95741158-REOLOGIA
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REOLOGIA
Introdução
O termo reologia provém do grego (rheo = fluir; logos = ciência), significando, então,
"a ciência dos fluidos", e foi sugerido por Binghan e Crawford para descrever o fluxo de
líquidos e a deformação dos sólidos. A viscosidade expressa a resistência do fluido a
fluir. Quanto maior a viscosidade, maior será sua resistência a fluir. Os líquidos simples
podem ser descritos em termos de viscosidade absoluta (um único valor de viscosidade),
porém, as propriedades reológicas de dispersões heterogêneas são muito mais
complexas, não podendo ser expressadas em um único valor.
Recentemente, os princípios fundamentais de reologia têm sido empregados no estudo
de tintas, materiais para construção de estradas, da litosfera e em uma gama de produtos
farmacêuticos como cosméticos, emulsões, supositórios, cremes, comprimidos e
transdérmicos, sendo a importância nesta área inicialmente alertada por Scott-Blair. A
grande importância na área farmacêutica deve-se à necessidade de os produtores de
formulações farmacêuticas desenvolverem produtos com consistência e suavidade
aceitáveis e por precisarem garantir esta reprodutibilidade todas as vezes que o produto
for ser utilizado pelo consumidor.
A reologia está intimamente relacionada com os fenômenos sofridos por uma
formulação farmacêutica. Pode-se citar o empacotamento em um tubo de creme dental e
sua remoção para o uso e a passagem de uma formulação por uma seringa. As
propriedades reológicas de um sistema farmacêutico influenciam severamente na
escolha do equipamento a ser usado no processamento do mesmo. O desenvolvimento
do equipamento a ser usado sem a correta apreciação das propriedades reológicas do
sistema farmacêutico leva à produção de um produto indesejado, pelo menos em termos
de suas propriedades de fluxo.
Os materiais podem ser classificados de acordo com os tipos de fluxo e deformação:
newtonianos ou não newtonianos, sendo que esta escolha depende do fato das
propriedades de fluxo do fluido estarem de acordo com a lei do fluxo de Newton.
Esquema de classificação dos fluídos segundo o comportamento reológico
O que é Fluído?
Um fluido é uma substância que se deforma continuamente quando submetida a uma
tensão de cisalhamento, não importando o quanto pequena possa ser essa tensão. Tanto
os gases quanto os líquidos são classificados como fluidos.
O que é Viscosidade?
A viscosidade é a propriedade reológica mais conhecida, e a única que caracteriza os
fluidos newtonianos.
A viscosidade pode ser definida como sendo a resistência ao escoamento de um sistema
submetido a uma certa tensão mecânica. A viscosidade é uma expressão da resistência
de um fluido ao escoamento, sendo assim, quanto maior a viscosidade maior a
resistência.
Sistemas Newtonianos
Os sistemas newtonianos englobam os fluidos simples e foram inicialmente descritos
por Newton. Estes representam fluidos compostos por várias camadas horizontais
deslizantes entre si, sendo que a camada mais inferior encontra-se imóvel e a superior
possui uma velocidade máxima. As camadas internas possuem velocidades
proporcionais à sua distância em relação à camada superior. A velocidade relativa entre
duas camadas de líquido separadas por uma distância infinitamente pequena é chamada
de gradiente de velocidade ou taxa de deformação. A força por unidade de área
requerida para produzir o fluxo é chamada de tensão de cisalhamento.
Nos fluidos newtonianos, a taxa de deformação é diretamente proporcional à tensão de
cisalhamento. Logo, pode-se observar que, para os fluidos newtonianos, existe apenas
um valor de coeficiente de viscosidade, o qual, para os referidos fluidos são chamados
apenas de viscosidade. Ex.: gases, água, leite, soluções de sacarose e óleos vegetais
A unidade de viscosidade é o Poise e descreve a tensão de cisalhamento necessária para
produzir a velocidade entre duas placas paralelas de líquido com 1cm2 de área, distantes
entre si 1cm. No sistema CGS, a unidade de viscosidade é. Como a temperatura é uma
grandeza que influencia em todas as determinações físicas, químicas e físico-químicas,
a viscosidade não é uma exceção, tendo sido a sua influência já deduzida.
Sistemas Não-Newtonianos
Os farmacêuticos se deparam muito mais com os fluidos que não respeitam a Lei de
Fluxo de Newton do que com os fluidos simples. Em geral, essas substâncias complexas
são formadas por dispersões heterogêneas, tais como solução de colóides, emulsões e
suspensões líquidas, sendo chamadas de sistemas Não-Newtonianos. Quando os fluidos
não-newtonianos são analisados em um viscosímetro rotacional, e seus resultados
plotados, obtemos três classes de fluidos: os plásticos, os pseudoplásticos e os
dilatantes.
Propriedades independentes do tempo de cisalhamento
Propriedades dependentes do tempo de cisalhamento
viscoelásticos
Viscoelásticos
Existem fluidos que exibem muitas características de sólidos, são os chamados
viscoelásticos. Os fluidos viscoelásticos são substâncias que apresentam propriedades
viscosas e elásticas acopladas. Quando cessa a tensão de cisalhamento ocorre uma certa
recuperação da deformação. Ex.: massas de farinha de trigo, gelatinas, queijos.
Propriedades dependentes do tempo de cisalhamento
As propriedades reológicas dependem do tempo de aplicação da tensão
Reopéticos
Apresentam comportamento inverso aos tixotrópicos. Os ciclos de histereses destas
substâncias dependem da velocidade de mudança da taxa de deformação. Muitas das
substâncias citadas anteriormente apresentam certo grau de tixotropia ou reopeticidade
que pode ser desprezado.
Tixotrópicos
A tixotropia é um fenômeno curioso que ocorre em alguns sistemas pseudoplásticos e
plásticos. Ela pode ser definida como a permanência (ou a lenta diminuição da
deformação) quando a tensão de cisalhamento é removida.
Os reogramas destes sistemas aparecem como plásticos (ou pseudoplásticos) durante a
atuação da tensão de cisalhamento e como Newtonianos durante a remoção da tensão de
cisalhamento.
fenômeno de tixotropia ocorre quando o sistema contém partículas de tamanhos
variados e com numerosos pontos de contato, formando uma complexa rede em três
dimensões, a qual sustenta a deformação até um certo tempo após o encerramento da
tensão de cisalhamento. A sustentação da deformação não depende apenas da variedade
de tamanho das partículas e dos pontos de contato, mas também, da duração da
deformação e de sua magnitude. Ex.: a lama e os cremes dentais.
Propriedades independentes do tempo de cisalhamento
As propriedades reológicas não dependem do tempo de aplicação da tensão de
cisalhamento.
Tensão de cisalhamento
Consideremos um elemento de volume com a forma de um paralelepípedo e
consideremos a resposta do material a uma força externa aplicada.
Sob estas condições, se desenvolverá uma força interna agindo na mesma direção, mas
em sentido contrário, denominada tensão, definida como força por área. Existem
basicamente dois tipos de tensão:
Tensões normais: agem perpendicularmente às faces do corpo.
Tensões de cisalhamento: agem tangencialmente às faces do corpo.
Sem tensão de cisalhamento inicial
Maioria dos fluidos não newtonianos.
Fluídos Dilatantes ou reoespessante
Certas suspensões com um alto teor de pequenos sólidos dispersos exibem um aumento
na resistência ao fluxo com o aumento da taxa de deformação. Tais substâncias têm seu
volume e viscosidade aumentados quando aplicada uma tensão de cisalhamento e são
chamadas de Fluidos Dilatantes. Quando a tensão é removida, o sistema dilatante
retorna ao seu estado original de fluidibilidade. Este tipo de fluido tem um
comportamento reológico inverso ao dos fluidos pseudoplásticos, os quais demonstram
uma redução da viscosidade quando aplicada uma tensão de cisalhamento.
As substâncias com comportamento dilatante são aquelas com uma alta concentração
(acima de 50%) de partículas defloculadas pequenas.
A explicação para o comportamento pouco coerente dos sistemas dilatantes é a seguinte:
como as partículas são muito numerosas e pequenas, quando não há uma tensão de
cisalhamento, as partículas encontram-se compactadas e há veículo suficiente para
"solvatá-las", podendo elas deslizar entre si. No entanto, quando uma tensão de
cisalhamento é aplicada, as partículas começam a se separar e, forma-se grandes lacunas
entre elas (preenchidas pelo veículo), restando pouco veículo para envolve-las. Assim, o
sistema torna-se mais consistente levando a um aumento da viscosidade. Ex.: amido de
milho em água ou pisar na areia molhada
Fluídos Pseudo-plásticos ou reofluidificante
Um grande número de produtos farmacêuticos, incluindo gomas sintéticas e naturais,
como por exemplo dispersões líquidas de alginato de sódio exibem um fluxo pseudo-
plástico. Os sistemas pseudoplásticos são compostos por polímeros em solução, ao
contrário dos sistemas plásticos que são compostos por substâncias floculadas em
suspensão. Não se pode atribuir aos pseudoplásticos apenas um valor de viscosidade. A
viscosidade dos materiais pseudoplásticos diminui com o aumento da taxa de
deformação. Ex.: cremes pomadas, soluções concentradas de polissacarídeos ou de
proteínas (polpas de frutas, caldos de fermentação e melação de cana).
Com tensão de cisalhamento inicial
Requerem a aplicação de uma tensão de cisalhamento superior a um certo valor para
que haja deformação. Tal comportamento é considerado conseqüência de uma estrutura
interna que impede a movimentação. Sob a ação de uma certa tensão, a estrutura do
fluido colapsa e se inicia a deformação.
Fluídos Plásticos ou Fluido de Bingham
Um fluído plástico apresenta um comportamento Newtoniano, a partir de uma
determinada tensão limite de escoamento, ou seja, valores de tensão de cisalhamento
inferiores não acarretarão nenhum escoamento do material. Ex.: purê de batata,
chocolate, vidro, batom, bala de goma, sabonete.
O fluxo da substância apenas inicia quando esta tensão de cisalhamento é alcançada.
Abaixo desta tensão de cislhamento, a substância age como um material elástico. Os
fluidos plásticos estão associados com a presença de partículas floculadas em
suspensões concentradas. O comportamento plástico deste fluido é devido às forças de
Van der Waals entre as partículas, as quais devem ser rompidas para que o fluido inicie
o fluxo. Consequentemente, o valor crítico é conhecido como a força de floculação.
Quanto mais floculada a suspensão, maior será seu valor crítico.
Fluídos Herschel-Bulkley : são fluídos que não o comportamento reológico com o
tempo. Ex.: fluídos alimentícios (óleos alimentares).
Determinação de Propriedades Reológicas
A escolha do viscosímetro
A determinação e avaliação bem sucedidas das propriedades reológicas de uma
formulação dependem largamente da escolha do correto método instrumental. Para
sistemas Newtonianos, nos quais a viscosidade é diretamente proporcional à tensão de
cisalhamento, pode-se tranqüilamente empregar os métodos de um único ponto
(viscosímetros pontuais). A partir deles obtêm-se um único ponto e, por extrapolação,
liga-se esse
ponto à origem traçando o perfeito reograma para os sistemas Newtonianos. Porém,
infelizmente, são poucos os fluidos providos desta facilidade. Então, devemos usar de
metodologias mais complexas, tais como os reômetros, instrumentos multipontos
capazes de fornecer dados para traçarmos um completo reograma de sistemas Não-
Newtonianos.
Tipos de Viscosímetro ou Reómetros
Viscosimetria
É a medida da viscosidade de compostos líquidos, emulsões e colóides. Viscosidade é a
resistência que esses fluidos possuem ao deslizamento de suas partículas. Existem
vários tipos de viscosímetros, sendo os principais:
Brookfield: consiste em um agitador rotativo (rotacional) que mede a
viscosidade do fluido com base na resistência por ele oferecida à agitação. (Para
medidas rápidas, determinação em formas farmacêuticas líquidas e semi-sólidas
com temperaturas entre 25º e 65º a 6, 12, 30 e 60 rpm).
Ostwald: inventado em 1900, consiste em um sistema de mangueiras onde é
cronometrado o tempo de escoamento do fluido do traço de referência superior
até o menisco inferior, sendo esse resultado comparado com o da água feito nas
mesmas condições. (É simples e de preço acessível, também utilizados por
laboratórios em exames de patologia clínica).
Copo de Ford: consiste em um copo metálico com um orifício na parte inferior
por onde escoa o fluido. Cronometra-se o tempo que o fluido leva para escoar
totalmente e compara-se com a água. (Determinam a viscosidade cinemática, a
25 ºC, de tintas, vernizes, resinas e outros líquidos com propriedades
Newtonianas.)
Figuras de Viscosímetros
Importância dos Estudos Reológicos
Os estudos reológicos são muito importantes para o controle de qualidade em várias
áreas: Ex.: farmacêutica, cosméticos e de higiene corporal, alimentícia e química.
Farmacêutica: a sua biodisponibilidade, sua estabilidade química o tempo de
escoamento do frasco, a extrusão de um tubo, o espalhar de uma pomada, o
dosemaneto de um produto, a estabilidade de uma suspensão ou emulsão, quanto
mais viscosidade mais lento é o movimento. Ex.: supositórios, óvulos vaginais,
medicamentos para artrite.
Cosméticos e higiene pessoal: modo como um creme espalha, a duração da
fixação, aplicação, distribuição, eficácia do produto e o tempo de escoamento do
recipiente e onde é armazenado o produto. Ex.: creme dental, gel para cabelo,
shampoo, cremes hidratantes e batons
Alimentícia: controle de qualidade de alimentos, textura e consistência. Ex.:
chocolates, pães, bolos, sorvetes e muitos outros alimentos.
Química: a forma como o produto escorre, a sua plasticidade, a forma como flui
do recipiente. Ex.: cola, tintas, vernizes e petróleo.
Laboratórios de Análises Clínicas: a reologia do sangue (hemácia afoiçada -
anemia falciforme) tem um papel importante na patogenese da oclusão
vascular; entretanto a reologia do sangue não é definida por um único fator mas
é influenciada por um número de fatores como a viscosidade plasmática,
hematócrito, concentração de hemoglobina celular, propriedades mecânicas de
membrana e relação volume/área de superfície das hemácias. Esses fatores estão
intimamente relacionados e a alteração em um parâmetro geralmente afeta o
outro. Assim, uma vez uma hemácia afoiçada torna-se desidratada, sua
deformabilidade diminui e isto por sua vez aumenta a viscosidade sangüínea.
Importância da Reologia na Construção Civil e Indústrias Petrolíferas
A reologia também é utilizada em materiais para construção e indústrias petrolíferas,
em materiais para construção tem gerado uma economia cerca de 12%, produzido como
o comum (areia, cimento, pedra e água). A diferença e a adição de uma espuma química
a mistura. Ao evaporar, a espuma provoca bolhas e deixa a parte interna da massa
porosa, parecida com chocolate aerado. Por causa do aumento do volume, utiliza-se
35% de material a menos para produzir a mesma quantidade que a massa comum
produziria. E a adequação da técnica, econômica, a construções populares que precisam
de baixo custo.
Na industria petroquímica é utilizada a reologia na tecnologia de engenharia de poços, é
utilizado o viscosímetro e rearômetros de última geração que são possíveis para
determinar os parâmetros reológicos de fluidos de perfuração formulados com
polímeros de estruturas moleculares as mais complexas. Os ensaios reológicos são
realizados de modo cisalhante e oscilatório, permitindo medidas de ordem viscosa e
elástica, respectivamente.
Objetivos
Determinação das propriedades reológicas de diferentes materiais usando-se diferentes
métodos ou aparelhos comercialmente conhecidos, observando-se e analisando-se as
diferenças de resultados entre os diferentes aparelhos e suas respectivas vantagens e
desvantagens.
Conclusão
Pudemos concluir que para se conhecer de modo eficaz e confiável o comportamento
reológico de um fluido é indispensável o uso de um reômetro. Ainda pudemos constatar
a influência do uso de diferentes viscosímetros em relação ao resultado obtido, mais
especificamente se o fluido for um material não newtoniano.
Seu uso, porém, não deve ser abolido totalmente, pois são muito úteis quando
trabalhamos com fluidos newtonianos ou plásticos de Binghan, e em controle de
qualidade não muito rigoroso.
Por fim, conseguimos visualizar de modo didático as vantagens e desvantagens dos
diferentes equipamentos.
A importância da Reologia em várias áreas da Indústria, tanto para eficácia de produtos
como no controle de qualidade dos mesmos.
Glossário
Adenilato ciclase: é uma enzima que converte o ATP no segundo mensageiro AMP
cíclico (AMPc). A proteína Gs está envolvida na estimulação da adenilato ciclase, ao
passo que a proteína Gi inibe essa enzima, sendo que a maioria dos receptores que
regula a ação do AMPc o fazem através do seu efeito em uma dessas proteínas G. Um
efeito central do AMPc é a ativação da proteína quinase A (PKA), uma enzima que
regula canais iônicos, elementos do citoesqueleto e fatores de transcrição, constituindo,
desse modo, um passo crítico nas modificações neurobiológicas duradouras. Um dos
fatores de transcrição fosforilados e modulados pela PKA é a AMPc response element
binding protein (CREB), que regula numerosos processos neuronais, incluindo
excitação, desenvolvimento e apoptose de neurônios e plasticidade sináptica.
Alginato: é extraído de algas marrons da classe Phaeophyceae. O alginato forma gel em
temperatura ambiente na presença de pequenas quantidades do íon cálcio e de outros
metais bi ou trivalentes. É muito usado para aumentar a viscosidade de sucos de frutas e
permitir a formação da dispersão dos insolúveis no suco. São usados em sorvetes,
contribuindo para o corpo, textura e resistência à formação de grandes cristais de gelo.
São usadas em recheios de tortas, coberturas para bolos, para a textura característica
desses produtos. Em pudins e similares, são usados como espessantes, e em cervejas
como estabilizante de espuma.
Cisalhamento: deformação das rochas em zonas tensionadas que sofrem pressão
dirigida, levando a ruptura e deformações texturais e estruturais com deslocamentos
paralelizados ao plano principal de ruptura próximo.
CGS de unidades: é um sistema de unidades de medidas físicas onde as unidades de
base são o centímetro para o comprimento, o grama para a massa e o segundo para o
tempo.
Colóides: são sistemas de pequenas partículas suspensas em fluido, não se consegue
preparar soluções coloidais de substâncias sólidas insolúveis.
Emulsificantes: Produzem uma textura mais macia e corpo mais firme e seco, reduzem
tempo de batimento e aeração. Promovem uma aeração uniforme. O uso desses aditivos
resulta em bolhas de ar menores, que são distribuídas mais uniformemente na estrutura
interna do sorvete. Outros efeitos são: a diminuição do tamanho do cristal de gelo e a
melhor resistência à fusão.
Estabilizantes: auxilia na manutenção de uma textura macia pela inibição da formação
de cristais de gelo grandes, durante o manuseio pelo fabricante, comerciante e
consumidor, entre a manufatura e o consumo. O mecanismo consiste em reduzir a água
livre do sistema ligando a água como água de hidratação ou imobilizando-a, dentro de
uma estrutura de gel. Todos os estabilizantes aumentam a viscosidade da porção não
congelada da mistura, o que restringe a migração do núcleo de cristalização, limitando,
portanto, a velocidade de cristalização.
Extrusão: é um processo de tratamento térmico que dá novas características funcionais,
nutricionais e estruturais a produtos feitos a partir de matérias-primas como proteínas e
amidos.
Histereses: A energia perdida que está envolvida com a tensão elástica, produz uma
fonte muito pequena de fricção no freio.
Poise ou centiPoise (mPa/s): utilizada na leitura de viscosidade de fluidos pseudo-
plásticos. Viscosímetros: Brookfield, Haake.
Polímeros carboxivinílicos
utilizados como agentes espessantes, de suspensão, formadores de géis transparentes
para cabelos e cremes dermatológicos; Uvasorb, benzofenonas utilizadas como
absorvedores de UV, para filtros e bloqueadores solares, xampus, cremes e loções
bronzeadoras; Abiol, imidazolidina uréia, utilizada como agente preservante contra
bactérias gram-positivas e negativas, em loções, cremes, géis e xampus.
Poliquaternário 6: empregado como agente auxiliar do pentear em xampus
condicionadores, tinturas para cabelos, laquês e sabonetes líquidos.
Reopeticiade: veja tixotrópico
Tixotrópico: provém da associação do grego thixis (toque) + trópico, que, basicamente
quer dizer, "muda com o toque". Segundo diferentes referências científicas, a
"tixotropia" é uma propriedade que certas misturas em gel possuem, de se
transformarem em líquidos quando expostas a forças de pressão ou vibração.
Valor Crítico: valor pré determinado