A arte de contar histórias andrea e patricia

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A arte de contar histórias Cassio Eduardo Buscaratto Judite Filgueiras Rodrigues

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A arte de contar histórias

Cassio Eduardo Buscaratto Judite Filgueiras Rodrigues

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Para contar histórias não basta apenas ler, mas também interpretá-las com Arte. O contador deve vivê-las, procurar encantar a imaginação da criança. Contar história é educar, é o artifício da oralidade que estimula a imaginação dos ouvintes, faz com que tudo tenha vida, significado, emoção e prazer. O contador de história deve encantar os ouvintes convidando-os a viajar nas estradas fascinadoras da imaginação. Através do lúdico as histórias encantam os ouvintes e conseguem cativá-los por muitas horas. Há muitos recursos dinâmicos como dramatização, fantoches, gravuras que irá enriquecer o seu conto e o fará com que ele se torne inesquecível. A arte de contar histórias ganhou uma conotação maior, como valoroso instrumento no processo educativo. Contar histórias passou a ser compreendido como uma alternativa para se obter subsídios no redimensionamento no agir pedagógico da educação infantil, estabelecendo linhas muito mais positivas na ação educativa, facilitando no processo da aprendizagem.

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Quando a arte de contação de história infantil é colocada como recurso psicopedagógico, a narração trará para cada criança um espaço para momentos de alegria e sentimento de prazer na leitura, além de auxiliar a compreender a si próprio e ao mundo a sua volta. Contar histórias é uma maneira de divertir, de estimular a união e principalmente uma forma muito eficiente de ajudar o ser humano em sua busca de autoconhecimento.

Segundo Busatto (2006, p 74)

A intenção de inserir a história no contexto escolar é de propiciar, cultura, conhecimento, princípios, valores, educação, ética, além de contribuir para uma boa construção de relacionamentos afetivos saudáveis, como: carinho e afeto bons tratos, cuidados pessoais, reeducação alimentar, autoestima, autoconhecimento e convivência social, isto tudo é possível com uma história contada com muita arte, que será fundamental para uma vida feliz e saudável, e para o fortalecimento das crianças na sociedade e inibir a violência, contribuindo diretamente para a formação do caráter e da personalidade e indiretamente para a sobrevivência do homem.

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Uma história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente apresentada em seu enredo, isto permitirá muitas leituras e muitos caminhos. Contar uma história é fazer a criança sentir-se identificada com os personagens. É trazer todo o enredo à presença do ouvinte e fazer com que ele se incorpore à trama da história.

Acrescenta Busatto. (2007, p.49)

Qualquer que seja o período histórico e contexto no qual ela se apresenta, uma das coisas que faz eco é a de que a arte é transformação simbólica do mundo. Ela propicia a criação de um universo mais significativo e ordenado. A arte vibra com a vida e contar histórias pede este pulsar para se configurar como comunicação emocional.

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As crianças agem, pensam, sentem, sofrem, alegram-se como se elas próprias fossem os personagens. Para se contar bem uma história é preciso possuir habilidade, treino e conhecimento técnico do trabalho, pois os valores artísticos, linguísticos e educativos dependem da arte do narrador, que poderá fazer uso do instrumento da voz e das linguagens não verbais, como: gestos, olhar, músicas, cheiros, toque; e conta com audição, visão, olfato e tato.

Uma história deve ser trabalhada procurando selecionar o que o educador quer ensinar ou de acordo com o contexto da aula que será dada, pesquisar algo que toque sua vida de maneira especial, se for uma contação que já veio incluído no material para ser usado, deverá ser lida várias vezes. Logo após, o educador deverá recriar a história e passa-la para uma linguagem oral para não ficar apenas como um texto exposto. Continuando deverá ensaiar os gestos, movimentos e voz, por último deverá observar a história como um todo, na introdução, no desenvolvimento e na conclusão.

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É importante também, que tenha conhecimento das falas, que saiba conduzir a história, se isto for bem preparado, o professor não irá correr o risco de enfrentar surpresas desagradáveis. Busatto(2007), explica que para contar uma história é preciso saber primeiro a intenção para com esta história.

O que eu quero?O que a história quer dizer?O que a história significa para mim?O que a história significa para o outro?Qual o meu objetivo?

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Ainda contando com a contribuição de Busatto(2007):Para conseguir atingir o objetivo de ensinar e a criança aprender é preciso escolher leituras que incentive as crianças a ouvir e reproduzi-las posteriormente. Usar entonação de voz atraente, fazer suspense, usar gestos movimentando o corpo e estar sempre atento ao vocabulário da história colocando significados quando houver palavras novas.

SISTO (1992, p. 23) nos leva a pensar que: "Contar histórias na verdade é a união de muitas artes: da literatura, da expressão corporal, da poesia, da musica, do teatro"... Não há como ignorar esse quê de performático do contar histórias... para tingir uma plateia

Esta união entre literatura, poesia, música e teatro faz com que a criança aprenda os conteúdos que forem colocados junto com a história e participe do enredo expressando de maneiras diferentes dentro do contexto histórico, em cada momento e em diversos lugares, lembrando sempre que as histórias vão ficar para sempre.

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Logo após o término da história podem-se reunir as crianças para encenarem com uma dramatização, fazer trabalhos manuais com recortes de revistas, dobraduras, colagem, pintura e atividades de acordo com o planejamento da aula sempre fazendo uma ponte entre a história e o conteúdo da aula.

Outra ideia que terá bons resultados é construir uma história em conjunto, nunca esquecendo do bom planejamento. Exemplo: as crianças poderão trazer fotos e através destas fotos começarem a construir juntos uma bela história. Elas ficarão encantadas por participarem do enredo e ser o personagem real e ao mesmo tempo ser protagonista de suas histórias.

As histórias podem ser vivenciadas pelas crianças, especialmente as mais novas, de diversas maneiras: lendo o livro, representando, dramatizando e com o auxilio de materiais, como desenhos ou fantoches. O educador, portanto deve sempre procurar ser literal e dar certo caráter interpretativo a sua leitura, usando variações de entonação, de forma clara e agradável. Reduzir ou modificar o texto escrito, transformando-o em linguagem coloquial.

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Mesmo que o vocabulário lhes seja desconhecido, encontra-se aí uma boa oportunidade de enriquecê-lo, a partir, sobretudo, das perguntas que elas podem e devem sempre poder elaborar. O educador deve procurar agir como elemento incentivador do interesse das crianças pelo enredo, comportando-se não somente como mediador das histórias, mas, também demonstrando entusiasmo e curiosidade, como mais um ouvinte participante no mundo do imaginário.

As histórias contadas oralmente têm uma força de transmissão oral, isto é: a voz, o olhar e o gesto vivo do contador de histórias, que alegra ou entristece as crianças. Com relação ao ensino, uma história contada com arte faz com que o educador planeje todos os passos e com isto adquira um aprendizado concluindo algumas lições primeiramente para sua vida, quanto ao aprendizado, o aluno ao ouvir histórias, ou mesmo fatos do dia-a-dia, faz assimilações de alguns aspectos da aprendizagem literária, e isto ocorre quando existe motivação e desafio. Segundo Busatto (2007, p 12)

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A Arte de contar histórias é um instrumento capaz de servir de ponte para ligar as diferentes dimensões e conspirar para a recuperação dos significados que tornam as pessoas mais humanas, íntegras, solidárias, tolerantes, dotadas de compaixão e capazes "estar com" os conceitos.

As crianças precisam aprender como adquirir domínio próprio para serem adultos mais tolerantes e enfrentar as dificuldades no dia a dia com moderação. Contar uma história com arte na educação infantil faz com que a criança adquira não só os princípios éticos, mas, uma aprendizagem de leitura e de escrita com mais rapidez enriquecendo suas habilidades e atitudes.

Nos dias atuais o grande desafio que as instituições de educação infantil têm enfrentado é adaptar uma prática que atenda as necessidades da criança com o processo da linguagem oral e escrita, considerando que desde a educação infantil a criança deve ter oportunidade de vivenciar situações de aprendizagem da leitura e escrita.

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O desenvolvimento efetivo da linguagem na fase da infância, ocorre com estímulos, no qual este trabalho cita a história contada com arte, além de desenvolver uma aprendizagem adequada, irá capacitar à criança para que o acesso da linguagem tenha grande sucesso.

Finalmente é oportuno acrescentar que a criança ama ouvir histórias desde cedo. Seja nas instituições infantis, nas séries iniciais as primeiras palavras começam aparecer, e a partir de dois anos de idade a criança já deve estar juntando duas palavras, com sua pronúncia particular, por volta dos três anos, ocorre uma verdadeira explosão da linguagem; nesta fase é importante que o educador conte histórias usando muito a sua própria voz acompanhadas de gestos e expressões, sempre observando a importância da fala de cada do infante.

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Por meio das histórias podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem e proporcionando às crianças o exercício da imaginação e da criatividade. Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o pensamento, como a comparação, relações temporais e espaciais, entre outros, e, estimulam a construção de valores éticos que fundamentam a cidadania nas crianças.

Ao contar histórias para um grupo de crianças, assume-se um importante papel muito importante nesse processo, sendo um agente formador de pessoas melhores, mais concentradas, criativas e ágeis para encontrar soluções na vida prática.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Política nacional de educação infantil: elos direitos das crianças de zero a seis anos à educação. Brasília: SEB, 2006.

BUSATTO, Cléo. A Arte de Contar Histórias no século XXI. Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2006

ESTÉS, Clarissa Pinkola. O dom da história: uma fábula sobre o que é suficiente. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Tradução de Diana Myriam Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. Porto Alegre: Artmed, 1999.

SISTO, Celso. Textos e pretextos sobre a arte de contar histórias. Chapecó, Argos, 2001.

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/a-arte-de-contar-historia-na-educacao-infantil/53329/#ixzz2O0TR1KLQ

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Vídeos:

1º A aranha, o Grilo e o Jacaré: Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=xfv4U0V2PCk

2º A bela Adormecida: Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=W_7vfEo885Q

3º Tchutchuê: Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=koFEIznH4q4

4º Bom dia Todas as Cores: Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ZhGHEZUzQX0

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Após assistirem aos vídeos confeccionaram um livro, utilizando somente gravuras de

revistas, jornais e livros. Ao término da confecção contaram a história sobre as

ilustrações escolhidas pelo grupo.Os livros confeccionados estão disponíveis na

Sala Pedagógica na Secretaria Municipal de Educação e os vídeos das histórias contadas pelos docentes estão disponíveis no site da

Educação.

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Ao final da contação de histórias pelos docentes houve o sorteio de um livro de História, onde a sorteada do grupo de terça-feira foi, Aparecida de Fátima de Moraes e na quarta-

feira foi, Viviane Santolim Uhr Martins.

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