A APCD SAÚDE DESEJA UM NATAL CoM MUiTo AMor E … · muita paz, saúde, sucesso, ... Edição de...

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OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2011 | Nº 34 www.apcd-saude.org.br RUA RONDINHA, 54 - C. INGLESA SãO PAULO - SP - CEP 04140-010 A APCD SAÚDE DESEJA UM NATAL COM MUITO AMOR E SAÚDE! FELIZ 2012! IMPRESSO Pode ser aberto pela ECT 30º CIOSP: UM EVENTO PREPARADO ESPECIALMENTE PARA VOCÊ! BARREIRA APICAL COM USO DO CIMENTO MTA HIDROXIAPATITA NA CIRURGIA BUCO-DENTO-ALVEOLAR EVENTO DE PREVENÇÃO E ORIENTAÇÃO DE ESCOVAÇÃO FESTIVAL DE PESCA APCD 100 ANOS

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OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2011 | Nº 34

www.apcd-saude.org.brRUa RONDiNha, 54 - C. iNglEsasãO PaUlO - sP - CEP 04140-010

A APCD SAÚDE

DESEJA UM NATAL CoM

MUiTo AMor E SAÚDE!

FELiZ 2012!

IMPRESSOPode ser aberto pela ECT

30º CIOSP: um eventO PreParadO

eSPeCIalmente Para vOCê!

BarreIra aPICal COm uSO dO CImentO mtahIdrOxIaPatIta na CIrurgIa BuCO-dentO-alveOlareventO de PrevençãO e OrIentaçãO de eSCOvaçãO FeStIval de PeSCa aPCd 100 anOS

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Dr. sérgio Yunes - Editor

2012 com muita saúde, paze prosperidade!

Agradecemos também ao Dr. Luís Carlos Grossi o envio dos artigos sobre serviços contábeis e gestão empresarial publicados no decorrer do ano, a todos os nossos par-ceiros comerciais e colaboradores.

Por fim, desejamos um feliz 2012, com muita paz, saúde, sucesso, realizações e prosperidade!

Chegamos a mais um final de ano repleto de ações promovidas pela nossa entidade, como a ocorrida

na escola E.E. Érico de Abreu Sodré, localiza-da no bairro de Vila Mariana, com o V Evento de Prevenção e Orientação de Escovação APCD Saúde (mais detalhes nesta edição).

Os professores de Endodontia Mário Luis Zuolo e José Eduardo de Mello Jr. nos brin-dam com a publicação do artigo “Barreira Apical com uso do cimento MTA”.

Parte do trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Odontologia da UMC de autoria de Valter Yugo Koike Sakagu-chi, acadêmico do último semestre do Curso de Odontologia da referida faculdade e do Dr. Josué Lourenço Santiago Especialista, Mestre, Doutor, Livre Docente em CTBM Facial pela FOUSP e Professor Titular de CTBM Facial do Curso de Odontologia da UMC também consta nesta edição.

Rua Rondinha, 54 - Chácara InglesaSão Paulo - SP - CEP 04140-010Fone (11) 5078-7960www.apcd-saude.org.brcontato@[email protected] Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h

PresidenteWagner Nascimento Moreno1º vice-PresidenteGilberto Machado Coimbra2º vice-PresidenteArne Aued Guirar Venturaassessor da PresidênciaAdmar KfouriSecretário geralOssamu Massaoka1º SecretárioMoacyr Nunes Leite Junior2º SecretárioDurval Paupério Sériotesoureiro geralTakashi Yagui 1º tesoureiroCarlos Teruo Itabashi2º tesoureiroKunio Shimabukuro depto. assessor de BenefíciosAuro Massatake MineiDepto. Assessores CientíficoCheng Te HuaLuci Z. FinottiPatricia Takahamadepto. assessor de ComunicaçõesPaulo Yoshiteru Nagaminedepto. assessor de Congressos e FeirasLuiz Afonso de Souza Limadepto. assessores CulturalMarta TashiroValsuir José Vezzonidepto. assessores de defesa de ClasseElizabeth Aparecida BragaHelenice Formentin Ikegamidepto. assessores e.a.PCidney Hiroaki CatoHiroshi Miasiro Milton de Souza Teixeira depto. assessor de esportesMauricio Fazzuradepto. assessor de PatrimônioLuiz Carlos Serrano Limadepto. assessor de PrevençãoNicola Felipe Lopez Bempensantedepto. assessor de rel. InternacionaisJum Kasawaradepto. assessor da revista e InformáticaSérgio Yunesdepto. assessores SocialJulia Hiçae UchidaSilvia Cristina Ramos Coimbra depto. assessor de turismoShindi Nakajimadepto. assessor de ClínicaSônia Maria Moraes CecconiJornalista responsávelIsrael Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156Edição de Arte/Projeto GráficoGuilherme Gonçalves/Deporde DesignImpressãoInput Comunicação Visual Ltda.

expediente

Editorial

ÍndiceBarreira Apical com uso do cimento

MTA ....................................................4Considerações sobre o emprego da hidroxia-

patita na cirurgia buco-dento-alveolar ...8Como realizar um bom 2012 ............. 12Cirurgião-Dentista - Profissional Autô-

nomo ................................................ 14

V Evento de Prevenção e Orientação de

Escovação APCD Saúde .................... 16Cursos - 1º Semestre - 2012 .............. 18Tese de doutorado e dissertação de mes-

trado ................................................ 21Festival de Pesca APCD 100 anos ...... 21Indicador Profissional ........................ 22

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D urante a terapia endondôntica o profissional pode se deparar com casos clínicos de dentes que apre-sentam porção apical aberta. As situações mais

comuns em que a ocorrência desta condição está presente são os casos de rizogênese incompleta, reabsorções dentais, e perfuração apical durante a instrumentação do canal radicular. Nesses casos a alteração da arquitetura original da porção apical resulta em dentes com ápices abertos em diversas proporções e exigem um protocolo diferenciado de tratamento visando o fechamento apical.

Pastas a base de hidróxido de cálcio tem sido o material de escolha para induzir a formacão de tecido duro na porção apical de dentes com ápice aberto. A técnica de apicificação com hidróxido de cálcio foi introduzida por Frank (1966) para tratamento de dentes com rizogênese incompleta. O pH alcalino

Endodontia

Barreira apical com uso do cimento MTA

Figura 1a – dente 41 apresenta reabsorção externa inflamatória apical e extensa área de lesão óssea

Figura 1b – esquema ilustrando a utilização de clorexidina gel 2% (azul) como substância irrigadora em contato com os tecidos apicais

da pasta e seu poder antibacteriano são os fatores associados a estimulação para deposição de tecido mineralizado na região apical(1). Andreassen (1981) em revisão de literatura sobre esse procedimento, concluiu que o fechamento apical atráves de barreira mineralizada ocorreu entre 74 a 94% dos casos quando o hidróxido de cálcio foi utilizado(2).

Segundo Zuolo e cols (2009) a despeito do alto índice de sucesso citado na literatura a técnica da apicificação com o uso de hidróxido de cálcio possui algumas desvantagens: a) tempo de tratamento variável com média de 12.9 meses com fechamento apical imprevisível, b) necessidade de trocas peri-ódicas do material dificultando o retorno e controle do paciente e até mesmo abandono do tratamento devido à demora na conclusão do mesmo e c) por necessitar de trocas periódi-cas, a cavidade de acesso fica com selamento provisório, e

Caso 1 Caso 1

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Figura 1c – barreira apical de MTa (verde) deve ser posicionada nos 3 à 4 mm finais do canal

Figura 1d – plug apical e obturação imediata do canal (rosa)

existe o risco de recontaminação do canal pela solubilização do hidróxido de cálcio que ocorre ao longo do tempo, além do alto índice de fratura coronária notadamente nos dentes com selamento provisório entre períodos de controle(3).

Várias alternativas tem sido propostas na literatura para substituição do hidróxido de cálcio, sendo a mais promissora o uso do cimento MTA. As vantagens desse material são múl-tiplas: a) redução do tempo de tratamento, b) possibilidade de restauração imediata do dente prevenindo fraturas e reconta-minação do canal via microinfiltração coranária e c) suas boas propriedades biológicas tais como não citotoxidade e estimu-lação de reparo pela formação de barreira de tecido duro(4).

Barreira ou plug apical de MTA pode ser definido como uma barreira mecânica posicionada no ápice de dentes com abertura apical ampla causada por processos patológicos (re-

absorção externa apical), erros de procedimento (perfurações radiculares) e ainda para tratamento de rizogênese incompleta substituindo o tratamento convencional com hidróxido de cálcio. A finalidade é a de prevenir extrusão do material obturador para os tecidos perirradiculares permitindo a obturação definitiva do canal de imediato, além disso esse cimento é capaz de estimular neoformação óssea e consequentemente o reparo ou regeneração dos tecidos da região apical.

A eficácia das barreiras apicais com MTA tem sido ates-tadas na literatura em estudos utilizando modelos animais e também em estudos clínicos em humanos. El Meligy e cols (2006) em estudo clínico compararam o uso do hidróxido de cálcio e MTA em 30 dentes de 15 pacientes que tiveram a perda da vitalidade pulpar por cárie ou trauma. Em um dente foi realizada a técnica convencional de apicificação com hidró-

Caso 1 Caso 1

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Endodontia

xido de cálcio e no outro dente do mesmo paciente a técnica de barreira com MTA. Os dentes foram controlados por 3, 6 e 12 meses, sendo que 2 dentes obturados com hidróxido de cálcio falharam e nenhum dos dentes obturados com o MTA mostraram sinais clínicos ou radiográficos de patologia(5). Simon e cols (2007) realizaram um estudo clínico prospectivo em 57 dentes de 50 pacientes com ápice aberto onde foi rea-lizado plug de MTA e obturação definitiva do canal e obtiveram sucesso em 81% dos casos(4). Mente e cols 2009, em estudo clinico retrospectivo utilizando barreira de MTA em 56 dentes com ápice aberto devido a reabsorção apical ou sobreinstru-mentação, concluem que 84% da amostra mostrou sinais de cura completa(6).

Os casos descritos a seguir foram realizados utilizando o protocolo de tratamento com barreira apical de MTA com resultados clínicos animadores.

Figura 1e – RX final Figura 1f – dente 41 – controle RX de 9 meses evidenciando início do reparo na região apical

reFerênCIaS BIBlIOgráFICaS1. Frank A. Therapy for divergent pulpless tooth by continued apical formation. J Am Dent Assoc; 72:87-93,1966.2. Andreasen JO, Andreassen FM. Texto e Atlas colorido de trauma-tismo dental. 3ª edição Porto Alegre: Artmed, 2001.3. Zuolo ML, Kherlakian D, Mello Jr JE, Carvalho MCC, Fagundes MIRC. Capítulo 11- Reintervenção em casos especiais, em Reintervenção em Endodontia, livraria editora santos, 20094. Simon S,Riliard A, Berdal A, Matchou P. The use of mineral trioxide agreggate in on visit apexification treatment: A prospective study. Int Endodontic Journal 40(3):186-97,2007.5. El Meligy OAS, Avery DR. Comparison of mineral trioxide agrggate and calcium hydroxide. Pediatric Dentstry;28:248-53,2006.6. Mente J, Hage N, Pferfferle T, Koch MJ, Dreyhaupt J, Staehle HJ, Friedman S. Mineral Trioxide aggregate apical plugs in teeth with open apical foramina: a retrospective analysis of treatment outcome. Journal of Endodontics 35(10): 1354-58, 2009.

Caso 1 Caso 1

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Dr. José Eduardo de Mello Jr. - Professor do Curso de Especialização da APCD JP e UNINOVE

Dr. Mário Luis Zuolo - Professor do Curso de Especialização da APCD JP e UNINOVE

Figura 2a – dente 45 – exame RX evidencia lesão óssea perirradicular e reabsorção externa apical

Figura 2b – dente 45 – exame RX de controle de 18 meses evidenciando cura completa

e espaço do ligamento periodontal íntegro

Figura 1g – dente 41 – controle RX de 18 meses evidenciando reparo na região apical

imagens gentilmente cedidas pelo grupo gEN e editora santos - imagens do livro Reintervenção em Endodontia, Zuolo Ml, Kherlakian D, Mello Jr JE, Carvalho MCC, Fagundes MiRC.

Caso 2

Caso 2

Caso 1

BiomatErial

a hidroxiapatita vem sendo exaustivamente estudada nos últimos anos com o intuito de substituir o emprego do transplante ósseo. A mesma é considerada ideal

por ser biocompativel e possuir características osteoindutiva ou osteocondutiva. Este biomaterial possui respostas diferentes dependendo da sua aplicação nas distintas áreas receptoras, assim como também referentes à sua morfologia.

Este trabalho tem como objetivo realizar uma revista da literatura considerando a sua aplicação, morfologia, protocolo cirúrgico e possíveis complicações.

As cirurgias para a reparação dos defeitos ósseos nas estruturas Buco- Dento - Alveolares alcançaram avanços con-sideráveis, sendo para tanto utilizados transplantes ósseos e cartilaginosos, assim como a hidroxiapatita.

A bem da verdade para acontecer um transplante ou enxerto é necessário que tenhamos uma área doadora e uma receptora. Diante disto, em alguns momentos este binômio origina alguns transtornos, tais como incompatibilidade imunológica, dificulda-de na obtenção do transplante no que se refere à realização de ferida na área doadora e principalmente quando o mesmo for autógeno isso porque em sendo autógeno haverá a necessida-de de outra ferida concernente à área receptora. Geralmente o paciente indispõe-se em relação a esta atitude devido à necessidade da realização de duas feridas. (SANTIAGO, 1998).

A luz dos conhecimentos atuais a hidroxiapatita vem sendo utilizada na reestruturação dos defeitos ósseos no complexo buco-dento-alveolar e maxilo-facial. Diante disso buscamos na revista da literatura dos últimos quarenta anos os trabalhos que achamos pertinentes com a intenção de obtermos maiores conhecimentos a respeito desse assunto.

Atualmente a hidroxiapatita vêm sendo utilizada nas cirurgias odontológicas com a intenção de reestruturar defeitos ósseos existentes. Sabe-se que a sua função mais importante é a de osteocondução porque serve de estrutura de sustentação para vasos sanguíneos existentes no tecido ósseo subjacente trazendo componentes que são necessários à própria função óssea local.

Segundo consta, ALBEE (1930) foi o primeiro a utilizar biomaterial (cerâmica de fosfato de tricálcico) na reparação de um defeito ósseo e a formação de um novo osso. No entanto somente após cinqüenta anos iniciaram-se as aplicações de diferentes tipos de materiais cerâmicos implantáveis na aplica-ção na área da Medicina e Odontologia. Considera-se que em 1974 aconteceu pela primeira vez o uso do fosfato tricálcico no tratamento de doenças periodontais, sendo que em 197) NERY

Considerações sobre o emprego da hidroxiapatita na cirurgia buco-dento-alveolar

e colab. Destacaram como qualidade importante a porosidade destes tipos de bioceramicas. (COSTA, A.C.M.F., 2009)

JARCHO (1981) Disse que por ser de origem cerâmica, a hi-droxiapatita possui como desvantagem a friabilidade que dificulta a sua aplicação na reestruturação de ossos longos. No entanto a sua vantagem é a de ser considerado como um dos materiais para implante em tecidos duros de maior biocompatibilidade.

COHEN (1984) comentou que após a exodontia dos dentes anteriores ocorria uma reabsorção óssea fisiológica devido à ausência dos respectivos elementos dentais, havendo a conse-qüente dificuldade da reabilitação devido à osteólise acontecida. O autor utilizou a hidroxiapatita no aumento do rebordo alveolar onde os dentes foram extraídos. Após seis meses detectou uma grande melhora na área operada isso por que o rebordo apresenteva-se mais favorável o que facilitaria a adaptação da prótese tanto na altura quanto na largura anteroposterior.

KWON e colab. (1986), testaram o uso da hidroxiapatida im-plantando cones condensados (sólidos) no interior dos alvéolos, logo após as extrações, instalando também, imediatamente, a prótese total sobre o rebordo alveolar. Concluíram que talvez as forças de pressão exercidas pela prótese quando instalada no pós cirúrgico imediato influíram evitando que a hidroxiapatita reestruturasse adequadamente o rebordo operado.

JARCHO (1986) disse que a hidroxiapatita densa sob a for-ma particulada, apresenta uma grande melhora no aumento do rebordo alveolar, sendo usada como um implante. A ampliação do rebordo alveolar da à prótese total uma melhor retenção, melhorando suas características funcionais.

FRAME & LAIRD (1987) utilizaram a hidroxiapatita porosa (Interpore-200) em bloco, advindas do esqueleto de corais ma-rinhos do Gênero Porites e a aplicaram sob a forma de blocos na reestruturação do rebordo ósseo maxilar, buscando evitar o “taxiamento” que normalmente acontece quando a hidroxiapatita é empregada sob a forma particulada. A intenção da pesquisa foi de avaliar a restauração do tecido ósseo subjacente ao tecido móvel fibroso existente. Observaram que ocorreu a melhora da estabilidade da prótese em relação à área chapeável.

Segundo DEBONI (1991) um grande numero de pesquisas vêm mostrando as vantagens da utilização da hidroxiapatita na aplicação clínica para as reconstruções e preservação do tecido ósseo, considerando sua característica aloplastica como um biomaterial.

Segundo GIANNINI e colab. (1992), existem fatores es-truturais que podem modificar a sobrevida do implante de hidroxiapatita como: o tipo da sua superfície, estrutura, forma

Parte do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da UMC.

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e tamanho dos cristais assim como também o tamanho e dis-tribuição dos seus poros. Se a porosidade for menor que cem mícrons não ocorrerá a penetração de tecido ósseo nos poros e assim a proliferação do implante não acontecerá. Para esses autores os grânulos de hidroxiapatita por possuírem proprieda-des osteocondutiva podem ser utilizados para o preenchimento de diferentes áreas patológicas e assim serem empregados em cavidades onde existam lesões neoplásicas benignas e/ou de baixa malignidade; para tratamento de defeitos oriundos de fraturas ósseas ou pseudo artroses ou também em casos de deficiência óssea quando do uso de próteses ortopédicas.

PEICINNI e colab. (1997) utilizaram 30 ratos (Rattus norvegi-cus albinus Wistar) machos adultos, separados em grupos de dez cada. Mesmos realizaram feridas ósseas as quais, conciderando--se cada grupo tiveram as mesmas preenchidas associação de hidroxiapatita mais a pasta de WALKHOHOFF; somente com a pasta de WALKHOHOFF e um dos grupos somente com hidro-xiapatita. Decorridos sessenta dias, sacrificaram os animais e observaram que todos os defeitos apresentaram reparação tecidual, porém no grupo em que havia somente hidroxiapatita detectaram menor quantidade do material de preenchimento.

RESENDE e colab. (1998) realizaram um estudo clínico e radiográfico em quatorze cães, que foram submetidos à defeitos ósseos no terço proximal da tíbia direita. Estes autores verifica-ram que a hidroxiapatita ósteointegrada pode ser considerada como substituto ósseo, sem determinar reação inflamatória ou de corpo estranho.

BRAZ e colab. (2003) fizeram um estudo histológico utili-zando vinte ratos Wistar, machos com a intenção de avaliar a resposta biológica e o poder indutor da combinação de matriz óssea orgânica bovina e hidroxiapatita. Concluíram que essa combinação não causa reações adversas e ainda favorece a reparação óssea.

De acordo com WERNECK (2007), a hidroxiapatita age como uma estrutura na qual se apóiam vasos neo formados advindos do tecido ósseo subjacente, assim sendo, observou que esta substancia atua como um osteocondutor.

Para CHIAPASCO & ROSSI (2007) a hidroxiapatita representa o componente inorgânico primário do osso humano, possuindo nítidas qualidades osteocondutoras. Sintetizada em microgrâ-nulos de dimensões por volta de 0,05 e 2 mm, vem sendo utilizado como material de preenchimento em seios maxilares e defeitos periodontais, tanto na forma monofásica (pura) quanto na bifásica (50% de HA - 50% TPC). Uma das vantagens é de podemos te-la em quantidade ilimitada, pois pode ser produzida em laboratório, assim evita-se a coleta de osso cão autógeno, com a redução do tempo cirúrgico e pós-operatório, assim como da morbidade na área doadora.

COSTA e colab. (2009) empreenderam uma revista da lite-ratura sobre a hidroxiapatita: obtenção, caracterização e aplica-

ções. Concluíram que a hidroxiapatita é um material seguro e clinicamente aceitável na reestruturação do e inúmeros defeitos ósseos determinados pela doença periodontal. Destacando também que a hidroxiapatita sintética não é carcinogênica e tampouco alergênica.

TEIXEIRA, L.J.C. (2009) realizou uma pesquisa utilizando quarenta e cinco ratos Wistar (Rattus novegicus) machos, adul-tos. O objetivo do autor foi avaliar o potencial ósseocondutor da hidroxiapatita com diferentes características físico-químicas. O autor através dos achados histológicos observou discreta variação no tempo de reparação dos defeitos com o uso das combinações de hidroxiapatita utilizadas. No entanto afirmou que todas as formas apresentaram potencial ósseocondutor.

Kente colaboradores, avaliaram em 1978, os tipos de os-teólise que incidiam nos rebordos alveolares sendo que em 1983 na Universidade de Louisiana iniciaram estudos sobre técnicas cirúrgicas que pudessem reestruturar áreas ósseas que sofreram reabsorções patológicas e ou fisiológicas empregando a hidroxiapatita.

A determinação do tipo de reabsorção ensejou idealizar uma classificação que determinou um protocolo cirúrgico que pudesse orientar a atuação do profissional. Segundo os autores existem dois tipos principais de perda óssea: perdas ósseas menores (classe I e II) e perdas ósseas maiores (classe III e IV)

CLASSIFICAÇÃO- Classe I: Rebordo alveolar inadequado em largura, porem

satisfatório em altura, geralmente com reabsorções laterais ou em áreas socavadas.

- Classe II: Rebordo alveolar reabsorvido tanto na altura quanto na largura, apresentando aspecto de lâmina de faca.

- Classe III: Rebordo alveolar reabsorvido ao nível de osso basilar assumindo uma forma côncava em áreas posteriores da mandíbula e em forma do rebordo afilado com formas de bulbos de tecidos móveis da maxila.

- Classe IV: Rebordo com reabsorção do osso basilar, produ-zindo uma mandíbula achatada e/ou maxila também achatada.

PROTOCOLO- Classe I: Recebem hidroxiapatita em porção média de

2 (dois) a 4 (quadro) gramas para área anterior, e seis a oito gramas de rebordo total.

- Classe II: Os pacientes recebem apenas hidroxiapatita na porção média de três a cinco gramas para área anterior e de 8 (oito) a 10 (dez) gramas no rebordo total.

- Classe III: Em média os pacientes recebem de 8 (oito) a 12 (doze) gramas de hidroxiapatita isolada ou 1 (um) grama hidroxiapatita associada ao osso autógeno canceloso da crista do ilíaco: 1cc de tecido ósseo.

- Classe IV: Pacientes recebem associação de hidroxiapatita

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e osso autógeno canceloso da crista do ilíaco, na proporção de 1:1 sendo 10 (dez) a 15 (quinze) gramas do biomaterial mais o osso autógeno.

TECNICA CIRÚRGICA EM PEQUENAS PERDAS ÓSSEASAs classes tipo I e II, respectivamente são reestruturadas

com a hidroxiapatita, o silêncio clínico é obtido com anestesia local. São usadas dois tipos deferentes de incisões: uma pra-ticada sobre a crista óssea ou uma incisão vertical seguida de tunelizalção do periósteo. Com a divulsão periostal obtem-se uma bolsa que deve ser mantida por meio de fios de sutura que facilitarão a finalização da própria divulsão permitindo assim também a introdução de uma seringa com a hidroxiapatita e a sua respectiva aposição dentro dessa bolsa que foi criada. Algumas vezes existe a necessidade de um preenchimento bilateral. Após a sutura das incisões uma goteira acrílica deve ser aposta para orientar no pós operatório. Deve-se cuidar para a necessidade ou não de imobilização. É boa norma orientar o paciente para a ingestão de uma dieta fluida.

EM PERDAS ÓSSEAS MAIORESNas classes tipo III e IV a divulsão do periósteo é necessária

para obtenção de uma bolsa maior.Para pacientes portadores de classe III e IV a cirurgia é mais

traumática, pois se torna necessário realizar uma divulsão perios-tal a fim de obter-se uma bolsa receptiva maior. Executando-se a incisão de Novak-Peter na porção anterior do nervo mentoniano seccionando a mucosa, a submucosa e o periósteo, seguida pela divulsão e afastamento do periósteo que recobre o rebordo alveolar nas paredes anterior e posterior do forame mentoniano, com o seccionamento do periósteo na porção mais superior subjacente ao tecido mole situado ao longo do lado lingual do rebordo, produzindo assim uma bolsa subperiostal maior. O nervo mentoniano pode ser dissecado, para evitar traumatizá-lo e um posicionamento mais favorável, lateral a esta estrutura em relação à hidroxiapatita.

Conceitualmente complicação é a quebra do planejamento do ato operatório que ocorre no pós-operatório, um nível de inflamação é esperado após uma cirurgia, porem quando esta inflamação foge do planejamento o pós-operatório não segue uma sequência ideal de reparação tecidual.

CHIAPASCO & ROSSI (2007) observaram que quando da aplicação da hidroxiapatita uma pequena absorção poderia acontecer sendo que nessa área não haveria a substituição por osso do próprio leito receptor, fato esse evidenciado por outros autores (DEJARDINS, 1985; KENT, 1986; KENT e colab., 1986; BUTTS e colab., 1989; WITTKAMPH, 1989). Disseram também que a hidroxiapatita quando utilizada deveria ser recoberta por uma membrana de colágeno que atuaria como uma barreira biológica que permitiria permeabilidade.

COMENTÁRIOSOs materiais à base de fosfato de cálcio vêm sendo muito

estudados para sua aplicação no uso clínico em odontologia como substituto do osso, principalmente quando empregarmos o autógeno, evitando-se assim, a remoção de uma porção óssea de uma área doadora para ser empregada como transplante autógeno, evitando-se assim um pós operatório mais doloroso para o paciente.

A hidroxiapatita é o material perfeito para evitar-se este processo, pois possui características físico-químicas capazes de cumprir esta função, pois suas características de osteocon-dutor, não carcinogênico e não alergênico, o torna clinicamente aceitável na reconstrução de defeitos ósseos.

O início do emprego dos biomateriais se deu com AIBEE em 1930, este pesquisador utilizou a cerâmica de fosfato tricálcico na reparação de um defeito ósseo originando “osso novo”. Porém em 1974, NERY demonstrou a aplicação de fosfato tricálcico visando à mesma finalidade, expondo principalmente a porosi-dade como uma de suas principais características.

JARCHO em 1986 disse que a hidroxiapatita apresenta uma grande melhora no que diz respeito o aumento do rebordo alveo-lar. Quando este biomaterial é utilizado reestruturando o rebordo alveolar favorece a estabilidade da prótese total, melhorando em muito a sua estabilidade e conseqüente função. No entanto em 1981 o mesmo autor disse que quando a hidroxiapatita é empregada em osso longo quando comparado com o seu uso na maxila e ou mandíbula, isso devido à sua friabilidade. COHEN (1984) concorda com JARCHO (1986) quando disse que ocorreu uma reabsorção óssea fisiológica causada pela falta de elemen-tos dentais, e isso causa problemas na reabilitação protética. Porém este autor visa â melhora no volume ósseo na estética da adaptação dos ponticos em prótese parcial fixa.

FRAME & LAIRD (1987) demonstraram que o uso da hidro-xiapatita em forma de bloco com a anatomia aproximada do rebordo onde deve repousar, é mais eficaz que a técnica preco-nizada por JARCHO (1986), que diz que a melhor aplicação é a hidroxiapatita densa sob forma particulada. A forma de aplicação adotada por FRAME & LAIRD (1987) consistia na aplicação da hidroxiapatita derivado do esqueleto do coral marinho do gênero Porites, em forma de bloco, desta forma evita-se o taxiamento que normalmente ocorreu na forma particulada.

NERY (1974) enfatizou suas pesquisas a porosidade, como principal característica dos implantes com finalidade do aumento do rebordo alveolar. WERNECK (1974) confirmou ainda mais a afirmativa de NERY, pois caracterizou a hidroxiapatita como um osteocondutor, onde as estruturas presente na porosidade são necessárias para sustentar vasos neo-formados que conduzirão osteoblastos para o local.

CHIAPASCO & ROSSI (2007) disseram que após a hidroxia-patita ser implantada sofre uma discreta absorção e mesmo depois de certo tempo o implante não será substituído por osso

BiomatErial

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Dr. Josué Lourenço SantiagoEspecialista, Mestre, Doutor e Livre Docente em CTBM Facial pela FOUSP. Professor Titular de CTBM Facial do Curso de Odontologia da UMC.

Valter Yugo Koike SakaguchiAcadêmico do último semestre do Curso de Odontologia da UMC.

neoformado. No entanto COSTA e colab., em 2009 apresentaram um estudo sobre a obtenção e à aplicação da hidroxiapatita e reiteraram que a mesma é biocompativel e depois de implantada poderá acontecer uma gradual substituição por tecido ósseo neoformado.

CONCLUSÕESSe considerado a revista da literatura achamos lícito dizer que:- A hidroxiapatita é um biomaterial empregado na reestrutu-

ração de defeitos ósseos por ventura existentes no complexo buco-dento-alveolar. – A hidroxiapatita de origem natural (advinda de corais) assim como a de origem sintética podem ser utilizadas na reestruturação dos defeitos ósseos.

- A hidroxiapatita pode apresentar-se:• Na forma compacta onde a existência de poros é diminuta,

característica que interfere na rapidez de uma neovascularização.• Na forma particulada em que a presença de espaço entre

os grânulos com rapidez favorecem a formação de vasos san-guíneos e conseqüente agilidade na deposição de matriz óssea.

reFerênCIaS BIBlIOgráFICaSALBBE, F. H. Studies in bone growth triple calcium phosplace as stimulus to osteogenesis. Annuals of Surgery. v. 71, p. 32-36, 1920BARRETO JUNIOR, A. Preenchimento da cavidade cística com o emprego da hidroxiapatita e apatita carbonada sintética - Estudo comparativo. Monogra-fia (especialista Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilofacial). Universidade Mogi das Cruzes. Mogi das Cruzes, 1998BRAS, F.; RAHAL, S. C.; ROCHA, N. de S.; TAGa, E.; Biasi, F. de Emprego de matriz óssea orgânica bovina e hidroxiapatita no preparo de defeito indu-zido em crânio de ratos. Acta Cirúrgica Brasileira; v 18, n. 1, p. 19, 2003CHIAPASCO, M. & ROSSI, A. Modelos de reabsorção Óssea. Classificação de Cawood e Howell. in Chiapasco, M. & Romeo, E. Reabilitação Oral com Prótese Implantossuportada para Casos Complexos. Cap. 3,p.157-159. Ed. Santos, 2008COHEN, H. V. Localized ridge augmentation with hydroxylapatite: report of a case. J. Amer. Dent. Ass. v.108, n.1, p. 54-56, Jan. 1984COSTA, A. C. F. M.; LIMA, M. G.; LIMA, L. H. M. A.; CORDEIRO, V. V.; Viana, K. M. S.; Souza, C. V.; Lira, H. L. Hidroxiapatita: Obtenção, caracterização e aplicação. Revista eletrônica materiais e processo, v. 4.3, p. 29-38, 2009DEBONI, M. C. Z. Hidroxiapatita em odontologia. Principais aspectos do seu uso na recomposição do rebordo alveolar mandibular. Dissertação (mestra-do) Universidade de São Paulo. Faculdade de odontologia. São Paulo, 1991FRAME, J. W. & Laird W. R. E. Management of the mobile fibrous ridge in the atrophic maxilla using porous hydroxylapatite blocks: a preliminary report. Brit. Dent. J. v. 162, n. 7, p. 771-777, September 1987GIANNINI, S.; MORONI, A.; POMPILI, M.; CECCARELLI, F.; CANTAGALLI, S.; PEZZUTO, V.; TRICHEZE, L.; ZAFFE, D.; VENTURINI, A.; PIGATO, M. Bioceramics in orthopaedic surgery: state of art preliminary results. Italian J. Orthop. And Traumatology, v. 18, n. 4, p. 431-441, 1992JARCHO, M. Biomaterial aspects of calcium phosphates. Properties and application. Dent. Clin. N. Amer. v.30, n. 1, p. 25-47, Jan. 1986JARCHO, M. Calcium phosplate ceramics as hard tissue prosthetics. Clin. Orthop. Rel. Res. v.157, p. 259-278, June 1981KENT, J. N. Reconstruction of the alveolar ridge with hydroxilapatite. Dent. Clin. N. Amer. v.30, n. 2, p. 231-257, April 1986

KWON, H. L.; DEEB, M. E.; MOSTAD, T. M.; WAITE, D. Alveolar ridge mainte-nance with hydroxylapatites ceramic cones in humans. J. oral maxillofac. Surg. v.44, n.7, p. 503-508, July 1986LEMPERLE, S. M.; CALHON, C. J.; CURRAN, R. W. ; HOLMES R. E. Comparison of protected bone regeneration, osteoconduction with coralline hydroxyapati-te implants, and cancellour bone autografts in large cranial and mandibular defects in dogs. Plastic Surg . v. 47, p. 723-727, 1996NERY, E. B.; LYNCH, K. L.; HIRTHE, W. M.; MULLER, K. H. Bioceramics Implants in surgically produces infrabony defects. Jornal of Periodotology, v. 46, n. 6, p. 328-339, 1975PESCININI-SALZEDAS, L. M.; MILANEZI, L. A.; OKAMOTO, T.; ABI RACHED, R, S, G; ROLI, L. P. Reação do tecido ósseo da tíbia ao implante de hidroxia-patita, pasta de walkhoff e associação hidroxiapatita/ pasta de walkhoff. Estudo histológico em ratos. Rev. Odontol. UNESP.São Paulo, v. 26, n.2, p.387-400. São Paulo, 1997RESENDE, C. M. F.; BORGES, A. P. B.; BERNIS, W. O.; MELO E. G.; NOBRE-GA NETO P. I. Aspectos clínico-cirúrgicos e radiográficos da hidroxiapatita sintética na diáfise proximal da tíbia de cães. Arq Bras Med Vet Zootec; v.50, n. 5, p. 537-545, 1998ROCHA, G. S. da Avaliação de hidroxiapatita de origem bovina no preenchi-mento de cavidades ósseas em seio maxilar associado ou não ao laser de baixa intensidade. Estudo histomorfométrico em humanos. Dissertação (mestre Implantodontia). Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos. Barretos, 2010SILVA, C. M. F. da; MAIA, F. de A. F.; DIAS, R. B. E; ROSSA, R. Estudo com-parativo entre silicona e silicona revestida com hidroxiapatita com fins de inclusão. Rev. Odontol. Univ. São Paulo. v. 12, n 3, p.293-297. São Paulo. jul./ set. 1998TEIXEIRA, L. J. C. Potencial osteocondutor de grânulos de hidroxiapatita em defeitos críticos em calvária de ratos. Dissertação (mestre Implantodontia) Universidade do Grande Rio. Duque de Caxias, 2009VIVANCO, J. A. & VIVANCO, M. Novo biomaterial de reparação e remodelação óssea. Revista Paulista de Odontologia da Universidade de São Paulo, v.8, n.4, p.281-286, Out.- Dez. 1994WERNECK, J. T. Enxerto em seio maxilar com hidroxiapatita e PRP. Mono-grafia (especialista implante). Centro de Pós-Graduação da Academia de Odontologia do Rio de Janeiro. Rio de janeiro, 2007

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markEting

Fala-se em crise mundial e no bom estado da economia brasileira. E como será que tudo isso irá se refletir em nosso trabalho?

Nós que temos alguns anos de Odontologia sabemos que a onda que ocorre na área econômica, seja ela mundial ou nacional respinga em nossa atividade. A atividade de serviços sejam eles em saúde ou outros sempre sofrerão algum revés.

Nosso público, ou seja, nossos pacientes têm a mente ligada tanto quanto nós e saberá onde deve encolher ou investir seus gastos. Devemos então nos dar importância devida e criar novas oportunidades de ampliar nossa carteira de clientes.

Como? Antes de perder clientes, temos que trazer mais oportunidades para nosso negócio. Temos um consultório que deve ter enfrentado um ano melhor que os anteriores. Vemos a tão prestigiada classe C requisitando novos e bons serviços. Vemos um público ávido de novas tecnologias perguntando e questionando. Devemos então reinvestir ou esperarmos tudo começar a minguar por aí?

Como diz aquele autor do célebre livro “Quem mexeu no meu Queijo?” Spencer Johnson, M. D., devemos agir antes que nosso filão termine. Algumas empresas automobilísticas não esperam um sucesso de vendas, como o Uno ou Gol se

esgotarem. Começam a pesquisar uma nova fórmula antes que o modelo seja substituído.

Temos que inovar agora com nossos consultórios com um bom desempenho neste ano. Ano que vem temos que pensar nos próximos desafios. Tudo que estiver com uma leve sombra de não continuar a ser um bom negócio para nossos serviços ou uma fonte de renda com um futuro incerto, deve ser planejada agora sua substituição.

Não adianta acordar, ir para o consultório, trabalhar várias horas, apagar a luz, ir para casa, e no outro dia fazer tudo igual. Temos que ter uma visão de empreendedor. Vamos administrar mais, planejar e olhar com olhos de empresário nosso consultório.

Temos que planejar nosso futuro, se não ele vai nos atropelar!

Como realizar um bom 2012

Dra. Maria Teresa RattoCirurgiã-dentista; Doutoranda da Faculdade de Medicina Unicamp; Especialista em Dentística Restauradora; Auditora de Odontologia; Montou seu consultório há 23 anos.www.clinicamteresaratto.com.brcontato@clinicamteresaratto.com.br

LAR AMOR AO PRÓXIMOOferece assistência social, cestas básicas,

remédios, hortifrutigranjeiros e tudo mais o que nos é possível, além do calor humano,

que é a marca do nosso trabalho!Rua Flor de Maio, 100

Vila Menck Carapicuíba - 06361-400Tel.: (11) 4181-7286

Izabel Cristina Machado Martins - PresidenteRita de Jesus Gomes - Coordenadora Geral”

Para mais informações visite o site:www.laramoraoproximo.com.br/

E se alguém tiver interesse em ajudar a entidade, entrar em contato pelo telefone 5072-2369.

14 | aPCd SaÚde | Out | nOv | dez | 2011

Cirurgião-Dentista - Profissional Autônomo

a partir desta edição, podemos resumir que o profissio-nal, para o início de sua atividade profissional, além de todas as análises e providências comerciais, tais como

definição do local a ser instalado o consultório e aquisição de equipamentos e materiais de consumo, o profissional precisa dos seguintes registros:

• Registro junto ao CRO;• Inscrição junto à Prefeitura Municipal – CCM;• Inscrição junto à Previdência Social – INSS;• Cadastro junto à Caixa Econômica Federal, caso seja empregador;• Cadastro do CNES e CMVS;• Cadastro junto à Limpurb.Com os devidos registros e cadastros providenciados, o profis-

sional está habilitado a exercer legalmente sua profissão.Como já falamos anteriormente, em relação aos registros junto

à Prefeitura Municipal; Previdência Social; CNES e CMVS, vejamos como deve ser feito o Cadastro junto à Limpurb.

O QUE é LIMPURb? Limpurb é o órgão da Prefeitura Municipal do Departamento de

Limpeza Urbana, que controla a limpeza pública e coleta de lixo. No caso de consultório odontológico, o mesmo deve ser cadastrado para a coleta especial de lixo, por ser caracterizado como gerador de resíduos especiais.

Os resíduos especiais são aqueles gerados em indústrias ou em serviços de saúde, como hospitais, ambulatórios, farmácias, clínicas que, pelo perigo que representam à saúde pública e ao meio ambiente, exigem maiores cuidados no seu acondicionamento, transporte, tratamento e destino final. Também se incluem nesta categoria os materiais radioativos, alimentos ou medicamentos com data vencida ou deteriorados, resíduos de matadouros, infla-máveis, corrosivos, reativos, tóxicos e dos restos de embalagem de inseticida e herbicida empregados na área rural.

Constituem os resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou po-

tencialmente podem conter germes patogênicos. São produzidos em serviços de saúde, tais como: hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde etc. São agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de culturas e animais usados em testes, sangue coagulado, luvas descartáveis, remédios com prazos de validade vencidos, instrumentos de resina sintética, filmes fotográficos de raios X etc.

Resíduos assépticos destes locais, constituídos por papéis, restos da preparação de alimentos, resíduos de limpezas gerais (pós, cinzas etc.), e outros materiais que não entram em contato direto com pacientes ou com os resíduos sépticos anteriormente descritos, são considerados como domiciliares.

O cadastramento junto à Limpurb, deve ser feito na Prefeitura Municipal, com o preenchimento de alguns formulários específicos e anexar a seguinte documentação:

• Cópia Simples do IPTU;• Cópia Simples do CCM;• Cópia Simples do CRO;• Cópia Simples do CPF;• Relacionar os locais de coleta.Além dos Cadastros citados, podemos incluir o Cadan, que é

necessário apenas aos profissionais que se utilizem de placas e anúncios, portanto na próxima matéria vamos comentar a respeito.

APROVEITE A OPORTUNIDADE DE REGULARIZAR OS DÉBITOS JUNTO A PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO COM REDUÇÃO DE JUROS E MULTAS ATRAVÉS DO PPI (PRO-GRAMA DE PARCELAMENTO INCENTIVADO).

Dr. Luís Carlos GrossiPresidente da AGL Contabilidade; Administrador de Empresas - CRA 42.997; Contabilista - CRC 1SP241579/O-6; Cirurgião-Dentista - CRO 75.107 / E-mail: [email protected].: (11) 5575-7328.

consultoria

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Para anunciar, pegue já o seu telefonee converse com o israel (11) 3477-4156

ou 9263-1935 e faça bons negócios!

EvEnto

No dia 16 de setembro, no período da manhã, diretores e profissionais da Associação Paulista de Cirurgiões Dentis-tas - Regional Saúde, realizaram o V Evento de Prevenção

e Orientação de Escovação aos alunos da escola E.E. Érico de Abreu Sodré, localizada no bairro de Vila Mariana.

Os alunos cursam às séries do 1º ao 4º grau, na faixa etária dos 6 aos 11 anos e com período integral, das 7h às 16h10, com alimentação completa. O cuidado por parte do corpo docente da escola requer atenção, paciência e principalmente carinho, pois uma boa parte dos alunos são crianças com necessidades especiais.

A diretora da escola, Silvana Vairoletti e o vice-diretor Manuel Braz, fizeram a abertura dos trabalhos e solicitou aos alunos atenção a apresentação das doutoras Sonia Maria Moraes Ceccone, Arne Aued Guirar Ventura e membros da equipe. Este ano a apresentação contou com a participação especial da pianista Viviane Godoy e Alberto Cecconi, cantor erudito e barítono. A dupla fez brincadeiras com as crianças contando histórias e canções, com destaque para “Escravos de Jó”.

V Evento de Prevenção e Orientação de Escovação aPCD saúde

O presidente da APCD Regional Saúde, doutor Wagner Nascimen-to Moreno, elogiou a organização, limpeza e os cuidados oferecidos pela direção da escola aos alunos. No decorrer do evento foram demonstrados os cuidados para uma boa prevenção e saúde bucal e apresentação de um vídeo institucional para alegria das crianças.

No encerramento foram entregues aos alunos um kit com pro-dutos oferecidos por empresas e pessoas físicas. A APCD Regional Saúde agradece as doações recebidas:

Empresas:• Colgate - Sra. Camila Rocha, Sr. Ayrton Gonzaga, Sr. Ricardo Marques• Yoki Alimentos - Sr. Zilo MatsunagaPessoa Física:• Alda Kanzaki• Dr. Takashi Tuchiya• Linda Eiko Motomura• Marta Tashiro• Solange Amadeu

Por israel Correia de lima

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