A Base Orgânica Da Mediunidade (Ricardo Baesso de Oliveira)

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    RICARDO BAESSO DE OLIVEIRA

    [email protected]

    Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)

    A ORIGEM DA FACULDADE MEDINICA

    semelhana de Charles Richet que conceituou a mediunidade como o "sextosentido", Allan Kardec colocou-a em p de igualdade com os outros atributoshumanos, reconhecendo nela uma funo orgnica, ordinria, natural, fisiolgica,inerente a todos os seres humanos, embora em gradaes muito diferentes.

    Qual a sua origem? Qual a sua relao com o processo evolutivo que atinge a todosos seres do globo? As opinies no so convergentes. Ernesto Bozzano defendia atese de que as faculdades supranormais no so e no podem ser levadas a cargoda evoluo da espcie, sendo assim sentidos da personalidade humana que deveroaflorar aps a desencarnao. No teriam, ento, uma funo definida para a vidafsica, j que apenas no ambiente espiritual elas deveriam emergir.

    Pesquisadores materialistas, como Amadou e Vassiliev, colocam-na conta de umafuno em extino. As faculdades paranormais seriam resduos de faculdadesatvicas que se foram atrofiando por obra da seleo natural, visto se haveremtornado inteis ulterior evoluo biolgica da espcie. O pensamento, todavia, quevem ao encontro da posio assumida pelo benfeitor Andr Luiz foi expresso por J.B. Rhine. Acreditava o pai da parapsicologia que as faculdades paranormaisrepresentam outros tantos germes de sentidos novos destinados a evoluir nossculos, at emergirem e se fixarem na espcie.

    Ao examinar a questo, no livro "Evoluo em Dois Mundos", Andr Luiz informa-nosque a faculdade medinica vem sofrendo atravs dos milnios paciente desabrochar,acompanhando o Esprito eterno em seu processo evolutivo. , portanto, uma funodo Esprito que se projeta no corpo a cada nova existncia, sendo continuamenteaprimorada.

    A MEDIUNIDADE E O ORGANISMO

    A base orgnica da mediunidade indiscutvel: "A faculdade propriamente dita orgnica." (O Livro dos Mdiuns, cap. XX.)

    Quais seriam as regies do corpo responsveis por esse sentido? Em que setores daeconomia biolgica vamos identific-lo? O quadro abaixo sintetiza as principaiscaractersticas biolgicas da mediunidade:

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    1. Aptido ao desdobramento perispiritual:

    Uma maior facilidade ao desdobramento do corpo perispiritual caractersticacomum em quase todos os tipos de mdiuns. Em relao evoluo do processo,Andr Luiz tece comentrios no livro "Mecanismos da Mediunidade", sintetizadosabaixo:

    Em se iniciando a criatura na produo do pensamento contnuo, o sono adquiriupara ela uma importncia que a conscincia em processo evolutivo at a noconhecera.

    Usado instintivamente pelo elemento espiritual como recurso reparador das clulasfsicas, semelhante estado fisiolgico carreou possibilidades novas de realizao.

    Amadurecido para pensar e mentalizar, o homem comeou a exercitar odesprendimento parcial do corpo sutil durante o sono, dando os primeiros passos naconquista do desdobramento do estado do sono.

    Afastava-se do corpo mantendo-se ligado a ele por finos laos fludicos magnticos,levemente dilatados nos plexos e bem consistentes ao ligar-se fossa rombide.

    Com o prosseguir evolutivo, as mentes mais afeitas meditao e reflexo e quedemonstrassem capacidades medinicas mais evidentes, pela comunho menosestreita entre as clulas do corpo fsico e do corpo espiritual, passaram do

    desdobramento durante o sono ao desprendimento durante a viglia, inaugurando noplaneta a mediunidade sonamblica, que est na base de quase todos os fenmenosmedinicos.

    2. Larga desarticulao das foras anmicas:

    Na mediunidade de efeitos fsicos haver mobilizao de elementos biolgicos queAndr Luiz denomina de "recursos perifricos do citoplasma", que ao lado do fluidovital exteriorizado vai dar origem ao ectoplasma da terminologia cientfica.

    Andr Luiz identifica nos medianeiros de todas as modalidades uma "comunhomenos estreita entre as clulas do corpo fsico e do corpo espiritual", o quecertamente facilitaria o desdobramento, que o passo inicial na maioria dosfenmenos medinicos.

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    Sendo menos densos os elos de ligao entre os implementos fsicos e espirituais,mais facilmente o medianeiro poder exteriorizar para fora de sua individualidade asenergias necessrias ao intercmbio.

    Em "Nos Domnios da Mediunidade", Andr Luiz colabora nessa idia ao dizer: "Raios

    ectoplsmicos so raios peculiares a todos os seres vivos e ainda na base delesque se efetuam todos os processos de materializao medinica, porquanto ossensitivos encarnados que os favorecem libertam essas energias com maisfacilidade."

    Na obra kardequiana vamos encontrar elementos que fortalecem o pensamento doautor espiritual:

    "O Livro dos Mdiuns", item 15:

    "O Esprito tira dessas pessoas, como de uma fonte, um fluido animal de quenecessita."

    "O Livro dos Mdiuns", item 75:

    "Em algumas pessoas h uma espcie de emanao desse fluido, em conseqnciade condies especiais de sua organizao, e disso propriamente falando queresultam os mdiuns de efeitos fsicos."

    "O Livro dos Mdiuns", item 98:

    "As naturezas impressionveis, as pessoas cujos nervos vibram menor emoo, mais leve sensao, so as mais aptas a se tornarem excelentes mdiuns de efeitosfsicos. Com efeito seu sistema nervoso, quase inteiramente desprovido do invlucrorefratrio que isola esse sistema na maioria dos encarnados, torna-os apropriados aodesenvolvimento desses diversos fenmenos."

    "O fluido vital, apangio exclusivo dos encarnados, deve obrigatoriamente impregnaro esprito agente."

    Em "Mecanismos da Mediunidade", Andr Luiz refora a tese ao dizer: "Sea

    personalidade encarnada acusa possibilidade de larga desarticulao das prpriasforas anmicas, encontramos a a mediunidade de efeitos fsicos."

    3. Sistema nervoso:

    O principal sistema responsvel pela faculdade medinica o nervoso,principalmente o crebro.

    Dr. Nubor Facure, professor titular de Neurologia na Unicamp, examinando o papeldo crebro no fenmeno, esclarece: "O fenmeno medinico se processa no crebro

    do mdium e sempre com a participao deste. um processo de automatismocomplexo, realizado atravs do crebro sob a atuao de entidades espirituais quesintonizam com o mdium. Dispomos no nosso crebro de centros de atividades

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    automticas para as diversas atividades motoras que nos permitem, por exemplo,falar fluentemente, escrever rapidamente, pintar ou dedilhar um instrumentomusical. Essas reas expressam suas atividades com pouca participao daconscincia. Desde que o mdium possa destacar seu foco de conscincia, o Espritocomunicante pode se ocupar dos ncleos de atividade automtica do crebro do

    mdium e fazer transcorrer por ali conceitos da sua mensagem."

    4. Epfise:

    O papel da epfise ou glndula pineal passou a ser valorizado com os estudos doautor Andr Luiz.

    A epfise uma glndula de forma piriforme, com as dimenses de uma ervilhamediana que repousa sobre o teto do mesencfalo.

    A glndula pineal foi bastante conhecida dos antigos. A Escola de Alexandriaparticipou ativamente dos estudos da pineal que se achavam ligados a questesreligiosas. Os gregos conheciam-na como conarium, e os latinos como pinealis,semelhantes a uma pinha. Esses povos em suas dissertaes localizavam na pineal ocentro da vida.

    Mais tarde, os trabalhos sobre a glndula pineal se enriqueceram com os estudos deDe Graff, Stenon e Descartes, que em 1677 fez uma minuciosa descrio daglndula, atribuindo-lhe papel relevante. Para ele, "a alma seria o misterioso hspededa glndula pineal".

    No incio do sculo XIX, embriologistas relacionaram a pineal ao 3 olho de algunslacertdeos da Nova Zelndia e passaram a consider-la como rgo vestigialabandonado pela natureza, o que atrasou em muito os estudos sobre a pineal.

    Em 1954 vrios estudiosos publicaram um livro com o somatrio crtico de toda aliteratura existente sobre a glndula, chegando a algumas concluses:

    A glndula pineal deixou de ser o rgo sensorial e passou a ser uma glndulade secreo endcrina.

    A glndula pineal teria influncia sobre o amadurecimento das glndulas

    sexuais (ovrios e testculos); quando atuante, a pineal inibiria odesenvolvimento dessas glndulas; quando inativa (aps os 14 anos mais oumenos), permitiria o desenvolvimento dos ovrios e testculos, ocorrendoassim o aflorar da sexualidade.

    Seu hormnio (melatonina) favoreceria o sono, diminuiria crises convulsivas,sendo por isso conhecida como a glndula da tranqilidade.

    Atuaria ainda como reguladora das funes da tireide, do pncreas e dassupra-renais.

    Seria ainda uma reguladora global do sistema nervoso central.

    Em "Missionrios da Luz", cap. I e II, Andr Luiz, estudando um mdium psicgrafocom o instrutor Alexandre, observa a epfise do mdium a emitir intensaluminosidade azulada, ao que o instrutor esclarece:

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    "No exerccio medinico de qualquer modalidade, a pineal desempenha o papel maisimportante."

    Andr Luiz observa:

    "Reconheci que a glndula pineal do mdium expelia luminosidade cada vez maisintensa... a glndula minscula transformara-se em ncleo radiante e ao redor seusraios formavam um ltus de ptalas sublimes. Examinei atentamente os demaisencarnados e observei que em todos a pineal apresentava notas de luminosidade,mas em nenhum brilhava como no mdium em servio. Alexandre esclarece: napineal que reside o sentido novo dos homens, entretanto, na grande maioria, apotncia divina dorme embrionria."

    Em "Evoluo em Dois Mundos", o autor explica a evoluo da pineal, que deixou deser olho exterior, como era nos lacertdeos na Nova Zelndia, para fazer parte do

    crebro, relacionada emoes mais sutis.Em "Missionrios da Luz", Andr Luiz esclarece:

    "No se trata de um rgo morto segundo as velhas suposies, a glndula da vidamental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as foras criadoras, eem seguida continua a funcionar como o mais avanado laboratrio de elementos dacriatura terrestre.

    Aos 14 anos aproximadamente, a glndula reajusta-se ao concerto orgnico e reabreseus maravilhosos mundos de sensaes e impresses da esfera emocional. Entrega-se a criatura recapitulao da sexualidade, examinando o inventrio de suaspaixes vividas em outras pocas, que reaparecem sob fortes impulsos. Ela presideaos fenmenos nervosos da emotividade, como rgo de elevada expresso nocorpo etreo. Desata de certo modo os laos divinos da Natureza, os quais ligam asexistncias umas s outras, na seqncia de lutas pelo aprimoramento da alma edeixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se achainvestida."

    Observamos, ento, que a pineal apresenta particularidades e funes quetranscendem o posicionamento da cincia oficial.

    Ela domina o campo da sexualidade, estabelece relaes com o mundo espiritual, viamediunidade, transformando energia mental em estmulo nervoso e mantm contatoentre o Esprito e o corpo, atravs do centro coronrio, alm de presidir aosfenmenos da emotividade.

    Andr Luiz acrescenta:

    "Segregando delicadas energias psquicas, ela conserva todo o sistema endcrino.Ligada mente, atravs de princpios eletromagnticos do campo vital, comanda as

    foras subconscientes sob a determinao direta da vontade. As redes nervosasconstituem-lhe fios telegrficos para ordens imediatas a todos os departamentos

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    celulares e sob sua direo efetuam-se os suprimentos de energia a todos osrgos."

    O CIRCUITO MEDINICO

    Esclarecendo quanto ao mecanismo ntimo do fenmeno medinico, Kardec reproduzo pensamento de um de seus guias:

    "Nossas comunicaes com os espritos encarnados se realizam unicamente pelairradiao do nosso pensamento." (O Livro dos Mdiuns, cap. XIX.)

    A comunicao medinica , em sntese, um processo de transferncia de contedosmentais da dimenso espiritual para a fsica. A participao direta do mdium e dosassistentes indiscutvel em todas as variedades medinicas. O desdobramento domdium quase sempre precede a captao da onda mental do Esprito comunicante,conforme mostra o esquema abaixo: