939RioDOIS[1]
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40 I época I 13 de junho de 2016
o B S E R Va D o R D a E c o N o M I a
1997 98 99 2000 01 02 03 04 05 06 07
Apesar do total de pagamentos feitos, a dívida absoluta só aumenta. Como proporção do PIB, ela cai muito lentamente – Em R$ milhões
DíviDa inicial
DíviDa atual
total pago
EstaDo São Paulo Rio GRande do SulSanta CataRina
anos Em quE novas DíviDas foram fEitas
10.181,4
52.161,8
24.494,6
1.390,8
8.930,7
12.767,0
48.685,1
220.087,9
128.612,9
1997 201520061997 201520061997 20152006
6030157,5250125
governo federal e os governos estaduais chegaram mais uma vez frustrados ao fim de um dia
de negociação, na quinta-feira da semana passada. A dívida total dos Estados e do Distrito Federal com a União soma pou-co mais de R$ 427 bilhões, a pagar em prestações mensais. Os Estados pediram para deixar de pagar por 24 meses, a fim de ganhar fôlego. A União fez uma con-traproposta, de que eles continuassem a fazer pagamentos mensais, só que com descontos. E que a facilidade durasse apenas 18 meses. Não houve acordo.
Os pagamentos dos Estados à União não diminuem. A dívida nominal apenas cresce. Como proporção do PIB, cai len-tamente. A equação resulta de uma bela operação de engenharia financeira, feita em 1997. Naquele momento, o governo federal assumiu dívidas dos Estados e se tornou credor deles. Foi ótimo para com-bater a inflação e organizar as contas pú-blicas. Para dar certo, os Estados teriam de fazer sua lição de casa, adaptando-se à Lei de Responsabilidade Fiscal. Não fize-ram – e o sistema se tornou disfuncional.
O Rio de Janeiro, rico e populoso, é um exemplo dramático de penúria. Mas quase todas as unidades da Federação enfrentam dificuldades (leia o quadro). Com a crise e a queda na arrecadação, ficou mais difícil os governadores fecha-rem as contas. “Minas cortou muito mais despesas que a União. Mas temos uma despesa quase incomprimível com edu-cação”, diz Onofre Batista Junior, advo-gado-geral de Minas Gerais.
O governo federal também reorgani-za suas contas. Se houver calote, todos perdem – e os mais pobres, como sem-pre, pagam a conta. Os lados terão de voltar à mesa de negociação. u
o
Os Estados não podem dar calote no governo federal. Sob as regras atuais, no entanto, a dívida se torna impossível de pagar. Será preciso renegociar
Todos pagaremosa conta. Mas como?
Graziele oliveira
R$ 5,1bilhões
paGaMENTo INFINIToDesde 1997, os pagamentos consomem uma parcela crescente da receita dos Estados
Total de pagamentos dos Estados à União
o pagamento total anualem 1998 equivalia a 0,5% do PIB
1997 2015 2016
é a dívida atual, após um desconto dado pela união em janeiro
10,3%
7,8% 7,2%
98,6 463 427
o ValoR Da DíVIDaEm % do PIB eem R$ bilhões
13 de junho de 2016 I época I 41
08 09 10 11 12 13 14 2015
Apesar do total de pagamentos feitos, a dívida absoluta só aumenta. Como proporção do PIB, ela cai muito lentamente – Em R$ milhões
Rio de janeiRo eSPíRito Santo amaPá
24,8
84,6
79,8
647,7
1.238,2
1.718,6
15.246,4
56.518,5
28.072,9
1997 201520061997 201520061997 20152006
10050216030
Seis Estados explicam a situação no país
Pagamento anual em R$ milhões
São Paulo, o Estado mais rico, tem a
maior dívida absoluta e faz os maiores
pagamentos. Está em situação
intermediária
SP
2015
1
R$ 30,9bilhõesapós 18 anos, o pagamento total anual continua equivalente a 0,5% do PIB. Sem ajuste, os Estadosnão conseguemmais honraro compromisso
Estados E distrito FEdEral dEvEm à União
1
2
3
4
5
6
Santa Catarina se tornou um porta-voz dos Estados
mais endividados. Exige do governo
federal algum alívio para os Estados
SC
2015
2
O Rio Grande do Sul, rico mas com
contas inviáveis, permitiu que só a despesa com
pessoal chegasse a 82% da receita
RS
2015
3
O Rio de Janeiro é exemplo extremo
de caos fiscal: é rico, mas a despesa
com pessoal e dívida come 94% da
receita do governo
RJ
2015
4
A situação do Espírito Santo não
chega a ser boa. Mas o Estado virou
exemplo razoável de ajuste das
contas públicas
ES
2015
5
O Amapá, pequeno e pobre, tem a
menor dívida absoluta com a
União. A chave: o Estado gasta pouco
com Previdência
AP
2015
6
RJ
RS
MG
MS(1)
df
Rn
AC
Go
Al
Mt
SP
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SC
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100
GaSToS FoRa DE coNTRolESó cinco Estados têm despesas dentro
dos limites da lei e da prudência
(1) M
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veis
Fontes: tesouro Nacional e economista Raul velloso
Despesas com pessoalDespesas com serviços da dívida
0 50
169,212151,52,910,513,912,87,8105,88,55,356,96,24,96,56,73,55,33,92,55,92,85,2
7882,376,472,679,477,168,865,364,468,162,466,663,666,465,26363,363,561,160,262,860,661,158,453,75552,4
A despesA somada com pessoal e juros da dívida não deve passar de 65%,recomenda o especialista Raul Velloso
A despesA com pessoal não pode passar de 60% da receita, segundo a
Lei de Responsabilidade Fiscal