7 Resumo

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básica do trabalho de

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pesquisa, sobretudo nodesenvolvimento, nafundamentação e naconclusão.As referências - breves e

concisas - devem

consignar-se quando se

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167

trata de obras conhecidase de fácil acesso.Para as transcrições e os

resumos de certaextensão, toma-se práticoutilizar folhas grandes, das

chamadas tamanho

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“ofício”, ou pequenoscadernos que seacrescentarão às fichasrespectivas.O valor da técnica das

fichas, como de todo

método, depende também

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169

de quem o põe em prática.Além disso, assinalaremosalguns de seusinconvenientes maisnotórios: um deles é a“fichamania”, isto é, a

estéril acumulação de

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fichas que nunca serãoaproveitadas num trabalhofinal. Em disciplinashistóricas, onde adocumentação éfundamental e não se pode

prescindir da heurística,

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171

pode-se correr este risco.Daí a importância doestudo da filosofia dahistória, e inclusive deconsiderar a reconstruçãohistórica com um critério

filosófico, como

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sustentaram historiadoresdo porte de Toynbee eMarrou.Outras vezes, o

compilador das fichaslimita-se a um mero

trabalho de transcrição das

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173

notas das mesmas.Finalmente, citaremoscomo uma situaçãoextrema, dentro destastendências, a destasmonografias intermináveis

que se apresentam como

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um subproduto demonumentais coleções defichas, mas onde, em suma,nem o autor nem o leitorsabem por fim “a que seater”.

O resumo do texto

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175

apresentado segue osseguintes passos:A referência do texto é a

documentação de umapesquisa bibliográfica.Todo trabalho escrito, se

realizado segundo critérios

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rígidos de metodologiacientífica, apoia-se empesquisa documental.Segundo Asti Vera (1983), adocumentação podeocorrer através de

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referência? É tematizada

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da perspectivaformal-metodológica, istoé, como proceder paradocumentar uma pesquisa.A situação inicial afirma

em que consiste a

documentação:

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179

transcrições, resumos,sínteses, referências, istoé, define as váriasmodalidades pelas quais sepode valer de informaçõescolhidas em uma obra.

Trata-se de um

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conhecimento partilhadopela comunidade querealiza pesquisa.135A informação nova do

texto é o estabelecimento

do uso de um ou outro tipo

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181

de documentação: quandousar a transcrição, oresumo, a síntese, asimples referência. Atranscrição textual

justifica-se quando se tem

necessidade de uma prova.f

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O resumo tem funçãoinstrumental e é usadoquando não se tem naprópria biblioteca a obrautilizada. A síntese, queAsti Vera (1983) distingue

de resumo, consiste naã d d

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183

exposição das “ideiascentrais de um texto”. Asreferências são utilizadasno caso de obrasconhecidas e de acessofácil.

As justificativas para ali ã d i

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realização de pesquisadocumental resumem-seem: necessidade de provas(transcrição); obras debibliotecas públicas devemser resumidas, justamente

porque não se tem acessol f ilid d

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185

a elas com facilidade;realização do objetivo dapesquisa (síntese dasideias fundamentais); nocaso de obras de fácilacesso e conhecidas,

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que fim tem em vista. ~ • C i ã

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187

Com esta exposição,verifica-se a organizaçãodo texto. Há unidadetemática do início ao fim:que procedimento adotarna documentação de uma

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pesquisa documental;□ i ã é

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189

□ a tematização é ametodologia de utilizaçãoda pesquisa documental;□ a situação inicial: em queconsiste a pesquisadocumental; quais são

suas formas;□ i f ã

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□ a informação nova:quando utilizar cada tipo;□ conclusão: o que evitar.Assim, pode-se dizer que

um possível resumo dotexto citado de Asti Vera é:

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resumo, síntese,f ê i A t i õ

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referência. As transcriçõestextuais são limitadas aoscasos de necessidade deprova. O resumo é utilizadono caso de a obrapertencer a uma biblioteca

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trabalho científico não setit i l ã d

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constitui numa coleção defichas que não permitem aoautor e leitor identificar oobjetivo da pesquisa.Nesta fase do resumo,

agrupam-se as ideias afins.

Então selecionam-se novosl t d it ã

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195

elementos da situaçãoinicial:A pesquisa documental

vale-se de transcrição,resumo, síntese,referência. As justificativas

compreendem variadasid d d i d

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necessidades de apoio dapesquisa: há casos em queé preciso transcrever,casos em que se deveresumir, sintetizar,referenciar. A con-

136l ã fi q fi h

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197

clusão afirma que as fichasnão devem constituir-se emfim em si mesmas (mania),pois uma coleção de fichasnão resulta numa obra.Adaptando as ideias

expostas, ter-se-ia:As informações colhidas

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As informações colhidasna pesquisa documentalsão fichadas através detranscrição, resumo,síntese, referências. Afichamania deve ser

evitada se o pesquisadordeseja que a obra não seja

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199

deseja que a obra não sejadesconexa, pois umacoleção de fichas nãoresulta numa obra. As

justificativascompreendem variadas

necessidades de apoio dapesquisa: há casos em que

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pesquisa: há casos em queé preciso transcrever,casos em que se deveresumir, sintetizar,referenciar.Qual o ponto de vista do

autor? Qual a suaconclusão? A que leva o

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201

conclusão? A que leva otexto? Talvez se pudessedizer que o fragmentoapresentado leva aconcluir que o autor,embora considere a

documentação umanecessidade estabelece

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necessidade, estabelecenormas para a utilizaçãodas fontes de pesquisa.Poder-se-ia dizer que épragmático, objetivo, umavez que salienta

inconvenientes que o atode fichar pode acarretar: a

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203

de fichar pode acarretar: afichamania, a meratranscrição de notas, asmonografias intermináveis,resultado de coleção defichas que deixam o autor e

o leitor sem saber “a que seater”

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ater . Reescrevendo o resumo na

íntegra, tem-se:Os procedimentos para a

pesquisa documentalcompreendem a

transcrição, o resumo, asíntese a referência A

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205

síntese, a referência. Atranscrição limita-se aoscasos de necessidade deprova, enquanto a síntesese constitui no ideal dedocumentação. Se a

documentação se reduz amera transcrição de notas

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mera transcrição de notas,ou à acumulação de fichasque levam à realização deobra interminável, esteprocedimento revela-seinconveniente e estéril,

não permitindo ao autornem ao leitor identificar

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207

nem ao leitor identificarcom que devepreocupar-se.Se se optar pelo modelo de

Fiorin (1990) para arealização de resumos,

responde-se inicialmente àquestão: De que trata o

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questão: De que trata otexto?Trata de procedimentos

metodológicos deutilização de fontes deinformação na pesquisa,

isto é, como e quandoutilizar a citação direta e a

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209

utilizar a citação direta e aindireta.Em seguida, divide-se o

texto em partes:□ o primeiro parágrafo

define em que consiste a

documentação;□os parágrafos 2 6

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□ os parágrafos 2-6estabelecem normassobre quando usar um ououtro procedimento;□ os parágrafos 7 e 8

falam do valor do

fichamento e de seusinconvenientes

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211

inconvenientes.Assim, após dizer que a

documentação pode serrealizada segundo quatromodalidades: atranscrição, o resumo, a

síntese, a referência,estabelece norma para a

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estabelece norma para autilização da citaçãodireta: só deve ser usadaem caso de necessidade deprovas. Ressalta que adocumentação deveria ser

feita, de preferência, pormeio de sínteses e não por

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213

meio de sínteses, e não pormeio de meros resumosindicativos ou simplesreferência. Finalmente,previne o estudioso dosinconvenientes que o

procedimento do ficha-

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137mento pode acarretar. Degrande utilidade (valor)para a pesquisa, podetransformar-se em

procedimento estéril.Como as ideias do texto se

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215

Como as ideias do texto seinter-relacionam? Elasestão ligadas de tal formaque constituem um texto, enão um aglomerado deinformações: da definição

de documentação,passando pela exposição

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passando pela exposiçãodas modalidades e usosformais, até a conclusão deque o fichamento é umafaca de dois fios (tantopode constituir-se num

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Outro modelo para aprática do resumo é o

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prática do resumo é oapresentado por Siqueira(1990, p. 63) e Serafini(1987, p. 188-189), estaúltima autora já foi vista na

seção 2.2 do Capítulo 6.

Em primeiro lugar, diga-se:um resumo deriva da

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219

um resumo deriva dacapacidadé de leituradaquele que vai realizá-lo.A compreensão de umtexto depende da

competência do receptor.

Essa competência envolverecursos culturais

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recursos culturais,experiência anterior,conhecimento prévioarmazenado na memória.Além disso, o leitor pode

contar com pistas

linguísticas distribuídaspelo texto Não se dispensa

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221

pelo texto. Não se dispensaa capacidade de raciocinardo leitor.O resumo é um

instrumento adequado

tanto para a aprendizagem

redacio- nal, quanto para oaprimoramento da leitura

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aprimoramento da leitura.Um leitor que é capaz deresumir um texto com suaspróprias palavrasdemonstra ter

compreendido as ideias

nele . expostas. ParaSiqueira (1990 p 15) um

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223

Siqueira (1990, p. 15), umleitor, se competente,deve, “diante de um texto,detectar quando ele estáinterrompido ou completo e

conseguir, no caso de estar

interrompido, completá-lo.Além disso, uma pessoa

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Além disso, uma pessoapode ser capaz deparafrasear um texto,resumi-lo, dar-lhe um títuloou, a partir de um título,

desenvolver um todo

textual”. As regras mais comumente

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225

As regras mais comumenteaplicadas para a práticado resumo são:

□ Apagamento deelementos redundantes e

supérfluos ou não

relevantes . Inclui-se nestecaso supressão de

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caso supressão deadjetivos e advérbios.

□ Generalização de ideiasdo texto. O leitor deve sercapaz de, desprezando

ideias particulares,

registrar informações deordem geral. Este conceito

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227

ordem geral. Este conceitoaproxima-se do detematização.

□ Seleção das ideias principais.

□ Combinação de dois ou

três tópicos frasais dediferentes parágrafos

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diferentes parágrafosquando repetem a mesmaideia. Dispensável, já quepode ser feita pelainvenção do novo texto.

□ Invenção ou construção.

Deve o leitor construirfrases que incluam várias

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229

frases que incluam váriasideias expostas no texto, efazê-lo de forma sintética.

138Para Siqueira (1990, p. 63),

os passos para resumir um

texto são: (a) seleçãodas ideias principais; (b)

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das ideias principais; (b)cancelamento das ideiasirrelevantes; (c)agrupamento das ideiasque se relacionam entre si;

(d) adaptação da

linguagem devido ^ aosagrupamentos realizados.

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231

ag upa e tos ea ados.Maria Teresa Serafini(1987, p. 188-189) ensinaquatro regras para aredação de resumos:

cancelamento,

generalização, seleção econstrução. Cancelamos

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çpalavras que se referem apormenores que não sãonecessários àcompreensão de outras

partes do texto. Pelo

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óbvios”. Durante a fase deconstrução, substituímos

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ç ,orações por outras novas.Tomemos o seguinte textocomo exemplo:Os membros do painel

(painelistas) devem

preparar o materialnecessário acerca do

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235

assunto a ser discutido,procurando orientar adiscussão através de umraciocínio metódico e ao

alcance do público.

Devem saber ouvir comatenção o que têm a dizer

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ç qos outros participantes einterrompê-los quandooportuno, esperando omomento apropriado para

isso.

Não se devem aferrar a umponto de vista, só porque é

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237

p , p qo que defendem, e simmudar de opinião sempreque os fatos ou a lógicaprovarem que estão

errados.

Não devem os painelistasmonopolizar a discussão,

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p ,pois todos têm iguaisoportunidades de falar.Convém, por isso,estabelecer que a duração

máxima de cada

intervenção será de dois outrês minutos. O

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239

coordenador deveráinterferir sempre que umpainelista ultrapassar oslimites permitidos ou

estender-se muito em

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atmosfera de discussão éinformal e o diálogo deve

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241

gprocessar-se em tom deconversa. Nada dediscursos, de atitudesteatrais para a plateia ou

de uso e abuso de

expressões de efeito(MINICUCCI, 1992, p.

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( p134-135).Aplicando as regras paraelaboração de resumo,tem-se:

1. Quanto ao apagamento

Cancelam-se palavras quepodem ser dispensáveis:

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243

p pPainel: reunião de pessoaspara exporem suas ideiassobre um assunto, diantede um auditório. A

conversação é informal. Os

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participantes einterrompê-los quando

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245

p qoportuno. Devem mudar deopinião se os fatos ou alógica provarem que estãoerrados. Não devem

monopolizar a discussão.

Cada intervenção será dedois ou três minutos. O

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coordenador deve interferirno caso de um painelistaultrapassar o tempo. Ospainelistas devem falar

sobre o assunto proposto.

O diálogo deveprocessar-se em tom de

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247

conversa. Evitar discursosou atitudes teatrais.Quanto à generalização Pela generalização,

devem-se substituir

enunciados específicos porgerais. Assim, se uma

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pessoa diz que reformou obanheiro, a cozinha, a sala,o telhado de sua casa,pode-se dizer que ela

“reformou sua casa”. A

expressão agora égeneralizadora. No texto

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249

apresentado de Minicucci,as possibilidades degeneralizações não sãoassim tão palpáveis, mas

pode-se dizer,

generalizando, que eleapresenta regras para a

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realização de um painel.Quanto à seleção detópicos frasais ecombinação deles

No painel, várias pessoas

expõem suas ideias paraum auditório. A linguagem

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251

é informal e os membrosque dele participam podeminterromper seus colegasquando oportuno. Cada

intervenção, regulada pelo

coordenador, pode demorarde dois a três minutos. Os

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painelistas devem ater-seao tema proposto.Assim, o leitor pode

verificar que o primeiro

parágrafo apresenta duas

ideias importantes: opainel é uma técnica de

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253

apresentação decomunicação da qualparticipam várias pessoas;o tom da apresentação é

informal. O segundo

parágrafo cuida daadaptação da exposição à

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audiência. O terceiro e oquarto parágrafos podemser fundidos: o painelistaapresenta suas ideias e

ouve observações dos

colegas. O quinto parágrafoé uma explicitação dos

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255

dois anteriores e pode sereliminado. O sextoparágrafo ocupa-se doimpedimento de digressões

e o último afirma, repetindo

ideias do primeiroparágrafo, que o tom da

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apresentação é o informal.Aqui, recria-se o texto deMinicucci:O painel, técnica de

trabalho em grupo,

consiste em variadosparticipantes, diante de um

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257

auditório, apresentarempara discussão assuntospreviamenteestabelecidos. Entre as

regras do painel,

destacàm-se: adaptar aexposição à audiência,

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ouvir os colegas einterrompê-los apenasquando oportuno, serflexível na defesa dos

próprios pontos de vista,

permitir que os colegasexponham suas ideias,

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259

evitar digressões eatitudes teatrais, já que otom do diálogo é informal.Ao coordenador caberá

estabelecer tempo de

duração das intervenções emanter a ordem.

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Quanto à invenção ouconstrução

140

Exercícios

1. Segmentar o seguintetexto de Ingedore Grunfeld

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261

Villaça Koch e Luiz CarlosTra- vaglia (1989, p. 11-14): Antes de mais nada, é

preciso observar que

nenhum dos conceitos

encontrados na literatura écapaz de conter em si

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todos os aspectos queconsideramos comodefinidores da coerência .Vamos, por isso, elencar,

de forma sumária, os

traços que têm sido maiscomumente apontados.

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263

A coerência teria a vercom a “boa formação” dotexto , mas num sentido quenão tem nada a ver com

qualquer ideia

assemelhada à noção degramaticalidade usada no

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nível de frase, sendo maisligada, talvez, a uma boaformação em termos deinterlocução comunicativa.

Portanto, a coerência é

algo que se estabelece nainteração, na interlocução,

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265

numa situaçãocomunicativa entre doisusuários. Ela é o que fazcom que o texto faça

sentido para os usuários,

devendo ser vista, pois,como um princípio de

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interpretabilidade do texto.Assim, ela pode ser vistatambém como ligada àinteligibilidade do texto

numa situação de

comunicação e àcapacidade que o receptor

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267

do texto (que o interpretapara compreendê-lo) tempara calcular o seu sentido.A coerência seria a

possibilidade de

estabelecer, no texto,alguma forma de unidade

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ou relação. Essa unidade ésempre apresentada comouma unidade de sentido notexto, o que caracteriza a

coerência como global, isto

é, referente ao texto comoum todo.

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269

A coerência é vistatambém como umacontinuidade de sentidosperceptível no texto,

resultando numa conexão

conceituai cognitiva entreelementos do texto. Essa

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conexão não é apenas detipo lógico e depende defatores socioculturaisdiversos, devendo ser vista

não só como o resultado de

processos cognitivos,operantes entre os

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271

usuários, mas também defatores interpessoais comoas formas de influência dofalante na situação de fala,

as intenções

comunicativas dosinterlocutores, enfim, tudo

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o que se possa ligar a umadimensão pragmática dacoerência. Os processoscognitivos caracterizam a

coerência à medida que

possibilitam criar ummundo textual em face do

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273

conhecimento de mundoregistrado na memória, oque levaria à compreensãodo texto.

Como se percebe, a

coerência é, ao mesmotempo, semântica e

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pragmática; mas, paraalguns, embora essescaracteres predominem, acoerência tem também

uma dimensão sintática

(gramatical, linguística)que discutiremos mais

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275

adiante. Contudo, não sedeve deduzir daí que acoerência tenha a ver coma superfície linguística do

texto: todos os estudos

procuram demonstrar que acoerência é profunda,

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subjacente à superfícietextual, não linear, nãomarcada explicitamente naestrutura de superfície.

Além disso, é global e

hierarquizadora doselementos do texto (os

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277

sentidos desses elementosse

141

subordinam ao sentido

global unitário, os atos defala que realizam se

b d

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subordinam ao macroatode fala que o texto comoum todo representa).Por tudo isso é que se

pode dizer que a coerência

é, basicamente, umprincípio de

b l d d

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279

interpretabilidade ecompreensão do textocaracterizado por tudo deque o processo aí

implicado possa depender.

Como veremos, acoerência tem a ver

bé d ã d

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também com a produção dotexto à medida que quem ofaz quer que seja entendidopor seu interlocutor,

conforme se supõe pelo

princípio de cooperação.O estudo da coerência

d i i

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281

poderia ser visto como umateoria do sentido do texto(seja ele uma frase ou umlivro todo, não importa a

dimensão), dentro de um

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seus componentes(sintáticos, semânticos,

á i

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283

pragmáticos,socioculturais etc.).

Estamos entendendosentido como a atualização

seletiva no texto de

significados virtuais dasexpressões linguísticas.P l l i

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Paralelamente ao conceitode coerência, formando

com ele uma espécie depar opositivo/distintivo,

encontramos nos estudos

textuais o conceito decoesão. Ao contrário da

ê i ã é

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285

coerência, a coesão éexplicitamente revelada

através de marcaslinguísticas, índices

formais na estrutura da

sequência linguística esuperficial do texto, sendo,

d á li

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portanto, de caráter linear, já que se manifesta na

organização sequencial dotexto. É nitidamente

sintática e gramatical, mas

é também semântica, pois,como afirma Halliday eH (1976) ã é

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287

Hasan (1976), a coesão é arelação semântica entre

um elemento do texto e umoutro elemento que é

crucial para sua

interpretação . A coesão é,então, a ligação entre osl fi i i d

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elementos superficiais dotexto, o modo como eles se

relacionam, o modo comofrases ou partes delas se

combinam para assegurar

um desenvolvimentoproposicional.M i ã

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289

Muitos autores nãodistinguem entre coesão e

coerência, utilizando umtermo ou o outro para os

dois fenômenos. Alguns

fazem a distinção usandoexpressões como“ ê i

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“coerên ciamicroestrutural” ou

“coerência local”, quandoquerem se referir ao que foi

definido no parágrafo

anterior como “coesão” eexpressões como“ ê i

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291

“coerênciamacroestrutural” ou

“coerência global”, quandodesejam se referir ao que

foi definido nos parágrafos

iniciais deste item como“coerência”. É o caso deCh ll (1987 ) d V

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Charolles (1987a) e de VanDijk e Kinisch (1983), por

exemplo. Já Charolles(1987a) subdivide a coesão

em “coesão” e “conexão”.

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4. Quais são as justificativas do texto? 5 Q al a concl são dos

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295

5. Qual a conclusão dosautores? 6. Qual a referência dotexto?

7. Qual a tematização do

texto? 8. Redigir o resumo dotexto apresentado

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texto apresentado ,seguindo o modelo de

resumo de Maria TeresaSerafim.

9. Redigir um resumo

indicativo de um livro deseu interesse. 10 Redigir um resumo

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297

10. Redigir um resumoinformativo de um livro de

seu interesse. 11. Resumir o seguinte

texto:

Alfonso Quejana, sujeitode aproximadamente 50

fid lg

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anos, era um fidalgoespanhol de família

tradicional; sem ser rico,vivia parcimoniosamente

da renda de sua terra,

situada em algum lugar daMancha. Contava com acompanhia de ma criada e

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companhia de uma criada eda sobrinha, e a amizade do

cura e do barbeiro. Nãocultivava os prazeres de

sua classe social: em vez

de participar de caçadasou festas, preferia ler livrosde cavalaria: o gosto por

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de cavalaria: o gosto poreles era tanto, que chegava

a vender partes de suapropriedade, para comprar

volumes e mais volumes

desse gênero de obra. Aleitura o envolvia de talmodo que passava noites

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modo, que passava noitesem claro; e, como lembra o

seu biógrafo, “do poucodormir e do muito ler,

secou-se-lhe o cérebro, de

maneira que veio a perder o juízo”. Ato contínuo,resolveu ajustar sua vida

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resolveu ajustar sua vidaao mundo dos livros e,

assim procedendo,proclamou-se, ele mesmo,

cavaleiro andante, sob o

nome de Dom Quixote, omais tarde designadoCavaleiro da Triste Figura

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Cavaleiro da Triste Figura.Miguel de Cervantes, autor

de O engenhoso fidalgoDom Quixote de la Mancha ,

criou sua imortal

personagem em obrapublicada em 1605. Atipografia era então uma

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tipografia era então umainvenção já centenária,

pois a prensa mecânica,inovação atribuída a

Gutenberg, aparecera em

torno de 1450, naAlemanha, e espalhara-secom razoável rapidez ao

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com razoável rapidez aolongo do século XV No

entanto, livros impressoscomeçaram a ser

publicados em quantidade

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Alonso Fernández deAvellaneda, de 1614, quese adonou da personagem

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se adonou da personageme propôs uma continuação,

razão por que Cervantestratou de elaborar, em

1615, o segundo volume de

seu livro, garantindo apropriedade de suainvenção No mesmo

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invenção. No mesmoperíodo, edições do

romance original sesucederam, tanto legais,

quanto piratas,

registrando-selançamentos da obra emlugares diferentes e

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lugares diferentes edistanciados, como Bélgica

e Portugal, sempre comêxito. Cervantes, da sua

parte, buscou proclamar o

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respeitável na época e,para muitos casos, aindanos nossos dias

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nos nossos dias.A consolidação do livro, na

forma física em que eleainda se apresenta, data de

período anterior ao de

Cervantes: o códex, deaparência similar,substituiu os volumes em

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substituiu os volumes emrolo ainda na Antiguidade,

facilitando a manipulação eo consumo. Mesmo nesse

formato, contudo, o acesso

ao material que circulavapor escrito restringia-se areligiosos ao longo da

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religiosos, ao longo daIdade Média, e a

estudantes, no final desseperíodo, quando se

estabelecem as primeiras

universidades na Europa.Com a expansão da prensamecânica nascem as

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mecânica nascem asprimeiras tipografias,

amplia-se o comérciolivreiro e aumenta o

público leitor, não mais

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leitura, a ponto de preferirlivros a qualquer outraatividade mesmo as

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atividade, mesmo aslucrativas, como a

administração da fazenda,ou lúdicas, como a caça. O

que surpreende é a

declaração do narrador,estampada nos primeirosparágrafos da obra: o leitor

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parágrafos da obra: o leitor,entregue à fantasia contida

nos livros de leitura, perdeo juízo, a ponto de abrir

mão de sua identidade e

criar, para ele mesmo, umanova personalidade,construída a partir das

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construída a partir daspersonagens a que fora

apresentado por meio daspáginas impressas.

À leitura intensiva se

atribui grave delito: elatranstorna e transformaseu leitor Ao referir o

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seu leitor. Ao referir ocrime atribuído à leitura,

Cervantes não está sendooriginal: com efeito, ele

parece reproduzir, de modo

irônico e paródico, o que jápassava na sociedadeeuropeia do século XVI

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europeia do século XVI.Período caracterizado

pelos conflitos religiosos -de um lado, a Reforma,

proclamada por luteranos,

calvinistas e anglicanos,de outro, a Contrarreforma,resposta católica aos

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resposta católica aosdescontentes do Norte da

Europa -, foi marcado pelaradicalização ideológica e

violência. Adversários,

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leitura. Màrtinho Luterovaloriza a leitura individualda Bíblia mas denuncia os

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da Bíblia, mas denuncia osperigos advindos de sua

edição em línguavernácula; a Igreja reage

aos perigos da heresia

religiosa com a reativaçãodo Tribunal do Santo Ofícioe a publicação em 1564

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e a publicação, em 1564,do Index Librorum

Prohibitorum , rol de textosinterditados e apartados

dos fiéis, se não queimados

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cura e o barbeiro, invadema biblioteca do fidalgo eeliminam as obras

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eliminam as obrasdesaconselháveis. Ao

entrarem, os dois homensestão acompanhados pela

ama, que, contudo, recua,

voltando logo em seguidaacompanhada de águabenta e hissope com o fito

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benta e hissope, com o fitode pedir ao padre que

exorcize o local. A criadateme que os livros

carreguem consigo algum

feitiço que possacontaminá-los, assim comojá haviam embruxado Dom

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já haviam embruxado DomQuixote (ZILBERMAN,

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