A arte de Falar Em Publico

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A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO A VOZ humana: Um elemento de grande valor nas relações interpessoais, porque ela declara, revela, anuncia o que a própria pessoa é, suas potencialidades, suas deficiências; reflete a personalidade, e isto tem enorme influência no aprendizado do outro.

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Dicas de como falar em público. Material da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

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A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO

A VOZ humana: Um elemento de grande valor

nas relações interpessoais, porque ela declara, revela,

anuncia o que a própria pessoa é, suas potencialidades, suas

deficiências; reflete a personalidade, e isto tem

enorme influência no aprendizado do outro.

 

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• A rigor, quando estamos falando, o receptor está a nossa disposição, sob o nosso controle. O som vocal tem poderes inimagináveis: pode aproximar, mas também afastar; pode alegrar, mas também entristecer; pode afagar, mas também agredir...

• Enfim, são tantas as possibilidades, que a voz humana, bem utilizada, torna as questões relacionadas à comunicação, à lição, à aprendizagem mais eficiente, mais positivo.

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• A ORATÓRIA é a arte de proferir discursos. Parece simples, mas não é. As atividades humanas, as ciências e as artes mantêm relações recíprocas. Assim, a oratórias tem como auxiliares: a Filosofia, a Ética, a Psicologia, a História, a Antropologia, a Sociologia, a Fisiologia, a Linguística, a Fonética e o bom senso.

A ORATÓRIA

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• E por que as pessoas falam em público discursando tão mal? Por que, tendo tudo para agradar, terminam por afastar as pessoas da idéia central? Por que para uns falar apresentam um problema e para outros uma satisfação? A oratória está em desuso?

• A oratória não está em desuso, o problema é questão técnica.

• Princípios técnicos: prepara a estrutura intelectual do discurso; arquitetar a forma de falar e conhecer as características de cada auditório.

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A Filosofia auxilia a oratória na procura de nobres objetivos e nos argumentos; a Ética demonstra qual a conduta moral a ser adotada; a Sociologia ajuda a compreender as diferentes comunidades e a procurar uma linguagem adequada às suas necessidades; a Psicologia auxilia na observação dos comportamentos; a História conta as tragédias do ser humano e suas conquistas; a Fisiologia ajuda a entender os mecanismos que constituem e fazem funcionar o “aparelho fonador”; a Linguística e a Fonética estudam a estrutura e os sons de cada palavra.

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3.1- CARACTERÍSTICA DO ORADOR REAL

• Dono da verdade: fala como se detivesse o controle das situações. A história e o tempo são muito generosos, fornecendo elementos apenas para ele. Os demais nada entendem. Por isso fala... fala... e não agrada ninguém.

• Arrogante: Impõe-se com soberba e insolência, como quem se presume o mais hábil, intelectual informado, elegante e controlador.

ORADOR REAL X ORADOR IDEAL

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• Complicador: Sobrecarrega seu discurso com excesso de assuntos sem levar em consideração se o público vai ou não receber bem suas informações. Para ele tanto faz, o que importa é emitir suas idéias...

*Não planificador: Aquele tipo que fala “inspirado”. As idéias surgem “na hora”, perde a forma e se afasta do essencial.

*Gritador: O tom da voz é sempre agudo, intenso, rápido, desrespeitando as mais elementares regras de comunicação. Sua voz não é nada gentil, cortês e dotada de ausência de entonações/ ênfases para cada situação.

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*Desatualizado: Está sempre fazendo referências ao passado; nutre-se de informações tendenciosas, preconceituosas, de gosto duvidoso. Sua biblioteca não é variada e nem atualizada. Vive do passado, alheio ao presente e negando o futuro. 

*Assim, são os oradores reais. Pode não parecer, mas vivemos entre eles. O que mais causa surpresa e pesar é a resistência para mudar, atualizar e contextualizar. Por isso, estão e continuarão limitados e empobrecidos da graça do saber.

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Investe em si mesmo: Procura resolver seus problemas, para isso, consulta especialistas, lê bons livros, faz bons cursos, é um bom ouvinte. Está com os pés no presente e os olhos no futuro.

Tem cuidado com a sua voz: Como elemento da comunicação, a voz merece tratamento especial. Treina, atualiza-se, muda os tons e intensidade, o ritmo. Tem domínio sobre a voz. Dificilmente tem problemas vocais, além de estar sempre bem disposto.

CARACTERÍSTICAS DO ORADOR IDEAL

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*Pesquisador: entende que seus ouvintes merecem respeito. Sabe que entre eles estão intelectuais e iletrados; adultos e crianças. Sabe suprir todos com informações seguras e contextualizadas. Lê sobre tudo e retém o melhor para que seus liderados sejam privilegiados.

*Informador: sua necessidade de atualização é em face das correntes. Reúne seus liderados, com freqüência, para ouvir, analisar e informar. Sabe trabalhar em equipe. Entende que sozinho não pode fazer nada. Mantém um fluxo de informações.

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Assim são o orador real e o ideal. Seria interessante fazer uma auto-avaliação sobre o comportamento em oratória, a arte de falar em público. Estamos na era da Informática, da comunicação digital, dos crescimentos pessoal e interpessoal. É salutar cada mudança que gera maturidade e eficácia. O Apóstolo Paulo recomenda-nos: “(...) antes (...) cresçamos em tudo” (Ef. 4, 15). Agora responda: você é um orador real ou ideal?

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Convencer. Esta é a grande vitória, mas também o grande desafio de quem fala em público. Não basta ir à frente ou discursar. É preciso convencer e para isso é necessário ter associado argumentos, astúcia, criatividade, voz definida e bem flexionada, postura, indução, ritmo de idéias e coerência na temática desenvolvida.

FALAR VOCÊ FALA, MAS CONVENCE?

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É lamentável que muita gente boa (professores, agentes de pastoral, padres, bispos, religiosos/as), mesmo dominando tão bem um determinado conteúdo não consegue convencer ninguém. É falta de carisma? De inspiração? Falta de dons ou talentos? Não! Apenas falta de técnica.

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• ANTIPATIA: Há um sentimento de repulsa espontânea quando um orador se apresenta rígido, formal e extremamente sério. A ausência de um sorriso sincero estabelece a ruptura entre o orador e público.

• DEFEITOS NA EMISSÃO DA VOZ: Voz estridente; voz fanhosa; voz monótona.

4.1- FATORES QUE LEVAM UM ORADOR A NÃO CONVENCER

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• USO IMODERADO DE CLICHÊS: Clichês são palavras ou grupos de palavras muito desgastadas pelo uso (Ex.“entusiasmo incrível”, “lauto banquete”, “odor inebriante”, “notável jovem”, “distinta platéia”, “mar de rosas”, “louco de alegria” etc.).

• FRACA IMAGEM PRÓPRIA: Antes de um orador começar a falar a primeira observação é com a sua imagem (postura, roupa, aparência, fisionomia, forma de olhar).

• INADEQUAÇÃO TEMÁTICA: (tomar tempo para falar de um tema que não domina, desviar do tema em foco...).

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• MELHORAR O SOM DA VOZ: Pronuncie corretamente as palavras, evite falar com a boca fechada, fale no tom adequado ao recinto, às pessoas e ao tema.

• ANTES DE FALAR, OLHAR: Cumprimente silenciosamente as pessoas com um sorriso nos olhos, procurando identificar cada uma, em lances rápidos de olhar.

4.2- É POSSÍVEL MELHORAR A SUA FALA E 4.2- É POSSÍVEL MELHORAR A SUA FALA E CONVENCER O PÚBLICOCONVENCER O PÚBLICO

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DESCONTRAIR É ATRAIR: Em vez de tratar o assunto diretamente, conte uma pequena história, descreva o que vê, relate o seu trajeto até o local. Fale de uma situação alegre. Lembre-se: até os grandes oradores tremem em uma tribuna. O temor e tremor são naturais. Encare isso com tranqüilidade. É uma questão de tempo.

ATUALIZE-SE: Investir em livros pode dar um bom lucro. Quem lê mais , sabe mais. É prudente ouvir noticiários e está em dia com os jornais. Assim ninguém vai pegar você de surpresa!

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NOVE RAZÕES PARA ESCUTAR O PRÓXIMO:

1-Saber escutar consiste em saber falar menos e prestar mais atenção.

2-Escutar com sabedoria é aceitar o outro com suas virtudes e defeitos; seus problemas, sonhos e esperanças.

3-Saber escutar é pôr em marcha os ouvidos do coração, a sensibilidade interior que todos possuem.

PARA SE FALAR BEM É NECESSÁRIO SABER ESCUTAR COM SABEDORIA O OUTRO

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4-Escutar com sabedoria consiste em responder a um pedido de afeto, de ternura e de amizade de quem estiver triste e necessitado de calor humano e não o recebe de ninguém.

5-Saber escutar é ir construindo a “a nova cidade”, onde todas as pessoas aprendem a escutar-se respeitar-se mais mutuamente.

6-Escutar com sabedoria é construir pontes de humanidade para quem sofre do isolamento, abandono e solidão.

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7-Saber escutar “pacientemente” pode significar uma obra de misericórdia, de caridade. Tornará melhor as pessoas, mais humanas, mais cristãs, aproxima-as mais da Verdade.

8-Escutar com sabedoria pode representar o primeiro passo para representar o “Cirineu” e prestar ajuda a quem sofre e carrega uma cruz.

•9-Saber escutar é uma maneira humilde e simples de AMAR.

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• DUARTE, Noélio. Você Pode falar Melhor. São Paulo: Exodus, 1997, pg. 17.

• Comunicar bem é comunicar-se! Obrigado pela sua atenção, isso também é comunicação. (Pe. Joãozinho).

REFERÊNCIA E AGRADECIMENTO