A américa hispânica

55
A América Latina Memorial da América Latina Leandro Karnal

description

Saiba mais sobre a História da colonização da América.

Transcript of A américa hispânica

Page 1: A américa hispânica

A América LatinaMemorial da América Latina

Leandro Karnal

Page 2: A américa hispânica

Século XVI É montado o sistema que vai durar até o século

XVIII

Vice-Reinos e Capitanias Sistema de Frotas Conselho de Índias

A rigor: A América não é colônia, mas parte de um Império

Page 3: A américa hispânica
Page 4: A américa hispânica

Sistema Centralizado mas impossível de ser controlado Autoritário mas com canais de comunicação Lento e, por isso mesmo, possível.

Segundo Richard Morse: produz uma relação específica com a autoridade, típica da América Latina hoje.

Page 5: A américa hispânica

Sociedade Chapettones ou guachupines (espanhóis)

Page 6: A américa hispânica

Criollos

Page 7: A américa hispânica

Indígenas e Mestiços

Page 8: A américa hispânica

Em áreas específicas (como Cuba) Escravidão Africana

Page 9: A américa hispânica

A Conquista de uma área (Patricia Seed)

Os portugueses fazem demarcação astronômica e instalam um marco

Os espanhóis lêem um documento: o “requerimiento”

Os ingleses plantam Os franceses fazem uma procissão

Page 10: A américa hispânica

A conquista espiritual Século XVI

Clima milenarista (franciscanos) Batismo de multidões Entusiasmo com a facilidade da conversão

Page 11: A américa hispânica

Século XVII Diminuição do entusiasmo

Permanência da idolatria, bebedeiras, poligamia.

Sermão de Vieira: O mármore e a murta

Page 12: A américa hispânica

Para os não-indígenas Inquisição

Page 13: A américa hispânica

Um caso curioso: Guadalupe 1531: Juan Diego vê uma Senhora no cerro

de Tepeyac

Page 14: A américa hispânica

A imagem teria sido gravada no seu “ayate”

Page 15: A américa hispânica

Iniciando um poderoso culto nacional

Page 16: A américa hispânica

Porém: o local onde Guadalupe teria aparecido

Era centro de culto de Tonantzin, a deusa-mãe

Page 17: A américa hispânica

Poema para Guadalupe1577 - Fernán González de Eslava

"Sois hermosa, aunque morena, Virgen, y por vuestro amor el tiempo abrevió el Señor

de nuestra gloria y su pena. Al sol, morena, anduvistes;

tanto, que en vos se encerró : el sol de vos se vistió

y vos del sol os vestistes; y por vos,linda morena,

rindiéndose a vuestro amor, el tiempo abrevió el Señor

de nuestra gloria y su pena.

Page 18: A américa hispânica

Sois morena en la aparencia de dentro hermoseada,

porque fuisteis preservada de la general sentencia;

y viéndoos de gracia llena, tanto pudo vuestro amor,

que el tiempo abrevió el Señor de nuestra gloria y su pena. Y si os quiere por Esposa Dios, para hacernos bien, decid, morena graciosa:

'Nigra soy, mas soy hermosa, hijas de Jerusalén' ".

Page 19: A américa hispânica

Segundo Octavio Paz Guadalupe-Tonantzin é uma

reação contra a perda provocada pela conquista, um refúgio contra a violência. Entre a "chingada“ (Malinche) e Guadalupe oscila a vida do mexicano.

Page 20: A américa hispânica

Resulta na América Hispânica Um Catolicismo cenográfico

Soteriológico (salvação)

De legitimação social e de identidade

Sem necessidade absoluta de fusão com os valores cristãos na vida prática

Com ressignificação de outras crenças

Page 21: A américa hispânica

A Décima Musa (1648 ou 51-1695)Sóror Juana Inés de la Cruz

Page 22: A américa hispânica

Freiras da Nova Espanha

Page 23: A américa hispânica

“Pues vamos. Que en una idea metafórica, vestida de retóricos colores, representable a tu vista te la mostraré; que ya conozco que tú te inclinas a objetos visibles, más que a lo que la Fé te avisa por el oído; y así, es preciso que te sirvas de los ojos, para que por ellos la Fe recibas” (fala da Religión no auto “El Divino Narciso” de Sóror Juana Inés de la Cruz)

Page 24: A américa hispânica

Capaz de críticas ao mundo masculino: “Homens néscios”

Page 25: A américa hispânica

Hombres necios que acusáis a la mujer sin razón, sin ver que sois la ocasión de lo

mismo que culpáis: si con ansia sin igual solicitáis su desdén,¿por qué queréis

que obren bien si las incitáis al mal? Combatís su resistencia, y luego con

gravedad decís que fue liviandad lo que hizo la diligencia.

Page 26: A américa hispânica

¿Qué humor puede ser más raro que el que falta de consejo, él mismo empaña el espejo y siente que no esté claro? Con el favor y el desdén tenéis condición igual, quejándoos, si os tratan mal, burlándoos, si os quieren bien. Opinión ninguna gana, pues la que más se recata, si no os admite, es ingrata y si os admite, es liviana.

Page 27: A américa hispânica

Siempre tan necios andáis que con desigual nivel a una culpáis por cruel y a otra por fácil culpáis.¿Pues cómo ha de estar templada la que vuestro amor pretende, si la que es

ingrata ofende y la que es fácil enfada?

Page 28: A américa hispânica

Dan vuestras amantes penas a sus libertades alas, y después de hacerlas malas las queréis hallar muy buenas.¿Cuál mayor culpa ha tenido en una pasión errada, la que cae de rogada o el que ruega de caído?¿O cuál es más de culpar, aunque cualquiera mal haga: la que peca por la paga o el que paga por pecar?

Page 29: A américa hispânica

Pues ¿para qué os espantáis de la culpa que tenéis? Queredlas cual las hacéis o hacedlas cual las buscáis. Dejad de

solicitar y después con más razón acusaréis la afición de la que os fuere a rogar. Bien con muchas armas fundo que lidia vuestra arrogancia, pues en promesa e instancia

juntáis diablo, carne y mundo.

Page 30: A américa hispânica

Colaborando para formar “A Cidade das Letras” (Angel Rama 1926-83)

A cultura formal na América é uma legitimadora do poder e um anel de proteção.

Page 31: A américa hispânica

Em síntese Sociedade marcada pela adaptação

Por criar novos parâmetros para antigos valores

Normalmente julgada pelos parâmetros “originais” (especialmente europeus)

Page 32: A américa hispânica

Final: As independências

Page 33: A américa hispânica

Diferenças no imaginário visual

USA: “Signing of the Declaration of Independence, painting

John Trumbull 1756-1843 Capitólio (pintado entre 1786-95)

Page 34: A américa hispânica
Page 35: A américa hispânica

Brasil

O Grito do Ipiranga (ou Independência ou Morte) 1888

Pedro Américo (1843-1905)

Page 36: A américa hispânica
Page 37: A américa hispânica

Choque central de concepção

Independência Iluminista

X

Independência Romântica

Page 38: A américa hispânica

Exemplos das frases fundacionais EUA:

Quando no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário a um povo dissolver laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que o levaram a essa separação. (...)

Page 39: A américa hispânica

Brasil

Independência ou morte!

Page 40: A américa hispânica

Outro exemplo Victor Meirelles (1832-1903) Primeira Missa no Brasil (1861) Museu Nacional de Belas Artes Fontes: A primeira Missa em em Kabilie (Horace

Vernet) Carta de Caminha

Page 41: A américa hispânica
Page 42: A américa hispânica
Page 43: A américa hispânica

Releitura: 1948- Portinari

Page 44: A américa hispânica

Humberto Mauro: O descobrimento do Brasil 1937

Page 45: A américa hispânica

EUA

Landing of the Pilgrim Fathers

Charles Lucy (1814-1873)

Page 46: A américa hispânica
Page 47: A américa hispânica

Os pais da nação: Washington e Pedro I

Page 48: A américa hispânica

Pais da Nação: Jefferson e José Bonifácio

Page 49: A américa hispânica

O 4 de julho

Page 50: A américa hispânica

O 7 de setembro

Page 51: A américa hispânica

Diferença

Mais presença popular no movimento de independência no século XVIII

Guerra mais prolongada no processo dos EUA : criação de unidade maior

Page 52: A américa hispânica

Brasil Caráter mais oficial de setembro de 1822

pela presença de D. Pedro I e pela guerra da independência ater sido um foco isolado

A autoridade preexiste ao país

Page 53: A américa hispânica

Resultado de memória

Page 54: A américa hispânica

Dois modelos de bandeira

Page 55: A américa hispânica

Referências Bibliográficas Octavio Paz : “Labirinto da Solidão” e

“Sóror Juana Inés de la Cruz: as armadilhas de fé” .

Angel Rama : “ A Cidade das Letras”. Richard Morse : “O Espelho de Próspero”. Patricia Seed : “Cerimônias de Posse”.