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APRESENTAÇÃO A construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande e a implantação dos programas ambientais comprovam que é possível conjugar desenvolvimento socioeconômico com preservação ambiental. Indispe nsáveis para o futuro, as duas metas podem ser alcançadas de forma harmoniosa, desde que cada projeto ou ação seja norteada por valores que priorizam a natureza e o ser humano. Com base nessas premissas, a BAESA (Energética Barra Grande S/A) vem concretizando seus programas e atividades de modo a promover a melhoria na qualidade de vida da população local e a valorização do meio ambiente, requisitos fundamentais para conferir importância e orgulho aos que trabalham no empreendimento. O interesse da BAESA em preservar as riquezas naturais da região pode ser mensurado pelas ações ambientais desenvolvidas. Dos 26 programas contidos no Projeto Básico Ambiental (PBA), por exemplo, nada menos do que 18 são voltados ao meio ambiente. São projetos que tratam desde a qualidade da água da bacia do rio Pelotas até a observação das condições climatológicas, incluindo ainda o resgate de flora e fauna, reflorestamento, manejo da ictiofauna (peixes), aplicação de recursos em reservas ecológicas, monitoramento das encostas do rio, educação ambiental e outros. A execução das atividades ambientais está fundada não apenas na ética e no conhecimento dos profissionais da área contratados para tanto. Todas as ações são permanentemente acompanhadas e fiscalizadas por órgãos ambientais, fato que confere credibilidade ao trabalho desenvolvido. Melhor que isso, é o reconhecimento da população, cada vez mais consciente e informada de que as atividades ambientais estão melhorando o espaço ocupado pelas famílias. Orientadas, as pessoas estão aprendendo a fazer o uso racional dos recursos naturais, assegurando a preservação do meio ambiente e a convivência harmoniosa com a natureza. A APRESENTAÇÃO Monitoramento da Qualidade da Água Reflorestament o Manejo e Salvamento da Ictiofauna Manejo e Salvamento da Flora e Fauna Educação Ambiental

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APRESENTAÇÃO

A construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande e a implantação dos

programas ambientais comprovam que é possível conjugar

desenvolvimento socioeconômico com preservação ambiental.

Indispensáveis para o futuro, as duas metas podem ser alcançadas de

forma harmoniosa, desde que cada projeto ou ação seja norteada por

valores que priorizam a natureza e o ser humano.

Com base nessas premissas, a BAESA (Energética Barra Grande S/A)

vem concretizando seus programas e atividades de modo a promover a

melhoria na qualidade de vida da população local e a valorização do meio

ambiente, requisitos fundamentais para conferir importância e orgulho aos

que trabalham no empreendimento.

O interesse da BAESA em preservar as riquezas naturais da região

pode ser mensurado pelas ações ambientais desenvolvidas. Dos 26

programas contidos no Projeto Básico Ambiental (PBA), por exemplo, nada

menos do que 18 são voltados ao meio ambiente. São projetos que tratam

desde a qualidade da água da bacia do rio Pelotas até a observação das

condições climatológicas, incluindo ainda o resgate de flora e fauna,

reflorestamento, manejo da ictiofauna (peixes), aplicação de recursos em

reservas ecológicas, monitoramento das encostas do rio, educação

ambiental e outros.

A execução das atividades ambientais está fundada não apenas na

ética e no conhecimento dos profissionais da área contratados para tanto.

Todas as ações são permanentemente acompanhadas e fiscalizadas por

órgãos ambientais, fato que confere credibilidade ao trabalho desenvolvido.

Melhor que isso, é o reconhecimento da população, cada vez mais

consciente e informada de que as atividades ambientais estão melhorando

o espaço ocupado pelas famílias. Orientadas, as pessoas estão aprendendo

a fazer o uso racional dos recursos naturais, assegurando a preservação do

meio ambiente e a convivência harmoniosa com a natureza.

A APRESENTAÇÃO

Monitoramento da Qualidade da Água

Reflorestamento

Manejo e Salvamento da Ictiofauna

Manejo e Salvamento da Flora e Fauna

Educação Ambiental

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OS PROJETOS AMBIENTAIS

A preservação do meio ambiente é mais que uma obrigação para a

BAESA. É um princípio. Em conseqüência, todas as atividades realizadas

pela empresa contemplam o respeito à natureza. Nada é feito ou

desenvolvido sem que a questão ambiental esteja presente, não apenas

pela fiscalização de órgãos públicos e da população, mas sobretudo pela

consciência de cada um dos colaboradores deste empreendimento. Todos

são entusiastas e também fiscalizadores das atividades ambientais.

Entendem, percebem e cobram que a obra deve ser construída em

harmonia com o meio ambiente.

Alcançar, portanto, o desenvolvimento sustentável é a principal meta

da BAESA. Por conta desse interesse, a empresa focou o meio ambiente em

18 dos 26 programas contidos no Projeto Básico Ambiental (PBA),

comprovando a preocupação da empresa com a natureza. São eles:

Educação Ambiental

Monitoramento Integrado da Qualidade da Água

Observação das Condições Hidrológicas

Monitoramento das Condições Limnológicas e da Qualidade da Água

Monitoramento das Macrófitas Aquáticas

Monitoramento das Condições Hidrossedimentológicas

Observação das Condições Climatológicas

Monitoramento e Manejo da Ictiofauna

Ações Integradas de Conservação do Solo e da Água

Monitoramento Sismológico

Monitoramento da Explotação de Recursos Minerais

Monitoramento dos Aqüíferos

Monitoramento da Estabilidade de Taludes Marginais

Manejo e Salvamento da Flora e Fauna

Reflorestamento

Aplicação de Recursos em Unidades de Conservação

Limpeza da Bacia de Acumulação

Gerenciamento e Recomposição Ambiental das Áreas da Obra

Gestão do Reservatório

OS PROJETOS

Monitoramento da Estabilidade de Taludes Marginais

Gestão do Reservatório

Aplicação de Recursos em Unidades de Conservação

Monitoramento Sismológico

Observação das Condições Climatológicas

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Educação Ambiental

O projeto “Educação Ambiental”, como o nome sugere, visa à

conscientização das comunidades para a importância do meio ambiente.

Para concretizar o projeto, a BAESA firmou contrato com o Laboratório de

Educação Ambiental da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e

das Missões (Campus de Erechim/RS). O curso de EA foi segmentado em

duas atividades distintas:

• EA Formal: voltada aos professores das redes pública e privada de

ensino, estimulando a análise e o debate sobre o tema, com vistas a

capacitar o corpo docente.

• EA Não-Formal: destinada às comunidades dos municípios da área de

abrangência, com enfoque mais generalista, adequado à realidade das

comunidades, e com sua forma de abordagem mais simples e acessível.

O curso de EA Formal, já concluído, contou com a participação 225

professores, divididos em cinco turmas: uma com docentes de Vacaria (RS),

outra de Bom Jesus, uma terceira de Esmeralda e Pinhal da Serra (RS),

outra com professores de Lages (SC), e a última com docentes de Capão

Alto, Campo Belo do Sul e Cerro Negro (SC).

O curso foi dividido em três fases e durou 18 meses. A primeira fase

contou com a apresentação de seis módulos: 1º) fundamentos teóricos

sobre EA; 2º) problemas ambientais e estraté gias éticas para solução; 3º)

educação para a conservação da natureza; 4º) o patrimônio arqueológico,

histórico, paisagístico e cultural da região; 5º) a construção da Usina

Hidrelétrica Barra Grande na região: suas interferências e ações técnico-

científicas do PBA; e 6º) metodologias para o trabalho com a EA nas

escolas.

A EDUCAÇÃO

O curso de EA foi dividido em duas atividadesdistintas: EA Formal e EA Não Formal

O curso de EA Formal durou 18 meses e abordou temas em 6 módulos de aprendizagem

225 professores de oito municípios locais participaram,divididos em 5 turmas

Turma de Pinhal da Serra e Esmeralda

Lições sobre a UHE Barra Grande

Encontros periódicos

Visita ao canteiro de obras

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A segunda fase consistiu na elaboração de projetos de EA nas

escolas. Ao todo, 18 projetos foram desenvolvidos em 63 escolas,

abordando os mais variados temas como a coleta seletiva do lixo, cultivo de

plantas medicinais, higiene e saúde, tratamento de resíduos sólidos,

resgate histórico do município, ações de limpeza e conservação da escola,

medidas para reduzir a contaminação dos rios e outros.

Na terceira fase, os professores apresentaram seus projetos no 3º

Simpósio Gaúcho de Educação Ambiental, realizado de 4 a 7 de outubro no

campus da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

(URI), no município de Erechim.

O curso de EA Não-Formal já está em andamento. Os coordenadores

do curso realizaram reuniões com representantes de entidades sociais e

lideranças comunitárias dos municípios da área de abrangência. O objetivo

é definir as temáticas ambientais a serem abordadas no curso e as ações

que poderão ser implementadas com a participação de órgãos públicos,

como secretarias municipais, sindicatos e associações.

Definido o interesse dos participantes, serão elaborados o conteúdo

programático a ser ministrado no curso e os projetos a serem

implementados em cada município, como coleta seletiva de lixo,

implantação da Agenda 21 Escolar e preservação e limpeza dos mananciais.

A EDUCAÇÃO

18 projetos de EA foram desenvolvidos pelos professores em suas respectivas escolas

Os projetos desenvolvidos nas escolas foram apresentados no Seminário Gaúcho de Educação Ambiental, promovido

no campus da URI – Erechim/RS

Os coordenadores do curso de EA Não Formal realizaram reuniões nos 9 municípios da área de abrangência da UHE Barra Grande

Projetos de Educação Ambiental

Seminário de Educação Ambiental

EA Não Formal – Anita Garibaldi

EA Não Formal – Campo Belo do Sul

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Monitoramento Integrado da Qualidade da Água

O projeto “Monitoramento Integrado da Qualidade da Água” é

composto por quatro projetos. São eles:

a) Observação das Condições Hidrológicas

Este projeto tem por objetivo fazer o acompanhamento periódico das

vazões afluentes e efluentes do futuro reservatório. Para tanto, foram

instaladas seis estações de monitoramento nos principais afluentes e no

corpo do rio Pelotas. Cada uma dessas estações é composta por linígrafos

digitais responsáveis pela medição das vazões.

b) Monitoramento das Condições Limnológicas e da Qualidade da Água

Este projeto consiste na realização de coletas de água para análise

em nove pontos de monitoramento. São analisados dados físicos, químicos

e bióticos (Fito e Zooplâncton). Com base nas amostras coletadas, é

possível identificar fatores que interferem na qualidade da água, como a

presença de coliformes fecais, clorofila, oxigênio, amônia, fósforo

sedimentos, temperatura e a turbidez da água e outros.

O estudo desses parâmetros ajuda a determinar existência de

possíveis fontes poluidoras, capacidade do reservatório para depuração de

poluentes e a qualidade da água do futuro reservatório.

A qualidade do rio Pelotas situa-se entre os níveis “Boa e Ótima”.

Conforme a resolução do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente)

AS ÁGUAS

Instaladas 6 estações de monitoramento e de medição das vazões nos principais afluentes e no rio Pelotas

As amostras são coletadas em 9 pontos de monitoramento, instalados nos principais afluentes e no rio Pelotas

Amostras atestam que a qualidade da água do rio Pelotase afluentes está situada entre os níveis “Boa e Ótima”,

conforme resolução do CONAMA

Amostras coletadas

Amostras coletadaas

Amostras coletadas

Equipamentos de medição

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nº 20, de 1986, as águas do rio Pelotas estão categorizadas como Classe 2,

pondendo ser usada para o abastecimento doméstico após tratamento

convencional, irrigação de lavouras e criação de peixes.

c) Monitoramento das Macrófitas Aquáticas

Cumpre a este projeto fazer o levantamento e o mapeamento dos

potenciais focos de macrófitas aquáticas na área de influência direta do

futuro reservatório, bem como a identificação de espécies, quantificação do

problema (potencial que essas espécies tem para infectar o lago) e

proposição de medidas de controle mediante a elaboração do Plano de

Manejo e Controle das Macrófitas Aquáticas no AHE Barra Grande.

d) Monitoramento das Condições Hidrossedimentológicas

A formação do lago da Usina Hidrelétrica Barra Grande será um novo

componente regulador das vazões naturais do rio Pelotas, conhecido por

suas cheias repentinas e secas acentuadas. A construção da obra vai

permitir o controle do fluxo de água, evitando variações bruscas, reduzindo

a incidência de enchentes e beneficiando as comunidades lindeiras.

O fluxo contínuo da água poderá provocar o escoamento de material

das margens e sedimentação do fundo do lago, prejudicando a operação da

Usina face à redução do volume de água ou à obstrução da tomada d’água.

Para evitar tais problemas, o projeto “Monitoramento das Condições

Hidrossedimentológicas” faz uma análise histórica das mudanças no regime

de vazões da água do rio e do transporte e deposição de materiais.

AS ÁGUAS

Plano de Manejo e Controle vai apresentar medidas de controledas macrófitas aquáticas, evitando problemas

decorrentes da presença dessas espécies

O funcionamento da Usina Hidrelétrica Barra Grandevai permitir o controle do fluxo de água

do rio Pelotas e afluentes

Amostras coletadas

Amostras coletadas

Amostras coletadas

Equipamentos de medição

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Observação das Condições Climatológicas

O projeto “Observação das Condições Climatológicas” tem por fim

captar informações sobre o clima e suas possíveis alterações advindas da

formação do lago da Usina Hidrelétrica Barra Grande.

Para obter tais informações, duas estações climatológicas

automáticas e telemetrizadas foram instaladas na região (Campo Belo do

Sul e Pinhal da Serra). Os equipamentos captam dados sobre a pressão

atmosférica, temperatura do ar e do solo, direção e velocidade do vento,

umidade relativa do ar, temperatura do solo, radiação solar, evaporação e

precipitação.

O monitoramento está sendo feito por meteorologistas do CLIMERH

(Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina),

órgão vinculado à EPAGRI (Empresa Agropecuária e Extensão Rural de

Santa Catarina S/A). Os equipamentos instalados nas Plataformas de Coleta

de Dados Meteorológicos (PCDs) remetem as informações on-line, de hora

em hora, para a sede da EPAGRI em Florianópolis. Em seguida, os dados

são lançados na home page da empresa para que a BAESA acompanhe o

monitoramento meteorológico.

Assim que for concluída a construção da obra, as estações

climatológicas serão incorporadas à rede já existente.

O CLIMA

Instaladas 2 estações climatológicas para monitoraras condições do clima na região

Cada estação pode captar dados sobre a pressão atmosférica, temperatura do are do solo, direção e velocidade do vento, umidade relativa do ar,

temperatura do solo, radiação solar, evaporação e precipitação

Os dados captados pelos equipamentos são repassados, de hora em hora, para a EPAGRI e lançados na home page da

empresa para que a BAESA acompanhe o trabalho

Estação climatológica instalada em Pinhal da Serra/RS

Estação climatológica instalada em Campo Belo do Sul/SC

Transmissor de dados meteorológicos

Abrigo meteorológico

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Monitoramento e Manejo da Ictiofauna

A Usina Hidrelétrica Barra Grande está sendo construída na região do

alto rio Uruguai, em um trecho caracterizado pela presença de áreas de

remanso separadas por corredeiras. Esses acidentes geográficos facilitam a

descontinuidade das populações de peixes. E como as espécies apresentam

deslocamentos migratórios longitudinais e laterais, são necessárias

amostragens temporais para a compreensão dos processos biológicos.

O Projeto “Monitoramento e Manejo de Ictiofauna” prevê a realização

de coletas periódicas de espécies na bacia do rio Pelotas, salvamento de

peixes nos momentos de desvio do rio e enchimento do reservatório,

manutenção de estoques de peixes na Estação de Piscicultura Panamá,

localizada no município de Paulo Lopes, e armazenamento de amostras de

sêmen para reprodução.

O monitoramento da ictiofauna é feito em sete pontos de coleta

distribuídos pelo rio Pelotas e afluentes. As informações coletadas e

estudadas são as seguintes: Quantidade; Dimensão (comprimento e

biomassa); espécies de peixes; Biomassa da captura; Coleta de larvas e

ovos para análise do comportamento reprodutivo; Análise das vísceras para

verificar hábito alimentar e período de maturação sexual; e Análise de

alguns parâmetros de qualidade da água, como temperatura, nível de

acidez ou alcalinidade, concentração de oxigênio dissolvido e de amônia .

Durante a operação de salvamento de peixes, realizada em novembro

de 2002, foram salvos 1,5 tonelada, equivalente a 108 mil indivíduos. O

coeficiente de perda foi de 1% (10 quilos). As principais espécies

resgatadas foram cascudo, lambari, biru, canivete, jundiá, mandi e sardela.

OS PEIXES

Os peixes coletados são mantidos em estações de pisciculturaspara reprodução, garantindo a perpetuação das espécies

A operação de salvamento dos peixes resgatou cerca de108 mil indivíduos, de espécies como lambari,

jundiá, cascudo, mandi, traíra e sardela

Captura de peixes para análises

Salvamento de peixes – set. 2002

Monitoramento dos peixes

Análise biológica

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Ações Integradas de Conservação do Solo e da Água

A conservação do solo e da água é fundamental para o meio

ambiente. Consciente dessa importância, a BAESA vem realizando ações

significativas para alcançar a meta desejada. Uma delas é a plantação de

mudas nativas e exóticas nas propriedades limítrofes ao futuro lago, já que

as árvores evitam a erosão e facilitam a infiltração da água no solo.

Até o mês de janeiro de 2005, as 94 famílias que residem nesses

imóveis receberam 11 mil mudas de espécies nativas (destinadas a

melhorar a qualidade do solo), e 35 mil mudas de árvores exóticas,

(voltadas para o aproveitamento da madeira e obtenção de lenha). Com a

exploração das árvores exóticas, as famílias evitam o corte das plantas

nativas, preservando o meio ambiente natural da região.

A boa conservação do solo passa também pela construção de obras

de infra-estrutura. Serão implantados banheiros para as famílias e

instalação de fossas sépticas e caixas de gordura. A empresa também vai

construir esterqueiras para os criadores de suínos, além de implantar ou

reformar as pequenas fontes de água. Será feita a proteção dessas fontes

para o consumo humano evitando-se, assim, que a água seja contaminada

pelos animais.

A EMATER (Associação Riograndense de Empreendimentos de

Assistência Técnica e Extensão Rural) e a EPAGRI (Empresa Agropecuária e

Extensão Rural de Santa Catarina S/A) também vão promover cursos de

orientação, elaboração e distribuição de material informativo para as

famílias lindeiras.

O SOLO

11 mil mudas de espécies nativas e 35 mil mudas de árvores exóticas foram plantadas nas propriedades

limítrofes ao futuro lago

A BAESA vai melhorar a infra-estrutura das propriedades com a construção de banheiros, fossas sépticas, caixas de gordura,

esterqueiras e proteção das fontes de água

A EMATER e a EPAGRI vão promover cursos de orientação para as famílias lindeiras

Distribuição de mudas para lindeiros

Fonte de água sem proteção

Instalação sanitária precária

Pocilga sem condições de coletar dejetos

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Monitoramento Sismológico

Embora jamais tenha registrado abalos sísmicos ou terremotos, a

área de abrangência Usina Hidrelétrica Barra Grande está sendo monitorada

durante a construção da obra. Para tanto, uma rede de estações

sismológicas está captando dados para verificar possíveis alterações que

venham a ocorrer na sismicidade local, principalmente decorrentes da

formação do lago.

A rede sismológica de Barra Grande está integrada com as redes já

implantadas nos reservatórios de Itá e Machadinho, localizadas

imediatamente a jusante, e com a Usina Hidrelétrica Campos Novos

localizada na região. Os resultados obtidos neste projeto serão

confrontados com a atividade sísmica brasileira e mundial. Portanto, a

metodologia aplicada em Barra Grande é a mesma já realizada com êxito

nos projetos de Itá e Machadinho pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas

de São Paulo S/A – IPT.

No estudo para a escolha dos locais das estações sismológicas,

concluiu-se que o monitoramento poderia ser efetuado, em conjunto, pelas

Usinas de Barra Grande e Campos Novos, já que na fase de pré-enchimento

a instalação de uma única estação sismológica está sendo suficiente para

atender aos dois empreendimentos. Essa estação, chamada de “vigilante”,

está instalada em Barracão/RS.

Já na fase de enchimento do reservatório serão instaladas mais duas

estações para cada empreendimento, totalizando cinco pontos de análise

sismológica.

OS SISMOS

Integração da rede sismológica de Barra Grande comas redes já implantadas nos reservatórios

de Itá, Machadinho e Campos Novos

5 estações sismológicas farão o monitoramento da sismicidade da região durante o

enchimento do reservatório

Estudo do local para a instaalação da estação sismlógica

Teste de condutividade sísmica

Instalação de equipamentos na estação sismológica

Equipamentos para monitorar a sismicidade na região

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Monitoramento da Explotação de Recursos Minerais

O Projeto “Monitoramento da Explotação de Recursos Naturais” foi

concluído em agosto de 2002. Após solicitação da BAESA, o Departamento

Nacional de Produção Mineral (DNPM) informou que não há atividade de

exploração mineral legalizada na área de abrangência da Usina Hidrelétrica

Barra Grande.

A BAESA contratou empresa especializada para verificar em campo se

havia exploração não legalizada. Após os estudos, ficou constatado que não

há qualquer tipo de atividade exploratória de riquezas minerais na área do

empreendimento.

Monitoramento dos Aqüíferos

O Projeto “Monitoramento dos Aqüíferos” visa a detectar se a

formação do lago vai influenciar na qualidade das águas subterrâneas.

Simultaneamente, o trabalho possibilita a elaboração de um inventário dos

poços existentes na região, com análises periódicas e testes de laboratório

antes da formação do lago. De posse dos resultados obtidos no diagnóstico

das condições dos aqüíferos, é possível adotar medidas mitigadoras ou

compensadoras, se necessárias.

Na fase de cadastramento, foram registrados 93 poços no entorno do

futuro lago, sendo que 14 foram selecionados para o monitoramento,

iniciado em junho de 2004.

OS RECURSOS MINERIAS

Não há atividade de exploração mineral, legal ou ilegal, na área de abrangência da Usina

Hidrelétrica Barra Grande

Estudos analisam se a formação do lago vai influenciarna qualidade das águas subterrâneas

Registrados 93 poços no entorno do futuro lago. 14 estão sendo monitorados desde junho de 2004

Cadastramento dos poços

Poço adaptado para monitoramento

Medição da vazão em poço da rede de monitoramento

Coleta de amostras em poço da rede de monitoramento

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Monitoramento da Estabilidade dos Taludes Marginais

O lago da Usina Hidrelétrica Barra Grande será contido por extensos

paredões de montanhas, com alturas que variam entre 100 e 300 metros,

inclinados em ângulos que alcançam 75 graus, ou seja, quase em posição

vertical.

Nos paredões nascem inúmeras corredeiras, pequenas cachoeiras e

lajeados, formando paisagens de rara beleza. A mistura entre altas

montanhas e água, entretanto, pode resultar em locais propícios para a

erosão das margens, prejudicando a preservação ambiental e a adequação

do leito do rio.

É de responsabilidade do Projeto “Monitoramento da Estabilidade de

Taludes Marginais” monitorar a nova relação entre a água e a montanha,

estabelecida pela construção da barragem principal. Esse trabalho

compreende desde a identificação das encostas em situação crítica até as

ações preventivas e, se necessário, medidas corretivas dos problemas

detectados na área de abrangência do reservatório.

Serão monitoradas duas áreas que abrangem cinco taludes

potencialmente instáveis. Nesses taludes, o controle será feito mediante o

uso de marcos de controle topográfico, instalação de piezômetros e

inspeção visual. Em outros dez taludes, localizados em 11 áreas distintas,

serão realizadas inspeções visuais.

AS MARGENS

O monitoramento das encostas do rio Pelotas inclui várias atividades, como controle topográfico e instalação de equipamentos nos locaisque poderiam ficar comprometidos com a formação do lago

Serão monitoradas 2 áreas que abrangem 5 taludespotencialmente instáveis. Outros 10 taludes serão

monitorados com inspeções visuais

Medição para instalação de marcos topográficos

Medição para instalação de marcos topográficos

Marco topográfico instalado

Talude com risco de instabilidade

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Manejo e Salvamento da Flora e Fauna

A preservação de espécies animais e vegetais é a própria essência da

conservação do meio ambiente. Assegurar a manutenção de ecossistemas e

habitats significa garantir a sobrevivência de animais e plantas. Para tanto,

foram definidas as ações do Projeto “Manejo e Salvamento da Flora e

Fauna”.

A preservação da fauna, por exemplo, está sendo assegurada através

dos trabalhos de manejo, monitoramento e salvamento. Os animais

resgatados são levados para instalações apropriadas, a fim de garantir a

máxima proteção. Em Campo Belo do Sul, foram montados viveiros para

alojar animais. Lá, as espécies são acompanhadas por especialistas que

realizam exames e registros em banco de dados antes de serem conduzidos

novamente aos seus habitats.

Assim que o lago estiver formado, os animais serão conduzidos a

locais preservados, assegurando a sobrevivência dos bichos e a

manutenção dos ecossistemas.

A preservação da flora é feita com a coleta de mudas, sementes e

estacas, que serão utilizadas para reflorestar as áreas necessárias. Ao todo,

a BAESA vai plantar cerca de 1 milhão de mudas no entorno do

reservatório, sendo 100 mil mudas de araucárias, entre outras espécies

também nativas, como cedro, pitangueira, bracatinga, cerejeira, canjerana,

angico-vermenlho, ipê-da-serra, aroeira-vermelha, uvaieira, gabirobeira,

açoita-cavalo e outras.

A FAUNA E A FLORA

Os animais resgatados no monitoramento são analisadosno local e soltos imediatamente

Os animais resgatados com algum problema detectado ou por seremfilhotes órfãos são alojados em viveiros construídos em Campo

Belo do Sul. Posteriormente relocados nas áreas destinos

Serão plantadas espécies nativas cedro, pitangueira, bracatinga, cerejeira, canjerana, angico-vermenlho,

ipê-da-serra, aroeira-vermelha e outras

Graxaim do campo capturado para monitoramento

Gaiolas e pequenas jaulas para alojamento dos animais

Cultivo de mudas nativas

Mudas de araucárias

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Reflorestamento

Boa parte das sementes, mudas e estacas retiradas das áreas que

vão ser alagadas já tem destino certo. Uma área de mata formada por

espécies nativas será plantada nas margens do futuro lago. É a Área de

Preservação Permanente, cujo objetivo é proteger a água do lago e servir

para a preservação da diversidade das espécies nativas de fauna e flora.

Para recriar o ambiente florestal serão plantadas espécies diversas.

Conforme resolução n. 302 do Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA), de 20 de março de 2002, a área de preservação permanente

terá uma largura variável de no mínimo 30 metros, com a incorporação de

áreas remanescentes, adquiridas pela BAESA, e de outras áreas florestais já

existentes e que serão preservadas.

O Projeto “Reflorestamento” vai garantir o plantio de cerca de 1

milhão de mudas de espécies nativas da região. Além de preservar o meio

ambiente, as árvores vão melhorar a qualidade do solo, conservação da

água, reintrodução dos animais e manutenção dos ecossistemas.

Aplicação de recursos em Unidades de Conservação

A construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande também vai

possibilitar a preservação da fauna e da flora em parques ou reservas

ecológicas. Em cumprimento ao que determina o Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), recursos

serão investidos em melhorias no Parque Nacional de São Joaquim, definido

pelo IBAMA como a Unidade de Conservação a ser beneficiada.

O REFLORESTAMENTO

A Área de Preservação Permanente terá uma larguravariável de no mínimo 30 metros

Serão plantadas cerca de 1 milhão de mudas deespécies nativas da região

O IBAMA definiu o Parque Nacional de São Joaquim como a Unidade de Conservação a ser beneficiada

com recursos da BAESA

Cultivo de mudas nativas

Cultivo de mudas nativas

Muda de araucária

Parque Nacuonal de São Joaquim

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Limpeza da Bacia de Acumulação

A limpeza da área a ser alagada pelo futuro lago contribui muito para

melhorar a qualidade da água. As atividades do Projeto “Limpeza da Bacia

de Acumulação” estão divididas em três subprojetos. O primeiro,

denominado de Supressão da Vegetação da Bacia de Acumulação, permite

alcançar dois objetivos precípuos: a melhoria da qualidade da água e o

deslocamento induzido da fauna antes do enchimento do reservatório –

reduzindo a mortalidade dos animais.

O segundo subprojeto, Demolição, Desinfecção e Desinfestação,

estabelece a realização de um trabalho minucioso de identificação das

fontes poluidoras e de contaminação existentes, como fossas espalhadas a

céu aberto, os efluentes oriundos da criação de animais e os depósitos de

lixo. Todos esses focos de poluição das águas do rio Pelotas e de seus

afluentes estão recebendo tratamento adequado, em obediência aos

padrões recomendados nas normas técnicas para cada tipo de instalação,

além da retirada e destinação dos resíduos.

O terceiro subprojeto é o Recolhimento do Material Flutuante. Sua

execução dar-se-á imediatamente após o início do enchimento e tem por

objetivo recolher os resíduos que venham a flutuar em decorrência da

formação do lago.

A SUPRESSÃO

A Supressão da Vegetação contempla dois objetivos precípuos:garantir a qualidade da água e o deslocamento

induzido dos animais antes da formação do lago

A Demolição, Desinfecção e Desinfestação evita o contatode dejetos humanos e de animais com as águas do lago

O Recolhimento do Material Flutuante evita a permanênciade resíduos sólidos na superfície do lago

Construção/demolição a ser demolida

Calcário utilizado para desinfecção

Trabalho de supressão

Área com vegetação suprimida

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Gerenciamento e Recomposição Ambiental das áreas

da Obra

O Projeto de Gerenciamento e Recomposição Ambiental das Áreas da

Obra impõe uma preocupação permanente com o local onde está instalado

o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Barra Grande. Foram ocupados

aproximadamente 320 hectares para a realização de atividades necessárias

à construção da obra. Concluídos os serviços, a área ocupada vai recuperar

sua vegetação nativa.

As ações deste Projeto já iniciam na própria instalação do canteiro de

obras, uma vez que a aplicação de medidas preventivas é fundamental para

reduzir os impactos ambientais. Exemplo disso é a remoção da camada de

solo orgânico para posterior utilização. A realização de práticas preventivas

sugere atuação semelhante dos empregados, razão pela qual o

cumprimento das atividades é feito de modo a evitar qualquer dano ao

meio ambiente.

A preocupação em construir e operar de maneira segura e

responsável é outra situação que incentiva a valorização da natureza e a

educação ambiental. Foram plantadas 10 mil mudas de espécies florestais

nativas nas áreas que já estão sendo recuperadas.

A REVEGETAÇÃO

A recomposição ambiental das áreas da obra começa durantea construção do empreendimento, com a adoção

de medidas que reduzem o impacto ambiental

Foram plantadas 10 mil mudas de espécies florestais nativas nas áreas que já estão sendo recuperadas.

Preparo de área para recuperação

Espécie florestal nativa plantada

Espécies herbáceas plantadas

Vista geral da área em recuperação

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Gestão do Reservatório

A formação do reservatório vai proporcionar uma nova paisagem na

região. Um grande lago passará a fazer parte do cotidiano, de modo que o

seu adequado aproveitamento vai gerar inúmeras oportunidades de lazer e

turismo. Para definir as atividades que serão empreendidas no lago,

comunidades e autoridades participam do Projeto “Gestão do Reservatório”,

programa fundamental para o futuro. Para tanto, está sendo elaborado um

plano de ação que contemple as possibilidades de uso do lago, sem ferir a

legislação e o meio ambiente.

O lago a ser formado pela Usina Hidrelétrica Barra Grande reúne

números significativos. Ele terá 94 quilômetros quadrados de superfície,

100 metros de profundidade média, 118 quilômetros de comprimento e 616

quilômetros de perímetro. A partir da barragem principal, o espelho d’água

terá uma largura máxima de mil metros.

O uso do reservatório poderá se concentrar na navegação de lazer,

ou seja, passeios, pesca, prática de esportes aquáticos, trilhas ecológicas e

roteiros turísticos.

O principal objetivo deste projeto é conciliar o uso antrópico do lago

e de suas margens com a legislação vigente, contribuindo para a

conservação e melhoria do ecossistema local e da bacia hidrográfica.

O RESERVATÓRIO

O Plano de Uso do Reservatório está em elaboração e vai definiro melhor aproveitamento do lago, respeitados os interesses

sociais, econômicos e ambientais

O lago terá 94 quilômetros quadrados de superfície, 100 metros deprofundidade média, 118 quilômetros de comprimento

e 616 quilômetros de perímetro

Vista parcial do rio Pelotas

Vista parcial do rio Pelotas

Vista parcial do rio Pelotas

Vista parcial do rio Pelotas