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7/17/2019 A-ALMA http://slidepdf.com/reader/full/a-alma-56913fee23091 1/20 A ALMA Livro dos Espíritos - Introdução II - Objetivo da Encarnação – Perguntas 13 e 133 - A A!"a – Perguntas 13# a 1#$ - Materia!is"o – Perguntas 1#% e 1#& Evange!'o (eg) o Espiritis"os - Li"ites da Encarnação – *ap+ I,+ # - ecessidade da Encarnação – *ap) I,+ . e $ /0nese - Encarnação dos Espíritos – *ap) I+ 1% a 3 Obras P2stu"as - Prossão de 45 Espírita 6aciocinada) A A!"a - 17 parte O LI,6O 8O( E(P96I:O( I:6O8;<=O II Há outra palavra acerca da qual importa igualmente que todos se entendam, por constituir um dos fechos de abóbada de toda doutrina moral e ser objeto de inúmeras controvérsias, à míngua de uma acepço bem determinada! " a palavra alma! # diverg$ncia de opini%es sobre a nature&a da alma provém da aplicaço particular que cada um dá a esse termo! 'ma língua perfeita, em que cada idéia fosse e(pressa por um termo próprio, evitaria muitas discuss%es! )egundo uns, a alma é o princípio da vida material org*nica! +o tem e(ist$ncia própria e se aniquila com a vida é o materialismo puro! +este sentido e por comparaço, di&-se de um instrumento rachado, que nenhum som mais emite no tem alma! .e conformidade com essa opinio, a alma seria efeito e no causa!

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Apostila de estudo do tema "A Alma"

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A ALMALivro dos Espíritos

- Introdução II

- Objetivo da Encarnação – Perguntas 13 e 133

- A A!"a – Perguntas 13# a 1#$

- Materia!is"o – Perguntas 1#% e 1#&

Evange!'o (eg) o Espiritis"os

- Li"ites da Encarnação – *ap+ I,+ #

- ecessidade da Encarnação – *ap) I,+ . e $

/0nese

- Encarnação dos Espíritos – *ap) I+ 1% a 3

Obras P2stu"as

- Prossão de 45 Espírita 6aciocinada) A A!"a - 17 parte

O LI,6O 8O( E(P96I:O(

I:6O8;<=O

II

Há outra palavra acerca da qual importa igualmente que todos seentendam, por constituir um dos fechos de abóbada de toda doutrinamoral e ser objeto de inúmeras controvérsias, à míngua de uma

acepço bem determinada! " a palavra alma! # diverg$ncia deopini%es sobre a nature&a da alma provém da aplicaço particular quecada um dá a esse termo! 'ma língua perfeita, em que cada idéiafosse e(pressa por um termo próprio, evitaria muitas discuss%es!

)egundo uns, a alma é o princípio da vida material org*nica! +o teme(ist$ncia própria e se aniquila com a vida é o materialismo puro!+este sentido e por comparaço, di&-se de um instrumento rachado,que nenhum som mais emite no tem alma! .e conformidade comessa opinio, a alma seria efeito e no causa!

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/ensam outros que a alma é o princípio da intelig$ncia, agenteuniversal do qual cada ser absorve uma certa porço! )egundo esses,no haveria em todo o 'niverso seno uma só alma a distribuircentelhas pelos diversos seres inteligentes durante a vida destes,

voltando cada centelha, mortos ou seres, à fonte comum, a seconfundir com o todo, como os regatos e os rios voltam ao mar,donde saíram! 0ssa opinio difere da precedente em que, nestahipótese, no há em nós somente matéria, subsistindo alguma coisaapós a morte! 1as é quase como se nada subsistisse, porquanto,destituídos de individualidade, no mais teríamos consci$ncia de nósmesmos! .entro desta opinio, a alma universal seria .eus, e cadaser um fragmento da divindade! )imples variante do panteísmo!

)egundo outros, 2nalmente, a alma é um ser moral, distinto,

independente da matéria e que conserva sua individualidade após amorte! 0sta acepço é, sem contradita, a mais geral, porque, debai(ode um nome ou de outro, a idéia desse ser que sobrevive ao corpo seencontra, no estado de crença instintiva, no derivada de ensino,entre todos os povos, qualquer que seja o grau de civili&aço de cadaum! 0ssa doutrina, segundo a qual a alma é causa e no efeito, é ados espiritualistas!

)em discutir o mérito de tais opini%es e considerando apenas o ladolinguístico da questo, diremos que estas tr$s aplicaç%es do termoalma correspondem a tr$s ideias distintas, que demandariam, paraserem e(pressas, tr$s vocábulos diferentes! #quela palavra tem, pois,tríplice acepço e cada um, do seu ponto de vista, pode com ra&ode2ni-la como o fa&! 3 mal está em a língua dispor somente de umapalavra para e(primir tr$s ideias! # 2m de evitar todo equívoco, serianecessário restringir-se a acepço do termo alma a uma daquelasideias! # escolha é indiferente4 o que se fa& mister é o entendimentoentre todos redu&indo-se o problema a uma simples questo deconvenço! 5ulgamos mais lógico tomá-lo na sua acepço vulgar e por

isso chamamos #61# ao ser imaterial e individual que em nós residee sobrevive ao corpo! 1esmo quando esse ser no e(istisse, nopassasse de produto da imaginaço, ainda assim fora preciso umtermo para designá-lo!

+a aus$ncia de um vocábulo especial para traduço de cada uma dasoutras ideias a que corresponde a palavra alma, denominamosPrincípio vital o princípio da vida material e org*nica, qualquer queseja a fonte donde promane, princípio esse comum a todos os seresvivos, desde as plantas até o homem! /ois que pode haver vida come(cluso da faculdade de pensar, o princípio vital é uma propriedade

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da matéria, um efeito que se produ& achando-se a matéria em dadascircunst*ncias! )egundo outros, e esta é a ideia mais comum, elereside em um 7uido especial, universalmente espalhado e do qualcada ser absorve e assimila uma parcela durante a vida, tal como os

corpos inertes absorvem a lu&! 0sse seria ento o uido vital que, naopinio de alguns, em nada difere do 7uido elétrico animali&ado, aoqual também se do os nomes de uido magnético, 7uido nervoso,etc!

)eja como for, um fato há que ninguém ousaria contestar, pois queresulta da observaço é que os seres org*nicos t$m em si uma formaíntima que determina o fen8meno da vida, enquanto essa forçae(iste4 que a vida material é comum a todos os seres org*nicos eindepende da intelig$ncia e do pensamento4 que a intelig$ncia e o

pensamento so faculdades próprias de certas espécies org*nicas42nalmente, que entre as espécies org*nicas dotadas de intelig$ncia ede pensamento há uma dotada também de um senso moral especial,que lhe dá incontestável superioridade sobre as outras a espéciehumana!

9oncebe-se que, com uma acepço múltipla, o termo alma no e(cluio materialismo, nem o panteísmo! 3 próprio espiritualismo podeentender a alma de acordo com uma ou outra das duas primeirasde2niç%es, sem prejuí&o do )er imaterial distinto, a que ento daráum nome qualquer! #ssim, aquela palavra no representa umaopinio é um /roteu, que cada um ajeita a seu bel-pra&er! .aí tantasdisputas intermináveis!

0vitar-se-ia igualmente a confuso, embora usando-se do termo almanos tr$s casos, desde que se lhe acrescentasse um quali2cativoespeci2cando o ponto de vista em que se está colocado, ou aaplicaço que se fa& da palavra! 0sta teria, ento, um carátergenérico, designando, ao mesmo tempo, o princípio da vida material,

o da intelig$ncia e o do senso moral, que se distinguiriam medianteum atributo, como os gases, por e(emplo, que se distinguemaditando-se ao termo genérico as palavras hidrogênio, oxigênio ouazoto! /oderse-ia, assim di&er, e talve& fosse o melhor, a alma vital -indicando o princípio da vida material4 a alma intelectual - o princípioda intelig$ncia, e a alma espírita - o da nossa individualidade após amorte! 9omo se v$, tudo isto no passa de uma questo de palavras,mas questo muito importante quando se trata de nos fa&ermosentendidos! .e conformidade com essa maneira de falar, a alma vitalseria comum a todos os seres org*nicos plantas, animais e homens4

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a alma intelectual pertenceria aos animais e aos homens4 e a almaespírita somente ao homem!

 5ulgamos dever insistir nestas e(plicaç%es pela ra&o de que adoutrina espírita repousa naturalmente sobre a e(ist$ncia, em nós, de

um ser independente da matéria e que sobrevive ao corpo! # palavraalma, tendo que aparecer com freq:$ncia no curso desta obra,cumpria 2(ássemos bem o sentido que lhe atribuímos, a 2m deevitarmos qualquer engano!

/assemos agora ao objeto principal desta instruço preliminar!

Objetivo da encarnação

;<=! Qual o objetivo da encarnaço dos !spíritos"

>.eus lhes imp%e a encarnaço com o 2m de fa&$-los chegar àperfeiço! /ara uns, é e(piaço4 para outros, misso! 1as, paraalcançarem essa perfeiço, têm #ue sofrer todas as vicissitudes daexistência corporal nisso é que está a e(piaço! ?isa ainda outro 2ma encarnaço o de p8r o 0spírito em condiç%es de suportar a parteque lhe toca na obra da criaço! /ara e(ecutá-la é que, em cadamundo, toma o 0spírito um instrumento, de harmonia com a matériaessencial desse mundo, a 2m de aí cumprir, daquele ponto de vista,as ordens de .eus! " assim que, concorrendo para a obra geral, ele

próprio se adianta!@

# aço dos seres corpóreos é necessária à marcha do 'niverso! .eus,porém, na )ua sabedoria, quis que nessa mesma aço elesencontrassem um meio de progredir e de se apro(imar .ele! .estemodo, por uma admirável lei da /rovid$ncia, tudo se encadeia, tudo ésolidário na +ature&a!

;<<! $êm necessidade de encarnaço os !spíritos #ue, desde o princípio, seguiram o caminho do bem"

>Aodos so criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas etribulaç%es da vida corporal! .eus, que é justo, no podia fa&er feli&esa uns, sem fadigas e trabalhos, conseguintemente sem mérito!@

aB - %as, ento, de #ue serve aos !spíritos terem seguido o caminhodo bem, se isso no os isenta dos sofrimentos da vida corporal"

>9hegam mais depressa ao 2m! .emais, as a7iç%es da vida somuitas ve&es a consequ$ncia da imperfeiço do 0spírito! Cuanto

menos imperfeiç%es, tanto menos tormentos! #quele que no é

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invejoso, nem ciumento, nem avaro, nem ambicioso, nosofrerá astorturas que se originam desses defeitos!@

A a!"a

;<D! Que é a alma">'m 0spírito encarnado!@

aB - Que era a alma antes de se unir ao corpo"

>0spírito!@

bB & 's almas e os !spíritos so, portanto, idênticos, a mesma coisa"

>)im, as almas no so seno os 0spíritos! #ntes de se unir ao corpo,

a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível, osquais temporariamente revestem um invólucro carnal para sepuri2carem e esclarecerem!@

;<E! () no homem alguma outra coisa além da alma e do corpo"

>Há o laço que liga a alma ao corpo!@

aB & *e #ue natureza é esse laço"

>)emimaterial, isto é, de nature&a intermédia entre o 0spírito e o

corpo! " preciso que seja assim para que os dois se possamcomunicar um com o outro! /or meio desse laço

é que o 0spírito atua sobre a matéria e reciprocamente!@

3 homem é, portanto, formado de tr$s partes essenciais

;F - o corpo ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelomesmo princípio vital4

=F - a alma, 0spírito encarnado que tem no corpo a sua habitaço4

<F - o princípio intermediário, ou perispírito, subst*ncia semimaterialque serve de primeiro envoltório ao 0spírito e liga a alma ao corpo!

 Aais, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca!

;<G! ' alma independe do princípio vital"

>3 corpo no é mais do que envoltório, repetimo-lo constantemente!@

aB & Pode o corpo existir sem a alma"

>/ode4 entretanto, desde que cessa a vida do corpo, a alma oabandona! #ntes do nascimento, ainda no há unio de2nitiva entre a

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alma e o corpo4 enquanto que, depois dessa unio se haverestabelecido, a morte do corpo rompe os laços que o prendem à almae esta o abandona! # vida org*nica pode animar um corpo sem alma,mas a alma no pode habitar um corpo privado de vida org*nica!@

bB & Que seria o nosso corpo, se no tivesse alma"

>)imples massa de carne sem intelig$ncia, tudo o que quiserdes,e(ceto um homem!@

;<! +m !spírito pode encarnar a um tempo em dois corposdiferentes"

>+o, o 0spírito é indivisível e no pode animar simultaneamente doisseres distintos!@ I?er, em -ivro dos %édiuns, o capítulo ?JJ, >.a

bicorporeidade e da trans2guraço!@B;<K! Que se deve pensar da opinio dos #ue consideram a alma o princípio da vida material"

>" uma questo de palavras, com que nada temos! 9omeçai por vosentenderdes mutuamente!@

;<L! 'lguns !spíritos e, antes deles, alguns .l/sofos de.niram a almacomo sendo0 1uma centelha anímica emanada do grande $odo23 Por #ue essa contradiço"

>+o há contradiço! Audo depende das acepç%es das palavras! /orque no tendes uma palavra para cada coisaM@

3 vocábulo alma se emprega para e(primir coisas muito diferentes!'ns chamam alma ao princípio da vida e, nesta acepço, se pode comacerto di&er, .guradamente, que a

alma é uma centelha anímica emanada do grande Aodo! 0stas últimaspalavras indicam a fonte universal do princípio vital de que cada ser

absorve uma porço e que, após a morte, volta à massa donde saiu!0ssa ideia de nenhum modo e(clui a de um ser moral, distinto,independente da matéria e que conserva sua individualidade! # esseser, igualmente, se dá o nome de alma e nesta acepço é que sepode di&er que a alma é um 0spírito encarnado!

.ando da alma de2niç%es diversas, os 0spíritos falaram de acordocom o modo por que aplicavam a palavra e com as ideias terrenas deque ainda estavam mais ou menos imbuídos! Jsto resulta dade2ci$ncia da linguagem humana, que no disp%e de uma palavrapara cada ideia, donde uma imensidade de equívocos e discuss%es!

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0is por que os 0spíritos superiores nos di&em que primeiro nosentendamos acerca das palavras! I;B

;DN! Que se deve pensar da teoria da alma subdividida em tantas partes #uantos so os m4sculos e presidindo assim a cada uma das

funç5es do corpo"

>#inda isto depende do sentido que se empreste à palavra alma! )ese entende por alma o 7uido vital, essa teoria tem ra&o de ser4 se seentende por alma o 0spírito encarnado, é err8nea! 5á dissemos que o0spírito é indivisível! 0le imprime movimento aos órgos, servindo-sedo 7uido intermediário, sem que para isso se divida!@

aB - !ntretanto, alguns !spíritos deram essa de.niço3

>3s 0spíritos ignorantes podem tomar o efeito pela causa!@ OOOOOOOOOOO 

I;B ?er, na Introdução, a e(plicaço sobre o termo a!"a, P JJ!

# alma atua por intermédio dos órgos e os órgos so animados pelo7uido vital, que por eles se reparte, e(istindo em maior abund*ncianos que so centros ou focos de movimento! 0sta e(plicaço, porém,no procede, desde que se considere a alma como sendo o 0spíritoque habita o corpo durante a vida e o dei(a por ocasio da morte!

;D;! () alguma coisa de verdadeiro na opinio dos #ue pretendem#ue a alma é exterior ao corpo e o circunvolve"

># alma no se acha encerrada no corpo, qual pássaro numa gaiola!Jrradia e se manifesta e(teriormente, como a lu& através de um globode vidro, ou como o som em torno de um centro de sonoridade! +estesentido se pode di&er que ela é e(terior, sem que por isso constitua oenvoltório do corpo! # alma tem dois invólucros! 'm, sutil e leve é oprimeiro, ao qual chamas  perispírito, outro, grosseiro, material epesado, o corpo! # alma é o centro de todos os envoltórios, como ogérmen em um núcleo, já o temos dito!@

;D=! Que dizeis dessa outra teoria segundo a #ual a alma, numacriança, se vai completando a cada período da vida"

>3 0spírito é uno e está todo na criança, como no adulto! 3s órgos,ou instrumentos das manifestaç%es da alma, é que se desenvolvem ecompletam! #inda aí tomam o efeito pela causa!@

;D<! Por #ue todos os !spíritos no de.nem do mesmo modo a alma"

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>3s 0spíritos no se acham todos esclarecidos igualmente sobre estesassuntos! Há 0spíritos de intelig$ncia ainda limitada, que nocompreendem as coisa abstratas! )o como as crianças entre vós!

 Aambém há 0spíritos pseudo-sábios, que fa&em alarde de palavras,

para se imporem, ainda como sucede entre vós! .epois, os próprios0spíritos esclarecidos podem e(primir-se em termos diferentes, cujovalor, entretanto, é, substancialmente, o mesmo, sobretudo quandose trata de coisas que a vossa linguagem se mostra impotente paratradu&ir com clare&a! Qecorrem ento a 2guras, a comparaç%es, quetomais como realidade!@

;DD! Que se deve entender por alma do mundo"

>3 princípio universal da vida e da intelig$ncia, do qual nascem as

individualidades! 1as, os que se servem dessa e(presso no secompreendem, as mais das ve&es, uns aos outros! 3 termo alma é toelástico que cada um o interpreta ao sabor de suas fantasias!

 Aambém a Aerra ho atribuído uma alma! /or alma da Aerra se deveentender o conjunto dos 0spíritos abnegados, que dirigem para o bemas vossas aç%es, quando os escutais, e que, de certo modo, so oslugar-tenentes de .eus com relaço ao vosso planeta!@

;DE! 6omo se explica #ue tantos .l/sofos antigos e modernos,

durante to longo tempo, hajam discutido sobre a ciência psicol/gicae no tenham chegado ao conhecimento da verdade"

>0sses homens eram precursores da eterna .outrina 0spírita!/repararam os caminhos! 0ram homens e, como tais, se enganaram,tomando suas próprias ideias pela lu&!

+o entanto, mesmo os seus erros servem para realçar a verdade,mostrando o pró e o contra!

.emais, entre esses erros se encontram grandes verdades que um

estudo comparativo torna apreensíveis!@

;DG! ' alma tem, no corpo, sede determinada e circunscrita"

>+o4 porém, nos grandes g$nios, em todos os que pensam muito, elareside mais particularmente na cabeça, ao passo que ocupaprincipalmente o coraço naqueles que muito sentem e cujas aç%est$m todas por objeto a Humanidade!@

aB - Que se deve pensar da opinio dos #ue situam a alma num

centro vital"

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>Cuer isso di&er que o 0spírito habita de prefer$ncia essa parte dovosso organismo, por ser aí o ponto de converg$ncia de todas assensaç%es! 3s que a situam no que consideram o centro davitalidade, esses a confundem com o 7uido ou princípio vital! /ode,

todavia, di&er-se que a sede da alma se encontra especialmente nosórgos que servem para as manifestaç%es intelectuais e morais!@

Materia!is"o

;D! Por #ue é #ue os anatomistas, os .siologistas e, em geral, os#ue aprofundam a ciência da 7atureza, so, com tanta fre#uência,levados ao materialismo"

>3 2siologista refere tudo ao que v$! 3rgulho dos homens, que julgamsaber tudo e no admitem haja coisa alguma que lhes esteja acima

do entendimento! # própria ci$ncia que cultivam os enche depresunço! /ensam que a +ature&a nada lhes pode conservar oculto!@

;DK! 7o é de lastimar #ue o materialismo seja uma conse#uência deestudos #ue deveriam, contrariamente, mostrar ao homem asuperioridade da inteligência #ue governa o mundo" *eve&se daí concluir #ue so perigosos"

>+o é e(ato que o materialismo seja uma consequ$ncia dessesestudos! 3 homem é que deles tira uma consequ$ncia falsa, pela

ra&o de lhe ser dado abusar de tudo, mesmo das melhores coisas!#cresce que o nada os amedronta mais do que eles quereriam queparecesse, e os espíritos fortes, quase sempre, so antes fanfarr%esdo que bravos! +a sua maioria, só so materialistas porque no t$mcom que encher o va&io do abismo que diante deles se abre! 1ostrai-lhes uma *ncora da salvaço e a ela se agarraro pressurosamente!@

O E,A/EL>O (E/;8O O E(PI6I:I(MOLi"ites da encarnação

=D! Quais os limites da encarnaço"

# bem di&er, a encarnaço carece de limites precisamente traçados,se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do0spírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui àproporço que o 0spírito se puri2ca! 0m certos mundos maisadiantados do que a Aerra, já ele é menos compacto, menos pesado emenos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes!

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0m grau mais elevado, é diáfano e quase 7uídico! ?aidesmateriali&ando-se de grau em grau e acaba por se confundir como perispírito! 9onforme o mundo em que é levado a viver, o 0spíritoreveste o invólucro apropriado à nature&a desse mundo!

3 próprio periespírito passa por transformaç%es sucessivas! Aorna-secada ve& mais etéreo, até à depuraço completa, que é a condiçodos puros 0spíritos! )e mundos especiais so destinados a 0spíritosde grande adiantamento, estes últimos no lhes 2cam presos, comonos mundos inferiores! 3 estado de desprendimento em que seencontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as miss%esque lhes estejam con2adas!

)e se considerar do ponto de vista material a encarnaço, tal como se

veri2ca na Aerra, poder-se-á di&er que ela se limita aos mundosinferiores! .epende, portanto, de o 0spírito libertar-se dela mais oumenos rapidamente, trabalhando pela sua puri2caço!

.eve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é,no intervalo das e(ist$ncias corporais, a situaço do 0spírito guardarelaço com a nature&a do mundo a que o liga o grau do seuadiantamento! #ssim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso,livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmateriali&ado! 8!-uís3 I/aris, ;KEL!B

ecessidade da encarnação

=E3 9 um castigo a encarnaço e somente os !spíritos culpados estosujeitos a sofrêla"

# passagem dos 0spíritos pela vida corporal é necessária para queeles possam cumprir, por meio de uma aço material, os desígnioscuja e(ecuço .eus lhes con2a! "-lhes necessária, a bem deles, vistoque a atividade que so obrigados a e(ercer lhes au(ilia o

desenvolvimento da intelig$ncia! )endo soberanamente justo, .eustem de distribuir tudo igualmente por todos os seus 2lhos4 assim éque estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesmaaptido, as mesmas obrigaç5es a cumprir e a mesma liberdade de proceder3 Cualquer privilégio seria uma prefer$ncia, uma injustiça!1as, a encarnaço para todos os 0spíritos, é apenas um estadotransitório! 0 uma tarefa que .eus lhes imp%e, quando iniciam a vida,como primeira e(peri$ncia do uso que faro do livre arbítrio!

3s que desempenham com &elo essa tarefa transp%em rapidamente e

menos penosamente os primeiros graus da iniciaço e mais cedogo&am do fruto de seus labores! 3s que, ao contrário, usam mal da

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liberdade que .eus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja aobstinaço que demonstrem, podem prolongar inde2nidamente anecessidade da reencarnaço e é quando se torna um castigo! - 83-uís3 I/aris, ;KEL!B

A /?E(E

Encarnação dos Espíritos

;! - 3 0spiritismo ensina de que maneira se opera a unio do 0spíritocom o corpo, na encarnaço!

/ela sua ess$ncia espiritual, o 0spírito é um ser inde2nido, abstrato,

que no pode ter aço direta sobre a matéria, sendo-lheindispensável um intermediário, que é o envoltório 7uídico, o qual, decerto modo, fa& parte integrante dele! " semimaterial esse envoltório,isto é, pertence à matéria pela sua origem e à espiritualidade pelasua nature&a etérea! 9omo toda matéria, ele é e(traído do 7uidocósmico universal que, nessa circunst*ncia, sofre unia modi2caçoespecial! 0sse envoltório, denominado perispírito, fa& de um serabstrato, do 0spírito, um ser concreto, de2nido, apreensível pelopensamento! Aorna-o apto a atuar sobre a matéria tangível, conforme

se dá com todos os 7uidos imponderáveis, que so, como se sabe, osmais poderosos motores!

3 7uido perispirítico constitui, pois, o traço de unio entre o 0spírito ea matéria! 0nquanto aquele se acha unido ao corpo, serve-lhe ele deveículo ao pensamento, para transmitir o movimento às diversaspartes do organismo, as quais atuam sob a impulso da sua vontadee para fa&er que repercutam no 0spírito as sensaç%es que os agentese(teriores produ&am! )ervem-lhe de 2os condutores os nervos como,no telégrafo, ao 7uido elétrico serve de condutor o 2o metálico!

;K! - Cuando o 0spírito tem de encarnar num corpo humano em viasde formaço, um laço 7uídico, que mais no é do que uma e(pansodo seu perispírito, o liga ao gérmen que o atraí por uma forçairresistível, desde o momento da concepço! # medida que o gérmense desenvolve, o laço se encurta! )ob a in7u$ncia do princípio vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades damatéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formaço, dondeo poder di&er-se que o 0spírito, por intermédio do seu perispírito, seenraí&a, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra!

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Cuando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é aunio4 nasce ento o ser para a vida e(terior!

/or um efeito contrário, a unio do perispírito e da matéria carnal,que se efetuara sob a in7u$ncia do princípio vital do gérmen, cessa,

desde que esse princípio dei(a de atuar, em conseq:$ncia dadesorgani&aço do corpo! 1antida que era por uma força atuante, talunio se desfa&, logo que essa força dei(a de atuar! 0nto, operispírito se desprende, molécula a molécula, conforme se unira, eao 0spírito é restituída a liberdade! #ssim, no é a partida do 0spíritoque causa a morte do corpo4 esta é que determina a partida do0spírito!

.ado que, um instante após a morte, completa é a integraço do

0spírito4 que suas faculdades adquirem até maior poder depenetraço, ao passo que o princípio de vida se acha e(tinto nocorpo, provado evidentemente 2ca que so distintos o princípio vital eo princípio espiritual!

;L! - 3 0spiritismo, pelos fatos cuja observaço ele faculta, dá aconhecer os fen8menos que acompanham essa separaço, que, àsve&es, é rápida, fácil, suave e insensível, ao passo que doutras élenta, laboriosa, horrivelmente penosa, conforme o estado moral do0spírito, e pode durar meses inteiros!

=N! - 'm fen8meno particular, que a observaço igualmente assinala,acompanha sempre a encarnaço do 0spírito! .esde que este éapanhado no laço 7uídico que o prende ao gérmen, entra cm estadode perturbaço, que aumenta, à medida que o laço se aperta,perdendo o 0spírito, nos últimos momentos, toda a consci$ncia de sipróprio, de sorte que jamais presencia o seu nascimento! Cuando acriança respira, começa o 0spírito a recobrar as faculdades, que sedesenvolvem à proporço que se formam e consolidam os órgos quelhes ho de servir às manifestaç%es!

=;! - 1as, ao mesmo tempo que o 0spírito recobra a consci$ncia de simesmo, perde a lembrança do seu passado, sem perder asfaculdades, as qualidades e as aptid%es anteriormente adquiridas,que haviam 2cado temporariamente em estado de lat$ncia e que,voltando à atividade, vo ajudá-lo a fa&er mais e melhor do queantes! 0le renasce qual se 2&era pelo seu trabalho anterior4 o seurenascimento lhe é um novo ponto de partida, um novo degrau asubir! #inda aí a bondade do 9riador se manifesta, porquanto,

adicionada aos amargores de uma nova e(ist$ncia, a lembrança,muitas ve&es a7itiva e humilhante, do passado, poderia turbá-lo e lhe

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criar embaraços! 0le apenas se lembra do que aprendeu, por lhe serisso útil! )e às ve&es lhe é dado ter uma intuiço dos acontecimentospassados, essa intuiço é como a lembrança de um sonho fugitivo! 0i-lo, pois, novo homem por mais antigo que seja como 0spírito! #dota

novos processos, au(iliado pelas suas aquisiç%es precedentes!Cuando retorna à vida espiritual, seu passado se lhe desdobra diantedos olhos e ele julga de como empregou o tempo, se bem ou mal!

==! - +o há, portanto, soluço de continuidade na vida espiritual,sem embargo do esquecimento do passado! 9ada 0spírito é sempre omesmo eu, antes, durante e depois da encarnaço, sendo esta,apenas, uma fase da sua e(ist$ncia! 3 próprio esquecimento se dáto-só no curso da vida e(terior de relaço! .urante o sono,

desprendido, em parte, dos liames carnais, restituído à liberdade e àvida espiritual, o 0spírito se lembra, pois que, ento, já no tem aviso to obscurecida pela matéria!

=<! - Aomando-se a Humanidade no grau mais ín2mo da escalaespiritual, como se encontra entre os mais atrasados selvagens,perguntar-se-á se é aí o ponto inicial da alma humana!

+a opinio de alguns 2lósofos espiritualistas, o princípio inteligente,distinto do princípio material, se individuali&a e elabora, passando

pelos diversos graus da animalidade! " aí que a alma se ensaia para avida e desenvolve, pelo e(ercício, suas primeiras faculdades! 0sseseria para ela, por assim di&er, o período de incubaço! 9hegada aograu de desenvolvimento que esse estado comporta, ela recebe asfaculdades especiais que constituem a alma humana!

Haveria assim 2liaço espiritual do animal para o homem, como há2liaço corporal!

0ste sistema, fundado na grande lei de unidade que preside à criaço,

corresponde, forçoso é convir, à justiça e à bondade do 9riador4 dáuma saída, uma 2nalidade, um destino aos animais, que dei(amento de formar uma categoria de seres deserdados, para terem, nofuturo que lhes está reservado, uma compensaço a seussofrimentos! 3 que constitui o homem espiritual no é a sua origemso os atributos especiais de que ele se apresenta dotado ao entrarna humanidade, atributos que o transformam, tornando-o um serdistinto, como o fruto saboroso é distinto da rai& amarga que lhe deuorigem! /or haver passado pela 2eira da animalidade, o homem nodei(aria de ser homem4 já no seria animal, como o fruto no é a rai&,como o sábio no é o feto informe que o p8s no mundo!

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1as, este sistema levanta múltiplas quest%es, cujos prós e contrasno é oportuno discutir aqui, como no o é o e(ame das diferenteshipóteses que se t$m formulado sobre este assunto! )em, pois,pesquisarmos a origem do 0spírito, sem procurarmos conhecer as

2eiras pelas quais haja ele, porventura, passado, tomamo-lo ao entrarna humanidade, no ponto em que, dotado de senso moral e de livre-arbítrio, começa a pesar-lhe a responsabilidade dos seus atos!

=D! - # obrigaço que tem o 0spírito encarnado de prover ao alimentodo corpo, à sua segurança, ao seu bem-estar, o força a empregarsuas faculdades em investigaç%es, a e(ercitá-las e desenvolv$-las!Rtil, portanto, ao seu adiantamento é a sua unio com a matéria! .aí o constituir uma necessidade a encarnaço! #lém disso, pelo trabalhointeligente que ele e(ecuta em seu proveito, sobre a matéria, au(ilia

a transformaço e o progresso material do globo que lhe serve dehabitaço! " assim que, progredindo, colabora na obra do 9riador, daqual se torna fator inconsciente!

=E! - Aodavia, a encarnaço do 0spírito no é constante, nemperpétua é transitória! .ei(ando um corpo, ele no retomaimediatamente outro! .urante mais ou menos considerável lapso detempo, vive da vida espiritual, que é sua vida normal, de tal sorte queinsigni2cante vem a ser o tempo que lhe duram as encarnaç%es, secomparado ao que passa no estado de 0spírito livre!

+o intervalo de suas encarnaç%es, o 0spírito progride igualmente, nosentido de que aplica ao seu adiantamento os conhecimentos e ae(peri$ncia que alcançou no decorrer da vida corporal4 e(amina oque fe& enquanto habitou a Aerra, passa em revista o que aprendeu,reconhece suas faltas, traça planos e toma resoluç%es pelas quaisconta guiar-se em nova e(ist$ncia, com a ideia de melhor se condu&ir!.esse jeito, cada e(ist$ncia representa um passo para a frente nocaminho do progresso, um a espécie de escola de aplicaço!

=G! - +ormalmente, a encarnaço no é uma puniço para o 0spírito,conforme pensam alguns, mas uma condiço inerente à inferioridadedo 0spírito e um meio de ele progredir! I3 9éu e o Jnferno, cap! JJJ, nosK e seguintes!B

S medida que progride moralmente, o 0spírito se desmateriali&a, istoé, depura-se, com o subtrair-se à in7u$ncia da matéria4 sua vida seespirituali&a, suas faculdades e percepç%es se ampliam4 suafelicidade se torna proporcional ao progresso reali&ado! 0ntretanto,

como atua em virtude do seu livre-arbítrio, pode ele, por neglig$nciaou má-vontade, retardar o seu avanço4 prolonga, conseguintemente,

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a duraço de suas encarnaç%es materiais, que, ento, se lhe tornamuma puniço, pois que, por falta sua, ele permanece nas categoriasinferiores, obrigado a recomeçar a mesma tarefa! .epende, pois, do0spírito abreviar, pelo trabalho de depuraço e(ecutado sobre si

mesmo, a e(tenso do período das encarnaç%es!=! - 3 progresso material de um planeta acompanha o progressomoral de seus habitantes! 3ra, sendo incessante, como é, a criaçodos mundos e dos 0spíritos e progredindo estes mais ou menosrapidamente, conforme o uso que façam do livre-arbítrio, segue-seque há mundos mais ou menos antigos, em graus diversos deadiantamento físico e moral, onde é mais ou menos material aencarnaço e onde, por conseguinte, o trabalho, para os 0spíritos, émais ou menos rude! .este ponto de vista, a Aerra é um dos menos

adiantados!

/ovoada de 0spíritos relativamente inferiores, a vida corpórea é aí mais penosa do que noutros orbes, havendo-os também maisatrasados, onde a e(ist$ncia é ainda mais penosa do que na Aerra eem confronto com os quais esta seria, relativamente, um mundoditoso!

=K! - Cuando, em um mundo, os 0spíritos ho reali&ado a soma deprogresso que o estado desse mundo comporta, dei(am-no para

encarnar em outro mais adiantado, onde adquiram novosconhecimentos e assim por diante, até que, no lhes sendo mais deproveito algum a encarnaço cm corpos materiais, passam a vivere(clusivamente da vida espiritual, em a qual continuam a progredir,mas noutro sentido e por outros meios! 9hegados ao pontoculminante do progresso, go&am da suprema felicidade! #dmitidosnos conselhos do 3nipotente, conhecem-lhe o pensamento e setornam seus mensageiros, seus ministros diretos no governo dosmundos, tendo sob suas ordens os 0spíritos de todos os graus de

adiantamento!#ssim, qualquer que seja o grau em que se achem na hierarquiaespiritual, do mais ín2mo ao mais elevado, t$m eles suas atribuiç%esno grande mecanismo do 'niverso4 todos so úteis ao conjunto, aomesmo tempo que a si próprios! #os menos adiantados, como asimples serviçais, incumbe o desempenho, a princípio inconsciente,depois, cada ve& mais inteligente, de tarefas materiais! /or todaparte, no mundo espiritual, atividade, em nenhum ponto a ociosidadeinútil!

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# coletividade dos 0spíritos constitui, de certo modo, a alma do'niverso!

/or toda parte, o elemento espiritual é que atua em tudo, sob oin7u(o do pensamento divino! )em esse elemento, só há matéria

inerte, carente de 2nalidade, de intelig$ncia, tendo por único motoras forças materiais, cuja e(clusividade dei(a insolúveis umaimensidade de problemas! 9om a aço do elemento espiritualindividuali&ado, tudo tem uma 2nalidade, uma ra&o de ser, tudo see(plica!

/rescindindo da espiritualidade, o homem esbarra em di2culdadesinsuperáveis!

=L! - Cuando a Aerra se encontrou em condiç%es climáticas

apropriadas à e(ist$ncia da espécie humana, encarnaram nela0spíritos humanos! .onde vinhamM Cuer eles tenham sido criadosnaquele momento4 quer tenham procedido, completamenteformados, do espaço, de outros mundos, ou da própria Aerra, apresença deles nesta, a partir de certa época, $ um fato, pois queantes deles só animais havia! Qevestiram-se de corpos adequados àssuas necessidades especiais, às suas aptid%es, e que,2sionomicamente, tinham as características da animalidade! )ob ain7u$ncia deles e por meio do e(ercício de suas faculdades, esses

corpos se modi2caram e aperfeiçoaram é o que a observaçocomprova! .ei(emos ento de lado a questo da origem, insolúvelpor enquanto4 consideremos o 0spírito, no em seu ponto de partida,mas no momento em que, manifestando-se nele os primeirosgermens do livre-arbítrio e do senso moral o vemos a desempenhar oseu papel humanitário, sem cogitarmos do meio onde hajatranscorrido o período de sua inf*ncia, ou, se o preferirem, de suaincubaço! 1au grado a analogia do seu envoltório com o dosanimais, poderemos diferençá-lo destes últimos pelas faculdades

intelectuais e morais que o caracteri&am! como, debai(o das mesmasvestes grosseiras, distinguimos o rústico do homem civili&ado!

<N! - 9onquanto devessem ser pouco adiantados os primeiros quevieram, pela ra&o mesma de terem de encarnar em corpos muitoimperfeitos, diferenças sensíveis haveria decerto entre seuscaracteres e aptid%es! 3s que se assemelhavam, naturalmente seagruparam por analogia e simpatia! #chou-se a Aerra, assim, povoadade 0spíritos de diversas categorias, mais ou menos aptos ou rebeldesao progresso! Qecebendo os corpos a impresso do caráter do 0spírito

e procriando-se esses corpos na conformidade dos respectivos tipos,

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resultaram daí diferentes raças, quer quanto ao físico, quer quanto aomoral InF ;;B!

9ontinuando a encarnar entre os que se lhes assemelhavam, os0spíritos similares perpetuaram o caráter distintivo, físico e moral,

das raças e dos povos, caráter que só com o tempo desaparece,mediante a fuso e o progresso deles!

I6evue (pirite, julho de ;KGN, página ;LK TUrenologia e2siognomiaV!B

<;! - /odem comparar-se os 0spíritos que vieram povoar a Aerra aesses bandos de emigrantes de origens diversas, que voestabelecer-se numa terra virgem, onde encontram madeira e pedrapara erguerem habitaç%es, cada um dando à sua um cunho especial,

de acordo com o grau do seu saber e com o seu g$nio particular!Wrupam-se ento por analogia de origens e de gostos, acabando osgrupos por formar tribos, em seguida povos, cada qual com costumese caracteres próprios!

<=! - +o foi, portanto, uniforme o progresso em toda a espéciehumana!

9omo era natural, as raças mais inteligentes adiantaram-se às outras,mesmo sem se levar em conta que muitos 0spíritos recém-nascidos

para a vida espiritual, vindo encarnar na Aerra juntamente com osprimeiros aí chegados, tornaram ainda mais sensível a diferença emmatéria de progresso! Uora, com efeito, impossível atribuir-se amesma ancianidade de criaço aos selvagens, que mal se distinguemdo macaco, e aos chineses, nem, ainda menos, aos europeuscivili&ados!

0ntretanto, os 0spíritos dos selvagens também fa&em parte daHumanidade e alcançaro um dia o nível em que se acham seus

irmos mais velhos! 1as, sem dúvida, no será em corpos da mesmaraça física, impróprios a um certo desenvolvimento intelectual emoral! Cuando o instrumento já no estiver em correspond$ncia como progresso que hajam alcançado, eles emigraro daquele meio, paraencarnar noutro mais elevado e assim por diante, até que tenhamconquistado todas as graduaç%es terrestres, ponto em que dei(aro a

 Aerra, para passar a mundos mais avançados! IQevue )pirite, abril de;KG=, pág! L T/erfectibilidade da raça negraV!B

O@6A( P(:;MA(

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P6O4I((=O 8E 4B E(P96I:A 6A*IO*IA8A

A ALMA

C II D A ALMA

#) > no 'o"e" u" princípio inte!igente a Fue se c'a"a #61#ou 0)/XQJA3, independente da "at5ria+ e Fue !'e d o senso"ora! e a Gacu!dade de pensar)

)e o pensamento fosse propriedade da matéria teríamos a matériabruta a pensar! 3ra, como ninguém nunca viu a matéria inerte dotadade faculdades intelectuais4 como, quando o corpo morre, no maispensa, forçoso é se conclua que a alma independe da matéria e queos órgos no passam de instrumentos com que o homem manifesta

seu pensamento!.) As doutrinas "ateria!istas são inco"patíveis co" a "ora! esubversivas da orde" socia!)

)e, conforme pretendem os materialistas, o pensamento fossesegregado pelo cérebro, como a bílis o é pelo fígado, seguir-se-ia que,morto o corpo, a intelig$ncia do homem e todas as suas qualidadesmorais recairiam no nada4 que os nossos parentes, os amigos e todosquantos houvessem tido a nossa afeiço estariam irremissivelmente

perdidos4 que o homem de g$nio careceria de mérito, pois quesomente ao acaso da sua organi&aço seria devedor das faculdadestranscendentes que revela4 que entre o imbecil e o sábio apenashaveria a diferença de mais ou menos subst*ncia cerebral!

#s consequ$ncias dessa doutrina seriam que, nada podendo esperarpara depois desta vida, nenhum interesse teria o homem em fa&er obem4 que muito natural seria procurasse ele a maior soma possível dego&os, mesmo à custa dos outros4 que o sentimento mais racionalseria o egoísmo4 que aquele que fosse persistentemente desgraçado

na Aerra, nada de melhor teria a fa&er, do que se matar, porquanto,destinado a mergulhar no nada, isso no lhe seria nem pior, nemmelhor, ao passo que de tal forma abreviaria seus sofrimentos!

# doutrina materialista é, pois, a sanço do egoísmo, origem de todosos vícios4 a negaço da caridade Y origem de todas as virtudes ebase da ordem social Y e seria ainda, a justi2caço do suicídio!

$) O Espiritis"o prova a eHist0ncia da a!"a)

/rovam a e(ist$ncia da alma os atos inteligentes do homem, por issoque eles ho de ter uma causa inteligente e no uma causa inerte!

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Cue ela independe da matéria está demonstrado de modo patentepelos fen8menos espíritas que a mostram agindo por si mesma e oestá, sobretudo, pelo seu insulamento durante a vida, o que lhepermite manifestar-se, pensar e agir sem o corpo!

/ode-se di&er que, se a química separou os elementos da água4 se,dessa maneira, p8s a descoberto as propriedades desses elementos ese pode, à sua vontade, fa&er e desfa&er um corpo composto, o0spiritismo, igualmente, pode isolar os dois elementos constitutivosdo homem o Espírito e a "at5ria+ a a!"a e o corpo, separá-los ereuni-los à vontade, o que no dei(a dúvida sobre a independ$ncia deuma e outro!

%) A a!"a do 'o"e" sobrevive ao corpo e conserva a sua

individua!idade ap2s a "orte deste))e a alma no sobrevivesse ao corpo, o homem só teria porperspectiva o nada, do mesmo modo que se a faculdade de pensarfosse produto da matéria! )e no conservasse a sua individualidade,isto é, se se dissolvesse no reservatório comum chamado o grandetodo, como as gotas dZágua no 3ceano, seria igualmente, para ohomem, o nada do pensamento e as consequ$ncias seriamabsolutamente as mesmas que se no houvesse alma!

# sobreviv$ncia desta à morte do corpo está provada de maneirairrecusável e até certo ponto palpável, pelas comunicaç%es espíritas!)ua individualidade é demonstrada pelo caráter e pelas qualidadespeculiares a cada um!

0ssas qualidades, que distinguem umas das outras as almas, lhesconstituem a personalidade! )e as almas se confundissem num todocomum, uniformes seriam as suas qualidades!

#lém dessas provas inteligentes, há também a prova material das

manifestaç%es visuais, ou apariç%es, to frequentes e aut$nticas, queno é lícito p8-las em dúvida!

&) A a!"a do 'o"e" 5 ditosa ou desgraçada depois da "orte+conGor"e 'aja Geito o be" ou o "a! durante a vida)

0m se admitindo um .eus soberanamente justo, no se pode admitirque as almas tenham todas a mesma sorte! )e a posiço futura docriminoso houvesse de ser a mesma que a do homem virtuoso,e(cluída estaria toda a utilidade da prática do bem! 3ra, supor que

.eus no fa& diferença entre o que pratica o bem e o que pratica omal fora negar-lhe a justiça!

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+em sempre recebendo puniço o mal e recompensa o bem, durantea vida terrenal, deve-se concluir daí que a justiça será feita depois,sem o que .eus no seria justo!

#s penas e os go&os futuros esto, ao demais, provados pelas

comunicaç%es que os homens podem estabelecer com as almas dosque aqui viveram e que v$m descrever o estado em que seencontram, ditoso ou infeli&, a nature&a de suas alegrias ou de seussofrimentos e enumerar-lhes as causas!

) 8eus+ a!"a+ sobreviv0ncia e individua!idade da a!"a ap2s a"orte do corpo+ penas e reco"pensas Guturas constitue" osprincípios Gunda"entais de todas as re!igiJes)

3 0spiritismo junta às provas morais desses princípios as provas

materiais dos fatos e da e(perimentaço e corta cerce os so2smas domaterialismo! 0m presença dos fatos, cessa toda ra&o de ser daincredulidade! " assim que o 0spiritismo restitui a fé aos que atenham perdido e dissipa as dúvidas dos incrédulos!