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APRESENTAÇÃO
A construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande e a implantação dos
programas ambientais comprovam que é possível conjugar
desenvolvimento socioeconômico com preservação ambiental.
Indispensáveis para o futuro, as duas metas podem ser alcançadas de
forma harmoniosa, desde que cada projeto ou ação seja norteada por
valores que priorizam a natureza e o ser humano.
Com base nessas premissas, a BAESA (Energética Barra Grande S/A)
vem concretizando seus programas e atividades de modo a promover a
melhoria na qualidade de vida da população local e a valorização do meio
ambiente, requisitos fundamentais para conferir importância e orgulho aos
que trabalham no empreendimento.
O interesse da BAESA em preservar as riquezas naturais da região
pode ser mensurado pelas ações ambientais desenvolvidas. Dos 26
programas contidos no Projeto Básico Ambiental (PBA), por exemplo, nada
menos do que 18 são voltados ao meio ambiente. São projetos que tratam
desde a qualidade da água da bacia do rio Pelotas até a observação das
condições climatológicas, incluindo ainda o resgate de flora e fauna,
reflorestamento, manejo da ictiofauna (peixes), aplicação de recursos em
reservas ecológicas, monitoramento das encostas do rio, educação
ambiental e outros.
A execução das atividades ambientais está fundada não apenas na
ética e no conhecimento dos profissionais da área contratados para tanto.
Todas as ações são permanentemente acompanhadas e fiscalizadas por
órgãos ambientais, fato que confere credibilidade ao trabalho desenvolvido.
Melhor que isso, é o reconhecimento da população, cada vez mais
consciente e informada de que as atividades ambientais estão melhorando
o espaço ocupado pelas famílias. Orientadas, as pessoas estão aprendendo
a fazer o uso racional dos recursos naturais, assegurando a preservação do
meio ambiente e a convivência harmoniosa com a natureza.
A APRESENTAÇÃO
Monitoramento da Qualidade da Água
Reflorestamento
Manejo e Salvamento da Ictiofauna
Manejo e Salvamento da Flora e Fauna
Educação Ambiental
OS PROJETOS AMBIENTAIS
A preservação do meio ambiente é mais que uma obrigação para a
BAESA. É um princípio. Em conseqüência, todas as atividades realizadas
pela empresa contemplam o respeito à natureza. Nada é feito ou
desenvolvido sem que a questão ambiental esteja presente, não apenas
pela fiscalização de órgãos públicos e da população, mas sobretudo pela
consciência de cada um dos colaboradores deste empreendimento. Todos
são entusiastas e também fiscalizadores das atividades ambientais.
Entendem, percebem e cobram que a obra deve ser construída em
harmonia com o meio ambiente.
Alcançar, portanto, o desenvolvimento sustentável é a principal meta
da BAESA. Por conta desse interesse, a empresa focou o meio ambiente em
18 dos 26 programas contidos no Projeto Básico Ambiental (PBA),
comprovando a preocupação da empresa com a natureza. São eles:
Educação Ambiental
Monitoramento Integrado da Qualidade da Água
Observação das Condições Hidrológicas
Monitoramento das Condições Limnológicas e da Qualidade da Água
Monitoramento das Macrófitas Aquáticas
Monitoramento das Condições Hidrossedimentológicas
Observação das Condições Climatológicas
Monitoramento e Manejo da Ictiofauna
Ações Integradas de Conservação do Solo e da Água
Monitoramento Sismológico
Monitoramento da Explotação de Recursos Minerais
Monitoramento dos Aqüíferos
Monitoramento da Estabilidade de Taludes Marginais
Manejo e Salvamento da Flora e Fauna
Reflorestamento
Aplicação de Recursos em Unidades de Conservação
Limpeza da Bacia de Acumulação
Gerenciamento e Recomposição Ambiental das Áreas da Obra
Gestão do Reservatório
OS PROJETOS
Monitoramento da Estabilidade de Taludes Marginais
Gestão do Reservatório
Aplicação de Recursos em Unidades de Conservação
Monitoramento Sismológico
Observação das Condições Climatológicas
Educação Ambiental
O projeto “Educação Ambiental”, como o nome sugere, visa à
conscientização das comunidades para a importância do meio ambiente.
Para concretizar o projeto, a BAESA firmou contrato com o Laboratório de
Educação Ambiental da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Missões (Campus de Erechim/RS). O curso de EA foi segmentado em
duas atividades distintas:
• EA Formal: voltada aos professores das redes pública e privada de
ensino, estimulando a análise e o debate sobre o tema, com vistas a
capacitar o corpo docente.
• EA Não-Formal: destinada às comunidades dos municípios da área de
abrangência, com enfoque mais generalista, adequado à realidade das
comunidades, e com sua forma de abordagem mais simples e acessível.
O curso de EA Formal, já concluído, contou com a participação 225
professores, divididos em cinco turmas: uma com docentes de Vacaria (RS),
outra de Bom Jesus, uma terceira de Esmeralda e Pinhal da Serra (RS),
outra com professores de Lages (SC), e a última com docentes de Capão
Alto, Campo Belo do Sul e Cerro Negro (SC).
O curso foi dividido em três fases e durou 18 meses. A primeira fase
contou com a apresentação de seis módulos: 1º) fundamentos teóricos
sobre EA; 2º) problemas ambientais e estraté gias éticas para solução; 3º)
educação para a conservação da natureza; 4º) o patrimônio arqueológico,
histórico, paisagístico e cultural da região; 5º) a construção da Usina
Hidrelétrica Barra Grande na região: suas interferências e ações técnico-
científicas do PBA; e 6º) metodologias para o trabalho com a EA nas
escolas.
A EDUCAÇÃO
O curso de EA foi dividido em duas atividadesdistintas: EA Formal e EA Não Formal
O curso de EA Formal durou 18 meses e abordou temas em 6 módulos de aprendizagem
225 professores de oito municípios locais participaram,divididos em 5 turmas
Turma de Pinhal da Serra e Esmeralda
Lições sobre a UHE Barra Grande
Encontros periódicos
Visita ao canteiro de obras
A segunda fase consistiu na elaboração de projetos de EA nas
escolas. Ao todo, 18 projetos foram desenvolvidos em 63 escolas,
abordando os mais variados temas como a coleta seletiva do lixo, cultivo de
plantas medicinais, higiene e saúde, tratamento de resíduos sólidos,
resgate histórico do município, ações de limpeza e conservação da escola,
medidas para reduzir a contaminação dos rios e outros.
Na terceira fase, os professores apresentaram seus projetos no 3º
Simpósio Gaúcho de Educação Ambiental, realizado de 4 a 7 de outubro no
campus da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
(URI), no município de Erechim.
O curso de EA Não-Formal já está em andamento. Os coordenadores
do curso realizaram reuniões com representantes de entidades sociais e
lideranças comunitárias dos municípios da área de abrangência. O objetivo
é definir as temáticas ambientais a serem abordadas no curso e as ações
que poderão ser implementadas com a participação de órgãos públicos,
como secretarias municipais, sindicatos e associações.
Definido o interesse dos participantes, serão elaborados o conteúdo
programático a ser ministrado no curso e os projetos a serem
implementados em cada município, como coleta seletiva de lixo,
implantação da Agenda 21 Escolar e preservação e limpeza dos mananciais.
A EDUCAÇÃO
18 projetos de EA foram desenvolvidos pelos professores em suas respectivas escolas
Os projetos desenvolvidos nas escolas foram apresentados no Seminário Gaúcho de Educação Ambiental, promovido
no campus da URI – Erechim/RS
Os coordenadores do curso de EA Não Formal realizaram reuniões nos 9 municípios da área de abrangência da UHE Barra Grande
Projetos de Educação Ambiental
Seminário de Educação Ambiental
EA Não Formal – Anita Garibaldi
EA Não Formal – Campo Belo do Sul
Monitoramento Integrado da Qualidade da Água
O projeto “Monitoramento Integrado da Qualidade da Água” é
composto por quatro projetos. São eles:
a) Observação das Condições Hidrológicas
Este projeto tem por objetivo fazer o acompanhamento periódico das
vazões afluentes e efluentes do futuro reservatório. Para tanto, foram
instaladas seis estações de monitoramento nos principais afluentes e no
corpo do rio Pelotas. Cada uma dessas estações é composta por linígrafos
digitais responsáveis pela medição das vazões.
b) Monitoramento das Condições Limnológicas e da Qualidade da Água
Este projeto consiste na realização de coletas de água para análise
em nove pontos de monitoramento. São analisados dados físicos, químicos
e bióticos (Fito e Zooplâncton). Com base nas amostras coletadas, é
possível identificar fatores que interferem na qualidade da água, como a
presença de coliformes fecais, clorofila, oxigênio, amônia, fósforo
sedimentos, temperatura e a turbidez da água e outros.
O estudo desses parâmetros ajuda a determinar existência de
possíveis fontes poluidoras, capacidade do reservatório para depuração de
poluentes e a qualidade da água do futuro reservatório.
A qualidade do rio Pelotas situa-se entre os níveis “Boa e Ótima”.
Conforme a resolução do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente)
AS ÁGUAS
Instaladas 6 estações de monitoramento e de medição das vazões nos principais afluentes e no rio Pelotas
As amostras são coletadas em 9 pontos de monitoramento, instalados nos principais afluentes e no rio Pelotas
Amostras atestam que a qualidade da água do rio Pelotase afluentes está situada entre os níveis “Boa e Ótima”,
conforme resolução do CONAMA
Amostras coletadas
Amostras coletadaas
Amostras coletadas
Equipamentos de medição
nº 20, de 1986, as águas do rio Pelotas estão categorizadas como Classe 2,
pondendo ser usada para o abastecimento doméstico após tratamento
convencional, irrigação de lavouras e criação de peixes.
c) Monitoramento das Macrófitas Aquáticas
Cumpre a este projeto fazer o levantamento e o mapeamento dos
potenciais focos de macrófitas aquáticas na área de influência direta do
futuro reservatório, bem como a identificação de espécies, quantificação do
problema (potencial que essas espécies tem para infectar o lago) e
proposição de medidas de controle mediante a elaboração do Plano de
Manejo e Controle das Macrófitas Aquáticas no AHE Barra Grande.
d) Monitoramento das Condições Hidrossedimentológicas
A formação do lago da Usina Hidrelétrica Barra Grande será um novo
componente regulador das vazões naturais do rio Pelotas, conhecido por
suas cheias repentinas e secas acentuadas. A construção da obra vai
permitir o controle do fluxo de água, evitando variações bruscas, reduzindo
a incidência de enchentes e beneficiando as comunidades lindeiras.
O fluxo contínuo da água poderá provocar o escoamento de material
das margens e sedimentação do fundo do lago, prejudicando a operação da
Usina face à redução do volume de água ou à obstrução da tomada d’água.
Para evitar tais problemas, o projeto “Monitoramento das Condições
Hidrossedimentológicas” faz uma análise histórica das mudanças no regime
de vazões da água do rio e do transporte e deposição de materiais.
AS ÁGUAS
Plano de Manejo e Controle vai apresentar medidas de controledas macrófitas aquáticas, evitando problemas
decorrentes da presença dessas espécies
O funcionamento da Usina Hidrelétrica Barra Grandevai permitir o controle do fluxo de água
do rio Pelotas e afluentes
Amostras coletadas
Amostras coletadas
Amostras coletadas
Equipamentos de medição
Observação das Condições Climatológicas
O projeto “Observação das Condições Climatológicas” tem por fim
captar informações sobre o clima e suas possíveis alterações advindas da
formação do lago da Usina Hidrelétrica Barra Grande.
Para obter tais informações, duas estações climatológicas
automáticas e telemetrizadas foram instaladas na região (Campo Belo do
Sul e Pinhal da Serra). Os equipamentos captam dados sobre a pressão
atmosférica, temperatura do ar e do solo, direção e velocidade do vento,
umidade relativa do ar, temperatura do solo, radiação solar, evaporação e
precipitação.
O monitoramento está sendo feito por meteorologistas do CLIMERH
(Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina),
órgão vinculado à EPAGRI (Empresa Agropecuária e Extensão Rural de
Santa Catarina S/A). Os equipamentos instalados nas Plataformas de Coleta
de Dados Meteorológicos (PCDs) remetem as informações on-line, de hora
em hora, para a sede da EPAGRI em Florianópolis. Em seguida, os dados
são lançados na home page da empresa para que a BAESA acompanhe o
monitoramento meteorológico.
Assim que for concluída a construção da obra, as estações
climatológicas serão incorporadas à rede já existente.
O CLIMA
Instaladas 2 estações climatológicas para monitoraras condições do clima na região
Cada estação pode captar dados sobre a pressão atmosférica, temperatura do are do solo, direção e velocidade do vento, umidade relativa do ar,
temperatura do solo, radiação solar, evaporação e precipitação
Os dados captados pelos equipamentos são repassados, de hora em hora, para a EPAGRI e lançados na home page da
empresa para que a BAESA acompanhe o trabalho
Estação climatológica instalada em Pinhal da Serra/RS
Estação climatológica instalada em Campo Belo do Sul/SC
Transmissor de dados meteorológicos
Abrigo meteorológico
Monitoramento e Manejo da Ictiofauna
A Usina Hidrelétrica Barra Grande está sendo construída na região do
alto rio Uruguai, em um trecho caracterizado pela presença de áreas de
remanso separadas por corredeiras. Esses acidentes geográficos facilitam a
descontinuidade das populações de peixes. E como as espécies apresentam
deslocamentos migratórios longitudinais e laterais, são necessárias
amostragens temporais para a compreensão dos processos biológicos.
O Projeto “Monitoramento e Manejo de Ictiofauna” prevê a realização
de coletas periódicas de espécies na bacia do rio Pelotas, salvamento de
peixes nos momentos de desvio do rio e enchimento do reservatório,
manutenção de estoques de peixes na Estação de Piscicultura Panamá,
localizada no município de Paulo Lopes, e armazenamento de amostras de
sêmen para reprodução.
O monitoramento da ictiofauna é feito em sete pontos de coleta
distribuídos pelo rio Pelotas e afluentes. As informações coletadas e
estudadas são as seguintes: Quantidade; Dimensão (comprimento e
biomassa); espécies de peixes; Biomassa da captura; Coleta de larvas e
ovos para análise do comportamento reprodutivo; Análise das vísceras para
verificar hábito alimentar e período de maturação sexual; e Análise de
alguns parâmetros de qualidade da água, como temperatura, nível de
acidez ou alcalinidade, concentração de oxigênio dissolvido e de amônia .
Durante a operação de salvamento de peixes, realizada em novembro
de 2002, foram salvos 1,5 tonelada, equivalente a 108 mil indivíduos. O
coeficiente de perda foi de 1% (10 quilos). As principais espécies
resgatadas foram cascudo, lambari, biru, canivete, jundiá, mandi e sardela.
OS PEIXES
Os peixes coletados são mantidos em estações de pisciculturaspara reprodução, garantindo a perpetuação das espécies
A operação de salvamento dos peixes resgatou cerca de108 mil indivíduos, de espécies como lambari,
jundiá, cascudo, mandi, traíra e sardela
Captura de peixes para análises
Salvamento de peixes – set. 2002
Monitoramento dos peixes
Análise biológica
Ações Integradas de Conservação do Solo e da Água
A conservação do solo e da água é fundamental para o meio
ambiente. Consciente dessa importância, a BAESA vem realizando ações
significativas para alcançar a meta desejada. Uma delas é a plantação de
mudas nativas e exóticas nas propriedades limítrofes ao futuro lago, já que
as árvores evitam a erosão e facilitam a infiltração da água no solo.
Até o mês de janeiro de 2005, as 94 famílias que residem nesses
imóveis receberam 11 mil mudas de espécies nativas (destinadas a
melhorar a qualidade do solo), e 35 mil mudas de árvores exóticas,
(voltadas para o aproveitamento da madeira e obtenção de lenha). Com a
exploração das árvores exóticas, as famílias evitam o corte das plantas
nativas, preservando o meio ambiente natural da região.
A boa conservação do solo passa também pela construção de obras
de infra-estrutura. Serão implantados banheiros para as famílias e
instalação de fossas sépticas e caixas de gordura. A empresa também vai
construir esterqueiras para os criadores de suínos, além de implantar ou
reformar as pequenas fontes de água. Será feita a proteção dessas fontes
para o consumo humano evitando-se, assim, que a água seja contaminada
pelos animais.
A EMATER (Associação Riograndense de Empreendimentos de
Assistência Técnica e Extensão Rural) e a EPAGRI (Empresa Agropecuária e
Extensão Rural de Santa Catarina S/A) também vão promover cursos de
orientação, elaboração e distribuição de material informativo para as
famílias lindeiras.
O SOLO
11 mil mudas de espécies nativas e 35 mil mudas de árvores exóticas foram plantadas nas propriedades
limítrofes ao futuro lago
A BAESA vai melhorar a infra-estrutura das propriedades com a construção de banheiros, fossas sépticas, caixas de gordura,
esterqueiras e proteção das fontes de água
A EMATER e a EPAGRI vão promover cursos de orientação para as famílias lindeiras
Distribuição de mudas para lindeiros
Fonte de água sem proteção
Instalação sanitária precária
Pocilga sem condições de coletar dejetos
Monitoramento Sismológico
Embora jamais tenha registrado abalos sísmicos ou terremotos, a
área de abrangência Usina Hidrelétrica Barra Grande está sendo monitorada
durante a construção da obra. Para tanto, uma rede de estações
sismológicas está captando dados para verificar possíveis alterações que
venham a ocorrer na sismicidade local, principalmente decorrentes da
formação do lago.
A rede sismológica de Barra Grande está integrada com as redes já
implantadas nos reservatórios de Itá e Machadinho, localizadas
imediatamente a jusante, e com a Usina Hidrelétrica Campos Novos
localizada na região. Os resultados obtidos neste projeto serão
confrontados com a atividade sísmica brasileira e mundial. Portanto, a
metodologia aplicada em Barra Grande é a mesma já realizada com êxito
nos projetos de Itá e Machadinho pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas
de São Paulo S/A – IPT.
No estudo para a escolha dos locais das estações sismológicas,
concluiu-se que o monitoramento poderia ser efetuado, em conjunto, pelas
Usinas de Barra Grande e Campos Novos, já que na fase de pré-enchimento
a instalação de uma única estação sismológica está sendo suficiente para
atender aos dois empreendimentos. Essa estação, chamada de “vigilante”,
está instalada em Barracão/RS.
Já na fase de enchimento do reservatório serão instaladas mais duas
estações para cada empreendimento, totalizando cinco pontos de análise
sismológica.
OS SISMOS
Integração da rede sismológica de Barra Grande comas redes já implantadas nos reservatórios
de Itá, Machadinho e Campos Novos
5 estações sismológicas farão o monitoramento da sismicidade da região durante o
enchimento do reservatório
Estudo do local para a instaalação da estação sismlógica
Teste de condutividade sísmica
Instalação de equipamentos na estação sismológica
Equipamentos para monitorar a sismicidade na região
Monitoramento da Explotação de Recursos Minerais
O Projeto “Monitoramento da Explotação de Recursos Naturais” foi
concluído em agosto de 2002. Após solicitação da BAESA, o Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM) informou que não há atividade de
exploração mineral legalizada na área de abrangência da Usina Hidrelétrica
Barra Grande.
A BAESA contratou empresa especializada para verificar em campo se
havia exploração não legalizada. Após os estudos, ficou constatado que não
há qualquer tipo de atividade exploratória de riquezas minerais na área do
empreendimento.
Monitoramento dos Aqüíferos
O Projeto “Monitoramento dos Aqüíferos” visa a detectar se a
formação do lago vai influenciar na qualidade das águas subterrâneas.
Simultaneamente, o trabalho possibilita a elaboração de um inventário dos
poços existentes na região, com análises periódicas e testes de laboratório
antes da formação do lago. De posse dos resultados obtidos no diagnóstico
das condições dos aqüíferos, é possível adotar medidas mitigadoras ou
compensadoras, se necessárias.
Na fase de cadastramento, foram registrados 93 poços no entorno do
futuro lago, sendo que 14 foram selecionados para o monitoramento,
iniciado em junho de 2004.
OS RECURSOS MINERIAS
Não há atividade de exploração mineral, legal ou ilegal, na área de abrangência da Usina
Hidrelétrica Barra Grande
Estudos analisam se a formação do lago vai influenciarna qualidade das águas subterrâneas
Registrados 93 poços no entorno do futuro lago. 14 estão sendo monitorados desde junho de 2004
Cadastramento dos poços
Poço adaptado para monitoramento
Medição da vazão em poço da rede de monitoramento
Coleta de amostras em poço da rede de monitoramento
Monitoramento da Estabilidade dos Taludes Marginais
O lago da Usina Hidrelétrica Barra Grande será contido por extensos
paredões de montanhas, com alturas que variam entre 100 e 300 metros,
inclinados em ângulos que alcançam 75 graus, ou seja, quase em posição
vertical.
Nos paredões nascem inúmeras corredeiras, pequenas cachoeiras e
lajeados, formando paisagens de rara beleza. A mistura entre altas
montanhas e água, entretanto, pode resultar em locais propícios para a
erosão das margens, prejudicando a preservação ambiental e a adequação
do leito do rio.
É de responsabilidade do Projeto “Monitoramento da Estabilidade de
Taludes Marginais” monitorar a nova relação entre a água e a montanha,
estabelecida pela construção da barragem principal. Esse trabalho
compreende desde a identificação das encostas em situação crítica até as
ações preventivas e, se necessário, medidas corretivas dos problemas
detectados na área de abrangência do reservatório.
Serão monitoradas duas áreas que abrangem cinco taludes
potencialmente instáveis. Nesses taludes, o controle será feito mediante o
uso de marcos de controle topográfico, instalação de piezômetros e
inspeção visual. Em outros dez taludes, localizados em 11 áreas distintas,
serão realizadas inspeções visuais.
AS MARGENS
O monitoramento das encostas do rio Pelotas inclui várias atividades, como controle topográfico e instalação de equipamentos nos locaisque poderiam ficar comprometidos com a formação do lago
Serão monitoradas 2 áreas que abrangem 5 taludespotencialmente instáveis. Outros 10 taludes serão
monitorados com inspeções visuais
Medição para instalação de marcos topográficos
Medição para instalação de marcos topográficos
Marco topográfico instalado
Talude com risco de instabilidade
Manejo e Salvamento da Flora e Fauna
A preservação de espécies animais e vegetais é a própria essência da
conservação do meio ambiente. Assegurar a manutenção de ecossistemas e
habitats significa garantir a sobrevivência de animais e plantas. Para tanto,
foram definidas as ações do Projeto “Manejo e Salvamento da Flora e
Fauna”.
A preservação da fauna, por exemplo, está sendo assegurada através
dos trabalhos de manejo, monitoramento e salvamento. Os animais
resgatados são levados para instalações apropriadas, a fim de garantir a
máxima proteção. Em Campo Belo do Sul, foram montados viveiros para
alojar animais. Lá, as espécies são acompanhadas por especialistas que
realizam exames e registros em banco de dados antes de serem conduzidos
novamente aos seus habitats.
Assim que o lago estiver formado, os animais serão conduzidos a
locais preservados, assegurando a sobrevivência dos bichos e a
manutenção dos ecossistemas.
A preservação da flora é feita com a coleta de mudas, sementes e
estacas, que serão utilizadas para reflorestar as áreas necessárias. Ao todo,
a BAESA vai plantar cerca de 1 milhão de mudas no entorno do
reservatório, sendo 100 mil mudas de araucárias, entre outras espécies
também nativas, como cedro, pitangueira, bracatinga, cerejeira, canjerana,
angico-vermenlho, ipê-da-serra, aroeira-vermelha, uvaieira, gabirobeira,
açoita-cavalo e outras.
A FAUNA E A FLORA
Os animais resgatados no monitoramento são analisadosno local e soltos imediatamente
Os animais resgatados com algum problema detectado ou por seremfilhotes órfãos são alojados em viveiros construídos em Campo
Belo do Sul. Posteriormente relocados nas áreas destinos
Serão plantadas espécies nativas cedro, pitangueira, bracatinga, cerejeira, canjerana, angico-vermenlho,
ipê-da-serra, aroeira-vermelha e outras
Graxaim do campo capturado para monitoramento
Gaiolas e pequenas jaulas para alojamento dos animais
Cultivo de mudas nativas
Mudas de araucárias
Reflorestamento
Boa parte das sementes, mudas e estacas retiradas das áreas que
vão ser alagadas já tem destino certo. Uma área de mata formada por
espécies nativas será plantada nas margens do futuro lago. É a Área de
Preservação Permanente, cujo objetivo é proteger a água do lago e servir
para a preservação da diversidade das espécies nativas de fauna e flora.
Para recriar o ambiente florestal serão plantadas espécies diversas.
Conforme resolução n. 302 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), de 20 de março de 2002, a área de preservação permanente
terá uma largura variável de no mínimo 30 metros, com a incorporação de
áreas remanescentes, adquiridas pela BAESA, e de outras áreas florestais já
existentes e que serão preservadas.
O Projeto “Reflorestamento” vai garantir o plantio de cerca de 1
milhão de mudas de espécies nativas da região. Além de preservar o meio
ambiente, as árvores vão melhorar a qualidade do solo, conservação da
água, reintrodução dos animais e manutenção dos ecossistemas.
Aplicação de recursos em Unidades de Conservação
A construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande também vai
possibilitar a preservação da fauna e da flora em parques ou reservas
ecológicas. Em cumprimento ao que determina o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), recursos
serão investidos em melhorias no Parque Nacional de São Joaquim, definido
pelo IBAMA como a Unidade de Conservação a ser beneficiada.
O REFLORESTAMENTO
A Área de Preservação Permanente terá uma larguravariável de no mínimo 30 metros
Serão plantadas cerca de 1 milhão de mudas deespécies nativas da região
O IBAMA definiu o Parque Nacional de São Joaquim como a Unidade de Conservação a ser beneficiada
com recursos da BAESA
Cultivo de mudas nativas
Cultivo de mudas nativas
Muda de araucária
Parque Nacuonal de São Joaquim
Limpeza da Bacia de Acumulação
A limpeza da área a ser alagada pelo futuro lago contribui muito para
melhorar a qualidade da água. As atividades do Projeto “Limpeza da Bacia
de Acumulação” estão divididas em três subprojetos. O primeiro,
denominado de Supressão da Vegetação da Bacia de Acumulação, permite
alcançar dois objetivos precípuos: a melhoria da qualidade da água e o
deslocamento induzido da fauna antes do enchimento do reservatório –
reduzindo a mortalidade dos animais.
O segundo subprojeto, Demolição, Desinfecção e Desinfestação,
estabelece a realização de um trabalho minucioso de identificação das
fontes poluidoras e de contaminação existentes, como fossas espalhadas a
céu aberto, os efluentes oriundos da criação de animais e os depósitos de
lixo. Todos esses focos de poluição das águas do rio Pelotas e de seus
afluentes estão recebendo tratamento adequado, em obediência aos
padrões recomendados nas normas técnicas para cada tipo de instalação,
além da retirada e destinação dos resíduos.
O terceiro subprojeto é o Recolhimento do Material Flutuante. Sua
execução dar-se-á imediatamente após o início do enchimento e tem por
objetivo recolher os resíduos que venham a flutuar em decorrência da
formação do lago.
A SUPRESSÃO
A Supressão da Vegetação contempla dois objetivos precípuos:garantir a qualidade da água e o deslocamento
induzido dos animais antes da formação do lago
A Demolição, Desinfecção e Desinfestação evita o contatode dejetos humanos e de animais com as águas do lago
O Recolhimento do Material Flutuante evita a permanênciade resíduos sólidos na superfície do lago
Construção/demolição a ser demolida
Calcário utilizado para desinfecção
Trabalho de supressão
Área com vegetação suprimida
Gerenciamento e Recomposição Ambiental das áreas
da Obra
O Projeto de Gerenciamento e Recomposição Ambiental das Áreas da
Obra impõe uma preocupação permanente com o local onde está instalado
o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Barra Grande. Foram ocupados
aproximadamente 320 hectares para a realização de atividades necessárias
à construção da obra. Concluídos os serviços, a área ocupada vai recuperar
sua vegetação nativa.
As ações deste Projeto já iniciam na própria instalação do canteiro de
obras, uma vez que a aplicação de medidas preventivas é fundamental para
reduzir os impactos ambientais. Exemplo disso é a remoção da camada de
solo orgânico para posterior utilização. A realização de práticas preventivas
sugere atuação semelhante dos empregados, razão pela qual o
cumprimento das atividades é feito de modo a evitar qualquer dano ao
meio ambiente.
A preocupação em construir e operar de maneira segura e
responsável é outra situação que incentiva a valorização da natureza e a
educação ambiental. Foram plantadas 10 mil mudas de espécies florestais
nativas nas áreas que já estão sendo recuperadas.
A REVEGETAÇÃO
A recomposição ambiental das áreas da obra começa durantea construção do empreendimento, com a adoção
de medidas que reduzem o impacto ambiental
Foram plantadas 10 mil mudas de espécies florestais nativas nas áreas que já estão sendo recuperadas.
Preparo de área para recuperação
Espécie florestal nativa plantada
Espécies herbáceas plantadas
Vista geral da área em recuperação
Gestão do Reservatório
A formação do reservatório vai proporcionar uma nova paisagem na
região. Um grande lago passará a fazer parte do cotidiano, de modo que o
seu adequado aproveitamento vai gerar inúmeras oportunidades de lazer e
turismo. Para definir as atividades que serão empreendidas no lago,
comunidades e autoridades participam do Projeto “Gestão do Reservatório”,
programa fundamental para o futuro. Para tanto, está sendo elaborado um
plano de ação que contemple as possibilidades de uso do lago, sem ferir a
legislação e o meio ambiente.
O lago a ser formado pela Usina Hidrelétrica Barra Grande reúne
números significativos. Ele terá 94 quilômetros quadrados de superfície,
100 metros de profundidade média, 118 quilômetros de comprimento e 616
quilômetros de perímetro. A partir da barragem principal, o espelho d’água
terá uma largura máxima de mil metros.
O uso do reservatório poderá se concentrar na navegação de lazer,
ou seja, passeios, pesca, prática de esportes aquáticos, trilhas ecológicas e
roteiros turísticos.
O principal objetivo deste projeto é conciliar o uso antrópico do lago
e de suas margens com a legislação vigente, contribuindo para a
conservação e melhoria do ecossistema local e da bacia hidrográfica.
O RESERVATÓRIO
O Plano de Uso do Reservatório está em elaboração e vai definiro melhor aproveitamento do lago, respeitados os interesses
sociais, econômicos e ambientais
O lago terá 94 quilômetros quadrados de superfície, 100 metros deprofundidade média, 118 quilômetros de comprimento
e 616 quilômetros de perímetro
Vista parcial do rio Pelotas
Vista parcial do rio Pelotas
Vista parcial do rio Pelotas
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