Nbr 13971 - Sistemas de Refrigeracao Condicionamento de Ar e Ventilacao - Manutencao Programada
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1
FISIOTERAPIA E VENTILAÇÃO MECÂNICA
GEOVANE ROSSONE REIS
2012
RROOTTIINNAASS EE PPRROOTTOOCCOOLLOOSS DDEE AATTEENNDDIIMMEENNTTOO
EEMM UUNNIIDDAADDEE DDEE TTEERRAAPPIIAA IINNTTEENNSSIIVVAA
2
1. Biossegurança Hospitalar....................................................................................3
2. Avaliação...............................................................................................................4
a. Nível de Consciência
b. Exame Físico
c. Rx de Tórax
d. Exames Laboratoriais
e. Mecânica do Sistema Respiratório
f. Dados Hemodinâmicos
3. Ventilação mecânica...........................................................................................13
a. Parâmetros iniciais VMNI e VMI
b. Ajustes avançados (neurologia/SDRA/Hipercapnia (TGI)/DPOC)
4. Terapia de Expansão Pulmonar........................................................................19
a. Hiperinsuflação Manual com AMBU
b. Recrutamento Alveolar
c. TEP com Utilização de Recursos do Ventilador Mecânico
d. CPAP / Reanimador de Muller
5. Terapia de Remoção das Secreções Brônquicas...............................................22
a. Bag-Squeezing
b. PEEP-ZEEP modificado por DUARTE, ACM.
c. Drenagem Postural
d. AFE / TEMP
e. Aspiração Endotraqueal
6. Treinamento Muscular Respiratório.................................................................26
a. TMR com aumento da sensibilidade
b. TMR com redução da PS
7. Interrupção da Ventilação Mecânica................................................................27
a. Avaliação da Função Respiratória + Cuffleak
b. Avaliação Hemodinâmica
c. Critérios para Extubação
d. Cuidados Básicos para Extubação
e. Oxigenoterapia
8. Cinesioterapia.....................................................................................................30
9. Reabilitação Cardiovascular..............................................................................31
10. Ventilação Mecânica Simplificada....................................................................33
11. Cuidados Gerais..................................................................................................34
12. Rotinas.................................................................................................................35
13. Referências e Normas de apoio..........................................................................36
3
BIOSSEGURANÇA
OBJETIVO: estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos profissionais e prevenir infecções cruzadas e
iatrogênicas.
Estas diretrizes básicas foram baseadas na NR 32 do Governo Federal, que cuida da
segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde:
1. O fisioterapeuta deverá se apresentar ao estágio trajando jaleco fechado e limpo.
2. O profissional terá como medida básica de prevenção de infecções a lavagem
das mãos e a assepsia com álcool gel.
3. A lavagem das mãos deverão obedecer a seguinte ordem:
a. Antes de entrar no setor.
b. Ao sair do setor.
c. Antes e após o atendimento de cada paciente – Sendo explicitamente
necessária a lavagem das mãos a qualquer momento em que o acadêmico
se ausentar do leito, inclusive se o objetivo for colher informações do
prontuário que só poderá ser tocado após a lavagem das mãos.
d. Todo atendimento deverá ser realizado com o uso de luvas de
procedimento, salvo o atendimento no berçário patológico.
e. É proibido sair com a luva contaminada do leito em que estiver sendo
realizado o atendimento.
f. Procedimentos invasivos deverão ser realizados com luvas estéreis e em
dupla.
4. Todo atendimento deverá ser realizado com o uso de máscara facial de
proteção.
5. Em caso de paciente com precaução para aerossóis o atendimento deverá ser
realizado com o uso de máscara facial N95.
6. Nos atendimentos na UTI em pacientes com precaução de contato, o acadêmico
deverá usar o capote para o atendimento, podendo retirar o jaleco para vestir o
capote.
7. O profissional deverá investigar antes do atendimento através do prontuário a
presença de infecção bacteriana ou viral.
8. As aspirações endotraqueais ou qualquer outro procedimento de cunho invasivo
deverá proceder com o uso de óculos de proteção.
4
AVALIAÇÃO
OBJETIVO: Investigar todas as alterações presentes nos pacientes afim de propiciar
melhores meios de tratamento.
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:
Escala de Glasgow (Paciente s/ uso de drogas sedativas)
ABERTURA
OCULAR
RESPOSTA
VERBAL
RESPOSTA MOTORA
Espontânea 4 Orientado 5 Obedece comandos 6
A estímulos verbais 3 Confuso 4 Localiza dor 5
A dor 2 Palavras inapropriadas 3 Flexão normal 4
nenhuma 1 Sons 2 Flexão anormal 3
nenhuma 1 Extensão a dor 2
nenhuma 1
Escala de Ramsay (Paciente sedado)
DESCRIÇÃO NÍVEL
Acordado, ansioso e ou inquieto 1
Cooperativo, orientado e tranquilo 2
Acordado, responde a comandos verbais 3
Dormindo, resposta leve a estímulo tátil (glabelar) ou auditivo 4
Sem resposta a estímulo auditivo ou tátil, porém com resposta a dor 5
Sem resposta a estímulo doloroso 6
Sedação e Analgesia em UTI – Drogas mais utilizadas
* Mais utlizadas
MIDAZOLAN*
(dormonid)
DIAZEPAN PROPOFOL DEXMEDETOMIDINE
(precedex)
MORFINA FENTANIL*
DOSE 0,02-0,1 mg/kg 0,05 – 0,2
mg/kg 0,25 mg/kg 1 μg/kg – 10 min 5 – 10 mg 50 – 100 μg
Taxa Infusão 0,04-0,2
mg/kg/h
xx 1,5 – 4,5
mg/kg/h
0,2 – 0,7 mg/kg/h 1 -5 mg/h 50 – 350 μg/h
Início Ação 1 – 5 min 2 – 5 min < 1 min 1- 3 min 10 – 20 min 1 – 2 min
Duração 1 – 2 h 2 – 4 h 10 – 15 min 6 – 10 min 2 -3,5 h 30 – 60 min
Metabólitos SIM SIM NÃO NÃO SIM NÃO
5
6
EXAME FÍSICO:
1. Ausculta pulmonar
a. Murmúrio vesicular + , - ou ↓ (Fisiológico)
b. Roncos
c. Creptos
d. Estertores bolhosos
e. Sibilos
O itens b, c, d e e correspondem a ruídos adventícios e são patológicos.
2. Ausculta traqueal p/ verificar vazamento do cuff (se com via aérea artificial)
3. Avaliar subjetivamente através de ectoscopia a expansibilidade torácica, bem
como possíveis assimetrias.
4. Verificar padrão respiratório: apical, abdominal ou toraco-abdominal.
5. Verificar ritmo respiratório.
6. Percussão torácica
a. Timpanismo
b. Sonoridade Normal
c. Macicez
7. Verificar presença de sondas e cateteres, bem como acesso venoso.
8. Verificar o uso de drogas vasoativas:
CONTRATILIDADE CARDÍACA PÓS-CARGA
Dopamina* Noradrenalina*
Dobutamina* / Dopexamina Adrenalina
Isoprenalina Dopamina* * Mais utilizadas
9. Freqüência respiratória, cardíaca, PA, SpO2, Tx.
10. Avaliação do tônus muscular:
Escala de Ashworth. Escala de espasmos musculares.
Escore Grau do Tônus Muscular Escore Frequência dos espasmos
1 Sem aumento de tônus 0 Sem espasmos
2 Leve aumento de tônus (“canivete”) 1 Espasmos induzidos por estímulos
vigorosos
3 Moderado aumento do tônus 2 Espasmos espontâneos: < 1/hora
4 Aumento do tônus acentuado 3 Espasmos espontâneos: 1-10/hora
5 Rigidez em flexão ou extensão 4 Espasmos espotâneos: >10/h
11. Avaliação da força muscular global:
Escala de Força de Miller & Hahn (Modificada de Kendall)
Força normal. 5
Capaz de vencer a gravidade e uma resistência significativa, mas com uma força
abaixo do normal.
4++
Capaz de vencer a gravidade contra uma resistência moderada. 4+
Capaz de vencer a gravidade contra uma resistência pequena. 4
Capaz de vencer a força da gravidade sem resistência. 3
Incapaz de vencer a força da gravidade, mas capaz de se mover em um plano. 2
Esboço de contração ou contração muscular discreta sem movimentação articular. 1
Paralisia total do músculo. 0
12. Avaliar amplitude de movimento global.
7
RX DE TÓRAX
Normal:
Intubação Seletiva:
Atelectasia: (Esquerda)
1 = traquéia
2 = clavícula
3 = arco aórtico
4 = espinha da escápula
5 = primeira costela
6 = costela posterior
7 = costela anterior
8 = artéria pulmonar direita
9 = artéria pulmonar esquerda
8
Derrame Pleural:
Derrame Pericárdio:
Sonda Nasoenteral Mal Colocada:
9
DPOC + Congestão do hilo pulmonar + Opacidade em HTE (infiltrados):
Pneumotórax a D:
10
EXAMES LABORATORIAIS:
Gasometria Arterial:
Principais distúrbios e seus processos compensatórios
Distúrbio Ácido-Básico Processo Compensatório
Acidose Metabólica Hiperventilação (reduz PaCO2)
Alcalose Metabólica Hipoventilação (aumenta PaCO2)
Acidose Respiratória Retenção de bicarbonato pelos rins
Alcalose Respiratória Excreção de bicarbonato pelos rins
Valores normais da Gasometria Arterial
Ph 7,35 – 7,45
PaCO2 35 – 45 mmHg
PaO2 80 – 100 mmHg
HCO3- 22 a 28 mEq/L
SaO2 92 a 100%
BE - 2 a +2
Anion GAP 12 – 2 mEq/L
Hemograma:
ERITROGRAMA (avaliar anemia ou eritrocitose)
Hemácias por mm3 Masc 4,5 - 6 milhões
Fem 4,5 - 5 milhões
Hemoglobina gr % Masc 14 - 18 gr%
Fem 12 - 16 gr%
Hematócrito Masc 42 - 54 %
Fem 37 - 45 %
Criança 35 - 38 %
LEUCOGRAMA (avaliar presença de infeção)
Leucócitos..................................................... .5.000 a 10.000 p/ mm3
VALORES VALOR REAL VALOR ABSOLUTO
Metamielocitos:...........................................0 - 1 % 0 - 50’
Bastonetes...................................................2 - 4 % 180 – 300
Segmentados..............................................58 – 66 % 3.250 - 5.000
Eosinofilos................................................. 2 - 4 % 100 - 240
Basofilos......................................................0 - 1 % 0 - 80
Linfócitos...................................................20 - 30 % 1.200 - 2.000
Monócitos...................................................4 - 8 % 150 - 500
Plaquetas.............................................. 150.000 a 400.000/mm3
↓5000: Infecção Viral - ↑10000: Infecção Bacteriana – Avaliar ascendência ou
descendência dos leucócitos, bem como desvios (Meta e Bastões)
Hematócrito abaixo de 24% ou Hemoglobina abaixa de 8g contraindica
fisioterapia motora ativa
Cuidado aos procedimentos respiratórios em pacientes com plaquetas abaixo de
150.000 risco de hemorragia.
11
MECÂNICA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO:
Para a avaliação da mecânica respiratória o paciente deverá estar sedado ou sem drive
respiratório, ou até mesmo iremos produzir um overdrive (hiperventilar e hiperoxigenar)
para inibir o centro respiratório.
Complacência estática do sistema respiratório:
Avaliar com ventilação controlada a volume com fluxo constante ou quadrado, utilizar
7ml/kg ideal e 60L/min de fluxo.
O peso ideal será : (Altura estimada em centímetros – 100) – 10% (se homem)
(Altura estimada em centímetros – 100) – 15% (se mulher)
Cst,SR: Volume Corrente
P. platô* – PEEP
*para avaliar esta pressão será necessário aplicar uma pausa inspiratória (hold insp.).
Resistência das vias aéreas:
Raw: P. pico – P. platô
Fluxo/L/s*
* não é necessário dividir se as pressões de pico e platô forem avaliadas com fluxo em 60L/min.
Auto-PEEP:
É necessário aplicar uma pausa expiratória (Hold Exp.) quantificar a pressão no
manômetro do ventilador e subtrair a mesma pela PEEP externa.
Auto-Disparo ou esforço insuficiente:
Avaliar necessidade de ajuste na sensibilidade para mais (pressão mais negativa) ou
para menos (pressão menos negativa). Caso ocorra disparo do ventilador sem a presença
de esforço inspiratório do paciente, será necessário elevar o valor da sensibilidade, o
mesmo não poderá ultrapassar – 2CmH2O. Caso ocorra esforço inspiratório do paciente
sem disparo do ventilador, a sensibilidade deverá ser reduzida.
Relação I:E:
A relação I:E deverá se manter no mínimo em 1:2, devendo ser aumentada (1:3, 1:5...)
na presença de auto-PEEP.
Volume corrente e Pressão inspiratória:
O volume corrente expirado deverá ser monitorizado se a ventilação estiver sendo
controlada à pressão. A pressão inspiratória deverá ser monitorizada se a ventilação
estiver sendo controlada a volume.
12
PaO2 IDEAL:
PaO2 ideal : 100 – IDADE
3
ÍNDICE DE OXIGENAÇÃO:
IO: PaO2 a FiO2 ideal será a mínima para manter a SpO2 entre 93 – 97%
FiO2
Nessa fórmula é necessário passar a FiO2 para decimal (Ex: 60% 0,6)
*Valores acima de 400 é considerado normal.
*Valores inferior a 300 apresenta comprometimento na oxigenação.
*Valores menor que 200 piora no índice de oxigenação.
VE40: Avalia o volume minuto (VE:fRxVC) ideal para manter uma PaCO2 : 40mmHg
PaCO2 encontrada (Gasometria) X Volume minuto encontrado
40
DADOS HEMODINÂMICOS:
Pressão Arterial:
Pressão arterial sistólica: 100 – 135. Aceitáveis 90 – 180mmHg
Pressão arterial diastólica: 60 – 90. Aceitáveis 50 – 100mmHg
Pressão arterial média: maior que 60mmHg
Lembrar que: sedestação, mudança de decúbito, manobras desobstrutivas e de
reexpansão e recrutamento alveolar podem provocar hipotensão arterial.
Sempre que a PAM reduzir a menos que 60mmHg a intervenção terapêutica
deverá ser interrompida.
Atentar para se a estabilidade hemodinâmica está às custas de drogas vasoativas.
Pressões arteriais altas em UTI geralmente são tratadas com Tridil ou Nipride
em bomba de infusão.
Durante o atendimento, o objetivo é não deixar a PAM tem variação maior que
15mmHg para mais ou para menos.
Freqüência cardíaca:
Normal: 50 – 100bpm
“a bradicardia geralmente precede uma parada cardiorrespiratória”
13
VENTILAÇÃO MECÂNICA
PROTOCOLO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO
INVASIVA ADULTO
Fr>25/mim Trabalho Respiratório
7,25> pH < 7,35 SaO2<90% FiO2> 30%
Agitação Glasgow < 12 Tosse ineficaz
Obstrução via aérea Distensão abdominal
Vômito Sangramento digestivo alto Instabilidade Hemodinâmica
Sind. Coronária aguda Trauma de face
Cirurgia de esôfago Barotrauma não drenado
Contra Indicação para VNI
Considerar Intubação
Reavaliar em 1 Hora Piora
Sim
Não
DPOC agudizado PS/PEEP
PS=VT 6-8 ml/kg PEEP = 6 cmH2O
Nasal/Facial PA/Enfermaria/UTI
EAP CPAP= 10 cm H2O
ou PS/PEEP
PS= VT 6-8 ml/kg PEEP = 10cm H2O
Nasal/Facial PA/Enfermaria/UTI
Hipoxêmico PS/PEEP
PS = VT 6-8 ml/kg PEEP≥8 cm H2O Facial/Facial Total
UTI
Pós-Operatório CPAP≤7,5cm H2O
PS< 15 cmH2O Nasal /Facial
UTI
14
1. VC = 6-8 ml/kg de Peso Ideal Fr= 14-20 rpm
PEEP = 5-10 cm H2O Sens. = 1-2 cm H2O Fluxo 40-60l/ min FiO2. p/ SPO2 : 93 -97%
Rx de Tórax sem alterações**
Gasometria Arterial
Paciente Sedado
Sedação ACM
4. Modo PS/CPAP PS = VT 6-8ml/kg de Peso Ideal Fr< 30ipm
FiO2 p/ SPO2 > 93% PEEP pl FiO2 < 60%
Pa O2/ FiO2 > 200 Rx do Tórax e Gasometria Arterial
Corrigir: Parâmetros Ventilatórios Metabólicos
Solicitar nova gasometria
Melhora
2. Gaso Ok Gasometria Arterial
7,35< Ph < 7,45 Pa O2 80- 100mm hg PaCO2 35-45 mm hg
HCO2 22-26meq SPO2 > 93%
**
N S
S
N N
N
S N
Estável ³
Iniciar Desmane
Sedação ACM
N
Pneumotórax
Atelectasia Infiltrado
PCV C/PEEP= 0-5 cmH2O
Melhora
Considera hipótese de FBP VM especifica (PEEP: 0) Avaliar respost a hemod.
Sedação ACM
PEEP
Novo RX
Melhora
PaO2/FiO2
O2< 200
Considerar LPA/SDRA VM especifica Avaliar resposta hemodinâmica/Sedação ACM
Sedação
Estrategia ventilatória
adequada
S
N
S
S
N S
N
S
N
N S
3.Estabil. Hemod. sem
aminas vasoativas
Nível de Consc. Adeq.
Infecção Controlada
Equil. Hidroeletrolítico
Ventilação Mecânica INVASIVA
15
PACIENTE NEUROLÓGICO (TCE – AVC – Craniotomias)
Hipertensão Intracraniana
20 mmHg
Ventilação mecânica - Garantir VM constante - Ventilação controlada (VC ou
PRVC) - PaCO2 entre 30 a 35 mmHg - VC até 12 ml/kg - PEEP 5 cm H2O - PaO2 arterial entre 100 e 120mm hg
Ventilação mecânica: normoventilação
Posicionamento: livre
Posicionamento - Decúbito elevado entre 30º - 45º - Posicionamento da cabeça na linha
media (em decúbito dorsal ou lateral)
Manobras fisioterápicas limitadas PIC máx = 30 (se monitorizada) - Aspiração (influência direta sobre a
PIC) sedar e/ou hiperventilar - Compressão e descompressão do
tórax (influência direta sobre a PIC) - Drenagem postural: a posição
horizontal ou de Trendelenburg é um pouco tolerada, podendo ser realizada desde que a PIC seja monitorizada - Estimulo de tosse após
Hiperventilação
- agitação psicomotora - ausência de resposta pupilar - escala de Glasgow
S N
Hiperventilação VC 10 a 12 ml/kg
Desmame do respirador: Após redução da pressão intracraniana
Estabilização do quadro clinico
16
- LPA - PaO2/FiO2 < 300 - SDRA - PaO2/FiO2 < 200 - Infiltrado bilateral difuso - Pressão capilar pulmonar < 18
Ventilação Mecânica Invasiva
Modalidade: VPC - VC ≤ 6 ml/kg – Platô ≤ 30cmH2O - PEEP2 pontos acima do Pflex-inf (curva PxV) - Fr entre 12 e 20 rpm - FiO2 p/ SatO2 >90%
pH 7,20-7,25
Manter TGI
Pressão de plato ≤ 30cmH2O FiO2 ≤60%
SatO2 >90%
Desmane: Manter valor da PEEP (PS equivalente VC 6-8 ml/kg e FR< 35 pm
FR/VC>100
PS p/ VC e FRA adequado Repouso musc.
↓ PS – de 2 cmH2O em 2 cmH2O até 10 cmH2O Manter a PEEP 10cm H2O
FR/VC>80
Extubação
VMNI pós extubação Manter “delta pressorica”
Manobra de Recrutamento Alveolar - RA.
Melhora
Posição Prona + Recrutamento Aveolar - RA
Suspender RA Manter PEEP. Melhora
Manter PEEP.
Manter Recrutamento Aveolar - RA.
Melhora
Manter PEEP. Manter
Recrutamento Aveolar - RA.
S N
S
N
S
N
S
N
S N
S N
S N
Contra indicado para pacientes arrítmicos ou instáveis hemodinamicamente
² Manter paciente curarizado, atenção - Auto PEEP - Alterações Hemodinamicas
Indicações
PaO2//FiO2 > 200 PAM ≡ 8,00 FC – 80 a 120 bpm (rítmico) Padrão respiratório regular
VM na SDRA/LPA
17
PaCO2 > 50 mmHg Resistente a outras tentativas de lavagem de espaço morto
Providenciar material para TGI
- Paciente sedado - Higiene brônquica previa - FiO2 para a SatO2 esperada para a patologia - Colocar conector de traqueostomia entre a cânula ET e
extensão do respirador
Introduzir sonda de aspiração pelo orifício do conector de traqueo = 42 cm da cânula ET ou 20 cm da cânula de traqueo - Medir na sonda de aspiração (deve ficar de 1 e 2cm acima
da carina)
- Fixar parte externa da sonda de aspiração ao conector - Fluxo de O2 = 2 a 6l/min ou no Ventilador (TGI na NBZ)
- Alternar parâmetros da VM - Monitorar VM e sinais vitais
- Desligar TGI após 3 horas - Ventilação convencional - Colher gasometria arterial
Sucesso da TGI? (PaCO2< 50)
Ventilação convencional
Repetir TGI após 6 horas
N S
¹ Materiais necessários - Sonda de aspiração nº 6 a 8 estéril - Conector de cânula de traqueo (c/
orifício p/ aspiração) - Esparadrapo ou similar - Cortaplast - Umidificador de parede + extensão - Água destilada estéril - Fluxômetro de O2
³ Critérios de Interrupção: - Instabilidade hemodinâmica (↑↓
exagerado da FC e/ou PA, ↓ abrupta da SatO2)
Cuidados
- Hiperinsuflação pulmonar – vigilância continua do VC - Não fazer manobras de
recrutamentos alveolar durante TGI
² Parâmetro da VM - Pinsp. Limitada a 35 cmH2O - PEEP fisiológico - VC em torno de 5 ml/kg - FiO2 < nível possível
INSUFLAÇÃO
TRAQUEAL DE
GÁS (TGI)
18
PROTOCOLO – VENTILAÇÃO MECÂNICA EM DPOC
PaO2 < 60 mmHg (FiO2 = 21 % - ar ambiente
Oxigenioterapia Cateter de O2 (até 4l/min) ou Máscara de Venturi
FiO2 para manter SatO2 > 90%/ PaO2 60-80mmHg
pH entre 7,20 e 7,40 independente da PaCO2 sem HIC, ICC, Arritmia
Oxigenioterapia Avaliação Clinica ¹
VMNI ² Vm ³
- VCV ou VPC - Sedação Fluxo de Rampa Descendente Fr ≤ 12/min Fluxo Inspiratório > 60l/min PEEP= 80% do Auto-PEEP VT= 5 A 7 l/kg Pressão Platô < 35 cm H2O Relação I: E > 1:3
¹ Avaliação Clinica - Nível de consciência do paciente - Padrão respiratório - Instabilidade hemodinâmica
² Critérios para utilização de VMNI - Paciente colaborativo - Desconforto respiratório com dispnéia
moderada a severa / Fr < 35 - Utilização de musculatura acessória - Estabilidade Hemodinamica - Nível de consc. rebaixado por
hipercapnia sem instab. Hemodin.
³ Critérios para IOT - ECG ≤ 8, agitação,não
colaborativo com VMNI - PCR - Instabilidade hemodinâmica - Hipersecreção pulmonar
S N
19
TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR
HIPERINSUFLAÇÃO MANUAL COM AMBU:
O AMBU (airway maintenance breath unit) é uma bolsa dotada de válvula unidirecional
permitindo criar um fluxo contínuo através de sua compressão.
Se o paciente estiver com via aérea definitiva (tubo orotraqueal ou cânula de traqueostomia) e com
presença de drive respiratório as compressões no AMBU deverão ser feitas no ato inspiratório,
obedecendo o sincronismo ventilatório do paciente.
Protocolo Básico:
Necessidade de expansão pulmonar conectar AMBU na via aérea definitiva, comprimir vedando a
válvula expiratória do AMBU gerando empilhamento com 3 incursões.
Se o paciente estiver sedado e sem presença de drive respiratório, o empilhamento, após a terceira
compressão com AMBU, poderá ser sustentado em 10 a 20 segundos.
TEP COM UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DO VENTILADOR MECÂNICO:
Modalidade SIMV
Tempo Inspiratório 10 segundos
Freqüência respiratória 1 COM
PEEP Entre 8 e 12CmH2O
Pressão Inspiratória 30 a 40 CmH2O
Duração Até 3 horas
RECRUTAMENTO ALVEOLAR:
Consiste em recrutar unidades alveolares atelectasiadas que não responde a terapia de expansão
convencional através do aumento da Pressão inspiratória (PIP) e da PEEP.
Elevar PEEP p/ 25CmH2O e PIP p/ 40CmH2O
Melhora da SpO2
Sim Não
Manter por 4 minutos Elevar PIP gradativamente
Reduzir gradativamente de 2 em 2 CmH2O* (máx: 60CmH2O)
Melhora da SpO2
Manter por 4 minutos
Reduzir gradativamente de 2 em 2 CmH2O* * a cada 2 minutos
20
CPAP:
Pressão positiva contínua nas vias aéreas através de máscara facial, aplicada de maneira não
invasiva com o objetivo de expandir unidades alveolares colapsadas.
O CPAP é comumente usado como suporte ventilatório, porém, aqui neste capítulo o objetivo de
sua aplicação é a expansão pulmonar, sendo utilizado portanto, de maneira terapêutica.
CPAP entre 8 e 12 CmH2O associado ou não a oxigenoterapia por 20 a 30 minutos.
REANIMADOR DE MULLER:
É um equipamento médico-hospitalar desenvolvido para terapia respiratória de crianças e adultos
de qualquer tamanho e peso.
Com um botão de acionamento manual, permite trabalhos prolongados sem fadiga do operador. A
pressão máxima regulada de ventilação nunca é excedida, o que garante a segurança do paciente e
maior economia de oxigênio. Pode ser conectado em máscara facial, cânula endotraqueal ou com bocal
para exercícios respiratórios.
Acionando um botão, o aparelho libera fluxo contínuo gerando pressão inspiratória e expiratória,
permitindo a reexpansão pulmonar.
Obs: Todo procedimento que promove aumento da pressão intratorácica pode levar ao choque
hipotensivo por reduzir drasticamente o retorno venoso, bem como o débito cardíaco.
Os aumentos das pressões alveolares poderá gerar barotrauma com conseqüente
hemopneumotórax.
21
Organograma de terapia de expansão pulmonar para pacientes na unidade terapia intensiva em
ventilação espontânea e em ventilação mecânica.
Posicionamento Ventilação espontânea Ventilação mecânica
PEEP
Manual
R. de Muller / AMBU
EPAP
CPAP / BiPAP
TERAPIA DE EXPANSÃO
PULMONAR
Com o
ventilador
Exercícios
Respiratórios
Manual (RPPI)
R. de Muller / AMBU
Hiperinsuflação
22
TERAPIA DE REMOÇÃO DAS SECREÇÕES BRÔNQUICAS
BAG-SQUEEZING:
O princípio fisiológico do seu funcionamento consiste nas fases da tosse.
Material: AMBU + Seringa 10 – 20ml com NaCl 0,9%.
O NaCl 0,9% instilado em via aérea tem a capacidade de fluidificar e soltar secreções retidas na parede
do tubo endotraqueal, da cânula de traqueostomia e da parece traqueal e brônquica.
Poderá ser necessário repetir a operação antes de proceder a aspiração endotraqueal
PEEP-ZEEP MODIFICADO:
Modalidade SIMV
Tempo inspiratório 0,5 – 2 segundos
Pressão inspiratória 40 – 50 CmH2O
f. respiratória 3 – 6 CPM
PEEP 3 – 8 CmH2O
Duração Até 20 minutos
DRENAGEM POSTURAL:
Consiste em posicionar o hemitorax ou lóbulo pulmonar com maior comprometimento por secreções
de maneira não dependente (para o lado mais alto) utilizando efeitos gravitacionais para facilitar a
remoção das secreções.
Pode ser associado com as manobras desobstrutivas.
Instilar 3 a 5ml
de NaCl 0,9%
Hiperinsuflar
Manualmente
2 – 3 X
Técnica de
Empilhamento
2 – 3 X
Aspiração
Endotraqueal
23
AFE/TEMP:
Consiste em comprimir a caixa torácica de maneira centrípeta e na direção crânio-caudal no ato
EXPIRATÓRIO.
O movimento acelera o fluxo expiratório promovendo mobilização das secreções periféricas.
Pode ser associado ao Bag-Squeezing (após a hiperinsuflação) e ao PEEP-ZEEP.
ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL:
É a retirada das secreções via tubo endotraqueal ou traqueostomia, de forma asséptica por meio de
sucção. Objetiva manter vias aéreas pérvias, garantindo uma ventilação e oxigenação adequadas.
Recomenda-se:
Utilizar NaCl 0,9% somente em casos necessários (secreção rolhosa)
Não realizar como rotina, mas por necessidade
Deve ser feitas preferencialmente por 2 pessoas para evitar contaminação
Não aspirar por mais de 15 segundos, reacoplando paciente ao ventilador ou administrando
oxigênio entre os intervalos.
Material:
Luva estéril, Cateter de aspiração (no. 12 ou 14 para adulto), Gaze, NaCl 0,9% e Seringa de 10ml,
Óculos e máscara de proteção
Procedimento:
Administrar FiO2 em 100% se o paciente estiver em ventilação mecânica ou elevar a FiO2 se
estiver em ventilação espontânea.
Aspirar NaCl 0,9% na seringa
Abrir um pequeno orifício no pacote do cateter de aspiração onde está a válvula e acoplar no
látex do aspirador sem retirar o cateter do pacote (manter no invólucro)
Ligar o aspirador
Calçar luva estéril (mão dominante por último)
Retirar cateter sem contaminá-lo (a mão domintante já com a luva estéril só poderá tocar no
cateter
Introduzir o cateter de aspiração até existir resistência
Retirar o cateter com movimentos circulares e rotacionais (os orifícios no cateter são laterais)
Instilar NaCl 0,9% se necessário
Manter o cateter por no máximo 15 segundos
Reacoplar paciente no ventilador ou na oxigenoterapia
Repetir quantas vezes for necessário
Desconectar cateter do látex do aspirador
Lavar o látex com o NaCl 0,9% restante (instilar ainda com o aspirador ligado)
Desligar o aspirador
Proteger a extremidade do látex com o pacote do cateter utilizado
24
Organograma para terapia de higiene brônquica de pacientes em ventilação espontânea.
Paciente em ventilação espontânea
Aumento do
fluxo expiratório
Posicionamento
Hiperinsuflação
manual
Mobilização
Exercícios
respiratórios
Posicionamento
Hiperinsuflação
manual
Mobilização
Tosse
Manual/Mecânica
Exercícios
respiratórios
Posicionamento
TERAPIA DE HIGIENE
BRÔNQUICA
Aumento do volume
inspiratório
CPAP/EPAP/PEP
Aumento da
CRF
25
Organograma para terapia de higiene brônquica de pacientes em ventilação mecânica.
Paciente em ventilação mecânica
Aumento do
fluxo expiratório
Aumento da
CRF
Posicionamento
Hiperinsuflação
manual ou com o
ventilador
Mobilização
Exercícios
respiratórios
Posicionamento
Compressão
torácica
Mobilização
Tosse
Manual/Mecânica
Hiperinsuflação
com o ventilador
Posicionamento
PEEP
PEEP/ZEEP
TERAPIA DE HIGIENE
BRÔNQUICA
Aumento do volume
inspiratório
26
Secreção Pulmonar
Broncoespasmo
Aspiração
S N N S
Treinamento Muscular²
Inaloterapia medicamentosa, ,
ACM
Miocardiopatia IOT prolongada
DPOC
Aumentar sensibilidade ou Reduzir PS
5x de 5’ Elevar sensibilidade
Reduzir PS 3x de 10´
Realiza Protocolo
Realiza Protocolo
Reduzir carga
N N
Realiza Protocolo
N
Aumentar carga Elevar sensibilidade e
reduzir PS
Aumentar carga em e o tempo em 3’
S
Finalizar com CPAP por 20 minutos
Finalizar com CPAP por 20 minutos
Reduzir PS 3x de 5’
Realiza Protocolo
2’ manter
intervalo
Aumentar 2’ /dia até 20’
Repetir medidas após 1 sem.
Força aumentou
Manter Carga
Utilizar aumento da sensibilidade
N S
N
N
S
Interromper - SaO2< 90% (instalar O2 –se
sat< 80% interromper) - FC>20% da FC basal - Arritmias - FR>35 rpm com uso de mm
acessória
- Instabilidade Hemodinâmica - Suspender treinamento
Descompensado - VNI - Broncodilatador/Oxigenoterapia - Suspender treinamento
-
SN
Consciente FC até 130 bpm S/ FA PAS < 170/PAD > 40 FR<30 S/ uso de DVA´s
Critérios para inclusão ¹ TREINAMENTO MUSCULAR
RESPIRATÓRIO
27
INTERRUPÇÃO DA VENTILAÇÃO MECÂNICA
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA:
O paciente deverá estar em PSV:
Ajustar PS conforme o calibre do TOT / TQT:
TOT nº. 7 PSV: 9CmH2O
TOT nº. 8 PSV: 7CmH2O
TOT nº. 9 PSV: 6CmH2O
No ventilador mecânico Inter 5 Plus – Utilizado no HRG-TO, a pressão inspiratória não é ajustada
pelo delta, mas pela pressão máxima, portanto para gerarmos uma pressão inspiratória de 7CmH2O
com uma PEEP de 5CmH2O, na verdade ajustaremos a PEEP em 5 e a PS em 12, gerando portanto
7 CmH2O de delta.
Não esquecer de zerar a freqüência respiratória mandatória.
Avaliar volume corrente ideal (6-8ml/Kg ideal) – Com a pressão mínima ajustada o paciente
deverá ter condições de mobilizar no mínimo 6ml/Kg ideal.
A freqüência respiratória não deverá ultrapassar 35CPM.
Ajustar PEEP entre 5 e 8 CmH2O.
Avaliar índice de Tobin: freqüência respiratória o valor deverá ser < 105
Volume corrente (L)
Avaliar relação I:E
CUFFLEAK (TESTE DE PERMEABILIDADE):
Avalia presença de edema de glote. A presença de edema de glote pode ocasionar reintubação.
Ajustar modalidade para volume controlado, ajustar volume corrente ideal, acoplar sensor de fluxo,
desinsuflar o cuff totalmente, avaliar a diferença entre o volume inspirado (ajustado) e o expirado. O
volume expirado deverá ser drasticamente menor que o inspirado, uma vez que haverá vazamento pelo
cuff (que estará desinsuflado), caso não ocorra grandes diferenças entre os volumes, poderá existir
edema de glote, o que contraindicará a extubação, sendo necessária a administração de corticóide para
combater o edema presente. O corticóide terá sua ação 4 horas após a administração.
AVALIAÇÃO HEMODINÂMICA:
S/ uso de drogas vasoativas
PAS < 180mmHg e > 90mmHg
PAD < 90 e > 50 mmHg
FC < 140BPM e > 60BPM
Rx de tórax S/ Congestão Pulmonar
Balanço hídrico normal
28
Resolução da Causa Primaria
Iniciar Desmame
1. Sem Sedação / ECG ≥ 11 Estabilidade hemodinâmica 180mmHg ≥ PAS ≥ 90mmHg Infecção controlada PaO2 / Fi O2 > 200 FiO2 ≤ 40%/ PEEP= 5cm H2O
1.
Não Sim
DESMANE DIFICIL SBT
PSV= 7 cm H2 O/PEEP=5cm H2O por 30’
f/Vc < 105
EXTUBAÇÃO
OXIGÊNIO SUPLEMENTAR
SINAIS DE INTOLERÂNCIA ANSIEDADE
Confusão Rebaixamento do nível de consciência
Sudorese Agitação
Dessaturação de O2
Descompensação Hemodinâmica Taquicardia ou Bradicardica Hipotensão ou Hipertensão
Uso de musculatura acessória Movimento paradoxal Toraco abdominal
VMNI
REAVALIAR EM 2 HORAS
PIORA
CONSIDERAR INTUBAÇÃO
MANTER SEDAÇÃO 24h Ramsay 2-3
Ajustar PS p/ VT =6-8 ml/kg Fr< 35ipm
f/vc <105
Não Sim
S
N
29
CUIDADOS BÁSICOS PARA EXTUBAÇÃO:
Aspirar a naso e a orofaringe e toda região supra-cuff .
Elevar a cabeceira entre 40 – 60º
Cobrir tórax com toalha, compressa ou lençol (Após a extubação o paciente poderá
expectorar grande quantidade de secreções brônquicas)
Desamarrar o fixador do TOT
Desinsuflar totalmente o cuff
Extubar com cuidado durante o ato inspiratório do paciente
Estimule o paciente a tossir e a realizar inspirações profundas
OXIGENOTERAPIA:
Antes de extubar o paciente, o material para oxigenoterapia deverá estar pronto e conectado.
Para pacientes com necessidade de alto fluxo de O2, optem por oxigenoterapia sob máscara.
Para paciente com necessidade de baixo fluxo de O2, optem por oxigenoterapia sob cateter nasal.
Lembrem-se que oxigenoterapia sob cateter nasal não necessita de umidificação
PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS:
Esses pacientes serão apenas desconectados do ventilador mecânicos e acoplados em
macronebulização (oxigenoterapia) sob tubo T.
A decanulação desses pacientes ocorrerá após algum período em ventilação espontânea e a critério
médico e geralmente precidade de troca da cânula de PVC (com cuff) para a de metal (sem cuff e
removível para lavagem).
30
CINESIOTERAPIA
NÍVEL I NÍVEL II NÍVEL III NÍVEL IV NÍVEL V
Inconsciente Consciente Consciente Consciente Consciente
Decúbito elevado
Fowler 60º
Decúbito elevado
Fowler 60º
Decúbito elevado
Fowler 60º
Decúbito elevado
Fowler 60º
Decúbito elevado
Fowler 60º
Alongamento e
propriocepção
articular
Alongamento e
propriocepção
articular
Alongamento e
propriocepção
articular
Alongamento e
propriocepção
articular
Alongamento e
propriocepção
articular
Mobilização
Passiva
Mobilização ativa
de extremidades
Mobilização
aeróbica e/ou
contra-resistida
Mobilização
aeróbica e/ou
contra-resistida
Mobilização
aeróbica e/ou
contra-resistida
consciente Sedestação no
Leito – 20min.
Sedestação a beira
do leito
Sedestação a beira
do leito
Sedestação a beira
do leito
capaz de mover o
braço
contra a
gravidade
Exercícios de
controle de tronco
e equilíbrio
Exercícios de
controle de tronco
e equilíbrio
Exercícios de
controle de tronco
e equilíbrio
capaz de mover a
perna
contra a
gravidade
Transferência
ativa para a
poltrona – 20min.
Transferência
ativa para a
poltrona – 20min.
Ortostatismo ativo
+ exercícios de
equilíbrio e
marcha estática
Ortostatismo ativo
+ exercícios de
equilíbrio e
marcha estática
capaz de ficar em
pé sem
assitência
Deambulação
assitida
Doente Crítico
Repouso no leito Citocinas
inflamatórias
Malnutrição
Anormalidades neuromusculares
Fraqueza muscular
Aumenta tempo de
ventilação mecânica
Aumenta tempo de
estadia na UTI
Reduz
função física
Reduz qualidade
de vida
A
D
M
I
S
S
Ã
O
A
L
T
A
31
REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
CONTRAINDICAÇÕES:
Angina (sinais de isquemia)
Insuficiência cardíaca / Choque
Arritmias complexas
Comportamento pressórico anômalo
Febre e debilidade geral
ORIENTAÇÕES:
Abandono do tabagismo
Controle da:
HAS
Dislipidemia
Diabetes
Obesidade
OBJETIVOS:
Melhorar capacidade funcional
Combater redução da volemia
Aumentar redimento cardíaco
Prevenir embolias
Combater hipotrofia muscular
Reduzir ansiedade e depressão
INDICAÇÕES:
24Hs após o evento
Oxigenoterapia 3L/min. (mínimo)
Oximetria de pulso contínua
Enzimas em queda
Exercícios dinâmicos
Envolver grandes grupos musculares
Borg max. 13 (ligeiramente cansativo)
Monitorar PA e FC
20 mintos – 2x/dia
INTERROMPER SESSÃO SE:
Apresentas sinais e sintomas de intolerância ao exercício:
Fadiga
Palidez
Dispnéia
Cianose ou SpO2<90% com FiO2: 3L/min.
Náusea
Aumento da FC em 20bpm acima da basal
INTERROMPER O PROGRAMA DE REABILITAÇÃO SE:
Apresentar angina
Houver elevação enzimática (nono IAM?)
Alteração eletrocardiográfica
Hipotensão sistólica (decréscimo maior ou igual a 15mmHg da
pressão basal durante a realização dos exercícios)
32
Evento
Cardiovascular
Primeiras 24 horas:
Oxigenoterapia
Repouso
1º dia (após 24 horas):
Paciente deitado:
Exercícios respiratórios diagragmáticos
Exercícios ativos de extremidades
Exercícios ativo-assistidos de cintura, cotovelos e joelhos
2º dia:
Paciente sentado:
Exercícios diafragmáticos associados aos MMSS (Calistênicos)
Exercícios de cintura escapular e extremidades
Paciente deitado:
Exercícios ativos de joelho e coxo-femural e dissociação de
cinturas e tronco
3º dia:
Paciente em pé:
Exercícios ativos de MMSS
Alongamento ativo de MMII
Deambulação no quarto/enfermaria/UTI
4º dia:
Paciente em pé:
Alongamento ativo de MMSS e MMII
Exercícios ativos de MMSS e MMII
Deambulação 50m
Ensinar contagem de freqüência cardíaca (Pulso)
5º dia:
Exercícios ativos globais em pé
Marcar passos com elevação de joelho
Dembulação 100m
Checar pulso inicial e final
6º dia:
Continuação do 5º dia
Deambulação 200m
Orientar exercícios para a prática em casa
7º dia:
Continuação do 6º dia
Fortalecer orientações dos exercícios para a prática em casa
Subir e descer escada (lentamente) 8º dia:
Provável alta hospitalar
33
PROTOCOLO SIMPLIFICADO DE VM
Passos do Processo:
1. Lavar as mãos
2. Avaliar patologia de base, colher idade do paciente e mensurar comprimento da tíbia.
3. Colocar os dados na planilha (VC ideal) e anotar VC ideal (7ml/Kg)
4. Regular modalidade VCV e regular volume ideal (conforme calculado), fluxo entre 40 e
60L/min., PEEP:7CmH2O, fR:15CPM, FiO2: 60 à 100%.
5. Caso a pressão de pico ultrapasse 30CmH2O, mudar modalidade para PCV, mantendo o volume
corrente exalado próximo ao volume corrente ideal e um tempo inspiratório de no máximo 1,2s.
6. Colher amostra para gasometria após 20 min. de ventilação mecânica.
7. Anotar volume minuto e FiO2 no ato da coleta da amostra de sangue arterial para gasometria.
8. Calcular PaO2/FiO2 e VE40 (VE30 no caso de HIC)
9. Ajustar parâmetros baseado na gasometria.
7. Itens de Controle (manutenção da ventilação mecânica)
VCV A modalidade será mantida até o início do desmame (VCV PSV), ou caso a pressão de
pico ultrapasse 30CmH2O e não reduza mesmo após intervenção do fisioterapeuta; neste último
caso será mudada a modalidade para PCV, conforme mencionado anteriormente.
FiO2 O ideal é mantê-la entre 21 e 30%, sempre que o paciente estiver saturando 100% ela
deverá ser reduzida e sempre que o paciente estiver saturando um valor menor ou igual a 90% ela
deverá ser aumentada e regulada novamente após intervenção do fisioterapeuta.
PEEP Fixar em 7, reduzir caso a PAM esteja inferior a 60mmHg e aumentar caso o paciente
tenha alterações no componente elástico (complacência estática reduzida e consolidação em Rx de
tórax) ou dessaturação refratária ao aumento da FiO2.
Relação I:E 1:2,5 (mínima), aumentar a relação caso haja auto-PEEP e caso o paciente tenha
doença pulmonar obstrutiva.
fR Regular conforme a necessidade ventilatória (capnia na gasometria arterial)
34
CUIDADOS GERAIS
Desligar ou suspender dieta antes do atendimento em pacientes com
alimentação por sonda oro ou nasoentérica ou por gastrostomia.
Todo paciente deverá permanecer com cabeceira elevada em no mínimo 30º,
salvo por recomendação médica.
Verificar se o umidificador dos ventiladores está com água destilada o
suficiente
Verificar se os condensados estão cheios, se estiverem, desprezar o conteúdo
no lixo
Verificar a necessidade de troca dos circuitos do ventilador por sujidade
Trocar os fixadores de TOT sempre que possível e em dupla (CUIDADO
PARA NÃO EXTUBAR ACIDENTALMENTE OU SELETIVAR O TUBO
EM BRÔNQUIO FONTE) – Anote o nível da rima labial fixada (numeração
no TOT)
O TOT nunca poderá estar tracionando a boca do paciente, sempre
centralizado na comissura labial.
Verificar se o AMBU utilizado para as manobras terapêuticas está sujo, se
estiver, encaminha-lo ao expurgo e colocar um AMBU limpo no respectivo
leito.
Cuidado com infecção, trabalhamos com muito contato com o paciente,
manipulamos vias aéreas e circuitos.
Após o atendimento, o paciente deverá estar impecável, bem posicionado e
com o leito organizado.
35
ROTINAS
ATENDIMENTO
LER O PRONTUÁRIO
(ANOTE OS DADOS)
VERIFICAR EXAMES
LABORATORIAIS E DE IMAGEM
PROCEDER AVALIAÇÃO GERAL (CONSCIÊNCIA, EXAME FÍSICO,
MECÂNICA RESPIRATÓRIA, COLHER DADOS HEMODINÂMICOS)
Preencher ficha de monitorização com os dados iniciais
INTERVIR BASEADO NOS PROTOCOLOS
REAVALIAR
NECESSIDADE DE ALGUMA ABORDAGEM?
SIM NÃO
REABORDAR EVOLUIR NO PRONTUÁRIO E PREENCHER FICHA
DE MONITORIZAÇÃO COM OS DADOS FINAIS
36
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