A capacitação a favor dos direitos humanos

7
A capacitação a favor dos Direitos Humanos CAMILA FLORÊNCIO CARLOS MAGNO CLARA GUIMARÃES DENILSON SAMPAIO HELBERT FERNANDES JOSÉ MANGUEIRA LARISSA VIANA THIAGO ALCÂNTARA Resumo Este trabalho apresenta questões acerca da capacitação de pessoas, estratégia utilizada pelos gestores de Recursos Humanos para o desenvolvimento de competências. Para exemplificar esta prática, este trabalho irá apresentar um estudo de caso vivenciado no CRLGBT-BH - Centro pelos Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Prefeitura de Belo Horizonte e no Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais - CELLOS-MG. Nestas ONG’s há a capacitação dos operadores de Segurança Pública acerca de temas relacionados à comunidade LGBT (Lésbicas, gays, Bissexuais e Transexuais). Palavras-chave: Homofobia, Direitos Humanos, Capacitação.

description

 

Transcript of A capacitação a favor dos direitos humanos

Page 1: A capacitação a favor dos direitos humanos

A capacitação a favor dos Direitos Humanos

CAMILA FLORÊNCIO

CARLOS MAGNO

CLARA GUIMARÃES

DENILSON SAMPAIO

HELBERT FERNANDES

JOSÉ MANGUEIRA

LARISSA VIANA

THIAGO ALCÂNTARA

Resumo

Este trabalho apresenta questões acerca da capacitação de pessoas, estratégia

utilizada pelos gestores de Recursos Humanos para o desenvolvimento de

competências. Para exemplificar esta prática, este trabalho irá apresentar um estudo

de caso vivenciado no CRLGBT-BH - Centro pelos Direitos Humanos e Cidadania

LGBT da Prefeitura de Belo Horizonte e no Centro de Luta pela Livre Orientação

Sexual de Minas Gerais - CELLOS-MG. Nestas ONG’s há a capacitação dos

operadores de Segurança Pública acerca de temas relacionados à comunidade

LGBT (Lésbicas, gays, Bissexuais e Transexuais).

Palavras-chave: Homofobia, Direitos Humanos, Capacitação.

Page 2: A capacitação a favor dos direitos humanos

1. INTRODUÇÃO

A capacitação é a possibilidade de crescimento profissional e desenvolvimento

humano. Em um mercado que está em constante crescimento, os profissionais

devem se atentar às oportunidades de desenvolvimento ofertadas por suas

organizações.

Uma forma de trabalhar a capacitação é promovê-la a partir de questões que

alimentem o desenvolvimento social. Este trabalho é vivenciado no CRLGBT-BH -

Centro pelos Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Prefeitura de Belo Horizonte,

vinculado à coordenadoria municipal de Direitos Humanos da Secretaria Municipal

Adjunta de Direitos e Cidadania e no Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de

Minas Gerais – o CELLOS/MG. Ambos promovem a capacitação dos operadores de

Segurança Pública acerca de temas relacionados à comunidade LGBT (Lésbicas,

gays, Bissexuais e Transexuais). Esta prática esta atrelada à responsabilidade

social.

Durante este artigo pretende-se abordar autores e questões que tratam a o

desenvolvimento humano a partir da responsabilidade e quais são as possibilidades

que este tema propõe dentro de uma organização.

Page 3: A capacitação a favor dos direitos humanos

2. A Capacitação contra a homofobia

2.1 A Capacitação

A capacitação pode ser considerada uma possibilidade de incentivar e valorizar os

colaboradores de uma organização. Além de ser uma forma de qualificar um

profissional para determinado trabalho, ela pode influenciá-lo, também, para atitudes

sociais que podem ser importantes para o decorrer da vida. Ela pode ser

caracterizada a partir de treinamentos em que haja o compartilhamento de técnicas

e/ou informações que irão gerar impactos no ambiente profissional do colaborador

de uma organização. Esta forma de ensinamento pode ser entendida como uma

ferramenta de desenvolvimento humano e impacta diretamente no funcionamento de

uma empresa, pois influi na motivação de seus funcionários.

Uma empresa dedicada à gestão de competências deve ter em mente que a

capacitação é uma forma de valorizar e qualificar seus profissionais. Um bom gestor

logo irá enxergar que um colaborador bem instruído irá ter uma maior produtividade.

Além de ser uma importante ferramenta no aumento da produção de uma empresa,

a capacitação pode influenciar em questões sociais que estimulam a visão dos

papéis sociais dos colaboradores de uma organização.

Partindo disso, a Coordenadoria Municipal de Direitos Humanos da Secretaria

Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania, iniciou um processo de capacitação de

seus operadores de Segurança Pública de Belo Horizonte, entre policiais militares e

civis, guardas municipais e bombeiros. Até hoje, cerca de 250 membros destes

grupos já se disponibilizaram a discutir a homofobia com grupos LGBT que buscam

criar ações de educação em direitos humanos e de enfretamento a este problema

social.

Além disso, também foi criado um Grupo de Trabalho de Política de Segurança

Pública para os LGBT na Polícia Militar. Esta capacitação fez parte do Curso de

Aperfeiçoamento dos Profissionais de Segurança Pública e Defesa Social de Minas

Gerais em Direitos Humanos, que teve o intuito de combater a violência e a

Page 4: A capacitação a favor dos direitos humanos

discriminação por orientação sexual e identidade de gênero em prol da cidadania da

comunidade LGBT.

Este processo vem gerando grandes resultados, pois o método de capacitação tem

início nos primeiros responsáveis por garantir os Direitos Humanos. Afinal, este

debate vem crescendo de forma intensa e requer uma visão flexível e sem

preconceitos. De acordo com a autora Maria do Carmo Nacif Carvalho (2004), a

flexibilidade e a agilidade são características importantes para a sobrevivência no

mercado de trabalho. Mesmo se tratando de órgãos públicos, seus profissionais

precisam se adequar à rotina mercadológica para se tornarem mais completos e se

sentirem auto-realizados. Por isso, Nacif diz:

Agilidade de flexibilidade são habilidades humanas. Assim, essas características estão profundamente associadas à competência de criar e inovar, possibilitando as mudanças organizacionais. Visando obter essas virtudes humanas, deve-se gerar o aprendizado constante de novas habilidades, principalmente as que se referem às relações comportamentais e sociais. O processo de capacitação requer investimento humano. Quando este se inicia, a organização começa a gerar horizontes mais amplos e satisfatórios para seus colaboradores. (NACIF, 2004, pág. 24)

Sendo assim, os profissionais iniciam um processo de conhecimento não só técnico

de um determinado assunto, mas podem tratar de questões subjetivas. Neste caso,

por se tratar de pessoas que trabalham diretamente com um assunto tão delicado

como os Direitos Humanos, este tipo de capacitação é fundamental para um

andamento mais sensível do trabalho.

2.2 Os Capacitadores

Para formar estes profissionais, o Centro de Referência pelos Direitos Humanos e

Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da Prefeitura de

Belo Horizonte (CRLGBT-BH), foi o responsável por abordar temas relacionados à

comunidade LGBT e o enfrentamento à violência homofóbica.

A iniciativa é fundamental para que os operadores entendam as diferentes formas de

manifestações de violações dos direitos dos homossexuais, formas de abordagem e

respeito à diferença.

Page 5: A capacitação a favor dos direitos humanos

O conteúdo e a forma como o assunto é tratado nestes órgãos podem ser tratados

como responsabilidade social, pois, eles contribuem para o bem da sociedade.

Como explica Chiavenato (2004, p. 476), a responsabilidade social pode ser

entendida como "o grau de obrigações assumidas por uma organização através de

ações que protejam e melhorem o bem-estar da sociedade enquanto procura atingir

seus próprios interesses". A partir disto, é possível compreender que o trabalho da

CRLGBT-BH gera a responsabilidade social tanto na ONG, quanto nos órgãos

públicos que decidem adotar esta capacitação.

Page 6: A capacitação a favor dos direitos humanos

3. Considerações finais

A capacitação pode ser considerada uma forma de responsabilidade social e,

também, pode gerá-la. A partir disto, pode-se confirmar que o trabalho da ONG

CRLGBT-BH será de grande valia para a qualificação profissional e a capacitação

dos funcionários da Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania.

Este órgão, por ser responsável no tratamento dos Direitos Humanos, acaba por

interferir na dinâmica social. Seus colaboradores acabam tornando-se mais

sensíveis ao andamento do trabalho que produzem, principalmente nos direitos

LGBT.

Sendo assim, percebe-se que a capacitação profissional torna-se imprescindível

para o desenvolvimento humano. Além de ser uma importante ferramenta no

aumento da produção de uma empresa, a capacitação acaba por influenciar

questões sociais que estimulam a visão dos papéis sociais dos colaboradores das

organizações em destaque.

Page 7: A capacitação a favor dos direitos humanos

4. Referências

CARVALHO, Maria do Carmo Nacif. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, RJ: Ed.

Senac Nacional, 2004, 148 p.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão

abrangente da moderna administração das organizações. 3.ª ed. rev. e atualizada.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

PAULA, Marli. Apostila Gestão de Pessoas para MBA em Mídias Sociais e Gestão

da Cultura Digital, Centro Universitário UNA. Belo Horizonte, MG, 2011.