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Faculdade de Medicina Curso de Fisioterapia PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO DE FISIOTERAPIA Fortaleza 2009

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Faculdade de Medicina Curso de Fisioterapia

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO DE FISIOTERAPIA

Fortaleza

2009

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Reitor

Jesualdo Pereira Farias

Vice-Reitor

Henry de Holanda Campos

Pró-Reitor de Administração

Luís Carlos Uchôa Saunders

Pró-Reitora de Assuntos Estudantis

Maria Clarisse Ferreira Gomes

Pró-Reitor de Graduação

Custódio Luís Silva de Almeida

Pró-Reitor de Extensão

Antonio Salvador da Rocha

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

Gil de Aquino Farias

Pró-Reitor de Planejamento

Ernesto da Silva Pitombeira

Diretor da Faculdade de Medicina

José Luciano Bezerra Moreira

Coordenação do Curso de Medicina

Yacy Mendonça de Almeida

Responsáveis pelo Projeto Pedagógico

Andréa da Nóbrega Cirino Nogueira

Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho

Cristiano Teles de Souza

José Luciano Bezerra Moreira

Maria do Socorro Quintino Farias

Soraya Maria do Nascimento Rebouças Viana

Vasco Pinheiro Diógenes Bastos

Yacy Mendonça de Almeida

Supervisão Pedagógica

Inês Cristina de Melo Mamede

Yangla Kelly Oliveira Rodrigues

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 5

2 JUSTIFICATIVA 7

3 HISTÓRICO DO CURSO 9

4 PRINCÍPIOS NORTEADORES 11

5 OBJETIVOS DO CURSO 14

6 COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E ATITUDES A SEREM

DESENVOLVIDAS

16

7 PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO 18

8 ÁREAS DE ATUAÇÃO 20

8.1 Fisioterapia Clínica 20

8.2 Saúde Coletiva 21

8.3 Educação 21 8.4 Outros 21

9 METODOLOGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 23

10. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 26

10.1 Unidades Curriculares 26

10.1.1 Eixo I Formação Social, Humana e Pesquisa 27

10.1.2 Eixo II Formação Biológica 27

10.1.3 Eixo III Formação Pré Profissional Integrativo 28

10.1.4 Eixo IV: Formação Profissional Instrumental 28

10.1.5 Eixo V: Profissional Avançado 29

10.2 Disciplinas por Departamento 30

10.3 Ementário das Disciplinas 32

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10.4 Estágio Supervisionado 39

10.4.1 Objetivo geral 39

10.4.2 Objetivos específicos 39

10.4.3 Vivências em Fisioterapia 40

10.4.4 Estágios Supervisionados 40 10.4.4.1 Estágio Ambulatorial/CRUTAC 41

10.4.4.2 Internatos 41

10.4.5 Mecanismos efetivos de acompanhamento e de

cumprimento dos Estágios Supervisionados

42

10.4.6 Relação aluno/professor - Supervisor de Estágio 44

10.5 Trabalho de Conclusão de Curso 44

10.5.1 Mecanismos efetivos de acompanhamento do trabalho

de conclusão de curso

45

10.5.2 Relação aluno/professor ou trabalho/professor na

orientação de trabalho de conclusão de curso

45

10.6 Atividades Complementares 46

11 INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR 47

12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO

PEDAGÓGICO 51

13 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A OFERTA DO

CURSO

13.1 Laboratórios

13.1.1 Laboratório de Microscopia

13.1.2 Laboratório de Anatomia

13.1.3 Laboratório de Fisiologia

13.1.4 Laboratório de Cinesiologia/Biomecânica e

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Cinesioterapia

13.1.5 Laboratório de Bases, Técnicas e Métodos de

Avaliação (BTMA)

13.1.6 Laboratório de Eletro-Termo e Fototerapia

13.1.7 Laboratório de Fisioterapia Cardiorrespiratória

13.1.8 Laboratório de Fisioterapia Aquática

13.1.9 Clínica Escola

13.2 Biblioteca

13.3 Recursos Humanos

13.4 Recursos Financeiros

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1 APRESENTAÇÃO

O curso de Fisioterapia a ser implantado na Universidade Federal do

Ceará (UFC) é apresentado no presente documento como uma nova ferramenta na

área de ensino, pesquisa e extensão. Pretende-se desenvolver um projeto inovador

de ensino nesta área, pois sabe-se que a renovação da prática docente poderá

contribuir para um novo cenário na formação do fisioterapeuta, fugindo de modelos

pedagógicos voltados apenas para formação tecnicista ou para especialidades, ou

ainda, afastando-se de modelos educacionais conservadores que tenham como foco

essencial a reprodução do conhecimento.

Para Kuhn (1998) "paradigma significa a constelação de crenças,

valores e técnicas partilhadas pelos membros de uma comunidade científica". Como

as profissões da área de saúde, a Fisioterapia, se estruturou a partir do modelo

biomédico, baseando-se no paradigma newtoniano-cartesiano. Esse paradigma,

não dá mais conta de atender às exigências das atuais transformações. Portanto,

temos o desafio de investigar a ciência buscando novas abordagens, inovando e

preocupando-se em não fragmentar o conhecimento, o ser humano e a realidade.

Segundo Souza (2002), diversas propostas inovadoras foram

apresentadas nos últimos anos nas escolas brasileiras, entretanto não se observa

essa prática no cotidiano do docente. O curso de Fisioterapia da UFC se propõe a

romper com as ferramentas tradicionais e transformar a sala de aula em um

ambiente de aprendizagem, onde o conteúdo será abordado com base no

desenvolvimento de competências, integrando conhecimento e valorizando a

interdisciplinaridade. O professor Paulo Freire, já defendia uma abordagem

progressista, onde o enfoque está no indivíduo, desenvolvendo e compartilhando

seu crescimento intelectual por meio do diálogo das idéias, informações e

cooperação entre seus pares (FREIRE, 2001)

A Fisioterapia é uma área do conhecimento que tem como objeto de

estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e

potencialidades, quer nas alterações patológicas cinético-funcionais, nas

repercussões orgânicas ou psíquicas, preservando, desenvolvendo e restaurando a

integridade de órgãos, sistemas e funções, desde a elaboração do diagnóstico físico

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e funcional, eleição e execução dos procedimentos fisioterapêuticos (COFFITO,

2005).

Constitui-se atualmente um recurso terapêutico e sua ação é orientada

para a compreensão da política de saúde vigente. Apresenta um papel marcante no

campo social, pois atua em todos os níveis de atenção a saúde: promoção,

prevenção, e reabilitação, ocupando assim um lugar de destaque dentre as

profissões da área de saúde. Poucas profissões alcançaram um desenvolvimento

tão rápido e significativo nos últimos dez anos, aliando conhecimento científico à

evolução tecnológica.

Desta forma, o desafio da Universidade Federal do Ceará, será implantar

o curso de graduação em Fisioterapia, possibilitando aprendizagem, formação e

capacitação permanentes. Acredita-se que, neste contexto, definam-se a

flexibilização e a contextualização de uma organização curricular pautada na

aprendizagem dinâmica, ou seja, pautada no processo de aprendizagem pela

experiência aliada ao conhecimento cognitivo. Para tanto, o novo curso aqui

apresentado agregará conhecimento e pesquisa na área de reabilitação à estrutura

pedagógica e acadêmica já existente nesta Universidade.

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2 JUSTIFICATIVA

A Universidade Federal do Ceará dará um importante passo no contexto

político- acadêmico, pois ainda não há uma faculdade pública de Fisioterapia no

Estado do Ceará, portanto, abrirar-se-á novas perspectivas para a educação,

sintetizando assim, o lema: “educação como direito e como bem público”, que são

fundamentos de uma política educacional justa e democrática, conforme defendeu o

ex-ministro da Educação, Tarso Genro, na conferência proferida no Seminário

Internacional para a Reforma e Avaliação da Educação Superior, realizado em abril

de 2007 na cidade de São Paulo.

É oportuno, neste momento, preencher esta lacuna, proporcionando à

sociedade o acesso a um curso público e gratuito. A atuação da Fisioterapia na

prevenção e tratamento de diversas patologias, assim como na reabilitação, é de

extrema importância e apresenta reconhecimento crescente junto às demais

profissões e instituições da área da saúde.

Também se justifica a necessidade social do curso de Fisioterapia pela

carência de profissionais especializados, de estudos e de pesquisas que possibilitem

a evolução de novas técnicas e métodos e novas aplicações dos conhecimentos

relativos à Fisioterapia.

Ressalta-se, que em 2008 a UFC oficializou a primeira Residência na

área de Fisioterapia do Norte e Nordeste. A Residência em Fisioterapia Hospitalar

do Hospital Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC/UFC),

constitui uma modalidade de ensino de Pós-Graduação lato sensu, destinada a

fisioterapeutas, sob a forma de Curso de Especialização, caracterizada por

treinamento em serviço. O Programa funciona sob aprovação e controle

administrativo do HUWC/UFC e da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação.

A partir desta vivência iniciada com a Residência Hospitalar em

Fisioterapia, sentiu-se a necessidade de formar profissionais oriundos da própria

Universidade Federal para desta forma iniciar o seu ciclo de formação.

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Pode-se oferecer uma alternativa de formação acadêmica com

adequações curriculares que permitam uma formação profissional diferenciada, se

opondo a tendência atual, que é a prática de métodos de ensino fundamentados na

transmissão, memorização e reprodução do conhecimento (BEHRENS, 1999). Esta

concepção tem contribuído para a manutenção dos modelos conservadores apesar

de todas as críticas feitas a ela, terem ainda predominado nos cursos da área de

saúde.

A Universidade Federal do Ceará já conta com a infra-estrutura básica

necessária para iniciar o curso, a exemplo: laboratórios e biblioteca, podendo

utilizar-se como espaços de ensino, o Hospital Universitário Walter Cantidio e a

Maternidade Escola Assis Chateaubriand.

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3 HISTÓRICO DO CURSO DE FISIOTERAPIA

No Brasil, a Fisioterapia iniciou-se como atividade física de reabilitação

dentro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo no ano de 1929, mas foi em

1951 que foi criado o primeiro curso para formação de fisioterapeutas, denominados

técnicos, e tinha a duração de 1 ano. Na década seguinte, para melhor adequação

ao curso, bem como, o aumento da procura por profissionais em consequente ao

alto índice de indivíduos portadores de sequelas motoras da poliomielite, a demanda

por essa formação aumentou e o curso passou a ter a duração de 2 anos.

Em 1969, conforme decreto lei 938/69, a Fisioterapia foi reconhecida

como um curso de nível superior. Para esta regulamentação criou-se o Conselho

Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e Conselhos Regionais

(CREFITOs) conforme a Lei 6316 de 17 de dezembro de 1975. O COFFITO assumiu

a função de legislar, estabelecendo o código de Ética (Resolução nº 10/78)

normalizando a profissão e a atuação do Fisioterapeuta. Ao CREFITO coube a

função de legalizar e fiscalizar o exercício profissional.

Em 1983, o Conselho Federal de Educação, através da resolução nº 04

de 28 de fevereiro de 1983, edita o currículo mínimo para a Fisioterapia com 4 anos

letivos. O conteúdo foi dividido em 4 ciclos, composto pelas seguintes matérias:

biológicas, de formação geral, pré-profissionalizantes e profissionalizantes. Esse

currículo mínimo vigorou até 1996, quando o MEC através da LDB (Lei de Diretrizes

e Bases) estabeleceu novas regras, dando autonomia para as Universidades e

Faculdades elaborarem seus currículos.

A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação conhecida como LDB

9394/96, estabelece Diretrizes Gerais para a educação no Brasil, flexibilizando os

currículos. Em dezembro de 1997, a Secretaria de Ensino Superior do MEC

convocou as Instituições de Ensino Superior (IES), para apresentarem propostas de

Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação. Durante os anos de 1998 e

1999, as entidades de classe e governamentais (COFFITO, CREFITOS,

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Coordenadores de cursos, docentes, discentes e profissionais interessados, foram

convocados para debater e propor ao MEC as diretrizes gerais que deveriam nortear

o ensino da Fisioterapia no Brasil.

Em 19 de fevereiro de 2002, o Conselho Nacional de Educação institui as

Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia através da

Resolução CNE/CES Nº 4 (BRASIL, 2002) e Parecer CNE/CES nº 1210/2001.

Considerando as características e peculiaridades necessárias à formação

do Fisioterapeuta conforme as Diretrizes Curriculares estabelecidas para o curso

(Resolução CNS/CES nº4/2002). A comissão da CES/CNE através do Projeto de

Resolução Nº 23001.000134/2007-09 recomenda a carga horária mínima de 4000

horas para o curso de graduação em Fisioterapia.

A evolução social e profissional da Fisioterapia exigiu o desmembramento

dos Conselhos Regionais. Segundo fontes do INEP de 2007, existem no Brasil,

93.590 registros profissionais definitivos, sendo registrados no Ceará 2280

profissionais.

No Ceará, contam-se nove cursos de graduação, sendo seis destes em

funcionamento na capital do Estado, todos em Instituições particulares de ensino.

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4 PRINCÍPIOS NORTEADORES

O Curso de Fisioterapia na Universidade Federal do Ceará seguirá as

novas exigências, decorrentes da implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais

(2002) que lançam para os cursos da área da Saúde o desafio de estabelecer um

currículo que seja flexível, respeite a diversidade, garanta à qualidade da formação

e, ao mesmo tempo, que permita uma aproximação entre o projeto formador, a

realidade social e as necessidades em saúde mais prementes na população

brasileira. O artigo 196 da Constituição Brasileira, diz:

“saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 1998).

A orientação da formação profissional com base nos preceitos do Sistema

Único de Saúde revela a necessária visão sistêmica que permita compreender a

saúde em todas as suas dimensões, as quais não se distanciam das dimensões de

vida do ser humano. Essa concepção, somada aos princípios doutrinários e

organizacionais do sistema de saúde, na forma da universalização do acesso, do

atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo

dos serviços assistenciais e da participação da comunidade, dentre outros efeitos,

produzem significativa mudança comportamental no campo das práticas

assistenciais e relacionais (OFICINA REGIONAL [...])

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (1999), é imprescindível

para o desenvolvimento pleno da cidadania, o sentimento do respeito pelo outro, o

que contribui para a expansão da sensibilidade, pois, os conceitos de qualidade,

trabalho e cultura estão interligados à natureza humana.

Esta proposta pedagógica é orientada no ponto de vista interdisciplinar e

transdisciplinar, construindo saberes voltados para os valores e relações humanas

com o intuito de suprir as limitações no processo saúde-doença, por meio da

integração e interação do todo e as suas partes. Contribui assim, com a visão

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sistêmica que promove a formação de um profissional que tenha condições de

refletir e agir em relação aos desafios sociais, econômicos, culturais, políticos e

ambientais. Deste modo, a interdisciplinaridade requer o relacionamento entre as

disciplinas, com sua unidade e sua diversidade

A transdisciplinaridade supera a fragmentação do conhecimento uma vez

que o contato com equipes multiprofissionais pode servir de base para reflexão

sobre o ensino e a atuação conjunta. Da mesma forma, o contato entre alunos de

diferentes cursos de graduação da área da saúde (Medicina, Odontologia,

Enfermagem, Psicologia, Farmácia, entre outros) e mesmo de outras áreas

(Pedagogia, Comunicação, Administração, Direito, entre outros) se volta para um

olhar global do ser humano e seu cuidado integral.

A abertura para o novo supõe constante flexibilidade, que deve tornar-se

prática constante aos profissionais de saúde; subjetividade que diz respeito ao

espaço íntimo do indivíduo; a diversidade, que faz referência à identificação da

pessoa e o respeito à diferença. A educação deve também estar voltada para o

relacionamento entre pessoas como condição e garantia da solidariedade intelectual

e moral da humanidade, ao mesmo tempo em que, se sente ligado ao grupo, se

respeita a subjetividade de cada aluno/indivíduo e suas diferenças, e com isso se

estimula a reflexão e a autonomia do pensamento e da prática (MAGALHÃES e

cols., 2005).

Nesta perspectiva, alguns princípios são estabelecidos para nortear o

curso de Fisioterapia, dentre estes: a formação de um fisioterapeuta generalista e

humanista, ético, comprometido com a universidade na melhoria da qualidade do

ensino, pesquisa e extensão e prestação de serviços a comunidade; o currículo

integrado e sua correspondente organização institucional que articula

dinamicamente prática e teoria, trabalho e ensino, ensino e comunidade por meio da

integração dos conteúdos e das disciplinas (DAVINI, 1983)

Quanto à metodologia de ensino, o que aqui se propõe, delineia a

descaracterização de aluno-receptor de informações e promove a formação do

aluno-construtor de seu conhecimento reflexivo sobre sua prática. A vivência, a

observação e a reflexão sobre problemas extraídos da realidade irão despertar o

interesse para os temas estudados.

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Para isso, o curso oferecerá metodologias próprias de intervenção, onde

os alunos serão inseridos em ações práticas e de vivências de eventos reais desde

o início da vida acadêmica, desta forma, acreditamos que será possível alcançar as

condições básicas para o aluno formular a prescrição, intervenção, atendimento e

alta fisioterapêutica, seguindo as Diretrizes Curriculares atuais.

As disciplinas/conteúdos clássicas são integradas em módulos de ensino,

com temáticas específicas, trabalhadas a partir da discussão de problemas e busca

de informações e subsídios teóricos e técnicos para a sua solução.

Em resumo, o Curso de Fisioterapia será norteado pela implantação de

metodologias ativas, com base em ações desencadeadas por desafios, problemas e

projetos, deslocando o foco do trabalho educacional do ensinar para o aprender, do

que vai ser ensinado para o que é preciso aprender (ZARIFIAN, 2001), valorizando o

docente no papel de facilitador e mediador do processo de aprendizagem.

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5 OBJETIVOS DO CURSO

O curso objetiva formar Fisioterapeutas com vivência em diferentes

realidades, ou seja, capaz de prestar serviços de qualidade baseados em

conhecimento sólidos em clínicas, hospitais, ambulatórios e assistência à

comunidade, atuando como coadjuvante nas diversas especialidades médicas, com

fundamentação teórico-prática que permita identificar, integrar e atender às

demandas sociais na área de reabilitação.

São objetivos específicos:

a. desenvolver conhecimentos biológicos, anátomo-fisiológicos e

fisiopatológicos para o entendimento do processo saúde-doença;

b. conhecer os recursos semiológicos, diagnósticos e terapêuticos que

instrumentalizam a ação do Fisioterapeuta nas diferentes áreas de

atuação profissional;

c. possibilitar a construção de conhecimentos de Fisioterapia preventiva;

d. capacitar o aluno ao trabalho na promoção da saúde

e. desenvolver conhecimentos de cinesiologia, cinesiopatologia e

cinesioterapia

f. capacitar o aluno para a análise da função e e prevenção de alterações

do movimento humano;

g. promover o desenvolvimento de conhecimentos biotecnológicos

embasados na biofísica, informática e metodologia científica;

h. possibilitar a elaboração e incorporação de inovações na área da

Fisioterapia;

i. possibilitar o conhecimento com relação às políticas de saúde, educação,

trabalho e administração em Fisioterapia;

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j. desenvolver programas e ações básicas de saúde.

k. promover o espírito investigativo, a criatividade e a curiosidade científica;

l. habilitar o aluno ao trabalho com visão integrada e de forma

interdisciplinar e transdisciplinar.

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6 COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E ATITUDES A SEREM DESENVOLVIDAS

Segundo Demo (1997) cabe a Universidade, desenvolver o potencial

humano para formar cidadãos capazes de intervir eticamente na sociedade, sendo

suas ações movidas pelo conhecimento inovador.

O processo educacional fornece ao indivíduo as ferramentas necessárias

para que ele possa desenvolver competências, tais como: mobilizar o que aprendeu;

desenvolver autonomia intelectual diante de um desafio profissional; saber

transformar informações em conhecimentos pessoais; fazer análise e síntese;

relacionar aprendizagem e tirar conclusões (OLIVEIRA, 2002).

Competência, segundo Perrenoud (2000), é a faculdade de mobilizar um

conjunto de recursos cognitivos, saberes, capacidades e informações para

solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações. A formação por

competência é um processo complexo que implica relações diversas entre os

diferentes níveis de conhecimento, dos saberes, dos esquemas de ação e do

contexto.

Zarifian (2001) diz, “a competência é o tomar iniciativa e assumir

responsabilidade diante de situações profissionais com as quais o indivíduo se

depara”. Para tanto, o mesmo autor resume em três conceitos o que há de essencial

para que o indivíduo seja capaz de inserir-se no ambiente de trabalho e enfrentar as

mutações atuais, são estes: o evento, a comunicação e o serviço (ZARIFIAN, 1995).

Ser competente é lidar com eventos ou ocorrências imprevistas ou não

programadas, é perceber que a comunicação é essencial ao aprendizado e ao

trabalho e que isto melhora o desempenho e a prestação de serviço em qualquer

nível de atenção à saúde

Nesta perspectiva, a estratégia de ensino e aprendizagem defendida

neste projeto pedagógico, possibilitará o desenvolvento das seguintes competências

e habilidades fundamentais:

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a. tomar decisões com autonomia e responsabilidade;

b. avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em

evidências científicas e articuladas ao contexto social;

c. comunicar-se através da comunicação verbal, não-verbal (escrita e leitura)

para utilizar a informação e o entendimento para a prestação de serviços.

d. desenvolver plano terapêutico e aplicar tratamento de forma coerente aos

achados clínicos para todas as desordens musculoesqueléticas e de

outros sistemas que envolvam atuação fisioterapêutica;

e. prestar esclarecimento, dirimir dúvidas e orientar o indivíduo e os seus

familiares na seqüência do processo terapêutico;

f. trabalhar em grupos, integrar equipes multiprofissionais em unidades

hospitalares, unidades básicas de saúde, academias e na própria

comunidade, buscando a interdisciplinaridade e o desenvolvimento da

fisioterapia como profissão;

g. realizar atividades no âmbito da gestão em saúde;

h. conhecer métodos e técnicas de investigação científica.

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7 PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO

O fisioterapeuta é um profissional com potencialidades para desenvolver

projetos nas áreas do ensino, pesquisa e extensão, prestar consultoria e

assessoramento técnico-científico em sua área de atuação, gestão e gerenciamento

direto e indireto de suas atividades profissionais em órgãos e instituições.

Sua formação profissional permite que avalie, planeje e estabeleça as

etapas do tratamento, selecionando e quantificando recursos, métodos e técnicas

fisioterapêuticas apropriadas para cada caso, reavaliando sistematicamente o seu

trabalho durante todo o processo terapêutico. Utiliza na sua prática, diversos

recursos físicos e naturais (água, eletricidade, calor, luz, frio), massoterapia,

cinesioterapia (terapia através de movimentos) e manipulação terapêutica de vários

segmentos corporais (COFFITO, 2005).

Sua visão empreendedora o possibilita, a identificação de oportunidades

de crescimento e aperfeiçoamento profissional nas diversas áreas onde sua atuação

seja necessária

Trata-se de um profissional capaz de:

a. elaborar o diagnóstico fisioterapêutico, interpretar laudos e exames

propedêuticos e complementares detectando as alterações cinético-

funcionais apresentadas.

b. prescrever técnicas fisioterapêuticas apropriadas com base na avaliação

físico-funcional;

c. reabilitar o movimento dos indivíduos e do coletivo diminuindo suas

incapacidades, enfatizando a qualidade de vida dos indivíduos que

apresentam alterações cinético-funcionais, incapacidades e deficiências,

ampliando a função e a recuperação motora;

d. promover a saúde contribuindo para o bem estar do indivíduo;

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e. elaborar o diagnóstico físico e funcional, eleger e executar os

procedimentos fisioterapêuticos pertinentes a cada situação;

f. desenvolver atividades de socialização do saber técnico-científico, como

palestras, conferências e cursos na sua área de atuação profissional;

g. desenvolver investigação científica visando à melhoria da qualidade de

vida do ser humano;

h. prestar consultoria a empresas, indústrias, entidades esportivas na área

de sua competência.

i. adquirir conhecimentos que lhes garantam uma educação continuada e

permanente.

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8 ÁREAS DE ATUAÇÃO

A Fisioterapia utiliza em suas bases terapêuticas, recursos naturais, tais

como: a eletricidade (eletroterapia), os recursos térmicos (frio e calor - termoterapia),

a água (hidroterapia) e principalmente o movimento (cinesioterapia); a massoterapia,

a manipulação terapêutica, a mecanoterapia e outros recursos, constituem meios

para o atendimento e tratamento ao indivíduo.

Atualmente, o Fisioterapeuta, além de atuar na área de reabilitação e

terapêutica, desenvolve programas de prevenção, proteção e promoção da saúde.

Ao se firmar como área específica do conhecimento, atua no tratamento e

prevenção de alterações cinético-funcionais como distúrbios neuromusculares,

músculo-esquelético, neuropsiquiátricos, respiratórios, ginéco-obstétricos,

pediátricos e nas áreas de geriatria e oncologia.

Na rede hospitalar torna-se essencial a presença do Fisioterapeuta que

comprovadamente reduz o período de internação hospitalar. A portaria nº 466 de 04

de julho de 1998 da secretaria de vigilância sanitária estabelece como obrigatória a

assistência por parte deste profissional nas Unidades de Tratamento Intensivo e

Semi-intensivo, que deveria ser estendido às demais unidades hospitalares.

Nas indústrias, clubes esportivos e recreativos a Fisioterapia torna-se

parte efetiva, atuando na análise da função e prevenção de acidentes e doenças

originárias do trabalho como também da prática esportiva e lazer.

Além de todas estas atividades, o Fisioterapeuta pode atuar também, na

elaboração de programas de saúde oficiais, em instituições de ensino, na docência e

desenvolvimento de pesquisas. Abaixo, lista-se detalhadamente as áreas de

atuação destes profissionais.

8.1 Fisioterapia Clínica

Hospitais e Clínicas Ambulatórios

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Consultórios Centros de Reabilitação

8.2 Saúde Coletiva

Programas Institucionais Ações Básicas de Saúde e Prevenção Fisioterapia do Trabalho Vigilância Sanitária

8.3 Educação

Docência (níveis secundário e superior) Extensão Pesquisa Supervisão e Gestão (Técnica e Administrativa) Direção e coordenação de cursos

8.4 Outras

Indústria de equipamentos de uso fisioterapêutico Esporte

A Fisioterapia, através da sua representação maior (Conselho Federal de

fisioterapia e Terapia Ocupacional), reconheceu várias especialidades

Acupuntura (Resoluções COFFITO nº: 201, de 24/06/99 e 219, de 14/12/00)

Quiropraxia (Resolução COFFITO nº 220, de 23/05/01)

Osteopatia (Resolução COFFITO nº 220, de 23/05/01)

Fisioterapia Pneumo Funcional (Resolução COFFITO nº 188, de 09/12/98)

Fisioterapia Neuro Funcional (Resolução COFFITO nº 189, de 09/12/98)

Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional (Resolução COFFITO nº 260, de 11/02/2004)

Para o exercício legal e o funcionamento de Serviços de Fisioterapia o COFFITO estabelece as seguintes exigências legais:

Pessoa Jurídica:

Responsabilidade Técnica pelo serviço da empresa perante o CREFITO.

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Comprovação do registro do profissional no CREFITO.

Registro da empresa no CREFITO.

Pessoa Física

Registro do Profissional no CREFITO

Cadastramento do seu consultório no CREFITO.

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9 METODOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

O Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará utilizará um

modelo de educação que incentive a constante auto-organização do aluno, através

do estabelecimento de relações dialógicas com os demais agentes do sistema -

principalmente os demais colegas, professores e a comunidade. Ao mesmo tempo

em que se sente ligado ao grupo, se respeita a subjetividade de cada aluno e suas

diferenças, e com isso se estimula a reflexão e a autonomia do pensamento e da

prática.

As ações e o modelo formativo deste projeto pedagógico visa formar e

desenvolver competências na perspectiva que o aluno seja capaz ao final do Curso

de formular, analisar e administrar os problemas, sabendo justificá-los e mobilizar os

recursos necessários para enfrentar e resolver uma situação. Segundo Oliveira,

2002 “competente não é um ser superior que tudo sabe e tudo resolve, competente

é aquele que, frente aos problemas com elevado grau de dificuldade ou conflito

ajuda a encontrar caminhos e possibilidades de resolução”.

Portanto, a metodologia utilizará o desenvolvimento dos processos de

ensinar e aprender, trabalhando a construção de conhecimentos a partir da vivência

de experiências significativas e projetos integrados. Para ser significativo, o

conteúdo deve relacionar-se a conhecimentos prévios do aluno, exigindo deste uma

atitude favorável capaz de atribuir significado próprio aos conteúdos que assimila e,

do professor, uma tarefa mobilizadora para que tal aprendizagem ocorra. O aluno

interage com a cultura sistematizadora de forma ativa, como principal ator do

processo de construção do conhecimento.

O processo formativo utilizará a diversidade da formação por meios de

conteúdos atualizados permitindo o desafio e o avançar do conhecimento, o que

exige do docente a capacidade de integrar o conteúdo cognitivo adquirido ás

situações práticas. Isso prevê a constante interação entre prática e teoria, já que a

vivência, a observação e a reflexão sobre problemas extraídos da realidade irão

despertar o interesse para os temas estudados.

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24

Como metodologias para o desenvolvimento da aula priorizam-se

métodos ativos do conhecimento, que estimulem a reflexão, a autonomia, tais como:

grupos de discussão, debates, mesas temáticas, entre outros, evitando as aulas

expositivas tradicionais que impedem a livre construção do saber.

Assim, requer do professor uma mudança de postura para o exercício de

um trabalho reflexivo com o aluno. O professor deixa de ser o centro do processo de

ensino-aprendizagem e o aluno deixa de ser um receptor passivo, passando a ser

visto como sujeito ativo, construtor do conhecimento e do aprendizado.

Outra estratégia é a inserção precoce do discente entre os níveis de

atenção à saúde, o que permite à exposição do aluno a diversidade das situações

modificando intensamente os seus conhecimentos, pois o individuo aprende melhor

e mais rápido, na medida em que deve fazer em fase a situações variadas. A

repetição e desestabilização de esquemas cognitivos adquiridos ou acomodados

permite-lhes estar aberto a aprendizagem do novo.

Isto pode ser posto em prática através da participação de docentes de

diferentes áreas do conhecimento em atividades em sala de aula, nas práticas, em

conferências, consultorias, no planejamento dos módulos e na orientação de

laboratórios e habilidades. O contato com equipes multiprofissionais dos serviços

visitados, organizados de diferentes formas, também pode servir de base para

reflexão sobre o ensino e a atuação em equipe. Da mesma forma, o contato entre

alunos de diferentes cursos de graduação e pós-graduação da área da saúde

(Medicina, Odontologia, Enfermagem, Psicologia, Nutrição, Farmácia,

Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, entre outros) e mesmo de outras áreas

(Pedagogia, Comunicação, Engenharia Ambiental, Administração, Direito, entre

outros), irá proporcionar uma visão integral do ser humano e superar a fragmentação

do conhecimento.

A estratégia utilizada para superar essa fragmentação é baseada no

Currículo integrado.

O currículo integrado é um plano pedagógico e sua correspondente

organização institucional que articula de forma dinâmica o ciclo básico e clínico,

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25

ensino, serviço e comunidade, prática e teoria, por meio da integração dos

conteúdos e das disciplinas.

As disciplinas clássicas são integradas em módulos de ensino, com

temáticas específicas, trabalhadas a partir da discussão de problemas e busca de

informações e subsídios teóricos e técnicos para a sua solução. O currículo

integrado propõe estratégias de abordagem e construção do conhecimento de um

tema por meio de várias atividades que articulam teoria e prática.

Os temas estabelecidos superam a fragmentação disciplinar e propõem a

articulação dos conteúdos curriculares a partir de projetos, pesquisa, resolução de

problemas, estudos de casos, iniciação à pesquisa e elaboração de sínteses

significativas, de modo a colocar o aluno com seus limites e possibilidades no centro

dos processos, buscando a construção contínua e processual de sua própria

autonomia.

Nesta perspectiva de ensino, a formação do fisioterapeuta é ampliada,

conferindo-lhe responsabilidade social. Muito mais do que tratar e curar doenças

espera-se que este modelo pedagógico contribua para a formação de cidadãos

autônomos, criativos e reflexivos, com atitudes e padrões comportamentais

respeitando os princípios éticos/bioéticos, morais e culturais do indivíduo e da

coletividade.

O ensino de Fisioterapia na Universidade Federal do Ceará oferecerá

condições metodológicas e organizacionais para o processo de transmissão,

assimilação e produção de conhecimentos, desenvolvimento das capacidades

intelectuais e mentais, visando uma formação com profundo embasamento nas

ciências biológicas, humanas e sociais.

Durante todos os semestres, haverá a preocupação de permitir horários

livres para oportunizar ao aluno, estudos complementares, dedicação em projetos de

monitoria, iniciação científica, Programa Especial de Treinamento (PET), projetos de

extensão.

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26

10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O Curso terá carga horária de 4.496 horas, distribuídas em 36 módulos

previstos para 10 semestres, 1936 horas destinados ao conteúdo teórico e 2560

horas práticas destinadas a estágios práticos e internato. Os conteúdos estão

agrupados de tal forma que permitam a integração intra e inter módulos, valorizando

a interdisciplinaridade e a integração teórico-prática. Além dos conteúdos

obrigatórios com poucos pré-requisitos, o Curso oferecerá atividades

complementares, disciplinas optativas e disciplinas livres. Estas últimas poderão ser

cursadas em qualquer curso da Universidade Federal.

Será permitido o Ensino de Educação a Distância, de modo que esta

modalidade não ultrapasse 20% da carga horária do módulo

O estudante terá um tempo padrão de 10 semestres letivos para concluir

o curso. O tempo máximo de integralização curricular será de 15 semestres.

Para conclusão do curso, como requisito obrigatório o estudante deverá

apresentar um artigo a ser concluída no 10o semestre voltado para temas de

interesse do estudante e que seja vinculado a uma linha de pesquisa relacionada à

Fisioterapia.

O processo seletivo para entrada de estudantes na UFC ocorrerá uma

vez ao ano, onde serão ofertadas 40 vagas para o Curso de Fisioterapia,

distribuídas equitativamente nos dois semestres letivos.

10.1 Unidades Curriculares

O Curso será desenvolvido em cinco eixos principais, de forma que os

conteúdos curriculares integrem o ensino, a pesquisa e a extensão garantindo a

interdisciplinaridade no processo de formação do aluno. Tais segmentos dividem-se:

Eixo I: Formação Social e Humana; Eixo II: Biológica; Eixo III: Formação Pré-

Profissional Integrativa; Eixo IV: Formação Profissional Instrumental; Eixo V:

Formação Profissional Avançada.

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27

10.1.1 Eixo I: Formação Social, Humana e Pesquisa:

Neste eixo será contemplada uma carga horária de 368 horas/aula, onde

serão envolvidas atividades de formação e aprendizagem em uma permanente

articulação da prática com a teoria, objetivando utilizar o instrumental das diferentes

áreas do conhecimento das ciências humanas da saúde, também faz parte desse

eixo interesse do aluno para atividade relacionada à pesquisa.

Conteúdos Curriculares

Filosofia

Socioantropologia para a Saúde

Epidemiologia e Políticas de Saúde

Ética, Bioética e Deontologia em Fisioterapia Fundamentos e Ações Integradas da Fisioterapia

Informática na Saúde Administração e Planejamento em Fisioterapia

Fisioterapia Baseada em Evidências Pesquisa I em Fisioterapia Pesquisa II em Fisioterapia

Projeto de Conclusão de Curso Trabalho de Conclusão de Curso

10.1.2 Eixo II Formação Biológica

Neste eixo será contemplada uma carga horária de 816 horas/aula,

propiciando o entendimento do funcionamento e da interação entre os diferentes

sistemas do organismo, caracterizando também suas bases células e moleculares,

dessa foram, os profissionais em formação poderá discutir de forma abrangente e

multidisciplinar a relevância dos processos biológicos nas diferentes patologias.

Conteúdos Curriculares Anatomia Humana

Neuroanatomia

Fisiologia Humana

Fisiologia do Exercício

Biologia celular/Genética

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Citologia / Histologia / Embriologia

Patologia Humana/ Parasitologia / Microbiologia

Imunologia

Farmacologia Aplicada a Fisioterapia

Cinesiologia / Biomecânica

Bioquímica / Biofísica

Biologia e Fisiologia do Envelhecimento Eletroterapia/Termoterapia/Fototerapia

10.1.3 Eixo III Formação Pré Profissional Integrativo

Neste eixo será contemplada uma carga horária de 228 horas/aula, que

consiste nas vivências e atividades de formação e aprendizagem através de uma

busca permanente da articulação da prática com a teoria e do diálogo com os

demais eixos: Formação Social, Humana e Pesquisa e de Formação Biológica.

Conteúdos Curriculares

Prática Fisioterapêutica I

Prática Fisioterapêutica II

Prática Fisioterapêutica III

Prática Fisioterapêutica IV

Projeto Integrado em Cinesioterapia

Projeto Integrado em Fisioterapia Traumato-ortopédica

Projeto Integrado em Fisioterapia Neurológica

Projeto Integrado em Fisioterapia Pediátrica e Neonatologia

Projeto Integrado em Reabilitação Cardiorrespiratória

10.1.4 Eixo IV: Formação Profissional Instrumental

Neste eixo será contemplada uma carga horária de 1488 horas/aula,

pauta na construção das atividades que enfatiza dimensões da formação do

profissional fisioterapeuta, compreendendo as múltiplas dimensões envolvidas no

processo atenção-saúde-doença.

Conteúdos Curriculares Avaliação Fisioterapêutica

Cinesioterapia

Fisioterapia Aquática

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29

Recursos Mecanoterápicos e Manuais

Fisioterapia em Traumato-ortopédica

Prótese, Órtese e Readaptação Funcional

Fisioterapia em Reumatologia

Fisioterapia Ergonômica e no trabalho

Fisioterapia Desportiva

Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares

Fisioterapia Estética

Fisioterapia em Dermatologia

Fisioterapia em Neurologia

Fisioterapia em Psiquiatria

Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia

Fisioterapia em Neuropediatria

Psicomotricidade Clínica

Fisioterapia nos Distúrbios do Assoalho Pélvico

Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia

Fisioterapia em Mastologia

Fisioterapia na Terceira Idade

Fisioterapia Cardiovascular

Fisioterapia Respiratória

Reabilitação Cardiopulmonar

Diagnóstico por Imagem I

Diagnóstico por Imagem II

Primeiros Socorros

10.1.5 Eixo V: Profissional Avançado

Neste eixo será contemplada uma carga horária de 1280 horas/aula, que

pretende instrumentalizar o aluno a pratica, apresentando os temas biológicos de

forma integrada e crescente em complexidade. Oferece oportunidades de perceber e

analisar criticamente o processo saúde doença compreendendo o desenvolvimento

de uma clinica integrada e comum aos diversos campos profissionais envolvidos.

Conteúdos Curriculares

Fisioterapia Clínica Ambulatorial /CRUTAC Internato I - Ambiente Hospitalar

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30

Internato II - Ambiente Hospitalar

10.2 Disciplinas por Departamento

No Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, as

disciplinas (conteúdos) farão parte de um único departamento ligado diretamente à

coordenação deste curso.

Conteúdos Curriculares

Filosofia

Socioantropologia para a Saúde

Anatomia Humana

Cinesiologia / Biomecânica

Fisiologia dos Sistemas

Fundamentos de Eletrofisiologia

Fisiologia do Exercício

Cinesioterapia

Projeto Integrado em Cinesioterapia

Introdução a Pesquisa em Fisioterapia I

Informática na Saúde

Ética, Bioética e Deontologia em Fisioterapia

Introdução a Pesquisa em Fisioterapia II

Fundamentos e Ações Integradas da Fisioterapia

Administração e Planejamento em Fisioterapia

Estágio Introdutório a Prática de Fisioterapia I

Estagio Introdutório a Prática de Fisioterapia II

Estágio Introdutório a Prática de Fisioterapia III

Estágio Introdutório a Prática de Fisioterapia IV

Biologia Celular e Genética

Bioquímica / Biofísica

Citologia / Histologia / Embriologia

Urgência em Saúde

Epidemiologia e Políticas de Saúde

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Avaliação Fisioterapêutica

Diagnóstico por Imagem I

Diagnóstico por Imagem II

Eletroterapia / Termoterapia / Fototerapia

Recursos Mecanoterápicos e Manuais

Fisioterapia Aquática

Patologia Humana / Microbiologia / Parasitologia

Imunologia

Ensaios Farmacológicos em Fisioterapia

Fisioterapia em Traumato-ortopédica

Prótese, Órtese e Readaptação Funcional

Projeto Integrado em Fisioterapia Traumato-ortopédica

Fisioterapia em Buco-maxilo-facial

Fisioterapia em Reumatologia

Fisioterapia Desportiva

Fisioterapia em Ergonomia

Fisioterapia em Neurologia

Neuroanatomia

Projeto Integrado em Fisioterapia Neurológica

Fisioterapia em Psiquiatria

Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia

Fisioterapia em Neuropediatria

Psicomotricidade Clínica

Projeto Integrado em Fisioterapia Pediatria e Neonatologia,

Fisioterapia nos Distúrbios do Assoalho Pélvico.

Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia

Fisioterapia em Mastologia

Fisioterapia em Dermatologia

Fisioterapia Estética

Fisioterapia Cardiovascular

Bases Fisiológicas da Reabilitação Cardiovascular

Projeto Integrado em Reabilitação Cardiorrespiratória

Fisioterapia Respiratória

Bases Fisiológicas da Reabilitação Pulmonar

Fisioterapia em Terapia Intensiva

Fisioterapia em Geriatria

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Fundamentos Biológicos e Fisiológicos do Envelhecimento

Fisioterapia Clínica Ambulatorial/CRUTAC

Internato I - Ambiente Hospitalar

Internato II - Ambiente Hospitalar

Fisioterapia Baseada em Evidências

Projeto de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão de Curso

10.3 Ementário das disciplinas

SEMESTRE I

S1 - M1: INDIVÍDUO, CULTURA E SOCIEDADE (FILOSOFIA/ SOCIOANTROPOLOGIA PARA A SAÚDE):

Conceito de Filosofia. Raciocínio humano. Enfoque de práticas de saúde individual e coletiva nas diferentes culturas. Realidade social presente na prática da Fisioterapia.

S1 – M2 INTRODUÇÃO À PESQUISA I (PESQUISA EM FISIOTERAPIA I INFORMÁTICA NA SAÚDE):

Fundamentos epistemológicos da pesquisa. Processo de produção do conhecimento. Método. Pesquisa na saúde. Projeto de pesquisa. Investigação científica. Normatização de trabalho científico. Dados estatísticos. Administração e informática aplicada à Fisioterapia.

S1 – M3 LÓGICA MOLECULAR DOS SERES VIVOS I (BIOLOGIA CELULAR E GENÉTICA/ BIOQUÍMICA / BIOFÍSICA/ CITOLOGIA/ HISTOLOGIA / EMBRIOLOGIA):

Estrutura Biológica. Microscopia de Luz e Eletrônica. Teoria Celular. Células Procarióticas e Eucarióticas. Células Eucarióticas Animais. Ciclo celular. Função Genética. Leis que regem a herança biológica e do material genético. Introdução à bioquímica. Macromoléculas biológicas (proteínas, carboidratos, lipídeos e ácidos nucléicos). Bioquímica da atividade muscular. Fenômenos biológicos. Biofísica celular. Morfologia e fisiologia dos componentes celulares. Histologia dos quatro tecidos básicos: epitelial, nervoso, conjuntivo e muscular. Embriogênese.

S1 – M4 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA I (FUNDAMENTOS E AÇÕES INTEGRADAS DA FISIOTERAPIA / PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA I):

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Conceito, evolução histórica, política e social da Fisioterapia. Reconhecimento do contexto de atuação profissional. Prática fisioterapêutica em ambiente ambulatorial supervisionado. Observação prática e da atuação do fisioterapeuta. Abordagem da profissão do fisioterapeuta do ponto de vista histórico e atual, suas especialidades, seu papel na promoção da saúde e no trabalho com equipe inter-profissional no ambiente ambulatorial.

SEMESTRE II

S2 - M1 CINEMÁTICA MUSCULAR I (CINESIOLOGIA / BIOMECÂNICA):

Introdução à biomecânica. Cinemática e cinética do movimento humano. Estudo biomecânico e cinesiológico da marcha humana normal. Anatomia palpatória: princípios e técnicas de palpação, reconhecimento de músculos, tendões, ligamentos, proeminências ósseas e suas correlações anátomo-clínicas.

S2 - M2 LÓGICA MOLECULAR DOS SERES VIVOS II (ANATOMIA HUMANA / FISIOLOGIA HUMANA):

Anatomia humana. Estrutura dos principais órgãos e sistemas. Fisiologia dos sistemas. Contração do músculo esquelético. Estrutura do neurônio. Eletrofisiologia.

S2 - M3 INTRODUÇÃO A PESQUISA II (ÉTICA, BIOÉTICA E DEONTOLOGIA EM FISIOTERAPIA / PESQUISA EM FISIOTERAPIA II):

Conceituação de Ética e Deontologia. Legislação específica do Fisioterapeuta Introdução ao conhecimento científico, etapas do trabalho científico, tipos de estudo, população, amostragem e conceitos de medida ou aferição. Estrutura dos trabalhos científicos, monografias, teses e dissertações. Regras de publicação. Estatística descritiva e analítica. Apresentação tabular e gráfica de dados.

S2 – M4 SAÚDE: PROCESSO E ASSISTÊNCIA (EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / PRIMEIROS SOCORROS):

Saúde como processo sócio-cultural, econômico e político. Política nacional de saúde. Previdência Social. Procedimentos básicos de assistência em urgência e emergência. Abordagem no trauma e nas emergências clínicas. Suporte Básico de Vida.

S2 – M5 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA II (PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA II):

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Prática fisioterapêutica em ambiente ambulatorial e saúde coletiva.

SEMESTRE III

S3 – M1 PROCESSOS PATOLÓGICOS E MECANISMOS DE AGRESSÃO (PATOLOGIA HUMANA / MIBROBIOLOGIA / IMUNOLOGIA / PARASITOLOGIA / FARMACOLOGIA APLICADA A FISIOTERAPIA):

Processos patológicos: etiologia, patogenia, alteração morfológica e funcional dos órgãos e tecidos. Morfologia e classificação dos microorganismos. Características e crescimento dos principais grupos de microrganismos. Imunologia básica e aplicada. Organização do sistema imunológico. Imunidade inespecífica e específica. Imunidade celular e humoral. Imunoprofilaxia. Noções de imunodiagnóstico. Imunopatologia. Interação neuro-imuno-endócrina. Farmacologia, farmacodinâmica e farmacocinética. Principais fármacos de ação nos diversos sistemas e aparelhos relacionados à fisioterapia. Grupos especiais de medicamentos, sistema de controle e ensaios farmacológicos. Controle biológico de medicamento e toxicologia.

S3 – M2 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS ELETRO TERMO FOTO BIOLÓGICOS (ELETROTERAPIA / TERMOTERAPIA / FOTOTERAPIA):

Princípios da biofísica: radiações ionizantes e não-ionizantes no organismo. Vibração (onda ultra-sônica). Radiações eletromagnéticas, eletricidade e eletrofisiologia. Aborda os recursos de eletroterapia, termoterapia e Fototerapia existente no campo da Fisioterapia, seus efeitos fisiológicos, indicações, contra-indicações e formas de aplicação. Métodos e técnicas de tratamento. Indicações precauções e contra-indicações.

S3 – M3 CINEMÁTICA MUSCULAR II (AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA / CINESIOTERAPIA):

Introdução a semiologia. Avaliação Fisioterapêutica. Avaliação neurológica. Avaliação dos sinais vitais. Avaliação sensorial. Avaliação neuro-músculo-esquelética regionalizada. Avaliação postural. Avaliação da marcha. Avaliação ambiental. Avaliação da coordenação motora e do equilíbrio. Estudo das técnicas de exercícios terapêuticos usadas no tratamento fisioterápico. Aspectos biomecânicos e neurofisiológicos dos exercícios. Avaliação e prescrição de técnicas específicas para alcance de diferentes metas terapêuticas. Princípios dos exercícios e técnicas cinesioterapêuticas específicas.

S3 – M4 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA III (PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA III / PROJETO INTEGRADO EM CINESIOTERAPIA):

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Desenvolvimento da observação prática e da atuação do fisioterapeuta no ambiente hospitalar. Rede interdisciplinar entre a Anatomia, Cinesiologia e Biomecânica, Cinesioterapia e Recursos Fisioterapêuticos.

SEMESTRE IV

S4 – M1 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS BIOHÍDRICOS (FISIOTERAPIA AQUÁTICA):

Histórico da hidroterapia. Princípios físicos da água e fisiológicos do corpo em imersão e em exercício. Estudo teórico-prática do uso da água para fins terapêuticos e preventivos. Emprego de recursos aquáticos nas disfunções osteomioarticulares, neuromusculares e cardiorrespiratórios e recursos fisioterápicos correlacionados a hidroterapia.

S4 – M2 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS MANIPULATIVOS E MECÂNICOS (RECURSOS MECANOTERÁPICOS E MANUAIS):

Princípios físicos e biomecânicos da mecanoterapia Tração, manipulação, massoterapia, quiropraxia, osteopatia e relaxamento em Fisioterapia. Histórico da manipulação articular como forma de terapia. Anatomia e fisiologia da pele e sistema linfático. Massagem terapêutica e drenagem linfática. Apresentação da técnica da massagem reflexa e técnicas alternativas.

S4 – M3 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA TRAUMATO ORTOPÉDICA (FISIOTERAPIA EM TRAUMATO-ORTOPÉDICA / DIAGNÓSTICO POR IMAGEM I / PRÓTESE, ÓRTESE E READAPTAÇÃO FUNCIONAL):

Fisiopatologia das afecções ortopédicas e traumatológicas, avaliação, tratamento fisioterapêutico e readaptação funcional nas diferentes fases de doenças inflamatórias, infecciosas e degenerativas de músculos, ossos e articulações. Abordagem ao paciente politraumatizado, portador de fraturas, luxações, deformidades ortopédicas congênitas e adquiridas. Estudo de cada órgão ou estrutura do corpo humano, através da radiologia convencional, da ultra-sonografia, da tomografia computadorizada, da ressonância magnética e da medicina nuclear com ênfase na avaliação fisioterapêutica músculo-esquelética. Aparelhos ortopédicos, indicações e adaptações necessárias ao processo de reeducação, biomecânica aplicada e recursos cinesiológicos para o treinamento e uso de próteses órteses, materiais para confecções de próteses e órteses.

S 4 – M4 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA IV (PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA IV PROJETO

INTEGRADO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO – ORTOPÉDICA):

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Prática fisioterapêutica em ambiente hospitalar (Unidades de Terapia Intensiva e Sala de Recuperação Pós-Anestésica). Observação da atuação do fisioterapeuta. Trabalho com equipe inter-profissional no ambiente hospitalar. Rede interdisciplinar entre a Anatomia, Recursos Terapêuticos, Fisioterapia Traumato Ortopedia e Traumatologia. Estudo dos problemas ortopédicos e traumatológicos: avaliação, planejamento, prescrição e execução de tratamento fisioterapêutico.

S 4 – M5 OPTATIVA (CONTEÚDOS OPTATIVOS)

SEMESTRE V

S5 – M1 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PATOLOGIAS REUMÁTICAS (FISIOTERAPIA EM REUMATOLOGIA FISIOTERAPIA ERGONÔMICA E NO TRABALHO):

Doenças reumáticas, etiologia, patogênese, evolução e tratamentos clínicos. Teorias do envelhecimento e alterações morfofuncionais corporais. Avaliação clínica das disfunções do sistema musculoesquelético (tecidos conjuntivos e articulações). Fisiopatologia, quadro clínico, tratamento e procedimentos fisioterapêuticos das doenças degenerativas, metabólicas e as síndromes dolorosas em reumatologia. Diagnóstico funcional.

S5 – M2 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA NAS LESÕES DESPORTIVAS (FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO / FISIOTERAPIA DESPORTIVA):

Fisiologia do exercício e esforço físico. Estudo das respostas humanas ao exercício físico. Repercussões imediatas e tardias do treinamento físico aeróbico e anaeróbico nos diversos sistemas orgânicos. Metodologias de avaliação de parâmetros da aptidão física. Treinamento esportivo. Avaliação e tratamento das lesões no esporte. Emergência no esporte. Interação do fisioterapeuta na equipe interdisciplinar e tópicos atuais em fisioterapia no esporte. Fundamentos históricos da Ergonomia. Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Aspectos biomecânicos do sistema esquelético. Entendimento da sobrecarga de trabalho sob a ótica física, cognitiva e psíquica. Estudo dos elementos para a transformação das condições de trabalho.

S5 – M3 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM NEUROLOGIA E PSIQUIATRIA (NEUROANATOMIA/ FISIOTERAPIA EM NEUROLOGIA/ FISIOTERAPIA EM PSIQUIATRIA/ PROJETO INTEGRADO EM FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA):

Organização estrutural do Sistema Nervoso. Aspectos macro e microscópicos em neuroanatomia. Distúrbios físicos e funcionais nas afecções neurológicas. Métodos e técnicas fisioterapêuticas nos

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distúrbios e afecções neurofuncionais. Teorias sobre o aparelho psíquico. Integração da fisioterapia em neurologia, psiquiatria e saúde mental.

SEMESTRE VI

S6 –M1 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA (FISIOTERAPIA EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA /FISIOTERAPIA EM NEUROPEDIATRIA / PSICOMOTRICIDADE CLÍNICA/ PROJETO INTEGRADO EM FISIOTERAPIA PEDIATRICA E NEONATOLOGIA):

Patologias neonatais e pediátricas. Exames complementares em neonatologia e pediatria. Disfunções neurológicas congênitas ou adquiridas; Desenvolvimento motor normal de 0 a 12 anos. Corpo e psiquismo na Reabilitação Funcional: Bases epistemológicas da Psicomotricidade; Rede interdisciplinar entre a Anatomia, Fisiologia, Patologia, Cinesiologia, Cinesioterapia, Neurologia, Ortopedia e Traumatologia, RTM e MTAF. Fisioterapia nas principais patologias ortopédicas e respiratórias da infância.

S6 –M2 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM UROGINECOLOGIA, OBSTETRICIA E MASTOLOGIA (FISIOTERAPIA NOS DISTÚRBIOS DO ASSOALHO PÉLVICO; FISIOTERAPIA EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; FISIOTERAPIA EM MASTOLOGIA):

Anatomia funcional do assoalho pélvico e do sistema ano-retal. Fisiopatologia dos distúrbios em ginecologia e obstetrícia. Câncer de mama. Mastectomias. Avaliação, métodos e técnicas fisioterapêuticas em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia Oncológica.

S6 – M3 FISIOTERAPIA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS (FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES / FISIOTERAPIA ESTÉTICA / FISIOTERAPIA EM DERMATOLOGIA):

Conceitos e definições de disfunções temporomandibulares (DTM). Anatomia da articulação temporomandibular (ATM). Fisiologia da articulação. Biomecânica, oclusão e fibromialgia da ATM. Etiologia das lesões, avaliação fisioterapêutica, diagnóstico e tratamento. Fisioterapia Estética Conhecimentos teóricos no campo da Fisioterapia Dermato-funcional. Comprometimento estético corporal. Abordagem de técnicas utilizadas na Fisioterapia Dermato-funcional.

S6 – M4 OPTATIVO (CONTEÚDOS OPTATIVOS)

SEMESTRE VII

S7 – M1 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM CARDIOLOGIA E PNEUMOLOGIA (FISIOTERAPIA

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CARDIOVASCULAR/ FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA/ REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR/ DIAGNÓSTICO POR IMAGEM II/ PROJETO INTEGRADO EM REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA):

Fisiopatologia clínica das afecções pulmonares e cardiovasculares, reabilitação cardíaco e pulmonar e diagnóstico por imagem da cavidade torácica.

S7 – M2 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM GERONTOLOGIA (BIOLOGIA E FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO / FISIOTERAPIA NA TERCEIRA IDADE):

Processo biológico e fisiológico do envelhecimento humano. Principais distúrbios fisiopatológicos do envelhecimento humano e tratamento fisioterápico.

S7 – M3 LIVRES (CONTEÚDOS LIVRES)

SEMESTRE VIII

S8 – M1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA I (FISIOTERAPIA CLÍNICA AMBULATORIAL / CRUTAC):

Prática supervisionada nas diferentes áreas do saber fisioterapêutico. Clínicas, hospitais e empresas conveniadas.

S8 – M2 PESQUISA EM FISIOTERAPIA I (FISIOTERAPIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS)

Processo de aquisição e análise da validade da informação baseada em evidências científicas em saúde e na Fisioterapia.

S8 – M3 GESTÃO EM SAÚDE (ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM FISIOTERAPIA):

Fundamentos administrativos. Serviço de fisioterapia como elemento administrativo. Administração de pessoal em Fisioterapia. Qualidade em serviço de Fisioterapia.

SEMESTRE IX

S9 – M1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA II (INTERNATO I - AMBIENTE HOSPITALAR):

Prática clínica como forma de treinamento do aluno para a atuação profissional, executando os procedimentos de avaliação e intervenção fisioterapêuticos envolvidos na prevenção e recuperação do

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paciente hospitalizado, respeitando os princípios técnicos, éticos e humanos do indivíduo sob seus cuidados.

S9 – M2 TERAPIA INTENSIVA (FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA):

Prevenção de complicações, diagnóstico diferencial, monitorização das funções vitais, tratamento fisioterápico das enfermidades que necessitam de terapias intensivas.

S9 – M3 PESQUISA EM FISIOTERAPIA II (PROJETO DE CONCLUSÃO DO CURSO)

Definição da temática de pesquisa. Aspectos do embasamento teórico, do desenvolvimento da metodologia de pesquisa e da aplicação técnica na área de Fisioterapia. Elaboração e avaliação do projeto de pesquisa. Aplicação dos conceitos teóricos sobre os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais do projeto.

SEMESTRE X

S10 – M1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA III (INTERNATO II - AMBIENTE HOSPITALAR):

Prática clínica como forma de treinamento do aluno para a atuação profissional, executando os procedimentos de avaliação e intervenção fisioterapêuticos envolvidos na prevenção e recuperação do paciente hospitalizado em UTI, respeitando os princípios técnicos, éticos e humanos do indivíduo.

S10 – M2 PESQUISA EM FISIOTERAPIA III (TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO)

Aplicação do projeto de pesquisa. Coleta de dados. Análise e processamento dos dados. Redação e apresentação do artigo de conclusão do curso.

10.4 Estágio Supervisionado

Em conformidade com a Resolução nº. CNE/CES 4, de 19 de Fevereiro

de 2002, do Conselho Federal de Educação, é obrigatório ao aluno de Fisioterapia

cumprir estágio supervisionado, sendo o mesmo parte integrante do currículo pleno

do curso.

Esta resolução instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de

Graduação em Fisioterapia definindo que se deve garantir o desenvolvimento de

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40

estágios curriculares, sob a supervisão docente, assegurando a prática de

intervenções preventiva e curativa nos diferentes níveis de atuação: ambulatorial,

comunitário/unidades básicas de saúde e hospitalar.

10.4.1 Objetivo geral:

desenvolver habilidades e competências para o tratamento fisioterápico

de afecções nos três níveis de atenção à saúde com base em toda a

fundamentação teórica.

10.4.2 Objetivos específicos:

possibilitar a aplicação prática de conhecimentos na avaliação e

reavaliação dos pacientes para elaboração dos programas de tratamento;

possibilitar a indicação e aplicação das técnicas e recursos terapêuticos;

possibilitar o acompanhamento da evolução dos pacientes e orientação

ético-profissional;

permitir a avaliação, elaboração de programa de tratamento e de

relatórios evolutivos em diversas áreas clínicas de atuação da Fisioterapia

estabelecidas pelas diretrizes curriculares;

desenvolver a capacidade de trabalho em grupo;

desenvolver capacidade de trabalho com autonomia, reflexão, análise,

gestão do tempo e autodisciplina.

10.4.3 Vivências em Fisioterapia

Os módulos “Vivências em Fisioterapia” propostos no início da matriz

curricular tem o objetivo de desenvolver precocemente a autodisciplina, gestão de

tempo e capacidade de trabalho, e desta forma, ao longo do curso, as práticas

assistidas e internato promoverão a integração teórico prático nas diversas áreas do

conhecimento da Fisioterapia em diferentes níveis de complexidade.

10.4.4 Estágios Supervisionados

Page 42: 79486226 pp-fisioterapia-prograd

41

Os Estágios Supervisionados do Curso de Fisioterapia da Universidade

Federal do Ceará ocorrerão em três etapas:

Estágio Ambulatorial/CRUTAC (320h/a) - Atuará no âmbito ambulatorial e

comunitário/unidades básicas de saúde.

Estágio hospitalar

Internato I (480h/a)

Internato II (480h/a)

10.4.4.1 Estágio Ambulatorial/CRUTAC

Será iniciado no 8º semestre, no qual, promoverar-se-á a interação

paciente-aluno a nível ambulatorial e em clínicas de atendimento geral em

fisioterapia. A prática na comunidade através do CRUTAC - Programa de

Treinamento Rural Universitário e Ação Comunitária consiste de um programa de

preparação de futuros profissionais em treinamento interdisciplinar através da ação

comunitária vinculado a Pró-Reitoria de Extensão, em funcionamento na UFC

podendo os alunos de Fisioterapia integrar-se a este.

A UFC implantará a Clínica de Fisioterapia da UFC - UFCFISIO que se

apresenta como um empreendimento previsto no projeto pedagógico. A UFCFISIO

será uma ferramenta de ensino e pesquisa para o treinamento discente, ao mesmo

tempo será um importante centro de prestação de serviços de fisioterapia para a

comunidade. Terá regimento interno próprio para nortear o seu funcionamento,

integrando-se a filosofia e a estrutura organizacional do curso de Fisioterapia. Será

elaborado pelo coordenador do curso e corpo docente.

10.4.4.2 Internatos

Neste modelo curricular dar-se-á ênfase a formação e desenvolvimento

de competências no âmbito hospitalar. Nos dois últimos semestres o aluno

participará de estágio em ambiente hospitalar, sendo subdividido em Intenado I e II.

A duração do Internato corresponde a 12 meses, sendo incluído um mês de férias e

um mês de estágio eletivo para cada internato. O Internato I corresponde à prática

nas diversas áreas clínicas de atuação da Fisioterapia nas unidades de

internamento hospitalar (enfermarias) e o Internato II à atuação prática em Unidades

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42

de Terapia Intensiva e Unidades de Recuperação Pós operatória. O Internato é de

caráter obrigatório, com carga horária total de 960 horas.

Em ambos os casos, ocorrerá o revezamento dos alunos nos diferentes

setores. Desta forma, será possível estabelecer correlações entre a teoria e a prática

através de estudos de casos à beira do leito; aplicação da metodologia da

assistência fisioterapêutica (avaliação, planejamento, execução do plano

assistencial, reavaliação e alta), expressando assim, uma filosofia de ensino e

aprendizagem baseada na percepção de tudo o que integra o relacionamento

interpessoal e terapêutico.

O internato, por apresentar características e normas próprias, terá

regimento interno, aprovado pelo colegiado do Curso de Graduação de Fisioterapia.

O colegiado do curso será composto pelo coordenador, um representante de cada

uma das áreas do internato e do representante dos discentes. O regimento interno

regulamentará itens como: o revezamento de alunos nas diversas áreas e período

de permanência em cada local, plantões, férias, licenças, afastamento para

congressos e concursos.

10.4.5 Mecanismos efetivos de acompanhamento e de cumprimento

dos Estágios Supervisionados

Para contemplar com sucesso os itens acima, inicialmente será eleito um

supervisor de estágio que coordenará todas as atividades inerentes à disciplina de

estágio supervisionado. Este contará com o auxílio de professores-supervisores de

estágios.

Os alunos serão divididos em grupos de até 6 alunos por professor-

supervisor de estágio. O supervisor de estágio elaborará, em conjunto com os

professores-supervisores, os cronogramas de atividades diárias que serão

padronizadas em todos os campos práticos.

Ao longo do estágio, o aluno apresentará estudos de casos, seminários,

discussões de casos e relatórios parciais das atividades desenvolvidas em cada

unidade. Ao término, o aluno apresentará um relatório final.

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43

O aluno será avaliado pelo professor-supervisor através de critérios

cognitivo, afetivo e psicomotor, sendo então registrados em formulário de

acompanhamento diário.

Os acadêmicos de Fisioterapia deverão desenvolver e demonstrar

habilidade clínica e competência para efetivamente comunicar-se com o paciente,

familiares e com a equipe interdisciplinar de forma apropriada, respeitando as

diferenças culturais e seguindo os princípios éticos.

COGNITIVO: ao final dos estágios/internato, os alunos serão capazes de:

Interpretar as informações contidas em prontuários

habilidade para buscar a história clínica através de entrevista ao paciente

Identificar as informações necessárias para o planejamento do tratamento

fisioterapêutico

Reconhecer as indicações e contra indicações de procedimentos

fisioterapêuticos de acordo com a história clínica e avaliação médica

Aplicar a terminologia padrão atualizada

Aplicar todas as ferramentas de avaliação acessadas durante os

primeiros ciclos de formação

Avaliar sinais vitais, avaliação sensorial, propriocepção, postura,

amplitude articular, força muscular, cirtometria, marcha, coordenação e

equilíbrio e dor

Realizar planos de tratamento para as desabilidades

musculoesqueléticas, neuromusculares de qualquer natureza que

envolva a aplicação de métodos e técnicas fisioterapêuticas

Demonstrar atitude profissional, comunicação verbal e não verbal com

outros grupos interpessoais, como gestores e diretores das instituições onde

estiverem alocados.

Gerenciar serviços de reabilitação no âmbito hospitalar e extra hospitalar.

AFETIVO: ao final dos estágios os alunos serão capazes de:

Entender os efeitos na comunicação verbal com pacientes e equipe

interdisciplinar

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44

Entender o impacto que a incapacidade física e psicológica temporária ou

permanente acarreta no indivíduo

Perceber os problemas próprios das comunidades e dos serviços

comunitários

Compreender e refletir as diferenças culturais, a sexualidade e outros que

podem refletir na evolução da reabilitação.

HABILIDADE PSICOMOTORA:

De forma segura os estudantes deverão demonstrar habilidade no

manuseio técnico aplicando-os ao contexto clínico fisioterapêutico de

maneira apropriada e integrando ao conhecimento cognitivo.

Aplicar técnicas terapêuticas manuais nas diversas afecções que afetem

o aparelho locomotor e de outros sistemas

Manusear com habilidade e segurança diferentes equipamentos utilizados

para avaliação e tratamento fisioterapêutico

Utilizar-se-á formulários próprios para registro da avaliação de habilidades

e competências desenvolvidas nestas áreas.

10.4.6 Relação aluno/professor-supervisor de estágio

Nos diferentes campos de estágio, nas disciplinas de Estágio Ambulatorial

e Hospitalar (internato I e II), a coordenação do curso de Fisioterapia da

Universidade Federal do Ceará tem a preocupação em manter uma relação máxima

de um professor-supervisor para cada 6 alunos, o que vem tornar a supervisão muito

produtiva.

10.5 Trabalho de conclusão de curso

Considerando a tendência adotada do ensino voltado para a comunidade

com forte base no desenvolvimento do saber científico, o curso de graduação em

Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará desenvolverá em seu término, um

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45

trabalho de conclusão, sendo a apresentação final formatada em forma de artigo

científico. O objetivo do TCC é despertar intuição investigativa e científica no

profissional Fisioterapeuta que está se formando, desenvolvendo consciência crítico-

analítico. No Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, o Trabalho de

Conclusão de Curso será dividido em duas partes (Projeto de Conclusão de Curso e

Trabalho de Conclusão de Curso) com a carga horária total de 64h/a. A primeira

parte, no 9º semestre do curso, destinada para a construção do projeto de TCC.

A segunda parte, no 10º semestre do curso, será para a execução,

elaboração do relatório final, conclusão e defesa perante Banca Examinadora.

10.5.1 Mecanismos efetivos de acompanhamento do trabalho de

conclusão de curso

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) deverá ser entregue e

apresentado no final do curso, constituindo-se um pré-requesito para sua graduação.

O projeto de pesquisa será desenvolvido em duas etapas:

iniciando-se com a construção do projeto, onde o aluno revisa todo

referencial teórico que deverá ser utilizado para o desenvolvimento do

trabalho científico em uma área específica de sua escolha sob orientação de

um docente fisioterapeuta. O acompanhamento do andamento do projeto

é previsto através de apresentações sistemáticas e organizadas em forma

de seminários que ocorrerão do decorrer do semestre. O projeto será

apresentado a uma banca examinadora para qualificação do mesmo.

Na etapa seguinte, o aluno realizará a etapa analítica e conclusiva da

pesquisa sob a orientação de um docente fisioterapeuta, fazendo-se

necessário a defesa perante uma Banca Examinadora.

10.5.2 Relação aluno/professor ou trabalho/professor na orientação

de trabalho de conclusão de curso

Nas disciplinas de Projeto e Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de

Fisioterapia da UFC, sugere-se a manutenção da relação máxima de um professor

para cada 5 alunos, o que tornará mais produtiva a orientação.

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46

10.6 Atividades Complementares

A estrutura curricular do Curso de Fisioterapia da UFC inclui também

diversas atividades complementares que enriquecem a formação do aluno.

Serão consideradas atividades complementares, as vivências dos alunos

em situações técnico-didáticas específicas da fisioterapia e/ou da área da saúde ou

de interesse do aluno, tais como: palestras, cursos de atualização, atendimento

clínico em diversos contextos e áreas, oficinas pedagógicas, visitas científicas,

fóruns de debates, seminários, encontros-técnico-científicos, participação em

atividades de iniciação científica, de extensão, de iniciação à docência através da

monitoria e outras formas que venham a complementar a formação do aluno, dando-

lhe compreensão da profissão de fisioterapeuta.

A coordenação do Curso de Fisioterapia da UFC, será a responsável

pela implementação, acompanhamento e avaliação das atividades complementares,

seguindo os critérios de pontuação das mesmas de acordo com o art. 5º da

Resolução nº 07/CEPE, de 17 de junho de 2005, que dospõe sobre as atividades

complementares dos curso de grauação da UFC.

As atividades complementares através de plano de ação pertinente ao

ensino proporcionarão a participação dos acadêmicos nas ações integradas e

articuladas com diferentes segmentos da sociedade organizada, possibilitando uma

integração entre o curso e a comunidade. Essas atividades com carga horária de

140h/a. deverão ser realizadas durante o período acadêmico como elemento

necessário para a conclusão do Curso.

Os estágios extras curriculares não serão estimulados uma vez que existe

impedimento legal. O Conselho Regional de Fisioterapia da 6ª Região – CREFITO -

6 considera mediante Art. 10, da Decisão CREFITO-6, nº 001/2003 que a atividade

de estágio extra curricular consiste na prática ilegal da profissão e não os permite

nesta jurisdição.

“Art. 10 – Fica expressamente vedado o exercício de estágio extra-curricular, nas áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, na jurisdição do CREFITO-6, sujeitando-se seus responsáveis às sanções previstas na legislação correspondente”.

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47

11 INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

SEMESTRE I

M CARGA HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULOS CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P

1 64 04 - INDIVÍDUO, CULTURA E SOCIEDADE

Filosofia Socioantropologia para a Saúde

2 64 02 02 INTRODUÇÃO À PESQUISA I Pesquisa em Fisioterapia I Informática na Saúde

3 144 05 04 LÓGICA MOLECULAR DOS

SERES VIVOS I

Biologia celular e Genética Bioquímica / Biofísica Citologia/ Histologia / Embriologia

4 80 03 02 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA I

Fundamentos e Ações Integradas da Fisioterapia Prática Fisioterapêutica I

T 416 14 08

SEMESTRE II

M CARGA

HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULOS

CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P

1 128 04 04 CINEMÁTICA MUSCULAR I

Cinesiologia / Biomecânica

2 192 06 06 LÓGICA MOLECULAR DOS SERES VIVOS II

Anatomia Humana Fisiologia Humana

Lógica Molecular dos Seres Vivos I

3 64 04 -

INTRODUÇÃO A PESQUISA II

Ética, Bioética e Deontologia em Fisioterapia Pesquisa em Fisioterapia II

Introdução a Pesquisa I

4 64 02 02 SAÚDE: PROCESSO E

ASSISTÊNCIA

Epidemiologia e Políticas de Saúde Primeiros Socorros

5 32 - 02 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA II

Prática Fisioterapêutica II Vivências Em Fisioterapia I

T 416 16 14

SEMESTRE III

M CARGA HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULOS CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P

1 128 06 02

PROCESSOS PATOLÓGICOS E MECANISMOS DE AGRESSÃO

Patologia Humana / Microbiologia Parasitologia Imunologia Farmacologia Aplicada a Fisioterapia

2 96 04 02 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS ELETROTERMOFOTOBIOLÓGICOS

Eletroterapia/Termoterapia/ Fototerapia

3 192 06 06 CINEMÁTICA MUSCULAR II

Avaliação Fisioterapêutica

Cinemática Muscular I

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48

Cinesioterapia 4 64 02 02

VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA III

Prática Fisioterapêutica III Projeto Integrado em Cinesioterapia

Vivências Em Fisioterapia II

T 480 18 12

SEMESTRE IV

M CARGA HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULO CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P

1 48 2 1 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS

BIOHÍDRICOS

Fisioterapia Aquática

2 64 2 2 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS

MANIPULATIVOS E MECÂNICOS

Recursos Mecanoterápicos e Manuais

3 192 06 06

CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA TRAUMATO ORTOPÉDICA

Fisioterapia em Traumato-ortopédica Diagnóstico por Imagem I Prótese, Órtese e Readaptação Funcional

Cinemática Muscular II

4 64 02 02 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA

IV

Prática Fisioterapêutica IV Projeto Integrado em Fisioterapia Traumato – ortopédica

Vivências Em Fisioterapia III

5 32 02 - OPTATIVA Conteúdos optativos

T 400 14 11

SEMESTRE V

M CARGA HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULO CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO

T P 1 112 03 04

CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PATOLOGIAS

REUMÁTICAS

Fisioterapia em Reumatologia Fisioterapia Ergonômica e no trabalho

Clínica Fisioterapêutica Traumato Ortopédica

2 112 03 04 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA NAS LESÕES DESPORTIVAS

Fisiologia do Exercício Fisioterapia Desportiva

Cinemática Muscular II

3 192 07 05

CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM NEUROLOGIA E

PSIQUIATRIA

Neuroanatomia Fisioterapia em Neurologia Fisioterapia em Psiquiatria Projeto Integrado em Fisioterapia Neurológica

Lógica Molecular dos Seres Vivos II

T 416 13 12

SEMESTRE VI

M CARGA HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULO CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO

T P 1 176 07 04

CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA

Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia Fisioterapia em Neuropediatria Psicomotricidade Clínica

Clínica Fisioterapêutica em Neurologia e Psiquiatria

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49

Projeto Integrado em Fisioterapia Pediátrica e Neonatologia

2 112 05 02

CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM UROGINECOLOGIA,

OBSTETRICIA E MASTOLOGIA

Fisioterapia nos Distúrbios do Assoalho Pélvico Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia Fisioterapia em Mastologia

3 112 03 04

FISIOTERAPIA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

Fisioterapia nas Disfunções Temporo - Mandibulares Fisioterapia Estética Fisioterapia em Dermatologia

4 32 02 - OPTATIVO

Conteúdos optativos

T 432 17 10

SEMESTRE VII

M CARGA HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULOS

CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P

1 304 11 08

CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM CARDIOLOGIA E

PNEUMOLOGIA

Fisioterapia Cardiovascular Fisioterapia Respiratória Reabilitação Cardiopulmonar Diagnóstico por Imagem II Projeto Integrado em Reabilitação Cardiorrespiratória

Cinemática Muscular II/ Lógica Molecular dos Seres Vivos II

2 64 02 02 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA

EM GERONTOLOGIA

Biologia e Fisiologia do Envelhecimento Fisioterapia na Terceira Idade

Clínica Fisioterapêutica Traumato Ortopédica

3 32 02 - LIVRE Conteúdos livres T 400 15 10

SEMESTRE VIII

M CARGA HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULOS

CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P

1 320 - 20

ESTAGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA AMBULATORIAL

Fisioterapia Clínica Ambulatorial/CRUTAC

Recursos Fisioterapêuticos Eletrotermofotobio lógicos/ Clínica Fisioterapêutica Traumato Ortopédica/ Clínica Fisioterapêutica em Patologias Reumáticas/ Clínica Fisioterapêutica nas Lesões Desportivas/ Fisioterapia em Situações Especiais/ Clínica Fisioterapêutica

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50

em Pediatria e Neonatologia

2 32 02 - PESQUISA EM FISIOTERAPIA

I

Fisioterapia Baseada em Evidências

Introdução a Pesquisa II

3 32 02 - GESTÃO EM SAÚDE

Administração e Planejamento em Fisioterapia

4 32 02 - LIVRE Conteúdos livres T 416 06 20

SEMESTRE IX

M CARGA HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULO

CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P

1 512 - 32

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA

HOSPITALAR I

Internato I - Ambiente Hospitalar

Clínica Fisioterapêutica em Cardiologia e Pneumologia/ Clínica Fisioterapêutica em Gerontologia/ Clínica Fisioterapêutica em Uroginecologia, Obstetricia e Mastologia/ Estagio Supervisionado em Fisioterapia Ambulatorial

2 96 04 02

TERAPIA INTENSIVA

Fisioterapia em Terapia Intensiva

Clínica Fisioterapêutica em Cardiologia e Pneumologia

3 32 02 - PESQUISA EM FISIOTERAPIA II

Projeto de Conclusão de Curso

Pesquisa em Fisioterapia I

T 640 06 34 SEMESTRE X

M CARGA HORÁRIA

CRÉDITOS MÓDULO

CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P

1 480 - 30 ESTÁGIO SUPERVISIONADO

EM FISIOTERAPIA HOSPITALAR II

Internato II - Ambiente Hospitalar

Estágio Supervisionado em Fisioterapia Hospitalar I/ Terapia Intensiva

2 32 02 - PESQUISA EM FISIOTERAPIA III

Trabalho de Conclusão de Curso

Pesquisa em Fisioterapia II

T 512 02 30

O aluno deverá cursar no mínimo 08 créditos de disciplinas optativas,

podendo ser 04 créditos de disciplinas livres.

Serão ofertadas como disciplinas optativas: Saúde Coletiva, Terapias

Alternativas, Fisioterapia Domiciliar, Fisioterapia Veterinária, Acupuntura e Libras.

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51

12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

A implantação do projeto pedagógico, como um processo dinâmico, em

permanente construção, pressupõe a adoção de um sistema da avaliação que

possibilite o acompanhamento e o aperfeiçoamento do currículo.

O sistema de avaliação a ser implantado deve ser periódico. Deve ter um

mecanismo constante de retroalimentação. Visa a melhoria do processo de

construção ativa do conhecimento por parte de gestores, professores, alunos e

funcionários técnico-administrativo, estabelecendo sistemas de acompanhamento e

avaliação quantitativa e qualitativa do Projeto Pedagógico. Este acompanhamento e

avaliação deverão acontecer por meio de reuniões sistemáticas entre o corpo

docente, corpo discente (através dos representantes de turma e representação

discente no colegiado de curso) e a coordenação do curso para constante

acompanhamento, esclarecimento e aprimoramento do Projeto Pedagógico.

A avaliação deve subsidiar todo o processo de formação, fundamentando

novas decisões, direcionando os destinos do planejamento e reorientando-o caso

esteja se desviando.

Devem ser planejadas avaliações dos objetivos educacionais, do

processo ensino-aprendizagem, de alunos, de professores e da Instituição com as

seguintes especificidades:

a) objetivos educacionais - quanto à sua adequação e se estão sendo

atingidos;

b) processo ensino-aprendizagem - quanto aos métodos educacionais,

conteúdo, ambientes e o próprio sistema de avaliação;

c) aluno - quanto à aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes;

d) professores - quanto ao seu desempenho nas atividades de ensino,

pesquisa e extensão;

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52

e) Instituição - quanto à sua estrutura organizacional e processo

gerencial.

A aprovação e a progressão dos alunos no Curso, respeitando os critérios

da UFC, seguirão normas específicas. No entanto, é imprescindível a inclusão de

uma avaliação formativa, que dê ao aluno um “feedback” sobre o seu rendimento,

ainda com tempo hábil para a melhoria do seu desempenho. A avaliação dos alunos

deve abranger todo o processo de formação profissional, incluindo conhecimentos,

habilidades e atitudes, estendendo-se também ao Internato.

As ações pedagógicas propostas pelo projeto do curso deverão ser

garantidas, entre outros, a partir da articulação mais eficiente entre as disciplinas e

ações pedagógicas de gestão. Para viabilizar tais ações, faz-se necessário a

proposta de criação de Núcleos de Competência das disciplinas e a criação da

Coordenação de Semestres que têm por objetivo contribuir para a efetivação dos

princípios que orientam a proposta.

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53

13 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A OFERTA DO CURSO

O Curso de Fisioterapia utilizará as instalações da Universidade Federal

do Ceará (Campus do Porangabussú e Campus do Pici).

I. O Curso de Fisioterapia será sediado no Campus do Porangabussu, onde funcionam os cursos da Área da Saúde. Os novos itens de infra-estrutura física e de equipamentos a serem adquiridos são os seguintes:

1. Salas para coordenação e secretaria;

2. Salas de aula para a integralização do curso em cinco anos;

3. Novos Laboratórios: a) 01 LABORATÓRIO DE CINESIOLOGIA E BIOMECANICA; b) 01 LABORATÓRIO DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA; c) 01 LABORATÓRIO DE BASES, TÉCNICAS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO; d) 01 LABORATÓRIO DE CINESIOTERAPIA; e) 01 LABORATÓRIO DE ELETRO-TERMO-FOTOTERAPIA; f) 01 LABORATÓRIO DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA.

II. A infra-estrutura de pessoal necessária é a seguinte:

1. Docentes (o número de docentes estimados corresponde a 14 professores em regime de dedicação exclusiva).

2. 01 servidor técnico-administrativo para a secretaria do curso;

2. 06 servidores técnicos de laboratório.

13.1 Laboratórios

A UFC deverá disponibilizar laboratórios de saúde que poderão ser

utilizados para aulas práticas, demonstrativas, estudos e aplicação de programas e

projetos existentes na Instituição. Os laboratórios de saúde e suas extensões

deverão ser isoladas, com boa acústica, climatizados e iluminados adequadamente

às ações de ensino. Para o melhor desenvolvimento das atividades acadêmicas a

Coordenação deverá disponibilizar para os alunos os horários dos laboratórios:

específicos para aulas e estudos extra-sala de aula.

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54

13.1.1 Laboratório de Microscopia

Ambiente destinado às aulas práticas das seguintes disciplinas: Histologia

e Embriologia, Biologia Celular e Patologia.

Poderá ser utilizado, quando necessário, por docentes de outras

disciplinas que eventualmente precisem deste Laboratório, bem como para análise

de lâminas utilizadas em trabalhos de conclusão de curso, pesquisas científicas,

entre outras.

13.1.2 Laboratório de Anatomia

Laboratório necessário e destinado à realização das aulas práticas das

seguintes disciplinas da matriz curricular do Curso de Fisioterapia:

- Anatomia Humana

- Neuroanatomia

Eventualmente, de acordo com o assunto ou com a necessidade dos

professores, o Laboratório poderá ser utilizado ainda por qualquer docente das

demais disciplinas do Curso de Fisioterapia, assim como por cursos de extensão

promovidos pela Fisioterapia. O Laboratório de Anatomia ficará disponível aos

acadêmicos para estudo, com a presença do funcionário responsável pelo mesmo,

de acordo com uma programação de horários organizada pela Instituição.

13.1.3 Laboratório de Fisiologia

Espaço destinado às aulas de Fisiologia Humana, Farmacologia aplicada

a Fisioterapia e Bioquímica/ Biofísica, onde os alunos realizarão práticas sobre o

funcionamento dos sistemas: neuromuscular, cardiovascular, respiratório entre

outros.

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55

13.1.4 Laboratório de Cinesiologia/Biomecânica e Cinesioterapia

Este laboratório de uso exclusivo do Curso de Fisioterapia será destinado

às aulas práticas nas quais o enfoque se dará ao aprendizado da avaliação

músculo-esquelética, da marcha e da postura bem como ao aprendizado prático da

análise do corpo humano estático e dinâmico.

13.1.5 Laboratório de Bases, Técnicas e Métodos de Avaliação (BTMA)

O Laboratório de BMTA destina-se as aulas de Avaliação Fisioterapêutica

e Recursos Mecanoterápicos e Manuais.

13.1.6 Laboratório de Eletrotermofototerapia

Com equipamentos novos, modernos e da mais alta qualidade, este

Laboratório atenderá as práticas das disciplinas que fornecem ao estudante de

Fisioterapia o aprendizado da utilização dos equipamentos de eletro, termo e

fototerapia, utilizados como recursos fisioterapêuticos. Este laboratório será utilizado

também, para execução de aulas práticas de disciplinas que utilizam ou elegem com

freqüência tais recursos para tratamento.

13.1.7 Laboratório de Fisioterapia Cardiorrespiratória

Utilizado para a execução das aulas práticas das disciplinas:

- Fisiologia do Exercício

- Fisioterapia Desportiva

- Fisioterapia Respiratória

- Fisioterapia em Cardiovascular

- Reabilitação Cardiopulmonar

- Primeiros Socorros

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56

- Fisioterapia em Terapia Intensiva

13.1.8 Laboratório de Fisioterapia Aquática

Este laboratório contemplará uma Piscina Terapêutica. Único espaço a

ser utilizado tanto para aulas práticas como para atendimento fisioterapêutico na

Atividade Prática e no Estágio Supervisionado.

13.1.9 Clínica Escola

Modelo de estrutura ideal para os serviços a que se destina, com

equipamentos modernos e de melhor tecnologia existente no mercado. Totalizando

aproximadamente 500 m2 de área construída. Esse espaço será destinado ao uso

exclusivo dos acadêmicos do Curso de Fisioterapia.

A Clínica de Fisioterapia da UFC (UFCFISIO) atenderá a todos os

requisitos necessários para um aprendizado prático completo, além de fornecer ao

público que utilizará o serviço de atendimento fisioterapêutico uma assistência

diferenciada.

13.2 Biblioteca

Os usuários da Biblioteca da UFC possuem fácil acesso ao acervo. Sua

atualização é feita periodicamente de forma a não ficar ultrapassada. Seus técnicos

são habilitados e treinados possibilitando um bom atendimento aos usuários.

Os discentes e docentes do Curso de Fisioterapia da UFC, poderão

utilizar tanto a Biblioteca Central (Campus do Pici) como a da Saúde (Campus do

Porangabussu).

13.3 Recursos Humanos

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A previsão de docentes a serem contratados para o Curso de Fisioterapia

da UFC é de 36 professores. Os quais serão alocados gradualmente durante os 10

semestres.

Buscar-se-á pessoal com experiência didática e profissional comprovada

e titulação adequada, sendo Especialistas, Mestres e Doutores e/ou em fase de

obtenção de sua titulação.