92253788 Violet Oaklander Descobrindo Criancas a Abordagem Gestaltica Com Criancas e Adolescentes

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    VIOLET OAKLANDER

    DESCOBRINDO CRIANAS A ABORDAGEM GESTALTICA COM CRIANAS EADOLESCENTES.

    Do original em lngua inglea!INDO!S TO O"R C#ILDRENCo$%rig&' ( )*+,Real -eo$le -reTrau/0o eGeorge S1&l1ingerCa$a eKe2en R. S3eene%4Ceia $ela Real -eo$le -re5Re2i0o 1ien'6i1a a ei/0o e ire/0o.. a 1ole/0o7-aulo Elie8er 9erri e Barro-roi:ia a re$rou/0o 'o'al ou $ar1ial e'e li2ro; $or

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    em palavras aquilo que antes era sem nome e sem lugar. E! nestesentido! poder se situar melhor no comple$o de circunst,ncias quea cercam e! por ve0es! a coartam.

    5o espere o leitor encontrar aqui uma elaborao tericarigorosa3 conforme ) disse! a prtica! muitas ve0es! aponta -

    para alm da teoria. Espere encontrar! entretanto! uma mulhercheia de vida que tem a coragem de se despir dos esteretipose preconceitos do adulto! para tentar des-cobrir, em toda suaintensidade! o comple$o maravilhoso e intrincado do universoinfantil.Maria Julieta Nbrega NaffahMaio de !"#

    $ste livro % dedicado& memria domeu filho

    Michael6

    -refcio7uando li o manuscrito deste livro pensei8 9/odo mundo deveestar interessado nele todo mundo que tenha alguma coisa aver com crianas:.

    5o notei que o meu 9todo mundo: tinha dei$ado algumde fora.7uando as provas de paqu% estavam sendo lidas em vo0 alta para serem comparadas com o manuscrito!2ummer! de ; anos! entrou. Ela comeou a fa0er desenhos com pastel. 5o fe0 barulho nem alvoroo3 no

    perguntou * me quando ia para casa. ma parte substancial deste livro so crianas falando de si mesmas! com a honestidade que &iolet 'a(landerlhes possibilita. 7uem mais do que outra criana poderia estar interessado nisto /odavia! quando pensei nas

    pessoas que se interessariam! en$erguei apenas adultos8 terapeutas! professores! pais. 5o inclu as pessoas dequem o livro trata. &iolet mostra que esta uma causa bsica de muitas das dificuldades em que as crianas seenvolvem. 5s adultos freq+entemente lhes negamos informao e e$presso! dei$ando#as confusas.-are um instante e recorde a sua prpria inf,ncia! e as suaslutas para entender o mundo da 9gente grande:...&iolet tem recorda?es claras! e esta uma parte importante do seu conhecimento e compreenso dascrianas. Ela possui todas as credenciais oficiais! mas as suas e$peri%ncias com crianas e as suas memriasde inf,ncia so muito mais importantes. nisto que ela se apia na sua compreenso 1nica de 9como foi queelas se perderam:.Alguns adultos nunca chegaram a encontrar a si prprios.-ara eles! este livro pode ser o incio de uma auto#descoberta3

    ji@

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    um reencontro com partes suas que foram abandonadas na inf,ncia.&iolet afirma que no criou nenhum dos mtodos que emprega. =as a maneira como os emprega altamenteoriginal e criativa! unia gestalt viva e fle$vel8 9Eu vou aonde a minha observao e intuio mandam!sentindo#me livre para mudar de direo a qualquer momento:. /oda a sua gama de sentidos est em ao

    quando ela se move com as crianas na redescoberta do e$perienciar. Ela se sente * vontade com seus errosmenciona#os de passagem e di08 9Eu acredito que no h comc cometer um erro se voc% tem boa vontade eabstm#se de in terpreta?es e )ulgamentos:. CA maioria de ns tem boa vontade poucos abstemo#nos de

    )ulgamentos! ou sequer notamos qD estamos interpretando.&iolet conversa com as crianas de maneira simples e diretde uma maneira que a maioria de ns gostaria de ouvirtempo todo! mas que raramente temos a possibilidade de e$perienciar! at mesmo com nossos amigos mais ntimos.9Eu disparo numa e$plicao enorme... e finalmente digoFGebbH! na realidade eu no sei bem ao certoI.:95s conversamos um pouco sobre a sua solido! e ento econtei a ela algo sobre a minha prpria solido.:Este livro pode ser uma )anela para a criana dentro d

    voc%! bem como para as crianas com quem voc% est.BarrH 2teven4unho de J;K

    LndiceApresentao da Edio Brasileira ;'ref(cio M)ntroduo N

    .*antasia ;O.+esenho e *antasia MN' 2eu =undo MN. Gesenhos da

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    com formas de proceder. ' livro escrito! tambm! para os adultos que possam querer entrar em contato com suas prpriasinf,ncias no sentido de uma melhor compreenso de si prprios ho)e em dia.Espero que o compromisso com o meu trabalho! bem como a minha e$citao com ele! com minhas idias e com meus

    )ovens clientes! fiquem claros nestas pginas! saindo delas e indo tocar voc%.

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    9Ento voc% vira a maaneta e passa pela porta. 'lhe para o seu lugarV &oc% est surpreso G% uma boa olhada. 2e voc% nov% lugar nenhum! invente um agora. &e)a o que h a! onde que ele fica! dentro ou fora. 7uem est a U gente! gente quevoc% conhece ou no conhece U animais 'u no h ningum "omo voc% se sente nesse lugar 5ote como! voc% est sesentindo. &oc% se sente bem ou no 'lhe em volta! passeie pelo seu lugar. C-ausa.97uando tiver acabado! abra os olhos e estar de novo nesta sala. 7uando voc% abrir os olhos! quero que pegue um pouco de

    papel e lpis de cor! ou lpis de cera ou pastis! e desenhe o seu lugar. -or favor! no fale enquanto desenha. 2e sentir queprecisa di0er alguma coisa! por favor! diga cochichando. 2e voc% no encontrar as cores certas para o seu lugar! sinta#se livre

    para vir em sil%ncio pegar o que precisa! ou empreste de algum.

    Gesenhe o seu lugar o melhor que puder. 2e quiser! pode desenhar os seus sentimentos em relao ao lugar! usando cores!formas e traos. Qesolva se quer se colocar nesse lugar! onde e como como forma! cor ou smbolo. Eu no preciso ficarsabendo tudo sobre o seu lugar s olhando o desenho3 voc% poder e$plic#lo para mim. /enha confiana naquilo que voc%viu ao abrir a porta! mesmo que no goste. &oc% ter mais ou menos de0 minutos. 7uando se sentir pronto pode comear.:

    >ma fantasia como esta necessita ser contada em vo0 de fantasia. contada devagar! com muitas pausas paradar *s crianas oportunidade de 9fa0er: as coisas que eu mando. muito comum eu fechar os olhos e via)areu mesma pela f antasia enquanto conto. /enho feito este tipo de desenho#fantasia com crianas em sess?esindividuais bem como em situa?es de grupo! e com idades que variam desde os ; anos at adultos. Eis algunse$emplos de 9lugares: de crianas e a forma como trabalho com elas.

    @inda! M anos! fe0 o desenho de um quarto que inclua umacama! uma mesa! uma cadeira! tr%s cachorros em p no cho!e o retrato de um cachorro na parede. A figura era muito clarae tinha muitos espaos va0ios. @inda descreveu seu desenho. "omo estava num grupo! as outras crianasfi0eram perguntas taiscomo8 9-ara que serve isso: e ela respondeu. -edi a @inda que

    's desenhos de crianas que aqui aparecem so os originais. 's traos principais de alguns deles foram realados com um lpis de cera oucra?onpara possibilitar uma reproduo mais clara.

    6

    J

    escolhesse algo no desenho que ela gostaria de ser. Ela escolheu o cachorro do retratro na parede. -edi#lhe que falasse comose fosse esse retrato de cachorro! que dissesse como era e o que estava fa0endo. Ela descreveu a si prpria8 9Eu sou umretrato aqui na parede:. -erguntei#lhe qual era a sensao de estar pendurada na parede.@inda8 Eu me sinto so0inha totalmente s. Eu no gosto de ver aqueles cachorros brincando."onverse com aqueles cachorros l embai$o e diga#lhes isso.@inda8 eu no gosto de estar aqui em cima vendo voc%s brincar. Eu gostaria de sair da parede e ficar no meio de voc%s a nocho.E voc%! @inda! a menina! alguma ve0 se sentiu assim! como o cachorro do desenho@inda8 2imV Esse cachorro na verdade sou eu. Eu estou sempre de fora.Eu gostaria de saber se aqui voc% tambm se sente assim agora.@inda8 2im! eu tambm me sinto assim aqui. =as agora talve0 no tanto.

    ' que voc% est fa0endo aqui para que no se)a tanto! agora@inda Cvo0 muito pensativa8 Bem! eu estou fa0endo alguma coisa. Eu no estou s sentada aqui sem fa0er nada! s olhando!como o cachorro na parede.-edi a @inda que me desse uma frase para escrever no seu desenho! uma frase que melhor o sinteti0asse8 9Eu gostaria de sairda minha parede e participar:.

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    /ommH! 6 anos! desenhou uma figura do menino 4esus! =aria e os homens sbios tra0endo presentes. CEstvamos perto do5atal. Gepois que descreveu o desenho! pedi#lhe que deitasse sobre umas almofadas e fosse o beb%. "om muitos risinhos!ele o fe0. Eu disse que as outras crianas seriam os sbios e eu seria a =e. /odos ns representamos uma pequena cena!tra0endo presentes e falando sobre o maravilhoso beb%. A minha prpria encenao

    entusistica serviu de modelo para as outras crianas. /ommH ficou bem quieto. Estendido sobre asalmofadas! seu corpo rela$ado e a e$presso sorridente no seu rosto! evidenciavam que go0ava plenamente omomento. -erguntei#lhe se ele gostava de ser beb%. Ele disse que gostava muito porque recebia tanta ateno.&oc% realmente gosta de receber ateno./ommH8 2imV

    &oc% gostaria de receber mais do que recebe./ommH8 sso mesmoV/ommH pediu#me que escrevesse a sua frase no seu desenho89Eu gosto de ser o centro de ateno e ganhar presentes e ento fico feli0.:

    5as sess?es anteriores! /ommH tivera que escolher entre ficar no grupo ou esperar noutra sala por causa dasua atividade muito perturbadora.

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    E como voc% se sente@isa8 =uito so0inha.@isa! voc% se sente como essa cobra@isa8 2im! eu sou so0inha.Ento @isa perdeu sua postura de durona e comeou a chorar. 5s conversamos sobre a sua solido por algumtempo! e eu lhe contei alguma coisa a respeito da minha prpria solido.

    A r .K nw.4

    >m menino de K anos! Slenn! desenhou um grupo de roc( chamado 9/he -eople: As -essoas. A sua frase8 9>ma fantasiaque abandonei temporariamente! mais ou menos.: Esta foi a primeira ve0 em vrias semanas de terapia que ele se mostroudisposto a admitir que havia uma coisa pela qual se interessava.

    OO

    OM

    As suas palavras 9temporariamente! mais ou menos: me disseram que alguma coisa dentro dele estava se abrindo para a

    possibilidade de que afinal poderia fa0er algo na vida. Anteriormente as nossas sess?es eram envolvidas pelo seu profundodesespero3 agora comeamos a e$plorar a sua esperana."om freq+%ncia as crianas desenharo lugares que se encontram em oposio direta com seus sentimentos em relao ao

    presente. "enas de fantasia com castelos e princesas! cavaleiros e belas paisagens montanhosas so muito comuns. A)udar ascrianas a falar sobre os sentimentos representados por estes desenhos abre a porta para a e$presso dos seus sentimentosopostos. Xs ve0es peo a uma criana para 9desenhar um lugar de que voc% se recorda! da inf,ncia! que era gostoso! ou umlugar que voc% sabe que gostoso! pode ser de verdade ou de mentira.: =ais uma ve0! como no e$erccio da cavernafantasiosa! eu lhes peo que fechem os olhos e entrem nos seus espaos! como fi0 ao descrever a primeira fantasia.>m menino de M anos desenhou uma cena de quando tinha ; anos. Escrevi no seu desenho conforme ele ditou8 9sto eraassim quando eu tinha sete anos. 5s morvamos em 'hio. =eu pai tinha acabado de voltar do &ietn. Eu estava feli0. =asento ele comeou a me fa0er contar tudo .que eu fa0ia. =inha me me dei$ava fa0er tudo quando ele estava fora. Ele mechateia. =eus irmos esto trepando na rvore. Eu quero que eles caiam e quebrem os braos. Eu gostava de 'hio.: E ento!em vo0 bem! bem bai$a ele comeou a falar sobre a sua vontade de ser livre 9apenas para as pequenas coisas:. Este meninoestava constantemente irrequieto! e era considerado hiperativo. Qealmente no conseguia ficar muito tempo sentado nolugar! e se me$ia ami1de nos encontros de grupo. =as quando acabou de falar! deitou#se e rapidamente adormecu. Emsess?es posteriores olhamos para o seu desenho e suas afirma?es que eu havia escrito e$atamente conforme ele dissera econversamos acerca de alguns de seus sentimentos conforme ele ditara e conversamos acerca de alguns de seussentimentos ambivalentes! o seu vai#vem entre o antes da sua memria em 'hio e o agora da sua vida presente.A maior parte do que escrevo neste livro envolve o uso da fantasia. -ara alguma pessoa que no este)a convencida doimenso valor da fantasia no crescimento e desenvolvimento das crianas! recomendo um livro muito abrangente a respeitode crianas e fantasia8 0he 2h-ild@s Aorld of Ma>e-3elieve C' =undo de ma ve0 que isso se deu antes dos dias da penicilina! no me foi permitido ter

    brinquedos de espcie alguma! por medo de uma infeco. CAgora eu sei o porqu%3 naquela poca ningumme contou. Alm disso! os horrios de visitas eram bastante limitados! e eu passava hora aps hora estendidana cama! sem ter ningum para conversar e nada para brincar. 2obrevivi a esse padecimento mergulhando no

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    mundo da fantasia. "ontava a mim mesma estrias interminveis! muitas ve0es ficando e$tremamenteenvolvida com os cenrios.Alguns pais t%m me pedido para fa0er uma distino entre fantasia e mentira. 'utros se preocupam porqueseus filhos parecem perdidos num mundo de fantasia. =entir um sintoma de algo que no est certo para acriana. um padro de comportamento e no uma fantasia! embora *s ve0es ambos se confundam. Ascrianas mentem porque t%m medo de assumir uma posio com respeito a si prprias! de encarar a realidadecomo ela .

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    na escola.

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    OJ

    Ela no tinha amigos e antes disto )amais reconheceria este fato. "indH! de oito anos! disse a respeito do seu desenho8 9Eude#colei da montanha e estou olhando para as flores e para a grama verde bonita! e as minhas asas so de prata. ' meu nome "indH. Eu gostaria de ser uma bru$a boa! e ento eu poderia voar para casa em ve0 de andar:.ma fonte e$celente de idias de fantasias Ma>ing )t trange /ornando Estranho. /rata#se de uma srie de brochuras

    plane)adas como livros de trabalho para redao criativa. As idias de fantasias nestes livretos so maravilhosas. Em ve0 deus#las para redao criativa! adaptei#as para trabalho de fantasia. >ma das minhas favoritas chama#se*ighting 3ac> Qevidando8Escreva uma estria sobre um barquinho pequeno numa imensa tempestade. ' vento sopra forte e as ondas )ogam o

    barquinho de um lado a outro. -rocure imaginar que voc% o barquinho e e$plique como se sente. >se compara?es na suaestria para contar como a gente se sente 2E5G' um barquinho pequeno numa imensa tempestade.

    ' vento ruge e assobia enquanto tenta afundar o min1sculo barco. Q barco revida. -ense em algum tipo de luta no mundoanimal que parecida com a situao do barco na tempestade. Escreva aqui8

    Gescreva por que esta luta animal parecida com a situao do barco na tempestade.magine que voc% o barquinho. "onte o que as diferentes partes do seu corpo precisam fa0er para lutarcontra a tempestade."omo que as diferentes partes do seu corpo lhe contam se voc% est ganhando ou perdendo a lutaGe repente! o vento fa0 um 1ltimo ataque sobre o barquinho3 e ento morre. ' barco ganhouV 7uee$peri%ncias na vida real voc% teve que so parecidas com o vento morrer e o barquinho ganhar a lutamagine que voc% o barquinho que acabou de derrotar a tempestade. "omo que voc% se sente em relao *tempestademagine que voc% a imensa tempestade que no consegue nem afundar um barquinho min1sculo. "omo

    voc% se sente em relao ao barco C@ivro K! pgs. M;#KM.

    U muitas maneiras de se utili0ar esta fantasia. -ara mim! a maneira mais efetiva simplesmente pedir *criana Caps um e$erccio meditativo#respiratrio que imagine! com os olhos f echados! ser um barquinho

    pequeno numa imensa tempestade. Eu digo algo acerca das ondas! do vento e da luta. -eo que a criana se)ao barco! para ter consci%ncia de como se sente enquanto barco! o que est acontecendo agora! o queacontecer a seguir. Ento peo#lhe que desenhe uma figura de si mesma como barco na tempestade.nvariavelmente vem * tona muito material a respeito do lugar desta criana em seu mundo! e como elaenfrenta as foras e$teriores.

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    MP

    M

    'utro e$erccio trata de uma aranha. >ma bela fotografia de uma teia! ocupando uma pgina inteira! acompanhada deinstru?es acerca de uma aranha tentando tecer uma teia num dia chuvoso! de tempestade. 5um grupo de crianas empregueiesta idia para iniciar uma estria de continuao. "omecei di0endo89Era uma ve0 uma aranha que estava tentando fa0er uma teia num dia de chuva! de tempestade. Ento.. . E cada criana nasua ve0 acrescentava algo * estria. 7uando a estria terminou pedi *s crianas para desenharem as suas idias da aranhafa0endo a teia.>m menino de nove anos foi ditando enquanto eu escrevia no verso do seu desenho8 9=eu nome rving. Eu tenho uma teiacom um monte de buracos por causa da chuva! e a chuva fe0 de vrias cores. -orque as pessoas colocam cal em cima! e emcima da casa. Ela vira a0ul. A cerca fica de todas as cores. Eu me sinto bem com as pessoas porque elas fi0eram a minha teiade vrias cores:. 5o decorrer do nosso trabalho em con)unto sobre esse desenho! ele nos contou que ultimamente vinha sesentindo muito feli03 as coisas estavam indo bem para ele.

    Em contraste! uma menina de on0e anos ditou8 9Eu estou furiosa. 5o consigo fa0er a minha teia por causadeste tempo escuro e molhado. Eu sinto que simplesmente no consigo chegar onde quero. Eu me sinto umfracasso completo. 5o importa que eu tente com fora! no consigo construir a minha teia. =as estoudecidida e no vou desistir:. Ela assumiu rapidamente os seus sentimentos de fracasso e despe)ou#os parafora! no grupo. "ada desenho e estria era diferente! revelador e comovente. Alguns

    tinham toques de humor! como o de um menino de de0 anos8 92e esta chuva no parar daqui a alguns minutoseu pego as minhas teias e vou para casa:.Em outro grupo pedi *s crianas que imaginassem! com olhos fechados! que cada uma delas era uma aranha! eque compartilhassem em vo0 alta as suas e$peri%ncias de ser uma aranha construindo a teia num dia de chuva.

    9Eu sou uma aranha. Eu no moro em nenhum lugar. Eu gosto de vagar por a. Eu tenho uma poro deamigos! mas ho)e eu queria ficar so0inho! e no ficar com ningum.:

    9Eu sou uma aranha. Eu gosto de subir nas flores. Eu gosto de ver flores e passarinhos. Eu me sinto meio malnesta chuva.:9Eu sou uma vi1va#negra picando um menino.:9Eu estava dando um passeio. /entei subir numa flor mas no consegui subir at em cima. Eu ca.:

    5um e$erccio sobre um balo que flutua para longe C@ivro M! p. M6 uma menina desenhou a figura de umbalo flutuando sobre uma cidade e disse8 9Eu gosto de ficar aqui3 divertido:. E ento acrescentou8 9Amame sempre me pega! mas eu no quero ser livre como um balo:. 'utra menina fe0 um desenhosemelhante di0endo8 9Estou bem longe da minha casa! e comigo est tudo bem:.dias para fantasias no faltam. 5a bibliografia acham#se muitos livros onde se pode encontrar material defantasias. 4untamente com o novo interesse na educao humanista! o ensino de valores nas escolas! e aestimulao do hemisfrio direito do crebro! h uma proliferao de livros relacionados com estes temas!contendo muitas idias maravilhosas. 5o livro 0o=ard Cumanistic $ducation CQumo * EducaoUumanista e$istem diversas fantasias boas especialmente indicadas para adolescentes.

    Eis uma fantasia de que gosto. 9&oc% esteve caminhando por muito tempo. &oc% est muito! muito cansado.&oc% se deita para descansar e adormece. 7uando acorda! encontra#se preso numa armadilha. "omo a suaarmadilha 'nde voc% est preso ' que voc% fa0: ' Gr. Uerbert 'tto! em seu livro*antas? $ncounterDames C4ogos

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    contando uma estria a seu prprio respeito.

    /enho uma chave velha e grande que *s ve0es uso em )ogo fantasioso para fingir que levo a criana a fa0eruma poro de coisas! e ela pode fa0er o mesmo comigo. >ma varinha mgica tambm funciona muito bem.

    MO

    MM

    =uitas tcnicas artsticas prestam#se ao uso da fantasia. /rabalhos com barbantes e figuras de borboletas constitueminteressantes formas do tipo 9manchas de tinta:. -eo *s crianas que d%em ttulos a essas figuras! que me contem o queen$ergam nelas! que inventem uma estria da forma ou do ob)eto visto. nstru?es para a elaborao dessas figuras

    )untamente com outras idias podem ser encontradas em livros destinados a atividades de crianas em idade pr#escolar. muito ruim que muitos de ns parem de fa0er coisas criativas nesse nvel.>ma das e$peri%ncias de arte#fantasia mais bem sucedidas que tenho tido pintura em gotas com tinta de automvel! que

    pode ser adquirida em casas especiali0adas. A forma de manusear a seguinte8 Em primeiro lugar! deve ser feita num espaoonde no ha)a problema de fa0er su)eira. melhor cobrir bem a rea com )ornal. Gerramam#se algumas colheres de tinta

    branca numa tbua de madeira compensada! de mais ou menos O $ N cm! e espalha#se a tinta de modo a cobrir a tbua debranco. 2obre est fundo branco a criana dei$a cair algumas gotas de outra cor e move a tbua de um lado a outro!

    permitindo que a Ctinta corra so0inha. Em seguida usa#se outra cor! e assim por diante. A tinta de automvel secarapidamente! ficando pega)osa o que constitui uma vantagem neste tipo de pintura. As cores no se misturam como tintassol1veis em gua! e os resultados so lindos! brilhantes e puros.

    5s dei$amos as pranchas de p e nos afastamos para admir#las. As crianas do nomes a suas maravilhosas obras! efacilmente contam lindas fantasias acerca delas. >ma figura parecia uma caverna colorida e brilhante. -edi * sua criadoraque entrasse na sua caverna e nos dissesse o que via! como ela era! o que se passava. Esta atividade to gratificante que atmesmo as crianas e$tremamente hiperativas ou 9incontrolveis: a e$ecutam sem problemas. A maioria delas )amais criouna vida algo to belo! nem sentiu tanta satisfao.MK

    OGesenho e sou pastis demuitas cores! entremeadas de figuras escuras. 2eu desenho consistiu de quatro figuras redondas com raios parecidos comraios de sol! todos se tocando! com um forte tri,ngulo preto e vermelho! feito com pincel atWmico! no centro de seus raios.

    5o grupo! 2usan descreveu o seu desenho di0endo que estava no centro das figuras! que representavam as suaspreocupa?es! suas decep?es! seus divertimentos! e seus sentimentos feli0es. 2uas preocupa?es e decep?es eram de coresescuras."riana8 &oc% pode nos contar algumas dessas decep?es2usan8 5o! eu prefiro no contar agora! mas sei quais so."riana8 &oc% est decepcionada com algum de ns2usan8 Bem... sim. C2usan ento comeou a falar de um aborrecimento que tivera com um dos meninos do grupo algo queele dissera e que a estava incomodando! e que ela guardara para si. Eles ela e o menino discutiram isso por algum tempo!

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    e a tudo pareceu encerrado.&oc% gostaria de dar vo0 ao tri,ngulo preto e vermelho! que voc%! e falar com as suas outras partes2usan8 "laro. Eu sou 2usan e estou aqui no meio de todos voc%s. Xs ve0es estou no meio de preocupa?es e decep?es! e mesinto muito mal! e *s ve0es estou no meio de coisas alegres e divertidas! e a me sinto bem.' que voc% pode di0er *s suas preocupa?es e decep?es2usan8 Eu no gosto de voc%s quando voc%s esto por a. 5o quero falar de voc%s. Eu gostaria que voc%s nuncaaparecessem. =as *s ve0es voc%s esto a! e eu no posso impedir voc%s de vir. =as eu no sou obrigada a falar de voc%s se

    no quiserVEu sei que voc% se sente muito mal com suas preocupa?es e decep?es! 2usan. "omigo tudo bem se voc% no quiser falardelas agora. ma preocupao a menos.&oc% est disposta a ser outra preocupao ou decepo e dar uma vo0 a ela2usan8 5o.=uito bem! ' que voc% pode di0er aos seus divertimentos e sentimentos feli0es2usan8 Eu gosto mesmo de voc%s. Eu gosto de me sentir bem e gosto de me divertir. C2entir#se bem e divertir#se erame$peri%ncias novaspara 2usan.&e)o que voc% tem muitos deles no seu mundo.2usan8 2imV Eu costumava me sentir infeli0 o tempo todo. =as agora eu realmente me divirto muito e me sinto muito bem.G para voc% ser alguns dos seus sentimentos e coisas feli0es

    C2usan conta prontamente algumas das coisas que gosta de fa0er! e como estas coisas a fa0em sentir#se.

    U gente aqui Capontando para a figura dela no seu mundo feli02usan8 claro. Esta a minha melhor amiga. E esta uma professora de que eu gosto muito. E esta a minha me que )no grita mais tanto comigo! e este o meu pai Cum acolatra que est tentando mesmo dar um )eito nas coisas! como eu! eesta a minha irm que na verdade no to malcriada assim Caqui ela deu uma piscada para a irm! que estava no grupo! eeste todo o grupo e esta voc%V&oc% quer nos contar acerca da parte branca do seu papel C' seu desenho estava amontoado todo de um lado s.2usan8 Esta a minha vida quando eu crescer. Eu no sei o que ser! ento no pus nada ali.U bastante espao a para todo tipo de coisas.2usan8 "ertoVsto me ocorre como um bom e$emplo da import,ncia de no fa0er interpreta?es como tais. Ao ver o desenho de 2usan eu

    poderia ter dito a mim mesma! observando que ele estava espremido todo de um lado do papel e que ela dei$ara uma grandee$tenso em branco8 9AhV esta criana obviamente est constrangida e constrita. Ela tem medo e se mantm rigidamentefechada! ou est desequilibrada de alguma maneira:. 7ualquer uma destas afirmativas! e outras! poderia ter sido verdadeira./alve0 2usan realmente se sentisse fechada e constrita ao desenhar o seu mundo. /alve0 sentisse que o seu mundo eraapertado! restrito e limitado. 5o posso ter certe0a a respeito disso3 mas o que eu sei que aps a e$peri%ncia de 2usan de

    visuali0ar e desenhar o seu mundo! e em seguida partilhar e elaborar o seu desenho conosco! ela foi capa0 de olhar para ae$tenso branca e oferecer a possibilidade de haver mais coisa por vir em sua vida. 2enti que a sua afirmao! )unto com asua vo0 e seu rosto ao di0%#lo! revelava otimismo! esperana! uma abertura! um ir de encontro * vida.'utra observao sobre este trabalho com 2usan8 Ao reler este trecho! posso ver que poderia ter ficado um pouco mais como eu 9tri,ngulo: dela! penetrar mais fundo nela! na sua e$peri%ncia de si prpria. 92e)a essa parte! esse tri,ngulo! e descrevaa si mesma:. Eu gostaria de ter lhe pedido que fosse a borda escura do tri,ngulo. 92e)a essa borda e diga o que voc% fa0:./alve0 ela tivesse falado sobre a forma como se protegia em seu mundo Cuma interpretao. Eu gostaria de ter lhe pedidoque fosse o prprio n1cleo de si mesma! o centro! que me parecia to fogoso e cheio de energia. -oderia ter e$plorado os

    pontos do tri,ngulo. Em retrospecto! no h como di0er o quanto isto poderia ter sido proveitoso. -arece#me agora que osenso de eu de 2usan poderia ter sido fortalecido se o tivesse feito.

    MR

    M;

    /ommH! J anos! coloriu uma srie de curvas que pareciam colinas e fe0 um enorme e sorridente sol saindo detrs das mesmas. Ele nos disse que era um pontinho atrs de uma colina escura bem embai$o. Algumas dascolinas tinham cores fortes e algumas eram escuras. >sou pincis atWmicos! pastis! lpis de cera! e lpis decor para diferentes efeitos. Gisse8 9Eu estou bem embai$o nas colinas e preciso subir. 5o fcil subir.Algumas das colinas so boas! outras so difceis. Eu posso descansar em algumas delas! e brincar tambm.Estou tentando chegar no alto onde est o sol. &ai levar um tempo:.-edi#lhe que fosse o sol e conversasse com o pontinho.

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    /ommH Ccomo sol8 Eu ve)o voc% a embai$o. &oc% tem um caminho comprido para andar. =as voc% vaiconseguir. Eu estou sempre aqui./ommH Ccomo sol8 Eu ve)o voc% a embai$o. &oc% tem um comprido. Eu ve)o voc% a e voc% me fa0 sentiraquecido. Eu vou continuar tentando.Este tipo de e$presso contm as sementes de um trabalho muito mais produtivo! ' desenho em si contamuita coisa do que

    se passa dentro de /ommH. Ao trabalhar com este desenho! eu poderia pedir#lhe que elaborasse acerca decada uma de suas colinas! como ele e$periencia a si prprio como um pontinho atrs de uma colina! como ser o sol. 2empre fico comovida com as profunde0as de sentimento e percepo que as crianas pequenase$pressam. Ao relatar aqui este fato! que ocorreu h cinco anos! sinto um arrepio igual ao que senti ao ouvir

    pela primeira ve0 a sabedoria interior de /ommH./r%s meses depois dessa sesso! o mesmo grupo! inclusive /ommH! estava trabalhando com argila. nstru ascrianas a fa0erem algum tipo de criao abstrata que pudesse ser o seu mundo ho)e! e colocarem a si

    prprias! como smbolo! neste mundo. /ommH fe0 uma alta forma triangular com uma bolinha no pico. Eledescreveu seu mundo de argila! seus sentimentos enquanto trabalhava com o material! e terminou di0endo8 9Eesta bolinha na ponta sou eu:. mediatamente uma das crianas lembrou seu desenho anterior e o fe0 recordar#se dele. A face de /ommH brilhava quando ele disse8 9-u$aV Acho que no final no levei tanto tempo parachegar em cimaV: sto me impressionou como uma afirmao forte dos sentimentos bons de /ommH! cada ve0

    maiores! a respeito do seu prprio valor. Ele o mesmo menino que! na fantasia da caverna descrita no incio!desenhou a cena de 5atal! ressaltando a necessidade de ateno.5uma sesso individual com um menino de K anos! pedi#lhe que fechasse os olhos e imaginasse o seumundo em cores! traos e formas. Ento pedi#lhe que desenhasse o que havia en$ergado8 95o desenhe nadareal! mas ve)a que formas voc% vai usar! que tipos de traos servem para o seu mundo! que cores. &oc% vaiusar cores claras ou escuras "omo o seu mundo: Ele desenhou uma grande cai$a a0ul! e linhas fortes devrias cores na cai$a.4im8 ' meu desenho tem uma cai$a grande e uma poro de linhas curvas coloridas dentro. Eu no sei o queisso significa. Eu simplesmente desenhei.=uito bem. Eu gostaria que fosse essa linha a0ul escura que forma a cai$a! e conversasse com as coisas queesto dentro dela.4im8 Eu sou uma cai$a grande em volta de voc%s! e vou manter voc%s a.

    Agora faa essas linhas responderem

    como so elas ' que que elas di0em para a cai$a

    4im8 Ah! ns somos um monte de linhas curvas claras. 5s somos feli0es de verdade! gostamos de correr pora! mas no

    podemos passar por voc% porque voc% no dei$a.' que esse trao forte ' que poderia ser esse trao na sua vida E$iste alguma coisa na sua vida queimpede voc% de fa0er as coisas que tem vontade de fa0er

    M6

    MJ

    4im8 Bem! e$iste3 meus pais no dei$am. E o meu pai no me dei$a fa0er uma poro de coisas. CEle comeou ento a falarde algumas coisas que queria fa0er! apontando para a rea e$terior * sua cai$a do desenho. Ele est me impedindo de chegara esses lugares aqui! que so meio assustadores.magine que o seu pai est sentado aqui e diga isso a ele. Ele esta almofada.4im8 Eu estou meio contente de voc% no me dei$ar sair. Eu estou meio assustado. CAinda estava falando como as linhasdentro da cai$a. E tambm tinha um olhar muito surpreso estampado no rosto.2e)a as coisas fora da cai$a e diga o que voc% .4im8 CGesenhando algumas linhas no espao fora da cai$a. Eu sou um punhado de linhas aqui fora! fora da linha escura. 4im

    pensa que quer fa0er o que eu sou! mas na verdade ele est assustado. Eu sou um monte de coisas que as crianas na escola

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    querem que ele faa! mas o pai dele no dei$a! e isso bom. Ele poderia se machucar ou se meter em confuso. CEntoacrescentou! olhando para mim atWnito8 Acho que estou contente de ter esses limites em volta de mim. As minhas linhas sofeli0esV Eu gosto desses limites.+esenhos da *am9lia>m e$erccio muito efetivo fa0er as crianas desenharem suas famlias como smbolos ou animais. 9

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    coisas pequenas. Eu gosto de ficar em pa0! de ter as coisas em pa0. 5o gosto de discuss?es:.-ara este e$erccio! freq+entemente vario as instru?es ao trabalhar com a figura completa. Aps uma descrio geral por

    parte da criana! posso pedir que ela faa uma afirmao a respeito de cada pessoa! se isto estiver faltando na descrio3 ouque diga algo a cada pessoa no desenho! ou que cada pessoa no desenho diga algo a ela3 ou posso ser mais especfica acercado que quero que se)a dito 9Giga uma coisa que voc% gosta e uma coisa que voc% no gosta a cada um! ou oua o que cadaum tem a di0er:. -osso fa0er com que a criana mantenha um dilogo entre dois smboos quaisquer. Este e$erccio produ0tanto material que *s ve0es chego a me sobrecarregar. "onversar por intermdio de figuras to mais seguro e fcil do que

    conversar entre si numa sesso de famlia! ou comigo numa sesso individual. Este mesmo e$erccio Cou qualquer outrodeste livro pode ser reali0ado mensalmente com novos sentimentos e material novo e$pressos a cada ve0. /ambm divertido e interessante voltar e olhar para as figuras antigas e conversar com a criana sobre o que ainda verdade e o quemudou.KO

    >ma menina de M anos8 9' papai o mais legal dele que eu gosto mais. Eu estou ligada a ele Ccrculo amarelo com umcorao no meio. Eu sou redonda! para ser como ele Cela um crculo com um trao que a liga ao pai e tambm porqueacho que sou gorda. A mame superdoce Cuma flor rosa! ' meu irmo est no meio ligado a todo mundo. Ele tenta se dar

    bem com todos. A mame mais chegada * minha irm elas esto ligadas. =inha irm um muro de ti)olos Cdesenho domuro de ti)olos porque eu no consigo chegar at ela. Eu a desenhei a0ul porque esta a sua cor favorita! e eu quis sersimptica com ela. Eu gostaria que ns estivssemos mais perto:."om freq+%ncia! numa sesso de famlia! passamos do desenho para a pessoa. -edi a esta menina que dissesse diretamente *irm que queria estar mais pr$ima dela. A resposta da irm895s no temos muita coisa em comum:. Este foi o incio. 5uma sesso posterior na qual a famlia fe0 desenhos similares! amenina de M anos desenhou um muro com um buraco e comentou89Eu estou comeando a atravessar:.>ma menina de anos desenhou sua famlia como simples manchas coloridas e colocou um cdigo de cores no canto dafolha. "ada cor significava algo para ela a sua cor predileta! uma cor triste! etc. Esta idia foi dela mesma! e eu a tenhousado com outras crianas desde ento. 'utras tem usado formas quadrados! crculos! etc.! em lugar de cores.Embora a maioria das crianas no entenda a palavra 9smbolo:! elas possuem capacidade incrvel de compreender e utili0aro significado da palavra. Eu uso a palavra 9smbolo: nas minhas instru?es e depois dou e$emplos do que quero di0er.-osso tambm pedir *s crianas que desenhem a sua famlia ideal em smbolos. >ma menina de M anos empregou apenas

    KM

    grupos de crculos! tri,ngulos! pontos e estrelas para a sua famlia. 9=eu pai o tri,ngulo cor#de#laran)a. Eu estou maisperto dele! mesmo que no more conosco. Eu gosto de fa0er coisas com ele. Ele est mais legal desde que no vive mais

    com a minha me. Eu brigo muito com a minha irm e com a minha me. E$iste muita discusso! muita gritaria o tempotodo. 5s estamos sempre caindo uma em cima da outra envolvidas demais uma com a outra. Xs ve0es eu gostaria de irembora. A minha famlia ideal esta flor aqui. Eu sou o ponto cor#de#laran)a no meio:. /oda esta informao saiu enquantoela e$plicava as formas na figura! e apontava para as figuras enquanto falava. A situao foi apresentada de forma casual8 9assim que so as coisas:."rianas mais novas! geralmente com menos de 6 anos! preferem desenhar pessoas reais quando lhes pedido que desenhemsuas famlias Cembora *s ve0es possam concordar em desenhar animais. -edir * criana que desenhe a sua famlia constituiuma tcnica tradicional de diagnstico! e por certo pode#se aprender muita coisa acerca da criana atravs de tal desenho.Esta tarefa pode ser tornada muito mais proveitosa e significativa utili0ando#se a informao para relacionar#se e trabalharcom a criana.>ma menina de ; anos! quando solicitada a desenhar sua famlia! fa0ia continuamente 9a coisa errada:! na sua prpriaopinio. Gesenhou a me mais alta que o pai! di0endo8 9Eu fi0 um erro! a minha me mais bai$a que o meu pai:.

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    raram3 desde a separao ela tem tido muitos sentimentos desagradveis a respeito de sua situao muitoansiedade sobre o que aconteceria consigo. A sua identificao como roseira tornou mais fcil comearmos alidar com as suas preocupa?es.

    "herHl! de de0 anos! viveu em diversas casas de adoo desde que a sua me a abandonou quandoela tinha cerca de N anos. Em virtude de procedimentos legais! no podia ser permanente# mente

    adotada at pouco tempo atrs. uma criana muito atraente! que tem estado em terapia por causade sonambulismo e

    pesadelos srios. Ela comentou da sua roseira8 9Eu sou muito grande. Eu tenho todos os tipos de flores devrias cores. 5o tenho galhos retos3 eles so tortos! curvos. Eu estou numa terra macia e tenho ra0escompridas enterradas muito fundo no cho. /enho uma poro de amigos os pssaros sentam#se na cerca econversam comigo. U uma grande cerca preta em volta de mim para as pessoas no pisarem em mim e nemme pegarem. Eu vivo num quintal. Eu sou apenas uma roseira comum. /enho folhas verdes:.7uem cuida de voc% perguntei.A nature0a cuida de mim a chuva! o sol e o cho.7uem mora na casaAlgumas pessoas.&oc% gosta delasEu nunca encontro essas pessoas3 elas sempre esto indo para algum lugar. Eu fico so0inha.A partir desta e$peri%ncia! pudemos lidar abertamente com alguns assuntos que eram mantidos bem no fundode "herHl. >m deles era a sua 9grande cerca preta:! que a protegia. Ela falou da sua necessidade de proteo!

    para que no fosse machucada. Era uma criana altiva! muitas ve0es chamada de 9esnobe: pelas outrascrianas. "onversamos acerca das pessoas da roseira e a sua prpria relao com as pessoas que tomavamconta dela. sto condu0iu * conversa sobre os sentimentos em relao * sua me e ao assunto da adoo.Embora fosse bvio que estas coisas a tinham estado incomodando! s agora que "herHl se dispunha a falardelas. ' seu desenho da roseira e outras atividades similares libertaram algo dentro dela. Qealmente se sentiaso0inha! como a sua roseira! mas )amais contara este sentimento a ningum. 5o final desta sesso disse8 9Ah!mais uma coisa. Acrescente a8 FEu sou uma roseira famosa pelas minhas cores.I8 6abiscoEm seu livro

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    =elinda! de J anos! desenhou uma enorme cabea de menina. -edi#lhe para ser a menina e falar sobre simesma. Ela ditou uma estorinha! que escrevi enquanto ela falava8 9Eu sou uma menina de cabelo despenteadoe acabei de acordar. =eu nome =elinda. -areo um cachorro peludo. Eu no pareo bonita. Eu poderia

    parecer se o meu cabelo estivesse penteado. ' meu cabelo tem diversas cores. Eu fui * piscina e o meu cabelo

    comprido e eu no coloquei touca! ento ele fica de vrias cores. sso aconteceu com uma amiga o cabelo dela ficou verde.Eu gostaria de ter cabelo comprido e vou ter. Eu gosto de cabelo comprido:. A estria de =elinda fluiu facilmente para umrelato sobre a sua auto#imagem! seus sentimentos acerca de sua apar%ncia e como via a si prpria como pessoa.

    "indH! 6 anos! encontrou muitos chapus no seu rabisco. Eis a sua estria8 9A Estria dos "hapus. Esteschapus t%m problemas. >m chapu tem problema porque tem bot?es. 'utro chapu tem problemas porqueficou manchado na lavagem e ningum quer us#lo. >m chapu tem problemas porque todo cheio de

    pontinhos! e o chapu de duas cabeas tem problema porque tem buracos com remendos e ningum quer us#lo! e um chapu est feli0 porque bonito e lils e tem uma pessoa usando. >m chapu est triste porque todo listrado e ningum quer comprar. ' chapu lils mgico e voc% no ouve berros. Eu estou usando essechapu:. interessante notar que todos os chapus de "indH so masculinos. Eu no mencionei isto a ela!embora agora que

    NO

    NM

    estou escrevendo gostaria de ter descoberto o que ela diria a este respeito. ' que realmente fi0 foipedir#lhe que imaginasse estar usando o seu chapu lils que era mgico! e me contasse mais acercados berros que no ouvia."arol! de anos! desenhou um grande pato na gua. A sua estria8 9Eu sou um filhotinho de pato./enho asas mas ainda no sei voar. 7uando eu nasci estava todo molhado! mas ganhei penas eagora sou fofo. Eu vivo na gua e sigo a minha me e ns moramos num parque! onde h um lago.7uando as pessoas v%m! elas *s ve0es nos )ogam migalhas de po. Eu tenho pernas que me a)udam

    a atravessar a gua e os dedos t%m pele no meio:. -edi a "arol que se comparasse ao pato. Eladisse8 9Eu tambm mudei muito desde que nasci! mas ainda preciso da minha me. Ainda no tenhoidade para ficar so0inha:. "arol era uma criana dei$ada muito tempo so0inha.>m menino de 6 anos desenhou a figura de um menino sentado bem no meio do seu rabisco. Eledesenhou uma balo de estria em quadrinhos! saindo da boca do menino! com a palavra 9UaV: emletra de forma nove ve0es. -edi#lhe para ser o menino e di0er de que estava rindo. Ele disse8 9Estourindo porque este rabisco est impedindo todo mundo de chegar at mim. como uma cerca emvolta de mim. Eu posso ver todos! mas eles no podem me alcanar:. &oc% pode adivinhar paraonde fomos a partir da.

    Sreg! de M anos! teve muita dificuldade em achar figuras nos seus rabiscos. 'lhou para o primeiroque fe0! virou o papel! virou novamente! e enfim disse que ali no havia figura nenhuma. Eu disse89=uito bem! aqui est outro pedao de papel3 tente outra ve0:. Ele fe0 um rabisco e ento! aps ume$ame minucioso! no conseguiu encontrar uma figura. Ento lhe pedi que fi0esse outro. Gesta ve0ele achou um rosto muito pequeno.

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    mostrava algumas cores claras e fortes! cercadas por um contorno muito grosso e preto. 7uando pedi que mefalasse sobre o desenho! ela disse89A raiva me cerca e congela os sentimentos bons que esto l dentro! e eles no podem sair:. ' comentriodescrevia acuradamente o seu comportamento. As pessoas da sua vida raramente viam qualquer de seus bonssentimentos3 viam apenas a sua depresso e soturnidade. Este desenho foi o primeiro passo para comear aa)udar esta menina a falar sobre sua raiva! sobre coisas que a 0angavam! e a au$ili#la a encontrar algunsmodos de e$primir seus sentimentos de raiva! de modo que os sentimentos bons pudessem emergir. -artedisso pudemos fa0er no meu consultrio! com desenhos! argila e usando um basto! mas ela precisou aprendera cuidar de si mesma fora do consultrio. -recisa aprender a dirigir os seus ressentimentos direta everbalmente para a fonte deles. sso no fcil para crianas que so constantemente criticadas por seremdiretas e honestas em relao ao que sentem! a menos que esses sentimentos se)am apreciados pelos adultoscom quem convivem. 5este caso! pude tra0er a famlia para algumas sess?es con)untas. 7uando havia tentadoisto anteriormente! a menina tinha ficado sentada num canto emburrada3 agora era capa0 de se manterso0inha! de contar com a sua prpria fora e auto#sustentao.Minha emana, Meu +ia, Minha Gida possvel obter um sentido esclarecedor da vida da criana pedindo#lhe que desenhe uma figura da suasemana! do seu dia ou da sua vida. A figura nos d a abertura para uma conversa. 5o desenho que umamenina fe0 do seu dia! colocou! entre muitas outras coisas! uma grande cai$a rotulada de 9escola: com a

    palavra 9^>"\: em grandes letras de forma. Gesenhou tambm um corao com uma seta e uma enormeinicial a inicial do menino de quem ela gostava. 2eus sentimentos em relao * escola e seus anseios por estemenino absorviam uma grande dose da sua energia. Algumas crianas desenham figuras bem esparsas porque assim que se sentem em relao *s suas vidas. Xs ve0es! sem nenhuma instruo especfica neste sentido! ascrianas desenham uma figura fantasiosa de como gostariam que fosse o seu dia ou a sua semana! e isto me dmuita coisa com que trabalhar.

    8 0rao a 2ompletar .uiggle/A palavras.uiggle em ingl%s um termo que descreve o fa0er#se um trao ao acaso sobre um pedao de

    papel! geralmente cm preto! e pedir * criana que complete a figura. Ela pode ento contar uma estria sobre afigura! ser a figura! conversar com a figura! etc.E$istem adapta?es desta tcnica em formas de livros para colorir. >m deles chama#se 0he Non-2oloring3oo> C' @ivro de 5o#"olorir e outro intitulado 0he ;n-2oloring 3ao> C' @ivro de Gescobrir. Ambosempregam uma variedade de rabiscos! em ve0 de um trao 1nico! bem indefinidos e os rabiscos podem ser

    completados como figuras. 2o mais sugestivos no que se refere ao conte1do do que o trao a que nosreferimos o s.uiggle4

    5o seu livro 0herapeutic 2onsultation in 2hild 'sHchiatr C"onsulta /erap%utica em -siquiatria nfantil G._. _innicott descreve um mtodo de estabelecer contato com crianas! utili0ando o que ela chama de 4ogode "ompletar o /rao .uiggle Dame4 2eu mtodo consiste em sentar#se com a criana a uma mesa! comdois lpis e um pouco de papel * frente. ' terapeuta fecha os olhos e fa0 um trao no papel! e pede a crianaque o transforme em alguma coisa3 a criana tambm fa0 um trao para o terapeuta transformar em algo. Xmedida que o procedimento evolui! ambos conversam sobre as figuras e qualquer outra material que sur)a.-elos estudos de casos feitos por _innicott! percebe#se obviamente que uma grande comunicao seestabelece a partir desta maneira particular de fa0er uso de um velho )ogo.

    2ores, 2urvas, inhas e FormasSosto de encora)ar crianas mais velhas! adolescentes e adultos a desenharem seus sentimentos e respostasem cores! curvas! linhas e formas. Eu os encora)o a se absterem de desenhar coisas reais e mergulharem nae$presso do sentimento. >m bom mtodo que descobri pedir * pessoa ou ao grupo para olhar algo que euconsidero muito bonito! por uns cinco minutos3 a seguir! peo que desenhe os sentimentos despertados!apenas em cores! linhas e formas. Eis alguns ob)etos que posso utili0ar8 uma flor! uma folha! um[ planta! umaconcha! um pWr#do#sol se for possvel! ou um quadro. 5a verdade! qualquer ob)eto serve para provocar algumtipo de sentimento um utenslio da co0inha! um brinquedo! algum acessrio domstico. 'u posso fa0er comque ouam uma bela pea musical.Xs ve0es as pessoas necessitam de um tipo especial de treinamento para se permitirem uma soltura! umaconfiana nos seus

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    diferentes nveis. ' prprio ato de desenhar! sem qualquer interveno por parte de um terapeuta! uma poderosa e$presso de si mesmo que a)uda a estabelecer a auto#identidade e proporciona umaforma de e$pressar sentimentos. /omando isto como ponto de partida! o processo terap%uticopoder evoluir conforme se segue8

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    sentimentos da me! e por causa disso teve medo de incluir 4ill no seu primeiro desenho. 7uando eu disse89Eu acho que a sua me no gosta muito da 4ill:! ela fe0 que sim e olhou para mim com um ar tmido econsciente."om a permisso de "indH! pedi * me! que estava na sala de espera! que se )untasse a ns. Eu queria lhedi0er que por causa dos seus prprios sentimentos negativos em relao a 4ill! "indH no se sentia com direitoa go0ar os sentimentos positivos que tinha3 e que ela precisava a)udar "indH a saber que cada um podia ter osseus prprios sentimentos! que era direito "indH gostar de 4ili! mesmo que ela no gostasse. "om estaconsci%ncia recm#adquirida! a me de "indH pWde parar de impor seus prprios sentimentos * filha! e no

    precisei atender "indH outra ve0. >m fechamento rpido! baseado num pequena pista corporal. /rabalhar com identificao! a)udando a criana a 9assumir: o que foi dito sobre a figura ou partes dafigura. -osso perguntar8 9&oc% alguma ve0 se sentiu desse )eito: 9&oc% costuma fa0er isso: 9sso temalguma coisa a ver com a sua vida: 9E$iste alguma coisa do que voc% disse como roseira que voc% podedi0er de si como pessoa: e assim por diante. -erguntas como estas podem ser formuladas de muitasmaneiras.

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    errWneos! au$iliando#a a redescobrir o seu prprio ser.Assim! sempre que trabalho com uma criana! adolescente! ou! em vista disso! um adulto! sei que precisamos voltar erelembrar! recuperar e renovar! fortificar algo que uma ve0 a criana teve como beb%! mas que parece ter perdido. X medidaque os seus sentidos despertam! que comea a conhecer novamente o seu corpo! ela pode reconhecer! aceitar e e$pressar osseus sentimentos perdidos. Aprende que pode fa0er escolhas e verbali0ar seus dese)os! necessidades! pensamentos e idias.Ao aprender .e aceitar quem ela ! na sua individualidade diferente de voc%! ela estar em contato com voc%! e voc% o saber.E ela pode fa0er isso! tenha M ou 6M anos de idade.

    Eu trabalho para construir o senso de eu da criana! para fortalecer as fun?es de contato! e para renovar o seu prpriocontato com seus sentidos! sentimentos e uso do intelecto. Ao fa0er isso! os comportamentos e sintomas que ela temutili0ado para a e$presso e crescimento mal dirigidos freq+entemente caem por terra sem que ela tenha plena consci%nciade que sua conduta est mudando. A sua consci%ncia redirigida para a percepo sadia de suas prprias fun?es de contato!seu prprio organismo! e desta maneira! em direo a comportamentos mais satisfatrios.' beb% se desenvolve atravs do e$perienciar. A consci%ncia est to ligada ao e$perienciar que so uma coisa s.gualmente! quando a criana em terapia experiencia os seus sentidos! o seu corpo! os seus sentimentos! e o uso que podefa0er do seu intelecto! ela recupera uma postura sadia frente * vida.Ento proporciono * criana o m$imo possvel de e$peri%ncia nas reas em que mais necessita. E quando posso! encora)o#aa ter presente o seu processo de e$perienciar. 7uando peo a uma criana uma frase para escrever )unto ao seu desenho! queresuma a sua posio! esta frase uma afirmao da sua consci%ncia. 7uando digo8 9&oc% alguma ve0 se sente assim: emresposta a uma rosa que caiu da roseira e est morrendo! ou 9sso tem a ver com a sua vida: em resposta a uma estriaacerca de um urso que est * procura de sua me! estou buscando uma consci%ncia e$plicita. /al consci%ncia facilita de fatoa mudana. X medida que se desenvolve a consci%ncia da criana! podemos comear a e$aminar as op?es e escolhasdisponveis! e$perimentar novas formas de ser! ou lidar com os temores que a criana tem ocultos! que a impedem de fa0er

    novas escolhas que poderiam melhorar a sua vida.Em algumas das historietas deste livro eu digo8 95o sei realmente o que aconteceu:. Eu! sim! sei que a criana e$periencioualgo comigo e ento sentiu#se melhor freq+entemente sem qual#

    ;K

    ;N

    quer afirmao e$plcita de compreenso ou consci%ncia. "om uma criana fi0 um beb% com um punhado deargila! disse#lhe que era ela! e fi0 de conta que estava dando um banho. A criana sentiu#se feli0 e satisfeita! enaquela noite disse * sua me que queria comear a tomar chuveiro. CAntes ela se recusava a tomar banho ouchuveiro.

    2e esta criana tivesse dito8 9/enho consci%ncia de que sinto falta de ser tratada como beb% de novo! agoraque o meu irmo0inho est a! e no vou tomar banho enquanto algum no.)econhecer isto:! euprovavelmente teria 9entendido o que aconteceu:. /udo que sei que pude dar * criana uma e$peri%nciasatisf atria que lhe permitiu sentir#se segura o suficiente para dar com facilidade outro passo pequeno rumoao crescimento.2e voc% me acompanhou nesta discusso! poder di0er8 9=uito bem! estou disposto a uma tentativa nestesentido. ' que fao a seguir: ' importante o como4 "omo construmos o senso de eu da criana! comofortalecemos as suas fun?es de contato! como renovamos o seu prprio contato com os seus sentidos! comseu corpo! com seus sentimentos e com sua mente "omo a)udamos a criana a experienciar os seus sentidos!o seu corpo! seus sentimentos! o uso do seu intelectoA resposta a estas perguntas pode parecer muito simplista! mas devo advertir voc% de que este livro no

    pretende ser utili0ado como manual de reparos. Qecordo#me do meu trabalho em escolas! au$iliando crianasa superar as suas incapacidades de aprendi0agem. E$iste um trabalho bom! feito por pesquisadores!

    delineando os problemas que muitas dessas crianas tem com as reas de percepo. Algumas crianas t%mdificuldade na dif erenciao figura#fundo! e so incapa0es de apontar uma letra ou palavra num mar de letrase palavras. Algumas t%m problemas visuais direcionais que fa0em com que as letras b e d, ou as palavras ora earo,paream iguais. /em#se inventado )ogos e e$erccios maravilhosos que au$iliam a corrigir estasdefici%ncias! e fortalecer reas em que as crianas esto fracas. Assim! passamos horas com a criana!a)udando#a a separar cubos vermelhos de cubos de outras cores! e separar quadrados de tri,ngulos e crculos!no sentido de aprimorar sua habilidade de discernimento entre figura e fundo. A criana torna#se adepta dissodepois de muita prtica! mas freq+entemente ainda no sabe ler. que no to simples assim.7uando dou sugest?es para aprimorar os sentidos! no estou querendo insinuar que logo que a criana se)acapa0 de discernir entre coisas moles e coisas duras! ou notas altas e notas bai$as! ela se sentir

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    repentinamente melhor em relao a si prpria e mudar o seu comportamento. "rianas so criaturascomplicadas e muitas coisas ocorrem simnultaneamente. -or e$emplo! ofere ce#s

    a uma criana a pintura com os dedos para que ela e$periencie e fortalea o seu sentido do tato. A fluide0 dapintura e a percepo sensual da mesma! bem como o simples pra0er proporcionado pela atividade! abrem acriana a compartilhar alguns sentimentos profundos3 isto leva * conversa sobre algum problema da sua vida!que por sua ve0 leva a uma discusso das op?es que tem para resolver aqueles problemas. 'u talve0 noacontea nada disto. A criana poder talve0 pintar com os dedos! permanecendo em sil%ncio durante toda asesso. 'u talve0 re)eite a idia em si de pintar com os dedos! )ulgando#a infantil. ' terapeuta deve estarintimamente sintoni0ado com a criana na forma como esta responde * atividade! no sentido de reconhecer o.flu$o e reflu$o no processo da mesma. ' terapeuta deve mover#seHunto com a criana no sentido de saberquando falar e quando permanecer em sil%ncio.Em outra parte deste livro dou muitos e$emplos de tcnicas para oferecer * criana e$peri%ncias sensoriais!corporais! verbais! intelectuais e de sentimentos. Estas idias devem abrir a imaginao do terapeuta para asinfinitas possibilidades criativas. Ao trabalhar com uma criana em especial! no me muito difcil decidirqual a tcnica necessria. 7uando passo a conhecer a criana! tudo cai no seu devido lugar. "om freq+%ncia a prpria criana quem mostra o que precisa! pela prpria atividade que escolhe. E *s ve0es mostrae$atamente o que precisa pela resist%ncia que tem a uma determinada atividade.Gevo di0er que *s ve0es me preocupa o papel da interveno terap%utica com crianas. Estarei trabalhando demodo a fa0er com que elas se comportem de um modo que muitas ve0es contraditrio com o seu prprio

    meio cultural e com suas e$pectativas 'u estarei sub)ugando o seu prprio crescimento e autodeterminaopara a)ud#las a a)ustar#se a uma situao inumana! varrendo os problemas para bai$o do tapete -recisolembrar a mim mesma que a minha tarefa a)udar as crianas a sentirem# se fortes dentro de si prprias!a)ud#las a ver o mundo * sua volta tal como ele realmente . 7uero que elas saibam que t%m escolhas quanto* forma de viver o mundo! e como reagiro a ele! como o manipularo. 5o posso ter a presuno de fa0eresta escolha por elas. -osso apenas fa0er a minha parte para lhes dar a fora necessria para fa0erem asescolhas que quiserem fa0er! e saberem quando as escolhas so impossveis. -reciso a)ud#las a saber que no

    podem assumir a responsabilidad por escolhas que no e$istem para elas. Ao ficarem mais velhas e maisfortes! sendo capa0es de ver a si prprias em relao ao mundo com mais clare0a! podero talve0 determinar#se a modificar estruturas sociais que as impedem de fa0er os tipos e escolha que necessitam.

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    ;;

    U certos fundamentos bsicos que qualquer pessoa que trabalhe com crianas precisa8 gostar de crianas! estabelecer comelas uma relao de aceitao e confiana! conhecer algo acerca de como as crianas se desenvolvem! crescem e aprendem! ecompreender as quest?es importantes que correspondem a fai$as etrias especficas. Geve#se estar familiari0ado com ostipos de dificuldades de aprendi0agem que afetam as crianas! no s bloqueando o caminho da aprendi0agem! como muitasve0es causando efeitos colaterais emocionais. "reio que se deve ter a habilidade de ser direto sem ser invasor! de ser leve edelicado sem ser demasiadamente passivo e no#diretivo.-enso que algum que trabalhe com crianas precisa saber algo sobre os funcionamentos dos sistemas familiares! e terconsci%ncia das influ%ncias ambientais que agem sobre a criana lar! escola! outras institui?es com as quais a criana

    possa estar envolvida. -enso que! se deve estar familiari0ado com as e$pectativas culturais depositadas na criana. Geve#seacreditar firmemente que cada criana uma pessoa 1nica e digna! com todos os direitos humanos. Geve#se estar * vontadecom o uso de boas tcnicas bsicas de aconselhamento! tais como a escuta refletiva! bem como tcnicas de comunicao e

    resoluo de problemas. "reio essencial ser aberto e honesto com a criana. E preciso ter senso de humor! para permitir amanifestao da criana brincalhona e e$pressiva que e$iste em todos ns.Sostaria de fa0er um apelo a todos os terapeutas que t%m relut,ncia em trabalhar com crianas. As crianas precisam dealiados! e espero que mais e mais terapeutas que este)am interessados em humanismo e igualdade comecem a ver quequando recusam crianas como clientes! esto perpetrando uma discriminao que d continuidade * opresso sobre os

    )ovens. As crianas merecem mais.A abordagem que apresento controlada pelo prprio terapeuta. Acredito que no e$iste como cometer um erro se se tem

    boa vontade e se evitam interpreta?es e )ulgamentos se se aceita a criana com respeito e considerao.

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    seus pais. -rofessores t%m relatado resultados surpreendentes depois de terem e$perimentado algumas destas tcnicas. -ode#se ficar em guas rasas ou aventurar#se em locais mais profundos dependendo do treino e habilidade de cada um.Em quase toda classe onde lecionei! algum levanta o tema

    das contra#indica?es! ou se)a! quais so as coisas que voc% no faria com uma criana.Alm dos Ino faa mais bvios que so o oposto direto dos Ifaa Cno faa )ulgamentos! etc. tenho

    muito pouco a di0er sobre este assunto. 5o consigo pensar numa generali0ao absoluta que abran)a todas ascrianas. 5o digo8 95o use pintura com os dedos em casos de crianas hiperativas:! porque eu uso! e comresultados e$celentes. verdade que pode haver algumas crianas hiperativas que no respondam a estaatividade. -orm as crianas em geral lhe informam se alguma coisa no boa para elas. Geve#se estarsintoni0ado com as necessidades da criana! respeitar as suas defesas! entrar no mundo dela com delicade0a.Algumas pessoas t%m dito8 9Bem! no se deve utili0ar a fantasia com uma criana que vive s num mundo defantasia:. 2im! eu utili0o a fantasia com uma criana dessas. "omeo com ela no ponto onde ela est!qualquer que se)a. 7uero estabelecer contato com a criana! e talve0 tenha que fa0%#lo atravs da segurana dafantasia. "hegar uma hora em que eu a trarei delicadamente de volta * realidade. 2e estiver pronta! ela meacompanhar. 2e no estiver! no vir.4amais foro uma criana a fa0er ou di0er algo que no queira absolutamente fa0er ou di0er. -rocuro evitarinterpreta?es! de modo que verifico as minhas suspeitas e suposi?es com a criana. 2e ela no estiverinteressada em responder! tudo bem. 5o insisto que ela 9assuma: algo se sente a necessidade de manter ascoisas protegidas em segurana./ambm procuro no fa0er nada que eu no me sinta * vontade para fa0er! ou que no goste de fa0er. 2e noestiver realmente disposta a )ogar damas! sugiro uma outra alternativa que me agrada mais.Mais )d%ias para *antasia e +esenhoA lista a seguir contm muitas das inspira?es! motiva?es! instru?es e tcnicas que emprego para tra0er *tona as emo?es das crianas por intermdio do desenho e da fantasia. =uitas delas tambm se prestam *

    pintura! argila! redao! movimento corporal e outros meios. Esta lista de forma nenhuma esgota todas aspossibilidades3 ao contrrio! pretende dar apenas uma idia geral dos tipos de coisas que tenho feito com ascrianas! coisas que eu mesma inventei! que li em algum lugar! que ouvi falar! que pensei! ou plane)ei usar. Agama de idias to ampla quanto a imaginao. Algumas delas so descritas mais detalhadamente em outra

    parte do livro.

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    79JApresente * criana uma variedade de materiais para que ela possa escolher papis de todos os tamanhos Cpode ser papel

    )ornal! canetas hidrogrficas! crajjons,pastel! lpis de cor! um lpis! 9pincis atWmicos:. As crianas tambm gostam dedispositivos. >se *s ve0es um relgio de co0inha! um cronWmetro que pare automaticamente! um despertador! marcadores decontagem! listas de todos os tipos Clista de compras! por e$emplo! colares de contas! etc. &oc% poder di0er8 9&amos olhar

    para esta flor por um minuto. Eu vou marcar o tempo pelo meu cronWmetro automtico e ento vou lhe pedir que desenheno a flor! mas como voc% se sente olhando para ela ou como se sentiu quando eu avisei o tempo.&isuali0e o seu mundo em cores! linhas! formas e simbolos. &isuali0e como voc% gostaria q1e o seu mundo fosse.m lugar que dmedo. A 1ltima ve0 que voc% chorou. >m lugar que o dei$a contente. "omo voc% se sente neste instante.Gesenhe voc% mesmo8 como voc% Cpensa que ! como voc% gostaria de parecer! quando for mais velho! quando ficarvelho! quando era menor Cidade especfica ou no.&olte para uma poca ou para uma cena8 >ma poca em que voc% se sentiu com muita vida. >ma poca que voc% lembra3 a

    primeira coisa que aparecer na sua cabea. >ma cena de famlia. ' seu )antar preferido. >ma poca da inf,ncia. >m sonho.Gesenhe8 'nde voc% gostaria de estar8 um lugar ideal. ' seu lugar preferido ou um lugar de que voc% no gosta. >ma poca

    preferida ou uma poca de que voc% no gosta. A pior coisa que voc% conseguir pensar.'lhe para isto Cuse uma flor! folha! concha! pintura! qualquer coisa durante dois minutos. Gesenhe os seus sentimentos.CA)uste o cronWmetro. >se tambm uma pea musical.

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    Gesenhe8 A sua famlia agora. A sua famlia em smbolos! como animais! como manchas coloridas. A sua famlia com cadapessoa fa0endo alguma coisa. A parte de voc% de que voc% mais gosta. A parte de que voc% menos gosta. &oc% por dentro!voc% por fora. "omo voc% se v%. "omo os outros v%em voc% Ccomo voc% imagina. "omo voc% gostaria que eles o vissem.>ma pessoa de quem voc% goste! odeie! admire! tenha ci1mes. ' seu monstro3 o seu demWnio.Gesenhe8 "omo voc% fa0 para chamar a ateno. "omo voc% consegue o que quer de diferentes pessoas. ' que voc% fa0quando se sente deprimido! triste! magoado! com ci1mes! so0inho! etc. "omo a sua solido3 um sentimento de solido3quando voc% se sente ou se sentiu so0inho. >m animal imaginrio. Alguma coisa

    que incomoda voc% em algum aqui! em algum que est perto de voc%! em voc% mesmo! no mundo em volta de voc%. ' seudia! a sua semana! a sua vida agora! o seu passado! o seu presente! o seu futuro.Gesenhe8 @inhas feli0es! linhas carinhosas! tristes! 0angadas! com medo! etc. Cm segredo. "omo estar so0inho.Estar com os outros3 ser srio3 ser bobo.Gesenhe um retrato de si mesmo e$agerando como voc% acha que parece ser.Gei$e a sua mo correr simplesmente sobre o papel e fa0er qualquer coisa que ela queira.4ogue uma palavra e faa as pessoas desenharem rapidamente algo que represente a palavra8 amor! dio! bele0a! ansiedade!liberdade! caridade! etc. "omo voc% se sente como mulherZhomemZcrianaZadultoZmeninoZmenina. "omo voc% imagina quese sentiria se fosse do se$o oposto

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    Gesenhe algo que voc% no gosta do que eu fao! e eu vou desenhar tambm. Gesenhe alguma coisa que est dei$ando voc%preocupado. Gesenhe tr%s dese)os.

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    e das partes e fun?es corporais. A criana pode ter pra0er no uso da argila como uma atividade solitria! e o trabalho comargila pode ser tambm uma atividade altamente social. As crianas mant%m conversas maravilhosas entre si durante umaatividade no#dirigida. "om freq+%ncia interagem num nvel at ento desconhecido! partilhando pensamentos! idias!sentimentos e e$peri%ncias.Algumas pessoas sentem#se repelidas pela su)eira da argila. 5a verdade! trata#se do mais limpo de todos os materiais de arte!depois da gua. Ela seca transformando#se numa camada de poeira fina e pode#se limpar facilmente as mos! roupas! tapetes!

    pisos! mesas lavando! escovando! removendo ou tirando com aspirador de p. A argila possui propriedades curativas.

    Escultores e ceramistas t%m observado que os cortes cicatri0am mais depressa se dei$ados e$postos durante o trabalho com aargila.A maioria das crianas aceita prontamente o material! embora ocasionalmente se possa ver uma criana receosa da massamolhada e 9su)a: que a argila lhe representa. Este fato! por si s! ) conta ao terapeuta muita coisa sobre a criana e constituiuma direo proveitosa a ser seguida em terapia. "ertamente e$iste um elo direto entre a compulso de limpe0a da criana eseus problemas emocionais! e isto pode no ficar bvio com nenhum dos outros materiais apresentados a ela. Eu trabalhariadelicada# mente! voltando a introdu0ir a argila aos poucos aps a resist%ncia inicial. Esta criana! com muita freq+%ncia! aomesmo tempo que se sente repelida! sente#se fascinada! e comea a se envolver cautelosamente.7uando trabalho com crianas que ret%m a sua evacuao ou que su)am as calas! emprego argila. >m menino de nove anosadorava dei$ar a argila bem mole e molhada! deleitando#se em derramar gua sobre ela e em cavidades que ele mesmo fa0ia.Ento! de repente! sem aviso! parecia que algo se passava dentro dele! ele se afastava de um salto! ficando tenso e meinformando que tinha acabado de brincar com a argila. -or longo tempo foi incapa0 de comunicar abertamente quaissentimentos! pensamentos e recorda?es lhe ocorriam naquele instante em que dei$ava o material de lado. Ento! um dia elefalou do seu fascnio pelo

    seu prprio cocW. "ontou#me que certa ve0! quando tinha cerca de quatro anos! lembrou#se de querer sentir aconsist%ncia daquele material que ele prprio havia fabricado! enfiando a mo na privada3 foi fortementeimpedido pela sua me! que lhe passou um severo sermo. Gepois fe0 outras tentativas de tocar aquela coisa!mas era to consumido pela vergonha e pela culpa que cessou essa atividade proibida. Este incidente em si

    pode ou no ter provocado os seus problemas intestinais! mas certamente foi um fator importante. Apscompartilhar esta lembrana Cque pode ter vindo * tona apenas como resultado do seu contato com a argila!ele passou a sentir#se muito mais * vontade com o material de trabalho! e mais rela$ado de maneira geral. Estarela$ao o a)udou a trabalhar no sentido de abrir#se a outros meios de e$presso! e ele veio a ganhar umcontrole normal sobre seus intestinos.Acho que as crianas muitas ve0es t%m um repertrio limitado do que fa0er com argila. G% a uma criana um

    punhado de argila e inevitavelmente ela far um cin0eiro! ou uma tigela! ou talve0 uma cobra. 7uanto maise$peri%ncia a criana possui com a surpreendente fle$ibilidade e versatilidade deste meio! maior a suaoportunidade de e$presso. -enso que 1til fornecer uma cai$a de 9ferramentas: para serem usadas com

    argila8 uma marreta de borracha Cessencial! em cortador de quei)o! uma esptula! um amassador de alho! umralador ou cortador de comida Cmanual! um lpis para fa0er furos! um amassador de batata! etc. Estou sempre* procura de outros utenslios interessantes! que podem ser tirados da co0inha! das ferramentas! de qualquerlugar. 7uanto mais distante o utenslio Cisto ! no especificamente destinado a ser usado com argila! melhor.

    5o tem import,ncia onde trabalhamos. Xs ve0es a criana senta#se )unto a uma mesa! usando a argila sobreuma prancha grossa Ccomo uma tbua de carne! por e$emplo. As ve0es pegamos a prancha e sentamos nocho.

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    )eitos para verificar. 2e voc% de ve0 em quando sentir necessidade de dar uma olhadela! tudo bem3 depois! feche os olhos denovo. m menino responde8 9Adorei beliscar a argila. Eu no queria parar.: Eu disse8 9

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    plesmente mova a argila daqui para l. Gei$e que voc% tenha uma surpresa. &oc% ter apenas alguns minutos para fa0er isso.7uando tiver acabado! abra os olhos e ve)a o que fe0. &oc% pode adicionar alguns toques de acabamento! mas no mude aforma. 'lhe de novo. &ire e olhe a sua forma de diferentes lados e ,ngulos.:Eis alguns e$emplos dos resultados deste 1ltimo e$erccio!tirados de um sesso de grupo. As crianas foram solicitadas adescrever o seu ob)eto de argila como se elas prprias fossem oob)eto8 IeHa este pedao de argila voc% a argila.:4immH! anos8 Eu sou um cin0eiro. /enho um fundo mole e uma parte mais alta em volta. /enho dois lugares de cada lado

    para colocar os cigarros. /enho alguns lugares duros e uns riscos.4immH! quem usa voc%4immH8 ' meu pai.

    Bem! como ele usa voc%4immH8 Ele dei$a cair cin0as em mim e ento amassa os cigarros para apagar. C4immH fica silencioso ao olhar para o seu

    pedao de argila.CBem bai$inho8 sto combina de alguma forma com a sua vida de 4immH4immH8 C'lha para mim! erguendo a vo0 2imV isso que ele fa0 comigo. Ele me amassa ele me esmaga como um cigarro.&oc% gostaria de di0er mais alguma coisa sobre isso para ns4immH fa0 que sim e comea! pela primeira ve0 no grupo! a nos contar acerca do seu relacionamento com o pai! e seussentimentos de no ser compreendido. Ele comea a chorar. As outras crianas entram delicadamente na discusso!

    partilhando algumas de suas prprias e$peri%ncias! demonstrando uma compreenso genuna daquilo que 4immH este$perienciando. A certa altura! quando )ulgo ser um momento bom para terminar o foco de ateno sobre 4immH! agradeo#lhe por ter compartilhado conosco os seus sentimentos e sei! pelo olhar calmo do seu rosto! que ele deu mais um passo rumoa um ser inteiro e maduro. Esta sesso com argila abriu a porta para sess?es posteriores! nas quais 4immH foi capa0 dee$pressar grande parte da sua raiva em relao ao pai! falar de como segurava sua raiva! e$aminar algumas das formas pelasquais ele na verdade manipulava o pai de modo a dei$#lo 0angado! o que queria do pai! e assim por diante.2heila! anos8 Eu sou um sol. Eu sou achatado. /enho dois olhos e marcas em toda a minha cara. Eu gosto do sol porqueele quente e fa0 as coisas brilharem.&oc% pode di0er 9de mim: em ve0 de 9do sol:! e di0ei isso outra ve0

    2heila8 Eu gosto de mim porque sou quente e fao as coisas brilharem! e tenho um rosto sorridente.Alguma coisa disso que voc% falou como sol tem a ver com voc% 2heila2heila8 Bem! *s ve0es eu posso fa0er as coisas as pessoas se sentirem quentes. Xs ve0es eu me sinto quente e brilhante.Agora eu estou sorrindo e me sinto bem. C>m sorriso largo. Ge repente 2heila se curva! afasta o olhar de mim e dos outros!

    perde o sorriso. Eu no sorrio sempreV 5a maior parte do tempo eu nunca tenho vontade de sorrir.>ma das outras crianas pergunta a 2heila que tipos de coisas fa0em com que ela no tenha vontade de sorrir. Ela contaalguns dos conflitos da sua vida com amigos! professores! irmos e pais. /odo mundo escuta atentamente. Ento eu lhe

    pergunto quais so algumas das coisas que a fa0em sorrir como o seu sol. Ela olha em volta! para ns! colocando#se de voltana sala e nos seus sentimentos bons! e sorri largamente outra ve08 9Eu me sinto feli0 quando sou o sol:! ela di0 dandorisadinhas.2heila tem muitos conflitos na vida. -reocupa#se um bocado com tudo! sempre esperando o pior! uma ve0 que com o pior ela

    ) est familiari0ada. Ela est agora aprendendo a permitir#se o pra0er das coisas boas na sua vida! em ve0 de arruinar essascoisas boas com previs?es melanclicas. Est aprendendo a lidar com seus verdadeiros conflitos. Est descobrindo que nasua e$ist%ncia ela no apenas uma vtima indefesa. Est descobrindo o conceito das polaridades da vida e de si prpria! quese algumas ve0es ela se sente triste ou 0angada! pode aceitar e e$perienciar estes sentimentos sabendo que outras ve0essentir# se# calma e feli0. Ela est se permitindo e$perienciar seus momentos alegres bem como os momentos infeli0es! semmedo.4oe! O anos8 Eu no fi0 nada.Eu ve)o que voc% tem uma coisa ai a sua argila. Eu gostaria que voc% a descrevesse! e$atamente como ela .4oe8 Colhando para o seu pedao de argila por um momento. Eu sou um monte de nada. E desse )eito que eu me sinto amaior parte do tempo um monte de nada.

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    criana simplesmente brinque com a argila! algo de novo parece vir * tona de maneira que a criana e eu podemos ver ee$aminar. com a argila que o processo da criana se mostra mais evidente. Enquanto a criana trabalha com a argila ou compartilha ae$peri%ncia que teve com o material! eu a observo atentamente3 presto ateno a risadas! gestos e mudanas no tom de vo0ou na postura. ' corpo parece comunicar#se atravs da argila3 quando recebo estas mensagens! sei que alguma coisa est se

    passando dentro da criana! algo que importante para ela. 5estes momentos posso me decidir a di0er8 9&oc% alguma ve0 sesente desse )eito: ou 9sso acontece alguma ve0 na sua vida: Xs ve0es estes momentos passam to depressa que a menos

    que o terapeuta fique sintoni0ado para capt#los! o momento frtil lhe escapar.'utras perguntas que voc% poder fa0er so8 "omo voc% usado "omo voc% poderia ser usado &oc% tem algumautilidade &oc% bonito de se olhar ' que aconteceu com voc% E o que aconteceu depois &oc% bom &oc% mau&oc% gosta de si mesmo como pedao de argila 's outros gostam de voc% como pedao de argila sto combina de algum

    )eito com a sua vida Alguma coisa que voc% disse como argila serve para voc% como pessoa 'ndvoc% est E assim pordiante.8utros $xerc9cios com

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    adquirir uma consist%ncia mole! como a de um pudim! e passe#a no papel! na mesa ou no tabuleiro e$atamenteda mesma maneira que se fa0 na pintura com os dedos.

    guaE$iste algo de muito calmante na gua. A maioria de ns tem consci%ncia dos efeitos rela$antes de um banho.A gua tem o mesmo efeito sobre as crianas. 7uando os meus prprios filhos estavam em idade pr#escolar!ficavam horas e horas num banquinho ao lado da pia da co0inha! de avental! lavando e enchendo! enchendo e

    lavando.

    As ve0es dou a uma criana uma bacia de gua e uma variedade de ob)etos que servem para encher. A criana e eumantemos uma conversa muito boa enquanto ela se envolve na brincadeira com a gua. /enho uma maleta de mdico queinclui alguns recipientes em miniatura. "rianas de at O anos se compra0em em ench%#los de gua! e depois esva0i#los.Algumas crianas! especialmente as mais novas! no comeam a se e$pressar verbalmente! ou atravs de qualquer outromeio! sem antes terem praticamente se saturado de brincar com gua. Gou uma descrio mais ampla do trabalho com guaassociado com areia numa parte posterior! onde focali0o a areia.$scultura e 2onstru:es

    E$istem muitas maneiras de se fa0er uma escultura simples. Entre os materiais 1teis esto a argila! gesso! cera! sabo!madeira! arame! metal! papel! limpadores de cachimbo! cai$as e muitos outros. @ivros de arte para crianas pequenas doalgumas idias boas de esculturas que so fceis de serem e$ecutadas por crianas. =uitas das sugest?es dadas para a

    pintura e desenho! argila e colagem! podem ser adotadas para a escultura. 5o entanto! no creio que se)a sempre necessriodirigir o trabalho3 algumas crianas se envolvem facilmente so0inhas! e eu posso trabalhar efetivamente com qualquer coisa

    que se)a tra0ida! ou simplesmente com o processo de trabalho delas.

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    uma estria em ve0 de usarem idias de livros ou da televiso!

    PN

    descobri que no tem muita import,ncia se as crianas o fi0erem. Elas escolhem aquilo que por algum motivo as atraia! esempre modificam o escolhido segundo a sua prpria verso.

    ' e$emplo a seguir mostra como utili0ei esta tcnica com tIm menino de R anos. BobbH foi tra0ido a mim em virtude deproblemas que incluam fa0er $i$i na cama! comer demais! sonambulismo e pesadelos. Era um menino gorducho! amigvel!tranq+ilo. X medida que seus sintomas comportamentais foram melhorando! ele comeou a agir de maneira muito agressiva!

    passando a berrar e gritar quando estava 0angado! )ogar ovos nas outras crianas quando ficava bravo com elas! bater nasoutras crianas. Estava comeando a perder muitos amigos. Eis a nossa sesso8C

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    ' que aconteceu no final2usie8 9' leo teve que ir para o quarto dele. ma das figuras mostra tr%s ursos brincando de cabo#de#guerra. Ge um lado est o urso maior! e do outro o beb%#urso e

    provavelmente a ursa#me.Eis a estria de Gonald! O anos8 9U tr%s ursos! papai! mame e o bebe0inho! e eles esto brigando por causa de um pote demelV Esto pu$ando a corda! o papai perde. Ento o papai#urso! ele tapeia o ursinho e corta a corda! e todos caem e rolam a

    montanha.:7ual voc% 2e)a um deles.Acho que eu sou o ursinho.ma menina de P anos! que era filha adotiva! contou uma estria sobre um ursinho procurando seus pais verdadeiros. Afigura do "A/ sobre a qual ela se concentrou! mostra dois ursos grandes dormindo numa caverna enquanto o ursinho estdeitado com os olhos abertos. 97uando os ursos finalmente caram no sono! o ursinho fugiu correndo.: Ela tinha uma sriede sentimentos que no podia e$pressar aos seus pais adotivos.Xs ve0es! em grupo! depois de contadas as estrias peo *s crianas para representarem uma delas! acrescentando as suas

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    que trabalho. 0he 0emper 0antrum 3oo> C' @ivro do Acesso de Qaiva muito bem aceito3 as crianaspequenas pedem sempre de novo que o volte a ler. Ahere the Aild 0hings

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    conflitos! triste0as e alegrias que as pessoas encontraram atravs dos tempos. As ve0es tais estrias no so agradveis.Bruno Bettelheim escreve em seu livro 0he ;ses of$ncha ntment 0he Meaning and )mportance of*air?0eles C's >sos do Encantamento ' 2ignificado e mport,ncia dos "ontos de

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    sobre o mesmo! ou contar a estria de uma palavra tirada de um monte de palavras! ou contar a estria aoformar uma palavra no )ogo de 9-alavras "ru0adas: Cou 9=e$e#=e$e:.6edaoQaramente peo *s crianas que faam suas prpria reda?es! no porque no ve)a valor nisto! mas porque amaior parte delas no teve boas e$peri%ncias com redao. @amento que a maioria das crianas tenharelut,ncia em escrever! pois acho que a redao um dos instrumentos mais satisfatrios! valiosos e efetivos

    para a auto#e$presso e autodescoberta.Qepetidas ve0es volto a fa0er tentativas de encora)ar as crianas a escrever! mas devido * sua resist%ncia e *falta de tempo para comear a a)udar as crianas a descobrir o e$citamento de escrever! passo para outrastcnicas.Entretanto! uma ve0 que a redao apenas uma outra forma das mesmas palavras que empregamos parafalar! posso comear a dar *s crianas a sensao deH( serem escritores. 7uando uma criana conta umaestria no gravador! posso datilografar a estria e apresent#la de volta em forma escrita. 'u posso escreverou datilografar a estria enquanto a criana est contando.Acredito que uma afirmao verbal direta por parte da criana possui grande poder no crescimento da forainterior! e por isso muitas ve0es peo * criana que faa algum tipo de afirmao acerca de um desenho feitono decorrer do trabalho terap%utico entre ns. Ao fa0er a sua afirmao! eu a escrevo diretamente sobre odesenho! de modo a ser relida depois como um reforo posterior. Xs ve0es incentivo as crianas a escreveremalgumas palavras! como iniciao a um escrever mais fluente. 9Escreva as palavras que voc% quiser! o quevoc% pensar! alguma coisa que combine com o seu desenho 0angado.: >m menino de anos escreveu no seu

    desenho8 92r. e 2ra.

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    crianas a se e$pressarem atravs da redao.Guas publica?es valiosas! que incluem grande variedade de artigos sobre crianas e escrever so os dois volumes do 0heAhole Aorld 2atalogue ' "atlogo do =undo nteiro.'oesia-ea * criana para escrever um poema! e ela automaticamente comea a se debater para fa0er rimas entre as palavras. 5oestou di0endo que um poema no deve ser rimado! mas a arte de rimar uma habilidade * parte. A poesia rimada no amais proveitosa para uma e$presso que deve fluir livremente.

    A poesia vem do corao. -ode#se di0er coisas em forma de poema que talve0 fossem difceis de serem ditas numalinguagem falada ou escrita comum. 5a poesia e possvel dei$ar#se fluir livremente! at mesmo loucamente.E$istem alguns livros bons que tratam da redao potica das crianas. Entre os melhores encontra#se Aishes, ies and+reams CGese)os! =entiras e 2onhos! de \enneth \och. Ele sugere vrias maneiras de liberar as crianas para que elasescrevam poesias! e inclui no livro muitos poemas escritos por crianas3 tais. poemas! * primeira vista! podem parecer ter

    pouca relao com os sentimentos das crianas que os escreveram. 5um captulo chamado 9=entiras:! eis por e$emplo opoema de um menino de anos.Eu vWo para a escola * meia#noiteEu corro para almoar *s noveEu deso debai$o da terra para ir para casa *s on0e' meu nome -alhaodomundo 4ames s i>e a 'ear CA =inha rm -arece >ma -era!Me the *lun>ie CEu! oBa)ulador! 0he Me Nobod? no=s C' Eu que 5ingum "onhece! omebod? 0urned on a 0ap in 0hese idsCAlgum Abriu uma /orneira 5estas "rianas! 0he Ahole Aorld 2atalogue, and O C' "atlogo do =undonteiro! e O!3egin =eet Aorld C"omece =undo Goce!Miracles C=ilagres! e Never a= nidos para a >5"E

    atravs do mesmo. 'u ento! peo que faa o desenho de alguma coisa que o poema a tenha feito recordar3talve0 alguma palavra! ou uma sentena inteira! tenha tocado alguma corda dentro da criana.

    6

    J

    ' poema 9E$iste um 5:! que se encontra emCave Bot een a Comet? C&oc% &iu um "ometa! )amais

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    falha em tra0er * tona alguns sentimentos que geralmente so mantidos ocultos. Esta a traduo de umpoema escrito por um menino turco de 6 anos8

    E$iste um n dentro de mim>m n que no pode ser desatadoma criana escreveu8 9As cores me inundam e me alisam e confortamsuavementeprimeiro de leve! e depois com fora.:Xs ve0es! antes de dar incio a uma sesso de poesia! podemos conversar sobre palavras que podem descrever sentimentos!

    palavras que evocam figuras! palavras das quais se gosta! palavras que soam speras.

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    =eninasAmo voc%sEu amo meninasSosto muito de meninas=eninasCmenino de 6 anos

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    E humilhada=eninos=as nem um poucoAmam meninas"ulpada.Batem em mimSosto de alguns meninos A grande poesia pode tocar o corao! mas a maioria das=eninosCmenino de 6 anos crianas foge dela! talve0 devido * forma! mais um