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Marxismo e histria

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Trabalho sobre a Teoria Marxista

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MARXISMO E HISTÓRIA

RESUMOEsse artigo é uma breve exposição subseqüente à uma apresentaçãode Eric Hobsbawm sobre a relação entre marxismo e história.Hobsbawm discorreu sobre seus principais pontos positivos,enquanto Dorothy Thompson agregou o ponto negativo: oelemento teleológico de grande parte da história marxista. A idéiade que o progresso da história estava definido pela necessidadede derrubar o capitalismo e instalar uma sociedade sem classeslevou à percepção de que as únicas ações válidas da classetrabalhadora eram aquelas que contribuíam para tal resultado.Assim, os historiadores terminaram correndo o risco de cair naarmadilha de examinar o que os ativistas da classe trabalhadoradeveriam ter feito, ao invés de examinar o que eles estavam defato fazendo.

PALAVRAS-CHAVEMarxismo; História social; Comunismo; Movimentos sociais

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Devo começar com uma queixa. Quando o jovem Steveme pediu para vir aqui e participar do lançamento do livro, penseique fosse para comparecer e saudar as memórias do meu velho emuito amigo John Saville, aplaudir efusivamente, ajudar nadivulgação e nas vendas. Recebo então a notícia de que sou partede uma mesa com mais dois teóricos pesos pesados, muito maisvelhos e muito mais pesos pesados do que eu. Além de tudo,discutindo um assunto sobre o qual, normalmente, eu não meofereceria para falar. Eu sabia que Eric apresentaria um bompanorama geral da influência do marxismo como uma forçaimportante na história do nosso tempo, como ele de fato fez. Então,tudo o que eu tenho para falar é sobre como o marxismo e a históriase entrelaçaram, de várias maneiras, na minha própria experiência.

Quero começar com meu amigo Ali. Eu moro em Worcester,uma cidade-catedral que, no geral, é razoavelmente próspera eagradável. Moro na parte mais operária e Ali é o dono da loja dejornal. Ele é um bom amigo. Ajuda a organizar e a manter umacooperativa de crédito que estamos tentando deslanchar. Então,além de comprar os jornais que ele vende, eu também trabalhocom ele na cooperativa. Sua família vem da Cashemira, mas comoele fala inglês com um forte sotaque do West Midlands, imaginoque o dominou ainda muito jovem. Contudo, Ali mantém contatocom sua família e bastante contato com o subcontinente em geral.Tenho aprendido muito com ele. Quando vou à sua loja e o vejodiscutir com os clientes, ele está sempre debatendo e explicando apolítica no Extremo Oriente, em termos com os quais eu costumosimpatizar e concordar. Quando os outros clientes se vão, algumas

1 Dorothy Thompson é membro da Royal Historical Society. LecionouHistória Moderna Britânica na Universidade de Birmingham entre 1968 e1988 e foi eleita para uma cadeira no Instituto para Pesquisa Avançada emArtes e Ciências Sociais, onde se aposentou.

2 Texto apresentado em palestra proferida no Working Lives Research Institute,London Metropolitan University, em 16 de maio de 2003. Participaram damesa Eric John Hobsbawm e John Saville.

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vezes nós ficamos conversando sobre política, a guerra noAfeganistão, e outras coisas que dizem respeito a ele, a mim e ànossa cidade. Um dia, estávamos conversando sobre política e Alime perguntou: O que você pensa que vai acontecer? Não é umaquestão muito fácil de responder e eu simplesmente disse: Bom,não acho que as coisas vão melhorar muito. Ele então disse algo como(e eu provavelmente menciono mal os detalhes aqui porque nãoos anotei): O profeta voltará ao mundo e ele viverá por um tempo e eleterá um filho e depois disso tudo vai ficar bem. Está assim no livro sagradoe é no que eu acredito.

Voltei para casa totalmente desconcertada. Semana apóssemana, dia após dia, eu vinha discutindo política com um chapabastante bem informado, racional e razoável, que, no fim,acreditava que um plano preexistente, vindo de fora, intervirianos assuntos do mundo e garantiria um resultado prometido. Masdevo admitir que, enquanto pensava nisso, me veio uma sensaçãode déjà vu.

Na semana passada, compareci a um seminário de históriasocialista e um dos camaradas disse, como se fosse en passant: �Claroque a classe trabalhadora vai transformar o mundo�, e eu aí me deiconta de onde vinha a sensação de déjà vu. Tudo o que o Eric dizsobre o temor ao marxismo e ao seu poder, quando éramos jovens,é obviamente verdade e ele é uma pessoa muito mais séria queeu. No entanto, esse padrão teleológico tem sublinhado grandeparte das atividades, da literatura e da teorização comunismoprimitivo, feudalismo, transição do feudalismo para o capitalismo,capitalismo, e finalmente, socialismo. Essas mudanças de sistemadeveriam ocorrer através de revoluções violentas e uma vez quea revolução final tivesse ocorrido (produzindo o socialismo), aluta de classes estaria encerrada. A pré-história da sociedadedividida em classes ficaria para trás e a verdadeira luta do homemcontra o meio-ambiente começaria. Claro que isso é umasimplificação. Mesmo assim, se nos voltarmos para grande parte doque se escreveu sobre história popular ao longo das nossas vidas,vamos ver alguns dos problemas que essa teleologia acarretou.

Devo confessar que cheguei ao estudo da história pelocaminho da literatura e da linguagem e não pelo caminho da �ciência�da economia, como os outros dois participantes. Para mim, aeconomia nunca teve o poder prescritivo que teve para alguns, esempre a vi com certa desconfiança. Eu a aceito quando descreve

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coisas, mas tenho problemas com ela quando prevê coisas, e issobem pode ter influenciado minha aproximação da história.

Quando envelhecemos entrando na casa dos oitenta ,começamos a pensar que todas as coisas douradas aconteceramna juventude. Mas eu realmente acho que os anos seguintes àSegunda Guerra Mundial foram de uma imensa explosão deatividade intelectual. História, literatura, sociologia e outrasciências sociais sofreram mudanças de rumo fundamentais. Gentecomo Richard Hoggart e Raymond Williams, assim como osmembros do Grupo de Historiadores do Partido Comunista daGrã-Bretanha (GHPCGB), além de muitos cientistas sociais, estavambem mais preocupados com as pessoas do país do que com suasinstituições, suas linhagens de sangue e sua alta política. Até mesmoos departamentos de história econômica incluíram um �e social�nos seus títulos, introduzindo um pouco de história do trabalhonos seus programas. Acho que isso se deve, em parte, ao fato deque muitos dos acadêmicos eram ou tinham sido comunistase, portanto, tinham desenvolvido um interesse pelas pessoascomuns pelo menos pelas pessoas masculinas , através desuas experiências no tempo da guerra, tanto nas Forças Armadascomo na indústria. Era aí onde estávamos todos, na nossaadolescência e nos nossos vinte e pouco anos. Aprendemos que aspessoas comuns eram, o mais das vezes, bem mais capazes quenós. Elas levaram à empreitada da guerra, em seus mais diferentesníveis, aptidões que nós, que havíamos tido uma criação protegidae havíamos ido (talvez) a escolas de alto nível, jamais tínhamosconhecido. Trabalhar com pessoas de todas as classes, em todos osníveis de autoridade, reforçou nosso socialismo e diminuiuqualquer hesitação que pudéssemos ter em adotar os valoresrevolucionários da liberdade, fraternidade e igualdade. Creio queessa experiência de servir na guerra, tanto como civis quanto comorecrutas homens e mulheres , foi o que despertou o grandeinteresse pela história das pessoas comuns, moldando a escrita dahistória na segunda metade do século XX de maneiras exploratóriase, em certa medida, explosivas.

A história do trabalho não era novidade. Douglas Cole, LanceBeales e alguns outros já tinham mapeado parte do território, masa nossa geração trouxe uma outra experiência que afetou nossotrabalho e nossa política, de formas boas e ruins. Do lado bom, oPartido Comunista (PC) era um grande corpo organizador. Ele defato fazia as coisas acontecerem. Seus membros deixavam todotipo de atividades privadas e sociais para se concentrar na tarefa

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política e se davam bem com isso. Por outro lado, o partido nosexcluiu de grande parte do ativismo político radical que atingiatoda a população. Todo mundo que tinha servido na guerra haviacompartilhado essa experiência de derrotar uma das mais malignasditaduras existentes e de começar a construir um novo mundo.Mas muitos de nós, tão seguros que estávamos de que só osmarxistas possuíam a verdadeira receita para a transformação dasociedade, não estavam preparados para aceitar transformaçõesmenores. Um dos meus primeiros debates publicados foi sobre aquestão dos paliativos.

Pelo menos desde a segunda metade do século XIX, há umatradição revolucionária na política britânica sustentando quereformas introduzidas por governos reacionários, conservadoresou social-democratas deixam o povo mais satisfeito com asociedade capitalista e portanto retêm a indispensável revoluçãosocialista. Educação gratuita, reconhecimento dos sindicatos eserviços de saúde gratuitos e subsidiados seduzem setores da classetrabalhadora e, portanto, atrasam a derrota indispensável docapitalismo. Assim, alguns membros do PC não receberam bem oRelatório Beveridge3 ou o estabelecimento do Serviço de SaúdeNacional e o sistema educativo pós-1944. Outros de nós sentimosque qualquer que fosse o perigo dos paliativos, essas iniciativasdo Estado do Bem-Estar de fato incorporavam alguns dos valoresque faziam de nós socialistas. Hoje, nas várias batalhas em defesados princípios da saúde, educação e outros serviços, podemos verque, na prática, eles estiveram longe de ser paliativos. Até certoponto, foram meios importantes de incorporação dos valoressocialistas na sociedade moderna.

Com freqüência, nos sentíamos tão seguros de possuir aúnica resposta para a criação de uma sociedade justa que estávamospreparados para cortar caminhos e empregar qualquer métodopara fazer as mudanças revolucionárias. A verdade, me contou umdirigente partidário, quando eu estava na Liga da JuventudeComunista, é aquilo que ajuda na luta de classes. Além de

3 Apresentado em 1942 pelo economista William Beveridge, o relatóriorecomendava o estabelecimento de um serviço nacional de saúde e de umsistema de seguridade social; foi a base da legislação de reformas sociaisimplementadas pelo governo trabalhista do pós-guerra, conformando oEstado do Bem-Estar Social britânico. (N. Trad.)

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transformar os comunistas em alvos da desconfiança entre opúblico em geral pessoas para serem votadas em ásperasdisputas sindicais, mas raramente eleitas na política local ounacional , essa atitude nos levou a perder o respeito portradições utópicas importantes do pensamento socialistabritânico. A divisão entre socialismo científico e utópico estreitouo espectro do estudo da história radical e a história do trabalho.As grandes utopias foram tratadas como se fossem modelospara sociedades pós-revolucionárias, e não como lugares paracríticas sociais.

Na nossa escrita da história social e do trabalho tambémestivemos, até certo ponto, presos à teleologia da análise mar-xista. Olhamos para trás em busca de sinais de mudança revolu-cionária e vimos o cartismo, por exemplo, como uma revoluçãofracassada. Olhando as sociedades européias através de lentesteleológicas, vimos aqueles movimentos populares que falharamem ascender e destruir o sistema capitalista como prematuros oucomo inadequadamente liderados. Aplicamos o mesmo modelopara a maioria das sociedades européias, mas tivemos problemasquando se tratou da Ásia. Tendíamos, então, a considerar aquelespaíses simplesmente como vítimas do imperialismo europeu.

Meu principal interesse sempre foi o movimento cartista.Quando cheguei ao tema pela primeira vez, muito da históriamarxista estava escrita dentro desta teleologia. Segundo esta, oslíderes cartistas, por timidez ou conservadorismo, decepcionarama multidão britânica consciente e revolucionária, recuando bemna hora em que a revolução armada era possível. Que haviarevolucionários genuínos entre a liderança estava claro.Lembramos Theodor Rothstein descobrindo George JulianHarney, bolchevique. Bronterrre O�Brien também foi umcandidato a líder revolucionário, tal como outras figuras menosconhecidas. Os verdadeiros líderes, Feargus O�Connor emparticular, eram vistos como retrógrados ou covardes. Asdiscussões sobre o delineamento de classe do cartismo e suas idéiaseram quase sempre baseadas na teoria de que os movimentos daclasse trabalhadora �real� deveriam estar fundamentados numprograma de expropriação dos expropriadores e que qualquercoisa menos ousada seria, meramente, uma derivação de idéiasburguesas de democracia. Na realidade, esses historiadoresestavam mais preocupados com o que a classe trabalhadora doperíodo deveria estar fazendo do que com o que ela realmenteestava fazendo. Muito aspectos do cartismo, a companhia da

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terra, para nomear apenas um, foram deixados de lado porquenão cabiam no modelo revolucionário.

Como sempre se supôs que, uma vez intensificada aconsciência de classe, a política operária seria alçada a um nívelmais alto, restava o problema de que os coesos sentimentos declasse da primeira metade do século XIX haviam, claramente,diminuído na segunda metade, pelo menos no seu potencialrevolucionário. A teoria da aristocracia do trabalho veio emsocorro, com a sugestão de que os operários mais qualificadosforam comprados pela burguesia com a riqueza obtida naexpansão imperial. As reais realizações dos cartistas em termosde experiência, a modificação de muitas das ações mais brutais econfrontantes dos governos pós-1832 e sobretudo a instituição defontes do poder político e social na forma de sindicatos nacionais,sociedades, cooperativas e as outras bases sobre as quais as estruturaspolíticas da classe trabalhadora deveriam emergir raramente foramconsideradas como ganhos cartistas. Em outras palavras, quandocondenavam as falhas revolucionárias, os historiadores do trabalhomuitas vezes negligenciaram ganhos consideráveis.

Eles também falharam em registrar atividades que nãoentravam no modelo. Descobri isso quando comecei a investigar opapel das mulheres no movimento. No começo, estavadecepcionada ante a tímida reivindicação pelo sufrágio femininoe por outros itens de agendas feministas posteriores. Emborahouvesse muitas mulheres em evidência, elas pareciam em geralfelizes em reivindicar o voto para seus maridos e irmãos, sem nuncapedir pelo direito de trabalhar. Quando, por volta de 1968, eu deiuma conferência em Nova Iorque sobre as mulheres cartistas, aprimeira pergunta que me fizeram foi: As mulheres cartistasreivindicavam creches de 24 horas? Tive de explicar à feminista radicalque as mulheres cartistas desejavam, na maior parte das vezes, achance de ficar em casa com seus filhos, em vez de trabalhar numafábrica. Preferiam receber um mísero auxílio em suas casas e nãoter de entregar seus filhos às autoridades da Lei dos Pobres.Sobretudo, queriam que seus maridos ganhassem um salário quelhes permitisse manter suas famílias com razoável conforto, sem anecessidade de que elas ou seus filhos saíssem para trabalhar. Se elasdeveriam estar reivindicando uma divisão no processo produtivo,na maioria das vezes não era isso o que elas estavam fazendo.

O que venho tentando dizer é que o elemento teleológico nopensamento e análise marxistas distorceu, demasiadas vezes, omodo como examinamos a história. E com certeza o modo como

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examinamos eventos contemporâneos, particularmente em algunspaíses pós-coloniais. Isso não nega os muitos insights, na história ena política, que a leitura de Marx proporcionou a mim e à maiorparte de nossa geração. Edward, meu marido, costumava dizerque ele trabalhava no interior de uma tradição marxista e eudiria o mesmo. Há muitos problemas com a tradição; para Edwardsempre foi a falta de preocupação com a moralidade, até com umadefinição de uma dimensão moral na sociedade. Num nível maissimples é o perigo de abordar eventos históricos com um kit detestes pré-pronto e derivado de qualquer tipo de escritura sagrada.

A descrição do conflito de classes em muitas sociedades foium grande feito de Marx, mas hoje, muitos de nós não daríamosprioridade absoluta às relações econômicas, tal como eleindubitavelmente fez, nem pressuporíamos sua quase-universa-lidade. Na questão latino-americana, por exemplo, há momentosem que, seguramente, o que estamos examinando é a luta de pobrescontra ricos, não uma luta entre classes em diferentes relações comos meios de produção.

Talvez seja injusto rotular a sofisticada análise de Marxcomo teleológica. O próprio Marx saudou a Origem das Espécies4 ea teoria da evolução porque ela oferecia a possibilidade deprogresso sem teleologia. Mas a análise marxista é baseada numavisão do desenvolvimento histórico que dita quais são as questõesindispensáveis para serem examinadas pelos historiadores. Ostermos de grande parte da historiografia marxista e marxizantelimitam a pesquisa. Termos prescritivos (por exemplo, retrógrado),quando aplicados a sistemas agrários ou societários, nãocontribuem para uma análise objetiva. Contudo, poderíamosconsiderar que a análise marxista não é totalmente teleológica,porque ela termina dizendo que a sociedade tem que encontrar amelhor maneira de sobreviver no planeta. Nos seus próprios termosteóricos, isso não tinha que ser necessariamente o socialismo,embora Marx e Engels pensavam que fosse.

Tradução: Cristiana Schettini PereiraRevisão técnica da tradução: Antonio Luigi Negro

4 DARWIN, C. A Origem das espécies, publicado originalmente em Londres,por John Murray, 1859

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MARXISM AND HISTORY

ABSTRACTThis article is a short paper given after one by Eric Hobsbawm onMarxism and History. He had made the main positive points andDorothy Thompson added the negative one of the teleologicalelement in much Marxist history. Since the progress of history isdefined by the need to overthrow capitalism and install a classlesssociety, the only valuable activity by working people is whatcontributes to this outcome. Historians may thus fall into the trapof looking at what past working class activists ought to have beendoing rather than what they were actually doing.

KEYWORDSMarxism; Social History; Communism; Social movements

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GILBERTO, [Gilberto Pereira], xilogravura. Exposição Mundosdo Trabalho. Acervo do Museu de Arte da Universidade Federaldo Ceará (MAUC), Fortaleza, CE, 2002.