A Assessoria de Comunicação da Unifra: promovendo a comunicação organizacional

8/3/2019 A Assessoria de Comunicao da Unifra: promovendo a comunicao organizacional

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Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao

XI Congresso de Cincias da Comunicao na Regio Sul Novo Hamburgo RS 17 a 19 de maio de 2010

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A Assessoria de Comunicao da Unifra: promovendo a comunicaoorganizacional1

Edilaine de Avila2Tas Steffenelo Ghisleni3

Angela Lovato Dellazzana4Centro Universitrio Franciscano, Santa MariaRS

ResumoA comunicao organizacional envolve uma gama de profissionais qualificados paratratar da imagem de uma empresa, junto a seus diferentes pblicos. Uma das formas dese trabalhar atravs da Assessoria de Comunicao que normalmente envolveprofissionais de relaes pblicas, jornalismo e publicidade e propaganda. Estes soresponsveis por gerir a imagem da empresa, evitando distores e reafirmando oposicionamento da organizao perante os pblicos interno e externo. Atravs depesquisa bibliogrfica e realizao de entrevista com profissionais de assessoria daUnifra, foi realizado um resgate histrico a fim de perceber a evoluo do setor, bemcomo levantamento dos aspectos acerca da importncia do desenvolvimento do mesmodentro da instituio, para que haja maior conexo entre a Unifra e seus pblicos.

Palavras-chave: comunicao; organizao; assessoria; pblicos, universidade.

1 IntroduoO que define a comunicao como um processo social o expressar humano que

constri o pensar, juntamente com o conhecimento e os mundos simblico e imaginrio

(FREIRE, 1982, apud SOUSA, 2008). Assim, a comunicao um processo de

transmisso de signos que compreendem um sistema baseado em smbolos e sinais,

conforme assinalam DeFleur e Ball-Rokeach (1993). Tambm sobre isso, Berelson e

Steiner citados por Barbosa e Rabaa (2001, p. 156) a observam como a transmisso de

informaes, idias, emoes, habilidades etc., por meio do uso de smbolos palavras,imagens, figuras, grficos etc.. Ou ainda, como afirma Rdiger (2003, p. 21), a

comunicao deve ser apresentada como um sistema de transmisso de informaes.

1 Trabalho apresentado no IJ 3 Relaes Pblicas e Comunicao Organizacional do XI Congresso deCincias da Comunicao na Regio Sul e realizado de 17 a 19 de maio de 2010.2 Estudante de Graduao 4. semestre do curso de Comunicao Social Hab. Publicidade e Propagandada Unifra-RS, email: [email protected] Orientadora do trabalho. Professora do Curso de Comunicao Social Hab. Publicidade e Propaganda

da Unifra-RS, email: [email protected] Orientadora do trabalho. Professora do Curso de Comunicao SocialHab. Publicidade e Propagandada Unifra-RS, email: [email protected].
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]


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A comunicao social compreendida tambm como uma prtica de relao

entre emissor e receptor, apoiada pela significao da mensagem e de canais, que busca

efeitos comportamentais no mbito do consumo de valores, bens materiais e simblicos

(SOUSA, 2008). Segundo o autor, o esquema emissor/receptor/canal/mensagem permite

a compreenso da comunicao como instrumento.

Comunicao pode ser, como observa Lasswell apudRdiger (2003, p. 55), um

processo carregado de intencionalidade, atravs do qual as pessoas procuram

influenciar o comportamento das demais por meio da transmisso de mensagens.

Ainda, neste sentido, Rdiger (2003) corrobora com a ideia de intencionalidade presente

na comunicao, apontando que ela usada para agir sobre os outros na inteno de

satisfazer as necessidades de quem a produziu.

Existem vrias formas de se fazer comunicao, que esto dependentes da

inteno desejada. A organizacional ocorre entre a organizao e seus pblicos de

interesse e compreende a administrao de polticas, planejamentos, aes,

coordenaes, direes e controles, criando sentido para os integrantes das organizaes

e suas redes de relacionamento (NASSAR, 2008). Como forma de se fazer comunicao

organizacional, um setor atua como instrumento de produo de mensagens: a

Assessoria de Comunicao, que compreende o trabalho realizado por um publicitrio,

um jornalista e um relaes pblicas (TAVARES, 2007).

Neste caso, foi delimitado como objeto de estudo a Assessoria de Comunicao

do Centro Universitrio Franciscano. Esta escolha se deu por este trabalho ser parte

integrante de um grupo de pesquisa que visa conhecer a comunicao externa da Unifra,

para descobrir como o centro de ensino tem se apropriado dos meios disponveis para

propagar mensagens a seus pblicos de interesse. Como objetivo, h um resgate da

histria deste setor dentro da Unifra, atravs do levantamento de dados sobre sua

implementao e funcionamento at os dias atuais.Em um primeiro momento, foi realizada uma pesquisa bibliogrfica sobre o que

comunicao e o que compreende a comunicao organizacional, junto a autores

como Rdiger (2003), Sousa (2008), Kunsch (2003; 2008), Neves (2002), Tavares

(2007) e Argenti (2006) entre outros. Posteriormente, foi feita uma entrevista com os

profissionais Maurcio Lavarda, publicitrio, e Carlos Spall, jornalista, ambos

colaboradores da Assessoria de Comunicao da Unifra. Esta entrevista foi realizada

atravs de uma conversa com os esses profissionais, visando conhecer o funcionamentodeste setor, bem como suas principais caractersticas atuais.


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2 A comunicao nas organizaes

Para Poyares (1974), a comunicao social o complexo de fenmenos de

interao formado por veculos, meios, ao das fontes organizadas de informao, ao

das agncias de notcias e dos informadores e reao dos receptores. Como processo

dentro de uma organizao, ela parte de um sistema que pretende solidificar relaes

existentes entre empresa e seus pblicos (NASSAR, 2008).

Ainda conforme Nassar (2008, p. 62), uma organizao um sistema social e

histrico, formal, que obrigatoriamente se comunica e se relaciona, de forma endgena,

com seus integrantes e, de forma exgena, com outros sistemas sociais e com a

sociedade. Pode-se depreender ento a importncia da comunicao para a

sobrevivncia das organizaes. Para Neves (2002) o objetivo de se comunicar a

construo da imagem de marca, que visa identificar a empresa com seu pblico,

criando uma relao de credibilidade. Isto faz com que a organizao se torne mais

competitiva. Para se construir esta imagem, preciso desenvolver, fortalecer e proteger

os atributos positivos (...) da empresa e neutralizar os atributos negativos (NEVES,

2002, p. 23).

por meio da comunicao que ela [empresa] estabelece dilogo a

respeito de suas polticas, suas aes e suas pretenses; informa,organiza e reconhece os seus pblicos de interesse, entre os quais seuscolaboradores; legitima a sua existncia; e trabalha pela melhoria doambiente de trabalho, entre outros objetivos. (NASSAR, 2008, p. 64).

A imagem um fator que garante vantagem competitiva para as organizaes.

Atravs de uma boa imagem de marca, as empresas tornam-se passveis de ser

creditadas no setor em que atuam e fora dele. Esta caracterstica deve ser trabalhada ao

longo de toda a trajetria organizacional e envolve vrios quesitos que devem ser

preenchidos. Dentre eles, pode-se evidenciar: ter bons produtos e servios, ser bemadministrada, ser um bom lugar para trabalhar e ter valor agregado para a sociedade

(NEVES, 2002).

Segundo Neves (2002, p. 25), a imagem empresarial5 pode ser desenvolvida e

protegida atravs de um sistema de comunicao integrada. importante que haja esta

relao entre as organizaes, pois elas necessitam explanar informaes relevantes aos

seus pblicos. Por comunicao organizacional, segundo o autor, entende-se a

necessidade de veiculao de informaes relevantes construo da imagem da


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empresa, bem como a divulgao de objetos tcnicos e funcionais junto ao seu pblico

interno.

A comunicao, conforme observa Kunsch (2003, p. 164), a responsvel

direta, por meio da gesto estratgica das relaes pblicas, pela construo e

formatao de uma imagem e identidade corporativas fortes e positivas de uma

organizao. comunicao organizacional creditada a concepo da imagem de

uma empresa, bem como sua manuteno positiva perante seus pblicos.

Como observa Tavares (2007, p. 12-3), os contatos ficaram mais rpidos, a

notcia passa a ser global, com a Internet, possvel perceber um avano na

comunicao institucional a partir da evoluo da tecnologia. Com isso, as organizaes

comearam a entender a importncia de aparies positivas e de transparncia nas suas

aes perante a mdia.

A comunicao institucional o conjunto de aes que visa divulgarinformaes aos pblicos de interesse sobre os objetivos, as prticas,as polticas e aes institucionais da organizao. O objetivo construir, manter ou melhorar a imagem da empresa no mercadoperante esses pblicos. (TAVARES, 2007, p. 60).

A comunicao organizacional ento uma atividade complexa que implica em

conhecimento e compartilhamento dos atributos da empresa. preciso que se conheam

os aspectos mais intrnsecos das organizaes, como misso, viso, valores, filosofia epolticas, para que se mergulhe verdadeiramente na essncia empresarial, com o

objetivo de canalizar as informaes de forma a promulgar uma imagem de marca

receptiva aos pblicos de interesse.

As imagens positivas, obtidas em cada um dos pblicos-alvo com osquais a empresa interage, desde que devidamente identificadas epotencializadas em aes de comunicao corporativa, globais eintegradas, certamente contribuiro para a formao de umaidentidade corporativa, marcante e diferenciada. (YANASE, 2007, p.

348).

Yanase (2007) ainda ressalta que, em perodos anteriores, os intercmbios de

uma empresa resumiam-se em relaes comerciais de compra e de venda. Como o

cenrio mudou atualmente o contexto outro, pois as empresas esto bem mais

envolvidas com os inmeros pblicos que as cercam e as afetam. Hoje, na ps-

modernidade, as organizaes tm de ser compradoras e vendedoras, implacveis e

tolerantes, ativas e passivas etc. Precisam desempenhar as mais variadas e contraditrias

5 Neste caso, comunicao organizacional, institucional e empresarial so tratadas como sinnimas.


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funes, com o escopo de tentar, ao mximo, respeitar as diferenas existentes entre os

pblicos e os mercados. Ainda, pode-se observar que todo e qualquer erro, mesmo que

pequeno, pode alcanar proporo catrtica para os relacionamentos interno e externo.

O motivo de a comunicao ser importante dentro das empresas ressaltado por

Argenti (2006) quando este observa quatro pontos fundamentais para justificar tal

relevncia: a sofisticao da comunicao, a tambm sofisticao do pblico em relao

s empresas, o embelezamento da informao e a complexidade das organizaes.

Inicialmente, vive-se em uma era muito sofisticada em termos de comunicao. Com o

avano da tecnologia e o uso de meios como a internet, a informao se propaga

velocidade da luz e no h mais as limitaes de espao fsico, para a produo de

mensagens. Em segundo lugar, o autor aponta o alto grau de conhecimento que as

pessoas tm acerca do funcionamento das empresas. Por estar exposto a um maior

nmero de informaes, o pblico est mais ctico em relao s mensagens divulgadas.

Argenti (2006) ainda ressalta que as informaes esto inseridas em um

ambiente mais bonito que em tempos anteriores. Hoje, o pblico no quer mais estar em

um local escuro e sem vida, mesmo que para comprar barato. O visual est muito em

voga e garante o alto posicionamento de uns e a decadncia de outros. Vive-se em uma

sociedade que preza por aquilo que v e preserva relaes com organizaes que

contemplam tais caractersticas. A ambientao atrai tanto quanto a informao. E

destaca-se tambm a complexidade das empresas. Se em outras pocas, uma nica

pessoa podia desenvolver vrias atividades; atualmente, isto incumbncia de um setor

com vrios profissionais integrados.

2.1 Instrumentos da comunicao organizacional

Em tempos anteriores, as organizaes tratavam a comunicao de forma

fragmentada. Quando isso acontecia, havia funes completamente estanques. Estasegmentao vem do tempo em que cada pblico tinha interesses especficos e no

dialogavam, nem procuravam interagir entre si (NEVES, 2002). Hoje, vive-se um

processo nico de comunicao que engloba todas as abordagens em um conjunto

amplo. Kunsch (2008) chama isso de mix de Comunicao Organizacional Integrada,

que envolve Comunicao Administrativa, Comunicao Interna, Comunicao

Institucional e Comunicao Mercadolgica.

Esta concepo procura contemplar uma viso abrangente dacomunicao nas e das organizaes, levando em conta todos aqueles


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aspectos relacionados com a complexidade do fenmenocomunicacional inerente natureza das organizaes, bem como osrelacionamentos interpessoais, a dimenso da comunicao humana,alm da funo estratgica e instrumental (KUNSCH, 2008, p. 113-4).

Para se trabalhar a comunicao de maneira integrada, usa-se de instrumentoscapazes de promover a organizao frente aos seus pblicos. Segundo Kunsch (2003, p.

166), a modalidade de comunicao institucional formada (...) pelos instrumentos

que convergem para formatar uma comunicao da organizao em si, como sujeito

institucional, perante seus pblicos, a opinio pblica e a sociedade em geral.

Podemos relacionar, segundo a autora, nove instrumentos que participam da

comunicao institucional: as relaes pblicas, o jornalismo empresarial, a assessoria

de imprensa, a publicidade/propaganda institucional, a imagem e a identidadecorporativa, o marketing social, o marketing cultural e a editorao multimdia. Com o

objetivo de integrar funes, surge um setor que rene alguns instrumentos com o

escopo de melhor adequar e distribuir funes dentro da organizao: a Assessoria de

Comunicao.

O setor de Assessoria de Comunicao normalmente compreende o

envolvimento de profissionais de Relaes Pblicas, Jornalismo e Publicidade e

Propaganda (SANTOS apud CARVALHO, 2009). Utilizando como base o material

produzido por Tavares (2007), sobre como deve ser estruturado este departamento, faz-

se algumas consideraes. Este setor deve, conforme o autor, ser composto por um

profissional de Relaes Pblicas que deve saber trabalhar com todas as formas de

comunicao empresarial. Poder planejar, organizar, dirigir, controlar e avaliar funes

como relao entre empresa e seus pblicos, eventos, desenvolvimento de pesquisas,

gerenciamento de crises, ouvidoria e outros trabalhos que, por ventura, aparecerem

relacionados com estes termos (TAVARES, 2007).

Para o autor, a Assessoria de Comunicao tambm deve contar com um

profissional de Publicidade e Propaganda, que dever criar material institucional

interno, comofolders, cartazes, logomarcas de eventos etc.; colaborar na elaborao do

Plano de Comunicao Institucional; e desenvolver ou acompanhar junto agncia o

material desenvolvido como peas e campanhas institucionais etc. J o profissional de

Jornalismo, segundo o autor, deve atuar junto assessoria de imprensa, desempenhando

as funes de jornalismo empresarial, produzir textos pra veculos e desenvolver e

analisar um clipping de mdia impressa e eletrnica. Este profissional tem como


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objetivo principal organizar os fluxos de irradiao das informaes sobre as

organizaes.

Tavares (2007) ainda observa que, se possvel, poderia haver um profissional

com formao nas trs reas, que atuaria como gestor da comunicao da organizao;

uma secretria com formao ou cursando na rea de cincias humanas, com funo de

apoio a todas as reas; e um estagirio, cursando comunicao em uma de suas

habilitaes, para colaborar com o trabalho realizado.

Esta uma forma que os tericos da rea usam como modelo de um setor de

Assessoria de Comunicao dentro das organizaes. Porm, algumas vezes, este

modelo no reproduzido pelas empresas, nem por isso o trabalho deixa de ser

realizado. Pois, como assinalam Dellazzana e Ghisleni (2009), grande parte das

organizaes j tomou conscincia da importncia da comunicao, mas no exploram o

poder que ela exerce sobre a estrutura organizacional e seus pblicos.

3 Assessoria de comunicao da Unifra

Conforme observa Carneiro (2004), a assessoria de comunicao um

instrumento estratgico fundamental, pois com sua atuao h um aumento da

visibilidade pblica da organizao por intermdio dos meios de comunicao massivo

e segmentado. O autor ainda ressalva que as funes desempenhadas so especficas de

profissionais capacitados e que todo o trabalho desenvolvido alicerado na construo

da imagem da instituio, considerando seus pblicos interno e externo.

Segundo Carvalho (2009), a Unifra conta com uma Assessoria de Comunicao

na figura de uma assessoria de imprensa como prestadora de servios, desde 1995.

Nesta poca, as atividades eram realizadas mediante a solicitao da administrao,

sempre que se fizesse necessrio. J em 2006, a instituio contratou uma profissional

de Relaes Pblicas para o desenvolvimento de aes de comunicao interna. Estaconfigurao se estabeleceu durante o perodo de um ano at que a relaes pblicas

deixou o cargo, por motivos pessoais. Neste momento, voltou-se ao funcionamento

anterior: um assessor de imprensa sendo acionado quando necessrio.

Sentindo necessidade de haver uma equipe para trabalhar a comunicao, a

Unifra contratou, em 2008, um publicitrio e um relaes pblicas para realizar o

levantamento da situao comunicacional existente dentro da instituio. A partir de

ento, foram realizadas avaliaes junto ao pblico interno, mediante conversasinformais, e ao pblico externo, atravs de anlise de clipping e de conversa com


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representantes da sociedade. Posteriormente, foram desenvolvidos planejamentos como

para confeco do Jornal Unifra e alteraes do site da instituio (CARVALHO,

2009).

Aps a entrada destes profissionais, foram realizadas algumas mudanas dentro

do setor, para que houvesse maior envolvimento dos profissionais contratados com o

ambiente organizacional, assim como algumas funes foram sendo delimitadas.

Ludwig Larr, ento jornalista e assessor de imprensa da Unifra, ficou responsvel pela

confeco do Jornal Unifra, trabalhando em cima de estipulao de datas de lanamento

das edies e organizando o recebimento de sugestes de matrias, bem como a

aceitao do material para publicao (CARVALHO, 2009).

Quanto divulgao de eventos, Carvalho (2009) afirma que algumas polticas

foram adotadas para a melhor divulgao de informaes: o setor de eventos da Unifra

ficou encarregado de repassar os projetos dos eventos aprovados pelas pr-reitorias,

afim de que a Assessoria de Comunicao ficasse por dentro das atividades a ocorrer e

tambm pudesse ministrar a circulao da informao, acionando o assessor de

imprensa para despertar interesse dos veculos de comunicao em noticiar as

informaes.

Ainda neste mesmo perodo, foi elaborado um planejamento para alteraes no

site da Unifra, conforme Carvalho (2009, p. 28) a assessoria de comunicao props a

reestruturao do site com a utilizao de algumas ferramentas especficas que

melhorariam sua comunicabilidade. No entanto, a proposta no foi aceita na sua

totalidade e essa reestruturao do site deu-se apenas em alguns aspectos, que, mesmo

assim, j melhoraram sua qualidade visual e disposio de informaes.

Quanto comunicao interna, Carvalho apudDellazzana, Mattana e Ghisleni

(2009, p. 7) informou que ainda existiam algumas limitaes decorrentes do sistema

utilizado pelo Centro de Processamento de Dados (CPD) da Unifra: O intuito dasalteraes no site, logicamente, era buscar melhorias tanto na comunicao interna quanto

externa, mas ainda estamos em processo de construo, recebendo sugestes e verificando

as possibilidades de mudana. Ainda segundo os autores, a nica ao adotada

internamente pela Assessoria de Comunicao para divulgar essas alteraes feitas no site

foi o envio de um e-mail para os funcionrios, atravs do CPD, com informaes a respeito

das mudanas realizadas no sistema e pedido de envio de crticas.


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Em 2010, segundo entrevista realizada com Maurcio Lavarda e Carlos Spall6,

ambos profissionais atuantes na Assessoria de Comunicao da instituio, este setor

conta com um publicitrio, um jornalista e uma estagiria de jornalismo que colabora na

realizao dos trabalhos internos. Dentro da instituio, a Assessoria de Comunicao

responsvel por realizar trabalhos internos, como planejamento institucional, de mdia e

visual, material grfico, cobertura de eventos da instituio, divulgao de material para

funcionrios, manuteno e atualizao do site, pequenas campanhas e demais trabalhos

internos.

Conforme Spall, o profissional jornalista tem por funes fazer a informao

circular dentro da instituio; organizar e se responsabilizar pela divulgao do

calendrio acadmico; e manter o site com uma linguagem nem to popular nem to

acadmica, procurando um meio termo entre sociedade e academia, contemplando tanto

o pblico interno quanto o externo. Em colaborao, segundo Lavarda, o profissional

publicitrio encarregado de criar a unidade visual para o contedo, seja atravs de

material grfico ou eletrnico, este ltimo, no caso, compreendendo a estrutura do site

.

Comparando as funes desempenhadas pela Assessoria de Comunicao em

detrimento das realizadas pela agncia de publicidade da instituio, temos que a

primeira desenvolve a intermediao entre a parte administrativa da Unifra reitoria e

pr-reitorias e a agncia. Sendo esta ltima responsvel por toda e qualquer

divulgao na mdia de massa, compreendendo jornal, televiso, rdio, revista, entre

outros; assim como, criao e elaborao de todo material grfico e eletrnico para

veiculao. A agncia funciona como uma prestadora de servios para a Assessoria de

Comunicao, bem como para toda a instituio.

Pode-se notar, a partir das informaes levantadas sobre este setor, que o mesmo

atende muitas das necessidades de relacionamento da instituio com seus pblicos,bem como desempenha funes intermedirias entre agncia e centro de ensino,

tornando-se fator de melhoria nos arrolamentos institucionais. A presena de dois

profissionais de comunicaoum publicitrio e um jornalistapermite que se tenham

vises diferenciadas e, ao mesmo tempo, complementares sobre o trabalho a ser

realizado. Conforme assinalam Lavarda e Spall, apesar das funes serem um pouco

6Entrevista concedida a Edilaine de Avila, em 23 mar. 2010, na Assessoria de Comunicao da UnifraSantaMaria-RS.


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diferenciadas, ambos trabalham junto, em conjunto, com a finalidade de fortalecer o

setor existente.

Utilizando-se dos pontos levantados por Tavares (2007) em relao aos

elementos constitutivos do departamento de Assessoria de Comunicao dentro de uma

organizao, este setor na Unifra no atende a todas as necessidades previstas pelo

autor, pois no conta atualmente com um profissional de relaes pblicas. Isto pode ser

consequncia de ser um setor efetivamente novo, em fase de testes e adaptao de novas

possibilidades.

A incluso de um profissional de Relaes Pblicas permitiria que esse

departamento produzisse, com maior desempenho administrativo, funes exercidas

dentro do relacionamento entre a instituio e seus pblicos. Isto se deve ao fato de que

este profissional poderia ampliar o campo argumentativo da Unifra frente s mdias

disponibilizadas, bem como produzir novas e fortalecer as relaes j existentes.

Algumas organizaes no do a devida ateno ao setor de Assessoria de

Comunicao, pois acreditam que a funcionalidade do mesmo restringe-se a meros

contatos com a imprensa. Felizmente, a Unifra observou a necessidade de ter um

departamento integrado administrao central para trabalhar a comunicao, o que a

torna mais bem capacitada na divulgao de suas informaes, tornando-se melhor

preparada para enfrentar potenciais desafios.

Segundo as informaes levantadas junto aos profissionais atuantes no setor

dentro da instituio, algumas mudanas esto sendo propostas, no sentido de reforar e

impulsionar o departamento a interagir com os demais dentro da Unifra. Esta integrao

permitiria que houvesse maior desenvolvimento e aproveitamento dos recursos

existentes. Algumas variaes relacionadas com a estrutura do site esto sendo

pensadas, no intuito de melhor-lo para atender s necessidades da instituio e de seus

respectivos pblicos.

5 Consideraes finais

Procurou-se evidenciar a importncia e eminente necessidade de haver

profissionais capacitados atuando dentro de um setor de Assessoria de Comunicao. A

comunicao organizacional permite que a empresa tenha contato com seus pblicos e

construa, atravs disso, uma relao de credibilidade. No h formao de imagem

pblica sem o uso da comunicao para exteriorar as polticas, projetos, filosofia e todagama de variantes fundamentais na composio de uma empresa sria e bem sucedida.


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Felizmente, as organizaes acordaram para a necessidade de se construir bases fortes e

flexveis, como sustentculos de sua atuao no mercado.

No que tange Assessoria de Comunicao da Unifra, percebe-se sua trajetria

evolutiva no intuito de melhorar o relacionamento existente entre ela e seus pblicos. Se

em um primeiro momento, havia somente a terceirizao de funes desempenhadas por

um assessor de imprensa contratado eventualmente, hoje h a preocupao de, ao

menos, relacionar setores conjuntos para promover a integrao na divulgao de

informaes.

Atualmente, a Assessoria de Comunicao da Unifra est em funcionamento

com dois profissionais: um jornalista e um publicitrio. O trabalho vem sendo

desenvolvido sem planejamento de longo prazo, com o objetivo de resolver dificuldades

de curto aforamento, sendo resolvidos os problemas de maior relevncia para o

momento. Embora no conte com o apoio de um profissional relaes pblicas, as

atividades esto sendo desenvolvidas com a inteno de integrar os setores dentro da

instituio.

importante ressaltar o quanto faz diferena o bom uso de instrumentos capazes

de impulsionar uma instituio. Pela sua implantao recente, no h como exigir da

Assessoria de Comunicao Unifra apropriaes de argumentos ainda no conhecidos

pela falta de experincia do setor. Muito embora exista isso, h tambm uma sria

preocupao acerca da unificao dos departamentos dentro da instituio. Pois fato,

que a comunicao no um setor isolado dentro de uma organizao, e sim faz parte

de um planejamento que envolve todas as reas de uma empresa.

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