A CAPA de revista

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A CAPA de revista Março/2014 A FELICIDADE Religião O FANTASMA DA PARÓQUIA Racismo NA IGREJA Atualidade A MULHER DA BURCA Paulo de Tarso OS GRANDES NOMES DA BÍBLIA MORA DEPOIS DA CURVA

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Projeto Gráfico e Editoração: JPaulo Mar/2014 Revista mensal Artigos diversos da atualidade

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A CAPAde revista

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A FELICIDADEReligiãoO FANTASMA DA PARÓQUIA

RacismoNA IGREJA

AtualidadeA MULHER DA BURCA

Paulo de TarsoOS GRANDES NOMES DA BÍBLIA

MORADEPOIS DA CURVA

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As coisas simples, são as mais difíceis de conquistar.

“Aprecio as coisas simples da vida, como a simplicidade de um sorriso sincero, a euforia de um abraço bem dado, do beijo desejado, ou até mesmo aquele sonho repentino que deixa um riso bobo no rosto.”

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Eu não preciso de muito para ficar feliz, eu só preciso das tuas mãos sobre a minha, tente entender que toda vez que eu acordo sorrin-do é porque eu sonhei com você, realmente hoje eu queria ficar acordado contigo até mais tarde, colocar um filme pra rolar e assistir ali abraçado contigo, prestando mais a atenção em você do que no filme, mas faz parte, nós somos o filme, uma história de amor recém escrita, estamos começando agora e mesmo que algumas páginas borrem de tinta, a gen-te vai terminar junto essa parada, você é a princesa que me beijou e que de um sapo em príncipe me transformou, você fez reagir em mim um efeito que eu nunca senti antes, você me fez acreditar no amor de novo, sim, você me fez. Por esse meu universo particular que eu criei, que ecoe as minhas palavras gritan-do o quanto eu amo você, que você venha logo em seguida, quando escutar a minha voz.

JPaulo Fonte: Contos de um Príncipe

Podia ter sido tudo tão diferente… bas-tavam para isso… coisas simples… o sentir… o aroma de um beijo… a força de um abraço… a tristeza… a alegria… de um olhar… a força das expressões… o prazer das nossas conversas… durante mais uma noite… que passava… sem darmos conta… que se tornava cada vez mais curta… cada vez mais… uma necessidade… a vontade de passear… de mãos dadas… perse-guidos pela lua… testemunha… e confidente… das nossas revelações… do nosso primeiro beijo… Agora… protegidos… de todas essas coisas simples… recordo o meu pai… a con-versa começava sempre do mesmo modo… dizia serenamente… filho… não temas nunca o fim… um final… é quase sempre um prenun-cio… de um princípio… pode ser tudo tão di-ferente… bastam para isso… coisas simples…

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O Crente Fantasma4

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Além do fantasma na Igreja, existe outro tipo de pessoa bastante comum. Trata-se

daquele que gosta de ficar apontando o dedo, fazendo acusações e condenando os outros.

Logo após o Natal, eu fui convidado a participar de um culto religioso, que

ocorreria exatamente na vira-da no ano, no Reveillon. En-tusiasmado com a ideia che-guei bem adiantado na igreja e, enquanto esperava o início do culto, comecei a ler algu-mas passagens da Bíblia, mais especificamente nos Evange-lhos do Novo Testamento.No meio de tantas narrativas interessantes, eu li uma que chamou minha atenção e me fez meditar. Nela está escrito que os discípulos, ao verem o Senhor Jesus andando sobre as águas do mar da Galileia, fica-ram aterrorizados e excla-maram: é um fantasma! E, toma-dos de medo, gritaram (cf. Ma-teus 14:26). Para a maioria das pessoas ver um fantasma, cer-tamente, não é algo nada corri-queiro, nem muito menos pode ser considerado como agradável.Quando os discípulos gritaram, eles estavam demonstrando todo o temor e desconforto que se pode ter com a visão de um fantasma. Mas, o que mais me surpreende é que, nos dias de hoje, muitas igrejas estão repletas de fantasmas e prati-camente ninguém parece es-tar incomodado com isso. Na verdade, na maioria das igre-jas que conheço, elas têm sido frequentadas apenas por fan-tasmas; e nada mais que isso.

Talvez, nesse momento, você esteja pensando que quando eu digo que as

igrejas estão cheias de fantas-mas, eu esteja tratando de seres sobrenaturais, espíritos, encos-tos, almas penadas, anjos caídos, demônios ou outros entes espi-rituais. Não se trata disso, pois eu estou me referindo às pessoas, de carne e osso, que por diversos motivos se comportam como fantasmas. Vou tentar ser mais claro, para isso vou relembrá-lo sobre uma personagem muito frequente no serviço público.Como todos nós sabemos, no serviço público existem os “fun-cionários fantasmas”, ou seja, aquelas pessoas que não com-parecem para prestar nenhum tipo de serviço no seu depar-tamento ou setor de trabalho. O único vínculo que essas pessoas possuem com as instituições nas quais estão lotados trata-se do salário que recebem. Os “funcionári-os fantasmas” não se impor-tam com nada mais a não ser com o salário que recebem.Da mesma forma tem ocor-rido nas igrejas, onde existe um grande número de fantasmas, que só aparecem nos finais de semana, nos fe-riados (Semana Santa, Páscoa, Natal etc.) ou em datas espe-ciais (casamentos, batizados, santa ceia, consagrações etc.).

Essas pessoas só querem as benesses e dádivas divi-nas. Elas se esquecem que

a Igreja é um “Corpo”, e que cada pessoa é um “membro” desse “Corpo”. Todas as par-tes de um corpo devem estar juntas, em sincronia, para que funcionem adequadamente.Da mesma forma que é ilegal e imoral que uma pessoa no serviço público se comporte como um “funcionário fantas-ma”, na Igreja do Senhor, cada um deve cumprir o seu papel, exercendo suas funções e par-ticipando de forma presencial.E, vale mencionar também que, além do fantasma na Igreja, existe outro tipo de pessoa bas-tante comum. Trata-se daquele que gosta de ficar apontando o dedo, fazendo acusações e condenando os outros. Para tais pessoas, eu relembro que até os apóstolos se enganaram, apresentando uma opinião equivocada acerca do Senhor Jesus, pois eles pensaram que se tratava de um fantasma.Viver a vida em Cristo impli-ca em estar comprometido com outras pessoas e com Sua Igreja. E, para ser plena-mente digno das bênçãos de Deus, cada um de nós preci-sa estar disposto a renunciar em prol de todo o “Corpo”.

JPauloFonte: Giovanni Salera Júnior

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Se a alma tivesse que escolher uma cor,

Porque você acha que seria branca.

VOCÊ ACREDITA QUE NÃO TEM RACISMO NA IGREJA?

Estejamos em alerta contra um mal, chamado RACISMO, que aflige a sociedade e em particular a Igreja, desde a época da Igreja primitiva. Ela era cheia de precon-ceitos e preconceito é a mesma coisa que racismo, se difere ape-nas em alguns sentidos, porém não fica longe, mesmo nos de-mais estudos da língua. Notamos que o Apostolo Paulo tinha muita preocupação com esse assunto de tal forma que escreveu aos Ro-manos, aos Gálatas e aos Colos-senses, buscando ensinar sobre a igualdade dos cristãos, uma vez

que somos um em Cristo. Bom, é só você prestar atenção em sua volta. Quem são os pastores que dirigem a chamadas Igrejas de Classe Alta, formada por membros e obreiros que tem renda superi-or a dez salários mínimos? Você certamente está confuso, pois é muito dura essa mensagem. Mes-mo assim, te peço, tente lembrar, com sinceridade, não minta, não tenha medo, pois Deus não casti-ga os verdadeiros. Seja qual for a denominação, não há diferença, só que umas tem mais e outras tem menos, entretanto os negros,

mulatos e brancos pobres e fei-os são colocados nas periferias, a fim de tomarem conta de congre-gações. Não importa se tem estu-do, ou se é formado em teologia, sempre dão um jeito de colocá-los fora da Matriz ou da congregação que tem rol de membros a grande maioria de brancos e bem finan-ceiramente, pois os poucos “estra-nhos” que lá tentam ficar, são de alguma forma forçados a sair, para outra Igreja ou para o mundo.

JPauloFonte: Presbítero Jair

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Nas férias de fim de ano, em-barquei rumo ao Paquistão, em busca de fomentos para o livro que escrevi sobre a condição feminina. Antes de partir, marquei um encon-tro com uma jornalista censurada. Para as mulheres daquele lugar... Não podem sair sem a escolta de um homem, não tem acesso à es-cola, nem à saúde digna. E o mais grave: andam cobertas de véu, da cabeça aos pés. As pessoas não as conhecem senão pelo seu olhar...Quando chegou, fiquei sem jeito para tocá-la. Não soubemos como proceder e, então, cumprimen-tamo-nos apenas com um “olá”. Ela estava disposta a me ajudar!Só era possível ver a sombra dos olhos e a pontos dos dedos.Por uns minutos, tentei organizar todas as perguntas embaralha-das em minha cabeça por causa da sua imagem perturbadora.– Como te sentes embaixo desse traje? – essa foi a per-gunta que me veio primeiro.Não temos o prazer da vaidade. Perguntei-lhe sobre relacões,“A mulher é humilhada pelo homem; às vezes me sinto como uma cadela presa a uma coleira,

latindo por comida e atenção”.Seus sonhos foram banidos pela raiz, sua sensibilidade era abafa-da, sua beleza... O mistério daque-la moça era um fascínio. Peguei sua mão. Que mão leve e sedosa! Mão de quem nunca apedrejou.Insinuei beijá-la. Ela puxou de volta, enroscando os dedos de uma mão com os da outra.Ameacei levantar seu véu do ros-to, a espera de alguma reação que desaprovasse minha loucu-ra. Não! Não fui impedido. Os segundo eram longos. Tirei a capa e suas lágrimas rolavam na sinfonia do seu pranto calado.Olhar profundo que me an-gustiava, lábios inocentes. A moça era linda demais!A mulher de burca mostra-va-se sem mistério. Depois, foi-se com um olhar de adeus.A história que vivenciei permanecia nítida na minha cabeça. Mas, con-fesso, não pretendia esquecê-la! Nem a história, nem a mulher.No aeroporto, no guichê, depa-rei-me com a jornalista. Minha via-gem prometia muitas surpresas.Ela trajava um suéter pre-to e uma calça cinza-escu-

ro e um sorriso estampado.Disse-me que queria fugir comi-go para o meu país, pois não su-portaria mais viver sob aquele regime. Então veio disfarçada de turista, arriscando a sua vida e a minha, caso nos pegasse.“Eu quero ser feliz ao seu lado!”.E me agarrou e me beijou. A cena nunca fora comum naquele ambiente traiçoeiro.Quando chegamos ao meu país, fomos à casa dos meus pais. Eles precisavam conhecê-la, porque eu queria mostrá-la ao mundo inteiro!Hoje esta bela mulher tornou-se minha esposa e também a capa do livro. Ensinei meu idioma. Aprendi a aceitar seus costumes. Tomamos café no fim da tarde, en-quanto releio as histórias do livro para ela. São histórias inesque-cíveis e repassadas a cada dia.O coração, que antes chorava tris-teza, me acalenta. Percebi que o amor não pode ser uma cica-triz, porque ele é vivo. Portanto, arrisque-se onde quer que seja!

JPauloFonte: Contos da Web

As pessoas não as conhecem senão pelo seu olhar

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O martírio de São Paulo é celebrado junto com o de São Pedro, em 29 de junho, mas sua conversão tem tanta importância para a história da Igreja que merece uma data à

parte. Neste dia, no ano 1554, deu-se também a fundação da que seria a maior cidade do Brasil, São Paulo, que ganhou seu nome em homenagem a tão importante acontecimento.

Saulo, seu nome original, nasceu no ano 10 na cidade de Tarso,

na Cilícia, atual Turquia. À época era um pólo de desenvolvimento financeiro e comercial, um popu-loso centro de cultura e diversões mundanas, pouco comum nas províncias romanas do Oriente. Seu pai Eliasar era fariseu e ju-deu descendente da tribo de Ben-jamim, e, também, um homem forte, instruído, tecelão, comer-ciante e legionário do impera-dor Augusto. Pelo mérito de seus serviços recebeu o título de Ci-dadão Romano, que por tradição era legado aos filhos. Sua mãe uma dona de casa muito ocupada com a formação e educação do filho.

Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem

nobre, bem situado financei-ramente, religioso, inteligente, estudioso e culto. Aos quinze anos foi para Jerusalém dar con-tinuidade aos estudos de latim, grego e hebraico, na conheci-da Escola de Gamaliel, onde re-cebia séria educação religiosa fundamentada na doutrina dos fariseus, pois seus pais o queri-am um grande Rabi, no futuro.

Parece que era mesmo esse o anseio daquele jovem baixo, ma-gro, de nariz aquilino, feições morenas de olhos negros, vi-vos e expressivos. Saulo já nes-sa idade se destacava pela oratória fluente e cativante mar-cada pela voz forte e agradável, ganhando as atenções dos cole-gas e não passando despercebido

ao exigente professor Gamaliel.

Saulo era totalmente contrário ao cristianismo, combatia-o

ferozmente, por isso tinha muitos adversários. Foi com ele que Es-têvão travou acirrado debate no templo judeu, chamado Sinédrio. Ele tanto clamou contra Estevão que este acabou apedrejado e morto, iniciando-se então uma incansável perseguição aos cris-tãos, com Saulo à frente com total apoio dos sacerdotes do Sinédrio.

Um dia, às portas da cidade de Damasco, uma luz, descrita nas Sagradas Escrituras como “mais forte e mais brilhante que a luz do Sol”, desceu dos céus, assustando o cavalo e lançando ao chão Sau-lo, ao mesmo tempo em que ou-viu a voz de Jesus pedindo para que parasse de persegui-Lo e aos seus e, ao contrário, se juntasse aos apóstolos que pregavam as re-velações de Sua vinda à Terra. Os acompanhantes que também tudo ouviram, mas não viram quem falava, quando a luz desapareceu ajudaram Saulo a levantar pois não conseguia mais enxergar. Sau-lo foi levado pela mão até a cidade de Damasco, onde recebeu outra “visita” de Jesus que lhe disse que nessa cidade deveria ficar alguns dias pois receberia uma revelação importante. A experiência o trans-formou profundamente e ele per-maneceu em Damasco por três dias sem enxergar, e à seu pedido também sem comer e sem beber.

Depois Saulo teve uma visão com Ananias, um velho e res-

peitado cristão da cidade, na qual

ele o curava. Enquanto no mesmo instante Ananias tinha a mesma visão em sua casa. Compreenden-do sua missão, o velho cristão foi ao seu encontro colocando as mãos sobre sua cabeça fez Saulo voltar a enxergar, curando-o. A conversão se deu no mesmo instante pois elepediu para ser Batizado por Ana-nias. De Damasco saiu a pregar a palavra de Deus, já com o nome de Paulo, como lhe ordenara Jesus, tornando-se Seu grande apóstolo.

Sua conversão chamou a atenção de vários círculos

de cidadãos importantes e Pau-lo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando cen-tenas de conversões. Perseguido incansavelmente, foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo mar-tirizado no ano 67, em Roma. Suas relíquias se encontram na Basíli-ca de São Paulo Fora dos Muros, na Itália, festejada no dia de sua consagração em 18 de novembro.

O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo

dos gentios, isto é, o evangeliza-dor dos pagãos. Ele escreveu 14 cartas, expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira “Teologia do Novo Tes-tamento”. Também é o patrono das Congregações Paulinas que continuam a sua obra de apóstolo, levando a mensagem do Cristia-nismo a todas as partes do mundo, através dos meios de comunicação.

JPauloFonte: Bíblia Ave Maria.

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João Paulo II