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Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Integradora IV
1
Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Universidade do Minho
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
2008/2009
Integradora IV – Relatório de Ensaio em Túnel de
Vento
Grupo 1
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Integradora IV
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Índice
Introdução ................................................................................................................................ 3
Procedimentos ......................................................................................................................... 4
Cálculo da massa volúmica (ρ) do ar ........................................................................................ 5
Dados obtidos no ensaio do túnel de vento ............................................................................ 6
Cálculo da velocidade do ar ..................................................................................................... 6
Cálculo do momento flector .................................................................................................... 7
Cálculo da carga ....................................................................................................................... 9
Cálculo do coeficiente de arrasto (Cd) .................................................................................... 10
Resultados obtidos ................................................................................................................. 11
Conclusão e Discussão de resultados..................................................................................... 11
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Integradora IV
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Introdução
Tal como se encontrava planificado no guia da unidade curricular Integradora IV, foi
realizado um ensaio em túnel de vento. O objectivo deste trabalho é a determinação da massa
volúmica, para diferentes potências, calcular a velocidade do ar no túnel de vento, os
momentos flectores, as cargas impostas pela força do ar e os coeficientes de arrasto. Para tal
foi utilizado uma placa de aço encastrada com uma secção de 750× 300 mm e de espessura de
1 mm, sujeita a diferentes velocidades impostas pelo ar do túnel aerodinâmico subsónico do
Laboratório de Aerodinâmica Industrial do Departamento de Engenharia Mecânica da
Universidade do Minho (LaInd).
Secção de ensaio
Fig. 1 – Túnel aerodinâmico subsónico
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Procedimentos
1) Após arrancar com o túnel de vento será necessário medir a velocidade do ar,
para tal utilizou-se um tubo de Pitot total, uma tomada de estática e um manómetro
diferencial. Casa este aparelho não funciona-se correctamente, o professor Amaral
Nunes disponibilizou um gráfico que relaciona a posição de potência consumida pelo
ventilador com a velocidade do ar do túnel;
2) Através do extensómetro pertencente ao grupo 1, colado à placa a uma
distância de 225 mm desde o encastramento, irá obter-se as diferentes deformações
para uma potência de 100%, 90%, 80%, 70% e 60%. Para esta gama de potências,
medir-se-á a velocidade do ar através do manómetro diferencial;
3) Efectuar medições ao ar do laboratório para determinar a temperatura,
humidade relativa e pressão atmosférica.
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Cálculo da massa volúmica (ρ) do ar
Através de medições feitas ao ar do laboratório foram obtidos os seguintes resultados:
= Temperatura – 230C (23 + 273 = 296K)
= Humidade relativa – 65%
= Pressão atmosférica – 751 mmHg
Para o cálculo da massa volúmica vamos usar a equação dos gases ideais:
�� = � �� �
Para o cálculo vamos ter de converter a pressão de mmHg para Pa através da relação:
760 �� � = 101325 ��
Logo 751 mmHg são 100125,1 Pa.
Substituindo os valores na função vem:
100125,1 × � = � × 8314,428,9 × 296 → �� = 1,18 ��. ���
Como ρ = �� a massa volúmica é ρ=1,18 Kg.m
-3.
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Dados obtidos no ensaio do túnel de
vento
Experiência Potência Pdinâmica Deformação
Unidades % Pa Adim
(10-6
)
1 100 16 260
2 90 12 197
3 80 10 143
4 70 7 89,6
5 60 5 56
Cálculo da velocidade do ar
Para calcular a velocidade do ar vamos recorrer à equação:
� = 2 × �!"#â�"%�&
Experiência Potência Pdinâmica Velocidade
Unidades % Pa m.s-1
1 100 16 5,21
2 90 12 4,51
3 80 10 4,12
4 70 7 3,44
5 60 5 2,91
Tabela 2 – Velocidades do ar
Tabela 1 – Dados obtidos no ensaio do túnel de vento
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Cálculo do momento flector
Para calcular o momento flector vamos usar a equação:
' = �( × ℎ2* × ℎ�12
Para o cálculo é necessário conhecer a tensão (σ), a espessura (h) e a largura (b).
Para calcular a tensão usamos a equação:
' = + × ,
O módulo de elasticidade do material é E=200 GPa.
A espessura é h=1 mm.
A largura é b=300 mm.
Fig. 2 – Medidas da placa
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Substituindo em ambas as equações pelos valores obtidos vem:
Experiência Potência Deformação Tensão Momento
flector
Unidades % Adim
(10-6
) MPa N.m
1 100 260 52 2,6
2 90 197 39,4 1,97
3 80 143 28,6 1,43
4 70 89,6 17,92 0,896
5 60 56 11,2 0,56
Tabela 3 – Momentos flectores
Fig. 3 – Chapa encastrada para ensaio
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Cálculo da carga
Para calcular a carga (w) imposta pela força do ar usamos a equação:
�( = - × ./2
Para o cálculo é necessário conhecer o momento flector, que foi previamente calculado, e o
valor de x. Este valor é obtido pela diferença entre a altura da chapa (750 mm) e a distância ao
encastramento (225 mm). Isto vem . = 750 − 225 → . = 525 ��.
Substituindo na equação obtemos:
Experiência Potência Momento
flector Carga
Unidades % N.m N.m-1
1 100 2,6 18,87
2 90 1,97 14,29
3 80 1,43 10,38
4 70 0,896 6,50
5 60 0,56 4,06
Tabela 4 – Valores da carga
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Cálculo do coeficiente de arrasto (Cd)
Para se calcular o coeficiente de arrasto recorre-se a seguinte equação:
12 = 312 &�/4
Para o cálculo é necessário conhecer a força (D), a massa volúmica do ar (ρ), a velocidade do ar
(u), e a área da chapa (A).
A massa volúmica já é conhecida, ρ=1,18 Kg.m-3
.
A velocidade para cada experiencia também é conhecida.
A área da chapa é 4 = 0,300 × 0,750 → 4 = 0,225 �/
Para se determinar a força em cada experiencia usamos a equação:
3 = - × 5
Onde w é a carga e o L é a altura da chapa (L=750 mm)
Substituindo as equações obtemos os seguintes resultados:
Experiência Potência Velocidade Carga D Cd
Unidades % m.s-1
N.m-1
N Adim
1 100 5,21 18,87 14,15 3,93
2 90 4,51 14,29 10,72 3,97
3 80 4,12 10,38 7,79 3,46
4 70 3,44 6,50 4,88 3,11
5 60 2,91 4,06 3,05 2,71
Tabela 5 – Coeficientes de arrasto
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
Resultados obtidos
Os resultados obtidos através dos cálculos foram:
Experiência Potência Velocidade Pdinâmica Deformação Momento
flector Carga Cd
Unidades % m.s-1
Pa Adim
(10-6
) N.m N.m
-1 Adim
1 100 5,21 16 260 2,6 18,87 3,93
2 90 4,51 12 197 1,97 14,29 3,97
3 80 4,12 10 143 1,43 10,38 3,46
4 70 3,44 7 89,6 0,896 6,50 3,11
5 60 2,91 5 56 0,56 4,06 2,71
Conclusão e Discussão de resultados
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
velocidade no túnel
velocidade real
velocidade calculada
Ve
loci
da
de
m/s
Tabela 6 – Resultados obtidos
Potência (% no reóstato)
Velocidade no Túnel
Gráfico 1 – Velocidades no túnel
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Ensaio em Túnel de Vento – Grupo 1
O gráfico mostra-nos a relação entre a potência no reóstato e a velocidade no túnel. A
linha a azul representa essa relação depois de a máquina ter sido calibrada em 2000, segundo
o professor Amaral Nunes, sendo essa relação expressa por 6 = 0,0705. + 0,1177. A linha a
preto representa as velocidades obtidas através dos cálculos efectuados, e fazendo uma
aproximação linear obtemos a linha a vermelho que representa essa mesma relação mas na
actualidade, pois a máquina foi sofrendo desgaste ao longo do tempo, sendo expressa por
6 = 0,0567. − 0,498.
Em suma, como a área de ensaio do túnel de vento é constante, aumentando a
potência no reóstato, o caudal vai aumentar, logo a velocidade dentro do túnel também. Uma
vez que a chapa se encontra encastrada, sendo sujeita a diferentes caudais de ar, as
deformações irão variar. O valor da deformação é tanto maior, quanto mais distante estiver o
extensómetro do encastramento.
Tal como a deformação, o momento flector, a carga e o coeficiente de arrasto vão
variar com o caudal. Quanto mais próximo estiver o extensómetro do encastramento maior
será o momento flector. A carga e o coeficiente de arrasto vão ser constantes para uma
determinada potência.
Como não foi possível ser usado o pórtico para o ensaio em túnel de vento, pois a
deformação que iria sofrer era pouco significativa. Posto isto foi usada uma chapa de
dimensões 300x750x1 para se fazer o ensaio. Nessa chapa foram colocados 8 extensómetros,
um para cada grupo, no entanto como o extensómetro que estava destinado ao nosso grupo
não estava a funcionar nas melhores condições tivemos de utilizar outro extensómetro. Este
estava colado na chapa a uma distância de 225 mm do encastramento