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8. LÍNGUA PORTUGUESA A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os Currículos Escolares Brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX. Nos primeiros tempos de Colônia, devido ao confronto de culturas, aconteceu um isolamento dos colonos e isso fez com que adquirissem hábitos indígenas, pois nesse período não havia uma educação em moldes institucionais. O que acontecia eram práticas restritas, somente com finalidade de alfabetizar, determinadas mais pelo caráter político/social e de organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas eram moldadas ao ensino do Latim, somente aos poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Esse tipo de ensino era eloquente, imitativo, elitista e ornamental sob uma visão reprodutivista, voltada à ordem patriarcal, estamental e colonial, priorizando dessa forma uma não-pedagogia, mas sim um aparato repressivo inculcando simplesmente a obediência. A característica elitista manteve-se até meados do século XX, quando se iniciou no Brasil o processo de democratização no qual vieram para os bancos escolares um número significativo de falantes de variedades do português, muito diferentes do modelo tradicional cultivado na escola até então. Nesse contexto, as propostas pedagógicas não poderiam prescindir de propostas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar. Também devido ao processo de industrialização, a Educação volta-se à qualificação para o trabalho decorrendo disso uma pedagogia tecnicista, sendo que a Língua Portuguesa estava pautada nas teorias da comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário do que com o aprimoramento das capacidades linguísticas. Desde que surgiu a preocupação com a formação dos professores pode-se observar um movimento que procurava se libertar do ensino normativo inicial, porém não aconteceram mudanças efetivas nas práticas pedagógicas. A partir dos anos 80, mobilizaram-se estudos a fim de repensar sobre o ensino da Língua Materna, reestruturando assim o ensino de 2º grau de 1988 e do Currículo Básico de 1990. 1

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8. LÍNGUA PORTUGUESA

A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os

Currículos Escolares Brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX.

Nos primeiros tempos de Colônia, devido ao confronto de culturas,

aconteceu um isolamento dos colonos e isso fez com que adquirissem hábitos

indígenas, pois nesse período não havia uma educação em moldes institucionais.

O que acontecia eram práticas restritas, somente com finalidade de alfabetizar,

determinadas mais pelo caráter político/social e de organização e controle de

classes do que pelo pedagógico.

Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas eram

moldadas ao ensino do Latim, somente aos poucos que tinham acesso a uma

escolarização mais prolongada. Esse tipo de ensino era eloquente, imitativo, elitista

e ornamental sob uma visão reprodutivista, voltada à ordem patriarcal, estamental

e colonial, priorizando dessa forma uma não-pedagogia, mas sim um aparato

repressivo inculcando simplesmente a obediência.

A característica elitista manteve-se até meados do século XX, quando se

iniciou no Brasil o processo de democratização no qual vieram para os bancos

escolares um número significativo de falantes de variedades do português, muito

diferentes do modelo tradicional cultivado na escola até então. Nesse contexto, as

propostas pedagógicas não poderiam prescindir de propostas que levassem em

conta as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar.

Também devido ao processo de industrialização, a Educação volta-se à

qualificação para o trabalho decorrendo disso uma pedagogia tecnicista, sendo

que a Língua Portuguesa estava pautada nas teorias da comunicação, com um

viés mais pragmático e utilitário do que com o aprimoramento das capacidades

linguísticas.

Desde que surgiu a preocupação com a formação dos professores pode-se

observar um movimento que procurava se libertar do ensino normativo inicial,

porém não aconteceram mudanças efetivas nas práticas pedagógicas.

A partir dos anos 80, mobilizaram-se estudos a fim de repensar sobre o

ensino da Língua Materna, reestruturando assim o ensino de 2º grau de 1988 e do

Currículo Básico de 1990.

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No fim da década de 90 os Parâmetros Curriculares Nacionais também

fundamentaram uma proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas

concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos

da linguagem oral e escrita, porém tendiam a diluir a abordagem dessa concepção

com a introdução de conceitos pouco reconhecidos pelos professores,

desvinculando o currículo do mercado de trabalho.

A escola, enquanto instituição social, responde por assegurar o direito da

educação a todo e qualquer cidadão, posicionando-se politicamente contra

qualquer forma de discriminação, pois a luta pela superação do racismo e da

discriminação racial é tarefa de todo e qualquer educador. Sendo assim, faz-se

necessário o estudo e a valorização da cultura afro-brasileira e indígena dentro do

currículo escolar conforme determina a lei 11.645/10 que torna obrigatório o ensino

sobre história e cultura afro-brasileira e indígena.

A educação deve atingir todos os âmbitos da formação social do cidadão

envolvendo a escola em sua função social. Portanto, exige-se um posicionamento

em relação aos novos desafios educacionais que devem ser trabalhados nesse

contexto, em toda a complexidade de cada um dos segmentos (Educação

Ambiental, Educação Fiscal, Sexualidade, Drogas, Violência, Cultura Afro e

Indígena).

Tais desafios trazem as inquietudes humanas, nas relações sociais,

econômicas, políticos e culturais, como também os movimentos contraditórios os

quais a sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles.

Nesse sentido, à escola cabe erigir seu papel fundamental na transmissão,

apropriação e socialização dos saberes culturais que pressuponha uma ação

intencional e transformadora da realidade.

Nessa perspectiva, os desafios educacionais no currículo devem pressupor

ser parte desta totalidade. Assim, eles não podem se impor à disciplina numa

relação artificial e arbitrária, devem estar engajados ao conteúdo da disciplina em

seu contexto.

Desse modo, o trabalho com os temas propostos devem partir dos gêneros

textuais, por meio de leituras, pesquisas, compreensão de textos, vídeos,

produções de textos e cartazes.

Sendo assim, trabalhar sob esta perspectiva significa atuar pedagogicamente

comprometido com o conhecimento sistematizado, em busca de um sujeito

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histórico capaz de pensar e agir criticamente na sociedade, com vistas à

transformação social.

Diversos e diferentes motivos se entrecruzam para o ensino da língua

portuguesa na escola, dentre eles os seus condicionantes sociais, culturais e

políticos.

Os principais condicionantes no ensino da Língua Portuguesa são:

a) os fins da educação, ou seja, a formação do aluno para a cidadania e

para a participação social;

b) o processo de desenvolvimento da aprendizagem, as necessidades dos

alunos, a cultura/saber que eles trazem para a escola, suas relações dentro e fora

do espaço escolar, e as demandas do contexto histórico-social;

c) as razões das famílias, razões essas que, direta ou indiretamente,

refletem o valor social e educativo tanto da disciplina Língua Portuguesa quanto da

escola.

Por meio da linguagem o homem se reconhece como ser humano, pois ao

comunicar-se com outros homens e trocar experiências, certifica-se de seu

conhecimento do mundo e dos outros com quem interage. Isso lhe permite

compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel com o sujeito

social.

Assumindo-se a concepção de língua como interação ou como

discurso/texto que se efetiva nas diferentes práticas sociais e pretendendo-se que

o letramento seja, na presente Proposta Curricular, o fundamento do ensino da

língua materna, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo: empregar a

língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e

interlocutor, bem como descobrindo as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano, posicionando-se diante dos mesmos; desenvolver as habilidades de uso

da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas textuais,

considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros

e suportes textuais e o contexto de produção/leitura; criar situações em que os

alunos tenham oportunidade de refletir sobre os textos que lêem, escrevem, falam

ou ouvem, intuindo, de forma contextualizada, as características de cada gênero e

tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na organização

do discurso ou texto.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes

supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que, por meio da

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inserção e participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e

escrita, inicia na alfabetização e vai se consolidando no decurso de todo o Ensino

Fundamental.

Em vista do enunciado acima, é imprescindível superar uma prática de

ensino da língua impregnada, ainda, por resquícios de uma visão pedagógica

tradicional, em que o texto é visto como simples pretexto, em que a avaliação é

considerada fim e não meio, em que o professor mais reproduz do que reflete, o

que impede que se realize uma verdadeira interação educativa.

Pretende-se que a concepção sociointeracionista seja o sustentáculo para

as práticas pedagógicas em Língua Portuguesa. Desta forma, é esperado que se

supere a prática embasada no ensino excessivamente formal e estanque da

gramática, para que se privilegie o texto, a partir de um trabalho pedagógico em

que estejam articuladas as três práticas: a leitura, a escrita e a oralidade.

Entende-se que um dos requisitos para uma ação pedagógica de qualidade

é justamente este: o do professor reflexivo - aquele que reflete ao planejar seu

trabalho, ao executar o que planejou e, de modo especial, ao analisar sua prática,

com vistas a reformulá-la, melhorá-la sempre que for preciso. Assim sendo, o

professor deve destacar em seu trabalho a contribuição da cultura afro e indígena,

levando a uma reflexão da realidade que vise a combater o preconceito e

discriminação dos nossos descendentes, enfatizando a contribuição dos mesmos

para a formação do povo brasileiro, inclusive a Língua.

B) CONTEÚDOS

Para o trabalho com a leitura, a escrita e a oralidade serão adotados como

conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de

circulação, utilizando textos, cujos temas contemplem os desafios

contemporâneos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º Ano

GÊNEROS DISCURSIVOS: história em quadrinho, fábula, contos de fadas, poema,

foto-legenda, notícia, lenda, carta pessoal.

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LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais o texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

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• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7º Ano

GÊNEROS DISCURSIVOS : e-mail, artigo informativo, causo, diário, anúncio,

provérbio, letra de música, paródia, classificado (poético e jornalístico), tira,

(revisão e aprofundamento dos gêneros: lenda, poema e notícia).

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Aceitabilidade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais o texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

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• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição;

• Semântica.

8º Ano

GÊNEROS DISCURSIVOS: mito, crônica, cartum, propaganda, anúncio

publicitário, reportagem, resumo, texto de opinião, conto, entrevista, (revisão e

aprofundamento dos gêneros: letra de música, paródia, notícia e poema).

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

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- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Concordância verbal e nominal;

• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

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• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º Ano

GÊNEROS DISCURSIVOS: artigo de opinião, texto teatral, romance, novela,

(revisão e aprofundamento dos gêneros: conto, crônica, poema, reportagem,

notícia, anúncio publicitário).

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- polissemia;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

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• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais o texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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ENCAMINHANTOS METODOLÓGICOS

A prática da oralidade: a escola não pode descuidar da oralidade, seja pelo

efeito positivo que seu desenvolvimento tem sobre o conjunto das práticas de

linguagem, seja pela relevância que o fator em situações formais tem para a vida

cidadã. Não precisamos, ensinar aquelas práticas que aprendemos

espontaneamente no nosso cotidiano (a conversa informal e corriqueira). No

entanto, a escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o

falar com segurança e fluência em situações formais, isto é, no espaço público,

diante de um conjunto plural de interlocutores, seja em atividades de transmissão

de informações, seja no debate.

As práticas com a oralidade, em especial aquelas que envolvem debate, são

uma oportunidade especial para o amadurecimento do convívio democrático,

seja pelo exercício do direito à livre expressão, seja pelo reconhecimento do

direito do outro à livre expressão, seja sobretudo, pela polêmica civilizada, a qual

pressupõe, entre outros fatores, uma escuta respeitosa, uma enunciação clara

e sustentada de opiniões e a abertura para novos argumentos e pontos de vista.

A prática da leitura: ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar-se com

diferentes tipos de textos oriundos das mais variadas práticas sociais (em

especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade).

Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude de leitor/a crítico/a,

o que significa entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos

outros, percebendo que atrás de cada um há um sujeito, com uma certa

experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma intenção.

Ler pressupõe também uma compreensão responsiva, o que implica reagir ao

texto dar-lhe uma resposta, concordando com ele, ou dele discordando; rindo

dele, emocionando-se com ele aplaudindo-o, refutando-o assimilando-o

fazendo-lhe a paródia, e assim por diante.

Neste ponto, é importante dizer que ler e texto não estão aqui sendo

Usados como termos restritos à linguagem escrita. Estamos entendendo ler

em sentido mais amplo, como a ação de recepção crítica e responsiva de textos

escritos ou falados.

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Por extensão queremos abranger também a recepção (leitura) de

manifestações (textos) em outras linguagens, combinadas ou não com a

linguagem.

Essa extensão nos ajuda a compreender de forma integrada a linguagem

verbal e as outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a

fotografia, a televisão, a publicidade, as charges, os quadrinhos, a

infografia),percebendo seu chão (são todas atividades sociointeracionais entre

sujeitos históricos) e suas especificidades (seus diferentes suportes

tecnológicos; seus diferentes modos de composição e de geração de significados).

Quanto à leitura dos textos em linguagem verbal, é importante dizer também

que, em Língua Portuguesa, jamais podemos descuidar da relação dos/das

alunos/as com o texto literário. Essa é, sem dúvida, uma das mais significativas

experiências de leitura que a escola pode e deve oferecer, abrindo os

horizontes dos/as nossos/as alunos/as para a riqueza do modo estético de

representar o mundo e de trabalhar a linguagem.

Os textos literários permitem também um trabalho integrado com outras

linguagens (artes plásticas, música, cinema), criando condições para a

percepção do fazer artístico em geral, seja de suas especificidades, seja de

suas dimensões histórico-culturais.

A prática da escrita: quanto à escrita, cabe, em primeiro lugar, reiterar que o

ato de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional, ou dito

de outra forma, escrevemos para alguém ler. Isso implica reconhecer que o

interlocutor é um dos condicionantes do nosso texto. Em conseqüência, a escrita

cobra de nós uma ação de contínua adequação do nosso dizer às circunstâncias

de sua produção.

É importante que se crie um ambiente de oficina para as práticas de escrita,

isto é, a escrita não deve jamais ser encarada como uma tarefa burocrática, mas

como uma atividade em que a turma se sinta coletivamente envolvida com a

preparação, apreciação e reelaboração dos textos.

Em todo esse processo, os alunos deverão ir percebendo, aos poucos,

quanto à prática significativa da escrita (isto é, a escrita como uma atividade sócio-

interacional) é desafiadora e cativante: envolve, entre outras ações, adequar-se ao

gênero, planejar o texto, organizar sua seqüência, articular suas partes,

selecionar a variedade linguística (mais ou menos formal), dialogar com os

discursos que circulam socialmente.

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D) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

6º Ano

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Identifique a ideia principal do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

atendendo:

− às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

− à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;

• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos,

etc;

• Respeite os turnos de fala.

7º ano

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LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Análise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

- às situações de produção

propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero

proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados;

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8º Ano

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Análise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados;

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• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

9º Ano

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

•Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,

etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

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• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente argumentos;

• Organize a sequência da fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;

• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;

• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem entre outros.

RECUPERAÇÃO PARALELA

Sempre que o aluno não atingir os objetivos propostos nas avaliações, o

professor possibilitará ao mesmo a revisão dos conteúdos não assimilados,

propondo ao educando situações linguísticas por meio das quais ele seja

conduzido a construir o conhecimento. Posteriomente, o aluno será reavaliado por

meio de novos instrumentos de avaliação. Também, o professor, oferecerá

orientações para a refacção de textos, reunindo subsídios que lhes sirvam de

parâmetros para avaliar a produção.

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E) REFERÊNCIAS

FIGUEIREDO, Regina e Maria das Graças Vieira, Livro de Língua

Ensino Fundamental.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba. 2008.

RIOS, Rosana e Maria Silvia Gonçalves, Português em Outras Palavras –

Ensino Fundamental.

11.8 LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO MÉDIO

A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Quando se fala em ensino da Língua e da Literatura necessariamente se

fala em contradições, nas diferenças e dualidades da contemporaneidade.

As mudanças ocorridas desde os primórdios no meio social e as presentes

reações de poder na sociedade requerem do professor de língua portuguesa

mudança da própria ação pedagógica.

O trabalho pedagógico com a Língua e Literatura fundamenta-se num

processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na

constituição social da linguagem, quanto do sujeito que por meio dela se interage.

Assim, o texto é visto como lugar onde os participantes da interação dialógica se

constrói e são construído.

Objetivar o domínio da norma culta, fazendo dela uso nas demais áreas do

conhecimento, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo nas

intenções que estão implícitas, nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante

dos mesmos.

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Compreender os fenômenos linguísticos, selecionando, relacionando e

interpretando informações nas diferentes modalidades linguísticas (fala, escrita e

leitura).

B) SISTEMATIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDO BÁSICO:

GÊNEROS DISCURSIVOS: Charge, carta do leitor, carta ao leitor, carta de

reclamação, carta de solicitação, análise crítica interpretativa, debate regrado,

seminário, relato pessoal, mesa-redonda, editorial, (revisão e aprofundamento dos

gêneros: conto, crônica, poema, notícia, reportagem, foto-legenda, cartum, artigo

de opinião,texto teatral).

LEITURA

•Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais o texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

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- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Progressão referencial;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- figuras de linguagem;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais o texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Intencionalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

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• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal gestual,

pausas ...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A prática da oralidade: a escola não pode descuidar da oralidade, seja pelo efeito

positivo que seu desenvolvimento tem sobre o conjunto das práticas de linguagem,

seja pela relevância que o fator em situações formais tem para a vida cidadã. Não

precisamos, ensinar aquelas práticas que aprendemos espontaneamente no nosso

cotidiano (a conversa informal e corriqueira). No entanto, a escola precisa

oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com segurança e

fluência em situações formais, isto é, no espaço público, diante de um conjunto

plural de interlocutores, seja em atividades de transmissão de informações, seja no

debate.

As práticas com a oralidade, em especial aquelas que envolvem debate,

são uma oportunidade especial para o amadurecimento do convívio

democrático, seja pelo exercício do direito à livre expressão, seja pelo

reconhecimento do direito do outro à livre expressão, seja sobretudo, pela polêmica

civilizada, a qual pressupõe, entre outros fatores, uma escuta respeitosa,

uma enunciação clara e sustentada de opiniões e a abertura para novos

argumentos e pontos de vista.

A prática da leitura: ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar-se com

diferentes tipos de textos oriundos das mais variadas práticas sociais (em

especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade).

Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude de leitor/a

crítico/a, o que significa entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do

texto dos outros, percebendo que atrás de cada um há um sujeito, com uma

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certa experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma

intenção.

Ler pressupõe também uma compreensão responsiva, o que implica reagir

ao texto dar-lhe uma resposta, concordando com ele, ou dele discordando;

rindo dele, emocionando-se com ele aplaudindo-o, refutando-o assimilando-o

fazendo-lhe a paródia, e assim por diante. Neste ponto, é importante dizer que ler e

texto não estão aqui sendo usados como termos restritos à linguagem escrita.

Estamos entendendo ler em sentido mais amplo, como a ação de recepção crítica

e responsiva de textos escritos ou falados.

Por extensão queremos abranger também a recepção (leitura) de

manifestações (textos) em outras linguagens, combinadas ou não com a

linguagem. Essa extensão nos ajuda a compreender de forma integrada a

linguagem verbal e as outras linguagens (as artes visuais, a música, o

cinema, a fotografia, a televisão, a publicidade, as charges, os quadrinhos, a

infografia), percebendo seu chão (são todas atividades sociointeracionais entre

sujeitos históricos) e suas especificidades (seus diferentes suportes

tecnológicos; seus diferentes modos de composição e de geração de significados).

Quanto à leitura dos textos em linguagem verbal, é importante dizer também

que, em Língua Portuguesa, jamais podemos descuidar da relação dos/das

alunos/as com o texto literário. Essa é, sem dúvida, uma das mais significativas

experiências de leitura que a escola pode e deve oferecer, abrindo os

horizontes dos/as nossos/as alunos/as para a riqueza do modo estético de

representar o mundo e de trabalhar a linguagem.

Os textos literários permitem também um trabalho integrado com outras

linguagens (artes plásticas, música, cinema), criando condições para a

percepção do fazer artístico em geral, seja de suas especificidades, seja de

suas dimensões histórico-culturais.

A prática da escrita: quanto à escrita, cabe, em primeiro lugar, reiterar que o ato

de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional, ou dito de

outra forma, escrevemos para alguém ler. Isso implica reconhecer que o

interlocutor é um dos condicionantes do nosso texto. Em conseqüência, a escrita

cobra de nós uma ação de contínua adequação do nosso dizer às circunstâncias

de sua produção.

É importante que se crie um ambiente de oficina para as práticas de escrita,

isto é, a escrita não deve jamais ser encarada como uma tarefa burocrática, mas

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como uma atividade em que a turma se sinta coletivamente envolvida com a

preparação, apreciação e re-elaboração dos textos.

Em todo esse processo, os alunos deverão ir percebendo, aos poucos,

quanto à prática significativa da escrita (isto é, a escrita como uma atividade

sociointeracional) é desafiadora e cativante: envolve, entre outras ações, adequar-

se ao gênero, planejar o texto, organizar sua seqüência, articular suas

partes, selecionar a variedade lingüística (mais ou menos formal), dialogar com os

discursos que circulam socialmente.

Entendemos que os alunos, ao fim do Ensino Médio, precisam dominar

apenas aquelas práticas de escrita que são indispensáveis para a vida

cidadã: a escrita argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio

cognitivo (resumos e esquemas), sem deixar de vivenciar, evidentemente, a

escrita literária (narrativa ou poética).

A análise linguística: refletir sobre a Variedade Linguística na escola tem

uma relevância toda especial: os alunos precisam aprender a perceber, sem

preconceito, a linguagem como um conjunto múltiplo e entrecruzado de variedades

geográficas, sociais e estilísticas; e a entender essa variabilidade como

correlacionada com a vida e a história dos diferentes grupos sociais de falantes.

Só assim desenvolverão uma necessária atitude crítica diante dos

pesados preconceitos linguísticos que embaraçam seriamente nossas relações

sociais. Com isso, a escola estará estimulando práticas positivas frente às

diferenças e contribuindo para a reconstrução do imaginário nacional sobre

nossa realidade linguística.

Entendemos que a língua padrão não é um objeto abstrato e com vida

própria, que deva ser estudado sem si. A língua padrão precisa ser

compreendida, antes de qualquer coisa, no contexto amplo da cultura escrita: ela é

constituinte dessa dimensão cultural e nasceu como valor sócio-histórico, de

seu desenvolvimento. Em consequência, seu aprendizado é, antes de tudo, um

efeito de um convívio amplo com material linguístico em língua padrão. Seu

estudo mais sistemático tem de ser, nesse sentido, complementar e não visto como

uma a priori.

Além disso, a língua padrão precisa ser compreendida não como a única

manifestação da língua, mas como uma dentre as suas muitas variedades,

tendo funções socioverbais específicas: ela é esperada em situações formais de

fala principalmente, na maior parte das práticas de escrita.

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Nesse sentido, ela não pode ser um objeto escolar isolado de outros. Em

outras palavras, ela não pode ser estudada por si, mas sempre subordinada ao

processo pedagógico geral de amadurecimento do domínio das práticas orais

e escritas de que ela é ingrediente.

Sabendo ser o papel do professor de Língua Portuguesa e Literatura o

de garantir aos educandos o aprimoramento do domínio discursivo, no âmbito da

oralidade, da leitura e da escrita propõe-se algumas metodologias a serem

utilizadas nas aulas, levando-se em conta que todo e qualquer método é flexível e

passível de mudanças, neste sentido o professor deve adequar-se a cada situação

que leve o educando a aprender e aprimorar o seu conhecimento.

- Empregar a linguagem verbal como material de reflexão e produção de textos;

- Buscar a sistematização do conhecimento linguístico recorrendo as

classificações da gramática normativa ou as estéticas literárias, e atualizando a

intertextualidade;

- Estudos da história da literatura, dentro de uma dialética histórica;

- Leitura e compreensão de textos de diversos autores, reconhecendo-lhes o

gênero e a estética literária em que escreve;

- Vídeoaulas: filmes literários, história da literatura;

- Análise de diversos textos (contos, crônicas, reportagens, poemas, músicas.

- Debates, discussões, seminários, troca de opiniões, defesa do ponto de vista,

contação de histórias, declamação de poemas, relato de experiência entre outros.

- Análise da linguagem em uso: de programas televisivos, jornais, novelas,

propagandas, programas radiofônicos.

D) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-

verbais;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Produza inferências a partir de pistas textuais;

• Posicione-se argumentativamente;

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• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Análise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os

diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o

contexto histórico atual;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

•Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,

etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

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• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos do discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;

• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;

• Respeite os turnos de fala;

• Análise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em

suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates,

mesas redondas, diálogos, discussões, etc.;

• Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,

pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

RECUPERAÇÃO PARALELA

Sempre que o aluno não atingir os objetivos propostos nas avaliações, o

professor possibilitará ao mesmo a revisão dos conteúdos não assimilados,

propondo situações linguísticas por meio das quais o educando seja conduzido a

construir o conhecimento. Posteriormente, o aluno será reavaliado por meio de

novos instrumentos de avaliação. Também serão ofertadas orientações para a

refacção de textos, reunindo subsídios que sirvam de parâmetros para avaliar a

produção textual.

E) REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba. 2008.

POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4.ed.Campinas,SP: Mercado da

Letras, 1996.

KOCH, Ingedore.A Coesão Textual. 3.ed. São Paulo: Contexto, 1991.

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