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  • INFLUNCIA DA ASPERSO DE AGREGADO MINERAL NA RESISTNCIA ABRASO EM PISOS DE CONCRETO

    CURITIBA

    2008

  • Eduardo Pessi

    Maykel Rohde

    Rafael Fernandes

    INFLUNCIA DA ASPERSO DE AGREGADO MINERAL NA RESISTNCIA ABRASO EM PISOS DE CONCRETO

    CURITIBA

    2008

    Trabalho de Concluso de Curso de Ps Graduao Especializao em Patologia nas Obras Civis da Faculdade de Cincias Exatas e de Tecnologia da Universidade Tuiuti do Paran, como requisito parcial para a obteno do ttulo de Especialista Orientador: Carlos Roberto Giublin, M.Sc.

  • TERMO DE APROVAO Eduardo Pessi

    Maykel Rohde

    Rafael Fernandes

    INFLUNCIA DA ASPERSO DE AGREGADO MINERAL NA RESISTNCIA ABRASO EM PISOS DE CONCRETO

    Este trabalho de concluso foi julgado e aprovado para a obteno do ttulo de Especialista em Patologias na Obras Civis no Curso de Ps-Graduao Especializao em Patologia nas Obras

    Civis da Universidade Tuiuti do Paran.

    Curitiba, 29 de agosto de 2008.

    _________________________________________________

    Curso de Ps-Graduao Especializao em Patologia nas Obras Civis

    Universidade Tuiuti do Paran

    Orientador: Prof. M. Sc. Carlos Roberto Giublin Universidade Tuiuti do Paran Departamento de Engenharia Civil

    Coordenadores: Prof. M. Sc. Lus Csar Siqueira De Luca Universidade Tuiuti do Paran Departamento de Engenharia Civil

    Prof. Esp. Csar Henrique Sato Daher Universidade Tuiuti do Paran Departamento de Engenharia Civil

    Prof. M. Sc. Thomas Carmona Universidade Tuiuti do Paran Departamento de Engenharia Civil

    Prof. Dr. Armando Edson Garcia Universidade Tuiuti do Paran Departamento de Engenharia Civil

  • Resumo

    A modernizao dos equipamentos de transporte resultou tambm na necessidade

    de projetos de pisos industriais mais ricos em especificaes. Dentre estas especificaes est a indicao do tratamento superficial, grande aliado no combate

    ao desgaste em funo da ao de equipamentos dotados de rodas rgidas.

    O presente trabalho avalia o ganho da resistncia abraso em pisos de concreto,

    obtido atravs do tratamento com endurecedores superficiais a base de agregados

    minerais.

    Este estudo compara quatro diferentes tipos de pisos na resistncia abraso,

    ensaiando placas de concreto simulando as mesmas condies dos pisos nas obras.

    Compara-se a resistncia abraso nas seguintes condies: placas com concreto

    usualmente empregado em uma regio especfica; placas com concreto dosado

    segundo as recomendaes do ACI (American Concrete Institute) sem tratamento superficial, placas com endurecedor superficial a base de agregado mineral com

    cimento e placas com endurecedor superficial a base de agregado mineral sem

    cimento.

    Os resultados dos ensaios apresentam uma melhora da resistncia abraso

    superando em mais de 50% com a utilizao de concreto dosado segundo as

    recomendaes do ACI (American Concrete Institute), com e sem tratamento superficial, quando comparados com concreto usualmente utilizado na regio de

    referncia.

    Palavras-Chave: piso de concreto; abraso; ensaio ASTM; endurecedores

    superficiais, agregado mineral.

  • Abstract

    The modernization of the equipment of transport also resulted in the necessity of

    projects of richer industrial floors in specifications. Amongst these specifications it is the indication of the superficial treatment, great ally in the combat to the consuming in

    function of the equipment action endowed with rigid wheels.

    The present work evaluates the profit of the resistance to the abrasion in floors of

    concrete, gotten through the treatment with superficial hardeners the mineral

    aggregate base.

    This study it compares four different types of floors in the resistance with the

    abrasion, assaying concrete plates simulating the same conditions of the floors in the

    workmanships. It is compared resistance with the abrasion in the following

    conditions: plates with usually used concrete in a specific region; plates with dosed

    concrete according to recommendations of ACI (American Concrete Institute) without superficial treatment, plates with superficial hardener the mineral aggregate base

    with cement and plates with superficial hardener the mineral aggregate base without

    cement.

    The results of the assays more than present an improvement of the resistance to the

    abrasion surpassing in 50% with the use of dosed concrete according to

    recommendations of ACI (American Concrete Institute), with and without superficial treatment, when compared with usually used concrete in the reference region.

    Word-Key: concrete floor; abrasion; assay ASTM; superficial hardeners, added

    mineral.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Recebimento do Concreto.......................................................................44

    Figura 2 Ensaio do Slump Test..............................................................................45

    Figura 3 Moldagem dos Corpos de Prova para Ensaio Compresso..................45

    Figura 4 Moldagem das Pistas de Concreto...........................................................46

    Figura 5 Asperso do Agregado Mineral sem Cimento...........................................46

    Figura 6 Asperso do Agregado Mineral com Cimento...........................................47

    Figura 7 Acabamento Mecnico no Piso.................................................................47

    Figura 8 Corte das Placas.......................................................................................49

    Figura 9 Equipamento de ensaio.............................................................................51

    Figura 10 Ciclo de ensaio........................................................................................51

    Figura 11 Remoo de Material..............................................................................52

    Figura 12 Medio de Profundidade de Abraso....................................................52

    Figura 13 Placa Aps Ensaio..................................................................................53

    Figura 14 Placas Ensaiadas....................................................................................53

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 01 Trao do Concreto Usual........................................................................37

    Tabela 02 Trao do Concreto Dosado nas Recomendaes do ACI......................39

    Tabela 03 Resultado do ensaio das placas do trao de linha (20 MPa).................54 Tabela 04 Resultado do ensaio das placas do trao dosado segundo ACI............54

    Tabela 05 Resultado do ensaio das placas com agregado mineral sem cimento..54

    Tabela 06 Resultado do ensaio das placas com agregado mineral com cimento..55

    Tabela 07 Comparativo de Resultados...................................................................55

    Tabela 08 Resistncia Compresso do Concreto Utilizado.................................56

    Tabela 09 Ensaio Placa 01 Concreto usualmente empregado............................62

    Tabela 10 Ensaio Placa 02 Concreto usualmente empregado............................63

    Tabela 11 Ensaio Placa 03 Concreto usualmente empregado............................64

    Tabela 12 Ensaio Placa 01 Concreto dosado segundo ACI................................65

    Tabela 13 Ensaio Placa 02 Concreto dosado segundo ACI................................66

    Tabela 14 Ensaio Placa 03 Concreto dosado segundo ACI................................67

    Tabela 15 Ensaio Placa 01 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral sem Cimento.................................................................................68 Tabela 16 Ensaio Placa 02 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral sem Cimento.................................................................................69 Tabela 17 Ensaio Placa 03 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral sem Cimento.................................................................................70 Tabela 18 Ensaio Placa 01 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral com Cimento.................................................................................71 Tabela 19 Ensaio Placa 02 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral com Cimento.................................................................................72 Tabela 20 Ensaio Placa 03 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral com Cimento.................................................................................73

  • LISTA DE GRFICOS

    Grfico 1 Distribuio Granulomtrica da Areia Natural..........................................37

    Grfico 2 Distribuio Granulomtrica da Areia Artificial.........................................38

    Grfico 3 Distribuio Granulomtrica da Brita 1....................................................38

    Grfico 4 Distribuio Granulomtrica da Brita 0....................................................39

    Grfico 5 Curva Granulomtrica Retida dos Agregados do Concreto

    Mtodo ACI.........................................................................................................40

    Grfico 6 Curva Granulomtrica Retida Acumulada dos traos de Concreto.........41

    Grfico 7 Curva Granulomtrica do Agregado Mineral Com Cimento....................42

    Grfico 8 Curva Granulomtrica do Agregado Mineral Sem Cimento....................42

  • SUMRIO

    1. INTRODUO.......................................................................................................10 1.1. PROBLEMA DE PESQUISA...............................................................................11

    1.2. OBJETIVO GERAL.............................................................................................12

    1.3. OBJETIVOS ESPECFICOS...............................................................................12 1.4. APRESENTAO DO TRABALHO....................................................................12 1.5. HIPTESE DA PESQUISA.................................................................................13 1.6. LIMITAO DA PESQUISA................................................................................13 1.7. JUSTIFICATIVA TECNOLGICA.......................................................................13 1.8. JUSTIFICATIVA ECONMICA...........................................................................14 1.9. JUSTIFICATIVA SOCIAL....................................................................................14

    2. INTRODUO A PISOS DE CONCRETO............................................................15 2.1. PISOS DE CONCRETO SIMPLES.....................................................................17

    2.2. PISOS DE CONCRETO COM ARMADURA DE RETRAO............................18 2.3. PISOS DE CONCRETO ESTRUTURALMENTE ARMADO................................19

    2.4. PISOS DE CONCRETO COM FIBRAS DE AO................................................20 2.5. PISOS DE CONCRETO PROTENDIDO.............................................................21

    2.6. TIPOS DE CARGAS EM PISOS INDUSTRIAIS..................................................22

    2.7. PROJETO DE PISOS INDUSTRIAIS..................................................................23

    2.8. PROPRIEDADES DO CONCRETO....................................................................24

    3. ENDURECEDORES SUPERFICIAIS....................................................................26

    3.1. LQUIDOS QUMICOS........................................................................................26 3.2. AGREGADOS METLICOS................................................................................28 3.3. AGREGADOS MINERAIS...................................................................................28

  • 3.4. FATORES QUE INFLUENCIAM A DUREZA SUPERFICIAL..............................30

    3.4.1. Relao gua aglomerante...............................................................................30

    3.4.2. Agregado grado..............................................................................................30

    3.4.3. Processo de cura do concreto..........................................................................32

    4. MTODOS DE AVALIAO DE ABRASO........................................................33 4.1. MTODO ABNT NBR 12.042.............................................................................33 4.2. MTODO LIU.....................................................................................................33 4.3. MTODO DE ABRASO LOS ANGELES ASTM C 131..................................34 4.4. MTODO ASTM C 779.......................................................................................34 5. PROGRAMA EXPERIMENTAL.............................................................................35

    5.1. CARACTERIZAO DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA PRODUO DO CONCRETO........................................................................................................37

    5.2. CARACTERIZAO DOS AGREGADOS MINERAIS........................................41 5.3. MOLDAGEM DAS PLACAS DE CONCRETO....................................................43

    5.4. EXTRAO DOS TESTEMUNHOS PARA ENSAIO..........................................48 5.5. MTODO DE ENSAIO DAS PLACAS................................................................49 6. APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS.........................54 7. CONSIDERAES FINAIS E SUGESTES PARA FUTUROS

    TRABALHOS....................................................................................................... 57

    7.1. SUGESTES PARA NOVAS PESQUISAS........................................................58 8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.....................................................................60 9. APNDICE............................................................................................................62

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    101. INTRODUO

    A temtica principal deste trabalho o estudo da abraso em pisos de

    concreto com a utilizao de endurecedores superficiais base de agregados

    minerais. sabido que a qualidade de um piso industrial de concreto essencialmente dependente da obteno de uma superfcie de elevada dureza e

    durabilidade, plana e relativamente livre de fissuras, que esteja em conformidade com um nvel de referncia, e que possua uma textura superficial adequada futura

    utilizao do piso. As propriedades da superfcie so determinadas pela dosagem

    dos materiais, pela qualidade da concretagem e execuo das juntas, (ACI, 1996). Pisos de concreto no devem ser apenas um sistema construtivo, mas

    devem atender as solicitaes especficas das edificaes a que foram destinados.

    Devem garantir desempenho estrutural, esttico e higinico. Cada caso possui suas

    particularidades, onde torna-se necessrio a avaliao no s apenas dos esforos

    normais, mas sim cargas especiais e repetitivas, como a passagem de

    empilhadeiras, do desprendimento de poeira, da resistncia superficial abraso, da

    porosidade ou do habitat de microorganismos prejudiciais industrias alimentcias. Para isto, a engenharia necessita fazer uso de produtos especiais em sua superfcie

    ou em sua composio.

    Toda obra de engenharia ou arquitetura pode ser considerada como um

    sistema de maior ou menor complexidade criado para satisfazer um conjunto de necessidades. A exposio dos componentes ou subsistemas que integram os

    diferentes agentes de degradao produzir deteriorao e queda de desempenho.

    No caso dos pisos preciso considerar ento um conjunto de requisitos mais comuns a serem satisfeitos.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    11Desprezar as particularidades de uso pode levar reduo significativa da

    vida til do piso, podendo desgastar-se de forma prematura, ser contaminado por

    leos, sais, cidos, ou ainda outros produtos qumicos, fazendo com que a indstria

    sofra aumento nos custos de produo e horas de produo prejudicadas pela necessidade de recuperaes freqentes, aumentando os custos e diminuindo o

    faturamento.

    Uma superfcie em condies extremas deve ser projetada para que mantenha por mais tempo suas propriedades. Caso no atendido se deteriorar e

    necessitar de intervenes para a recuperao e prolongamento da vida til.

    A seleo do sistema de proteo do piso no uma tarefa simples. Exige o

    real conhecimento dos esforos e solicitaes a que o piso ser submetido, e ainda,

    as caractersticas do solo, do clima ao entorno e ao micro clima da edificao.

    Neste trabalho ser avaliado o desempenho dos endurecedores superficiais

    base de agregados minerais com cimento e agregados minerais sem cimento, em

    um trao de concreto segundo as recomendaes do ACI (American Concrete Institute). Para a comparao dos dados, sero ensaiadas placas de piso do concreto corriqueiramente utilizado e o mesmo dosado segundo ACI sem adio

    qualquer, atravs de um mtodo de ensaio de abraso.

    1.1. PROBLEMA DE PESQUISA

    Avaliar o ganho de resistncia a abraso em pisos de concreto devido

    utilizao de endurecedores de superfcie a base de agregados minerais.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    121.2. OBJETIVO GERAL

    Determinar, atravs de ensaios laboratoriais, o ganho de resistncia a

    abraso em pisos de concreto devido ao emprego de endurecedores de superfcie a

    base de agregados minerais.

    1.3. OBJETIVOS ESPECFICOS So objetivos especficos deste trabalho:

    Comparar a resistncia abraso de concretos com diferentes

    dosagens;

    Avaliar a influncia da utilizao de endurecedores superficiais no

    desgaste a abraso;

    Determinar o efeito da aplicao dos diferentes endurecedores de

    superfcie;

    1.4. APRESENTAO DO TRABALHO O presente trabalho est dividido em nove captulos. No SEGUNDO

    CAPTULO temos uma pesquisa de Introduo ao Piso de Concreto, no TERCEIRO CAPTULO revisaremos os tipos e funes dos Endurecedores de Superfcie e no QUARTO CAPTULO apresentaremos as classificaes de Ensaios de Abraso. No QUINTO E SEXTO CAPTULOS esto apresentados o Mtodo de Pesquisa e Resultados. No STIMO CAPTULO discutiremos e analisaremos os resultados encontrados.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    131.5. HIPTESE DA PESQUISA

    Com a utilizao de agregados minerais com cimento, acredita-se que haver

    uma reduo do fator gua/cimento da superfcie do piso, obtendo ganhos de

    resistncia a abraso superiores ao tratamento com agregado mineral sem cimento.

    1.6. LIMITAO DA PESQUISA Os materiais ensaiados obrigatoriamente foram aplicados durante a execuo

    do piso e posteriormente receberam acabamento mecanizado.

    O concreto utilizado foi de uma empresa de servio de concretagem da regio

    de Cascavel PR, mantendo as mesmas caractersticas em todos os traos.

    Os endurecedores de superfcie utilizados so procedentes de dois

    fabricantes usualmente encontrados no mercado nacional.

    A mo-de-obra utilizada qualificada, com conhecimento e experincia em

    execuo de pisos.

    1.7. JUSTIFICATIVA TECNOLGICA Com o crescente aumento de mercado em todos os setores, temos a

    necessidade do aumento de produo das indstrias, criando verdadeiras vias de

    trfego de paleteiras e empilhadeiras transportando dos insumos ao produto final

    das fbricas.

    Estes equipamentos necessitaram que sua capacidade de carga fosse cada

    vez mais otimizada fazendo com que as solicitaes dos pisos tambm

    aumentassem drasticamente. Sendo assim faz-se necessrio um prvio

    planejamento com investimentos em tratamentos adequados de superfcie para melhorar as caractersticas e capacidades dos pisos.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    14Como a cada dia surgem novas tecnologias e produtos de diferentes marcas

    e formulaes, acaba-se por tornar importante a avaliao do desempenho destas

    solues, na busca de melhores resultados.

    1.8. JUSTIFICATIVA ECONMICA Em complementao tecnologia, deve-se avaliar a eficincia dos

    endurecedores de superfcie, a fim de minimizar os custos com manuteno

    corretiva em pisos industriais e sua vida til.

    1.9. JUSTIFICATIVA SOCIAL

    Com a utilizao de sistemas de asperso, no intuito de melhorar as

    caractersticas abraso, acaba-se por proporcionar melhores condies de

    trabalho, minimizando os aspectos de desconforto visual e psicolgico gerado pelos

    pisos de concreto desgastados.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    152. INTRODUO A PISOS DE CONCRETO

    Neste captulo sero abordados os assuntos relativos a pisos de concreto

    e especificamente os que interferem em sua resistncia a abraso. Sendo um

    assunto difcil de encontrar publicaes nacionais, mas de muita necessidade atual,

    dificilmente encontra-se bibliografias em livros, mas assunto de muitas publicaes

    de pesquisas cientficas. Como cita VIECILI (2004), o prprio Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), inicia de forma mais intensa a publicao deste tema a partir de 1994, com o trabalho de Krempel et al. (1994), ainda abordando o uso de argamassa de alta resistncia como revestimento. Neste processo, o piso de

    concreto no funciona como camada final de utilizao, mas recebe uma camada

    que pode variar de 10 a 15 mm de uma argamassa de alta resistncia ficando

    responsvel pelo suporte abraso. A partir deste ano, possvel observar o

    emprego de novas tecnologias na construo de pisos industriais de concreto.

    O piso de concreto um elemento estrutural comum nas edificaes.

    Pode ser de uma estrutura simples ou em casos muito complexa. Apresenta a

    finalidade bsica de resistir e distribuir ao subleito os esforos verticais produzidos

    pelo carregamento, proporcionar rolamento, conforto, limpeza e segurana, devendo

    para isso resistir aos esforos mecnicos e ataques qumicos ou biolgicos.

    De acordo com Bina et al. (2002), os sistemas construtivos de pisos de concreto eram executados em placas de pequenas dimenses ( 1m x 1m at 2,5 x 2,5) concretadas alternadamente. Com a necessidade de reduo de juntas, por serem o elo mais fraco do piso e onde se manifestam as principais patologias

    segundo Rodrigues & Cassaro (1998), as placas de concreto passam a funcionar tambm como camada final de utilizao.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    16Segundo Piccoli et al. (1997), o sistema construtivo de pisos passou de

    pequenas placas para faixas de largura e comprimento definido em projeto e cortado com serras diamantadas. De acordo com Bina et al. (1997), a superfcie do concreto acabada mecanicamente atravs do uso de acabadoras mecnicas,

    proporcionando uma superfcie densa e compactada, melhorando a resistncia a

    abraso, proporcionando placas de 100 a 200 m2. Piccoli et al. (1997) discorrem sobre a operao de salgamento da superfcie de concreto, consistindo na aplicao

    de materiais de elevada dureza, rochosos ou metlicos, com granulometria

    adequada, na superfcie do concreto j adensado, seguida da passagem da mquina acabadora para permitir sua penetrao.

    Para Piccoli et al. (1997), a evoluo dos pisos ocorre pela necessidade imposta pela industria moderna que cada vez impe condies mais rigorosas a

    serem atendidas, tendo destaque a planicidade e o nivelamento.

    A especificao de tolerncias superficiais estabelecida pela ACI 117 (ACI, 1990), a metodologia para determinao da planicidade e nivelamento da superfcie de pisos descrita pela ASTM 1155 (1996) visando adequar o piso na sua utilizao.

    Estefani (2000) descreve que os sistemas construtivos de pisos de concreto se desenvolveram principalmente em plantas industriais, onde o desenvolvimento de

    projetos especficos para cada caso visa obter uma soluo com um nvel de racionalizao construtiva, qualidade final e durabilidade compatvel projetada, obtendo-se reduo de desperdcios e diminuio de custos.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    172.1. PISOS DE CONCRETO SIMPLES

    Segundo Chodounsky & Viecili (2007), neste tipo de piso, todos os esforos de trao gerados pela retrao, variao trmica e pelo carregamento, so

    resistidos pelo concreto. No h presena de armadura estrutural ou de combate

    retrao podendo-se, entretanto, empregar dispositivos de transferncia de cargas

    tais como barras de transferncia ou barras de ligao.

    O dimensionamento da espessura do piso est intima e diretamente ligado

    s tenses de trao na flexo produzidas pelas cargas solicitantes. O

    dimensionamento do piso pode ser efetuado na condio de no fissurado, ou seja, limitando-se a tenso de trao na fibra inferior da placa de concreto a certo valor,

    chamado admissvel, correspondente a resistncia trao na flexo dividida por um

    coeficiente de segurana, (Boyd & Anderson, 1995). Chodounsky & Viecili (2007), citam que apesar de amplamente empregado

    nos pavimentos rodovirios e urbanos, a placa de concreto simples tem sido pouco

    adotada na execuo de pisos industriais.

    Em boa parte desses casos prticos, nesse segmento de obras industriais, o

    concreto reforado com fibras sintticas convencionais, mas que no deixam de

    caracterizar esses pisos como sendo de concreto simples, uma vez que essas fibras

    tm um pequeno impacto nas propriedades do concreto endurecido (ACI 302, 1996). Logo, as premissas de clculo para determinao da espessura e do espaamento

    entre juntas so idnticas para pisos de concreto com ou sem fibras.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    18A maior restrio dos pisos de concreto simples advm da grande limitao

    nas dimenses das placas, sendo recomendados comprimentos mximos na ordem

    de 4 a 6 metros. Por outro lado apresenta rigidez bastante superior aos dos pisos

    armados em razo de espessuras maiores, fato que diminui o risco e a incidncia de

    problemas de empenamento (curling).

    2.2. PISOS DE CONCRETO COM ARMADURA DE RETRAO Com as caractersticas similares aos pisos de concreto simples, possuem

    apenas uma baixa taxa de armadura empregada para o controle de fissurao por

    retrao do concreto.

    Geralmente utilizado telas eletro soldadas em ao CA 60 ou fibras de ao

    em baixos teores, tem como funo o combate s fissuras de retrao.A tela

    geralmente empregada em taxas menores que 0,05% e em fibras com consumo

    de 10 a 20 kg/m3.

    Como cita Chodounsky & Viecili (2007), a armadura de combate retrao deve ser sempre interrompida nas juntas, sejam de construo ou serradas, mantendo-se uma distncia de aproximadamente 3 a 5 cm entre as juntas e a armadura. A interrupo da armadura de retrao nas juntas pode acarretar no aparecimento de fissuras ao longo da placa de concreto (PCA, 2001). No Caso de emprego de fibras de ao, vale a recomendao de se executar os cortes das juntas serradas com profundidade mnima de 1/3 da espessura da placa, ao invs de

    conforme as recomendaes para pisos de concreto simples.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    19A armadura de retrao, composta por barras ou tela soldada, deve ser

    posicionada prximo face superior da placa, a menos de 5 cm da superfcie, a fim

    de permitir adequado controle de fissurao. Nessa posio, essas armaduras

    contribuem tambm para reduo e controle do empenamento das bordas.

    Ytterberg (1987) sugere uma taxa mnima de armadura de 0,15% de forma a minimizar o risco de empenamento. Jofre & Vaquero (2000) sugere uma taxa mnima de armadura de 0,10% como forma de reduzir o risco de fissurao por

    retrao.

    2.3. PISOS DE CONCRETO ESTRUTURALMENTE ARMADO

    Tira-se o proveito da boa resistncia compresso do concreto aliada

    resistncia trao do ao, resultando em placas menos espessas. No clculo, as

    tenses de trao so resistidas apenas pelo ao, desconsiderando a resistncia do

    concreto.

    Chodounsky & Viecili (2007) mencionam que no projeto de pisos estruturalmente armado, usual considerar o carregamento atuando no centro da

    placa e em bordas protegidas por dispositivos de transferncia de carga (barras de transferncia).

    Baseado nessas consideraes pode-se determinar uma nica armadura para

    todo o piso, o que conduz a um dimensionamento mais econmico. Nas reas

    sujeitas carga cruzando ou tangenciando bordas livres bastante fcil a colocao de reforos localizados, na armadura estrutural, no havendo necessidade de

    construo de placas com espessura varivel, fato que facilita e agiliza a preparao

    da base.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    20O dimensionamento da placa e da armadura pode ser realizado em

    regime elstico, utilizando-se os modelos propostos por Westergaard (1927), Westergaard (1947) ou atravs das Castas de Fluncia de Pickett & Ray (1950), ou em regime plstico, aplicando-se a metodologia proposta por Losberg (1961), Losberg (1978) ou Meyerhof (1962).

    Uma vez determinado o momento atuante na placa, a armadura

    calculada no estado limite ltimo de runa (estdio III), impondo que na seo mais solicitada sejam alcanadas as deformaes especficas limite dos materiais.

    2.4. PISOS DE CONCRETO COM FIBRAS DE AO Chodounsky & Viecili (2007) cita que o uso de fibras de ao no concreto

    possibilita o incremento da tenacidade do concreto, representada pela energia

    necessria para conduzir a pea ao colapso, permitindo ao concreto maiores

    deformaes antes da ruptura.

    Os pisos de concreto reforados com fibras de ao apresentam

    capacidade de carga muito superior que as peas de concreto simples, alm de

    mudarem o comportamento do concreto de frgil para dctil, permitindo

    carregamentos crescentes mesmo aps incio do processo de fissurao (Falkner et al., 1995).

    Ao contrrio das armaduras contnuas, o emprego das fibras de ao em

    pisos, considerando as dosagens usualmente empregadas em menos de 40 kg/m3,

    no causa nenhuma interferncia na operao de veculos guiados por induo

    magntica (Thooft, 1994).

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    21Definida a resistncia do concreto trao na flexo fctM,k e adotando-se

    valores apropriados para os coeficientes de majorao das cargas (F) e para os coeficientes de minorao da resistncia do material (CS) e da tenacidade (CF), pela relao acima determina-se o valor mnimo do fator de tenacidade (f). O teor de fibras ento obtido a partir de bacos ou tabelas, normalmente fornecidas pelos

    fabricantes, que correlacionam os parmetros de resistncia da matriz x tipo da fibra

    x fator de tenacidade.

    Contudo, ainda segundo Bekaert (1995), os elementos estruturais de concreto reforados com fibras de ao devem conter uma taxa mnima de 0,25% de

    fibras em relao ao seu volume, o que corresponde a aproximadamente 19,6

    kg/m3.

    Portanto, para fibras com fator de forma superior a 60, este critrio do

    volume mnimo sempre determinante, justificando algumas recomendaes de emprego de dosagem mnima de 20 kg/m3. Dosagens menores devem estar

    embasadas em resultados experimentais confiveis, quantitativa e qualitativamente,

    visto que os resultados de tenacidade apresentam grande variabilidade, podendo a

    disperso ser ainda maior nos casos de matrizes com baixo volume de fibras.

    2.5. PISOS DE CONCRETO PROTENDIDO

    Utilizado desde meados da dcada de 40 na Europa e nos Estados Unidos,

    o piso protendido resumidamente consiste em um piso reforado com cordoalhas de

    ao. Tracionadas por macacos hidrulicos, as cordoalhas engraxadas, transmitem a

    compresso para a placa de piso atravs das ancoragens posicionadas nas

    extremidades.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    22A introduo das cordoalhas engraxadas e plastificadas no mercado

    brasileiro iniciou em 1997, e foi um grande avano para a disseminao do uso da

    tecnologia no s em lajes planas, mas trouxe tambm para os pisos industriais. Chodounsky & Viecili (2007) mencionam que a durabilidade da placa de

    concreto diminui com o aumento do nmero de juntas, os custos de manuteno podem ser reduzidos nos pisos protendidos, uma vez que a protenso um meio

    eficiente de reduo do nmero de juntas. Pelo fato do concreto no estar pr-comprimido, nos pisos de concreto simples o

    comprimento da placa varia de 4 a 6 metros, nos pisos de concreto com armadura

    de retrao a placa pode ter 10 m, nos pisos executados no sistema jointless a distancia entre as juntas pode ser de at cerca de 40 m e j nos pisos de concreto protendidos a placa pode ter dimenses superiores a 100 metros.

    Ainda em Chodounsky & Viecili (2007), no clculo da fora de protenso devero ser consideradas as perdas de carga com o tempo, por retrao e fluncia

    do concreto e relaxao do ao, alm do atrito do cabo com a bainha e o recuo do

    cabo durante a cravao da cunha. A perda imediata por encurtamento do concreto

    em virtude da aplicao da fora de protenso normalmente, para as taxas usuais

    de armadura ativa, menos significativa que as outras perdas.

    2.6. TIPOS DE CARGAS EM PISOS INDUSTRIAIS

    Podem ser classificadas em cargas estticas:

    distribudas, disposio das mercadorias diretamente sobre o piso,

    o modo mais simples de estocagem.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    23 lineares, so cargas com grande relao entre comprimento/largura,

    constitui um caso particular, como estocagem de bobinas, ao ou

    papel.

    concentradas, constituda pela verticalizao dos estoques, so

    prateleiras ou racks com altura de 10 a 25 metros.

    Ou em cargas mveis de:

    Empilhadeiras, transmitindo altas cargas em pequenas reas de

    contato do pneu com o piso.

    Transpaleteiras, largamente utilizadas pela simplicidade e

    funcionalidade, pode transmitir presses na ordem de 9 MPa ao piso.

    Carretas, so veculos do tipo semi-reboque que podem chegar com

    peso bruto total prximo de 50 tf.

    2.7. PROJETO DE PISOS INDUSTRIAIS

    Um bom projeto de piso, no deve apenas especificar resistncia compresso do concreto e armadura, mas sim detalhar suas racional concepo

    para uma vida til longa.

    Como cita Chodounsky & Viecili (2007), pode-se dizer que o projeto do piso deve contemplar no mnimo informaes claras e precisas da concepo, trazer

    dados do subsolo, seus carregamentos previstos e o detalhamento das juntas.

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    242.8. PROPRIEDADES DO CONCRETO

    A seleo dos materiais apropriados e sua dosagem racional, so sem

    dvidas, passos importantes para produzir um concreto que atenda s

    especificaes de resistncia e durabilidade. Esse objetivo, no entanto, pode no ser atingido se uma ateno adequada no for dada para as propriedades do concreto

    no estado fresco e nas primeiras idades, Mehta e Monteiro, 1994.

    A trabalhabilidade indica basicamente a facilidade com que se pode lanar e

    adensar o concreto. Definida claramente pela ASTM C 15 (1993), a propriedade que determina o esforo necessrio para manipular (lanar, adensar e acabar) uma quantidade de concreto recm misturado com uma perda mnima de

    homogeneidade, aliada a fluidez, que descreve a facilidade de mobilidade e a

    coeso, descrevendo a dificuldade ou resistncia exsudao e segregao.

    Uma trabalhabilidade obtida atravs da adio excessiva de gua, pode

    trazer srios problemas de exsudao. Definida por Mehta & Monteiro (1994), como um fenmeno cuja manifestao externa o aparecimento de gua na superfcie aps o concreto ter sido lanado e adensado, porm antes de iniciar o processo de

    pega.

    Pode ocorrer em misturas com abatimento muito elevado, agregados com

    deficincia de finos ou mau graduados, em traos pobres ou com tempo de inicio de

    pega longo. Tem um efeito benfico no controle de fissurao mas extremamente

    prejudicial resistncia abraso superficial, tornando uma camada fraca e sujeita a um desgaste prematuro.

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    25No s a resistncia compresso mas trao, abraso, permeabilidade e

    durabilidade podem ser parmetros verificados, especificados e controlados na

    obra. Havendo sem dvida uma relao entre resistncia e a qualidade do concreto

    e do piso acabado.

    Mehta e Monteiro (1994) enaltecem que a resposta do concreto s tenses aplicadas no depende somente do tipo de solicitao, mas tambm de como a

    combinao de vrios fatores afeta a porosidade dos diferentes componentes

    estruturais do concreto. Tais fatores incluem propriedades e proporo dos

    materiais que compem o trao do concreto, grau de adensamento e condies de

    cura. Do ponto de vista da resistncia, a relao gua/cimento versus porosidade

    indiscutivelmente o fator mais importante, porque, independentemente de outros

    fatores, ele afeta a porosidade tanto da matriz pasta de cimento como da zona de

    transio entre a matriz e o agregado grado.

    Aitcin (2000) visa que a abordagem da mecnica da fratura do concreto pode ser considerada como uma matria no-homognea composta de trs fases

    distintas: pasta de cimento hidratada, zona de transio agregado/pasta hidratada e

    agregado. A variao das resistncias mecnicas funo dos parmetros

    definidos na dosagem, sendo eles relao gua cimento; teor de ar incorporado;

    tipo de cimento e agregados.

    Um grande problema na execuo dos pisos de concreto a retrao do

    concreto. Cita Aitcin (2000), que a retrao do concreto fenmeno muito simples nas suas manifestaes, uma diminuio do volume aparente do concreto, quanto

    muito complexo quando as causas do fenmeno tm que ser entendidas, sendo

    uma combinao de diversas retraes elementares: plstica; autgena; hidrulica;

    trmica ou por carbonatao.

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    263. ENDURECEDORES SUPERFICIAIS

    Encontrados comercialmente em formulaes distintas, os endurecedores

    superficiais geram um grande campo de aplicaes e solues na especificao do

    piso de concreto. Podendo ser encontrado na forma lquida (silicatos) ou slida (agregados minerais ou metlicos), podem ser aplicados durante a execuo (asperso de slidos) ou no concreto j endurecido (lquida) obedecendo as recomendaes de cada fabricante.

    O desgaste superficial do concreto um fenmeno progressivo. Inicialmente

    a resistncia abraso est relacionada com a qualidade da fina camada superficial

    do concreto. Com o desgaste desta camada, os agregados midos e grados so

    expostos, e com a continuidade das solicitaes por abraso e impacto, ocorrer a

    continuidade do processo de desgaste. Nesta fase, a resistncia ao desgaste por

    abraso passa a relacionar-se com a aderncia entre a pasta de cimento e os

    agregados, e tambm com a dureza destes, ACI 201 (1992). O desgaste do concreto consiste na perda de material da superfcie,

    proveniente do contato e movimento de lquidos, gases ou agentes slidos. Estas

    podem ser classificadas em abraso, eroso ou cavitao. O desgaste por abraso

    refere-se ao atrito seco, como por exemplo trfego de veculos, Almeida (2000). Para a minimizao dos efeitos de desgaste, produtos como os

    endurecedores de superfcie podem ser utilizados, listados abaixo:

    3.1. LQUIDOS QUMICOS Para Piccoli et al. (1997) a aplicao de endurecedor superficial lquido,

    onde a reao entre o produto e os compostos hidratados do cimento, gera

    compostos de maior dureza. Confere maiores resistncias ao desgaste e

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    27impermeabilidade ao concreto, causando vitrificao do piso em profundidade que

    pode atingir mais de 4 mm. Os endurecedores so eficazes na reduo da formao

    de poeira no piso, proveniente do prprio concreto.

    Conforme VIECILI, 2004, as formulaes de endurecedores qumicos podem

    mudar de fabricante para fabricante, mas basicamente consistem em componentes

    inorgnicos que reagem quimicamente com o hidrxido de clcio, ou a cal livre do

    concreto.

    Segundo Metha e Monteiro (1994), pode-se utilizar solues endurecedoras de superfcies para pisos novos bem curados ou pisos velhos desgastados a base

    de fluorsilicato de zinco ou magnsio ou silicato de sdio, que reagem com o

    hidrxido de clcio presente na pasta de cimento Portland para formar produtos

    insolveis, selando os poros capilares prximos ou na superfcie e com isto

    aumentando a resistncia abraso.

    No concreto de alto desempenho, segundo Piccoli et al. (1997), que j possui baixos nveis de permeabilidade e, at certo ponto, resistncia ao desgaste, o

    efeito do endurecedor tende a ser menor. At porque o produto tem uma maior

    dificuldade de penetrao, em face da menor porosidade deste concreto.

    O tratamento de superfcie a base de silicato, segundo M. Venuat apud

    Bauer et al (2002), um procedimento conhecido desde muito tempo e consiste em tratar a superfcie seca do concreto ou argamassa com o auxilio de uma soluo

    diluda de silicato de sdio (3 SiO2Na2O) , ou de potssio (3 SiO2K2O). O hidrxido

    de clcio (Ca(OH)2) procedente da hidratao do cimento transformado em silicato

    de clcio, que mais resistente e insolvel. Parte dos poros do concreto tende a

    ficar obstrudos, diminuindo a permeabilidade aos lquidos.

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    283.2. AGREGADOS METLICOS

    Assim como os minerais, os endurecedores a base de agregados metlicos

    so fornecidos em p, prontos para uso, e so compostos de cimento Portland,

    agregados metlicos e aditivos qumicos, podendo ser pigmentado. So

    normalmente recomendados para reas de trnsito pesado de rodas metlicas, e

    sujeitas a impactos.

    3.3. AGREGADOS MINERAIS

    Para o aumento da resistncia abraso e ao impacto, usualmente so

    empregados endurecedores minerais, composto por agregados de alta dureza e

    cimento, eventualmente slica ativa, pigmentos ou aditivos qumicos. Constituem

    uma espcie de argamassa seca a qual aspergida sobre a superfcie do concreto

    ainda fresco, que por sua vez incorporado na massa de concreto pelas operaes

    de acabamento superficial, Chodounsky & Viecili (2007). Utilizado alm do objetivo do incremento de resistncia, os pigmentos trazem fins decorativos, alterando a

    colorao superficial.

    H no mercado produtos constitudos somente de agregados minerais e

    produtos que alm do agregado ainda trazem ainda cimento adicionado mistura.

    A razo da utilizao de cimento e slica ativa, misturado com os agregados obter

    uma reduo na relao gua/cimento da superfcie do concreto, seo essa a mais

    fraca de um piso. A superfcie da placa de concreto apresenta uma resistncia

    menor que a camada inferior, por vrias razes. Na superfcie, a relao a/c

    (gua/cimento) mais alta em virtude da ocorrncia da exsudao e pela asperso de gua durante o acabamento, prtica essa condenvel, mas realizada com certa

    freqncia por mo de obra no qualificada. Alm disso, a cura deficiente

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    29particularmente prejudicial s propriedades mecnicas da camada superficial do concreto, como cita Chodounsky & Viecili (2007). A adio de cimento aos agregados propicia que essa mistura, quando incorporada na superfcie do concreto

    fresco, melhore as caractersticas da matriz e a zona de transio entre os

    agregados superficiais e a pasta de cimento.

    Alguns tecnologistas defendem a idia da no utilizao de cimento

    agregado mineral, com a justificativa de que para traos com resistncia mdia a alta, a superfcie do piso j apresenta grande quantidade de argamassa, necessitando apenas de incorporao de agregados duros.

    O lanamento do agregado mineral deve ser realizado preferencialmente

    com a spreader, e forma a garantir uma distribuio homognea. O lanamento

    manual s deve ser permitido em caso de larguras de placas de concreto inferiores a

    seis metros, ou quando forem empregadas passarelas sobre o piso fresco.

    Observaes de campo mostram que, em pisos com requisitos de

    planicidade superiores a 45 FF, as operaes de corte acabam por remover uma

    quantidade significativa do agregado lanado. recomendvel que nestas situaes seja especificado uma taxa de lanamento de agregado ao menos 10% maior, informa Phelan, 1992.

    A quantidade e o tipo de material a ser lanado funo da intensidade da

    solicitao por abraso ou impacto. Quanto maior a solicitao, maior a espessura

    da camada superficial que deve ser formada com a aplicao do agregado mineral,

    ACIFC (2001). Usualmente busca-se a formao de uma camada resistente com espessura variando de 2 a 5 mm. Em pisos sujeitos a uma condio muito severa de abraso, pode ser aumentada a camada.

    Para a maioria dos casos, so recomendados taxas de aplicao do

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    30agregado mineral entre 4 e 9 kg/m2.

    A asperso dever ser realizada em uma nica camada quando empregado

    em dosagens baixas e em duas etapas para taxas mais altas.

    Quanto mais elevada for a taxa de material a ser lanada mais difcil sua

    incorporao na massa de concreto. Procedimentos adequados de execuo iro

    minimizar os riscos de ocorrncia de delaminao, como ressalta Chodounsky &

    Viecili (2007).

    3.4. FATORES QUE INFLUENCIAM A DUREZA SUPERFICIAL

    3.4.1. Relao gua aglomerante

    Segundo Comit 201 do ACI, para a obteno de um superfcie de concreto

    resistente abraso, o concreto deve ter uma resistncia caracterstica

    compresso no menor que 28 MPa aos 28 dias. Alm disso, em casos onde houver

    condies severas recomenda-se o uso de agregados de alta dureza e o concreto

    com 41 MPa aos 28 dias.

    Resistncias adequadas podem ser obtidas com uma baixa relao

    gua/aglomerante ou uma granulometria apropriada dos agregados midos e

    grados, Metha e Monteiro (1994)

    3.4.2. Agregado grado

    A dureza do agregado, principalmente do agregado grado, citada por

    Woods (1968) como importante para a resistncia abraso. Entretanto, para concretos com resistncia acima de 56 MPa, o efeito da dureza do agregado

    mnima, pois para estas resistncias ocorre uma reduo da relao

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    31gua/aglomerante e conseqentemente, uma melhora na qualidade da argamassa

    que passa a contribuir para a resistncia abraso do concreto. No entanto para

    resistncias de 21 MPa a 35 MPa, a resistncia compresso do agregado grado

    significativa nos resultados, pois nestes casos, a relao gua/aglomerante o

    ponto mais fraco da matriz de concreto, sendo desgastada mais rapidamente. No

    caso da utilizao de agregados de baixa qualidade, todo o concreto pode ser

    rapidamente desgastado.

    Num ensaio realizado por Gonalves (1996), utilizando-se cinco tipos de agregados, o agregado obtido da rocha de mais elevada resistncia compresso

    gerou o concreto mais resistente. Em contrapartida, em dois dos quatro concretos

    produzidos com agregados de qualidade inferior, observou-se que, aos 90 dias de

    idade, a resistncia relativamente baixa do agregado evidenciada pelo maior

    percentual de fraturas transgranulares constatado nas superfcies de ruptura dos

    corpos de prova foi claramente limitadora da resistncia dos concretos.

    Segundo Aitcin (2000), a qualidade do agregado grado o mais importante dos fatores que afetam a resistncia do concreto abraso sob procedimento da

    norma ASTM 779, com relao gua/aglomerante em segundo lugar.

    Almeida (2000) refere-se ao agregado grado como o componente do concreto que protege a argamassa, geralmente menos resistente ao desgaste.

    Porm em concretos com resistncia compresso superior a 42 MPa, parece que

    a influncia dos agregados na resistncia abraso pequena.

    A resistncia dos concretos ao desgaste por abraso regida por vrios

    fatores, segundo Almeida (2000), tais como a dosagem e natureza do aglomerante, a relao gua/cimento, as caractersticas do agregado grado (natureza petrogrfica, resistncia abraso e compresso, dimenso mxima,

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    32granulometria e proporo destes agregados no concreto) e ainda pela aderncia entre os agregados e a pasta de cimento. Interferem tambm na questo, as

    caractersticas do concreto quando no estado fresco (segregao, exsudao, trabalhabilidade e teor de ar incorporado), a compactao, a cura e o acabamento e tratamento superficial.

    Alguns pesquisadores argumentam que a resistncia ao desgaste dos

    concretos est relacionada com a resistncia compresso, mas h tambm quem

    discorde, considerando que a resistncia ao desgaste por abraso dos concretos

    uma caracterstica da sua camada superficial, o que no o caso da resistncia

    compresso. Um indicativo disso seria o fato de que tanto o acabamento superficial

    quanto o regime de cura afetam muito mais a resistncia abraso da camada

    superficial do que a resistncia compresso do concreto (ALMEIDA, 2000).

    3.4.3. Processo de cura do concreto

    O Comit 201 do ACI apud Metha e Monteiro (1994) recomenda pelo menos 7 dias de cura mida contnua depois do lanamento do concreto. Este tempo de

    cura tambm sugerido no estudo realizado por Bauer et al. (1999), utilizando-se dois tipos de cimento e duas relaes gua/cimento, para que as propriedades do

    concreto sejam satisfatrias. Segundo o ACI 302 (ACI 1996), a cura , depois do lanamento e

    acabamento do concreto, o fator mais importante para atingir alta qualidade do piso

    de concreto. Ainda segundo o ACI 302, o propsito primrio da cura tornar lenta a

    perda de umidade do piso de concreto.

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    334. MTODOS DE AVALIAO DE ABRASO

    Segundo Almeida (2000), o desgaste por abraso de uma superfcie de concreto provocado, em geral pelo trfego de pessoas e veculos, bem como o

    impacto ou atrito causado pelo arraste de partculas ou objetos soltos. A resistncia abraso de grande importncia quando o trfego consiste

    na utilizao de rodas rgidas, pois no absorvem qualquer deformao, transferindo

    toda a carga para o piso. Aparentemente a abraso envolve tenses localizadas e

    de alta intensidade, de modo que a resistncia e a dureza do concreto na regio

    superficial tm grande influncia sobre a resistncia abraso (NEVILLE, 2000). Segundo VIECILI, 2004, os mtodos de ensaios desenvolvidos para avaliar

    o efeito da abraso em concreto, no devem ser tomados como indicadores de

    durabilidade, e sim comparar diferentes materiais atravs de um nico mtodo.

    Prever a durabilidade de uma superfcie torna-se improvvel devido s incertezas de

    desgaste e material.

    4.1. MTODO ABNT NBR 12.042 Descreve o ensaio como a simulao de um percurso de 1000 metros, com

    leituras do desgaste em milmetros a cada 500 metros, onde so ensaiados dois

    corpos-de-prova cbicos de 70 mm, com areia sendo o material abrasivo. O

    resultado dado pela diferena entre as mdias das leituras efetuadas em quatro

    pontos antes e aps os ensaios.

    4.2. MTODO LIU Consiste em uma furadeira acoplada a uma haste, dentro de um cilindro

    metlico que aloja o corpo de prova e 70 bolas de ao de diferentes dimetros. A

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    34haste inserida na gua promove um giro de 1200 rotaes por minuto. So testados

    por 72 horas e as medies so feitas atravs da perda de massa.

    4.3. MTODO DE ABRASO LOS ANGELES ASTM C 131 Descrito pela ASTM C 131, ensaia a resistncia abraso e ao impacto de

    agregados grados, com dimetro mximo de 37,5 mm. Consiste em um tambor

    cilndrico com as extremidades fechadas, montado horizontalmente, onde so

    introduzidas 37 esferas de ao de dimetros e massas diferentes. O mtodo avalia a

    perda de massa e consiste em promover 500 revolues a uma velocidade de 30 a

    33 rotaes por minuto.

    4.4. MTODO ASTM C 779 Descreve trs procedimentos de ensaio, destinados a avaliar os efeitos de

    resistncia abraso do concreto, materiais e tcnicas de acabamento e cura.

    O procedimento A utiliza discos giratrios em conjunto com carbeto de silcio, medindo a profundidade desgastada.

    O procedimento B utiliza trs conjuntos se sete rodas desbastadoras de ao, medindo tambm a profundidade perdida.

    O procedimento C utiliza um conjunto de oito bolas de ao acopladas a uma cabea rotativa e o material desgastado retirado por gua corrente. As medies

    so feitas a cada 50 segundos.

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    355. PROGRAMA EXPERIMENTAL

    A pesquisa desenvolvida foi do tipo experimental, avaliando o desempenho

    de concretos com tratamento superficial a base de agregados minerais com e sem a

    adio de cimento, aplicados sobre um trao de concreto dosado segundo boas

    prticas sugeridas pelo ACI (American Concrete Institute), mas dentro das limitaes dos matrias dispoinveis., em comparao com o mesmo trao sem tratamento

    superficial e ainda um quarto experimento com concreto comumente utilizado na

    execuo de pisos de concreto na regio de Cascavel-PR.

    A partir de um levantamento de dados realizado com as empresas de servio

    de concretagem de Cascavel - PR, identificou-se que a resistncia a compresso do

    concreto mais utilizado em aplicaes de pisos industriais na regio trata-se do trao

    com resistncia a compresso (Fck) de 20,0 MPa. Observou-se tambm que os nicos requisitos para a compra do concreto so a resistncia compresso e

    trabalhabilidade.

    Definida a empresa fornecedora do concreto para moldagem dos

    testemunhos, para os demais traos foram utilizados os mesmos materiais (britas, areia, cimento, aditivo e gua).

    De posse da caracterizao dos materiais, e partindo deste trao

    desenvolveu-se um novo trao seguindo as recomendaes do ACI (American Concrete Institute), no que diz respeito curva granulomtrica, consumo de cimento, teor de argamassa, relao gua/aglomerante.

    A aplicao dos endurecedores superficiais ocorreu em uma nica dosagem

    (5,0 kg/m), visando estabelecer uma semelhana de condies de acabamento, e uso.

    Os testemunhos foram moldados e tratados superficialmente utilizando-se o

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    36mesmo concreto, usinado em uma nica etapa, com exceo do trao convencional

    da empresa de concretagem, que apesar de ser usinado em etapa posterior, teve

    seu acabamento e moldagem na mesma data, atravs da mesma equipe e

    equipamentos das demais.

    Os testemunhos foram ensaiados atravs do procedimento A do MTODO ASTM C 779. Este procedimento utiliza discos giratrios em conjunto com carbeto de silcio como material abrasivo. Os discos giram a uma velocidade de 12 rotaes

    por minuto e no prprio eixo a uma velocidade de 280 rotaes por minuto sobre a

    superfcie do concreto a ser testado. As medies so realizadas em perodos de 30

    minutos e 60 minutos, sendo a avaliao feita atravs da profundidade desgastada

    depois de cada perodo, sendo este o item decisivo na escolha de qual o mtodo a

    utilizar, pois se pretendeu avaliar apenas o desgaste superficial, sendo que em

    outros mtodos avalia-se o desgaste do testemunho ensaiado em todas as suas

    dimenses.

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    375.1. CARACTERIZAO DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA PRODUO DO

    CONCRETO

    Fornecido pela concreteira local, o trao para o concreto 20 MPa com

    abatimento de 8 cm composto por:

    Tabela 01 Trao do Concreto Usual Material Cimento Areia

    Nat.

    Areia Ind. gua Brita 1 Aditivo

    Kg/m3 265 kg 572 kg 245 kg 130 l 1197 kg 1,59 kg

    De posse a estes dados, foram feitos ensaios de granulometria para a

    dosagem pelo mtodo do ACI.

    Grfico 1 Distribuio Granulomtrica da Areia Natural

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    38

    Grfico 2 Distribuio Granulomtrica da Areia Artificial

    Grfico 3 Distribuio Granulomtrica da Brita 1

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    39

    Grfico 4 Distribuio Granulomtrica da Brita 0

    Segundo as recomendaes do ACI, para um bom trao de concreto para

    piso necessria certa porcentagem de material em cada uma das peneiras. Como

    o objetivo deste trabalho racionalizar a dosagem sem a mudana nas caractersticas dos materiais, o trao ficou na seguinte proporo:

    Tabela 02 Trao do Concreto Dosado nas Recomendaes do ACI Material Cimento Areia

    Nat.

    Areia

    Ind.

    gua Brita 1 Brita 0 Aditivo

    Kg/m3 396 kg 339 kg 428 kg 190 l 756 kg 466 kg 2,8 kg

    No Grfico 5, percebe-se o intervalo que segundo a ACI deve se encontrar o

    trao de concreto para uma dosagem ideal, bem como a curva do trao de concreto

    utilizado neste estudo.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    40

    CURVA GRANULOMTICA DO CONCRETO - MTODO ACI

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    20

    32 25 19 12,5 9,5 6,3 4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15 Fundo# (mm)

    % R

    etid

    a

    Limite Inferior Limite Superior Trao do Concreto

    Grfico 5 Curva Granulomtrica Retida dos Agregados do Concreto Mtodo ACI

    Para o atendimento total das recomendaes do ACI seria necessrio uma

    mudana no sistema de britagem e peneiramento dos materiais, para obteno de

    material nas peneiras 19 e 6,3mm.

    No Grfico 6, apresentamos as curvas de ambos os traos utilizados neste

    e4studo, em uma forma mais simples de entendimento, atraves da porcentamgem

    retida acumulada.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    41

    Grfico 6 Curva Granulomtrica Retida Acumulada dos traos de Concreto

    5.2. CARACTERIZAO DOS AGREGADOS MINERAIS Foram utilizados neste estudo dois tipos de endurecedores disponveis no

    mercado nacional, sendo de marcas distintas e mais utilizada nas obras. Os

    materiais utilizados so exatamente os mesmos fornecidos no mercado pelas

    empresas no havendo mudana na sua composio.

    As caractersticas dos endurecedores utilizados para execuo do programa

    experimental, foram fornecidas pelas empresas fabricantes dos mesmos, e so

    descritas a seguir:

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    42

    Ensaio Granulomtrico - Agregado Mineral com Cimento

    0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

    100%

    4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15 Fundo

    Peneira (mm)

    % R

    etid

    a A

    cum

    ula

    da

    Grfico 7 Curva Granulomtrica do Agregado Mineral Com Cimento

    Ensaio Granulomtrico - Agregado Mineral sem Cimento

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    80%

    90%

    100%

    4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15

    Peneira ( mm)

    Grfico 8 Curva Granulomtrica do Agregado Mineral Sem Cimento

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    435.3. MOLDAGEM DAS PLACAS DE CONCRETO

    Para a realizao do ensaio, foi projetada uma pista de concretagem de 1,2 m x 4,5 m, onde foi aplicado o concreto desenvolvido segundo recomendaes do

    ACI (American Concrete Institute), e uma segunda pista de 1,2 x 2,0 m, para aplicao do concreto comumente utilizado na regio para execuo de pisos de

    concreto. A primeira pista de concretagem foi dividida, atravs de marcaes laterais

    nas frmas, em 3 placas de 1,5 m. A partir disto, a primeira placa recebeu a

    asperso da mistura seca de agregados minerais sem adio de cimento, na

    segunda placa foi aspergido a mistura seca de agregados minerais com adio de

    cimento e a terceira placa no recebeu nenhum tratamento superficial. A segunda

    pista, concretada com o trao de linha tambm no recebeu tratamento superficial.

    As asperses foram realizadas em dosagem de 5 Kg/m, e obedecendo as

    recomendaes do item 8.6.1 do ACI 302 (ACI, 1996). Os procedimentos de acabamento tambm foram padronizados para todas

    as placas, a fim de se evitar resultados distorcidos por diferenas de execuo.

    As pistas foram moldadas sobre uma superfcie plana e nivelada, concretadas

    sobre lona plstica, a fim de se evitar perda de gua para o substrato e minimizar o

    aparecimento de fissuras durante a retrao do concreto.

    Os endurecedores foram pesados de acordo com a dosagem de aplicao.

    Deu-se o preparo com o uso de desempenadeiras de madeira, para se

    promover a abertura dos poros do concreto, e aps a evaporao da gua de

    exsudao, foram aspergidos os endurecedores minerais em camada nica, uma

    vez que a dosagem utilizada atende as recomendaes dos fabricantes para

    camada nica.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    44Os trabalhos de lanamento, adensamento, asperso e acabamento das

    pistas, foram realizados por empresa especializada na execuo de pisos de

    concreto, a qual forneceu tambm os equipamentos necessrios.

    Todas as placas foram moldadas, tratadas e acabadas no mesmo dia,

    utilizando a mesma mo-de-obra e equipamentos.

    As pistas foram mantidas sobre cura mida durante 7 dias sendo mantida

    lmina de gua na superfcie.

    Figura 1 Recebimento do Concreto

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    45

    Figura 2 Ensaio do Slump Test

    Figura 3 Moldagem dos Corpos de Prova para Ensaio Compresso

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    46

    Figura 4 Moldagem das Pistas de Concreto

    Figura 5 Asperso do Agregado Mineral sem Cimento

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    47

    Figura 6 Asperso do Agregado Mineral com Cimento

    Figura 7 Acabamento Mecnico no Piso

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    485.4. EXTRAO DOS TESTEMUNHOS PARA ENSAIO

    Aps 7 dias da execuo das pistas, as placas foram cortadas e identificadas

    para extrao dos testemunhos.

    Para extrao dos testemunhos para ensaio, as placas de concretagem foram

    serradas com uso de equipamentos especficos mantendo uma faixa de 20 cm de

    descarte nas laterais e na zona de transio de cada tipo de ensaio, evitando fatores

    que pudessem apresentar diferenas de acabamento em funo das limitaes dos

    equipamentos. Estas dimenses foram adotadas, para que se pudessem realizar os

    ensaios no equipamento apresentado no procedimento A da ASTM C 779.

    Foram extrados 4 testemunhos de cada uma das placas, totalizando 16

    testemunhos., no entanto, foram ensaiadas 3 placas de cada processo, afim de se

    manter uma contraprova caso necessrio.

    Todos os testemunhos foram identificados e enviados ao laboratrio para

    realizao dos ensaios sem identificao direta do objeto em ensaio.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    49

    Figura 8 Corte das Placas

    5.5. MTODO DE ENSAIO DAS PLACAS O recipiente do carbeto de silcio aferido, para garantir uma vazo de

    material, e, portanto depsito do mesmo sobre a placa, numa taxa de 5 gramas /

    minuto. Em seguida o testemunho limpo com a utilizao de escovas e esponjas para se remover partculas soltas sobre a superfcie provenientes de transporte,

    cura, etc. Ento o testemunho colocado no equipamento para um primeiro ciclo de

    5 minutos para remoo da primeira camada, fragilizada pela cura, sujidades, impurezas, etc.

    Em seguida o testemunho removido para primeira medio (medio inicial), para tanto o mesmo limpo para remoo dos resduos do ciclo e so marcados sobre a pista de rolamento dos discos, 20 pontos localizados sobre as

    diagonais da placa, e com a utilizao de um micrmetro feita primeira leitura de

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    50profundidade. Ento o testemunho retorna para o equipamento para um segundo

    ciclo, agora de 30 minutos, e com a mesma taxa de depsito de carbeto de silcio do

    ciclo anterior.

    Ao trmino do segundo ciclo o testemunho removido para segunda

    medio (medio 30 minutos), para tanto o mesmo limpo para remoo dos resduos do ciclo e exatamente sobre os 20 pontos marcados sobre as diagonais da

    placa, e com a utilizao de um micrmetro feita a segunda leitura de

    profundidade, resultando na primeira medio de desgaste.

    O testemunho retorna para o equipamento para o terceiro e ltimo ciclo,

    novamente de 30 minutos, e com a mesma taxa de depsito de carbeto de silcio

    dos ciclos anteriores. O testemunho removido para terceira medio (medio 60 minutos), para tanto o mesmo limpo para remoo dos resduos do ciclo e exatamente sobre os 20 pontos marcados sobre as diagonais da placa, e com a

    utilizao de um micrmetro feita a terceira leitura de profundidade, o que nos dar

    a medio de desgaste final.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    51

    Figura 9 Equipamento de ensaio

    Figura 10 Ciclo de ensaio

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    52

    Figura 11 Remoo de Material

    Figura 12 Medio de Profundidade de Abraso

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    53

    Figura 13 Placa Aps Ensaio

    Figura 14 Placas Ensaiadas

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    546. APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS

    Foram ensaiadas trs placas de cada um dos quatro tipos de concreto,

    fazendo sessenta leituras medies de desgaste em cada placa.

    Nas TABELAS 03 06, so apresentados as mdias das leituras de cada um

    dos vinte pontos para cada placa, de onde obtivemos os resultados mdios de

    desgaste de cada ciclo.

    Tabela 03 Resultado do ensaio das placas do trao de linha (20 MPa) Testemunho Mdia Desgaste

    1 Ciclo (mm) Mdia Desgaste

    2 Ciclo (mm) Mdia Desgaste

    Total (mm) 1 0,606 0,527 1,132 2 0,636 0,474 1,110 3 0,734 0,433 1,167

    Mdia Total 0,658 0,478 1,136

    Tabela 04 Resultado do ensaio das placas do trao dosado segundo ACI Testemunho Mdia Desgaste

    1 Ciclo (mm) Mdia Desgaste

    2 Ciclo (mm) Mdia Desgaste

    Total (mm) 1 0,229 0,282 0,510 2 0,252 0,259 0,511 3 0,255 0,334 0,589

    Mdia Total 0,245 0,292 0,537

    Tabela 05 Resultado do ensaio das placas com agregado mineral sem cimento Testemunho Mdia Desgaste

    1 Ciclo (mm) Mdia Desgaste

    2 Ciclo (mm) Mdia Desgaste

    Total (mm) 1 0,157 0,193 0,350 2 0,110 0,229 0,338 3 0,203 0,188 0,390

    Mdia Total 0,157 0,203 0,360

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    55

    Tabela 06 Resultado do ensaio das placas com agregado mineral com cimento Testemunho Mdia Desgaste

    1 Ciclo (mm) Mdia Desgaste

    2 Ciclo (mm) Mdia Desgaste

    Total (mm) 1 0,265 0,212 0,477 2 0,207 0,204 0,411 3 0,244 0,215 0,459

    Mdia Total 0,239 0,210 0,449

    Na TABELA 07, apresentado a mdia de desgaste das placas ensaiadas

    para cada um dos traos do estudo. Considerando o trao de linha como referncia,

    determinamos a reduo na profundidade desgastada:

    Tabela 07 Comparativo de Resultados Tipo do Piso Ensaiado Profundidade

    Desgastada (mm) Reduo de

    Profundidade Trao de Linha 1,136 0 %

    Trao dosado ACI 0,537 53 % Trao Agregado Mineral com Cimento 0,449 60 %

    Trao Agregado Mineral sem Cimento 0,360 68 %

    Os dados completos de cada leitura de cada placa encontram-se no

    APNDICE, Captulo 9 pginas 61 a 72. Buscando-se obter uma relao entre desgaste abraso e resistncia a

    compresso, os traos utilizados neste experimento foram tambm ensaiados a

    compresso, aonde encontramos os resultados apresentados na TABELA 08

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    56Tabela 08 Resistncia Compresso do Concreto Utilizado

    Tipo do Trao Resistncia 3 dias (MPa)

    Resistncia 7 dias (MPa)

    Resistncia 28 dias (MPa)

    Trao de Linha 14,21 19,30 24,40 Trao dosado ACI 19,50 31,80 38,20

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    577. CONSIDERAES FINAIS E SUGESTES PARA FUTUROS TRABALHOS

    Com base nos resultados deste experimento observa-se que o concreto

    moldado com asperso de AGREGADO MINERAL SEM CIMENTO foi o que

    apresentou o menor desgaste nos ensaios, portanto no sendo confirmada nossa

    hiptese de pesquisa, que se baseava no fato de o agregado mineral com adio de

    cimento reduzir a relao gua/cimento da superfcie deveria aumentar a resistncia

    abraso do piso. Pode-se deduzir que, pelo fato do trao dosado seguindo as

    recomendaes do ACI (American Concrete Institute) apresentar uma baixa relao gua/cimento, o mesmo no apresentou exudao suficiente para hidratar

    completamente o cimento presente no produto aspergido, no sendo totalmente

    eficiente. Pode-se afirmar tambm que por possuir uma granulometria maior,

    incorporando no piso uma quantidade de agregados de dimetros maiores, ao invs

    de reduzir a relao gua/cimento, a asperso de AGREGADO MINERAL SEM

    CIMENTO diminuiu o teor de argamassa e aumentou a quantidade de agregados na

    superfcie, apresentando melhores resultados. Ainda, pelo fato de no se ter acesso

    as composies dos produtos, pode-se tambm atribuir tais resultados ao tipo de

    agregados utilizados, de maior ou menor dureza.

    Percebe-se tambm que o piso tratado com asperso de AGREGADO

    MINERAL SEM CIMENTO apresentou um aumento de 68 % na resistncia

    abraso do que o concreto normalmente utilizado na regio de Cascavel-Pr sem a

    racionalizao devida para pisos.

    Podemos concluir tambm que apenas uma dosagem racional do concreto

    como sugerida pela ACI (American Concrete Institute) j suficiente para um aumento em 53 % na resistncia abraso, ainda com o uso do agregado mineral

    com cimento um incremento em mais 7 % e ao agregado mineral sem cimento 15 %

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    58em relao ao concreto dosado racionalmente para piso segundo as

    recomendaes do ACI.

    Observou-se que mesmo sendo dois produtos similares em sua

    funcionalidade, apresentam grande diferena em sua composio, no apenas no

    cimento e sim na granulometria, bem diferenciada entre eles. O agregado mineral

    sem cimento apresenta uma maior dificuldade na sua execuo do que o com

    cimento, mas depois do trmino de pega do concreto apresentam o mesmo

    acabamento e o mesmo aspecto visual.

    Esta pesquisa serve de alerta aos projetistas de piso no especificarem apenas a resistncia compresso e trabalhabilidade do concreto, e sim ficarem

    atentos outros requisitos de grande importncia, onde apenas uma dosagem

    racional dos materiais do concreto propicia um ganho de 53% na resistncia

    abraso.

    Estes resultados foram avaliados somente abraso por ciclos repetitivos

    de carga, podendo variar em caso de pisos sujeito a limpeza com gua em alta presso e temperatura, ataques qumicos ou fsicos, diferentemente do

    procedimento A da ASTM C 779.

    7.1. SUGESTES PARA NOVAS PESQUISAS Seria de grande interesse no meio tcnico e comercial, novas pesquisas com

    os mesmos agregados minerais e sugerimos que ao invs de ensaio abraso pelo

    procedimento A da ASTM C 779, simular condies de desgaste em pisos sob ao

    de ciclos de limpeza e lavagem do piso com gua em altas presses e temperaturas,

    ataques por agentes qumicos, ataque por sangue dentre outros que podem ser

    listados.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    59O fato do agregado mineral sem cimento apresentar resultados melhores no

    desgaste abraso, deve-se ao fato da granulometria e dureza dos materiais, mas

    este pode vir a enfraquecer a superfcie do piso para a perda de finos, no nos

    permitindo afirmar que em casos especficos de utilizao do piso estes resultados

    venham a se repetir.

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    608. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS NBR 11801: argamassa de alta resistncia mecnica para pisos. Rio de Janeiro, 1992.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS NBR 12042: determinao do desgaste por abraso. Rio de Janeiro,1992.

    ALMEIDA, I.R. Influncia da resistncia a abraso do agregado grado na

    resistncia a abraso de concretos de alto desempenho. In: 42 Congresso Brasileiro

    do Concreto, Fortaleza/CE, agosto/2000.

    AMERICAN CONCRETE INSTITUTE. ACI 302.1R-96 Guide for Concrete Floor

    and Slab Construction. ACI Committee 302, Michigan/USA, 1996.

    BAUER, R.J.F., PAULON, V.A, TOKUDOME, S., SANTOS, F.B. Influncia dos

    endurecedores de superfcie sobre a resistncia ao desgaste por abraso. Belo

    Horizonte, MG 2002 In: REIBRAC, 44, 17 a 22 ago, 2002.

    BINA, P., CASTRO, P.R., TEIXIERA, A.O.F. Estado da arte dos pisos industriais e

    pavimentos: do sistema de damas ao protendido. Belo Horizonte, MG 2002 In:

    REIBRAC, 44, 17 a 22 ago, 2002.

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    61GONALVES, J.R., ALMEIDA, I.R., SHEHATA, L.C.D. Influncia do tipo de agregado grado nas propriedades do concreto de alta resistncia. Porto Alegre,

    RS. 1997, v.2, p. 339-352. In: REIBRAC, 36, 19 a 23 set. 1996.

    METHA, P.K., MONTEIRO, P.J.M. Concreto estrutura, propriedades e materiais.

    So Paulo: Pini, 1994, cap. 5.

    NEVILLE, A.M. Propriedades do Concreto. 2. ed. So Paulo: Pini, 2000, cap. 10.

    PICCOLI, G.M., SILVA, P.L.F., TOMASELLI, C.A. Pisos de concreto de alto

    desempenho Tecnologia de crescente aplicao. So Paulo (SP.) 1997, v. 2, p. 469-482. In REIBRAC, 39, 5 a 8 ago, 1997.

    VIECILI, F.A., Influncia dos endurecedores superficiais cimentceos na resistncia

    abraso de pisos industriais de concreto. Porto Alegre, RS. EE/UFRGS, 2004.

    WOODS, H. Durability of Concrete Construction, ACI Monografh, n 4, ACI, Detroit,

    MI, 1968.

    CHODOUNSKY, M. A., VIECILI, F. A. Pisos Industriais de Concreto Aspectos

    tericos e executivos. So Paulo, Reggenza, 2007.

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    62

    9. APNDICE Tabela 09 Ensaio Placa 01 Concreto usualmente empregado

    A1 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,165 15,567 15,654 15,220 15,819 16,041 16,025 15,967 16,354 16,546 16,548 16,528

    2 15,164 15,541 15,635 15,209

    15,824 16,124 16,100

    15,933 16,351 16,556 16,606 16,532

    3 15,179 15,485 15,618 15,251 15,797 16,177 16,093 15,922 16,348 16,609 16,606 16,481

    4 15,174 15,483 15,570 15,259 15,771 16,182 16,120 15,904 16,309 16,678 16,610 16,462

    5 15,188 15,468 15,503 15,225 15,727 16,205 16,115 15,824 16,318 16,705 16,651 16,403

    Mdia (mm) 15,174 15,509 15,596 15,233 15,788 16,146 16,091 15,910 16,336 16,619 16,604 16,481

    Desgaste Mdio 0,527 mm 0,606 mm 1,132 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    63

    Tabela 10 Ensaio Placa 02 Concreto usualmente empregado

    A2 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,290 15,463 15,390 15,167 16,070 15,925 15,870 15,921 16,538 16,395 16,313 16,414

    2 15,282 15,422 15,365 15,235

    16,071 15,932 15,916

    15,893 16,518 16,413 16,376 16,429

    3 15,274 15,404 15,361 15,205 16,031 15,906 15,923 15,924 16,497 16,388 16,398 16,433

    4 15,293 15,373 15,326 15,246 16,045 15,965 15,958 15,904 16,514 16,375 16,433 16,433

    5 15,321 15,332 15,306 15,338 16,014 15,950 15,982 15,906 16,470 16,367 16,469 16,415

    Mdia (mm) 15,292 15,399 15,350 15,238 16,046 15,936 15,930 15,910 16,507 16,388 16,398 16,425

    Desgaste Mdio 0,474 mm 0,636 mm 1,110 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    64

    Tabela 11 Ensaio Placa 03 Concreto usualmente empregado

    A3 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS Ponto

    de Contato

    Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,000 15,364 15,246 15,313 15,789 16,047 15,956 16,103 16,360 16,492 16,457 16,279

    2 15,031 15,345 15,223 15,388

    15,754 16,062 15,989

    16,096 16,301 16,509 16,497 16,300

    3 15,038 15,293 15,210 15,344 15,738 16,059 15,974 16,152 16,266 16,500 16,523 16,355

    4 15,150 15,299 15,205 15,426 15,725 16,048 15,983 16,142 16,265 16,478 16,548 16,386

    5 15,115 15,279 15,159 15,449 15,731 16,062 15,985 16,156 16,219 16,495 16,567 16,410

    Mdia (mm) 15,067 15,316 15,209 15,384 15,747 16,056 15,977 16,130 16,282 16,495 16,518 16,346

    Desgaste Mdio 0,433 mm 0,734 mm 1,167 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    65

    Tabela 12 Ensaio Placa 01 Concreto dosado segundo ACI

    B1 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,596 16,139 15,143 15,580 15,912 16,455 15,324 15,761 16,252 15,605 15,605 16,033

    2 15,661 16,136 15,117 15,679 15,953 16,428 15,346 15,908 16,296 15,616 15,616 16,153

    3 15,752 16,120 15,185 15,770 16,018 16,386 15,358 15,943 16,351 15,631 15,631 16,229

    4 15,847 16,066 15,163 15,809 16,115 16,334 15,370 16,016 16,425 15,655 15,655 16,295

    5 15,945 16,045 15,306 15,949 16,176 16,276 15,431 16,074 16,459 15,689 15,689 16,345

    Mdia (mm) 15,760 16,101 15,183 15,757 16,035 16,376 15,366 15,940 16,357 15,639 15,639 16,211

    Desgaste Mdio 0,229 mm 0,282 mm 0,510 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    66

    Tabela 13 Ensaio Placa 02 Concreto dosado segundo ACI

    B2 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 14,929 15,113 15,175 14,974 15,177 15,361 15,388 15,210 15,468 15,620 15,594 15,409

    2 14,930 15,121 15,169 14,996 15,179 15,370 15,396

    15,238 15,465 15,625 15,637 15,456

    3 14,921 15,115 15,160 14,997 15,192 15,386 15,396 15,256 15,478 15,621 15,663 15,484

    4 14,965 15,133 15,164 15,028 15,203 15,371 15,440 15,279 15,499 15,630 15,728 15,518

    5 14,957 15,119 15,145 15,023 15,200 15,362 15,477 15,296 15,500 15,616 15,794 15,558

    Mdia (mm) 14,940 15,120 15,163 15,004 15,190 15,370 15,419 15,256 15,482 15,622 15,683 15,485

    Desgaste Mdio 0,252 mm 0,259 mm 0,511 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    67

    Tabela 14 Ensaio Placa 03 Concreto dosado segundo ACI

    B3 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de

    Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,172 15,540 15,435 15,062 15,454 15,861 15,649 15,365 15,811 16,138 15,881 15,693

    2 15,193 15,566 15,407 15,087

    15,461 15,862 15,620

    15,356 15,788 16,151 15,886 15,675

    3 15,208 15,568 15,390 15,094 15,453 15,828 15,603 15,378 15,750 16,110 15,883 15,690

    4 15,215 15,570 15,357 15,108 15,447 15,814 15,582 15,384 15,707 16,057 15,870 15,699

    5 15,198 15,584 15,328 15,123 15,447 15,796 15,550 15,386 15,683 16,997 15,828 15,683

    Mdia (mm) 15,197 15,566 15,383 15,095 15,452 15,832 15,601 15,374 15,748 16,291 15,870 15,688

    Desgaste Mdio 0,255 mm 0,334 mm 0,589 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    68

    Tabela 15 Ensaio Placa 01 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral sem Cimento

    C1 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de

    Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,373 15,255 14,944 15,304 15,479 15,413 15,113 15,504 15,661 15,637 15,298 15,747

    2 15,386 15,280 14,909 15,315

    15,511 15,453 15,083

    15,490 15,686 15,707 15,250 15,723

    3 15,396 15,333 14,883 15,339 15,544 15,539 15,040 15,507 15,703 15,753 15,206 15,698

    4 15,393 15,410 14,854 15,343 15,550 15,584 15,002 15,499 15,773 15,795 15,151 15,672

    5 15,383 15,427 14,844 15,358 15,547 15,599 14,958 15,460 15,727 15,830 15,097 15,619

    Mdia (mm) 15,386 15,341 14,887 15,332 15,526 15,518 15,039 15,492 15,710 15,744 15,200 15,692

    Desgaste Mdio 0,157 mm 0,193 mm 0,350 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    69

    Tabela 16 Ensaio Placa 02 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral sem Cimento

    C2 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de

    Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,373 15,255 14,944 15,304 15,479 15,413 15,113 15,504 15,661 15,637 15,298 15,747

    2 15,386 15,280 14,909 15,315

    15,511 15,453 15,083

    15,490 15,686 15,707 15,250 15,723

    3 15,396 15,333 14,883 15,339 15,544 15,539 15,040 15,507 15,703 15,753 15,206 15,698

    4 15,393 15,410 14,854 15,343 15,550 15,584 15,002 15,499 15,773 15,795 15,151 15,672

    5 15,383 15,427 14,844 15,358 15,547 15,599 14,958 15,460 15,727 15,830 15,097 15,619

    Mdia (mm) 15,386 15,341 14,887 15,332 15,526 15,518 15,039 15,492 15,710 15,744 15,200 15,692

    Desgaste Mdio 0,110 mm 0,229 mm 0,338 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    70

    Tabela 17 Ensaio Placa 03 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral sem Cimento

    C3 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de

    Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,059 15,446 15,150 15,691 15,266 15,674 15,351 15,954 15,414 15,890 15,598 16,157

    2 15,072 15,486 15,100 15,697

    15,284 15,714 15,320

    15,908 15,446 15,897 15,561 16,092

    3 15,079 15,510 15,065 15,712 15,289 15,735 15,278 15,866 15,456 15,907 15,515 16,028

    4 15,090 15,545 15,045 15,717 15,333 15,746 15,234 15,863 15,509 15,917 15,441 16,021

    5 15,088 15,567 15,004 15,721 15,309 15,753 15,164 15,855 15,515 15,917 15,363 16,005

    Mdia (mm) 15,078 15,511 15,073 15,708 15,296 15,724 15,269 15,889 15,468 15,906 15,496 16,061

    Desgaste Mdio 0,188 mm 0,203 mm 0,390 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    71

    Tabela 18 Ensaio Placa 01 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral com Cimento

    D1 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,960 16,302 16,159 15,811 16,202 16,583 16,459 16,154 16,380 16,794 16,742 16,357

    2 16,043 16,290 16,043 15,890

    16,284 16,565 16,417

    16,195 16,473 16,790 16,633 16,376

    3 16,129 16,342 16,048 15,964 16,366 16,545 16,351 16,212 16,566 16,761 16,427 16,427

    4 16,218 16,233 15,996 16,038 16,381 16,518 16,279 16,245 16,664 16,738 16,483 16,483

    5 16,281 16,187 15,990 16,112 16,533 16,474 16,211 16,308 16,755 16,709 16,510 16,510

    Mdia (mm) 16,126 16,271 16,047 15,963 16,365 16,537 16,343 16,223 16,568 16,758 16,559 16,431

    Desgaste Mdio 0,212 mm 0,265 mm 0,477 mm

  • - Influncia da Asperso de Agregado Mineral na Resistncia Abraso em Pisos de Concreto -

    72

    Tabela 19 Ensaio Placa 02 Concreto dosado segundo ACI com adio de Agregado Mineral com Cimento

    D2 MEDIO INICIAL MEDIO 30 MINUTOS MEDIO 60 MINUTOS

    Ponto de

    Contato Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D Lado A Lado B Lado C Lado D

    1 15,292 15,649 16,724 15,835 15,523 15,830 16,821 15,988 15,766 16,046 16,953 16,138

    2 15,289 15,618 16,654 15,923

    15,569 15,812 16,816

    16,108 15,828 16,031 16,952 16,274

    3 15,354 15,572 16,605 16,025 15,609