A arte e o Ofício da Pregação Bíblica

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A arte e o Ofício da Pregação Bíblica

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  • O R G A N I Z A D O R E S

    H A D D O N R O B I N S O N C R A I G B R I A N L A R S O N

    P R E G A ~

    B B L I C A

    T R A D U T O R E S

    A O

    V A L D E M A R K R O K E R D A N I E L H U B E R T K R O K E R R E B E C A H U B E R T K R O K E R

  • DEDICATORIA

    Haddon Robinson

    Sid Buzzell Scott Gibson Duane Litfin

    Don Sunukjian Bruce Waltke

    Colegas no ministerio a quem me sinto honrado em cham-los de "amigos".

    Craig Brian Larson

    minha esposa Nancy e aos meus filhos, Aaron, Ben, Mark e Brian David, que tm apoiado esse elevado chamado; e s igrejas a que servi por abrirem

    seu corao para receber a Palavra da Vida

  • UMA ORAO DE GEORGE HERBERT (1593-1633)

    Senhor, como pode o homem pregar a tua palavra eterna? Ele vidro frgil e imprestvel.

    No entanto, no teu templo tu lhe conferes Esse lugar glorioso e transcendente,

    A ser uma janela por tua graa.

    Mas quando temperas no vidro a tua histria, Fazendo tua vida brilhar dentro

    Do teu sagrado pregador, ento a tua luz e a glria Mais reverenciadas se tornam, e mais ganho trazem, O que sem isso seria diludo, desanimador e tnue.

    Doutrina e vida, cores e luz em um Quando se combinam e se fundem, produzem Estima forte e admirao; mas a fala somente

    Desvanece como uma coisa em chamas E no ouvido soa, no na conscincia.

  • SUMRIO

    Como usar este livro 15 Colaboradores 17 Agradecimentos 23

    Parte 1 O SUBLIME CHAMADO DA PREGAO . . . . 25

    Como posso ser fiel ao que Deus quer que a pregao seja e faa?

    1. As Convices da Pregao Bblica 26 Haddon Robinson

    2. Uma Definio de Pregao Bblica 26 John Stott

    3. Uma Dose Semanal de Dignidade Condensada 33 Craig Brian Larson

    4. Superalimentados, Subdesa-fiados 34 Jay Kesler

    5. A Teologia e a Pregao Cheia de Poder 37 Jay R Adams

    6. A Pregao que Eleva os nossos Olhos 40 Crawfor d Loritts

    7. Conduzir e Alimentar 41 Jack Hayford

    8. Joo 3.16 na Clave de D 46 J e f f r e y Arthurs

    9. Cresa na Sua Pregao 49 Bill Hybels

    10. A Formao Espiritual por meio da Pregao 54 Robertson McQuilkin

    11. Pregando a Vida na Igreja 61 J e f f r e y Arthurs

    12. Minha Teoria da Pregao 66 Haddon Robinson

    13. Permanecendo na Linha 68 David Helm

    14. A Histria da Pregao 73 Michael Quicke

    Parte 2 A VIDA ESPIRITUAL DO PREGADOR 81

    Como devo cuidar da minha alma para estar espiritualmente preparado

    para pregar?

    15. Um Clice Transbordante 82 Dallas Willard

    16. O Pregador Patenteado 84 Warren W Wiersbe

    17. Orei por minha Pregao 90 Joe McKeever

    18. Como Funciona a Uno? 94 Lee Eclov

    19. Extremamente Puro 98 Kenton C. Anderson

    20. Leitura Obrigatria 103 Haddon Robinson

    21. Como Distribuir Corretamente a Carga da Pregao 104 Larry W. Osborne

    22. Como Pregar em meio ao Sofrimento Pessoal 110 Daniel T. Hans

    23. Um Profeta entre Vocs 115 Maxie Dunnam

    24. Queimando Gasolina Limpa .... 121 Scott Wenig

    25. Como Pregar quando Comea a Faltar Oxignio 123 Mark Buchanan

    26. Por Que Caminho antes de Pregar 126 Walter Wangerin Jr.

    27. Pregando para Abalar os Demnios 128 Craig Barnes

  • a................................ 20

    Expectativ28 . SantaHaddon Robinson

    132

    Parte 3 CONSIDERANDO OS OUVINTES 1 3 5

    Como devo mudar a minha abordagem conforme quem est ouvindo?

    29. Pregando a Cada Um em Particular 136 Haddon Robinson

    30. O Poder da Simplicidade 143 Chuck Smith

    31. A Vista da Platia 147 John Koessler

    32. Pregando para Pessoas Comuns 149 Lewis Smedes

    33. Por Que Pregadores Srios Usam Humor 154 John Beukema

    34. Conecte os Ouvintes por meio do Dilogo 169 JeJJrey Arthurs

    35. Auto-Revelao que Glorifica a Cristo 172 Joe Stowell

    36. Como Ser Ouvido 174 Fred Smith

    37. Abrindo a Mente Fechada dos ouvintes 179 Ed Dobson

    38. Transformando a Platia em uma Igreja 185 Will Willimon

    39. Pregando para Mudar o Corao 192 Alistair Begg

    40. Pregando a Verdade, a Justia e o Estilo de Vida Estado-unidense 196 Rick McKinniss

    41. Pregando a Moralidade em uma poca Amoral 200 Timothy Keller

    42. A Pregao para outras Culturas 6 Rick Richardson

    43. Conectando com Ps-Modernos 210 Robertson McQuilkin

    44. Pregando em meio ao Pluralismo 213 Timothy Keller

    45. Conectando com No-Cristos 216 John Koessler

    46. Como Traduzir Sermes Masculinos para Mulheres 219 Alice Mathews

    47. Ele Falou, Ela Ouviu 222 JeJJrey Arthurs

    48. Como conectar com Homens ... 226 Bill Giovannetti

    49. Criando um Sermo Atraente para os Solteiros 231 Susan Maycinik Nikaido

    50. Pregando a Pr-Escolares 233 Marilyn Chandler McEntyre

    51. A Pregao aos Estado-unidenses Hispnicos 235 Noel Castellanos, Jesse Miranda., Alfredo Ramos

    52. A Pregao para Estado-Unidenses Afro-Descendentes 238 Rodney L Cooper

    53. Pregao para Estado-Unidense Asiticos 242 Matthew D. Kim

    54. O Trabalho Vence? 247 Lee Eclov

    55. Um Sermo, Duas Mensagens 250 Wayne Brouwer

    56. O Pregador Brincalho 253 Richard P. Hansen

    57. Que Autoridade ainda Temos? 257 Haddon Robinson

  • Parte 4 INTERPRETAO E APLICAO 2 6 3

    Como posso compreender o significado correto das Escrituras e apresentar a sua

    relevncia a ouvintes to singulares?

    58. Por Que o Sermo? 264 Ben Patterson

    59. Extraindo o Ouro do Texto 268 John Koessler

    60. Ser Fiel antes de tudo 274 David Jackman

    61. A Carta de Intenes de Deus 279 Greg R. Scharf

    62. Cinco Questes Cruciais para a Exposio Bblica 284 Earl Palmer

    63. As Regras do Jogo 287 David L. Alien

    64. Por Que todos melhores Pregadores So Teolgicos 292 John Koessler

    65. Permitindo que os Ouvintes Faam as Descobertas 299 Earl Palmer

    66. Condenao e Compaixo 303 S. Bowen Matthews

    67. A Impropriedade da Teologia do "Sim" 308 Ben Patterson

    68. O que os grandes Treinadores e Pregadores sabem 309 Craig Brian Larson

    69. A Pregao que Abre Ouvidos e Coraes 315 Haddon Robinson

    70. Conduzindo os Ouvintes rvore da Vida 317 Te d Haggard

    71. Fundamentos do Gnero Literrio 320 David L. Alien

    72. De a.C. at a Hora do Culto ... 324 Steven D. Mathewson

    73. A Grande Idia da Pregao Narrativa 330 Paul Borden, Steven D. Mathewson

    74. A Vida em Levtico 343 Rob Bell

    75. Aplicao Interna 346 David Veerman

    76. Aplicao sem Moralismo 353 Bryan Chappell

    77. Harmonizando Contedo Bblico e Aplicao para a Vida 360 Haddon Robinson

    78. Mostrando a Promessa 367 Craig Brian Larson

    79. Ajudando os Ouvintes a Praticar o que Pregamos 370 Randy Frazee

    80. A Heresia da Aplicao 375 Haddon Robinson

    81. Pregando com Vistas Verdadeira Santidade 381 Randal Pelton

    82. Menos Joe, Mais Jesus 384 Joe Stowell

    83. A Pregao que Promove o Centrar-se em Si Mesmo 385 Craig Brian Larson

    84. O Perigo da Pregao Prtica 389 Lee Eclov

    85. Graa: Uma Licena para a Perambulao? 391 Bryan Chapell

    86. O Precioso Som da Graa e da Santidade 393 Kenton C. Anderson

    Parte 5 ESTRUTURA 3 9 7

    Como eu gero, organizo e sustento a idia de forma clara?

    87. Sendo Liberto do Molde de Cortar Biscoitos 398 Haddon Robinson

    88. Diga e Faa 403 Fred Craddock

    89. Conectando o Contedo Bblico com os Ouvintes Contemporneos 404 Mike Yearley

  • 90. Claramente 409 Haddon Robinson

    91. Habilidades de Clareza Oral .... 412 Don Sunukjian

    92. Perguntas que Revestem os Ossos de Msculos 415 Don Sunukjian

    93. As Melhores Grandes Idias 435 Entrevista com Haddon Robinson

    94. O Poder da Seqncia 441 Craig Brian Larson

    95. Esboos que Trabalham Por Voc, no Contra Voc 445 Steven D. Mathewson

    96. A Tenso entre Claridade e Suspense 449 Don Sunukjian

    97. O Sangue Vital da Pregao 453 lan Pitt-Watson

    98. Armadilhas da Aliterao 453 Don Sunukjian

    99. Modulando a Tenso 456 Craig Brian Larson

    100. O Ttulo Orientado por Propsitos 457 Rick Warren

    101. Por Que eu Deveria Dar Ouvidos a Voc? 459 Kent Edwards

    102. Concluses Satisfatrias 461 Kent Edwards

    Parte 6 ESTILO 4 6 5

    Como posso usar os meus pontos fortes e meus diversos tipos de sermes para atin-girem o seu completo potencial bblico?

    103. Como Determinar seus Pontos Fortes e Fracos 466 Duane Litfin

    104. A Pregao que Interessante 475 Stuart Briscoe

    105. Como Elaborar uma Experincia 480 Rob Bell

    106. Sete Hbitos de Pregadores Altamente Eficientes 487 Craig Brian Larson

    107. O Estado de Espirito do Sermo 494 Fred Craddock

    108. Ensinando a Biblia Toda 499 D. A. Carson

    109. A Pregao Expositiva em Forma de Drama 500 Haddon Robinson

    110. Sermes Versculo por versculos que de fato Pregam 502 Steven D. Mathewson

    111. O que Torna a Pregao Textual Realmente Singular? 509 Steven D. Mathewson

    112. A Pregao Temtica tambm Pode ser Expositiva? 516 Timothy S. Warren

    113. O Sermo Temtico Bblico 520 Don Sunukjian

    114. O Sermo Temtico acerca de Personagens Bblicas 523 Timothy S. Warren

    115. O Sermo Temtico acerca de Questes Contemporneas .... 528 Timothy S. Warren

    116. O Sermo Temtico acerca de Tpicos Teolgicos 532 Timothy S. Warren

    117. Extraindo o Mximo dos Paradoxos Bblicos 536 Richard P. Hansen

    118. Extraindo o Mximo da Srie de Sermes 543 Craig Brian Larson

    119. As Tendncias nas Sries de Sermes 549 E Bryan Wilkerson

    120. Uma Srie que Convence 552 Entrevista com John Ortberg

    121. Sermes em Forma de Narrativa na Primeira Pessoa 555 Torrey Robinson

  • 122. A Pregao Bblica Consiste na Mudana de Vida, no na Forma de Sermo 559 John Ortberg

    123. Sete Princpios para Alcanar as Pessoas Perdidas 561

    Dick Lucas 124. A Pregao Evangelstica na

    Igreja Local 571 Haddon Robinson

    125. A Pregao Orientada para as Necessidades Percebidas 574 Entrevista com Duane Litfin

    126. Pregando para os que Esto Preparados para a converso .... 579 Entrevista com James MacDonald

    127. Como Pregar com Ousadia em uma Cultura do "Seja o que o For" 584 Entrevista com Greg Laurie

    128. Pregando com um Corao de Lder 586 Jim Nicodem

    129. A Crtica da Nova Homiltica 589 Scott M. Gibson

    Parte 7 HISTRIAS E ILUSTRAES 5 9 7

    Como encontro exemplos que so esclare-cedores, fidedignos e convincentes?

    130. Contando Histrias em 3-D 598 Kevin A. Miller

    131. Pirotecnias na Pregao 602 Craig Brian Larson

    132. A Pregao como Narrao de Histrias 608 Fred Craddock

    133. Como Contar uma Histria Emocionante 613 Craig Brian Larson

    134. Dando Vida s Histrias da Bblia 617 Steven D. Mathewson

    135. Suspense 620 D ave McClellan

    136. Como Pregar como John Grisham Escreve 623 Bill Oudemolen

    137. A Boa Tenso 626 John Ortberg

    138. Usando Ilustraes da Cultura Popular 628 Kevin A. Miller

    139. Adaptando Ilustraes para que Sejam teis a Voc 634 Craig Brian Larson

    140. Exposio Demais 640 Richard Exley

    141. Ilustrando com Integridade e Tato 646 Wayne Harvey

    142. Notas de Rodap no Plpito 650 Chris Stinnett

    143. Como Evitar Sermes Centrados no Pregador 652 Craig Brian Larson

    144. Ilustrando com fatias da vida ... 653 John Ortberg

    145. O Impacto das Ilustraes do Discpulo do Cotidiano 657 Craig Brian Larson

    Parte 8 PREPARO 6 6 1

    Como devo investir o meu limitado tem-po de estudo para que esteja preparado

    para pregar?

    146. Por Que Acaricio a Bblia no meu Criado Mudo 662 Ben Patterson

    147. Quando o Sermo no Cabe em um Caderno Inteiro 664 Haddon Robinson

    148. Centrado 671 Richard Foster

    149. Uma Longa e Preciosa Conversa com Deus 674 Darrell W Johnson

  • 150. Um Impulso Misterioso para Orar 679 Lee Eclov

    151. Preparando o Mensageiro 683 Gordon Anderson

    152. Arrebatado pela Presena Companheira 685 Bill Hybels

    153. A Difcil Tarefa da Iluminao 689 Lee Eclov

    154. Pregao de Corao para Corao 693 Dan Baty

    155. Imaginao: o Aliado Negligenciado do Pregador .... 697 Warren W Wiersbe

    156. A Pregao que Engrandece a Deus 704 Lee Eclov

    157. Quando um Sermo Est Suficientemente Bom? 708 Stephen Gregory

    158. Extraindo o Mximo do seu Computador 710 Richard Doebler

    159. Como Montar uma Biblioteca de Primeira Linha 713 Jim Shaddix

    160. O que Torna um Sermo Profundo? 716 Lee Eclov

    161. Antes de Voc Pregar 719 Ed Rowell

    162. Pontos de Inspirao 721 Lee Eclov

    163. Simplifique 724 Charles Swindoll

    164. Usando o Sermo de outra Pessoa 726 Haddon Robinson

    165. Como Planejar uma Srie de Sermes mais Rica e Profunda 727 Haddon Robinson

    Parte 9 PREGANDO O SERMO 7 2 9

    Como eu falo de forma que cative a ateno dos ouvintes?

    166. A Fonte da Paixo 730 Paul Scott Wilson

    167. A Compaixo Necessria 731 J e f f r e y Arthurs

    168. Pregando com Intensidade .... 738 Kevin A. Miller

    169. Sem Anotaes, Muitas Anotaes, Anotaes Breves 743 J e f f r e y Arthurs

    170. No Olho do Ouvinte 752 Kenton C. Anderson

    171. Sem Voz, Sem Pregao 756 Emily Shive

    172. Eliminando os meus Tiques do Plpito "..." 759 Kenneth Quick

    173. Lendo as Escrituras em Pblico 762 J e f f r e y Arthurs

    174. A Importncia de Ser Insistente 764 John Ortberg

    175. O Dia em que Perdi as Estribeiras 765 Lee Eclov

    Parte 10 TEMAS ESPECIAIS 7 6 7

    Como prego em datas especiais e acerca de temas difceis de forma nova e confivel?

    176. Quando Voc no Est Ansioso para que Venham os Dias Especiais 768 John Beukema

    177. Pregando os Horrores 77'3 Barbara Brown Taylor

    178. Preparando as Pessoas para o Sofrimento 778 John Piper

  • 179. Pregando o Inferno em uma poca de Tolerancia 780 Timothy Keller

    180. Pregando com Vistas ao Compromisso Total 786 Bill Hybels

    181. Pregando em Situaes de Crise 795 Gordon MacDonald

    182. Quando Chega a Notcia 800 Eric Reed

    183. Sermes Redentores para Casamentos e Funerais 805 Stephen N. Rummage

    184. O Sermo que Estabelece um Marco 807 Jack Hay for d

    185. Voc Tinha de Trazer o Assunto Tona 816 Stuart Briscoe

    186. Pregando acerca de Questes Contemporneas 822 Grant Lovejoy

    187. Pregando acerca daquele Tpico to Sensvel 825 Bill Hybels

    188. Pregando com Compaixo e Convico acerca do Sexo .... 833 Craig Barnes

    189. O Sermo Cada Vez Mais Difcil: Casamento 834 Bob Rus se 11

    190. Quando o Sermo Comea a Agir 839 Haddon Robinson

    191. Transpondo o Abismo do Mercado 843 Andy Stanley

    192. Sermes sobre os Dzimos que as Pessoas de fato Gostam! 845 Bob Russell

    Parte 11 AVALIAO 8 5 1

    Como obtenho o feedback construtivo de que preciso para continuar crescendo?

    193. A Pregao Bem Focada 852 Bill Hybels

    194. A Agonia e o xtase do Feedback 862 John Vawter

    195. Como obter o Feedback de que Voc Precisa 865 William Willimon

    196. Um Check-Up Abrangente 869 Haddon Robinson

    197. A Cincia das Pesquisas 870 Virginia Vagt

    198. Lies do portal Preaching Today 872 Lee Eclov

    199. Como manter os Ouvintes Atentos 876 Craig Brian Larson

    200. O meu Pior e o meu Melhor Sermo de todos os Tempos .... 880 Barbara Brown Taylor

    201. Aprendendo com Gigantes 881 Kevin Miller

  • COMO USAR ESTE LIVRO

    Os captulos deste livro vm de quatro fontes: o melhor do melhor da pre-gao de vinte e cinco anos da revista Leadership (Liderana), quase cinco anos de PreachingToday.com, em torno de vinte anos de Preaching Today em udio (estes trs primeiros so recursos da Christianity Today International) e captulos escritos especificamente para esta publicao.

    Um manual como este transbordando de informaes teis tem de ser bem administrado. Assim como comer chocolate, os captulos podem ser to pre-ciosos que temos vontade de ler e continuar lendo, mas a quantidade de per-cepes e descobertas pode ser esmagadora. Assim como participar de um seminrio de uma semana, chegamos a um ponto em que h coisas demais para assimilar, coisas demais em que pensar enquanto nos preparamos para pregar.

    Como no caso de grandes msicos, as pessoas no ministrio crescem ao longo do tempo. Esperamos que este manual seja um recurso com que voc cresa ao longo dos prximos anos. Voc vai focalizar propositadamente em um princpio importante de um captulo por semanas ou meses. A certa altura, isso vai se tornar sua segunda natureza, e voc vai estar preparado para focalizar intencionalmente a sua ateno em outro princpio.

    Se voc ainda no tem uma checklist pessoal de pregao, elabore-o, pois servir como um repositrio de coisas que voc quer se lembrar de fazer enquanto prepara e prega um sermo. Faa acrscimos a essa checklist enquanto l este livro (marcan-do os nmeros das pginas para voltar a elas mais tarde), sabendo que voc no vai conseguir crescer e trabalhar em todos esses aspectos ao mesmo tempo. Mas com uma checklist voc fica despreocupado e tem um plano de crescimento que pode usar e com o qual pode trabalhar na proporo em que suas habilidades per-mitirem. Talvez, neste ano, voc no consiga implementar aquelas grandes idias encontradas em algum artigo, mas o far no prximo.

    Depois de preparar um sermo, verifique a sua checklist para ter certeza de que cobriu ao menos os pontos essenciais. A checklist ajuda a elaborar o processo formal de prepao de sermes que previne que voc seja paralisado pelas complexidades de pregar bem.

    No manual, esboamos as partes e os captulos com o propsito de proporcio-nar uma seqncia natural, mas o material no est edificado como os tijolos em uma parede. Cada captulo existe por si mesmo. Voc pode comear a ler em qualquer lugar que desejar e saltar para trs e para frente, vontade, na busca de interesses especiais.

  • 16

    Talvez voc goste especialmente de alguns autores e queira ler tudo que eles escreveram neste livro. Para fazer isso, pesquise no Sumrio.

    Voc talvez queira ler tudo que o livro traz acerca de um tema (Estilo, Preparao, Ilustraes, etc). Para fazer isso, consulte o Sumrio e verifique qual das onze partes trata do tema que procura.

    Outra forma de estudar o livro , sem dvida, ler um captulo de cada vez, focalizando uma rea mais geral da pregao como ilustraes ou estilo. Esses captulos cobrem a rea mais evidente, mas observe que no o fazem de forma exaustiva. Este livro no uma enciclopdia da pregao. Por exemplo, o livro no contm captulos acerca da pregao em cada uma das grandes tradies.

    Recomendamos este livro a voc com nossas oraes e nossa f, crendo que ele pode traar o mapa para o seu crescimento e enriquecimento no sublime chamado da pregao durante anos por vir e esperando que voc encontre muitos artigos que acabem na sua lista de releitura anual.

    Rendemos gratido especial multido de autores cujos captulos esto entre estas capas, por sua experincia e permisso de usar o seu material. Esses autores concordam na importncia da pregao; naturalmente eles no concordam em tudo em relao a como se deve faz-lo. At mesmo nas pginas deste livro h saudveis diferenas de opinio.

    Queremos expressar nossos agradecimentos tambm a Paul Engle, editor as-sistente do departamento editorial da Zondervan, por sua viso e direo para este livro durante todo o curso do projeto; e para os editores, em particular o editor assistente John Beukema, e assistentes alistados nas pginas de "Colaboradores" por sua dedicao, habilidade e trabalho de amor.

    Tem sido grande alegria e honra servir a vocs nesse esforo. Haddon Robinson

    Craig Brian Larson

  • COLABORADORES

    ORGANIZADORES

    Haddon Robinson Craig Brian Larson

    EDITOR EXECUTIVO

    Kevin Miller

    EDITOR ASSISTENTE

    John Beukema

    EDITORES COLABORADORES

    Kenton C. Anderson Jeffrey Arthurs Rich Doebler Lee Eclov Mark Galli John Koessler

    ASSISTENTES EDITORIAIS

    Leslie Bauer Drew Broucek JoHannah Reardon

    AUTORES

    Jay Adams ensinou homiltica no West-minster Theological Seminary em Filadlfia e autor de Preaching Ac-cording to the Holy Spirit (Timeless Texts, 2000). Mesmo aposentado, continua pregando e escrevendo.

    David L. Alien professor de pregao expositiva da cadeira W. A. Criswell do The Criswell College em Dallas, Texas, e coordenador do Instituto Jerry Vines.

    Gordon Anderson reitor da North Cen-tral University em Minepolis, Min-nesota.

    Kenton C. Anderson professor assistente de teologia aplicada no Northwest

    Baptist College and Seminary em Lan-gley, Colmbia Britnica, e foi presi-dente da Evangelical Homiletics Society e autor de Preaching with Integrity (Kregel, 2003).

    Jeffrey Arthurs capelo e professor as-sistente de pregao no Gordon-Con-well Theological Seminary em South Hamilton, Massachusetts, e foi presi-dente da Evangelical Homiletics Soci-ety.

    Craig Barnes pastor da Shadyside Pres-byterian Church em Pittsburgh, Pen-silvnia, foi pastor da National Presbyterian Church em Washington, D.C., professor de liderana e minis-trio no Pittsburgh Theological Semi-nary, e autor de Sacred Thrist (Zondervan, 2001).

    Dan Baty pastor da Valley Brook Com-munity Church em Fulton, Maryland.

    Alistair Begg pastor da Parkside Church em Cleveland, Ohio, fala diariamente no programa de rdio "Truth for Life" e autor de Made for His Pie asure (Moody Press, 1996).

    Rob Bell pastor-mestre na Mars Hill Bible Church em Grandville, Michi-gan, e autor de Velvet Elvis (Zonder-van, 2005). Tambm destaque na primeira srie de filmes curta-metra-gem NOOMA.

    John Beukema editor assistente de Prea-chingToday.com, pastor pregador na Western Springs Baptist Church em Illinois, e autor de Stories from God's Heart (Moody Press, 2000).

    Paul Borden ex-professor de homiltica no Denver Seminary, diretor executivo interino da associao American Bap-

  • 18

    tist Churches of the West em San Ra-mn, California.

    Stuart Briscoe pastor da Elmbrook Church em Brookfield, Wisconsin, e autor de Preach It (Group, 2003).

    Wayne Brouwer pastor da Harderwyk Christian Reformed Church em Hol-land, Michigan.

    Mark Buchanan pastor da New Life Community Baptist Church, Dun-can, Columbia Britnica, e autor de Things Unseen (Multnomah, 2002).

    D. A. Carson professor de pesquisa do Novo Testamento na Trinity Evangeli-cal Divinity School em Deerfield, Illinois, e author de vrios livros, incluindo O comentrio de Joo (Shedd Publicaes, 2006).

    Noel Castellanos presidente da Latino Leadership Foundation e pastor da Nearwest Connection em Chicago, Illinois.

    Bryan Chapell reitor do Covenant Theo-logical Seminary em St. Louis, Mis-souri, e autor de Pregao cristo cntrica (Cultura Crist).

    Rodney L. Cooper professor de discipu-lado e desenvolvimento de liderana no Gordon-ConwellTheological Semi-nary, ex-diretor nacional de ministrios educacionais dos Promise Keepers e co-autor de We Stand Together (Moody Press, 1996).

    Fred B. Craddock professor ilustre de pregaao da cadeira Bandy e profes-sor emrito do Novo Testamento na Candler School of Theology na Emo-ry University em Atlanta, Gergia, e autor de As One without Authority (Chalice, 2001).

    Ken Davis orador e comediante, presi-dente Dynamic Communications International em Arvada, Colorado,

    e autor de Secrets of Dynamic Com-munication (Zondervan, 1991).

    Ed Dobson pastor da Calvary Church em Grand Rapids, Michigan, e au-tor de Starting a Seeker-Sensitive Ser-vice (Zondervan, 1993).

    Richard Doebler pastor do Cloquet Gospel Tabernacle em Cloquet, Min-nesota.

    Maxie Dunnam reitor do Asbury Theo-logical Seminary em Willmore, Kentu-cky, e autor do volume 31 do Commu-nicators Commentary (Nelson, 2003).

    Lee Eclov pastor da Village Church of Lincolnshire em Lake Forrest, Illinois, editor consultor da revista Leadership e colunista de PreachingToday.com.

    Kent Edwards professor assistente de ministrio e liderana crist no pro-grama de doutorado da Talbot School of Theology em La Mirada, Califr-nia. Ex-presidente da Evangelical Homiletics Society. autor de Ejfec-tive First-Person Biblical Preaching (Zondervan, 2005).

    Richard Exley autor e orador residente emTulsa, Oklahoma, e autor de Wit-ness the Passion (Whitestone, 2004).

    Richard Foster professor de formao espiritual na Azusa Pacific Universi-ty em Azusa, Califrnia, e autor de Celebrao da disciplina (Editora Vida, 1990).

    Randy Frazee pastor da Pantego Bible Church em Arlington, Texas, e autor de The Connecting Church (Zonder-van, 2001).

    Mark Galli editor administrativo de Christianity Today e co-autor de Prea-ching That Connects (Zondervan, 1994).

    Scott M. Gibson deo assistente e pro-fessor assistente de pregao e minis-

  • 19

    trio no Gordon-Conwell Theological Seminary em South Hamilton, Mas-sachusetts, e editor de Making a Dif-ference in Preaching (Baker, 1999).

    Bill Giovannetti pastor da Windy City Community Church em Chicago, Il-linois.

    Stephen Gregory pastor da Alliance Church of Dunedin em Dunedin, Flrida.

    Ted Haggard pastor da New Life Church em Colorado Springs, Colorado, presidente da National Association of Evangelicals e autor de Dog Training, Fly Fishing, and Sharing Christ in the 21st Century (Nelson, 2002).

    Daniel T. Hans pastor da Gettysburg Presbyterian Church em Gettysburg, Pensilvnia.

    Richard P. Hansen pastor da First Pres-byterian Church em Visalia, Califr-nia.

    Wayne Harvey pastor da First Baptist Church em Sanford, Flrida.

    Jack Hayford presidente da International Church of the Foursquare Gospel e reitor do The Kings College and Semi-nary, Van Nuys, Califrnia, pastor fundador da The Church on the Way em Van Nuys, e autor de The Spirit Formed Church (Regai, 2004).

    David Helm um dos pastores da Holy Trinity Church em Chicago, Illinois, e membro do Charles Simen Trust.

    Bill Hybels pastor da Willow Creek Community Church em Barrington, Illinois, e autor de Liderana corajosa (Editora Vida).

    David Jackman presidente do The Pro-clamation Trust, diretor do Cornhill Training Course, e autor de Opening Up the Bible (Hodder & Stoughton, 2003).

    Darrell W. Johnson professor assistente de teologia pastoral no Regent Col-lege em Vancouver, Colmbia Brit-nica, e autor de Experiencingthe Trinity (Regent College Publishing, 2002).

    Timothy Keller pastor da Redeemer Presbyterian Church em Manhattan, Nova York, e autor de Ministries of Mercy (Zondervan, 1989).

    Jay Kesler reitor emrito da Taylor Uni-versity e pastor pregador da Upland Community Church em Upland, In-diana.

    Matthew D. Kim candidato a Ph.D. em tica Crista e Teologia Prtica na Universidade de Edimburgo, Esccia.

    John Koessler professor e chefe do de-partamento de Estudos Pastorais do Moody Bible Institute, Chicago, Illi-nois, e autor de True Discipleship (Moody Press, 2003).

    Craig Brian Larson editor de Prea-chingToday.com e Preaching Today Au-dio, pastor da Lake Shore Church em Chicago, Illinois, e co-autor de Prea-ching That Connects (Zondervan, 1994).

    Greg Laurie pastor da Harvest Chris-tian Fellowship em Riverside, Califr-nia, evangelista de Harves Crusades, fala no rdio no programa A New Be-ginning, e autor de Why Believe (Tyn-dale, 2002).

    Duane Litfin reitor do Wheaton Col-lege em Wheaton, Illinois, e autor de Public Speaking (Baker, 1992).

    Crawford Loritts fala diariamente no rdio no programa Living a Legacy, vice-dire-tor nos Estados Unidos da Cruzada Estudantil e Profissional, e autor de Lessons from a Life Coach (Moody, 2001).

    Grant Lovejoy professor assistente de pregao no Southwestern Baptist

  • 20

    Theological Seminary, Fort Worth, Texas.

    Dick Lucas presidente fundador do Pro-clamation Trust, radicado na Inglate-rra. Em 1998, aposentou-se como reitor da St. Helens Church, Bishops-gate, em Londres.

    Gordon MacDonald editor da revista Leadership, ensina no Bethel Theolo-gical Seminary e no Gordon-Conwell Theological Seminary, e autor de Or-dering Your Prvate World (Nelson, 2003).

    James MacDonald pastor da Harvest Bible Church em Rolling Meadows, Illinois, fala no rdio no programa Walk in the Word, e autor de Lord, Change My Attitude (Moody Press, 2001).

    Steven D. Mathewson pastor da Dry Creek Bible Church, Belgrade, Mon-tana, e autor de The Art of Preaching OldTestamentNarrative (Baker, 2002).

    Alice Mathews professora assistente de ministerios educacionais e de mulhe-res no Gordon-Conwell Theological Seminary e autora de Preaching That Speaks to Women (Baker e IVP, 2003).

    S. Bowen Matthews pastor de Brandy-wine Valley Baptist Church em Wil-mington, Delaware.

    Dave McClellan pastor auxiliar da River-wood Community Chapei em Kent, Ohio.

    Marilyn Chandler McEntyre professo-ra de ingls no Westmont College em Santa Barbara, California, e autora de Drawn to the Light (Eerdmans, 2003).

    Joe McKeever pastor da First Baptist Church de Kenner, Louisiana.

    Rick McKinniss pastor da Kensington Baptist Church em Kensington, Con-necticut.

    Robertson McQuilkin reitor emrito da Columbia International University em Columbia, Carolina do Sul, e autor de Understanding and Applying the Bible (Moody Press, 1992).

    Kevin A. Miller editor executivo de PreachingToday.com, vice-presidente de recursos da Christianity Today Inter-national e autor de Surviving Infor-mation Overload (Zondervan, 2004).

    Jesse Miranda professor e diretor do Center for Urban Studies and His-panic Leadership na Yanguard Uni-versity em Costa Mesa, California.

    Jim Nicodem pastor da Christ Com-munity Church em St. Charles, Illi-nois.

    Susan Maycinik Nikaido editora geral da revista Discipleship.

    John Ortberg pastor-mestre da Menlo Park Presbyterian Church, em Men-lo Park, California, editor colabora-dor de PreachingToday.com e autor de The Life YouveAlways Wanted (Zonder-van, 2002).

    Larry Osborne pastor da North Coast Church em Vista, California.

    Bill Oudemolen pastor da Foothills Bi-ble Church em Littleton, Colorado.

    Earl Palmer pastor da University Pres-byterian Church em Seattle, Washing-ton, e autor de Mstering the New Testament: 1, 2, 3 John and Revelation (W Publishing Group, 1991).

    Ben Patterson pastor do campus do Westmont College, Santa Barbara, California, e editor colaborador de Christianity Today e da revista Leader-ship.

    Randal Pelton pastor da The People's Church, Hartland, New Brunswick, Canad.

  • 21

    John Piper pastor da Bethlehem Baptist Church em Minneapolis, Minneso-ta, autor de Em busca de Deus e A supremacia de Deus na pregao (Shedd Publicaes).

    O falecido Ian Pitt-Watson, autor de A Primer for Preachers (Baker, 1986), foi professor de pregao no Fuller Theological Seminary.

    Kenneth Quick chefe do departamento de teologia prtica do Capital Bible Seminary em Lanham, Maryland, e autor de Healing the Heart ofYour Church (ChurchSmart, 2003).

    Michael Quicke professor de pregao e comunicao no Northern Seminary em Lombard, Illinois, e autor de 360 Degree Preaching (Baker, 2003).

    Alfredo Ramos pastor do ministrio his-pano na Moody Church em Chica-go, Illinois.

    Eric Reed editor gerente da revista Lea-dership.

    Rick Richardson vice-diretor nacional de evangelismo na Intervarsity Christian Fellowship, ministro ordenado da Anglican Mission in America, e autor de Evangelism Outside the Box (IVP, 2000).

    Haddon Robinson Professor Ilustre de Pregao da Cadeira Harold John Ockenga no Seminrio Teolgico Gor-don-Conwell em South Hamilton, Massachusetts; editor geral de Prea-chingToday.com; professor do progra-ma de rdio Discover the Word, e autor de Pregao bblica (Shedd Publi-caes) .

    Torrey Robinson pastor da First Baptist Church em Tarrytown, Nova York, e co-autor de Its Ali in How You Tell It (Baker, 2003).

    Ed Rowell pastor da Tri-Lakes Chapei em Monument, Colorado.

    Stephen N. Rummage professor assistente de pregao e diretor do programa de estudos de doutor em ministrios do Southeastern Baptist Theological Se-minary em Wake Forest, North Caro-lina, e autor de Planning Your Preaching (Kregel, 2002).

    Bob Russell pastor geral da Southeast Christian Church em Louisville, Ken-tucky, e autor de Lder de carne e osso (Edies Vida Nova, 2006).

    Greg R. Scharf professor e chefe do de-partamento de teologia prtica da Trinity International University em Deerfield, Illinois.

    Jim Shaddix capelo e professor assis-tente de pregao do New Orleans Baptist Theological Seminary em New Orleans, Lousianna, e co-autor de Po-wer in the Pulpit (Moody Press, 1999).

    Emily E. Shive instrutora de voz e oratria no Western Seminary em Portland, Oregon.

    O falecido Lewis Smedes, autor de My God and I (Eerdmans, 2003), foi professor emrito de teologia e tica do Fuller Seminary em Pasadena, Califrnia.

    Chuck Smith pastor da Calvary Chapei, Costa Mesa, Califrnia, fundador da Calvary Chapei Fellowship, e profes-sor no rdio do programa The Word for Today.

    Fred Smith executivo aposentado em Dallas, Texas, membro da diretoria da Christianity Today International, e editor colaborador da revista Leader-ship.

    Andy Stanley pastor da North Point Com-munity Church na regio metropoli-tana de Atlanta, Gergia, e autor de The Next Generation Leader (Mult-nomah, 2003).

    Chris Stinnett prega na Park and Seminle Church em Seminle, Oklahoma.

  • 22

    John R. W. Stott prior emrito da Ali Souls Church em Londres e autor de Between Two Worlds (Eerdmans, 1982).

    Joe Stowell pastor-mestre da Harvest Bible Chapei em Rolling Meadows, Illinois, e autor de The Trouble with Jesus (Moody Press, 2003).

    Don Sunukjian professor de pregao na Talbot School of Theology, La Mirada, Califrnia, e colunista de PreachingToday. com.

    Chuck Swindoll pastor da Stonebriar Community Church, Fisco, Texas, reitor do Dallas Theological Seminary, professor de Bblia no rdio no pro-grama Insight for Living, e autor de The Grace ofAwakening (W Publishing Group, 2003).

    Barbara Brown Taylor a professora da cadeira Harry R. Butman de religio e filosofia no Piedmont College em Demorest, Gergia, e autora de Speaking of Sin (Cowley, 2001).

    Virginia Vagt foi diretora de pesquisa e planejamento da Christianity Today International.

    John Vawter faz palestras pelo ministrio Youre Not Alone e autor de Hit by a Ton of Bricks (Family Life Publishing, 2003).

    Dave Veerman associado da Livingstone Corporation em Carol Stream, Illi-nois, e colaborador inicial da Life Application Study Bible (Tyndale, 1997).

    Walter Wangerin Jr. autor residente na Valparaiso University em Valparaso, Indiana, e autor de The Crying for a Vision (Paraclete, 2003) e O livro de Deus (Mundo Cristo, 2000).

    Rick Warren e pastor da Saddleback Church em Lake Forest, Califrnia, e autor de Uma vida com propsitos (Vida, 2002).

    Timothy S. Warren professor de minis-trios pastorais no Dallas Theological Seminary e ministra a adultos na Lake Pointe Church em Rockwall, Texas.

    Scott Wenig professor assistente de teo-logia aplicada no Denver Seminary e pastor de desenvolvimento de liderana na Centennial Community Church em Littleton, Colorado.

    Warren Wiersbe autor e palestrante, e co-autor de Preaching in Black and White: What We Can Learnfrom Each Other (Zondervan, 2003).

    F. Bryan Wilkerson pastor da Grace Chapei em Lexington, Massachusetts.

    Dallas Willard professor na School of Philosophy na University of Southern California em Los Angeles e autor de Renovation of the Heart (NavPress, 2002).

    William Willimon bispo da North Ala-bam Conference of the United Metho-dist Church e editor de Pulpit Resource e da Concise Encyclopedia of Preaching (Westminster John Knox, 1995).

    Paul Scott Wilson professor de homi-ltica no Emmanuel College na Uni-versity of Toronto e autor de The Four Pages of the Sermn (Abingdon, 1999).

    Mike Yearley pastor-mestre na North Coast Church em Vista, Califrnia.

  • AGRADECIMENTOS

    Na Parte 4, o artigo "A grande idia da pregao narrativa", de Paul Borden e Steven D. Mathewson, uma adaptao do captulo "Realmente h uma grande idia nessa histria?", de Paul Borden, no livro The Big Ideas of Biblical Preaching (Baker, 1998), editado por Willhite e Gibson. Usado com permisso por Baker Book House (www.bakerbooks.com), copyright 1998. Todos os direitos a esse material esto reservados.

    Na Parte 5, o artigo "O sangue vital da pregao", de Ian Pitt-Watson foi extrado do livro A Primer for Preachers, p. 61, de Ian Pitt-Watson. Usado com permisso da Baker Book House, copyright 1986. Todos os direitos a esse ma-terial esto reservados.

    Na Parte 11, o artigo "Um check-up abrangente", de Haddon Robinson, foi extrado de Pregao bblica, Shedd Publicaes, copyright 2002. Usado com permisso. Todos os direitos a esse material esto reservados.

  • Parte um

    O SUBLIME CHAMADO

    DA PREGAO

    Como posso ser fiel ao que Deus quer que a pregao seja e faa?

  • 26

    Captulo 1 A S C O N V I C E S D A P R E G A O B B L I C A

    Haddon Robinson

    Para realizar a rdua tarefa de serem pregadores da Bblia, homens e mulheres no ministrio precisam estar comprometidos com certas verdades.

    (1) A Bblia a Palavra de Deus. Como Agostinho o coloca: "Quando a Bblia fala, Deus fala". Essa a convico de que se eu posso realmente entender uma passagem em seu contexto, ento o que eu sei o que Deus quer dizer (eu no penso que muitos evanglicos, assim como muitos liberais, acreditem nisso).

    (2) Toda a Bblia a Palavra de Deus. No apenas Romanos ou Levtico, no apenas Efsios ou Ester. No apenas as passagens "quentes", mas tambm as "frias".

    (3) A Bblia auto-atestatria. Se pessoas podem ser expostas a um entendi-mento das Escrituras de maneira regular e constante, ento elas no precisam de argumentos a respeito da veracidade das Escrituras. Portanto, um ouvinte ou leitor no precisa aderir totalmente idia dos dois primeiros compromissos para que Deus possa trabalhar na vida dessa pessoa por meio de sua Palavra.

    (4) Isso conduza uma abordagem da pregao do tipo: "Assim diz o Senhor". No estou me referindo a um mtodo homiltico aqui, mas a um desejo de abrir as Escrituras de modo que a autoridade da mensagem se apie na Bblia (isso funciona contra o esprito contrrio autoridade de nossa sociedade).

    (5) O estudante da Bblia precisa tentar chegar inteno do autor bblico. A primeira questo : "O que o autor bblico queria dizer ao leitor da Bblia? Por qu?". A teoria da Reao do Leitor adotada por muitos estudiosos literrios hoje em dia no funciona no estudo da Bblia. Posto de maneira simples: "A Bblia no pode significar o que no significou".

    (6) A Bblia um livro sobre Deus. Ela no um livro religioso de conselhos sobre as "respostas" que precisamos para um casamento feliz, sexo satisfatrio, para o trabalho ou para perder peso. Embora as Escrituras reflitam muito a respeito dessas questes, elas so, acima de tudo, sobre quem Deus e o que Deus pensa e quer. Eu entendo a realidade unicamente se tenho apreciao por quem ele e o que deseja para sua criao e de sua criao.

    (7) Ns no "tornamos a Bblia relevante"; mas apenas mostramos sua relevncia. A verdade to relevante quanto a gua para a sede, e a comida para a fome. A publi-cidade moderna cria necessidades que de fato no existem para vender a mercadoria.

    Captulo 2 U M A D E F I N I O D E P R E G A O B B L I C A

    John Stott

    Pretendo fornecer uma definio de exposio bblica e apresentar uma defesa dela. Parece-me que essas duas tarefas pertencem uma outra pelo fato de que a

  • 27

    defesa da exposio bblica deve ser achada em sua definio. Aqui, ento, est a definio: Expor as Escrituras esclarecer o texto inspirado com tal fidelidade e sensibili-dade que a voz de Deus seja ouvida e seu povo lhe obedea.

    Agora me permita extrair as implicaes dessa definio de tal modo que apresente uma defesa da exposio bblica. A definio contm seis implicaes: duas convices a respeito do texto bblico, duas obrigaes para exp-lo e duas expectativas como conseqncia.

    Duas convices a respeito do texto bblico

    (1) Ele um texto inspirado. Expor as Escrituras esclarecer o texto inspirado. Revelao e inspirao andam juntas. Revelao descreve a iniciativa que Deus to-mou de desvelar-se e, assim, mostrar-se, j que, sem essa revelao, ele permanece-ria o Deus desconhecido. Inspirao descreve o processo pelo qual ele fez isso, isto , falando aos profetas e aos apstolos bblicos e por meio deles, e sussurrando sua Palavra de sua boca de tal forma que ela tambm sasse da boca deles. Caso con-trrio, seus pensamentos teriam sido inatingveis para ns.

    A terceira palavra providncia, isto , a amvel proviso pela qual Deus provi-denciou para que as palavras que ele disse fossem escritas de forma a constiturem o que chamamos de Escrituras e, desse modo, as preservou ao longo dos sculos de forma a serem acessveis a todas as pessoas em todos os lugares e em todos os tempos. As Escrituras, portanto, so a palavra de Deus escrita. sua auto-reve-laao de forma falada e escrita. As Escrituras so o produto da revelao, inspirao e providncia de Deus.

    Essa primeira convico indispensvel para pregadores. Se Deus no tivesse falado, ns no nos atreveramos a falar, porque no teramos nada a expressar exceto nossas triviais especulaes. Mas j que Deus falou, ns tambm precisa-mos falar, comunicando a outros o que ele nos comunicou nas Escrituras. De fato, ns nos recusamos a ser silenciados. Como Ams o coloca: "O leo rugiu, quem no temer? O SENHOR, O Soberano, falou, quem no profetizar?", isto , passe adiante a Palavra que ele disse. Similarmente, Paulo, ecoando o Salmo 116.10, escreveu: "Ns tambm cremos e, por isso, falamos" (2Co 4.13). Isto , acredita-mos no que Deus disse e por isso que tambm falamos.

    Tenho pena do pregador que chega ao plpito sem Bblia em suas mos ou com uma Bblia que mais trapos e farrapos do que a Palavra do Deus vivo. Ele no pode expor as Escrituras porque no tem Escrituras para expor. Ele no pode falar porque no tem nada a dizer, ao menos nada importante. Ah, mas dirigir-se ao plpito com a confiana de que Deus falou, que ele fez com que o que disse fosse escrito, e que temos esse texto inspirado em nossas mos, a sim nossa cabea comea a girar, e nosso corao a bater, e nosso sangue a correr, e nossos olhos a brilhar com a glria absoluta de ter a palavra de Deus em nossas mos e lbios.

    Essa a primeira convico, e a segunda esta:

  • 28

    (2) O texto inspirado , at certo ponto, um texto fechado. Essa a implicao da minha definio. Expor as Escrituras esclarecer o texto inspirado. Assim, ele precisa estar parcialmente fechado se for para ser esclarecido. E eu penso que imediatamente vejo seus "plos protestantes" eriados com indignao. O que voc quer dizer? Por acaso que as Escrituras esto parcialmente fechadas? As Escrituras no so um livro completamente aberto? Voc no acredita no que os reformadores do sculo XVI ensinaram a respeito da clareza das Escrituras, que elas so transparentes? No pode at mesmo o simples e o inculto ler a Bblia por si mesmo? No o Esprito Santo o nosso mestre dado por Deus? E, com a Palavra de Deus e o Esprito de Deus, no devemos dizer que no precisamos do magistrio eclesistico para nos instruir?

    Eu posso responder com um ressonante sim a todas essas questes, mas o que voc diz de maneira correta precisa ser classificado. A insistncia dos reformadores na clareza das Escrituras se referia sua mensagem central seu evangelho de salvao pela f em Jesus Cristo somente. Isso claro como o dia nas Escrituras. Mas os reformadores no sustentavam que tudo nas Escrituras estava claro. Como eles po-deriam fazer isso, quando Pedro disse que existiam algumas coisas nas cartas de Paulo que nem ele conseguia entender (2Pe 3.16)? Se um apstolo nem sempre entendia outro apstolo, dificilmente seramos modestos se dissssemos que ns entendemos.

    A verdade que precisamos uns dos outros na interpretao das Escrituras. A igreja corretamente chamada de comunidade hermenutica, uma comunho de crentes em que a Palavra de Deus exposta e interpretada. De modo particular, precisamos de pastores e professores para exp-la, para esclarec-la de modo que a possamos entender. E por isso que o Jesus Cristo que ascendeu, de acordo com Efsios 4.11, ainda est dando pastores e mestres sua igreja.

    Voc se lembra o que o eunuco etope disse na carruagem quando Felipe lhe perguntou se ele havia entendido o que estava lendo em Isaas 53? Ele disse: "Ora, claro que posso. Voc no acredita na clareza das Escrituras?". No, ele no disse isso. Ele disse o seguinte: "Como posso entender se algum no me explicar?" (At 8.31).

    E Calvino, em seu maravilhoso comentrio desse trecho em Atos, escreve a respeito da humildade do etope, dizendo que ele gostaria que houvesse mais homens e mulheres humildes em seus dias. Ele contrasta essa humildade com aqueles que descreveu como arrogantes e confiantes em suas prprias aptides para entender. Calvino escreveu:

    E por isso que a leitura das Escrituras d resultado com to poucas pessoas hoje em dia porque mal se acha um em cem que alegremente se submete ao ensino. Ora, se qualquer um de ns for ensinvel, os anjos descero do cu para nos ensinar. No precisamos de anjos. Ns deveramos usar todos os auxlios que o Senhor coloca diante de ns para o entendimento das Escrituras e, em particular, pregadores e mestres.

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    Mas se Deus nos deu as Escrituras, ele tambm nos deu mestres para exp-las. E aqueles de ns que foram chamados para pregar precisam se lembrar disso. Como Timteo, devemos nos devotar leitura pblica das Escrituras e pregao e ensino (lTm 4.13). Devemos tanto ler as Escrituras para a congregao como extrair toda nossa instruo e exortao doutrinais delas.

    Aqui, portanto, est o exemplo bblico de que Deus nos deu nas Escrituras um texto que tanto inspirado, tendo origem ou autoridade divinas, quanto, at certo ponto, fechado ou difcil de entender. Portanto, em adio a nos ter dado o texto, ele nos deu professores para esclarecer o texto, explic-lo e aplic-lo vida das pessoas hoje.

    Duas obrigaes na exposio do texto Posto que o texto inspirado precisa ser exposto, como isso deve ser feito? Antes que eu tente responder a essa pergunta, permita-me dirigir-nos a uma

    das principais razes pelas quais o texto bblico , at certo ponto, fechado e difcil de entender. Isso diz respeito ao abismo cultural que se abre de forma muito ampla e profunda entre os dois mundos o mundo antigo em que Deus falou sua Palavra e o mundo moderno em que ns a ouvimos. Quando lemos a Bblia, retrocedemos dois milnios alm da revoluo do microprocessador, alm da revoluo eletrnica, alm da revoluo industrial, retrocedemos e voltamos a um mundo que h muito tempo cessou de existir. Assim, mesmo quando lemos a Bblia em uma verso mo-derna, ela parece esquisita, ela soa arcaica, ela parece obsoleta e parece antiquada. Ns somos tentados a perguntar, como muitas pessoas fazem: O que esse antigo Livro tem a me dizer?

    No se ressinta do abismo cultural entre o mundo antigo em que Deus falou o mundo moderno em que ns vivemos. No se ressinta disso porque isso nos

    causa problemas. E umas das glrias da revelao que, quando Deus decidiu falar a seres humanos, ele no falou em sua prpria linguagem, porque se Deus tem uma linguagem prpria e nos tivesse falado por meio dela, ns certamente nunca a teramos entendido. Em vez disso, ele condescendeu em falar em nossas lin-guagens, particularmente no hebraico clssico e no grego comum. E, ao falar as linguagens do povo, ele espelhou as prprias culturas deles, as culturas do antigo Oriente Prximo e do mundo greco-romano e do judasmo palestino. E esse fato do condicionamento cultural das Escrituras, da conseqente tenso entre o mun-do antigo e o mundo moderno que determina a tarefa da exposio bblica e coloca sobre ns nossas duas obrigaes.

    (1) A primeira obrigao fidelidade ao texto bblico. Voc e eu precisamos aceitar a disciplina de nos colocar dentro da situao dos autores bblicos sua histria, geografia, cultura e linguagem. Se negarmos essa tarefa ou se a realizar-mos de um modo relaxado ou indiferente, isso ser indesculpvel. Isso expressa desprezo pela maneira que Deus escolheu para falar ao mundo. Lembre-se, esta-

    e

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    mos lidando com o texto inspirado por Deus. Dizemos que acreditamos nisso, mas nosso uso das Escrituras nem sempre compatvel com o que dizemos ser nossa viso das Escrituras. Com que cuidado diligente, meticuloso e consciente deveramos estudar por ns mesmos e esclarecer a outros as exatas palavras do Deus vivo! Assim, o erro mais grosseiro que podemos cometer , impor nossos pensamentos de sculo XXI s mentes dos autores bblicos, para manipular o que eles disseram a fim de adaptar isso ao que gostaramos que eles tivessem dito e, depois, reivindicar a defesa deles s nossas idias.

    Calvino acertou novamente quando, em seu prefcio ao comentrio da carta aos romanos, escreveu uma bela frase: " a primeira tarefa de um intrprete deixar seu autor dizer o que ele diz em vez de lhe atribuir o que ns pensamos que ele deve dizer". a que comeamos. Charles Simen disse: "Meu empenho tirar das Escrituras o que est ali e no acreditar no que eu penso que possa estar l".

    Isso, ento, nossa primeira responsabilidade fidelidade antiga palavra das Escrituras.

    (2) A segunda obrigao sensibilidade para com o mundo moderno. Embora Deus tenha falado ao mundo antigo em suas prprias lnguas e culturas, ele pretendeu que sua Palavra fosse para todas as pessoas em todas as culturas, incluindo a ns no comeo do sculo XXI em que nos chamou para viver. Portanto, o expositor bblico mais do que um exegeta. O exegeta explica o significado original do texto. O expositor vai adiante e aplica isso ao mundo moderno. Precisamos nos esforar para entender o mundo em que Deus nos chamou para viver, pois ele est mudando rapidamente. Precisamos sentir sua dor, sua desorientao e seu desespero. Tudo isso parte de nossa sensibilidade crist na compaixo pelo mundo moderno.

    Aqui, portanto, est nossa obrigao dupla como expositores bblicos: esclare-cer o texto inspirado das Escrituras tanto com fidelidade ao mundo antigo quanto com sensibilidade para com o mundo moderno. Ns no devemos nem falsificar a Palavra a fim de obter uma pretensa relevncia nem devemos ignorar o mundo moderno a fim de obter uma pretensa fidelidade. a combinao de fidelidade com sensibilidade que cria o expositor autntico.

    Mas porque esse processo difcil, ele tambm raro. A falha caracterstica dos evanglicos serem bblicos, mas no contemporneos. A falha caracterstica dos liberais serem contemporneos, mas no bblicos. Poucos de ns sequer comeam a se importar com ser ambas as coisas simultaneamente.

    medida que estudamos o texto, precisamos nos fazer duas perguntas na ordem certa. A primeira : O que ele significou? Ou, se voc preferir: O que ele significa?, porque ele significa o que significou. Como algum disse: "Um texto significa o que seu autor quis dizer".

    Assim, o que ele significou quando ele o escreveu? Ento fazemos a segunda pergunta: O que ele diz? Qual sua mensagem hoje no mundo contemporneo? Se agarramos seu significado sem irmos sua mensagem, o que ele diz a ns hoje,

  • 31

    ns nos entregamos ao estudo de antigidades que no est relacionado ao pre-sente ou ao mundo real em que Fomos chamados para ministrar. Se, entretanto, comeamos com a mensagem contempornea sem nos ter dado disciplina de perguntar: "O que isso significou originariamente?", ento nos entregamos ao existencialismo sem relao com o passado, sem relao com a revelao que Deus deu em Cristo e pelas testemunhas bblicas de Cristo. Precisamos fazer am-bas as perguntas e precisamos faz-las na ordem correta.

    Duas expectativas como conseqncia

    Se estamos convencidos de que o texto bblico inspirado, ainda que fechado ou precisando ser aberto at certo ponto, e se aceitamos nossa obrigao de abrir o texto de um modo que tanto fiel quanto sensvel, o que podemos esperar que acontea?

    (1) Podemos esperar ouvir a voz do prprio Deus. Ns acreditamos que Deus falou por meio dos autores bblicos, mas tambm precisamos acreditar que Deus fala por meio do que ele falou.

    Essa era a convico dos apstolos em relao ao Antigo Testamento. Eles inserem suas citaes do Antigo Testamento com uma ou outra de duas frmulas: ou "Est escrito", ou: "A Palavra diz". Paulo at mesmo poderia fazer a pergunta: "O que as Escrituras dizem?". Ns poderamos responder a ele: "Paulo, sem essa. O que voc, por acaso, poderia estar pensando a respeito de O que as Escrituras dizem? As Escrituras so um livro antigo. Livros antigos no falam. Como voc pode perguntar: "O que as Escrituras dizem?". Mas as Escrituras falam. Deus fala por meio do que ele falou. O Esprito Santo diz: "Hoje, se vocs ouvirem a sua voz, no enduream o seu corao" (veja Hb 3.7). A palavra de Deus viva e poderosa, e Deus fala por meio dela com uma voz viva (4.12).

    Agora, uma expectativa destas a de que medida que lemos e expomos as Escrituras Deus falar com uma voz viva est em uma situao ruim hoje em dia. Como algum disse: "Ns inventamos uma maneira de ler a Palavra de Deus da qual nenhuma palavra de Deus jamais surge". Quando o momento para o sermo chega, as pessoas fecham seus olhos, apertam as mos com uma fina mos-tra de piedade e reclinam-se para sua dose costumeira. E o pregador as encoraja com sua voz e maneira solenes.

    Quo absoluta e radicalmente diferente quando tanto o pregador como as pessoas esperam que o Deus vivo fale. As pessoas trazem sua Bblia igreja. Quando a abrem, sentam na beirada de sua cadeira e esperam que Deus fale. Elas esperam, famintas, uma palavra de Deus. O pregador se prepara de tal forma que espera que Deus fale. Ele ora antes do culto e no plpito para que Deus faa isso. Ele l e expe o texto com grande seriedade de propsito. E, quando termina, ora novamente. Em meio a essa grande tranqilidade e solenidade, quando sua mensagem acaba, todos sabem que Deus est presente e confronta seu povo consigo mesmo.

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    Essa a primeira expectativa, e a segunda esta. (2) O povo de Deus lhe obedecer. A Palavra de Deus exige uma resposta de

    obedincia. Ns no devemos ser ouvintes esquecidos, mas obedientes. Nossa vida e sade espirituais dependem disso. Por todo o Antigo Testamento, ouvimos a terrvel lamentao de Deus: "Oh! Como gostaria que vocs ouvissem a minha voz". Deus ainda est dizendo isso hoje. Ele continuou mandando seus profetas a seu povo, mas eles continuaram zombando de seus mensageiros, desprezaram suas palavras e ridicularizaram seus profetas, at que a ira de Jav foi despertada contra o seu povo e no havia remdio. O epitfio gravado no tmulo de Israel era: "Eles se recusaram a ouvir".

    Temo que a situao seja a mesma nos dias de hoje. O dr. Lloyd-Jones es-creveu em seu grande livro Pregao e Pregadores que as eras decadentes da histria da igreja foram aquelas em que a pregao decaiu. E verdade. No apenas a pre-gao da Palavra, mas tambm o ouvir da Palavra decaiu. A pobreza espiritual de muitas igrejas por todo o mundo hoje devida, mais do qualquer outra coisa, ou falta de disposio em ouvir ou incapacidade para ouvir a Palavra de Deus. Se indivduos vivem pela Palavra de Deus, assim fazem as congregaes. E uma con-gregao no pode amadurecer sem um ministrio bblico fiel e compreensivo e sem escutar a Palavra por si mesma.

    Como devemos reagir? A reao palavra de Deus depende do contedo da Palavra que foi falada.

    Se Deus fala a ns a respeito de si mesmo, ns respondemos nos humilhan-do perante ele em adorao.

    Se Deus fala a respeito de ns nossa desobedincia, leviandade e culpa ento respondemos em penitncia e confisso.

    Se ele fala a ns a respeito de Jesus Cristo e a glria de sua pessoa e obra, ns respondemos em f, agarrando-nos a esse Salvador.

    Se ele fala a respeito de suas promessas, ns nos determinamos a herd-las. Se ele fala a respeito de seus mandamentos, ns nos determinamos a obede-

    cer-lhes. Se ele fala a ns a respeito do mundo exterior e suas colossais necessidades

    materiais e espirituais, ento respondemos quando surge dentro de ns sua compaixo para levar o evangelho por todo o mundo, para alimentar os famintos e cuidar dos pobres.

    Se ele fala a ns a respeito do futuro, a respeito da vinda de Cristo e da glria que se seguir, ento nossa esperana est acesa e decidimos ser santos e estar ocupados at que ele venha.

    O pregador que se aprofundou no texto, que o isolou e desenvolveu seu tema principal, e que ficou profundamente agitado ele mesmo pelo texto que estudou, bater o martelo em sua concluso. O pregador conceder s pessoas uma chance de

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    reagir a ele, freqentemente em orao silenciosa medida que cada um conduzi-do pelo Esprito Santo a uma obedincia apropriada.

    um enorme privilgio ser um expositor bblico estar no plpito com a Palavra de Deus em nossas mos, o Esprito em nosso corao e o povo de Deus perante nossos olhos aguardando esperanosamente a voz de Deus para ser ouvida e obedecida.

    Captulo 3 U M A D O S E S E M A N A L D E D I G N I D A D E C O N D E N S A D A

    Como um sermo confere valor alma

    Craig Brian Larson

    Eu fui casa de uma mulher que freqentava a igreja que eu pastoreio. Quan-do entrei no apartamento, seu marido estava dormindo na sala em uma cama mvel, e sua aparncia esqueltica e pele amarelada estampavam um ser consumido pelo whiskey. Quando ele acordou e nos encontramos, sua voz estava rouca e spera por causa do fumo e amedrontadoramente alta. Havia algo detestvel nos seus olhos que fizerem meu sangue gelar.

    Esse era o homem exigente e abusivo que a mulher em nossa igreja tentava apaziguar dia aps dia. Ela me contou histrias deprimentes sobre ele.

    Eles viviam na dependncia da Assistncia Social e sua casa evidenciava po-breza em todos os cantos. No "jardim" sujo estava um pneu abandonado. O cho da cozinha estava inclinado de maneira abrupta e as paredes melanclicas precisa-vam de pintura. Na sala de estar, o pano dos braos das cadeiras estava completa-mente gasto, uma ou duas cadeiras inclinadas por causa de uma perna faltando, as almofadas no ajudavam a esconder o estado dos mveis. Ratoeiras estavam por toda parte. Duas lmpadas que certamente no tinham mais de 40 watts cada uma iluminavam vagamente o lugar.

    Mas a cada semana algo que a levava a um plano mais elevado e radiante acontecia na vida dessa mulher. Ela ia igreja e ouvia um sermo. Aquele sermo no era nada mais nada menos do que uma dose condensada de dignidade que salvava e enobrecia seu esprito esgotado. Regularmente, eu via as lgrimas de gratido enquanto ela pegava na minha mo antes de ir para casa.

    No importa qual a nossa situao, a vida diria em um mundo decado uma caminhada rdua marcada pela depreciao. Os que freqentam nossas igre-jas so bombardeados diariamente por valores falsos e crenas que rebaixam a criao de Deus, por desprezos e insultos pessoais, pela acusao de Satans. Sua mente assaltada com imagens indecentes e profanas, as quais Deus censura pre-cisamente porque rebaixa a criao. Elas esto sujeitas a pecados que desfiguram a imagem de Deus dentro delas. Elas experimentam imagens distorcidas de si mes-mas que contradizem a verdade de Deus.

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    Depois de uma semana semelhante a essa, um milagre que uma pessoa ainda assim consiga entrar na igreja com algum sentimento de valor (e a face de muitos confirma isso).

    Mas ento elas ouvem pregaes ungidas, e o peso se inverte no momento em que as pessoas sentem o cu as atraindo. O sermo revela o carter de Deus, que infunde toda a vida com significado e majestade. O sermo diz quem ns somos na viso de Deus: criados imagem divina, amados indescritivelmente, destina-dos glria. O sermo revela pecados depois anuncia como ser redimido. O sermo honra a moralidade que exalta o gnero humano. O sermo admite que as pessoas tm capacidade de pensar e de discernir a respeito da vida e do Livro da Vida. O sermo desafia a vontade, tratando as pessoas como agentes responsveis cujas escolhas importam eternamente. O sermo prega Cristo Emanuel, para sempre santificando a carne humana, o segundo Ado que um dia ressuscitar crentes sua semelhana. Um sermo a mais intensa dose de dignidade que qualquer pessoa pode receber.

    Ouvir todo um sermo de qualidade quase como subir o monte da Transfigu-rao. Antes daquele momento, Jesus assemelhava-se a qualquer outro homem. Ele parecia um homem comum, e se vestia e se arrumava como um. Mas no monte da Transfigurao, sua aparncia mudou para revelar sua plena natureza divina. A glria de Deus irradiou publicamente, sua face resplandecendo como o sol e suas roupas se tornando celestialmente brancas. A cortina foi puxada para trs, revelando a realidade.

    Durante um sermo, ns somos, de certo modo, transfigurados. Nossa verda-deira dignidade recebida de Deus brilha abertamente. Nada mais na vida trata um homem ou uma mulher de maneira que pressuponha tanto valor ou tantos poderes.

    No existe presente mais valioso que eu poderia dar quela mulher oprimida que o meu melhor e o melhor de Deus em um sermo. E uma dose semanal de dignidade condensada.

    Captulo 4

    S U P E R A L I M E N T A D O S , S U B D E S A F I A D O S

    A mensagem precisa travar a batalha pela vontade

    Jay Kesler

    Pregar diferente de ensinar pelo fato de chamar ao comprometimento e tentar levar as pessoas a um ponto de ao.

    A necessidade do desafio

    Em algum lugar li a respeito de dois homens. Quando um homem pregava, as pessoas reclinavam-se para trs e diziam: "Que interessante". Quando o outro pregava, elas diziam: "Vamos marchar". Para mim, pregar um apelo vontade.

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    Anos atrs, Billy Graham disse que se ele pregava sem um apelo, no sentia perda de energia. Mas se pregava e fazia um apelo, ele ficava exausto posterior-mente. A exigncia de pregar para o comprometimento muito maior. Obvia-mente, todo mundo, s vezes, prega sem fazer um apelo, mas a batalha espiritual ocorre de um modo maior quando nosso apelo pode mudar a lealdade e a dedi-cao de uma pessoa.

    Algum disse: "Os homens no se rebelam contra a idia de Deus; os homens se rebelam contra a vontade de Deus".

    Um sermo-chave resultou no chamado para o meu prprio ministrio. Eu era cristo. Sentia um anseio de alcanar outros com o evangelho, mas meu pai, um lder sindical, era anti-igreja, anticristo, mas principalmente antipregador. Quando senti o chamado para pregar, a tenso comeou a se intensificar na minha alma a respeito de encarar uma disputa entre a vontade do meu pai e a de Deus.

    Fui ouvir um evangelista de tenda chamado Pete Riggs. O tema de sua cruza-.da era "Permita-se ir e permita Deus agir". Lembro-me da influncia quase irre-sistvel do Esprito Santo para seguir a voz de Deus.

    Eu fui para frente e fui cercado por pessoas que me conheciam e sabiam como me ajudar. Naquela noite, um dos meus pastores deu este versculo de Paulo: "Contudo, quando prego o evangelho, no posso me orgulhar, pois me imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se no pregar o evangelho!" (1 Co 9.16). Essa tem sido a minha percepo a vida inteira ai de mim se no pregar o evangelho.

    Vivendo no mundo da educao superior nos ltimos dezoito anos, em quase toda reunio observo que faltam desafios reais, porque muitos educadores no fazem idia do porqu da sua existncia. Educao hoje em dia utilitarismo. Samos da reunio pensando: Estou dando minha vida para preparar a fora de trabalho para o sculo 21. Muitos educadores pensam em relevncia apenas em termos de materialismo e mobilidade ascendente.

    Isso no nada desafiador para mim. Ns no somos aes humanas; somos seres humanos. Ajudar algum a ser o nosso verdadeiro desafio.

    Desafios que valem a pena remontam aos seres humanos criados imagem de Deus. Qualquer coisa que faa uma pessoa menos do que isso um meio para um fim, por exemplo eu considero injustificado.

    Subdesafiando uma Congregao Existe um perigo tremendo de vacinao. Assim como um pouco de reagente

    na vacina o proteger de contrair varola, assim pequenas doses do evangelho o preveniro de uma inflamao da f. Eu penso que foi Tozer quem disse: "Ser-mezinhos geram cristozinhos". Uma apresentao da verdade que no chega ao lu gar onde ouvintes entendem que ela envolve movimento ou comprometimento pode ter um efeito de vacinao. E por isso que muitas pessoas ortodoxas no so evanglicas; e muitas evanglicas no so evangelistas.

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    Quando pregamos o evangelho fielmente, ele resulta em misso, expanso e desejo evangelstico. Ele tem tanto uma dimenso vertical de salvao quanto uma dimenso horizontal e social de caridade prtica.

    Em um ambiente em que as pessoas esto mais sentadas sobre as premissas do que em p sobre as promessas, alguma coisa normalmente est errada com a pre-gao. Isso comea com o pastor. A coisa mais fcil no evangelismo descer descer at os menos instrudos, at a juventude, descer at a rua, at os empobre-cidos. Mas se os pastores no tiverem um ministrio para com os seus semelhantes lderes de comunidade e assim por diante eles no podem intimidar as pessoas o suficiente para conseguir que elas mesmas faam isso. Eles precisam liderar pelo exemplo.

    Caractersticas do Desafio Excessivo

    Certa vez, um garoto em um acampamento da Mocidade para Cristo me perguntou: "Voc pode orar por meu pastor?".

    Eu sou cauteloso em relao a esse pedido, perguntando-me o que motiva a crtica ou a "preocupao" pelo pastor. Eu perguntei: "Por qual motivo voc quer que eu ore por seu pastor?".

    Ele disse: "Todo domingo, depois que ele prega, ns cantamos trs ou quatro hinos de apelo e parece que ele no fica feliz at conseguir fazer com que todos ns estejamos olhando para baixo, at que todo mundo fique reduzido a quase nada pelo cansao. Eu no entendo isso".

    "Pelo que voc quer que eu ore?". Ele disse: "Vamos orar para que meu pastor possa se sentir perdoado". Isso me impressionou. Esse garoto entendeu algo profundo. O pastor tentava

    exorcizar sua prpria culpa por meio de uma espcie de catarse, ao contrrio de entender a graa.

    Gilbert Beers disse: "Moiss, mesmo conduzindo os filhos de Israel do Egito Terra Prometida, tinha de caminhar na velocidade do menor cordeiro". Pastores precisam sentir quando as pessoas esto sobrecarregadas.

    Existem certas pessoas que voc precisa levar para um canto e dizer: "Voc precisa gastar mais tempo com sua famlia. Eu sei que voc tem um dia de trabalho na igreja nesta semana, mas eu no penso que voc deveria vir. Leve seus filhos para pescar". Voc precisa conhecer sua congregao para saber quais pessoas precisam de desafio e quais precisam de descanso.

    Como presidente da Universidade de Taylor, eu dirigi em volta do campus em um crculo, como Josu em volta das muralhas de Jerico e orei: "Senhor, aqui est a circunferncia deste lugar. Por favor, Deus, faa alguma coisa. Eu preciso do Se-nhor". Nenhum pastor pode desafiar efetivamente as pessoas ou conduzir pessoas para Deus sem o poder da orao.

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    Captulo 5 A T E O L O G I A E A P R E G A O C H E I A D E P O D E R

    Nove convices provenientes do cerne da pregao bblica

    Jay E. Adams

    Os pontos em que verdadeiramente eremos determinam o que fazemos. Os aspectos em que eremos no cerne do nosso corao acerca da pregao determi-naro como ns a realizamos. Nesse sentido, nada pode ser mais prtico do que nossa teologia da pregao. As nove convices a seguir so fundamentais para a pregao bblica.

    1. O objetivo fundamental da pregao agradar a Deus

    E uma convico central da f que Deus soberano e que todas as coisas pre-cisam ser feitas para agrad-lo. Agradar a um Criador soberano significa descobrir o que ele deseja e, por meio de sua graa, fazer sua vontade. Pregar a Palavra de Deus do modo de Deus deveria ser o alvo de pregadores fiis. Como soberano, Deus nos diz o que pregar e como fazer isso. Ministros da Palavra no tm o direito de se desviar de suas instrues. Idias e especulaes humanas, portanto, precisam ser estranhas ao plpito.

    2. A pregao agrada a Deus unicamente quando fiel s Escrituras

    A pregao crist comea com as Escrituras. A menos que os pregadores ad-quiram e mantenham as convices prprias e, portanto, atitudes que decor-rem delas nas Escrituras, eles falharo em pregar do modo que agrade a Deus. A eficcia da nossa pregao no determinada pelo nmero de pessoas que a esto presenciando, nem pelo nmero de profisses de f, mas pela fidelidade dos prega-dores mensagem que somos chamados a pregar. Aqueles que no proclamam a Palavra de Deus fielmente podem alegar nmeros e supostas converses e profis-ses de f. E alguns que fazem isso falham em atrair seguidores em grandes nmeros. O Deus soberano o que produz os resultados. Quando Isaas comeou a pregar a um povo rebelde, foi informado anteriormente que os resultados seriam mni-mos porque o povo carecia dos olhos para ver e dos ouvidos para ouvir. O fracasso para obter resultados visveis, entretanto, no deve ser usado como uma desculpa para pregaes defeituosas.

    Essa mensagem, em toda ocasio, precisa ser fiel Bblia. O pregador um arauto {keryx) cuja incumbncia transmitir a verdade de Deus a seu povo e chamar os eleitos do mundo para a igreja. Para esses fins, precisamos entender o que se exige de ns e como atingir isso.

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    3. As Escrituras so as inerrantes e inspiradas palavras escritas de Deus

    Todos os verdadeiros pregadores reconhecem a Bblia como uma fonte da qual aprendem e proclamam a verdade de Deus. Eles aceitam o que lem ali como palavra inspirada e inerrante nos originais. Por "inspirao" (o termo em 2Tm 3.16 significa "soprado por Deus"), eles entendem que as palavras bblicas so tanto a palavra de Deus como se ele as tivesse dito por meio do sopro. Se algum pudesse ouvi-lo falar, ele no diria nada mais nada menos e nada diferente do que est escrito por meio dos seus apstolos e profetas. As Escrituras so as exatas palavras de Deus por escrito.

    4. A pregao uma responsabilidade sagrada

    A atitude que essas convices deveriam trazer tona a reverncia pelo texto que o pregador expe, junto com um grande desejo de aprender o que cada trecho significa, de modo a comunicar esse entendimento dessa mensagem queles que ouvem. Alm disso, intrpretes de confiana das Escrituras reconhecem que esto lidando com a informao mais importante de toda a vida e querem ser fiis ao fazer isso. Ns no nos ocuparemos com um estudo ordinrio ou com a preparao inadequada de mensagens. Reconheceremos que em tudo que dizemos represen-tamos o Deus do universo e que, se falharmos em entender ou proclamar fiel-mente a verdade, distorceremos a Deus. Ser fiel ao texto e ao Esprito Santo que fez com que ele fosse escrito nossa preocupao fundamental. Em relao a isso, ministros conscientes sempre mantm 2Timteo 2.15 como seu referencial.

    5. As Escrituras foram planejadas no apenas para os ouvintes originais, mas para nossos ouvintes singulares de hoje

    Como arautos que levam uma mensagem de Deus queles que a ouvem, ns no ficaremos satisfeitos com uma abordagem do texto que o enxerga como do passado, algo longnquo. Ns somos gratos porque as Escrituras so para todos os tempos, para pessoas em todos os pases. Ns nos lembramos das palavras de Paulo quando ele declarou que "essas coisas [do Antigo Testamento] ocorreram como e-xemplos para ns" (ICo 10.6) e que "foram escritas como advertncia" (v. 11). Con-seqentemente, precisamos entender que a mensagem do texto para a edificao de nossos ouvintes tanto quanto para aqueles a quem ela foi originariamente escrita.

    Acreditando nisso, precisamos pregar o texto como uma mensagem contem-pornea. Ns direcionaremos as palavras do texto nossa congregao como se elas tivessem sido escritas com eles em mente. Ns fazemos assim porque, como Paulo explicou, esse o fato verdadeiro. Portanto, no faremos prelees em relao ao que aconteceu com os amalequitas; antes, falaremos a respeito de como a experin-cia deles est relacionada aos nossos membros da igreja. Isso significa que no pregaremos sobre os amalequitas, mas sobre Deus e seu povo a partir do relato do

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    procedimento de Deus com os amalequitas. Nossa pregao, ento, ser vigorosa e contempornea em sua natureza.

    Os pregadores hoje, como o Senhor que poderosamente escreveu a sete de suas igrejas em Apocalipse 2 e 3, analisam sua congregao de forma que o que pregarem atinja suas necessidades. Embora a pregao possa ser expositiva, como quando algum prega um livro em seqncia, a prpria escolha do livro bblico deve ser feita tendo essas necessidades em mente.

    6. A inteno originria do texto determina sua mensagem para os ouvintes hoje

    Pregadores instrudos precisam demarcar partes das Escrituras para sermes com base em sua inteno. Essa inteno tambm pode ser referida como o telos ou o propsito do trecho. Toda passagem de pregao, ento, selecionada porque em si mesma uma mensagem completa de Deus. Essa mensagem pode ser parte de uma maior, mas uma mensagem que desafia o ouvinte a crer, a desacreditar, a mudar ou a fazer alguma coisa que Deus deseja e que, no final das contas, contri-buir para os dois grandes propsitos da Bblia ajudar os membros da nossa congregao a amar a Deus e a seu prximo.

    Em toda a histria da pregao, infelizmente isso com freqncia no foi assim. Pregadores usam as Escrituras para seus prprios propsitos e no para os propsitos para os quais elas foram dadas, assim perdendo o poder inerente a qualquer trecho usado na pregao. No sem razo que o evangelho de Joo usado mais freqente-mente que qualquer outro para levar ao conhecimento salvador de Jesus Cristo; ele foi escrito para esse propsito. O Esprito, que produziu a Bblia, abenoa seu uso quando a inteno do pregador a mesma que a sua prpria.

    7. O tema de cada mensagem Deus e Pessoas A pregao contempornea que proclama a mensagem de Deus a seu povo

    sempre pessoal. Isso significa que o pregador no tentar pregar na forma de uma aula expositiva. Ns precisamos evitar a linguagem e os conceitos abstratos. No falaremos a respeito da Bblia, mas vamos pregar sobre Deus e sua congregao a partir da Bblia. Precisamos "abrir" as Escrituras como Jesus o fez (Lc 24.32), infor-mando nossos ouvintes sobre seu contedo, mas sempre tornando visvel a relevn-cia do texto para eles. Ns reconhecemos que no estamos apenas fazendo um discurso, mas estamos pregando para pessoas sobre sua relao pessoal com Deus e seu prxi-mo. Isso quer dizer: precisamos delinear nosso sermo no modo da segunda pessoa. A pai avra predominante no ser eu, ele, ela ou isso, mas voc. Precisamos aproveitar a deixa acerca desse aspecto da pregao de Jesus no Sermo do Monte.

    8. A clareza fundamental A fim de pregarmos de forma eficiente, precisamos adotar um estilo claro e

    simples que facilmente entendido por aqueles que ouvem. Precisamos reconhecer

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    que o apstolo Paulo declarou que ser claro uma obrigao (Cl 4.4) e at mesmo pediu que seus leitores orassem para que Deus o ajudasse a cumprir sua obrigao. No apenas ns mesmos oraremos pela nossa pregao, mas necessrio fazer com que nossa congregao se interesse por fazer isso tambm.

    Em nossos esforos para manter completa clareza, precisamos adotar uma lin-guagem no tcnica (a no ser que a expliquemos). Precisamos evitar terminologias "tediosas", termos obsoletos e estilo antiquado. Precisamos proclamar a mensagem de Deus sem entonaes estranhas, cacoetes ou qualquer outra coisa que chame a ateno para si mais do que para a verdade. Ns mesmos precisamos permanecer no fundo da cena o mximo possvel, confiando que Cristo est na frente da mensagem.

    A fim de atingirmos clareza, usaremos ilustraes e exemplos que ajudem os leitores na compreenso. Essas ilustraes e exemplos precisam ser escolhidos pri-mariamente das experincias contemporneas, de modo que por meio deles seja-mos capazes de demonstrar no apenas o que a passagem significa no dia-a-dia, que ela prtica, e no apenas terica, mas tambm como Deus espera que o leitor se aproprie da verdade.

    A verdade de Deus no deve ser misturada desordenadamente na proclamao. Ela deve fluir inexoravelmente do comeo ao fim de maneira racional e lgica. Isso significa que um pregador diligente toma tempo para pensar no apenas a respeito do contedo, mas tambm sobre a forma em que ele apresentado. Pregadores que realmente se importam trabalham para tornar a verdade de Deus to simples e fcil de entender quanto possvel (sem perda de significado), para que o seu rebanho possa receb-la facilmente.

    9. Nosso dever pregar corajosamente

    Pregadores humildes so parecidos com o apstolo Paulo, que pediu por orao para que, "destemidamente" tornasse "conhecido o mistrio do evangelho" (Ef 6.19). Eles se lembram do que pode ser chamado de a orao do pregador, em que o discpulo orou para comunicar a palavra de Deus "corajosamente" (At 4.29). Pregadores desse tipo reconhecem que a palavra para "coragem" usada aqui (par-resta) e em todo o livro de Atos, a que caracterizou a pregao do Novo Testamen-to, significa "liberdade para falar sem medo das conseqncias".

    Captulo 6

    A P R E G A O Q U E E L E V A O S N O S S O S O L H O S

    Que tipo de pregao que tipo de pregador consegue levantar a barra para saltadores de baixa estatura?

    Crawford Loritts

    E inerente pregao um sentimento de autoridade divina que a distingue da boa comunicao. Os grandes pregadores so bons comunicadores, mas nem to-

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    dos os bons comunicadores so necessariamente grandes pregadores. E a diferena a autoridade. Minha definio de pregao que ela uma palavra de Deus para as pessoas em um momento da histria.

    Todo pregador precisa ter em mente trs grandes axiomas: 1. Nunca ouse ficar em frente de um grupo de pessoas com uma Bblia na mo sem

    esperar mudanas. Ns precisamos ter uma confiana divina confiana em Deus e em sua Palavra, confiana de que Deus mudar a vida das pessoas sempre que falarmos com base no seu livro.

    2. Lembre-se que o objetivo de todo ministrio a transformao. O objetivo do ministrio no para que as pessoas gostem de voc, nem para que o aceitem. O objetivo final de Deus mudar a vida das pessoas.

    3. No final das contas, a eficcia de nossa pregao jorra da santidade de nossa vida pessoal.

    Em 2Corntios 2.17, Paulo diz: "Ao contrrio de muitos, no negociamos a palavra de Deus visando lucro". No grego, a palavra negociar se refere a fabricantes de vinho que faziam uma pequena fraude. Eles diluam o vinho e o faziam passar por vinho puro. Paulo diz que para no violarmos a integridade da verdade da palavra de Deus. No nos tornarmos to preocupados com a "comunicao" a ponto de o contedo puro ficar diludo. Paulo continua a dizer: "antes, em Cristo falamos di-ante de Deus com sinceridade". Isso nos diz para sermos genunos em nossa comu-nicao, mantendo nossa integridade. No seja um orador que se torna ator, que se torna to escravizado pela necessidade de dizer algo de tal modo que as pessoas o ovacionem em p. No esteja excessivamente preocupado em transformar uma frase de um modo que ganhe os sorrisos e a aprovao das pessoas.

    O plpito traz consigo uma inebriao. Quando aumenta o reconhecimento necessrio que aumente o quebrantamento, para que voc no brinque com as pessoas. Ns precisamos lembrar que estamos lidando com questes eternas, com a verdade, com coisas que exigem transparncia e integridade completas.

    Captulo 7

    C O N D U Z I R E A L I M E N T A R

    Como ocorre a interseco entre a pregao e a liderana

    Jack Hayford

    Ns estamos em uma cultura de igreja que coloca muita nfase na liderana. Pastores pensam no apenas em termos de pastorear pessoas, mas tambm em termos de liderar a igreja, o corpo corporativo de Cristo. Ainda assim, enquanto pensamos em ser lderes e pastores competentes, precisamos pensar a respeito da tarefa da pregao. Este artigo examina a interseo entre a liderana e a pregao.

    O discernimento entre os papis dos pastores de liderar e ensinar essencial. Precisamos discernir quando estamos pregando simplesmente para promover um

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    programa e quando estamos pregando para promover o reino. importante man-ter essas coisas claramente distintas.

    A natureza da vida da igreja global e a natureza da batalha espiritual exigem que reconheamos nossa tarefa no simplesmente como reunir pessoas e ensinar a Bblia a elas. Grupos pequenos podem fazer isso sem haver ali qualquer tipo de congregao ou um pastor especificamente designado para isso. As pessoas podem fazer isso em sua casa com sua prpria famlia, e essas coisas devem acontecer. Mas um pastor, por definio, uma pessoa que no est apenas alimentando o rebanho, mas tambm est levando as pessoas a algum lugar.

    Pastores de ovelhas fazem isso. Eles conduzem e alimentam. Essa a essncia do trabalho pastoral. Qualquer um de ns que pastoreou descobriu que as pessoas preferem ser alimentadas a ser conduzidas. Pessoas que esto com fome da Palavra, como deveria ser o caso das boas ovelhas do rebanho de Cristo, gostam de apren-der. Elas gostam de experimentar novidades, coisas que aquecem sua alma, as encoraja, as estimula e lhes d discernimento e instruo. Mas quando voc comea a dizer: "Gente, tempo de nos mexermos, no apenas sermos alimentados", o rebanho comear a rosnar e a murmurar, porque as ovelhas preferem se assentar e comer ali por um bom tempo. Mas h tempo e lugar em que o ministrio da pregao do pastor precisa apontar a direo para a igreja.

    Por exemplo, h muitos anos eu preguei uma srie de mensagens a respeito de uma questo que minha igreja estava enfrentando. Os ancios da igreja recomen-daram a aquisio de um grande imvel. Ns compramos um imvel inteiro de uma igreja que seria acrescentado ao campus que j tnhamos. A quantia de dinheiro envolvida nessa aquisio era um salto enorme para ns.

    Eu senti o Senhor mover meu corao para que adquirssemos esse novo cam-pus mesmo antes de qualquer coisa ter sido apresentada congregao e, alis, antes de ns sabermos ao certo se podamos realmente comprar a propriedade. Eu me senti conduzido a pregar uma srie de mensagens com base no livro de Josu. Assim, preguei uma srie intitulada: "Aproprie-se dos seus amanhs".

    Eu examinei o texto em que Deus disse a um grupo de pessoas em tempos antigos: "Eu tenho um lugar para vocs e um propsito prometido para vocs nesse lugar". Esse propsito exigiria todo um conjunto de passos a fim de que isso acontecesse. Isso no aconteceria sem empenho. No aconteceria sem viso e f. No aconteceria sem falhas ao longo do caminho. Assim, aquela srie "Aproprie-se dos seus amanhs" se tornou o carto de visita para o novo campus.

    Mas o meu papel como lder no ultrapassou meu papel como alimentador. Quando introduzi a srie, eu no disse: "Estou pregando essa srie de mensagens porque ns estamos pensando em comprar uma propriedade". De fato, aquela srie de mensagens nem sequer tratou da aquisio de propriedades. Eu preguei a srie de mensagens porque sabia que cada pessoa em minha congregao estava em algum lugar de sua vida em que Deus estava apontando para novas possibilidades.

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    A posse dos amanhs de sua vida tinha seus princpios estabelecidos em dar passos para frente a fim de realizar a esperana e as possibilidades dessas promessas. Meu primeiro interesse era nutrir as pessoas, para que, onde quer que elas estivessem em sua vida, encontrassem alguma coisa que as alimentaria com princpios para se apropriarem do que Deus tinha para elas.

    Eu acredito que aquela srie preparou coraes para se expandirem alm de onde estavam. Quando veio a viso para um campus adicional, eu pude fazer meno daquela srie e imediatamente as pessoas conseguiram fazer a conexo com o que Deus estava nos chamando a fazer como igreja. Eu pude expandir a percepo da prontido de Deus para fazer mais do que pensamos, mas tambm pude ajud-los a reconhecer que ns teramos um preo a pagar, um caminho a percorrer. Para mim, aquele era um caso clssico de liderar e alimentar. De certo modo, aquela srie de sermes se transformou em pontos cardeais pelos quais a igreja podia navegar. Ela se tornou um sistema de referncia de valores, crenas, de um modo de olhar a vida de forma que, quando tivessem de agir, estariam prontos.

    A responsabilidade da liderana

    Todo pastor tem uma responsabilidade de liderana. O pastor no pode sim-plesmente ser um camaleo que se adapta a tudo que as pessoas querem. Eu com-preendo que voc pode ter todos os tipos de problemas polticos em potencial e at mesmo perder seu emprego, mas existem momentos em que o pastor precisa elevar a sua voz. Se tenho coisas a dizer que trazem consigo um potencial de discordncia em algumas pessoas, eu normalmente me encontro com lderes na igreja antes e fao com que fiquem sabendo o que estou sentindo. Ento eu posso ir perante as pessoas com um sentimento de companheirismo e a parceria dos lderes reconhecidos para falar com a autoridade da Palavra de Deus.

    E claro que os diferentes graus de liderana com que cada pastor capacitado e eu acredito que as capacidades de liderana so simplesmente parte dos dons de uma pessoa comumente sero proporcionais dimenso do pastoreio para o qual Deus chamar esse pastor. Quanto maior uma igreja, obviamente maior a necessidade do dom de liderana.

    Liderando grupos ao liderar indivduos

    O principal chamado do pastor como lder e alimentador no apenas liderar a igreja como um corpo, mas liderar cada indivduo como uma ovelha. Lemos em Isaas 40.11: "Como pastor ele cuida do seu rebanho, com o brao ajunta os cordeiros e os carrega no colo; conduz com cuidado as ovelhas que amamentam suas crias". A tarefa pastoral no apenas dizer: "Ei, rebanho!", e esperar que todas as ovelhas sigam. H ovelhas que s vezes precisam ser carregadas nos braos. H algumas que, como as ovelhas-mes, so formidveis com as novas. E preciso ter sensibilidade para liderar pessoas que esto passando por uma crise ou uma fase de

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    transio na sua vida. H um foco de liderana pessoal, assim como h um foco de liderana grupai ou corporativa.

    Para mim, o valor principal o meu chamado para nutrir o propsito criativo de Deus. Com "propsito criativo", quero dizer o propsito para o qual Deus inventou uma pessoa, aquilo para o que a pessoa foi feita. Sou chamado para nutrir esse pro-cesso em cada indivduo na igreja. No plpito, esse indivduo meu alvo; quero nutrir essas pessoas para cumprirem o propsito para o qual Deus as fez e ajudar a conduzi-las nos passos de beb para toda a viso que Deus tiver para suas vidas.

    Eu fao isso esperando que em algum lugar ao longo do caminho elas captem a viso de Deus para sua vida e se alinhem com ela. Eu no vejo meu ensino como simplesmente instrucional, educacional ou informal. Ele sempre proftico, apontan-do para a frente, chamando para algum ponto de avano. Ele est conduzindo as pessoas a se superarem.

    Eu lidero as pessoas com cada mensagem. Mas o alvo nutrir o propsito bondoso de Deus na vida delas. Hoje no insistirei em que satisfaam alguma exigncia tica. No quero faz-los atingir algum objetivo da nossa igreja local. Mas quero ajudar essa pessoa a se tornar aquilo para o qual ela foi criada.

    Nesse contexto, ento, o maior desejo que eu tenho por meio da minis-trao da Palavra conduzir as pessoas convico acerca de trs coisas. A primeira que percebam o compromisso absoluto de Deus em seu amor por elas, o amor que nos justificou por meio do sangue de Jesus Cristo. A segunda convico que elas saibam que esse mesmo amor o amor que est comprometido com o cum-primento da viso de Deus para elas. E a terceira chegar firme confiana de que haver um triunfo, independentemente de seu ambiente presente, sua luta ou seus medos. Eu quero que elas percebam que haver uma vitria. Aquela vitria pode assumir diferentes variaes do que a pessoa pensou quando comeou a jor-nada, entretanto, no final todos vencero triunfantemente.

    Assim, esse o meu objetivo: liderar as pessoas com essas conv