7 Dosagem Do Concreto Convencional

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    ESTUDO DE DOSAGEM DO CONCRETO

    Prof Kelvya Moreira

    Eng Civil, MSc. em Construo Civil

    Universidade Estadual Vale do AcaraCentro de Cincias Exatas e TecnolgicasCurso de Engenharia CivilDisciplina: Materiais de Construo II

    Semestre 2013.2

    Sobral/Ce, 20131

    INTRODUO

    Estudo de dosagem dos concretos de cimento Portland

    Corresponde a melhor proporo entre os materiaisconstitutivos do concreto, levando em considerao suas particularidades.

    Pode ser expresso em massa ou em volume, sendo prefervel e sempre maisrigorosa a proporo expressa em massa seca de materiais.

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    Dosagem de concreto Trao de concreto

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    INTRODUO

    O estudo de dosagem deve ser realizado visando obter a mistura ideal e maiseconmica, numa determinada regio e com os materiais ali disponveis, paraatender uma srie de requisitos.

    Essa srie de requisitos ser maior ou menor, segundo a complexidade do

    trabalho a ser realizado e segundo o grau de esclarecimento tcnico e prticodo usurio do concreto que demandou o estudo.

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    REQUISITOS BSICOS A SEREM ATENDIDOS

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    RESISTNCIA MECNICA (MPa)

    tradicionalmente utilizada como parmetro principal de dosagem e controle da

    qualidade dos concretos devido simplicidade dos procedimentos de ensaio.

    NBR 8953: Concreto para fins estruturais - Classificao por grupos de resistncia

    OBS: Letra C compreende os concretos normais com massa especfica compreendida entre2000 kg/m e 2800 kg/m. O N corresponde ao valor do fck, expresso em MPa.

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    RESISTNCIA MECNICA (MPa)

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    NBR 5739 - Ensaio de compresso de corpos-de-prova cilndricos de concreto

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    TRABALHABILIDADE (mm)

    A adequao do comportamento do concreto no estado fluido s

    demandas da aplicao tem sido tradicionalmente determinada pelo

    conceito de TRABALHABILIDADE.

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    TRABALHABILIDADE (mm)

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    NBR NM 67:Concreto - Determinao da consistnciapelo abatimento do tronco de cone.

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    TRABALHABILIDADE (mm)

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    TRABALHABILIDADE (mm)

    Depende de condicionantes, como:

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    Projetos arquitetnicos eestruturais

    Equipamentos a seremutilizados

    Frmas, taxas de armadura,detalhes geomtricos

    Bombas, carrinhos, giricas,caambas, projeo, submerso,autoadensvel

    Necessidades de acabamentoSarrafeado, polido, aparente,desempenado

    Condies ambientaisTemperatura, insolao, ventos,unidade relativa

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    DURABILIDADE (anos)

    Depende de condicionantes, como:

    Normas que buscam assegurar certa durabilidade da estrutura:

    ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento

    ABNT NBR 12655: Concreto de cimento Portland preparo, controle erecebimento procedimento

    ABNT NBR 14931: Execuo de estruturas de concreto - Procedimento

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    Fatores extrnsecos ao concreto

    Fatores intrnsecos ao concreto

    Sais, maresia, chuvas cidas,umidade relativa, solicitaesmecnicas

    Tipos de cimento, relaogua/cimento, adies, aditivos

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    DURABILIDADE (anos)

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    DURABILIDADE (anos)

    OBS: cnom = cmin + c14

    Onde: cnom = cobrimento nominalcmin = cobrimento mnimoc = tolerncia de execuo

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    DEFORMABILIDADE (GPa)

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    Relacionada com o mdulo deelasticidade do concreto

    A deformao elstica aquela emque o material deformado retornaao seu formato original, aps a

    retirada da carga que o deformou,enquanto que na deformaoplstica, no h retorno.

    ABNT NBR 8522: Concreto - Determinao dos mdulos estticos de elasticidade

    e de deformao e da curva tenso-deformao

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    PRINCPIOS DA DOSAGEM DOS CONCRETOS

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    A resistncia compresso dos concretos dependeessencialmente da relao a/c.

    A consistncia de um concreto fresco dependeessencialmente da quantidade de gua por m.

    Para uma dada resistncia e uma dada consistncia, h

    uma distribuio granulomtrica tima (combinaomido/grado) que minimiza a quantidade de pasta.

    LEIS IMPORTANTES

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    RESISTNCIA MDIA DO CONCRETO PARA FINS DE DOSAGEM (fcm,j)

    Para determinao dofcm,jadota-se a equao recomendada na NBR 12655:

    onde:

    fcm,j= resistncia mdia do concreto compresso a j dias de idade, em MPa;

    fck= resistncia caracterstica do concreto compresso, em MPa;

    Sd= desvio-padro da dosagem, em MPa.

    A resistncia prevista para a dosagem no diretamente ofcke sim ofcm,j.

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    Sd (desvio-padro) depende do nvel de preciso na medida dos agregados e da

    assistncia tcnica na execuo dos servios.

    Tendo em vista o carter

    bastante conservador daNorma, muitos tecnologistasutilizam a condio de preparo

    B para fck at 50 MPa.

    LEIS IMPORTANTES

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    = teor de argamassa seca na mistura seca deve ser constante para uma

    determinada famlia para assegurar a mesma coeso do concreto fresco, emkg/kg;

    a = relao agregado mido seco/cimento em massa em kg/kg;

    p = relao agregado grado seco/cimento em massa em kg/kg;

    m = relao em massa seca de agregados/cimento, em kg/kg;H = relao gua/materiais secos deve ser constante para uma determinadafamlia para assegurar o mesmo abatimento em kg/kg;

    a/c = relao gua/cimento.

    LEIS IMPORTANTES

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    ESCOLHA DO MTODO DE DOSAGEM

    Inexistncia de consenso nacional sobre os procedimentos e parmetros de

    dosagem vrios pesquisadores propuseram seus mtodos de dosagem.

    Mtodos de dosagem do concreto:

    Instituto de Pesquisas Tecnolgicas (SP) - IPT;

    Instituto Nacional de Tecnologia (RJ) - INT;

    Instituto Tecnolgico do RS - ITERS;

    Mtodo da ABCP;

    Etc.

    IMPORTANTE:Algumas atividades so comuns a todos os mtodos: clculo da fc; correlao fc ea/c (tipo e classe de cimento); evoluo da fc com o tempo.

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    ESCOLHA DO MTODO DE DOSAGEM

    Atualmente, no h norma consensual da ABNT sobre mtodo de dosagem.

    Muito utilizados: mtodos de dosagem do IPT e do IBRACON.

    O Laboratrio de Materiais de Construo da UVA fez uma adaptao

    envolvendo os dois mtodos.

    Ser utilizado nesta aula.

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    ROTEIRO PARA A DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL

    1 - Ensaios laboratoriais para caracterizao dos materiais

    2 - Informaes fornecidas pelo contratante

    3 - Sequncia de clculo

    a) Determinao da resistncia mdia de dosagem

    b) Fixao do fator gua/cimento

    c) Fixao da consistncia e determinao da quantidade de gua

    d) Clculo da quantidade de cimentoe) Clculo da quantidade de agregados grados

    f) Clculo da quantidade de agregados midos

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    ROTEIRO PARA A DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL

    Cimento

    Agregados midos

    Agregados grados

    TipoClasse

    Granulometria - Mdulo de finuraMassa unitriaMassa especficaCoeficiente de inchamento

    Granulometria DmxCoeficiente de formaMassa unitriaMassa especfica

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    ROTEIRO PARA A DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL

    PARA DOSAR UM CONCRETO SO NECESSRIAS AS SEGUINTES

    INFORMAES:

    a) Resistncia caracterstica do concreto compresso (fck)Consultar projetoSempre que no houver referncia de data de ensaio adotar a idade j de 28dias.

    b) Determinao do espaamento entre as barras de ao Consultar projeto para definir: regies crticas de espaamento

    regies predominantes

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    ROTEIRO PARA A DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL

    PARA DOSAR UM CONCRETO SO NECESSRIAS AS SEGUINTESINFORMAES:

    c) Escolha da Dmx (ou DMC) do agregado grado(adotar o menor valor)DMAX 1/3 da espessura da laje;DMAX da distncia entre faces das frmas;DMAX 0,8 do espaamento entre armaduras horizontais;DMAX 1,2 do espaamento entre armaduras verticais;D

    MAX

    do dimetro da tubulao de bombeamento de concreto.

    d) Definio dos elementos estruturais a serem concretados com este trao:laje, pilar, viga, etc.

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    ROTEIRO PARA A DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL

    e) Escolha da consistncia do concreto (ensaio de abatimento do tronco decone) em funo do tipo do elemento estrutural.

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    f) Definio da relao a/c para atender s condies de durabilidade

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    EXEMPLO

    Estudar um trao de concreto para pilares de uma estrutura de edifciolocalizado em zona urbana, obedecendo s condies abaixo discriminadas:

    fck (projeto) = 30 MPaCimento CP II-Z-32-RSProfissional habilitado em tecnologia do concreto acompanha a execuoDimenso da pea = 25cmIdade do concreto em que ser exigida a resistncia caracterstica = 28 dias

    MaterialM.E

    (kg/dm)

    M.Ucomp

    (kg/dm)M.F

    Dmx

    (mm)

    T.U

    (%)cf C.I

    Ag.Mido

    2,61 1,52 2,6 4,8 0 - 1,1

    Ag.Grado

    2,65 1,42 - 19 0 1,05 -

    Cimento 3,15 1,42 - - - - -

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    EXEMPLO - SEQUNCIA DE CLCULO

    1 - Determinar a Resistncia Mdia de Dosagem (fcm28)

    fcm28 = fck + 1,65.Sd

    Sd depende do nvel de preciso na medida dos agregados e da assistnciatcnica na execuo dos servios.

    Onde: Sd = 4,0 MPaSd = 5,5 MPa

    Sd = 7,0 MPa

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    EXEMPLO - SEQUNCIA DE CLCULO

    2 - Fixao do fator a/c, considerando as condies de exposio ambiental.(Determinao pela resistncia)

    Onde:

    128

    1

    Bfcm

    A

    c

    a

    CLASSE DE CIMENTO A1 B1

    25 17 9

    32 21 11

    40 26 14

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    EXEMPLO - SEQUNCIA DE CLCULO

    3 - Fixao da consistncia (y) e determinao da quantidade de gua (a):

    Onde:- quantidade de gua (kg)- coeficiente de forma do agregado grado- Abatimento do tronco de cone / consistncia (mm)

    Dmax - dimenso mxima caracterstica do agregado grado (mm)

    18,0

    max

    1,0.218

    Dycfa

    a

    cf

    y

    FORMA DO AGREGADO cfAgregado arredondado 0,90

    Agregado britado cbico 1,00

    Agregado lamelar/alongado 1,05

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    EXEMPLO - SEQUNCIA DE CLCULO

    4 - Determinao da quantidade de cimento (kg):

    Onde:C - quantidade de cimento (kg)a - quantidade de gua (kg)a/c relao gua/cimento

    ca

    aC

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    EXEMPLO - SEQUNCIA DE CLCULO

    5 - Determinao da quantidade de agregados

    Consumo, em massa, do agregado grado (kg):

    Onde:Vb = volume do agregado grado (m)Cb = Consumo de agregado grado (kg)MUb= Massa unitria compactada do agregado grado (kg/m)

    bbbMUVC

    Lembrando que:1 m = 1000 dm

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    EXEMPLO - SEQUNCIA DE CLCULO

    5 - Determinao da quantidade de agregados

    Volume de agregado grado (Vb) :

    MFDmx (mm)

    9,5 19,0 25,0 32,0 38,0

    1,8 0,645 0,770 0,795 0,820 0,845

    2,0 0,625 0,750 0,775 0,800 0,825

    2,2 0,605 0,730 0,755 0,780 0,8052,4 0,585 0,710 0,735 0,760 0,785

    2,6 0,565 0,690 0,715 0,740 0,765

    2,8 0,545 0,670 0,695 0,720 0,745

    3,0 0,525 0,650 0,675 0,700 0,725

    3,2 0,505 0,630 0,655 0,680 0,705

    3,4 0,485 0,610 0,635 0,660 0,685

    3,6 0,465 0,590 0,615 0,640 0,665

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    EXEMPLO - SEQUNCIA DE CLCULO

    5 - Determinao da quantidade de agregados

    Consumo, em massa, do agregado mido (kg):

    Onde:Vm = volume de agregado mido (m)

    = massa especfica (kg/m)C = consumo de cimento (kg)a = consumo de gua (kg)Cm = consumo de agregado mido (kg)MUm = massa unitria compactada do agregado mido (kg/m)

    ab

    b

    c

    m

    aCCV

    1 MUmVmC

    m