A Cidade Do Empreendimento

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resumo do capitulo cidade do empreendimento do livro cidades do amanhã

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11. A Cidade do Empreendimento. Virando o Planejamento de Ponta-Cabea: Baltimore, Hong Kong, Londres (1975-1987)

A ROUSIFICAO DA AMRICA

A receita mgica para a revitalizao urbana parecia consistir num novo tipo de parceria criativa entre o governo municipal e o setor privado, (...) Yuppies, ou jovens profissionais urbanos elitizariam as degradadas reas residenciais vitorianas prximas do centro e injetariam seus dlares em butiques, bares e restaurantes restaurados.(...)

James Rouse j era clebre, em fins dos anos 60,como o empreendedor de Baltimore que construra Colmbia,pg. 44 (clique para voltar aos ttulos)uma das mais ambiciosas novas cidades construdas pela iniciativa privada nos Estados Unidos da poca.(...) Mas o papel desempenhado por Rouse no Inner Harbor de Baltimore e nos esquemas equivalentes do Quincy Market e do Boston Waterfront (Orla Martima de Boston)assinalava algo diferente. Estes esquemas eram maiores e incorporavam uma nova combinao de atividades: recreao, cultura, compras, habitao para moradores de renda mista. Baseavam-se no ento novo conceito de reutilizao adaptvel: recuperao e reciclagem de antigas estruturas fsicas para novos usos.(...)

As urbanizaes resultantes tm muito em comum com a de Covent Garden de Londres que estava sendo reciclada por essa mesma poca(Captulo 7).Suas bases so despudoradamente tursticas: Baltimore atrai 22 milhes de visitantes por ano,7 milhes dos quais so turistas, cifra comparvel de Disneylndia.(...)

A rousificao de Boston e Baltimore envolvia, portanto,a criao deliberada da cidade-como-palco. Como o teatro, ela copia a vida real mas no vida urbana de verdade: (...)

A BATALHA EM DEFESA DAS DOCKLANDS

O caso mais espetacular foi, sem dvida, o das Docklands de Londres: (...)O porto, outrora o maior do mundo, fora arruinado pelas disputas trabalhistas e pela transferncia do comrcio para mos rivais, seja de outros locais do sul da Inglaterra(Southhampton, Felixstowe) seja do continente europeu(Roterd).A chegada da conteinerizao desferiu o golpe final. O porto de Londres transferiu todas as operaes remanescentes para Tilbury,(...)

Em maio de 1979, os conservadores arrebatavam de volta o poder com Margaret Thatcher. Um de seus primeiros atos foi abolir o Conselho de Planejamento Econmico para o Sudeste. Um dos segundos foi instituir uma Corporao de Urbanizao para as Docklands de Londres e sua contraparte igualmente derrelita, Merseyside.

(...)Era preciso, portanto, ser oportunista em relao s propostas vindas dos empreendedores. Muita coisa foi feita. (...)Os crticos insistiam que o plano todo nada mais era que uma yuppificao do East End, tradicional baluarte da classe trabalhadora londrina.

A ZONA DO EMPREENDIMENTO

Em discurso proferido no congresso do Royal Town Planning Institute realizado em Chester, 1977, Peter Hall - co-autor do iconoclstico Manifesto do No-Plano em 1970 (Captulo 8) - chamava ateno para o problema emergente da decadncia urbana: "o melhor pode ser inimigo do bom. Se realmente quisermos socorrer as reas intraurbanas e as cidades em geral, talvez tenhamos que usar remdios altamente heterodoxos...possivelmente um remdio extremo, a que eu daria o nome de soluo Porto Livre. reas intra-urbanas, pequenas e seletas, seriam simplesmente abertas a todo tipo de empreendimento, com um mnimo de controle. Em outras palavras, nosso objetivo seria recriar a Hong Kong dos anos 50 e 60 dentro da Liverpool ou da Glasgow intra-urbanas" (...) "Basear-se-ia, despudoradamente, na livre iniciativa; a burocracia seria reduzida ao mnimo absoluto".(...)

Em 1980, o novo governo conservador da Inglaterra apresentava uma proviso em favor das zonas empresariais e o ministro das Finanas citava especificamente Peter Hall como autor do esquema. Durante os anos de 80-81, foram designadas quinze zonas - uma das quais, a Isle of Dogs, no corao das Docklands londrinas.

ALAVANCANDO O SETOR PRIVADO

A urbanizao das Docklands obedeceu aos modelos norte-americanos num aspecto decisivo: baseou-se na idia de usar fundos pblicos relativamente modestos para alavancar uma quantia muito maior do investimento privado. (...)A Urban Development Action Grant (Subveno Ao Urbanizadora)foi fixada, segundo o conceito de alavancamento, entre 4,5 e 6,5 unidades de investimento privado para cada unidade de investimento pblico.

ATAQUE AO PLANEJAMENTO

Aps 1979, o governo Thatcher foi progressivamente desmantelando o sistema de planejamento estratgico que a duras penas governos sucessivos haviam construdo durante os anos 60 e mantido durante os 70. Os Conselhos Regionais de Planejamento Econmico foram os primeiros a encerrar suas atividades, em 1979. (...)uma Lei de 1986 aboliu o Conselho da Grande Londres e os seis condados metropolitanos, nica experincia do gnero realizada na Inglaterra em matria de governo metropolitano.(...) Simultaneamente, organizaes mantenedoras cortaram a ajuda ao universitrio, precipitando o fechamento de vrias faculdades de urbanismo.

(...) Mas o planejamento tradicional do uso do solo sofreu, na base, mais abalos em sua prpria terra do que nunca antes, em seus oitenta anos de existncia. Tornou-se deliberadamente reativo, arteso e anti-intelectual, enquanto na universidade partia para retiros sempre mais altos, em sua torre de marfim. Entrementes, enfrenta uma nova ordem de problemas, para cuja soluo seus profissionais, por formao(e talvez por inclinao), nunca foram habilitados: o problema do declnio econmico-estrutural de todas as comunidades urbanas e da reconstruo de uma nova economia sobre as runas da velha. E enfrenta o pesadelo da volta de um antiqussimo problema urbano, (...)a ral urbana, que l est, massa mal humorada e inamistosa, espera do lado de fora dos portes.pg. 45 (clique para voltar aos ttulos)

http://worldwhitewall.com/cidadesdoamanha.htm

Captulo 11: A CIDADE DO EMPREENDIMENTO: Virando o Planejamento de Ponta-Cabea: Baltimore, Hong Kong, Londres (19751987)Esse captulo aborda de forma comparativa a importncia do planejador e do empreendedor na formao e desenvolvimento das cidades. "(...) o planejamento deixou de controlar o crescimento urbano e passou a encoraj-lo (...)". Visando o ressurgimento econmico: Livro Branco (1977) / Lei de 1978 reas intra-urbanas iriam dar prioridade ao novo desenvolvimento econmico; os recursos do governo seriam destinados aos municpios; o programa urbano seria maciamente expandido; haveria uma parceria entre governo central e local em reas mais duramente atingidas; Na virada da dcada de 1970 para 1980 se desenvolve o desejo de encorajar o crescimento a qualquer custo. Aprendendo com Boston: parceria entre governo e setor privado seria a chave para a revitalizao urbana; a rea se transformaria em atrativo turstico. James Rouse aprendendo com Baltimore: recreao, cultura, compras, habitaes de renda mista, reutilizao de antigas estruturas fsicas; utiliza-se de subsdios do governo, cooperao entre setores pblicos e privados. Docklands (Londres): Enormes extenses de terra devolutas pertencentes ou s municipalidades locais ou a corporaes pblicas como no caso das Docas; Reurbanizao como zona de habitao popular de baixa renda ou como rea industrial. Outros casos: Hong Kong, Dama de Ferro.

http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Resumo-Livro-Peter-Hall/57097941.html