e transformando parte dele em uma horta. Também arrecadaram alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal e ajudaram a preparar um almoço para os idosos.

DOAçõES PARA SC As filiais GRI, Koleta, Vega Mooca, ADA e Regional Sul arrecadaram dois caminhões de mantimentos, roupas, materiais de limpeza e higiene pessoal para doação às vitimas das chuvas em Santa Catarina.

ADA - AM

SÃO PAULO - SP

VOLTA REDONDA - RJ

SÃO LEOPOLDO - RS

BATTRE - BA CANOAS -RS

BETIM - MG

SABARÁ - MG

NOVO HAMBURGO - RS

CAMAÇARI - BA

SÃO CARLOS - SP

SALVADOR - BA

RIO GRANDE - RS SÃO PAULO - SP

SETE LAGOAS - MG

FARROUPILHA - RS

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lugareS

20 reviStaSolví|novemBrode2008aJaneirode2009

Considerada uma das capitais com a melhor qualidade de vida do Brasil, Curitiba costuma ser apresentada

como modelo em urbanismo, com seus parques, ciclo-vias, eficiente sistema de ônibus e avenidas projetadas. Também é modelo na coleta seletiva de resíduos, com um programa implantado em 1989 e amplamente adotado pela população.

A cidade, que experimentou uma grande expansão nas últimas décadas (hoje são cerca de três milhões de habitantes na região metropolitana), também tem pon-tos importantes a desenvolver, como a questão da des-tinação dos resíduos domiciliares, realizada no aterro de Caximba, que está com sua capacidade esgotada.

A Solví leva suas soluções ambientais à capital para-naense por meio da Essencis. Instalada na Cidade Indus-trial, em uma área de 225 mil m2, a Essencis Paraná admi-nistra uma carteira com cerca de 400 clientes dos setores industrial e comercial, entre eles Robert Bosch, Boticário, Kraft, Electrolux, Petrobras e Pepsico. A unidade, que pos-sui 70 colaboradores, recebe mensalmente cerca de seis

mil toneladas de resíduos, encaminhados a um dos três tipos de destinação oferecidos: os aterros para resíduos classe I (perigosos) e classe II (não perigosos), tratamento de efluentes e o co-processamento.

TecnologiasA Essencis cumpre todos os preceitos ambientais – pos-

sui as certificações ISO 9001, ISO 14001 e acreditação refe-rente à ISO 17025 para o laboratório, que realiza análises de águas e classificação de resíduos para o CTR e para clientes. “Além disso, somos os únicos em Curitiba a atuar dentro do conceito de multitecnologia”, comenta Gabriela de Souza Araújo Fernandes, gerente operacional da CTR Curitiba. Se-gundo ela, a unidade atende clientes de todo o Estado do Paraná, de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e até São Paulo.

Com capacidade para 1,5 milhão de m3 e vida útil de 25 anos, os aterros recebem materiais como papel e papelão não recicláveis, lodo de fosfatização e plásticos não recicláveis, depositados por indústrias preocupadas com a destinação

cidade verdeEssencis oferece soluções multitecnologiaa clientes industriais e comerciais de Curitiba

Jardim Botânico, uma das muitas opções de parques em Curitiba

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FOTOS: MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

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Os serviçOs dO cTr curiTiba• Aterro classe para resíduos industriais perigosos

• Aterro classe II para resíduos industriais

• Laboratório completo para análise de águas e resíduos

• Pré-tratamento(estabilização, solidificação, encapsulamento e neutralização)

• Galpão técnico de armazenamento temporário de resíduos

• Unidade de blendagem para co-processamento

• Co-processamento em fornos de cimento

• Sistema de Tratamento de Águas Residuais: tratamento de efluentes gerados internamente e proveniente de outras indústrias

curiTiba pOssui...

• 1,8 milhão de habitantes

• 14.735 indústrias, 67.654 estabelecimentos de comércio e 55.691 estabelecimentos de serviço (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – 2006)

• O quarto maior PIB do país, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

• Aproximadamente 82 milhões de m² de verde, o que equivale a cerca de 45 m2 por habitante

• O programa de reciclagem “Lixo que não é lixo”, implantado em 1989, além de um programa específico para coleta de materiais tóxicos como pilhas e baterias

• O aterro de Caximba, criado em 1989 e na época considerado um dos melhores do país; hoje o aterro, que recebe cerca de 2,5 mil toneladas/dia de 15 cidades da região, está com sua capacidade esgotada

de seus resíduos. Já a tecnologia do co-processamento representa a destrui-ção total dos resíduos com a garantia de emissões atmosféricas controladas. Adequado a materiais gerados pelas indústrias petroquímica, química, mon-tadoras, autopeças, eletroeletrônica, siderurgia, metalurgia, metal-mecâni-ca, celulose e papel, entre outras, o co-processamento prepara um “blend” sólido, pastoso ou líquido de materiais como borra de tinta e borra oleosa, que posteriormente serve como combustí-vel ou matéria-prima na indústria de ci-mento. A Essencis possui uma parceria com a Votorantim de Rio Branco do Sul para a aquisição e queima do resíduo processado.

Gabriela conta que em 2008 a Essencis Paraná fechou importantes contratos, com empresas como Wal-Mart, Fujiwara, Nutrilatina e Nortoil, para serviços de destinação em aterro e co-processamento. Um dos contratos mais significativos, no entanto, foi com a Electrolux, pois representa a entrada em uma nova frente, a de manufatura reversa. O objetivo é recuperar a maior quanti-dade possível de fluídos refrigerantes, agentes de expansão, fluído lubrificante e demais substâncias e materiais de re-frigeradores não aprovados pelo sistema de qualidade da fabricante, além da des-tinação final adequada dos resíduos não reaproveitáveis. A previsão é que 30 mil unidades sejam processadas em 2009.

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dos, como devem se constituir na primeira preocupação das empresas. Sempre que existe uma crise, existe também uma oportunidade, sempre há um lugar ao sol para aqueles que conseguem enxergá-la.Já a responsabilidade sócio-ambien-tal, que habita o campo da sustenta-bilidade, implica ao mesmo tempo em integrar-se à comunidade, reco-nhecer e valorizar o talento e a con-tribuição que as pessoas trazem aos seus negócios e cuidar para que o meio ambiente seja capaz de per-petuar a existência humana, com ações ambientais que reparem o que a empresa degradou, sempre que necessário. A questão da identidade, da cultura corporativa, por sua vez, torna-se um desafio em um grupo formado por tantas empresas, como a Solví. Ter uma “impressão digital” única é fundamental para construir uma or-ganização bem-sucedida, o jeito de pensar e de atuar precisa ser o mes-mo em todas, respeitadas suas carac-terísticas individuais. Atingir a excelência, portanto, é um caminho árduo, e que requer uma liderança não apenas “iluminada”, mas preparada e capaz, ao mesmo de tempo, de perceber as oportuni-dades de negócios, de atrair e reter profissionais talentosos, unindo-os em torno de uma identidade forte, típica das corporações que têm cla-reza de sua missão e ambição.

é conferencista, consultor de empresas e professor livre-docente do Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro

ARQUIVO PESSOAL

Prof. dr. Julio sergio Cardozo

opiniÃo

os pilaresda excelencia

22 reviStaSolví|novemBrode2008aJaneirode2009

QuAis são os pilares da excelência na gestão de empresas? Analisando o histórico das empresas de suces-sos, salta aos olhos, em primeiro lu-gar, que a boa administração de um negócio depende primordialmente dos seus executivos. Bons administradores precisam ter a capacidade inata de empreender, precisam ter o que chamo de “visão iluminada”, ou seja, olhar o futuro e dele extrair ensinamentos – o que não quer dizer que não seja necessário aprender a utilizar ferramentas para implementar essas visões, dar ordem a essa “iluminação”.Também na administração dos recur-sos humanos, que eu prefiro chamar de capital intelectual, existem dife-renças claras entre as empresas bem-sucedidas e aquelas nem tão bem-sucedidas. O bom administrador é aquele que reconhece o profissional que “joga” para o coletivo, valorizan-do as competências alheias. O mais importante para um gestor não é saber fazer, mas saber escolher quem é capaz de fazer melhor.Este, sem dúvida, é o pilar mais sensí-vel. Num momento de crise econômi-ca global, como a que atravessamos, a primeira coisa que muitas em-presas fazem é demitir, perdendo a oportunidade de ter em casa gente talentosa e competente. Ter profis-sionais qualificados é o segredo para atravessar as épocas difíceis, por isso eles não apenas devem ser manti-

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Em setembro a Koleta RJ promoveu a campanha “Coletando Vidas”, para estimular a doação de sangue entre seus colaboradores. Cerca de 80 pes-soas passaram pela unidade de coleta montada na sede da empresa. “Foi a primeira vez que inserimos nas ações de segurança do trabalho a aborda-gem de um tema de saúde pública juntamente com uma campanha entre os colaboradores, e a resposta foi excelente”, comenta o supervisor administrativo e financeiro da Koleta RJ, Marcelo Pires. Também a Loga, em São Paulo, com o objetivo de ir além do seu universo de serviços, realiza uma campanha permanente de incentivo à prática da doação de sangue por meio de painéis afixados nas laterais de seus 150 caminhões. “Incentivamos ainda nossos mais de 1.800 colabores a participar como doadores”, diz o presidente da empre-sa, Luiz Gonzaga, ressaltando os veí-culos da Loga atendem 1,5 milhões de domicílios na capital paulista.

dOaçãO de saNgue

notaS

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Nos dias 18 e 19 de novembro a Gerência de Serviços Financeiros e Segu-ros da Solví realizou o I Workshop Sobre Processos Financeiros e Seguros. Voltado a profissionais das áreas de finanças das empresas do grupo, o work-shop apresentou aos participantes processos como contas a pagar, contas a receber, tesouraria, operações financeiras e seguros, tendo como foco a compreensão de sua dinâmica e a responsabilidade envolvida em cada um deles. Ministrado pelos líderes de cada área grupo de trabalho, o evento foi também uma introdução ao conceito do Centro de Serviços Comparti-lhados, que estará em vigor a partir de Janeiro de 2009.

WOrkshOp de FiNaNças

A Koleta SP conquistou, em dezembro, a recertificação na norma da ISO 9001 e a certicação na ISO 14001, que estabelece diretrizes para a gestão ambien tal. “Como já seguíamos os preceitos no que diz respeito aos requisi-tos da norma, como manuseio e destinação de resíduos internos, transporte e destinação adequada de resíduos dos clientes, entre outros, tivemos ap-enas que fazer adaptações”, diz Edson Carbonato, gerente da unidade, res-saltando que ambos os certificados foram concedidos pela ABS Consulting. A Koleta Rio de Janeiro também obteve a recertificação ISO 9001 e deverá se sub meter à auditoria ISO 14001 em 2009.

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respONsabilidadeempresarial Em 21 de novembro a Vega Canoas recebeu o prêmio “Reconhecimento Responsabilidade Empresarial 2008”, concedido pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do município às empresas que se destacaram pelas ações sócio-ambientais. Prestigiando a entrega estiveram o diretor da Re-gional Sul, Saulo de Aquino Nunes Filho, o supervisor da unidade de Canoas, Edison Fukunaga, o gerente de desenvolvimento de negócios, Marcelo Mello Buzzetto, o supervisor de novos negócios Denis Costa e Ro-berto Lange, gestor de Comunicação da Regional Sul. “Nossa ação somente é validada quando a comunidade tem a real percepção desta contribuição”, diz Saulo de Aquino Nunes. Para Edison Fukunaga, “o destaque deve ser compartilhado com os colabora-dores, pois este trabalho somente é viável pelo engajamento de toda a equipe da Vega Canoas”. Na foto, da esquerda para a direita, Saulo Nunes, Edson Fukunaga e Denis Costa.

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Visão de um bosque de araucárias, considerada a árvore-símbolo do Estado do ParanáFoto: Marcello Vitorino/Fullpress

A Solví é uma holding controladora de empresas de reconhecida competência que atuam nos segmentos de resíduos, saneamento, valorização energética e engenharia, presentes em todas as regiões do Brasil e no Peru. A Solví baseia suas ações no desenvolvimento sustentável e trabalha para manter um compromisso primordial: oferecer soluções para a vida, com serviços integrados, diferenciados e inovadores, capazes de contribuir para a preservação dos recursos essenciais e para o bem-estar das comunidades onde atua.

Rua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX:a (11) 3124-3500e-mail: [email protected]

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Solví es un holdingcontrolador de empresasde reconocida competencia que actúan en los segmentos de residuos, saneamiento básico, valorización energética e ingeniería, presentes en todas las regiones de Brasil y en Perú. Solví basa sus acciones en el desarrollo sustentable y trabaja para mantener un compromiso primordial: ofrecer soluciones para la vida, con servicios integrados, diferenciados e innovadores, capaces de contribuir para la preservación de los recursos esenciales y para el bienestar de las comunidades donde actúa.

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Instituto SolvíRua Bela Cintra, 967 - 10º andar

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Águas do Amazonas S.A.

Rua do Bombeamento, 01 - Compensa69029-160 - Manaus - AM

Fone: (92) 3627-5515 - Fax: (92) 3627-5520e-mail: [email protected]

www.aguasdoamazonas.com.br

Essencis Soluções Ambientais S.A.Alameda Vicente Pinzon, 173 - 7º Andar

Vila Olímpia - 04547-130 - São Paulo - SPFone: (11) 3848-4500 - Fax: (11) 3848-4551

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GRI Gerenciamento de Resíduos IndustriaisRua Presidente Costa Pinto, 33

Mooca - 03108-030 - São Paulo - SPFone: (11) 2065-3500 - Fax: (11) 2065-3741

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Koleta Ambiental S.A.Rua Presidente Costa Pinto, 33

Mooca - 03108-030 - São Paulo - SPFone: (11) 2065-3500 - Fax: (11) 2065-3656

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Solví Valorização EnergéticaRua Bela Cintra, 967 - 10º andar

01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500

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Vega Engenharia Ambiental S.A.Rua Presidente Costa Pinto, 33

03108-030 - Mooca - São Paulo - SPFone: (11) 2065-3500 - Fax: (11) 2065-3703

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Surquillo - Lima 34 - PeruFone: (511) 618-5400 - Fax: (511) 618-5429

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Visión de un bosque de araucarias, considerado el árbol símbolo del

Estado de Paraná, en el Sur de BrasilFoto: Marcello Vitorino/Fullpress