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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO INTERDISCIPLINAR COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO 8,5 A PSICOMOTRICIDADE NO DESEMVOLVIMENTO DOS ALUNOS DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL RAIO DE SOL [email protected] ACADÊMICA: EDNALVA VITORINO DA SILVA ORIENTADORA: PROFA. MA. MARINA SILVEIRA LOPES COLNIZA/2012

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO INTERDISCIPLINAR COM

ÊNFASE EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO

8,5

A PSICOMOTRICIDADE NO DESEMVOLVIMENTO DOS ALUNOS DA

ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL RAIO DE SOL

[email protected]

ACADÊMICA: EDNALVA VITORINO DA SILVA

ORIENTADORA: PROFA. MA. MARINA SILVEIRA LOPES

COLNIZA/2012

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO

INTERDISCIPLINAR COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO INFANTIL

E ALFABETIZAÇÃO

A PSICOMOTRICIDADE NO DESEMVOLVIMENTO DOS ALUNOS DA

ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL RAIO DE SOL

ACADÊMICA: EDNALVA VITORINO DA SILVA

ORIENTADORA: PROFA. MA. MARINA SILVEIRA LOPES

Trabalho apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Fundamentos Metodológicos De Ensino E Pesquisa do curso de Pós-graduação em Psicopedagogia Com Ênfase Em Inclusão Social

COLNIZA/2012

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO

INTERDISCIPLINAR COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO INFANTIL E

ALFABETIZAÇÃO

BANCA EXAMINADORA

ORIENTADORA: PROFA. MA.MARINA SILVEIRA LOPES

COLNIZA/2012

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela saúde, a força para encarar desafios e ser uma

vencedora diante de obstáculos que enfrentamos no dia a dia.

Agradeço também aos professores da faculdade AJES, que tiveram um ótimo

desempenho na realização das disciplinas propostas pelo curso, e em especial

agradeço à Profa. Ma. Marina Silveira Lopes orientadora desta pesquisa

monográfica que contribuiu para a realização eficaz do meu trabalho.

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DEDICATÓRIA

Aos meus filhos, pais, irmãos que me ajudaram nesta importante

conquista da minha vida.

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EPÍGRAFE

“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda

pensou sobre aquilo que todo mundo vê.”

(Arthur Schopenhauer)

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RESUMO

Sabemos que na educação de infância as atividades corporais são essenciais, pois através da ação do movimento a criança desenvolve habilidades eficazes para o seu desenvolvimento, o educador como mediador, facilitador da aprendizagem deve dar importância ao ato do brincar, de explorar o meio, propiciar descobertas que vão despertando na criança curiosidades que causam, provocam transformações com toda a ludicidade que o mundo infantil propicia. E é por considerar os movimentos importantes no desenvolvimento infantil que a pesquisa foi realizada na escola de Educação infantil Raio de Sol do município de Colniza, a escola atende crianças de 03 anos a 06 anos de idade e nesta fase as crianças precisam de diversas atividades que envolvem a psicomotricidade. O objetivo da pesquisa e compreender se os educadores valorizam o brincar, os movimentos corporais como sendo indispensável para que a criança tenha um desenvolvimento satisfatório e integral. E dentro do que foi investigado Podemos identificar que ainda temos\ uma educação infantil que necessita ser melhorada, discutida os verdadeiros interesses da criança e como esta se desenvolve. Alguns educadores tem como preocupação principal o desenvolvimento da linguagem oral e escrita e esquecem-se de dar real valor ao desenvolvimento da linguagem corporal e de acordo com alguns autores relatados na pesquisa esse é um fator agravante para o desenvolvimento infantil, pois a criança precisa e gosta de se movimentar, no brincar ela expressa os seus sentimentos e desenvolve integralmente. E levando em consideração um trabalho educacional que respeita e valoriza o mundo infantil que é de extrema necessidade que os educadores ampliem as atividades ligadas ao movimento, a um brincar que proporcione prazer e desenvolvimento.

Palavras-chave: o ser criança, descobertas, interesses, movimentos corporais e pedagogia na educação da infância.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................09

CAPÍTULO 01; A PSICOMOTROCIDADE E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL..............12

1.1: A PSICOMOTROCIDADE E A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL...........................13

CAPÍTULO:02: O MOVIMENTO COMO LINGUAGEM, E COMO ESTE DEVE SER

APLICADO NA EDUCAÇÃINFANTIL:...............................................................................14

CAPÍTULO 03: O ESPAÇO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA ORGANIZAÇÃO:............19

3.1:A ESCOLA COMO PROMOTORA A QUALIFICAÇÃO CONTINUADA AOS DOCENTES............................................................................................................................13

CONCLUSÃO:.......................................................................................................................23

REFERÊNCIAS.....................................................................................................................24

ANEXO..................................................................................................................................26

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INTRODUÇÃO

Psicomotricidade é a ciência do homem em movimento, das relações

consigo e com o mundo. Através dos movimentos a criança toma consciência do seu

eu, e do seu corpo no espaço, desenvolvendo o esquema corporal, uma das

finalidades do trabalho psicomotor na escola é fazer com que a criança passe da

etapa perspectiva á fase da representação mental de um espaço orientado tanto no

espaço como no tempo.

Os movimentos corporais são essenciais para o desenvolvimento humano,

desde a vida uterina movimentamos, e este é tão importante que é as primeiras

características de um desenvolvimento mental normal. No processo de

desenvolvimento a criança evolui tanto física, como intelectual e emocional.

Para que ocorra um desenvolvimento motor adequado, é necessário um

amadurecimento neural, ósseo, muscular, além de crescimento físico, juntamente

com aprendizado. A psicomotricidade esta associada à afetividade e à

personalidade, porque o indivíduo utiliza o seu corpo para demonstrar o que sente, e

uma pessoa com problemas motores passa a ter problemas de expressão. A

psicomotricidade lida com a pessoa num todo, porém com um enfoque maior na

motricidade.

Os movimentos corporais são de extrema relevância para o trabalho infantil,

e é com a finalidade de compreender se as atividades ligadas a psicomotricidade

são realizadas na escola de Educação Infantil Raio de Sol que atende crianças de

três anos a seis anos de idade do município de Colniza que a pesquisa foi instituída.

Ao longo do desenvolvimento deste trabalho serão respondidas as seguintes

questões: como o educador percebe os movimentos para o desenvolvimento da

aprendizagem? O espaço da escola analisada é propicio para o desenvolvimento

das atividades que implicam movimentos? Todos educadores da escola aplicam

atividades que favoreça o desenvolvimento Corporal? A escola realiza algum

trabalho com os docentes sobre a importância dos movimentos corporais na

educação infantil? .

Para a realização desse trabalho primeiramente foi feito um levantamento

bibliográfico em livros e sites que falam do assunto, Os dados colhidos foram

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analisados e embasados teoricamente. A investigação foi realizada com a utilização

de um questionário aberto contendo quatro questões, para que todas as falas

pudessem ser aproveitadas. A pesquisa aconteceu durante dois dias em curso para

educação infantil, para tanto foi aproveitado o intervalo para lanches, cinco

professoras participaram da entrevista, as mesmas são formadas em pedagogia,

sendo que duas destas são formadas em pedagogia para educação infantil.

As educadoras entrevistadas conhecem a importância dos movimentos para

o desenvolvimento infantil. As mesmas reconhecem que os movimentos corporais é

algo prazeroso para as crianças que ao brincar, correr, pular, transpor obstáculos,

explorar o parque, jogar entre outras possíveis atividades essas crianças adquirem

conhecimentos, desenvolvem habilidades e conhecem as dificuldades do seu corpo

que podem a vir a ser superada no decorrer do tempo. Mas, no entanto as mesmas

afirmaram que nem todos os educadores da escola Raio de Sol tem preocupação de

realizar atividades de movimentos corporais, embora a escola trabalhe sua

importância na sala de professores. Para chegarmos a tal analise a pesquisa foi

estruturada em três capítulos.

O Capítulo I: A Psicomotricidade e o Desenvolvimento Infantil, fala do

movimento como linguagem e como este deve ser trabalhado na educação infantil,

este tem a função de tratar da ludicidade do prazer que a criança sente ao se

movimentar e como o educador deve se posicionar pedagogicamente na educação

de infância, o valor que se deve dar a linguagem corporal como ferramenta de

desenvolvimento capaz de despertar Sensação percepção, cognição e afeto.

O capítulo II: O Movimento Como Linguagem, E Como Este Deve Ser

Aplicado Na Educação Infantil. Trata dos movimentos corporais como sendo a

linguagem do corpo, sendo este corpo capaz de expressar sentimentos, emoções

através da arte de explorar, transpor limites, descobrir espaços e se descobrir no

meio que o cerca. E para tanto o capítulo fala da ação pedagógica na promoção

deste movimentar tão importante para o desenvolvimento infantil.

O capítulo III: O Espaço Na Educação Infantil e Sua Organização: Este

fala da importância do espaço satisfatório na escola, mas destaca principalmente ao

afeto, o como os espaços podem se tornar interessantes ou não, dependendo do

valor pedagógico que se da aos mesmos, podendo as relações estabelecidas serem

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positivas ou negativas, e sabemos que a escola pode se tornar do tamanho do

mundo, um lugar de verdadeiras descobertas, capaz de tornar aqueles que as

experimentam cheios de anseios para realizarem novas aprendizagens que serão

compartilhadas solidariamente na própria escola e para além da escola no meio

social que o sujeito esta inserido. A conclusão e as referências e anexo.

Para uma maior compreensão do que é psicomotricidade no sentido da

palavra, e sua importância no desenvolvimento infantil, que o capítulo a seguir foi

construído, pois este nos possibilitará maior compreensão acerca dos movimentos

corporais que precisam ser desenvolvidos com as crianças pequenas.

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CAPÍTULO I

A PSICOMOTROCIDADE E O DESENVOLVIMENTONTO INFANTIL

Para falar em psicomotricidade é necessário definir esta palavra e o seu

surgimento. Segundo Santos et ali (2009), a psicomotricidade é uma disciplina

educativa, reeducativa e terapêutica, ou seja, quer destacar a relação existente entre

a motricidade, a mente e a afetividade. Facilitando assim a abordagem global do

indivíduo por meio de uma técnica.

Segundo Lassac (2008, p.1) ”Historicamente o termo "psicomotricidade"

aparece a partir do discurso médico, mais precisamente neurológico, quando foi

necessário, no início do século XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas

mais além das regiões motoras”. É, justamente, a partir da necessidade médica de

encontrar uma área que explique certos fenômenos clínicos que se nomeia, pela

primeira vez, o termo Psicomotricidade, no ano de 1870. As primeiras pesquisas que

dão origem ao campo psicomotor correspondem a um enfoque eminentemente

neurológico.

Lassac 2008, diz que na década de 70, diferentes autores definem a

psicomotricidade como uma motricidade de relação, enquanto na mesma época,

profissionais estrangeiros convidados vinham ao Brasil para a formação de

profissionais brasileiros. Em 1977, no Brasil, é fundado o GAE - Grupo de Atividades

Especializadas, que veio a promover a partir de 1980 vários encontros nacionais e

latino-americanos. O 1° Encontro Nacional de Psicomotricidade foi realizado em

1979. O GAE é responsável pela parte clínica e o ISPE, Instituto Superior de

Psicomotricidade e Educação, destinado à formação de profissionais em

psicomotricidade, se dedicam ao ensino de aplicações da psicomotricidade em

áreas de saúde e educação. De acordo com este ator nesta época estava no auge

os conceitos de afetividade e ao emocional.

Segundo Lassac, (2008 p. 1) “A Psicomotricidade no Brasil foi norteada pela

escola francesa. Durante as primeiras décadas do século XX, época da primeira

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guerra mundial, quando as mulheres adentraram firmemente no trabalho formal

enquanto suas crianças ficavam nas creches. [...] segundo este mesmo autor, o

neuropsiquiatra Dupré, em 1909, afirmou que a independência da debilidade motora,

antecedente do sintoma psicomotor, de um possível correlato neurológico”.

De acordo com Lassac (2008), em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo

relacionou o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do

indivíduo. Em 1935, Edouard Guilmain, neurologista, desenvolve um exame

psicomotor para fins de diagnóstico, de indicação da terapêutica e de prognóstico.

Em 1947, Julian de Ajuriaguerra, psiquiatra, redefine o conceito de debilidade

motora, considerando-a como uma síndrome com suas próprias particularidades. É

ele quem delimita com clareza os transtornos psicomotores que oscilam entre o

neurológico e o psiquiátrico.

A Associação Brasileira de Psicomotricidade (ABP,2003 P. 1) diz que,

O psicomotricista busca compreensão da gênese do psiquismo e dos elementos fundadores da construção da imagem e da representação de si. O sintoma psicomotor instala-se, quando ocorre um fracasso na integração somatopsíquica, consequente de fatores diversos, seja na origem do processo de constituição do psiquismo, ou posteriormente em função de disfunções orgânicas e/ou psíquicas. A patologia psicomotora é, portanto, uma patologia do continente psíquico, dos distúrbios da representação de si cuja sintomatologia pode se apresentar no somático e/ou no psíquico.

1.1 A PSICOMOTRICIDADE E A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Baseado em Rojas (2007) Os movimentos, o brincar é à base da educação

infantil, a partir do brincar a criança vai conhecendo o seu eu, desenvolvendo

noções corporais, criando e recriando possibilidades que permitem desenvolvimento

integral. E nesse sentido a criança pouco a pouco irá ampliando o seu espaço.

Sensação, percepção, cognição e afeto. Através da dinâmica psicomotora, elas irão

perceber as reais potencialidades de seu corpo, dando conta das possibilidades e

dificuldades do mesmo, dividindo experiências, e superando todas as questões que

possam vir a prejudicar um desenvolvimento psicomotor satisfatório. O educador

infantil precisa ter bem conceituado o valor dos movimentos para o desenvolvimento

infantil, tanto para propiciar momentos agradáveis, quanto para uma socialização

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favorável ao respeito mútuo aceitação das diferenças e a própria aprendizagem

cognitiva

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CAPÍTULO II

O MOVIMENTO COMO LINGUAGEM, E COMO ESTE DEVE SER APLICADO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL.

O movimento é essencial para o nosso corpo, a criança gosta e necessita de

explorar o espaço, transpor limites, se descobrir como corpo em ação. Segundo

(cordeiro et al 2008, p.13) “os movimentos têm seus significados construídos

historicamente em função de diferentes necessidades, condições e interesses.

Também nos diferentes contextos sociais e culturais, em diferentes épocas e em

diferentes possibilidades corporais. Isso tem que ver tanto com a motricidade quanto

com a sexualidade- o corpo é matriz da sexualidade”.

Compreender os movimentos como algo eficaz ao desenvolvimento é de

extrema relevância, principalmente para o educador infantil, que precisa criar meios,

atividades que propiciam um brincar cheio de possibilidades para a ação do correr,

pular, subir, descer, passar sobre túnel, etc.

Todas as ações de movimentar-se propicia desenvolvimento, baseado em

Cordeiro et al, (2008) é possível afirmar que uma relação lúdico corporal do docente

para com as crianças são marcantes e quando algo é agradável provoca grandes

possibilidades de interesse, comunicação, socialização, trazendo a noção de

espaço, regras, conceito matemático, respeito mútuo e entre esses a descoberta de

um corpo capaz de desenvolver diferentes habilidades no decorrer do tempo, e é

nesse sentido que o trabalho na educação infantil necessita ter educadores

formados e informados que conhece o ser criança, para que suas ações possam ser

no sentido de desenvolver integralmente o indivíduo.

Ainda de acordo com os autores as atividades lúdico-corporais no contexto

da educação infantil não têm tido real valor, ou seja, nem todos os educadores

desenvolve esse conceito, deixando a desejar as atividades que envolvem

motricidade.

E em acordo com esse pensamento cinco das educadoras entrevistadas

concordam com esta afirmativa, pois ao perguntar se toda escola propicia atividades

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que favoreça o desenvolvimento corporal foi obtida a seguintes respostas: a

entrevistada 1, diz que: “não, pelo menos como deveria ser”. Nesta resposta a

educadora afirmou que nem todas as educadoras desempenham atividades

motrizes, ou desenvolve parcialmente. A entrevistada 2 diz que: ”não”. Entrevistada

3 “ como deveria não, poderia aplicar mais”, Entrevistada 4” nem todos têm este

conceito bem desenvolvido”, Entrevistada 5” nem todos.

Para Cordeiro et al, (2008, P.17), quando os educadores da educação

infantil não estão dispostos a trabalhar a ludicidade corporal revela por parte deste

um envolvimento menor com relação ás características inerentes dos processos

educacional, privando tanto as crianças de ter maior qualidade na oferta do ensino

infantil, quanto aos educadores de atuar dentro do contexto maior e rico em

possibilidades educativas.

O autor ressalta a importância da formação acadêmica rigorosa e contínua,

tanto no tangente conceitual, quanto aos debates atuais que versam a respeito do

processo educacional da infância, tendo como base as atividades lúdicas- corporais.

E em acordo com o mesmo podemos dizer que ser educador da educação infantil

não é diferente das demais categorias de ensino, esta exige preparação acadêmica

e constantes debates, o educador precisa conhecer quem é essa criança pequena,

quais são seu real interesse e como serão as atividades para as envolverem e

consequentemente propiciar desenvolvimento.

As crianças têm direito a um ensino de qualidade e prova disso é o que

disse a Constituição Federal de 1988 do nosso país em seu artigo 2005, ”a

educação direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e

incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o

trabalho”. E é nesse sentido que a escola pode ser um verdadeiro espaço de

felicidade, de soltura, de descobertas constantes das potencialidades corporais,

afetivas, cognitivas e sociais das crianças.

Baseado em Vygotsky (1989 apud Rojas 2007) os jogos não são somente

fontes de prazer na educação infantil, aliado a isso está à psicomotricidade.

Em concordância com o autor as atividades corporais devem ser trabalhadas

na educação infantil no sentido de propiciar ás crianças condições para que possam

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se relacionar entre si e com a sociedade e com os objetos que a circundam, por

meio de atividades que as levem a adquirir a consciência do próprio corpo.

Tendo os movimentos como parte fundamental ao trabalho com a infância foi

perguntado as educadoras como elas percebiam os movimentos para o

desenvolvimento da aprendizagem, e foram obtidas as seguintes repostas:

Entrevistada 01 ”Fundamental, é através dos movimentos que a criança desenvolve

a base para coordenação motora”. Entrevistada 02 “por meio das atividades

corporais as crianças expõem suas habilidades de força, agilidade, equilíbrio e

raciocínio lógico matemático.” Entrevistada 03 “através dos movimentos a criança

desenvolve habilidades que permitira com mais resultado as aprendizagens até

mesmo de escrita, leitura e resolução de problemas, como noção espacial, temporal

e outros”. Entrevistada 04 “a criança que participa de diversas atividades corporais

tende a desenvolver melhor o equilíbrio a segurança nas ações da vida social”.

Entrevistada 5 “os movimentos criam diversas noções como lateralidade, espaço,

respeito aos colegas e as regras sociais e ainda facilita as futuras aprendizagens

escolares.

Em acordo com as educadoras e baseado em Cordeiro et al (2008) é

possível dizer que através do movimentar do corpo no espaço a criança amplia seu

conhecimento explorando o mundo que a cerca e descobre o seu próprio eu

corporal, demonstrando a expressão corporal, ou seja uma linguagem corporal, a

criança externaliza por meio do corpo uma linguagem que pode ser percebida e

interpretada pelos educadores, pois a leitura de seus corpos pode nos fornecer ricos

indicadores de suas necessidades, e aspectos fundamentais de seu

desenvolvimento, assim como demostrar através do corpo objetos de conhecimento

que fazem parte do saber da educação infantil.

Os movimentos, a brincadeira na educação infantil é o principal interesse

das crianças e (Steban 1997 apud Rojas, 2007 p.17), fala da necessidade de virar o

jogo, superando o discurso da preparação para a leitura e escrita, o mesmo defende

a ideia de valorizar o processo de construção do conhecimento empreendido pelas

crianças.

Dentro do pensamento do autor as atividades na educação infantil é a

valorização do mundo infantil e esta ultrapassa a preparação para leitura e escrita, é

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um fazer pedagógico diferenciado que inclui movimentos, exploração, socialização,

diversas descobertas que tornará a criança com maiores possibilidades de conviver

com os outros, descobrir a si mesma e o mundo que a cerca.

Geralmente tem se a ideia de bom comportamento ao não movimentar na

sala de aula e nesse sentido, o Referencial Curricular Nacional para a Educação

Infantil (1998, p.19) mostra que:

É importante que o trabalho incorpore a expressividade e a mobilidade próprias ás crianças. Assim, um grupo disciplinado não é aquele em que todos se mantêm quietos e calados, mas sim um grupo em que os vários elementos se encontram envolvidos e mobilizados pelas atividades propostas. Os deslocamentos, as conversas e as brincadeiras resultantes desse envolvimento não podem ser entendidos como dispersão ou desordem, e sim como uma manifestação natural das crianças. Compreender o caráter lúdico e expressivo das manifestações da motricidade infantil poderá ajudar o professor a organizar melhor a sua prática, levando em conta a necessidade das crianças.

Desta forma é necessário compreender a necessidade que as crianças têm

de se locomoverem de brincar, interagir, se expressar, o educador e aquele que

media as situações e intervém em determinadas situações ajudando a crianças a

internalizar regras de convivência é um grande facilitador da aprendizagem, a

criança necessita de um espaço escolar rico de ludicidade, que causa, provoca

anseios por novas descobertas, que vão a cada fase propiciando desenvolvimento.

Nogueira (2008, p.12 ) fala do desenvolvimento como sendo “a capacidade

do individuo realizar funções cada vez mais complexas, e isso envolve controle

neuromuscular, destreza e funções que só podem ser mensurados por meio de

provas ou testes funcionais”. Em acordo com o citado o desenvolvimento infantil não

é o crescimento físico, mas sim a capacidade de resolver situações, novas

descobertas que implicam um novo saber para a assimilação de outro mais

complexo.

Quando as atividades, o fazer pedagógico acontece com a riqueza de trocas

afetivas o desenvolvimento tende a ser mais intenso e na teoria Piagetiana “o

aspecto afetivo é um dos componentes do desenvolvimento intelectual, bem assim o

aspecto cognitivo, formando uma unidade: dois lados de uma mesma moeda. À

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medida que a criança amadurece física e psicologicamente, estimulada pelo

ambiente físico e social, vai construindo a inteligência”. (NOGUEIRA, 2008, p.35)

E levando essa teoria para a psicomotricidade que compreendemos que

esta deve ser oportunizada principalmente na educação infantil, pois o ambiente

escolar que oferece diversas brincadeiras cria situações para o movimento, que

envolve a criança e é por ela envolvida está de acordo com essa teoria, pois

conforme Piaget o ambiente físico e social estimulador propiciam provoca o

desenvolvimento da inteligência.

A movimentação do corpo da criança na prática pedagógica da Educação

Infantil poderá, segundo Garanhani (2001-2002, p.116-117), ser norteada por três

eixos:

1. Autonomia e identidade corporal – implica aprendizagens que envolvem o corpo em movimento para o desenvolvimento físico-motor, proporcionando assim o domínio e a consciência do corpo, condições necessárias para a autonomia e formação da identidade corporal infantil. 2. Socialização – sugere a compreensão dos movimentos do corpo como uma forma de linguagem, utilizada na e pela interação com o meio social. 3. Ampliação do conhecimento das práticas corporais infantis – envolve a aprendizagem das práticas de movimentos corporais que constituem a cultura infantil, na qual a criança se encontra inserida. Ao utilizar esses eixos na prática da Educação Infantil, o brincar se apresenta como um princípio pedagógico, pois na pequena infância esse comportamento propicia à criança condições de agir e compreender os significados presentes em seu cotidiano.

Para compreender se o espaço da escola Raio de sol é propicio e como esse

é utilizado pelos educadores na aplicação das atividades de movimentos corporais

que o capitulo a seguir foi construído.

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CAPITULO III

O ESPAÇO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA ORGANIZAÇÃO

Tendo os movimentos como uma prática que faz parte do educar,

principalmente na educação infantil foi perguntado para as educadoras se o espaço

da escola Raio de Sol é propicio para o desenvolvimento de atividades que implicam

diversos movimentos, as respostas foram as seguintes: Entrevistada 01, “vai

depender dos movimentos e do local, mas na educação infantil nós devemos

respeitar a faixa etária e a capacidade de cada um. Então as atividades físicas não

necessitarão de grandes espaços, basta ser limpo, árido e claro”. Entrevistada 02

”ainda não, precisamos de espaços mais amplos e cobertos arejados”. Entrevistada

03 “falta mais investimento, para tornar o espaço melhor, mas não é desculpa para a

não aplicação de atividades que exigem movimentos, pois há espaço para esta

finalidade.”. Entrevistada 04 ”acredito que o espaço é bom, embora acho que este

possa ser melhorado.” Entrevistada 05 “o espaço é propicio para o educador realizar

as atividades corporais juntamente com as crianças, mas este é pequeno para o

momento do recreio.”

De acordo com as respostas obtidas das educadoras o espaço da escola

pode ser melhorado, mas conforme as mesmas este não é o ponto principal para a

não aplicação dos movimentos, e diante das informações colhidas é possível

perceber que infelizmente nem todos conceituam a importância da aplicação das

atividades psicomotoras, e Coutinho (2002, p 61),

Defende a necessidade de se rever as linguagens que são priorizadas nas Instituições de Educação Infantil, pois, mesmo diante do grande envolvimento das crianças com práticas de movimento corporal, existe por parte dos adultos maior preocupação em se desenvolver as linguagens oral e escrita.

Desta forma a linguagem corporal das crianças não tem ainda hoje o amplo

valor pedagógico que deveria ter, ficando as escolas mais preocupadas em

desenvolver outras atividades, e em muitas vezes buscando a imobilidade das

crianças como características de bom comportamento.

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Segundo Rojas (2008, p.19), “os espaços na educação de infância devem

oferecer os mobiliários, os jogos, de forma organizada, para atender ás

especificidades da faixa etária das crianças”. Em acordo com a autora são nestes

espaços organizados com toda a intenção de valorizar o mundo infantil que fara a

diferença para criar novas habilidades, novos conceitos, que irão contribuir tanto

para o cognitivo desta criança, como para a constituição do sujeito que tem sua

própria identidade e autonomia.

Para Rojas a escola, a sala de aula, o pátio é um convite para o brincar,

sendo que esta ação é uma investigação, de descobertas de construções sobre si

mesma e do mundo, é uma viagem fascinante que permitira avançar a cada dia em

um mundo cheio de possibilidades, que torna a escola um verdadeiro lugar de

conhecimento e prazer, e este gosto pela escola quem é capaz de desenvolver é o

educador que tem uma rica e sublime condição de criar possibilidades para

internalização do desenvolvimento pleno do sujeito.

Em diálogo com Rojas 2008, “a experimentação de diferentes espaços,

criação de diversos papeis sociais, do faz-de-conta por si só já é de grande

relevância para a aprendizagem”. Ao brincar a criança se submete a regras de

comportamento criado por elas mesmas quando querem criar uma ação de brincar.

Em acordo com Rojas 2008, o brincar deve ocupar um lugar especial na

prática pedagógica, os educadores podem oferecer momentos para as crianças

criarem este brincar, assim como planejar momentos de atividades dirigidas com a

intenção de alcançar seus objetivos, pois as crianças irão participar deste brincar

sentido prazer sem pensar no que estão desenvolvendo como conceitos ou

habilidades corporais, mas o educador que desenvolve ações intencionais nas

atividades aplicadas saberá o que estas crianças estão desenvolvendo, pois

organizar espaços para os jogos e para as brincadeiras deve ser entendido pelo

educador como um caminho metodológico que ofereça situações em que envolva as

crianças.

Horn (2004, apud Rojas 2008) não basta à criança estar em um espaço

organizado de modo a desafiar suas competências. É preciso que ela interaja com

esse espaço para vivê-lo intencionalmente. Desta forma esses espaços estão

dotados de construções sociais que serão externalizados para além dos muros

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escolares, pois são as atitudes a forma de relação desempenhadas no espaço

escolar que o definem como cheio de descobertas ou vazio por não contemplar as

especificidades que é o trabalho com a infância.

De acordo com Rojas (2008,p.19) “os espaços na educação de infância

devem oferecer os mobiliários, os jogos, de forma organizada, para atender ás

especificidades da faixa etária das crianças” e dialogando com a autora podemos

dizer que é nesses espaços que a criança irá desenvolver conceitos e habilidades,

principalmente nas atividades que incluem jogos e brincadeiras.

Horn, 2004 (apud Rojas 2008 p. 29) diz que

uma proposta pedagógica se efetiva em espaço e tempos por meio de atividades realizadas por crianças e adultos em interação. As condições do espaço- organização, recursos disponíveis, diversidade de ambientes internos e ao ar livre, limpeza, segurança, etc. são fundamentais, mas é pelas relações que os sujeitos estabelecem que o espaço físico adquire a condição de ambiente.

É por isso que é importante salientar que os espaços devam ser bem

planejados, realizados investimentos para que estes sejam agradáveis, mas,

contudo não basta ter ambientes favoráveis se as relações desempenhadas não

forem de interação, afetividade, de exploração de verdadeiras descobertas, pois os

espaços são interessantes conforme a intenção que se coloca no uso dos mesmos.

3.1 A ESCOLA COMO PROMOTORA A QUALIFICAÇÃO CONTINUADA AOS

DOCENTES

Para saber se a escola tem a preocupação com as atividades psicomotoras

foi realizada a pergunta, a escola tem trabalhado de alguma forma a importância dos

movimentos corporais para o desenvolvimento infantil com os docentes?

Entrevistada 01: “sim, incentivando a ferramenta música com gestos, formulação de

projetos para aplicação de atividades”. Entrevistada 02: “a escola trabalha os

movimentos corporais porque é por meio deles que a criança adquire suas noções

básicas de lateralidade, temporalidade, espacialidade e noções de medida e valor”.

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Entrevistada 03 “sim a escola discute na sala de educadores sobre o brincar”.

“Entrevistada 04” “sim, a escola trabalha a importância dos movimentos, das

atividades psicomotoras, mas nem todos aplicam”. “Entrevistada 05 “sim tem

trabalhado”“.

Conforme as respostas das educadoras a escola têm trabalhado a

importância dos movimentos para o desenvolvimento infantil, mas segundo as

mesmas nem todos os educadores desta instituição aplicam esse tipo de atividade

como deveriam.

Baseado em Beauchamp (2005 apud Berwanger 2011,) a educação infantil

é um tempo em que as crianças estão em constante evolução, sendo que esta

participação, interação escolar, permite desenvolvimento, a criança vivencia uma

aprendizagem que para ela é fascinante, rico em descobertas, imaginação,

fantasias. E todas as possibilidades que a educação infantil oferece é para permitir

que a infância seja prazerosa, cheia de magia, interação, um fazer pedagógico

diferenciado, pois a educação infantil não é um período preparatório para a

escolaridade futura. E é nesse sentido que os educadores de infância devem se

basear, pois essa fase oferece oportunidades que valorizam a construção da

identidade, de um eu com autonomia.

Para Rojas (2008, p.21) “o ato de brincar tão privilegiado pela criança

precisa ocupar mais espaços na escola”. E este trabalho infantil deve ser levado a

sério, é através do brincar que a criança adquire capacidade de pensar, refletir,

abstrair, organizar, realizar, construir e é através desta compreensão que toda a

escola terá condições de realizar um trabalho igualitário onde todos tenham o

entendimento da ação pedagógica que devem desenvolver na educação de infância.

A escola precisa oferecer formação continuada para os educadores da educação

infantil, e se preciso cobrar as ações que valorizem a educação de infância

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CONCLUSÃO

A realização desta pesquisa permitiu compreender um pouco da prática da

escola Raio de Sol do município de Colniza em relação aos movimentos corporais, e

conforme os dados colhidos é possível concluir que as educadoras entrevistadas

conhecem a importância dos movimentos corporais no desenvolvimento infantil. As

mesmas reconhecem que os movimentos corporais é algo prazeroso para as

crianças que ao brincar, correr, pular, transpor obstáculos, explorar o parque, jogar

entre outras possíveis atividades essas crianças adquirem conhecimentos,

desenvolvem habilidades e conhecem as dificuldades do seu corpo que podem a vir

a ser superada no decorrer do tempo. E é principalmente nessas atividades que a

criança coloca todo o seu sentimento em relação à determinada situação e é uma

ferramenta extremamente oportuna para o educador realizar uma intervenção

pedagógica que permitirá construções significativas para a concepção de sujeito

inserido socialmente.

Mas as mesmas afirmaram que nem todos os educadores realizam as

atividades psicomotoras como deveria e este é um fator negativo, quanto ao espaço

da escola é possível dizer que o mesmo precisa ser melhorado de acordo com as

mesmas, mas contudo diante das respostas das educadoras os movimentos

corporais não acontecem por parte de todos professores por causa do espaço, mas

por despreparo ou por não valorizar o mesmo como indispensável para o

desenvolvimento, dando maior importância a linguagem escrita. Segundo as

mesmas a escola trabalha a importância dos movimentos corporais para o

desenvolvimento infantil, mas nem todos tem dado real importância aos movimentos

corporais como proposta curricular da educação infantil.

Em acordo com as respostas das educadoras é possível concluir que há

educadores que desenvolvem uma prática pedagógica dentro da proposta da

educação infantil, mas por outro lado dentro das afirmações das mesmas foi

possível analisar que ainda hoje quando já tivemos determinados avanços quanto à

concepção da educação infantil e quais as suas necessidades pedagógicas, ainda

encontramos professores que precisam rever sua postura como educador da

educação infantil, sendo que para trabalhar nesta área estes devem estar

preparados para a concepção de criança.

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REFERÊNCIAS

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ROJAS, Jucimara, Regina A parecida Marques, de Souza, Rosana Carla Gonçalves Gomes Cintra, Dinâmica do trabalho e a organização do espaço na educação infantil, fascículo I. Cuiabá: EdUFMT2008

ROJAS Jucimara. Jogos, Brinquedos e brincadeiras: o Lúdico e o Processo de desenvolvimento Infantil, Fascículo I. Cuiabá: EDUFMT, 2007.

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LIMA, Sandra Vaz, A importância da Psicomotricidade na educação infantil. Disponível em: <http://www.artigonal.com/educacao-artigos/a-importancia-da-psicomotricidade-na-educacao-infantil-340329.html>. Acesso em: 31/ Set, 2013

MARTINS, Porto Lussac Psicomotricidade: história, desenvolvimento, conceitos, definições e intervenção profissional. Disponível em:< http://www.efdeportes.com/efd126/psicomotricidade-historia-e-intervencao-profissional.htm>. Acesso em: 31 Out, 2013.

OTONI, Barbara B. Valle psicomotricidade na Educação Infantil. Disponível em: <http://www.psicomotricidade.com.br/artigos/psicomotricidade_educacao>: Acesso em: 31, out, 2013

SANTOS, Alessandra de Souza, Elisangela Pereira, Lerci de Jesus, Suzidarlen Moreno Mendes, Vanessa Priante Alecrim.Psicomotrocidade educação do movimento. Disponível em:<http://www.webartigos.com/artigos/psicomotricidade-educacao-do-movimento/17901/#ixzz2jJ00abLQ> Acesso em: 31, out, 2014.

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ANEXO

1) Como você educador percebe os movimentos para o desenvolvimento da aprendizagem?

2) Você acha que o espaço da escola é propicio para o desenvolvimento de atividades que implicam diversos movimentos?

3) A seu ver toda escola propicia atividades que favoreça o desenvolvimento corporal?

4) A escola tem trabalhado de alguma forma a importância dos movimentos corporais para o desenvolvimento infantil com os docentes? Como?

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