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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A CONDUTA AGRESSIVA EM SALA DE AULA
Por: Kátia Alessandra Miranda de Sales
Orientador: Ms. Nilson Guedes Freitas
Rio de Janeiro
2004
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A CONDUTA AGRESSIVA EM SALA DE AULA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
com especialização em Psicopedagogia, sob
orientação do professor Nilson Guedes Freitas.
Por: Kátia Alessandra Miranda de Sales
Rio de Janeiro
2004
AGRADECIMENTOS
A Deus que me deu a vida e a sabedoria para elaborar
este trabalho. Obrigado meu Deus por essa grande
vitória em minha vida.
Agradeço a minha querida família, por tudo que me fez e
que continua fazendo para o meu crescimento
profissional. Vocês são meu porto seguro!
E todos os amigos que diretamente e indiretamente, em
especial a Solange, que tanto colaborou para que eu
concluísse essa etapa importante de minha vida.
Ao meu orientador Nilson Guedes Freitas que me
direcionou aos caminhos certos para conclusão desse
trabalho.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho as pessoas que com certeza,
marcaram minha vida e que nunca as esquecerei.
Meus familiares, minha avó Neusa em memória, minha
mãe Nilcéia e minha irmã Luciane, que são os meus
maiores tesouros, elas sempre acreditaram no meu
potencial, rompendo todas as barreiras para que eu
pudesse atingir essa grande meta em minha vida.
RESUMO
O presente texto objetiva o estuda sobre a conduta agressiva de como
proceder neste caso, desenvolvendo assim um trabalho mais profunda e
ampla, mobilizando a família e outros profissionais para integração dos alunos
com suas famílias, retratando a conduta agressiva de crianças em sala de aula
de 10 a 14 anos da 3ª série a 4ª série de baixa renda do sexo masculino a esse
comportamento, tendo como enfoque os diversos distúrbios comportamentais,
prevenindo e atualizando a escola e o educador para conhecer melhor sobre as
vida de seus alunos e seus problemas buscando compreender em que
situações a violência surge e se instala, a família é elemento chave para o
desenvolvimento escolar, pois a indisciplina é gerada exclusivamente pelo
comportamento das crianças e adolescentes que fazem parte de nossas
escolas, espera-se portanto, que através dessa pesquisa possa produzir um
documento final, útil dos profissionais que lidam com essa realidade.
Palavras Chaves: crianças, família, escola, educador e violência.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1 – CONFLITOS INTERPESSOAIS NA ESCOLA
2 – O PAPEL DA FAMÍLIA E O PROCESSO EM SALA DE AULA
3 – DISCIPLINA E INDISCIPLINA NA ESCOLA
4 – ALGUNS DISTÚRBIOS QUE LEVAM A CONDUTA AGRESSIVA
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
ÍNDICE
FOLHA DE AVALIAÇÃO
07
09
15
22
32
44
47
49
51
53
INTRODUÇÃO
A presente monografia, trata-se de elucidar a problemática da conduta
agressiva no processo escolar.
Quando pensamos em escola, pensamos em uma infra-estrutura
destinada a exclusivamente voltada para a educação pedagógica com
determinados conteúdos e séries que devem ser cumpridas ao longo dos anos,
abrindo portas para novos desafios futuros para os indivíduos.
Entretanto pensar em escola nos remete a um assunto que até bem
pouco tempo estava distante da mesma: a família.
Com essa pesquisa tem como objetivo identificar a conduta agressiva
em diversas formas, desenvolvendo assim um trabalho amplo e profundo
mobilizando a família e outros profissionais.
O interesse pela questão que diz respeito à conduta agressiva em sala
de aula é a grande problemática que tanto aflige os contextos escolares de
vários de quando a agressividade aparece no estabelecimento de ensino
principalmente em sala de aula, a falta de discernimento, a balbúrdia, a
ineficiência e a desarmonia, tornando-se indesejável, sendo assim a grande
necessidade de achar caminhos para solucionar esse problema que na maioria
das vezes interferem no processo ensino aprendizagem e na formação plena
do aluno.
Sendo crescente a necessidade de aprofundamento de estudos teóricos
que dessem suporte a nossa prática do cotidiano, onde vivenciando a conduta
agressiva gerada por diversos fatores inclusive o desestruturamento familiar.
A agressão ocorre com mais freqüência em crianças, cujos pais sofrem
desvios sociais, incentivando a agressividade em seus filhos pi crianças que
presenciam cenas de violências. Com isso a criança tende a descarregar toda
essa pressão, angústia e revolta em relação a todos que estão em sua volta,
levando assim a agressividade em sala de aula.
Mas ao mesmo tempo, temos assistido a uma violência contínua e
crescente em nossas escolas, talvez seja o resultado deste distanciamento
familiar, que reflete em nossos alunos lhe causando problemas psicológicos.
Espera-se, portanto, que através dessa pesquisa possa produzir um
documento final, útil dos profissionais que lidam com essa realidade, a fim de
contribuir para que os mesmos sejam capazes de identificar as diversas formas
da conduta agressiva e minimizar os efeitos negativos da conduta agressiva no
processo de ensino aprendizagem.
Começaremos o trabalho buscando diversos fatores que levam a
conduta agressiva, tendo como violência e necessariamente a vivência vinda
do exterior, que na maioria das vezes vem do próprio lar destes alunos.
No primeiro capítulo, apresenta os conflitos interpessoais que são
ocorrências freqüente em qualquer escola diariamente no seu trabalho com os
alunos, o professor depara-se com pequenas desavenças e crises repentinas.
Segundo TAILLE, apesar da criança com comportamento agressivo,
provisoriamente deixar de apresentar esse comportamento, não significa que
ela deixou de ser, e sim está aprendendo outras maneiras mais elaboradas de
proceder, significando que está sob controle por temer ou por interesse.
Segundo Lema, o papel da família é um elemento chave para
construção do indivíduo.
No segundo capítulo retrata o papel da família e o processo em sala de
aula, considerando que a educação se dá primordialmente no nível familiar e
na relação com a mãe ou com quem exerce a maternagem.
No terceiro capítulo fala da disciplina e indisciplina que tanto interferem
no processo ensino aprendizagem.
Conforme a concepção de SABOYA os problemas escolares, são
sempre condicionado por problemas emocionais, deficientes físicos ou
problema de excesso de capricho.
No quarto capítulo aborda alguns distúrbios que podem cursar a conduta
agressiva em sala de aula, atrapalhando a aprendizagem.
Segundo MANNIM as condutas agressivas se não forem trabalhadas,
provocam reações destrutivas para a própria formação do indivíduo.
1. CONFLITOS INTERPESSOAIS NA ESCOLA
Numa concepção tradicional, observa-se que, freqüentemente, os
conflitos são vistos como negativos. Tal concepção evidência porque, em geral,
os esforços são direcionados para evitá-los. Isso ocorre quando, por exemplo,
um professor procura acompanhar os alunos quase o tempo todo, pois quando
não o faz, alega que eles brigam, fazem bagunça, etc... Muitas vezes
elaboram-se inúmeras regras para evitar problemas, outras vezes os lugares
em que as crianças sentam, principalmente as mais “velhas”, são marcadas
previamente na sala de aula e os amigos separados para que não haja
conversas, brincadeiras ou brigas que poderão lhes distrair durante a aula.
Observar-se ainda que diante de uma desavença entre as crianças, o educador
procura intervir rapidamente, tentando resolver o problema, tomando para si o
conflito dizendo o que devem fazer para solucioná-lo.
Em geral, os conflitos são encarados como sendo antinaturais e
desviantes da função do professor, assim é comum tanto o deslocamento do
problema para ser resolvido por outro especialista, encaminhando os alunos ao
diretor, orientador etc... Quanto à transparência dos conflitos, que não são raro,
deveria ser da competência dessa instituição educativa para a família
solucionar, ao contar dos pais ou escrever na agenda do aluno o que ele fez de
errado, retirando os envolvidos da resolução dos mesmos.
Raramente os cursos de formação estudam essas questões preparando
o profissional em educação para lidar com segurança ao defrontar-se com
situações de conflitos que estão sempre presentes nas relações educativas.
Na escola tradicional, é comum, quando há desavenças, que se utilize
procedimentos que resolvem o problema temporariamente e que auxiliam na
contenção dos comportamentos, mas que não “educam” para a automotiva um
exemplo seriam as punições, como: Tirar algo que dá prazer à criança, colocar
para “pensar” no que faz, advertir, suspender, ameaçar, fazer sermões, retirar
afeto, dar ponto negativo, etc... Um outro exemplo seria a utilização de
recompensar “formar açucaradas de controle para que a criança apresente
determinado comportamento. Esses educadores utilizam as punições e as
recompensas porque estão convencionadas que são esses os procedimentos
que fazem as crianças serem obedientes e educadas desconhecendo uma
outra maneira de agir. Alegam que determinado procedimento"funciona”
justificando assim seu emprego.
O fato de fazer com que um comportamento não seja mais apresentado não significa que a criança percebeu as conseqüências de tal ato e está aprendendo outras formas mais elaboradas de proceder, pode significar, simplesmente, que está sob controle por temer ou por interesse (TAILLE, 1996, p.45).
A teoria construtivista compreende os conflitos como oportunidades para
trabalharmos valores e regras, pois não dão “pistas” sobre o que as crianças
precisam aprender. Dessa forma, as desavenças são encaradas como
positivas e necessárias, mesmo que desgastantes. Surgem principalmente na
troca de pontos de vista, só possível pela interação social. Numa classe em
que as interações sociais entre os pares são favorecidas, onde as crianças
tomam decisões, realizam atividades diversificadas e em grupos, assumem
responsabilidades, fazem escolhas, etc, haverá bem mais situações de
conflitos do que na escola tradicional, onde os alunos em geral, interagem
muito, pouco uns com os outros, ficando a maior parte do tempo em silêncio,
imóveis copiando pontas, resolvem do exercício, ouvindo explicações, cabendo
ao professor solucionar os problemas e tomar todas as decisões.
O professor construtivista reconhece que o conflito vivido pelas crianças
não lhe pertence, assim sendo, não lhe cabe resolvê-lo retirando-as do mesmo.
Freqüentemente, o que ocorre é o contrário, ou seja, o professor retira as
crianças do controle de próprio conflito ou problema atribuindo a si próprio a
resolução dessas situações vividas pelos alunos, dizendo-lhes o que dever ser
feito. Todavia o fato de não solucionar pelas crianças não é sinônimo de largá-
las a própria sorte. Em situações de conflito o educador poderá intervir
explicitando o problema de tal forma que possa entendê-las, ajudá-las a
verbalizar seus sentimentos e desejos, promovendo uma interação, e auxiliá-
las a escutar umas as outras, convidando-as a colocar suas sugestões e propor
soluções.
Assim, o professor auxilia o autoconhecimento quando ajuda as crianças
a refletirem sobre seus sentimentos e tendências de reação, todavia, ele deve
evitar tomar partido, falar pela criança ou propor a resolução, estimulando-as a
descreverem por si próprias seus pontos de vista e sentimentos, favorecendo a
coordenação dos mesmos. A escola deve ajudar a criança a controlar seus
impulsos, tornando-a apta a refletir sobre as conseqüências de seus atos. Os
esforços do professor para mediar um atrito entre as crianças mostrarem-se
ineficientes porque elas estão com raiva, ele pode pedir que elas se separem
até se sentirem mais calmas, podendo escutar e falar.
Quando se tem a concepção de que harmonia não significa ausência de
conflitos, pois estes são situações necessárias para a aprendizagem, e que
lidar com eles não é algo “desviante” da função de educador, modificam-se,
inclusive os sentimentos diante dos mesmos. Compreende-se que os
problemas, por serem naturais em qualquer relação, devem ser administrados,
e não sofridos.
A angústia ou a insegurança leva o sujeito a resolvê-las rapidamente de
forma improvisada, para “livrar-se” daquilo que gera esses sentimentos, assim,
muitas vezes as intervenções são autoritárias e não raro desastrosas.
Concebendo-os como inerentes às relações e necessárias ao crescimento
individual ou de um grupo, lida-se com os conflitos de forma mais serena,
percebendo a necessidade de muitas vezes, planejar o processo de resolução
dos mesmos compreendo que os procedimentos que serão empregados ou as
regras que serão elaboradas, não devem apenas atuar sobre as
conseqüências de um problema, e sim sobre as causas. Uma resolução
considerada eficaz em um conflito é aquela que minimiza ou elimina as causas
que o geraram.
A aprendizagem da resolução dos problemas por meio do diálogo não se
dará de uma hora para outra, e nem se dará de forma harmônica, pois
nenhuma atitude será definitiva ou fará com que a criança aprenda de uma vez
por todas, mas sim gradualmente, resultado de reflexão contínua, diálogo, troca
de ponto de vista, amadurecimento das relações e coerência nos
procedimentos empregados. O professor não deve esperar uma classe de
alunos silenciosa, comportados e nem mesmo que aspectos relacionados à
personalidade de uma determinada criança como ser mais sensível ou irritado,
transformem-se em curto espaço de tempo. Considerando que a construção da
moralidade dar-se a partir da sua interação com as pessoas e com as
situações, acreditamos que a partir das inúmeras situações de desavenças,
havendo a intervenção e orientação adequada por parte do educador, que as
crianças poderão ir substituindo a imposição, as reações impulsivas ou
agressivas pelo diálogo cooperativo como procedimento predominante no
processo de resolução dos conflitos.
Entretanto, isso não significa que, necessariamente, todos os conflitos
serão solucionados, alguns problemas não o serão visto que as relações
humanas são extremamente complexas. Todavia considerando-os como
oportunidades de aprendizagem, o educador ao intervir nessas situações, deve
ter como meta os objetivos maiores que se pretende atingir em longo prazo,
como: a resolução por meio de diálogo; a compreensão da necessidade de
existência das regras na relação entre as pessoas; a tomada de decisões; a
respeito mútuo; a identificação e a coordenação das próprias perspectivas e
sentimentos com o dos outros; a reciprocidade; o favorecimento da autonomia,
etc...
A obtenção de relações equilibradas e satisfatórias (o que não significa
que os conflitos estarão ausentes) não são frutos de um dom gratuito ou de
desenvolvimento maturacional, mas sim decorrentes de um processo de
construção e aprendizagem. A criança não irá aprender por si mesma, uma
questão que é muito complexa e para a qual não foram previstas boas
intervenções e oferecidas situações que lhe auxiliassem a aprender o que
necessita. Porém, raramente se percebe a preocupação das instituições
escolares com esta aprendizagem, sendo que seus esforços nessa área estão
mais voltados para a contenção do que para a aprendizagem. Entretanto, todo
projeto que tenha por finalidade educar para a autonomia, deve conceder um
lugar relevante as relações interpessoais.
A escola é hoje dentro do contexto familiar, social e político, a instituição
que detém o “poder” de resgatar os valores morais e fortalecer o cidadão e
conseqüentemente, a família e a sociedade, para que se estabeleça um novo
perfil social mais harmônico, mais estável e responsável.
Porém, a escola jamais superar o papel da família e nem o pretende.
Entretanto entende-se que hoje a escola é o “fórum” onde o educando se
manifesta o educador intermédio e a família se expressa. É o local de
“encontro” onde as relações e as mudanças se realizam.
Nesse sentido, é importante compreender que a ação educativa não é
simples. Ela exige reflexão, coerência, firmeza e ternura.
É claro que toda a escola necessita explicitar seus princípios e valores
para pautar suas normas e regras de conveniência. A rotina de uma escola é,
portanto, dinâmica e imprevisível.
A força do trabalho cooperativo consciente e responsável de toda a
equipe, envolvendo a comunidade escolar sem distinção de cargos e funções é
imensurável. Vale ressaltar que a criança e o jovem estão pedindo que nos
organizemos, disciplinarmente, para educá-los.
A família também clama por ajudar, mesmo estando na maioria das
vezes, ausente. Este é mais um desafio para a escola pacientemente, criar
estratégias para trazer a família para a participação efetiva.
A escola necessita aprimorar-se a cada dia na sua prática, no seu
cotidiano de uma maneira metodológica, a fim de garantir a sua finalidade que
é a educação.
A escola hoje precisa de um plano de ação que exige continuamente
manutenção, capacitação, reflexão e ajustes nas medidas e tomadas de
decisões. Tendo uma escola fortalecida em seus princípios, traduzidos na
maneira de ser e nas atitudes de nossos alunos, professores e funcionários.
Equivale a dizer que às vezes tentamos criar, em sala de aula, um
ambiente em que a disciplina é um fim em si mesma, e não um coadjuvante do
aprendizado, e que é estéril por ser diferente da vida. “Disciplina imposta cria
seres heterônomos, apenas capazes de obedecer às regras criadas pelos
outros” (MUSSAK, 2002, p. 12).
Disciplina como resultado do interesse desenvolve seres autônomos, e
m condições de participar das regras e de obedecer às mesmas não por medo
do castigo, mas por concordar com elas.
2. O PAPEL DA FAMÍLIA E O PROCESSO EM SALA DE AULA
Destacando a importância do papel da família no desenvolvimento da
criança, observamos que; “... o conceito de quem somos e aprendemos vem
principalmente da família. E por isso que a família tem uma responsabilidade
enorme” (PAWEL, 1984, p.37).
Atualmente em decorrência da vida agitada e com todas os problemas
decorrentes a família, independente de classe social, não se consegue dar á
criança e ao jovem a atenção necessária.
No relacionamento criança e família, há também o fator afetivo a ser
incluído na análise. A privação ou carência afetiva durante os primeiros anos
de vida é a causa determinante de estados físicos debilitados, comprometidos
e depressivos.
A ausência de carinho e compreensão, faz com que as crianças
desenvolvam suas capacidades exploratórias e seus impulsos para melhor
contato com os colegas e funcionários da escola.
O que acontece com grande parte das crianças, e ter uma família
desestruturada, que não tem como educar seus filhos. E grande parte, dos pais
foi ensinada dessa forma e passam para os seus filhos essa mesma conduta.
Para entender a dinâmica, das relações do triângulo familiar, em cada
caso, é preciso perguntar Quem são? Como são estes pais? Que vida tiveram?
Que influências receberam? Como foram seus pais? E em que circunstâncias
se casaram? E o que representava a chegada deste filho na vida dos dois?
Partindo desses princípios, observa-se que a estrutura familiar tem um
grande papel na vida da criança. Fazendo uma comparação, de crianças que
crescem em ambiente que exista carinho, afeto, amor, compreensão e respeito
entre os seus familiares, ele tende a ter uma conduta sadia perante aos
demais, observando assim resultados benéficos para a sua formação pessoal.
No caso oposto, crianças que crescem em ambiente com agressões, brigas,
desafetos, desamor, falta de respeito entre os seus familiares, tende a ter
dificuldade em lidar com situações do seu cotidiano levando-a agressão. “A
família é a instituição de importância decisiva na educação da criança”. (LIMA,
1997, p.07).
Como já foi dito a família é elemento chave para o desenvolvimento
escolar, para isto, devemos saber alguns pontos primordiais, para que o
sucesso possa ser esperado e entender o que seja comportamento
principalmente, pois, a indisciplina é gerada exclusivamente pelo
comportamento, das crianças e adolescentes que fazem parte de nossas
escolas. Percebe-se que esse determinado problema ocorre em sala de aula.
O problema da agressão, na escola, é grave e angustiante para os
professores em sala de aula. O que fazer? Essa é a pergunta que muitos
professores se fazem.
Entende-se que o ato de agressão indisciplina e etc... Como aqueles que
não estão em correspondência com as leis e normas estabelecidas pela
sociedade.
A visão hoje, quase romanceada da escola como lugar educativo e
prazeroso, mas parece ter sido substituído, pela imagem de um campo de
pequenas batalhas civis, visíveis o suficiente para se preocupar.
Para aqueles professores preocupados com a problemática da agressão
e da indisciplina, o aprofundamento das discursões, exige sem dúvida, um
recuo estratégico do pensamento.
Quais os significados da indisciplina e da agressão escolar? E quais os
recursos possíveis de enfrentamento do tema, quando tomado como objeto de
reflexão ou problema concreto. Embora o comportamento desviante seja um
velho conhecido de todos, sua abordagem teórica não é tão nítida. É pouco o
número de obras dedicadas à problemática do comportamento indisciplinar por
isso, este tema sem dúvida é de difícil abordagem.
Os relatos dos professores testemunham que a questão disciplinar é
atualmente uma das dificuldades fundamentais no trabalho escolar.
O ensino teria como um de seus obstáculos centrais, a conduta
desordenada dos alunos, traduzida em termos como bagunça, tumulto, falta de
limite, maus comportamentos, e desrespeito as figuras de autoridade escolar.
Outro lado significativo refere-se ao fato da indisciplina e a agressão
atravessar sempre os caminhos das escolas públicas e privadas. Enganam-se,
aqueles que supõe que esses problemas estão apenas presentes em
determinados contextos. Vale lembrar que, embora existem diferentes
significados atribuídos a essa problemática e os próprios objetivos
educacionais subjacentes, ambos podem ser distintos, eles parecem sofrer o
mesmo tipo de efeito mais não se trata, pois de uma espécie de desprivilégio
só da escola pública, muito pelo contrário.
O comportamento desviante em sala de aula, seria talvez o inimigo
número um do educador atual, cujo maneja as correntes teóricas pedagógicas.
É certo, pois, que a temática disciplinar passou a se configurar, como um
problema interdisciplinar, transversal à pedagogia, ele deve ser tratado como
ciências na educação. Um novo problema que pede passagem para ser
estudado.
Decorre disto, que apesar de o manejo disciplinar ter sempre em foco
outras preocupações dos educadores, o que teria acontecido com as práticas
escolares a ponto da indisciplina ter ser tornado um obstáculo pedagógico
propriamente?
Essas e outras tantas questões levam os educadores, enfim, a
consideração à agressão e a indisciplina como um sintoma de outra ordem que
não seja estritamente escolar, mas que surge no interior da relação educativa,
ou seja, ele não existiria como algo em si, um evento pedagógico particular, é
no caso anti-natural ou desviante do trabalho escolar.
Essa queixa, bastante comum dos educadores, que o aluno da atualidade
necessita de tais parâmetros em maior ou menor grau. E o aluno acometido por
agressividade ou rebeldia, por apatia ou indiferença ou ainda desrespeito e
falta de limites, eventos estes quase sempre representados como supostos
índices de insalubridade moral, além de obstáculos centrais do trabalho
pedagógico.
Não existe possibilidade de escolarização sem está condição primordial,
a disponibilidade do sujeito para com seu semelhante, e em última instância,
para com a cultura do qual o professor seria uma porta voz privilegiada. Seria
um elemento de conexão, que também não pode deixar toda responsabilidade
em cima escola, para que a mesma tenha que assumir a tarefa de estruturação
psíquica do trabalho pedagógico, ela é de responsabilidade do ânimo familiar e
escolar, primordialmente.
São elas as duas instituições, responsáveis pelo que se denomina
educação num sentido amplo. Só que o processo educacional depende da
articulação deste dois âmbitos institucionais que não se justapõem. Antes, são
duas dimensões que, na melhor das hipóteses, complementam-se e articulam-
se. A agressão e a indisciplina, deste ponto de vista, estaria se revelando.
Trata-se, supostamente, de um sintoma de relações familiares
desagregadoras, incapazes de realizar sua parcela no trabalho educacional
das crianças e adolescentes. Um esfacelamento do papel clássico da instrução
familiar. Chega-se a um impasse: a educação, no sentido lato não é de
responsabilidade integral da escola. Esta é tão somente um dos eixos, que
compõem o processo como um todo, entretanto, algumas funções adicionais
lhe vêm sendo delegada no decorrer do tempo, funções estas que ultrapassam
o âmbito pedagógico de que implicam o estabelecimento de algumas
atribuições familiares.
... as práticas pedagógicas concretas acabam sendo embarcadas por expectativas nitidamente moralizadoras, ou seja, constatou-se que no plano das representações, depende-se muito das questões psíquicas/morais do aluno do que com a tarefa epistémica fundamenta. (CASSIS, 1998, p. 06)
Talvez, deve-se a isto o inegável fato de, não raras às vezes o discurso
dos teóricos e os dos protagonistas concretos geram insatisfação e
descontentamento, quando um excesso de críticas e de atribuição de culpa,
confundem assim, a imagem do espaço escolar, com a de um estado de
danação ou de calamidade.
A agressão e a indisciplina seriam indício de uma carência estrutural que
se alojaria na interioridade psíquica do aluno, determinada pelas
transformações institucionais na família e desembocando nas relações
escolares. De uma forma ou de outra a gênese do fenômeno acaba sendo
situada fora da relação concreta entre professores, ou melhor, nas suas
determinações.
Trabalhando em uma instituição para criança com problemas de
diferentes tipos e causas de agressão, o autor foi testando os efeitos de drogas
com ação no sistema nervoso central. Os efeitos colaterais dessas drogas em
adultos já eram bem conhecidos com sérias restrições ao seu uso, em
crianças, não se conheciam ainda seus efeitos presumivelmente mais intensos
além disso, com as crianças eram internas na instituição, não era qualquer
referência a explicação de risco para a família, nem mesmo de consentimento.
A partir do primeiro trabalho, publicado em 1937, o autor persistiu nessa linha
de pesquisa, agora já acompanhada por outros autores em um de seus
trabalhos. “... Existe uma certa apreensão pública, baseada largamente em
informações incorretas de que seu uso pode levar a dependência”. (BRADDEY,
1950, p. 35)
Em síntese, o autor testou drogas potencialmente perigosas em crianças
com diagnósticos os mais diversos sem consentimento da família e tirou suas
conclusões apenas de suas “impressões clínicas”.
A escola foi sempre considerada com uma das instituições fundamentais
no processo de socialização, porque ao chegar na escola, a criança amplia o
seu mundo social, onde ela adquire maior complexidade e maior intensidade
em seu estado psicológico. Seus próprios colegas serão os mais influentes
agentes de socialização, instruindo-o através do reforçamento de algumas
respostas e principalmente servindo como modelo para “imitação e
identificação”.
Porém quando se trata de crianças, cujo o seu ambiente produz
marginalizados com carências econômicas culturais, as drogas, o alcoolismo e
o desemprego terão dificuldades em ter um bom relacionamento com os seus
colegas.
Por que as crianças desde o seu nascimento vivem em um processo
continuo de socialização. Neste processo há uma intervenção de uma série de
instituições, entre as quais convém destacar a família como a primeira, mais
importante e decisiva na vida da criança.É no seio familiar onde a criança
aprende a se relacionar, a descobrir, e ao iniciar seu processo de autonomia. É
neste momento que tem início um desenvolvimento harmônico mais ou menos
desajustado.“As relações intra-familiares, os conflitos entre os pais a
ansiedade desencadeada nas crianças seriam os pontos fundamentais
hierático e agressivo.” (MOISÉS E COLLARES, 1992, p. 28).
Uma mãe super protetora incentiva o crescimento das crianças. Um
abandono por parte do pai, uma valorização diferente dos filhos, a pobreza em
todos os níveis, a ansiedade, a violência no seio familiar, podem ser causas de
sérios desajustes de desenvolvimento, evitando que vá superando
harmonicamente as diferentes etapas de sua infância. A família pode criar
graves dificuldades no processo socializador da criança e este fracasso pode
ficar oculto e sem possibilidade de correção do realizar-se, ninguém vai intervir
e opinar com certa autoridade sobre a boa ou má atuação familiar. Somente
quando a criança entra na escola (segunda e fundamental instituição no
processo de socialização) e que será possível constatar e verificar de forma
oficiosa mas muito real, a adequação ou não do processo familiar.
Falávamos anteriormente, de como o processo de socialização familiar
pode ser apoiado ou corrigido na escola. Independentemente da forma de
maneira intencional ou não, a escola influirá de maneira decisiva neste
processo.
Vamos apresentar, de forma esquemática uma série de etapas
produzidas nos centros educacionais ao se enfrentar este problema:
X Desconhecimento de causas e evolução do problema. Os professores vêem
como as crianças, anteriormente dóceis, tornam-se atrevidas e agressivas
ou observam então, que pode-se predizer o futuro delinqüente de alguns
alunos, por não conhecer as causas ou mecanismos do progresso da
inadaptação, dificilmente pode-se agir positivamente;
X Este desconhecimento do tema leva o educador a agir por intuição ou pela
experiência. Atuações bem intencionadas que não atingem seus objetivos.
A criança, inexoravelmente, avança na marginalização. Isto produz doses
suficientes de impotência nos educadores. A expressão “não há nada a
fazer com este aluno” reflete muitas frustrações em relação ao tema.
X Defesa perante a agressão. O seguinte passo lógico que sucede o anterior
da impotência é a defesa da instituição.
Por isso, diante da impossibilidade de mudar a trajetória desses alunos, a
escola tenta controlá-los, isolá-los ou em último caso expulsá-los. Além
disso, chegando-se a este extremo, há justificativas razoáveis para a expulsão.
O bem estar das outras crianças, os protestos fundados dos outros pais e dos
outros professores, os contínuos atos anti-sociais dos alunos em questão, são
motivos de pressão para expulsão etc... Resumindo e correndo o risco de cair
no simplismo, podemos afirmar que atualmente em relação ao tema
comportamento desviante na escola, o processo tem somente duas saídas, ou
defender-se ou ir contra esses conceitos propostos.
3. DISCIPLINA E INDISCIPLINA NA ESCOLA
CAUSAS, CONSEQÜÊNCIAS E PERSPECTIVAS
3.1 – Disciplina
A qualidade de uma instituição escolar depende em grande parte do
modo pelo qual ela enfoca o processo de condução das atividades que se
desenvolvem nas classes, pois, ali não é somente o lugar onde se realiza o
processo de ensino-aprendizagem, como também, o lugar que traz sempre o
momento oportuno para se desenvolver e promover os valores humanos os
alunos.
Essa qualidade depende, sobretudo, também da capacidade dos
professores estimularem o esforço dos alunos. É necessário em primeiro lugar
que a instituição escolar tenha bem claro o que é disciplina para ela.
Dependendo da maneira com que a escola conceitue disciplina, que nos indica
claramente porque um aluno é considerado indisciplinado em uma escola e
quando freqüenta outra, isso pode não acontecer, confundindo os pais muitas
vezes a respeito do conhecimento que acham que possuem sobre seus filhos.
Consideramos que uma escola preocupada com a formação dos seus
alunos e não somente em “ensiná-los” é aquela que considera a disciplina
como: o domínio de si mesma para ajustar a conduta às exigências do trabalho
e de convivências próprias da vida escolar, não como um sistema de castigo ou
sanções que são aplicadas a alunos que alteram o desenvolvimento normal
das atividades escolares com uma conduta negativa.
A disciplina é um hábito interno que facilita a cada pessoa a
cumprimento de suas obrigações, é um autodomínio, é a capacidade de utilizar
a liberdade pessoal, isto é, a possibilidade de atuar livremente superando os
condicionamentos internos ou externos que se apresentam na vida cotidiana.
3.2 – Necessidade de Normas Básicas de Convivência
O que torna possível uma ação positiva continuada dos professores e
um bom clima na classe são alguns pontos de apoio. Com efeito, o respeito às
pessoas e à propriedade, a ajuda desinteressada aos companheiros, a ordem e
as boas maneiras, exigem que todos que convivam na escola aceitem algumas
normas básicas de uma escola não se improvisa é uma questão de coerência,
de tempo e constância.
São imprescindíveis, portanto, algumas normas que sirvam de ponto de
referência e ajudem a conseguir um ambiente sereno de trabalho, ordem e
colaboração, um referencial geralmente aceito, que determina o limite que a
liberdade dos outros impõe à nossa própria liberdade.
É lógico que as normas por si mesmas não são suficientes. Não se
consegue a disciplina escolar mediante a aplicação exaustiva das sanções
estabelecidas. A convivência harmônica entre toda comunidade escolar e
conseqüência de um processo de formação pessoal que torna possível a
descoberta da necessidade e valor destas normas elementares de convivência.
Que ajudam a faze-los próprios porque se converteram hábitos de autodomínio
que se manifestam em todos os ambientes onde se desenvolve a vida pessoal.
3.3 – A Disciplina com Instrumento Educativo
Em uma escola não existem problemas de disciplina: há alguns alunos
com problemas, cuja formação é preciso atender de uma maneira particular.
Para um real processo educativo a solução não é excluir os que atrapalham, e
sim, atender a cada um segundo suas necessidades pessoais.
O caráter é o aspecto da personalidade que não decorre apenas no aspecto genético, embora seja por ela condicionada. Se as reações de caráter (adquiridas) opuserem às tendências da personalidade inatas; Poderão tornar a pessoa angustiada (ZAGURY, 2001, p. 22).
Como se trata de pessoa em formação é preciso estabelecer um sistema
de estímulo que favoreçam o desenvolvimento das responsabilidades dos
alunos, muito mais que punir, o que vem a exigir uma atuação continuada dos
professores: os alunos não mudam de um dia para o outro. Em educação é
absolutamente necessário contar com o tempo, pois o importante é a formação.
A primeira e mais fundamental norma para o professor é tratar seus
alunos com estima e respeito. Para estar em condições de educar o professor
precisa estabelecer relações cordiais e afetuosas com os alunos; criar um
ambiente estimulante de compreensão e colaboração, usando de atitudes
amistosas e pacientes com todos os alunos sem distinção.
Neste ambiente de cordialidade que deve envolver as relações
professor-aluno, não há espaço para palavras ou mesmos gestos que
signifiquem menosprezo; nem que se ridicularize um aluno perante seus
companheiros, ou a impaciência com seu erro; nem para ameaças ou
concessão de privilégios; ou para a ação que não aceita que os alunos, tenham
direitos a justificativas, ou ainda, a utilização de sanções para estimular a
aprendizagem.
Um dos fatores que mais estimula a indisciplina, ou a falta de
consideração dos alunos a um professor é a falta de coerência entre o que o
professor diz e o que ele faz, entre os valores que ele tenta transmitir aos
alunos e os que ele mesmo vive.
Sabemos também que existem comportamentos que pela gravidade e
transtornos que provocam nos demais podem prejudicar o andamento normal
da classe e o bom ambiente entre os alunos. Nessas ocasiões em que se põe
à prova a qualidade humana e profissional, ofício do professor, importa e muito
agir com acerto.
O mau comportamento é com freqüência, conseqüência de condições
desfavoráveis do mesmo ambiente escolar que está atuando sobre os alunos;
locais imobiliários inadequados, falta de unidade e critério dos professores e
equipe da escola, etc…, e sobre eles devem centrar-se inicialmente a atenção
antes de tomar medidas mais drásticas e também atuar com a família e com o
próprio aluno.
Já, nos casos em que a indisciplina é coletiva, em que a maioria dos
alunos numa classe se comporta com irresponsabilidades, as raízes podem
estar em diversas condições ambientais que estão atuando sobre a realidade
escolar. Estas condições devem ser analisadas com objetividade e
identificadas para que se possa tratá-las de modo adequado: as instalações
são funcionais; o número de alunos na classe é muito grande; as atividades
escolares são monótonas; os profissionais atuam de modos muitos diferentes
demonstrando falta de integração entre si e entre as normas da escola;
acontece em todas as aulas ou apenas com um ou com outro professor.
Soluções para os chamados problemas de “indisciplina” deverão estar
baseados numa análise exaustiva da situação, na reflexão, no diálogo e em
técnicas que capacitem os alunos para o autocontrole e a responsabilidade por
sua conduta. A responsabilidade pelo comportamento dos alunos na aula não é
só exclusividade dos professores, mas não podemos deixar de acentuar com
competência profissional, unidade e coerência, sentindo-se responsáveis pelo
que ocorre ao seu redor, os comportamentos inadequados ficam restritos a
poucos alunos, com problemas muitas vezes de origem extra-escolar.
Todo educador precisa ajudar a criança a estruturar o caráter, mas de
acordo com seu temperamento. Forçar uma criança tímida a se tornar
extrovertida pode prejudicar seu equilíbrio. O que devemos fazer é ajudá-la a
capitalizar positivamente suas características. Se sua forma de ser pode lhe
trazer dificuldades devemos tentar ameniza-la, sem alterá-la em sua essência.
Devemos atuar de forma a promover condições que auxiliem numa visão
positiva de suas características, ao mesmo tempo em que desenvolvem novas
formas de interação social.
3.4 – Indisciplina
Se for verificado os sentidos que a língua portuguesa reserva para os
conceitos de indisciplina, disciplina e violência, encontrará algumas definições,
tais como: “todo ato ou dito contrário à disciplina que leva à desordem, à
rebelião”, constituir se ia em indisciplina. A disciplina enquanto “regime de
ordem imposta ou livremente consentida que convém ao funcionamento
regular de uma organização (militar, escolar, etc.)”, implicaria na observância a
preceitos ou normas estabelecidas. A violência, por sua vez, seria
caracterizada por qualquer “ato violento que, no sentido jurídico, provocaria
pelo uso da força um constrangimento físico ou moral”.
Será que em educação poderia debater sobre estes conceitos, usando
os mesmos sentidos? Será que a indisciplina e a violência são sempre
indesejáveis, ou teria que considerar não apenas as regras do jogo
institucional, mas também outras regras que, de modo subterrâneo perpassam
o cotidiano escolar.
A escola, enquanto espaço de violência e de indisciplina é percorrida por
um movimento ambíguo: de um lado, pelas ações que visam ao cumprimento
das leis e das normas determinadas pelos órgãos centrais, e de outro, pela
dinâmica de seus grupos internos que estabelecem interações, rupturas e
permitem a troca de idéias, palavras e sentimentos numa fusão provisória e
conflitual.
A instituição escolar não pode ser vista apenas como reflexo da
opressão, da violência, dos conflitos que acontecem na sociedade. É
importante argumentar que as escolas também produzem sua própria violência
e sua própria indisciplina.
A escola como qualquer outra instituição está qualificada para que as
pessoas sejam todas iguais. A quem afirme: “Quanto mais igual mais fácil de
dirigir”. A homogeneização é exercida por meio de mecanismos disciplinares,
ou seja, de atividades que esquadrinham o tempo, o espaço, o movimento, os
gestos e as atitudes dos alunos, dos professores, dos diretores, impondo aos
corpos uma atitude de submissão e docilidade.
Assim como a escola tem esse poder de dominação que não tolera as
diferenças, ela também é recortada por formas de resistência. Compreender
esta situação implica em aceitar a escola como um lugar que se expressa uma
extrema tensão entre forças antagônicas.
Como a pluralidade das ações presentes não se reduza numa
inquietação frente à existência dos diferentes grupos. A disciplina imposta , ao
desconsiderar, por exemplo, modo como são partilhados os espaços, o tempo,
as relações entre os alunos, gera uma reação que explode na indisciplina
incontrolável ou na violência.
Se ensinar é mais que transmitir conteúdos, ou seja, é poder gerir
relações com o saber, a aprendizagem implicam uma tensão, uma violência
para aprender.
A classe é o lugar onde se tece uma complexa rede de relações. Mas na
mediada em que o professor não consegue perceber essa teia ele concentra os
conflitos ou na sua pessoa, ou em alguns alunos, não nos deslocando,
portanto, para o coletivo. Como não há reversibilidade de posições, forma-se
uma rígida divisão entre aquele que sabe e impõe e aquele que obedece e se
revolta. Dessa forma, cada um passa a ser movido por uma ordem, por uma
obrigação que é imposta e não incorporada.
O professor imagina que a garantia do seu lugar se dá pela manutenção
da ordem, mas a diversidade dos elementos que compõem a sala de aula
impede a tranqüilidade da permanência nesse lugar. Ao mesmo tempo, que a
ordem é necessária, o professor desempenha um papel violento, pois se de um
lado, ele tem a função a de estabelecer os limites da realidade, das obrigações
e das normas, de outro, ele desencadeia novos dispositivos para que o aluno
ao se diferenciar dele, tenha autonomia sobre o seu próprio aprendizado e
sobre sua própria vida.
O grande problema talvez esteja no fato de o professor se concentrar
apenas na sua posição normalizada achando que, com isso, ele conseguirá
iluminar os conflitos: mas, as efervescências da sala de aula marcada pela
diferença, pela instabilidade, pela precariedade, apontam para inutilidade de
um controle totalitário, de uma planificação racional, pois os alunos buscam de
modo espontâneo e não planejado o “estar junto” que impede a instalação de
autoritarismo. Quanto maior a repressão, maior a violência dos alunos em
tentar as forças que assegurem sua vitalidade enquanto grupo.
Quando o professor experimenta a ambigüidade do seu lugar, ele
consegue, juntamente com, os alunos, administrar a violência intrínseca ao seu
papel. Isso não significa que a paz reinará na escola, mas que os alunos e
professores por força das circunstâncias serão obrigados a ser ajustar e a
formular regras comuns, os limites do fechamento e de tolerância. Portanto,
nem autoritarismo e nem abandono. O professor ocupa o seu lugar limitador,
mas ele também abre brechas que permitirão ao aluno negociar e viver com
mais intensidade a misteriosa relação que uni o lugar, escola e os alunos.
A indisciplina não expressa apenas ódio, raiva, vingança, mas também
uma forma de interromper as pretensões do controle homogeneizador imposto
pela escola. Tanto nas brigas (envolvendo alunos, professores e diretores)
como nas brincadeiras, existe uma duplicidade que, ao garantir a expressão de
forças heterogêneas, assegura a coesão dos alunos, pois eles passam a
partilhar de emoções que fundam o sentimento da vida coletiva.
A escola tende a reforçar ora a integração plena, ora a rejeição total e,
com isso, ela rompe o lixo das redes em que se apoiam a aproximação e a
recusas afetivas. Esse desequilíbrio desvincula a escola de seu enraizamento
junto aos alunos, represando sentimento que freqüentemente explodem sob as
formas mais indesejáveis.
O objetivo de eliminar a violência e a indisciplina, ou de coloca-las para
fora do campo escolar, faz com que se perca a compreensão da ambigüidade
desses fenômenos que restauram a unicidade grupal e instalam uma tensão
permanente. Quando essa tensão é vivida coletivamente, ela assegura a
coesão do grupo; quando impedida de se expressar, transforma-se numa
violência tão desenfreada que nenhum aparelho represar, por mais eficiente
que seja, poderá conter.
Portanto, nem uma liberação geral, nem uma ordem absoluta tem
eficácia sobre o movimento dos diferentes grupos que compõem o território
escolar, e que obedece as leis próprias. O confronto da escola com essas leis
obriga à negociação, à adaptação. Quanto maior a sua capacidade em assumir
e controlar a violência, mais a escola dará ao conjunto uma mobilidade que
permitirá driblar e agir com tolerância perante os diferentes tipos de agitação.
Mas, quando a escola enrijece, aplicando uma lei única para todos os
casos, o coletivo se desestrutura porque as discordâncias, deixando de ser
objeto de negociação, enfraquecem os vínculos da trama social e começam a
ser tratadas por especialistas. O diretor passa a depender, por exemplo, dos
(orientadores, psicólogos, etc.) que se utilizam da força moral ou psicológica
para conter o movimento da indisciplina. Contudo, a ação desses profissionais
será pouco eficaz, porque quando a violência não é eliminada, ela assume
outras modulações e rompe regularmente, trazendo à tona tudo o que foi
rejeitado.
Pode se dizer que os problemas escolares são sempre determinados ou por perturbações emocionais, por deficiências físicas, por superproteção dos pais que mimam demais a criança, levando-a assim a não sentir necessidade de fazer esforço a insuficiente contato entre pais e escola, ou mesmo a deficiência da escola que poderá estar usando técnicas errôneas de ensino. (SABOYA, 1993. p. 109).
A professora deverá ter uma base psicológica que lhe possibilite
perceber e individualizar a razão do problema escolar.
Uma dificuldade de leitura, de cálculo, irrequietude, agressividade ou
distração, podem ter causas profundas que escapam à compreensão da
professora. Mas ela deve ao menos focalizar sua atenção naquelas formas de
comportamento que prejudicam o progresso na escola, e procurar encaminhá-
las para centros que possam resolver tais problemas.
Como diretores de escola, professores, educadores em geral irão
negociar com conflitos? Não se trata de receitar formas que levem a essa
negociação, mesmo porque não existe plano algum que solucione o problema
da indisciplina de modo a eliminá-la por completo. O conflito está sempre
presente o que obriga a trabalhar a cada momento, com todas as turbulências
do dia a dia, localizando as formas através das quais elas se compõem em
relação aos limites e as coerções da instituição.
Mais do que os atos externos, será eficaz o modo de ser da professora sua atitude interna. A criança intui quando é amada e isso lhe é salutar, não havendo necessidade de preocupações excessivas com uma estudada maneira de agir. Aqui valeria a frase: “Ama e faze o que quiseres”. Um amor iluminado será sempre fértil de recursos e intuições. Mais do que tudo é necessário equilíbrio pessoal da professora senão será ela que descarregará suas tensões sobre os alunos, em lugar de aliviá-los das tensões sobre os alunos, que trazem de casa. (SABOYA, 1983. p.149).
Além dos problemas do lar, a criança pode ter outros, nascidos da
própria escola. Quando a escola foi apresentada como um lugar desagradável,
um castigo, e as professoras como pessoas severas, a adaptação dos colegas,
à professora, à nova situação. O carinho da professora compartilhada com
muitos, não suprirá de todo a perda da presença materna constante.
Este fato tem também um aspecto positivo. Concorre para diminuir o
egocentrismo infantil, socializa a criança. Mas isso não impede que possa
também fonte de desajuste e, se não for bem resolvido, condiciona a criança a
uma permanente indisposição com a situação “escola”.
Uma disciplina homogeneizadora que valha para escola toda, feita para
um conjunto de alunos equivalentes àquelas de um passado idealizado (dos
velhos tempos), está destinado ao fracasso. Com o advento da escola de
massas, há outras regras em jogo que nadas têm a ver com a experiência que
vivida no passado. Existe um conjunto de histórias tão diversificadas que
precisam ser conhecidas para que os educadores descubram os mundos de
onde os alunos provêm.
É preciso construir práticas organizacionais e pedagógicas que levem
em conta as características das crianças e jovens que hoje freqüentam as
escolas. A organização do ano escolar, dos programas, das aulas, a arquitetura
dos prédios e sua conservação não podem estar distantes dos gestos e das
necessidades dos alunos, pois, quando a escola não tem significado para eles,
a mesma energia que leva ao desenvolvimento, ao interesse, pode
transformar-se em apatia ou explodir em indisciplina.
Quando encontrar um equilíbrio entre os interesses dos alunos e as
exigências da instituição. É preciso deixar de acreditar que a paz signifique
ausência de todo conflito.
Empreendimentos que flexibilizem o tempo e o espaço do território
escolar, que não excluam a possibilidade de desistências e nem o debate
sobre estas questões, podem dar início os despontar de uma solidariedade
interna que recuse o coletivismo, isto é, a imposição unitárias de comandos, e
que uma lutas pelo coletivo, ou seja, uma atividade conjunta que rompa com o
isolamento das pessoas e crie uma comunidade de trabalho.
Essa comunidade faz nascer a troca recíproca, sem eliminar a
autonomia das pessoas e as suas diferenças. Mas para que exista esta
solidariedade, é preciso correr o risco da separação, da honestidade que
atravessa todas as redes da trama social escolar e que faz relembrar as bases
do seu funcionamento. Os múltiplos confrontos e o viver ambíguo (entre a
harmonia e o conflito) integrado a uma ação coletiva, não atomizado, são os
fatores que concretizam o gostar da escola ainda que apenas para encontrar
os amigos.
4. ALGUNS DISTÚRBIOS QUE LEVAM A CONDUTA
AGRESSIVA
Levando em consideração, alguns distúrbios de comportamento
desviante em sala de aula, observa-se que a criança com distúrbios de
comportamento necessitam de cuidados especiais para isso devemos
identificar quais fatores que provocam esse distúrbios de comportamento.
4.1 - Autismo:
Autismo como característica principal a interiorização e o pensamento
desvinculado da realidade. A dificuldade de relacionamento pode aparecer
desde dos oito meses de idade, já se pode perceber característica de autismo.
4.2 - Medo:
O medo é uma das reações normais do ser humano, passa a ser
psicológico quando existe medo de tudo, persistindo diante de todos e em
situações nova ou privando do convívio social.
4.3 - Enurese:
A enurese pode ser a maneira de chamar atenção, e agredir os pais
assim como a acropsi. Evacuar nas calças, caracteriza-se como distúrbios de
fundo emocional, se não houver anomalia física. Quanto mais idade mais grave
fica os distúrbios.
4.4 - Fobia escolar:
A fobia escolar é um medo acentuado de estar na escola, não se resolve
com traços de sala ou de professores, pode ocorrer tanto no inicio do período
letivo, como durante o período que antecede o ingresso da criança na escola,
que pode resultar num medo da criança ser abandonada e esquecida fora de
casa.
4.5 - Timidez:
A timidez pode ser encarada como fator surgido no nascimento. A vida
social e a proteção dos pais e familiares podem levar a criança a desenvolver
atitudes de timidez, que se for acentuada revela baixa auto-estima.
4.6 - Ciúmes:
Ciúmes também é uma emoção, não ligada diretamente a vida escolar,
mas pode influenciar diretamente a vida das crianças.
4.7 - Fantasia:
Pode ser considerada normal quando se faz através da adaptação da
realidade em que vive. Torna-se psicológica quando a criança passa utilizar-se
da fantasia como meio de fuga da realidade.
4.8 - Negativismo:
Da mesma forma que a agressividade o negativismo pode ser um
mecanismo de defesa, mas se for continuado deve ser tratado, pois indica
também uma auto-estima baixa, ou de compensação, da incompreensão do
adulto.
4.9 - Agitação, inquietude e instabilidade:
Agitação, inquietude e instabilidade, são fases comuns do
desenvolvimento infantil, todavia ao ultrapassar a idade escolar, deve ser
preocupante e devem ser tratadas por especialistas.
4.10 - Sexualidade:
A sexualidade é o desenvolvimento natural da criança, é a necessidade
de conhecer e aceitar o seu próprio corpo. Algumas vezes a sexualidade pode
sofrer processos de fixação, inversão e ocasionar distúrbios comportamentais.
4.11 - Anorexia Mental:
A criança pode não comer apenas porque o ambiente não é propício, no
entanto, pode evidenciar uma forma de necessidade de si própria, ela pode não
está recebendo carinho ou sentir-se agredida na hora da refeição.
4.12 - Furto:
Até os três anos aproximadamente a criança não distingue o que é seu,
e o que é do outro. Por volta dos seis anos, a criança descobre o valor moral
ligada a propriedade alheia. Há vários tipos de furtos: o de compensação, o
agressivo, o de tentação, o exibicionista e o compulsivo.
Em todos os casos com exceção do último, que detona uma
desorganização psíquica, os problemas afetivos, a má adaptação ao meio
familiar ou escolar, acompanhado de sentimentos de ansiedade, de
inferioridade ou revolta podem ocasionar o furto. Pode ser encontradas na
origem do furto sempre a expressão de conflito interior, insatisfação e
hostilidade. Situações de injustiça excessiva e rigorosa ou excesso de mimo,
podem dar origem ao furto.
4.13 - Preguiça:
É comum em fase de crescimento acerbado. Tem também causas
orgânicas, pedagógica e psicológica; sono insuficiente, cansaço, doença,
subalimentação, distúrbios respiratórios ou anemia.
4.14 - Causas pedagógicas:
Professores exigentes, sádicos, maus pedagogos, excesso de alunos
em turma, mudança de escolas.
4.15 - Causas psicológicas:
Atitudes negativistas, desarmonia, enurese.
4.16 - Hiperatividade:
A criança hiperativa é aquela que apresenta um conjunto variável de
comportamento inadequado, como movimentação física e despropositada,
dificuldade em se concentrar em tarefas propostas, agressividade difusa e não
justificada, associada à queixa de mau rendimento escolar. Estes
comportamentos juntamente com a incoordenação motora, instabilidade de
humor, baixa tolerância às frustrações, ansiedade excessiva e discreta
alterações em provas que avaliem o desenvolvimento neuropsicomotor. A
criança, nesse estado, ignora as caracterizações, o bem e o mal, a censura
pessoal. É feliz em viver e isto parece adorável para ela.
Apontam que para o senso comum a hiperatividade se manifesta a partir
de quatro características de comportamento, que se compõem basicamente da
seguinte forma: desatenção e distinção, superexcitação atividade excessiva, e
dificuldade com frustrações.
A hiperatividade pode ser vista como expressão de inadequação do sistema de ensino as nossas crianças, refletindo a concretização a nível da escala de graves problemas sociais que vivenciamos, ou ainda, a cristalização a nível do indivíduo, das características injustas, autoritárias e inadequadas do sistema escolar. (SUCUPIRA, 1995. p. 39)
4.17 - Agressividade:
O comportamento agressivo constitui uma das alterações condutuais
que mais preocupa pais e educadores, tanto por suas tentativas de controle. A
estas circunstâncias soma-se a diversidade e a distância existente nas
conceituações teóricas acerca de sua origem, funções e modificabilidade da
agressão criando a conseqüente confusão com respeito ao que deve ou não se
deve fazer, quando nós nos encontramos diante de uma criança agressiva.
O objetivo maior é esclarecer o que são os chamados distúrbios de
conduta agressiva e qual é o seu significado em relação ao desenvolvimento
global da criança. Para isso, dar-se certa atenção ao desenvolvimento normal,
estabelecimento normal, estabelecendo-se uma série de pontos chaves úteis,
no momento de comportamento.
Os comportamentos agressivos não são patológicos em si mesmos. São
observados precocemente no desenvolvimento da criança e, provavelmente
são “tachados” de agressivos por um observador externo (golpes, gritos, etc...),
no entanto, assumindo a reflexão realizada por diversos autores é necessário
levar em conta a finalidade da conduta para que seu significado não seja mais
complexo.
As condutas agressivas propriamente ditas surgem somente no início do
segundo ano de vida, quando a criança as realiza já de forma dirigida ao outro.
Falando em agressão, se distingue entre agressões manipulativas e
hostis.
São consideradas agressões manipulativas quando a criança utiliza
manifestações para alcançar determinados fins (manter ou defender objetos ou
situações). Esses tipos de agressões estão relacionados ao controle do
ambiente e a conservação da própria identidade.
As agressões manipulativas são dadas com relativa freqüência até os
três ou quatro anos de vida, coincidindo sua diminuição com o surgimento de
interações cooperativas com os pais. Pode ser considerar, agressões
manipulativas aquelas que constituem estratégias que a criança utiliza até
adquirir ou aprender recursos socialmente mais adequadas.
O caso de agressões hostis é diferente, não se observa uma relação
clara com determinados momentos ou fatos evolutivos; pelo contrário a criança
hostil mostra um padrão de comportamento muito estável e persistente ao
longo de seu desenvolvimento. “A conduta agressiva se não for trabalhada,
provoca atitudes contra o próprio indivíduo provocando auto flagelação moral
do mesmo”. (MANNIM, 1978. p. 22)
4.18 - Transtornos hipercinéticos:
Grupo de transtornos caracterizados por início precoce (habitualmente
durante os cinco primeiros anos de vida), falta de perseverança nas atividades
que exigem um envolvimento cognitivo, e uma tendência a passar de uma
atividade a outra sem acabar nenhuma, associadas a uma atividade global
desorganizada, incoordenada e excessiva. Os transtornos podem ser
acompanhar de outras anomalias. As crianças hipercinéticas são
freqüentemente imprudentes e impulsivas, sujeitas a acidentes e incorrem em
problemas disciplinares mais por infrações não premeditada de regras que por
desafio deliberado.
Suas relações com os adultos são freqüentemente marcadas por uma
ausência de inibição social, com falta de cautela e reservas normais. São
impopulares com as outras crianças e podem se tornar isoladas socialmente.
Estes transtornos se acompanham freqüentemente de um déficit cognitivo e de
um retardo específico do desenvolvimento da motricidade e da linguagem. As
complicações secundárias incluem um comportamento dissocial e uma perda
de auto-estima.
4.19 - Distúrbios da atividade e da atenção:
Síndrome de déficit da atenção com hiperatividade. Exclui: transtorno
hipercinético associado a transtorno de conduta.
4.20 - Distúrbios de conduta:
Os transtornos de conduta são caracterizados por padrões persistentes
de conduta dissocial, agressiva ou desafiante. Tal comportamento deve
comportar grandes violações das expectativas sociais próprias à idade da
criança. Deve haver mais do que as travessuras infantis ou a rebeldia do
adolescente e se trata de um padrão duradouro de comportamento (seis meses
ou mais). Quando as características de um transtorno de conduta são
sintomáticos de uma outra afecção psiquiátrica, é este último diagnóstico o que
deve ser codificado.
O diagnóstico se baseia na presença de condutas excessivas de
agressividade e de tirania; crueldade com relação a outras pessoas oi a
animais; distribuição dos bens de outrem; condutas incendiárias; roubos;
mentiras repetidas; cabular aulas e fugir de casa; crises de birra e de
desobediência anormalmente freqüentes e graves. A presença de
manifestações nítidas de um dos grupos de conduta precedentes são
suficientes para o diagnóstico, mas atos dissociais isolados não são.
4.21 - Distúrbio de conduta restrito ao contexto familiar:
Transtorno de conduta caracterizado pela presença de uma
comportamento dissocial e agressiva (não lembrado a um comportamento de
oposição, provocador ou perturbador), manifestando-se exclusiva ou quase
exclusivamente em casa e nas relações com os membros da família nuclear ou
as pessoas que habitam sob o mesmo teto. Para que um diagnóstico positivo
possa ser feito, o transtorno deve responder: a presença de uma perturbação,
mesmo grave, às relações pais-filhos não é pr isso só suficiente para este
diagnóstico.
4.22 - Distúrbio de conduta não socializada:
Transtorno de conduta caracterizado pela presença de um
comportamento dissocial ou agressivo persistente e não limitado a um
comportamento de oposição, provocador ou perturbador, associado a uma
alteração significativa e global das relações com outras.
4.23 - Distúrbio desafiador e de oposição:
Transtorno de conduta manifestando-se habitualmente em crianças
jovens, caracterizando essencialmente por um comportamento provocador
desobediente ou perturbador e não acompanhado de comportamentos
delituosos ou de condutas agressivas ou dissociais graves. Mesmo ocorrência
de travessuras ou de desobediências sérias não justifica, por si própria, este
diagnóstico. Esta categoria deve ser utilizada com prudência em particular nas
crianças com mais idade, dado que os transtornos de conduta que apresentam
uma significação clínica se acompanham habitualmente de comportamentos
dissociais ou agressivos que ultrapassam o quadro provocador, desobediente
ou perturbador.
4.24 - Transtornos de conduta e das emoções:
Grupo de transtornos caracterizados pela presença de um
comportamento agressivo, dissocial ou provocador, associado a sinais patentes
e marcantes de depressão, ansiedade ou de outros transtornos emocionais.
4.25 - Distúrbio depressivo de conduta:
Transtorno caracterizado pela presença de um transtorno de conduta,
associada a um humor depressivo marcante e persistente, traduzindo-se por
sintomas tais como: tristeza profunda, perda de interesse e de prazer para as
atividades usuais, sentimento de culpa e perda da esperança. O transtorno
pode se acompanhar de uma perturbação do sono ou do apetite.
4.26 - Outros transtornos mistos da conduta e das
emoções:
Grupo de transtornos caracterizados pela presença de um transtorno de
conduta associada a perturbações emocionais persistente e marcantes, por
exemplo: ansiedade, medo, obsessões ou compulsões, despersonalização ou
desrealização, fobias ou hipocondria.
4.27 - Transtorno ligado à angústia de separação:
Transtorno no qual a ansiedade está focalizada sobre o temor
relacionado com a separação, ocorrendo pela primeira vez durante os
primeiros anos da infância. Distingue-se da angústia de separação normal por
sua intensidade de gravidade, evidência excessiva, ou por sua persistência
para além da primeira infância e por sua associação com uma perturbação
significativa do funcionamento social.
4.28 - Transtorno fóbico ansioso da infância:
Transtorno caracterizado pela presença de medos da infância, altamente
específicos de uma fase do desenvolvimento, e ocorrendo, num certo grau, na
maioria das crianças, mas cuja intensidade é anormal. Os medos ocorrem na
infância, mas que não fazem parte do desenvolvimento psicossocial normal,
(por exemplo, agorafobia).
4.29 - Distúrbio de Ansiedade Social da Infância:
Transtorno caracterizado pela presença de retraimento com relação a
estranhos e temor ou medo relacionado, aparece na primeira infância, mas são
aqui excessivos e se acompanham de uma perturbação do acompanhamento
social.
4.30 - Transtorno de Rivalidade entre Irmãos:
A maior parte das crianças pequenas fica perturbada pelo nascimento de
um irmão. O transtorno de rivalidade entre irmãos, a reação emocional é
evidentemente excessiva e se acompanham de uma perturbação de um
funcionamento social.
4.31 - Mutismo Eletivo:
Transtorno caracterizado por uma recusa, ligada a fatores emocionais,
de falar em certas situações determinadas. A criança é capaz de falar em
certas situações, mas recusa-se a falar em outras determinadas situações. O
transtorno se acompanha habitualmente de uma acentuação nítida de certos
traços de personalidade, como por exemplo, ansiedade social, retraimento
social, sensibilidade social ou oposição social.
4.32 - Distúrbio Reativo de Vinculação da Infância:
Transtorno que aparece durante os cinco primeiros anos de vida,
caracterizado pela presença de anomalias persistentes do modo de relações
sociais da criança, associados a perturbações emocionais e que se manifestam
por ocasião de alterações no ambiente, por exemplo, inquietude e
hipervigilância, redução das interações sociais com as outras crianças, auto ou
heteroagressividade, comiseração e, em certos casos, retardo do crescimento.
A ocorrência da síndrome está provavelmente ligada diretamente a uma
negligência evidente, abusos ou maus tratos por parte dos pais.
4.33 - Transtornos de Tiques:
Grupo de síndromes caracterizadas pela presença evidente de um tique.
Um tique é um movimento motor (ou uma vocalização) involuntário, rápido,
recorrente e não rítmico (implicando habitualmente grupos musculares
determinados), ocorrendo bruscamente e sem finalidade aparente. Os tiques
são habitualmente sentidos como irreprimíveis, mas podem em geral ser
suprimidos durante um período de tempo variável. São freqüentemente
exacerbados pelo “stresse” e desaparece durante o sono. Os tiques motores
simples mais comuns incluem os piscos dos olhos, movimentos bruscos do
pescoço, levantar os ombros e fazer caretas. Os tiques vocais simples mais
comuns comportam a limpeza da garganta, latido, fungar e assobiar. Os tiques
motores complexos mais comuns incluem-se bater, saltar e saltitar. Os tiques
vocais complexos mais comuns se relacionam a repetição de palavras
determinadas, às vezes com o emprego de palavras socialmente reprovadas
freqüentemente obscenas (coprolalia) e a repetição de seus próprios sons ou
palavras (palilalia).
4.34 - Tique Transitório:
Transtorno que responde aos critérios gerais de um tique, mas que não
persiste além de doze meses. Trata-se habitualmente do piscamento dos
olhos, mímicas faciais ou de movimentos bruscos da cabeça.
4.35 - Encoprese de Origem não Orgânica:
Transtorno caracterizado por emissão fecal repetida, involuntária ou
voluntária, habitualmente de consistente normal, em locais inapropriados a este
propósito, tendo em conta o contexto sócio cultural do sujeito. Pode se tratar de
uma persistência anormal da incontinência infantil normal, ou perda de
continência após a aquisição do controle intestinal, ou ainda de emissão fecal
deliberada em locais não apropriados a respeito de um controle esfincteriano
normal. A encoprese pode constituir um transtorno isolados manossentomático
ou fazer parte de um outro transtorno, em particular um transtorno emocional
ou transtorno de conduta.
4.36 - Peca do Lactente ou da Criança:
Transtorno caracterizado pelo consumo duradouro de substâncias não-
nutritivas (por exemplo, terra, lascas de pintura, etc). pode constituir um
comportamento psicopatológico relativamente isolado ou fazer parte, de um
transtorno psiquiátrico mais global (tal como o autismo). Um diagnóstico de
peca deve ficar reservada às manifestações isoladas. Este comportamento se
observa sobre tudo em crianças que apresentam retardo mental e na presença
de um retardo mental, este último deve constituir o diagnóstico principal.
4.37 - Estereotipias motoras
Transtorno caracterizado por movimentos intencionais, repetitivos,
estereotipados, desprovidos de finalidade (e freqüentemente ritmados), não
ligado a um transtorno psiquiátrico ou neurológico identificado. Quando estes
movimentos sobrevêm no quadro de um outro transtorno, só o último deve ser
registrado e não se faz um diagnóstico de estereotipia motora. Os movimentes
sem componente automutilador compreendem: balançar o corpo, balançar a
cabeça, arrancar os cabelos, torcer os cabelos, estalar os dedos e bater as
mãos. Os comportamentos estereotipados automutiladores compreendem:
bater a cabeça, esbofetear a face, colocar o dedo nos olhos, morder as mãos,
os lábios ou outras partes do corpo. Os movimentos estereotipados ocorrem
muito habitualmente em criança com retardo mental. Quando o fato de enfiar o
dedo no olho ocorre em criança com déficit visual, os dois diagnósticos devem
ser codificados.
4.38 - Gagueira
A gagueira é caracterizada por repetições ou prolongamentos freqüentes
de sons, de sílabas ou de palavras, ou por hesitações ou pausas freqüentes
que perturbam a fluência verbal. Só se considera como transtorno caso a
intensidade de perturbação incapacite de modo marcante a fluidez da fala.
CONCLUSÃO
Tendo traçado o cenário da conduta agressiva em sala de aula a
questão de educar com decisão e responsabilidade destacando questões da
escola e da família.
Conforme o primeiro capítulo que trata os conflitos interpessoais na
escola que são ocorrências freqüentes em qualquer escola diariamente no seu
trabalho com os alunos onde o professor depara-se com pequenas desavenças
e crises repentinas.
O fato de fazer com que um comportamento não seja mais apresentado não significa que a criança percebeu as conseqüências de tal ato e está aprendendo outras formas mais elaboradas de proceder, pode significar simplesmente, que está sob controle por temer ou por interesse (TAILLE, 1996. p. 45).
Conforme citado no capítulo 2 “a família é a instituição de importância
decisiva na educação da criança” (LIMA, 1997. p. 07)
Como já foi dito a família é elemento chave para o desenvolvimento
escolar, para isto, devemos saber alguns pontos primordiais, para que o
sucesso possa ser esperado e entender o que seja esperado e entender o que
seja comportamento, principalmente, pois a indisciplina é gerada
exclusivamente pelo comportamento das crianças e adolescentes que fazem
parte de nossas escolas.
Percebe-se que esse determinado problema ocorre em sala de aula.
Conforme visto no terceiro capítulo de disciplina; há alguns alunos com
problemas a cuja formação é preciso atender de uma maneira particular. Para
um real processo educativo a solução não é exclusivamente os que atrapalham
e sim atender a cada um segundo suas necessidades especiais.
A instituição escolar não pode ser visto apenas como reflexão da
opressão da violência, dos conflitos que acontecem na sociedade. É importante
argumentar que as escolas também reproduzem sua própria violência e sua
própria indisciplina.
Conforme analisada no capítulo 4 onde aborda alguns distúrbios que
levam a conduta agressiva observa-se que a criança com distúrbios
comportamentais necessitam de cuidados especiais para isso deve-se
identificar quais os fatores que provocam esses distúrbios e procurar a melhor
maneira para solucionar esse problema.
“A conduta agressiva se não for trabalhada provoca atitudes contra o
próprio indivíduo provocando auto flagelação moral do mesmo. (MANNIM,
1978. p.22)
Para trabalharmos com esse problema, sugeríamos novas propostas
para juntamente com outros profissionais para realizarmos um estudo junto
com os responsáveis fazendo um trabalho de conscientização e aproximação
da família com o aluno, e também oferecer uma boa estrutura em sala de aula.
Não desalienar a relação pedagógica deve-se está inteira numa relação
para rever conceitos de disciplinas não ver o ato de agressão e indisciplina
como um sinal a ser decodificado (freqüentemente o comportamento
inadequado é uma forma desajeitada de chamar a atenção sobre si mesmo e
receber cuidados especiais) não a partir logo para saídas formais (tipo
aplicação do regimento, ir fundo através do diálogo).
Fazer em conjunto, um tipo de reunião uma junção dos alunos da
manhã, tarde para convivência uns com os outros logo no começo do ano para
se criar vínculos grupais.
Resgatar as possibilidades no âmbito de ação, superar a “síndrome” do
encaminhamento bem como de “acorrentamento” ficar sem enfrentar o
problema.
Fortalecimento do professor, apoio da instituição e espaço para
atendimento equipe para acolher e ouvir possibilitar a descarga de ansiedade,
reflexão coletiva para trabalhar dificuldade de diminuir o estresse informacional.
Diante da agressão do aluno, tomar distância para poder pensar e não aceitar
as provocações no mesmo nível, procurar compreender quem ou o que o
aluno, está querendo atingir.
Lembrar que a maior agressão ao outro, é tentar substituir a ação com
palavras trazendo para o nível simbólico, ajudar a identificar e expressar os
seus sentimentos canalizando-os para atividades diversificadas.
Propiciar em sala de aula um clima de acolhimento e respeito, afim de
que o aluno possa assumir as responsabilidades de seus atos.
BIBLIOGRAFIA
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e práticas. São Paulo: Summus, 1999.
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1998.
BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de Psicologia Geral. 15ª. Ed., São
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BIEDERMAN, John. Um homem de 55 anos com distúrbio de hiperatividade. V.
3. 1999.
BRAGHIROLLI, Elaine Maria. Psicologia Geral. 9ª. Ed., revista e ampliada,
Porto Alegre: Vozes, 1990.
CORTEZ, M. C. 1998. “A sombra do fracasso escolar: a psicologia e as
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COUTO, Cristina. Eles são fogo. São Paulo, V. 5, 1996.
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FREVO, S. (1914b). “Algumas reflexões sobre a psicologia escolar”. Obras
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Rio de Janeiro, 1998.
GOLDSTEIN, Sam & GOLDSTEIN Michel. Hiperatividade: como desenvolver a
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HANNAS, Maria Lucia, FERREIRA, Ana Eugênia e SABOYA, Marysa.
Psicologia do ajustamento. 5ª. Ed., Petrópolis: Vozes, 1983.
MANNONI, M. Educação Impossível. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1988.
MARIA, Luzia. Meu aluno, quem é essa criança. Revista: Informação
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MONTEIRO, Lauro Filho. Guia de Orientação para Educadores. Petrópolis,
1997.
MOYSÉS, Maria Aparecida. A E. COLLARES, Cecília. A história não contada
dos distúrbios de aprendizagem. São Paulo: Papirus, 1992.
PAWEL, Claudia. Revista Pedagógica Viver, 1984.
SUCUPIRA, Ana Cecília. Hiperatividade: Doença ou rótulo? Visão Médica. São
Paulo: Cortez, 1985.
REVISTA VEJA. Inquietos demais. São Paulo: Abril, v. 32, Nº. 45, Novembro,
1999.
ANEXOS
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
1 – CONFLITOS INTERPESSOAIS NA ESCOLA
2 – O PAPEL DA FAMÍLIA E O PROCESSO EM SALA DE AULA
3 – DISCIPLINA E INDISCIPLINA NA ESCOLA
CAUSAS, CONSEQÜÊNCIAS E PERSPECTIVAS
3.1 – Disciplina
3.2 – Necessidade de normas básicas de convivência
3.3 – A disciplina com instrumento educativo
3.4 – Indisciplina
4 – ALGUNS DISTÚRBIOS QUE LEVAM A CONDUTA AGRESSIVA
4.1 – Autismo
4.2 – Medo
4.3 – Enurese
4.4 – Fobia Escolar
4.5 – Timidez
4.6 – Ciúmes
4.7 – Fantasia
4.8 – Negativismo
4.9 – Agitação, inquietude e instabilidade
4.10 – Sexualidade
4.11 – Anorexia Mental
4.12 – Furto
4.13 – Preguiça
4.14 – Causas pedagógicas
4.15 – Causas psicológicas
4.16 – Hiperatividade
4.17 – Agressividade
4.18 – Transtornos hipercinéticos
07
09
15
22
22
22
23
23
26
32
32
32
32
32
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33
33
33
33
33
34
34
34
34
34
35
35
37
4.19 – Distúrbios da atividade e a atenção
4.20 – Distúrbios de conduta
4.21 – Distúrbio de conduta restrito ao contexto familiar
4.22 – Distúrbio de conduta não socializada
4.23 – Distúrbio desafiador e de oposição
4.24 – Transtornos de conduta e das emoções
4.25 – Distúrbio depressivo de conduta
4.26 – Outros transtornos mistos da conduta e das emoções
4.27 – Transtorno ligado à angústia de separação
4.28 – Transtorno fóbico ansioso da infância
4.29 – Distúrbio de ansiedade social da infância
4.30 – Transtorno de rivalidade entre irmãos
4.31 – Mutismo eletivo
4.32 – Distúrbio reativo de vinculação da infância
4.33 – Transtornos de tiques
4.34 – Tique transitório
4.35 – Encoprese de origem não orgânica
4.36 – Peca do Lactente ou da criança
4.37 – Estereotipias motoras
4.38 – Gagueira
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
FOLHA DE AVALIAÇÃO
37
37
38
38
38
39
39
39
39
40
40
40
40
41
41
41
42
42
42
43
44
47
49
53
FOLHA DE AVALIAÇÃO
A CONDUTA AGRESSIVA EM SALA DE AULA
Por: Kátia Alessandra Miranda de Sales
Orientador: Profº. Nilson Guedes Freitas
Avaliado por: __________________________ Grau: _______
Rio de Janeiro, 27 de março de 2004.