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    Curso Cd. 0828

    Administrao da Produo

    3.1 - Planejamento e Controle da Produo;3.2 - Localizao Industrial;3.3 Logstica;3.4 Manuteno;3.5 - Higiene industrial;3.6 Segurana.

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    3.1 - Planejamento e Controle da Produo

    O QUE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUOO setor de Planejamento e Controle de Produo de uma empresa um setor-meio que servetransformador de informaes entre vrios setores de uma empresa e tem um papel de conciliadaqueles departamentos que eventualmente tenham alguns atritos.

    Atualmente, onde a tecnologia est bastante disseminada, qualquer inovao desencadeia um espe infindvel leque de outras inovaes que so amplamente testadas at que possam ser aplicadconfiabilidade pelos administradores das empresas modernas. Administrar, nos dias de hoje, onde os riscos so muito menores que antigamente, porm a responsabilidade se redobra exatpela existncia de todo o aparato tecnolgico que cerca uma deciso administrativa.

    No planejamento e controle da produo foi desenvolvida uma srie de diversas tcnicAdministrao nas ltimas dcadas; e da sua correta aplicao, em conjunto com a indispecapacidade empresarial do administrador moderno, depende o sucesso do mundo contemporque concerne ao atendimento das necessidades materiais da humanidade.

    Vamos neste trabalho abordar o Planejamento e Controle da Produo de uma forma simobjetiva, visando facilitar a compreenso.

    OBJETIVO DO PLANEJAMENTO E CONTROLE

    O objetivo do planejamento e controle garantir que a produo ocorra eficazmente e prprodutos e servios como deve. Isto requer que os recursos produtivos estejam disponveis

    Na quantidade adequada; No momento adequado; e No nvel de qualidade adequado.

    Uma forma de caracterizar todas as decises de planejamento e controle fazer uma conciliapotencial da operao de fornecer produtos e servios com a demanda de seus consumidores.

    Embora sejam teoricamente separveis, o planejamento e controle, so usualmente tratados junto

    Planejamento: o ato de estabelecer as expectativas de o que deveria acontecer; Controle: o processo de lidar com mudanas quando elas ocorrem.

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    TAREFAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE

    O planejamento e controle requer a conciliao do fornecimento e da demanda:

    Em termos de volume; Em termos de tempo; Em termos de qualidade.

    1 - Carregamento

    O carregamento define qual a quantidade de trabalho que deve ser alocada a cada parte da proEste carregamento pode ser feito de forma finita ou infinita.

    O carregamento finito um conceito que somente aloca trabalho a um centro de trabalho, comexemplo, uma pessoa, uma mquina, ou ento um grupo de pessoas ou de mquinas) at um

    estabelecido. O carregamento finito relevante para operaes em que: possvel limitar a carga; necessrio limitar a carga; custo da limitao da carga no proibitivo.

    O carregamento infinito tenta corresponder aceitao do trabalho. O carregamento infinito repara operaes em que:

    No possvel limitar o carregamento; No necessrio limitar o carregamento; custo de limitao proibitivo.

    2 Seqenciamento

    O seqenciamento decide a ordem em que o trabalho ser executado na operao. Existem regras de deciso diferentes quanto a prioridades, que podem ajudar as operaes a tomardecises.

    As prioridades dadas ao trabalho em uma operao so, freqentemente, estabelecidas por um cpredefinido de regras.

    3 - Programao

    A programao determina quando as atividades sero iniciadas e terminadas.

    A programao pode ser feita tanto para trs como para frente.

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    A programao tambm pode ser classificada como programao empurrada e puxada:

    Programao empurrada: um sistema centralizado em que as decises de planejamento e c

    so emitidas para centros de trabalho, que devem desempenhar suas tarefas e mandar suaspara a estao de trabalho seguinte;

    Programao puxada: um sistema no qual a demanda acionada a partir de requisies de de trabalho.

    PLANEJAMENTO DA PRODUO

    Planejar a produo significa decidir antecipadamente o que deve ser feito para alcanar deterfim. O planejamento da produo compreende decidir sobre a produo a ser efetivada pela e

    industrial.Para tanto, nesta fase, deve-se levar em conta:

    Previso da procura ou demanda dos produtos ou mercadorias; Previso dos insumos, da mo-de-obra e dos equipamentos; Previso dos custos decorrentes da alocao dos recursos materiais e humanos descritos.

    a) A Previso De Vendas

    O planejamento das vendas indispensvel para o planejamento da produo eficaz. em funprevises de vendas que se elabora os planos de fabricao e, conseqentemente, se determvolume de recursos necessrios para os prximos perodos. Contudo, muito difcil fazer precom uma grande margem de acerto, porque so inmeros os fatores que influenciam no comportda demanda. A previso de vendas basicamente uma funo mercadolgica, onde se faz uma pde mercado para se determinar a demanda.

    b) Determinao Dos Fatores De Produo

    O ponto de partida do planejamento da produo a previso de vendas. Uma vez realizada a p

    de vendas, preciso determinar as quantidades dos diversos fatores de produo, necessrioatender as vendas, caso se concretizem. Os fatores necessrios produo industrial so:

    1. Mquinas;2. Equipamentos;3. Materiais; e4. Mo-de-obra (terra, capital e trabalho).

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    Imaginamos uma fbrica de alfinetes, que tem a previso de produzir 1 milho de unidades menprimeiro passo determinar as quantidades necessrias de cada fator de produo necessriaproduzir uma unidade. Aps isso, possvel determinar quais os profissionais que devem atprocesso produtivo, o tempo de trabalho de cada um deles em cada atividade e a seqncia l

    racional das operaes.

    c) Tempo De Ressuprimento

    O tempo de ressuprimento determina o momento mais conveniente de se iniciar a fabricao produto ou de fazer um pedido de compra junto ao fornecedor.

    O tempo de ressuprimento o tempo despendido entre o momento que se identifica a necessidmaterial e o momento em que efetivamente se recebe esse material para uso.

    Entre esses dois momentos podem existir diversas etapas do ressuprimento, tais como a confecpedido, negociao do preo, fabricao do produto, inspeo do produto e expedio, tranrecebimento e controle de qualidade.

    d) Ponto De Ressuprimento

    medida que o estoque de um material vai sendo consumido, surge a necessidade de se fazer upedido ao fornecedor para ressupri-lo, antes que venha a ocorrer uma ruptura no estoque. Assimnecessrio descobrir o momento em que todo o esquema de ressuprimento vai ser acionado.

    e) Controle De Estoques

    O estoque existe em operaes produtivas porque os ritmos de fornecimento e de demanda nem casam. Os estoques so usados para uniformizar as diferenas entre fornecimento e demanda.

    Todas as operaes mantm estoques de algum tipo. Os itens mantidos em estoque iro consideravelmente em valor. As operaes com os servios profissionais mantero nveis baiestoque, enquanto as operaes de varejo iro manter grandes quantidades de estoque.

    Quanto ao planejamento e controle do estoque, as principais decises a serem tomadas so:

    Quanto pedir cada vez que um pedido de reabastecimento colocado; Quando pedir o reabastecimento de estoques; Como controlar o sistema de planejamento e controle de estoques.

    O estoque usualmente gerenciado atravs de sistemas computadorizados, que tm algumas fucomo atualizao dos registros de estoque, gerao de pedidos, gerao de relatrios de espreviso de demanda etc.

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    A qualidade total no atendimento ao cliente ocorre quando a empresa enfoca seus esforos em scom qualidade, fazendo conscientemente a escolha em investir na satisfao do cliente e em torna meta da empresa.

    Algumas tcnicas para satisfao do cliente envolvem dedicao de tempo dos administraenquanto que outros enfocam na monitorao extensiva das necessidades e atitudes dos clientes.

    O atendimento necessidade do cliente produz recompensas reais para a empresa em termimagem da empresa e lealdade dos clientes, que retornam, muitas vezes, porque j conhequalidade, confiam nas pessoas que trabalham e sabem que obtm servios consistentes.

    - Crculo de controle de qualidade (CCQ)

    O CCQ a organizao de pequenos grupos de pessoas (5 a 12), devidamente treinadonormalmente trabalham em conjunto para prever e resolver vrios problemas associados a

    ambiente de trabalho.O raciocnio para se referir viabilidade da idia simples, pois as pesquisas revelam qfuncionrios de uma empresa conhecem cerca de 70% dos problemas dela. Assim, quando devidtreinados, motivados e conscientizados, esses funcionrios podero solucionar grande parte problemas ou fazer melhoramentos que evitem a reincidncia dos mesmos.

    Resultados positivos do CCQ

    Racionalizao dos processos;

    Reduo dos custos; Aumento da qualidade; Aumento da produtividade e da eficincia; Criao de um ambiente de confiana e otimismo; Participao ativa e consciente dos funcionrios nas decises, melhorias e solues de proble Maior aceitao das mudanas; Maior conhecimento e viso da organizao como um todo e dos sistemas de trabalho; Lealdade e identificao para com a empresa e seus objetivos; Aparecimento de novas lideranas de maior capacidade tcnica, administrativa e motivaciona

    e) Just In Time (JIT)O Just in Time (JIT) surgiu no Japo, nos meados da dcada de 70, sendo sua idia bsicadesenvolvimento creditados Toyota Motor Company, a qual buscava um sistema de adminique pudesse coordenar a produo com a demanda especfica de diferentes modelos e cores de vcom o mnimo atraso.

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    O sistema de "puxar" a produo a partir da demanda, produzindo em cada somente osnecessrios, nas quantidades necessrias e no momento necessrio, ficou conhecido no OcidentSistema Kanban. Este nome dado aos cartes utilizados para autorizar a produomovimentao de itens, ao longo do processo produtivo.

    Contudo, o JIT muito mais do que uma tcnica ou um conjunto de tcnicas de administraproduo, sendo considerado como uma completa "filosofia, a qual inclui aspectos de administrmateriais, gesto da qualidade, arranjo fsico, projeto do produto, organizao do trabalho e gerecursos humanos.

    Embora haja quem diga que o sucesso do sistema de administrao JIT esteja calcadcaractersticas culturais do povo japons, mais e mais gerentes e acadmicos tm-se convencidoesta filosofia composta de prticas gerenciais que podem ser aplicadas em qualquer parte do m

    Algumas expresses so geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia Just in Time:

    Produo em estoque; Eliminao de desperdcios; Manufatura de fluxo contnuo; Esforo contnuo na resoluo de problemas; Melhoria contnua dos processos.

    - Objetivos do JIT

    O sistema JIT tem como objetivo fundamental a melhoria contnua do processo produti

    perseguio destes objetivos d-se, atravs de um mecanismo de reduo dos estoques, os quais a camuflar problemas.

    Os estoques tm sido utilizado para evitar descontinuidades do processo produtivo, diante de prode produo que podem ser classificados principalmente em trs grandes grupos:

    1. Problemas de qualidade: quando alguns estgios do processo de produo apresentam problequalidade, gerando refugo de forma incerta, o estoque, colocado entre estgios e os postepermite que estes ltimos possam trabalhar continuamente, sem sofrer com as interrupocorrem em estgios anteriores. Dessa forma, o estoque gera independncia entre os estgprocesso produtivo;

    2. Problemas de quebra de mquinas: quando uma mquina pra por problemas de manutenestgios posteriores do processo que so "alimentados" por esta mquina teriam que parar, cahouvesse estoque suficiente para que o fluxo de produo continuasse, at que a mquinareparada e entrasse em produo normal novamente. Nesta situao o estoque tambmindependncia entre os estgios do processo produtivo;

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    3. Problemas de preparao de mquina: quando uma mquina processa operaes em mais componente ou item, necessrio preparar a mquina a cada mudana de componenteprocessado. Esta preparao representa custos referentes ao perodo inoperante do equipammo-de-obra requerida na operao, entre outros. Quanto maiores estes custos, maior tender

    o lote executado, para que estes custos sejam rateados por uma quantidade maior de reduzindo por conseqncia , o custo por unidade produzida. Lotes grandes de produo estoques, pois a produo executada antecipadamente demanda, sendo consumida por eperodos subseqentes.

    - Vantagens do JIT

    As vantagens do sistema de administrao da produo Just in Time podem ser mostradas atraanlise de sua contribuio aos principais critrios competitivos:

    Custos no JIT: dados os preos j pagos pelos equipamentos, materiais e mo-de-obra, o JIT,que os custos de cada um destes fatores seja reduzido ao essencialmente necessriocaractersticas do sistema JIT, o planejamento e a responsabilidade dos encarregados da propelo refinamento do processo produtivo favorecem a reduo de desperdcios. Existe tambgrande reduo dos tempos de setup, interno e externo, alm da reduo dos tempomovimentao, dentro e fora da empresa;

    Qualidade no JIT: o projeto do sistema evita que os defeitos fluam ao longo do fluxo de proo nico nvel aceitvel de defeitos zero. A pena pela produo de itens defeituosos altmotiva a busca das causas dos problemas e das solues que eliminem as causas fundamdestes problemas. Os trabalhadores so treinados em todas as tarefas de suas respectivas

    incluindo a verificao da qualidade. Sabem, portanto, o que uma pea com qualidade eproduzi-la. Se um lote inteiro for gerado de peas defeituosas, o tamanho reduzido dosminimizar o nmero de peas afetadas. O aprimoramento de qualidade faz partresponsabilidade dos trabalhadores da produo, estando includa na descrio de seus cargos

    Flexibilidade no JIT: o sistema just in time aumenta a flexibilidade de resposta do sistemreduo dos tempos envolvidos no processo. Embora o sistema no seja flexvel com relafaixa de produtos oferecidos ao mercado, a flexibilidade dos trabalhadores contribui para sistema produtivo seja mais flexvel em relao s variaes do mix de produtos.

    Atravs da manuteno de estoques baixos, um modelo de produto pode ser mudado sem q

    muitos componentes obsolescidos. Como o projeto de componentes comprados geralmentpelos prprios fornecedores a partir de especificaes funcionais, ao invs de especificdetalhadas e rgidas de projeto, estes podem ser desenvolvidos de maneira consistente cprocesso produtivo do fornecedor;

    Velocidade no JIT: a flexibilidade, o baixo nvel de estoques e a reduo dos tempos permiteo ciclo de produo seja curto e o fluxo veloz. A prtica de diferenciar os produtos na monfinal, a partir de componentes padronizados, de acordo com as tcnicas de projeto adequ

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    manufatura e projeto adequado montagem, permite entregar os produtos em vrios prazocurtos;

    Confiabilidade no JIT: a confiabilidade das entregas tambm aumentada atravs da nf

    manuteno preventiva e da flexibilidade dos trabalhadores, o que torna o processo mais roAs regras do KANBAN e o princpio da visibilidade permitem identificar rapidamenproblemas que poderiam comprometer a confiabilidade, permitindo sua imediata resoluo.

    - Fim aos desperdcios e a melhoria contnua no JIT: o sistema JIT pode ser definido como um sde manufatura cujo objetivo otimizar os processos e procedimentos atravs da reduo contdesperdcios. Os desperdcios atacados podem ser de vrias formas:

    - Desperdcio de transporte;- Desperdcio de superproduo;

    - Desperdcio de material esperando no processo;- Desperdcio de processamento;- Desperdcio de movimento nas operaes;- Desperdcio de produzir produtos defeituosos;- Desperdcio de estoques.

    As metas colocadas pelo JIT em relao aos vrios problemas de produo so:

    - Zero defeitos;- Tempo zero de preparao (setup);- Estoque zero;- Movimentao zero;- Quebra zero;- LEAD TIME zero;- Lote unitrio (uma pea).

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    3.2 - Localizao Industrial

    O QUE LOCALIZAO INDUSTRIALA localizao das dependncias de uma empresa, seja ela uma indstria de manufatura ou uma ede servios, uma deciso de longo prazo a ser tomada pelo administrador de produo.

    Uma vez escolhido o local a empresa l permanece por muito tempo e nesse perodo ter tranqpara desenvolver suas atividades ou ir arcar com os custos e demais problemas gerados pela einadequada.

    , portanto, uma deciso tomada basicamente no sentido de procurar o menor custo para a insde uma nova unidade ou para a mudana de instalaes j existentes, bem como devem ser levaconsiderao outros fatores no econmicos.

    CUSTOS DA LOCALIZAO INDUSTRIAL

    No que se refere ao aspecto custo, o administrador de produo vai deparar-se com trs tipos bs

    1 - Custos tangveis

    So aqueles que podemos medir diretamente, tais como:

    Custo da aquisio do terreno (se a opo for construir - determinados tipos de negcios adedifcios construdos especificamente para seu uso, tais como: aeroportos, estaes dehidroeltricas, ambulatrios mdicos, etc);

    Custo do aluguel de um edifcio pronto (caso exista um que se adapte as necessidades da indem questo);

    Custo de transporte de matrias-primas, combustveis e outros insumos necessrios pro(ver: localizao pela entrada);

    Custo de transporte do produto acabado at os pontos de distribuio ao mercado consumido Custo da gua e energia eltrica; Custo dos impostos federais, estaduais e municipais; Custo dos seguros necessrios; Custo de mo-de-obra para a construo do edifcio (se for o caso); Custo da mudana (se for o caso) , incluindo os custos devidos parada de produo oc

    durante a mesma.

    2 - Custos intangveis

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    So aqueles que, embora no sejam medidos diretamente, podem ser distinguidos pela experinadministrador de produo. Devido a esse aspecto, representam a parte mais importanresponsabilidade da deciso do local das novas instalaes. So exemplos de custos intangveis:

    Disputa da mo-de-obra disponvel: que ocorre quando h uma concentrao rpida de emem uma mesma regio, pois na medida em que a mo-de-obra vai rareando, principalmente especializada, as faixas salariais so aumentadas para atrair esses profissionais, gerando umfinal de mo-de-obra maior que o previsto inicialmente. So exemplos desse tipo de concenmencionado a Zona Franca, os Distritos Industriais e os Plos Petroqumicos. Deve-se levconsiderao que o emprego de mo-de-obra menos qualificada, portanto mais barata, pode um nvel maior de automatizao do processo de produo, dependendo do seu nvsofisticao, em outras palavras, devero ser adquiridos equipamentos que realizem suas tcom um mnimo de interveno do homem;

    Relaes conflitantes com os sindicatos da regio: este fato, embora hoje bastante amen

    levou sada de vrias empresas da regio da Grande So Paulo e ABC (Brastemp, ViMaxion, etc) para o interior do Estado de So Paulo, com certa predominncia para a regSorocaba, ou mesmo para outros Estados;

    Relaes conflitantes com a comunidade do local onde se est estudando a instalao dafbrica: este fator cresce em importncia na proporo direta em que a comunidade sejinformada a respeito do processo produtivo que ser colocado em prtica, principalmente sresultarem poluio, rudos, alteraes devido ao movimento de fornecedores e at migramassa de mo-de-obra na poca da construo da fbrica (p. ex.: Cubato). Os problemas pvariar desde manifestaes organizadas pelas lideranas locais at embaraos com os serviinfra-estrutura a serem fornecidos pelo poder pblico municipal (ex.: pedreira de So Vicente

    Por outro lado devemos considerar que diversos municpios tm criado distritos indusfornecendo infra-estrutura, como: gua, eletricidade, rede de esgotos, arruamento, alm de itemporria ou abatimento de impostos municipais, chegando muitas vezes a vender os tenecessrios a preos abaixo do valor de mercado criando assim condies de atraoindstrias de seu interesse. Estes projetos amparados por uma campanha de esclarecimento jpopulao, criam empregos e trazem benefcios para a comunidade como um todo.

    3) Custos devidos a fenmenos naturais

    Embora no Brasil praticamente inexistam problemas de maior vulto com fenmenos naturais, svez mais freqentes as secas e inundaes em diversas regies do pas, causando difersubstanciais nos valores pagos s seguradoras.

    - Limites tecnicolgicos

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    Considerados estes aspectos iniciais, ligados ao aspecto custo, precisamos agora avaliar os ltcnicos que devemos levar em conta nesta escolha de um local apropriado para a instalao dunidade industrial produtiva ou de servios:

    a) Localizao "Pela Entrada": trata-se de procurar a melhor localizao para as instalaes da eavaliando principalmente o impacto que o fornecimento de matria-prima ter sobre o dia-a-fbrica. Esse critrio utilizado preferencialmente quando temos predominncia de processos "analtico", ou seja, a matria-prima bsica (volumosa e pesada) quebrada, transformdecomposta em vrios produtos e subprodutos e consumida em grandes quantidades. So exemais importantes: Petroqumica, Refinarias, Siderrgicas e Indstrias pesadas em geral.

    b) Localizao "Pela Sada": Este critrio de avaliao do local a ser escolhido como futuro enda empresa utilizado quando nossa importncia maior est na posio em relao aos clientescaso os processos so ditos "sintticos", isto , as vrias partes componentes do conjunto e

    materiais necessrios a sua forma final so juntados corrente principal, onde so trabalhadoformar o produto final. So exemplos mais importantes: Indstrias de confeco, autopeprincipalmente as empresas de servios.

    Existem ainda empresas cuja natureza das atividades torna difcil distinguir entre processos "anae "sintticos". Nestes casos, a anlise feita pelo administrador de produo deve ser aindacriteriosa no levantamento dos custos envolvidos. Um dos critrios de desempate pode seexemplo, a anlise do custo da mo-de-obra nas regies candidatas sede da empresa. Dependenatureza do produto/servio da empresa deve ser feita a correspondente anlise da mo-de-obradequada: As empresas de servio necessitam de mo-de-obra especializada e em pouca quantidas empresas de produo "pesada", exigem grandes contingentes de mo-de-obra em geral qualificada.

    c) Localizao pela exigncia do processo: Neste caso o nvel de responsabilidade do adminisobre o local onde ser localizada a empresa minimizado pelo menor nmero de opes a consOs locais tem que obrigatoriamente preencher certos pr-requisitos indispensveis, como, por exproximidade a grandes quantidades de gua, de fornecimento de energia eltrica, de minrcarvo, plantaes, criaes de animais, etc.

    Evidentemente, no devemos esquecer que quaisquer processos que gerem poluio nas suas vformas devem ser colocados a uma distncia adequada das comunidades vizinhas, evitando astranstornos comentados acima.Construir, comprar ou alugar?

    Finalmente, devemos observar a convenincia de construir, alugar ou comprar um imvel pronno existem instalaes adequadas a soluo e construir, este o caso dos aeroportos, estaes de hidroeltricas. Quando h imveis disponveis, a deciso entre alugar ou construir depenconfronto custo x benefcio entre as duas.

    Se a deciso for construir deve ser feito um planejamento completo das obras onde estejam prevalm das reas necessrias a produo, outras como ambulatrio mdico ou pelo menos uma

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    enfermaria; restaurantes de um mais tipos; salas para reunies, que possam atender desde uma rede diretoria at reunies de C.I.P.A., C.C.Q.; e, conforme o caso, at a instalao de uma creche,forma a atender a legislao vigente. Para maior conforto dos funcionrios, o projeto pode incluiestacionamento, locais abrigados para a entrada dos nibus que servem as linhas mantidas pela e

    ou portarias prximas de locais de servios de transporte coletivo.

    LOCALIZAO INDUSTRIAL HOJE

    A localizao da fbrica hoje funo do mercado a ser atendido. Muito mais que consideraeincentivos fiscais, importa s empresas agilidade de entrega de seus produtos, sejam eles dirigiconsumidor final ou a um transformados e/ou montador.

    Da a proliferao por todo o mundo de fbricas de automveis, mesmo com a permanncia dos de excelncia - como encarregados do desenvolvimento de produtos, projetos de ferrameequipamentos, especificaes tcnicas - e das sedes em pases desenvolvidos, carregando confbricas de fornecedores (parceiros) e reservando a essas instalaes regionais apenas o aoperacional de montagem. A palavra de ordem reduzir inventrios, a ponto de ser comum o cde que o prprio meio de transporte um mini-armazm.

    LOCALIZAO INDUSTRIAL NO BRASIL

    Ao longo dos ltimos anos a proliferao dos Distritos Industriais, levou grupos de emprfixarem-se em determinados municpios, conforme a melhor oferta de cesso de terrenos e isenimpostos. Existem casos especiais de concentrao de empresas em funo de condies favoriseno de impostos, como a Zona Franca de Manaus, e casos em que a concentrao se d esegmento apenas, como os Plos Petroqumicos (Camaari, Cubato, etc).

    Ultimamente, em virtude da necessidade de agilidade na informao, algumas empresas tem prolocais servidos de boa rede de telecomunicaes; outras, afetadas fortemente pelo nvel de quafinal de seus produtos, tem procurado locais onde a mo-de-obra apresente melhor qualificao.

    Apesar dessas mudanas, uma boa escolha do local onde instalar uma empresa levar em conavaliao ponderada de todos esses fatores que levem a melhor opo de custo.

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    3.3 Logstica

    O QUE LOGSTICADe acordo com o dicionrio Aurlio, logstica vem do francs logistique e tem como uma ddefinies parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realizao de: projdesenvolvimento, obteno, armazenamento, transporte, distribuio, reparao, manutenevacuao de material (para fins operativos ou administrativos)

    O termo Logstica foi desenvolvido pelos militares para designar estratgias de abastecimento exrcitos nos "fronts" de batalha, com intuito de que nada lhes faltasse. Armamentos, munmedicamentos, alimentos, vesturios adequados, nas quantidades certas e ao tempo certo, ersuma importncia, pois no adiantaria absolutamente nada se os soldados recebessem tudo aqunecessitavam depois de derrotados pelo inimigo. A Logstica ento surge a. Em tempo de globae de alta competitividade empresarial.

    A logstica, hoje em dia sem sombra de dvida o grande diferencial em termo de gadministrativa. Em termos atuais, podemos dizer, em poucas linhas, que logstica a arte da prepda produo que cuida:

    1. Do planejamento dos materiais;2. Da obteno de materiais;3. Do planejamento da linha de produo;4. Da alimentao das linhas de produo;5. Da distribuio dos produtos finais.Aps o "boom" de desenvolvimento e melhorias do processo produtivo e da qualidade, as atenvoltaram para este segmento como sendo uma das reas restantes que poderiam reduzir caumentar produtividade e, principalmente, trazer melhor atendimento aos clientes.

    A logstica tem sido foco de atenes, de cursos e sua grande amplitude tem despertado interemuitos estudiosos. Novos processos, novos estudos e testes tm criado novas ferramentas de trque colaboram ainda mais para o amadurecimento do reconhecimento da logstica como aumepacote de valor oferecido ao cliente.

    A Logstica empresarial vital para a economia e para a empresa individual. fator-chavincrementar comrcio regional e internacional. Sistemas logsticos eficientes e eficazes signmelhor padro de vida para todos. Na firma individual, atividades logsticas absorvem uma significativa de seus custos individuais. Estes custos, que so em mdia cerca de 22% das vdeterminam muitas vezes se uma firma ser competitiva. Boa administrao essencial.

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    OBJETIVO DA LOGSTICA

    A Logstica empresarial tem como objetivo prover o cliente com os nveis de servios desejameta de nvel de servio logstico providenciar bens ou servios corretos, no lugar certo, no

    exato e na condio desejada ao menor custo possvel. Isto transportes, manuteno de estprocessamento de pedido e de vrias atividades de apoio adicionais.

    DISTRIBUIO FSICA

    A Administrao de materiais e a distribuio fsica integram-se para formar o que se chama hlogstica empresarial. Muitas companhias desenvolveram novos organogramas para melhor traatividades de suprimento e distribuio, freqentemente dando status de alta administrao funo, ao lado de marketing e produo. O tempo da logstica empresarial est chegando e umordem das coisas est comeando.

    A natureza da distribuio fsica faz parte da logstica empresarial. Distribuio fsica aquele ada administrao de empresas que trata de servir a demanda pelos produtos e servios da firmaexecutada nos trs nveis da administrao:

    1) No longo prazo, isto , o planejamento estratgico de como a distribuio deve ser executada2) A utilizao do sistema de distribuio, isto , o planejamento ttico;3) A execuo diria das tarefas de distribuio, isto , a operao.

    As muitas alternativas que a administrao tem para garantir servio de distribuio fsica eficeficaz fazem desta uma rea complexa para o gerenciamento.

    Compensao De Custos, Custo Total E Sistema Total

    Os conceitos de compensao de custos, do custo total e do sistema total so muito importantestema em tela;

    A compensao de custos: reconhece que os modelos de custos das vrias atividades da firmvezes exibem caractersticas que colocam essas atividades em conflito econmico entre si;

    Custo total: reconhece que os custos individuais exibem comportamentos conflitantes, devenexaminados coletivamente e balanceados no timo. Os conceitos de custo total e compensacustos caminham lado a lado;

    Sistema total: representa uma filosofia para gerenciamento da distribuio que considera tofatores afetados de alguma forma pelos efeitos da deciso tomada.

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    Essencialmente, esses conceitos nos animam a olhar alm da minimizao dos custos isolatransporte, de estoque ou de processamento de pedidos. Pelo contrrio, reas que tm comportaopostos nos seus perfis de custo, como transportes e estoques, devem ter suas parcelas deidentificadas e balanceadas numa combinao tima. Esta idia de compensar custos confl

    deveria ser estendida at os limites da responsabilidade pela distribuio fsica da firma, uma vexistem interfaces com reas como marketing e produo e mesmo com atividades logsticfirmas, alm dos limites da prpria empresa.

    O tipo de distribuio depende em grande parte da natureza do produto movimentado, do padrodemanda, dos custos relativos das vrias opes de distribuio fsica e das exigncias de nservio.

    ADMINISTRAO DE MATERIAIS

    De muitas formas, a administrao de materiais o inverso da distribuio fsica. Trata do flprodutos para a firma ao invs de a partir dela. Muitas atividades da administrao de matericompartilhadas com a distribuio fsica. Entretanto, existem algumas diferenas que so a chboa administrao do fluxo de suprimento. Essas diferenas enfocam principalmente o modo peos fluxos so iniciados e sincronizados e a seleo das fontes de fornecimento.

    A movimentao de bens na parte do abastecimento da empresa, a atividades de suprimento fsbastante semelhantes quelas da distribuio fsica, sendo as diferenas uma questo de gramaneira com que os fluxos so iniciados. Devido a estas similaridades, pode-se argumentaradministrao integrada do suprimento fsico e da distribuio faz sentido para a maior parcompanhias.

    Atividades Da Administrao De Materiais

    As atividades-chave para a administrao de materiais ss as mesmas da distribuio fsica:

    Processamento de pedidos; Transporte; Controle de estoques.

    As atividades que apiam estas funes-chave so:

    Obteno; Armazenagem; Manuseio de materiais Projeto de embalagem; Sistema de informao logstica (SIL).

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    O gerente de materiais utiliza essas atividades para suprir a operao da produo com pmateriais necessrios. Isto realizado pelo abastecimento para estoque em antecipao anecessidades. O gerente de materiais procura oferecer bom nvel de servio de maneira eficiente

    Administrao de materiais funo dentro da organizao que tem diversos significados, depede quem a define. Aqueles que a enxergam a partir do ponto de vista da distribuio freqentemente a vem como atividade de compras. Aqueles com viso de compras a vem comfuno que engloba, alm das atividades de movimentao do fluxo de suprimento da organmuitas das atividades da distribuio fsica.

    A Administrao de materiais tem a conotao de gerenciar as atividades de movimentao e no lado do suprimento da organizao. A funo deveria incluir no apenas aquelas atividadresultam no movimento de peas e materiais para a firma, mas tambm aquelas atividades preoccom a disposio de rejeitos e o retorno de materiais insatisfatrios aos fornecedores. Dessa foadministrao de materiais vai alm das atividades de compras e est voltada principalmente

    movimento de bens para o abastecimento da empresa.

    1 - Processamento de pedidos

    O primeiro elemento-chave das atividades logsticas primrias, a entrada e processamento de p uma atividade importante, pois sua durao faz parte do tempo de ciclo total, que elementodo nvel de servio oferecido aos clientes. Sua velocidade e preciso so itens importantes administrao desta funo. O fluxo de informaes de pedidos fator a ser considerado no properao do sistema logstico.

    O processamento de pedidos subdivide-se em tarefas como:

    Entrada de pedidos Ttratamento; Verificao de crdito; Relatrios de andamento; e Cobrana.

    Nem todos estes processos afetam a durao do tempo de ciclo. O bom projeto do sistema minnmero destas tarefas a serem completadas em seqncia, de forma a abreviar o tempo de mximo possvel.

    O ditado "tempo dinheiro" est no corao das atividades de entrada e processamento de pedcomposto logstico. A velocidade com que as informaes precisas de vendas so comunicadsistema logstico freqentemente determina a eficincia das suas operaes do mesmo, sendo ochave no nvel de servio finalmente oferecido ao cliente. Assim, comunicaes lentas e imppodem custar muito caro para a organizao, pois consumidores irados transformam-se em perdidas, os estoques tornam-se excessivos, o transporte fica imprevisvel e a programao da prpode gerar preparaes desnecessrias e custosas. Processamento rpido e exato dos pedidos m

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    o tempo de resposta ao cliente e suaviza o comportamento do fluxo de mercadorias pelo slogstico.

    Caractersticas da entrada e processamento de pedidos

    As caractersticas essenciais da entrada e processamento de pedidos so:

    1. A natureza da entrada e processamento dos pedidos;2. As atividades bsicas do sistema de entrada de pedidos;3. Os enfoques alternativos para a entrada e processamento de pedidos;4. Os procedimentos operacionais do sistema de entrada de pedidos.

    O projeto e a operao do sistema de entrada e processamento de pedidos tm sido afetado

    moderna tecnologia mecnica e eletrnica. A deciso de optar-se pela automao devcuidadosamente avaliada em funo do volume de ordens a serem processadas e da flexibnecessria.

    2 - Transporte

    O transporte representa o elemento mais importante do custo logstico, na maior parte das firmfrete costuma absorver dois teros do gasto logstico e entre 9% a 10% do produto nacional brutoeconomia americana como um todo. Por esta razo, o especialista em logstica deve terconhecimento deste tema.

    - Administrao de transportes

    A administrao de trfego ou de transportes o brao operacional da funo de movimerealizada pela atividade logstica. Sua principal responsabilidade garantir, todo dia, que as opde transporte sejam executadas eficaz e eficientemente.

    Quando so utilizados transportadores contratados, as principais preocupaes esto neficiente deles, em negociar os melhores fretes possveis e na documentao necessria parao movimento de mercadorias, que serve para cobrana dos pagamentos e para estabresponsabilidade pelas mercadorias em trnsito;

    transporte prprio interessa-se principalmente em programar o uso eficiente do equipamentgarantir o nvel de servio desejado. Diferentes tipos de deciso so tomadas em cada caso.

    - Sistema de transporte

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    Logstica pressupe movimento de bens e servios dos pontos de origem aos pontos de uconsumo; a atividade de transporte executa este movimento gerando os fluxos fsicos dos mesmlongo dos canais de distribuio, que tambm so relacionados com a movimentao das unidatransporte.

    A atividade de transporte executa os movimentos de produtos ao longo dos canais de distribmediante o uso de vrias modalidade de transporte, que fazem os "links" entre unidades de produarmazenagem e os pontos de compra ou consumo.

    a) Como mensurar as atividades de transporte

    As atividades de transporte so mensuradas mediante dois parmetros:

    1. Distncias percorridas entre os pontos de produo e de consumo;2. Tempo em que os fluxos ocorrem. Denomina-se este parmetro como tempo em trnsito, o

    tambm uma varivel muito importante em logstica, pois influi nos volumes de estoque, nosde manuteno de estoques, nos perodos de cobrana e tambm no nvel de servios quempresa pode oferecer.

    Os fluxos fsicos nos canais de distribuio geram, portanto, as utilidades de tempo e de lugar eser efetuados por modalidades de transporte de vrios tipos, dependendo das decises estratgicso tomadas em funo dos seguintes fatores e caractersticas das transaes:

    Tipo de produto - valor, peso, volume, perecibilidade, etc; Tipo de mercado - tamanho, local, vias de acesso, sazonalidade, etc;

    Mtodo de compra - prazos, faturamento, frete adotado, etc; Localizao - da unidade produtiva, redes de armazenagem, local dos pontos de transacompra dos bens;

    Variedade dos modos de transporte disponvel.

    b) A escolha das modalidades de transporte

    A escolha das modalidades de transporte a serem utilizadas para efetuar operaes logsticas efest ligada s formas de desempenho de cada tipo de transporte, no que se relaciona com capacidade, flexibilidade, tempo em trnsito, terminais, atributos intermodais, etc:

    1. RODOVIRIO - serve para encomendas pequenas do tipo TL ou LTL (TL = truck load, Lless than truck load), curtas, mdias e longas distncias, com coleta e entrega ponto-a-poflexibilidade de rotas. Pode ser definida pela funo:

    TR = f(rotas, km, peso, preo)

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    2. FERROVIRIO - indicado para cargas de grande tonelagem, valor unitrio baixo, sem urgentrega, apresenta taxa de danos alta, terminais fixos, no usado quando se requer coleta e eponto-a-ponto. At os anos 60 era dominante em funo da escassa oferta de caminhes e derodoviria.

    Ter que competir com hidrovias em certas reas, quando estas estiverem prontas e dispopois a relao energia/tonelagem bem mais favorvel para o transporte fluvial. Nos EUAEuropa observou-se um declnio do transporte ferrovirio na crise energtica de 1973 e tapela qualidade das hidrovias e redes de canais de navegao.

    As perspectivas futuras do transporte ferrovirio no Brasil dependem dos programaprivatizao, dos investimentos em novas ferrovias, frente uma eventual e necessria recupde rodovias e da modernizao dos portos.

    3. HIDROVIRIO - Existem duas modalidades:

    Martima - ocenica, costeira Fluvial - rios, canais de navegao e lacustre.

    Esta modalidade tem possibilidades futuras positivas, embora no apresente flexibilidade de terminais. Depende, portanto, de solues intermodais, da expanso do uso de containerslegislao que possibilite maior agilidade do processamento em armazns alfandegadosdocks)

    Com a incluso de novos membros no MERCOSUL, principalmente aqueles situados na opacfico e que podero realizar exportaes para a costa da sia, deve-se prever um aume

    transporte intermodal nesta regio, com uso de rodovias at o Chile e containers embarcadoos mercados asiticos. A tecnologia atual permite que sejam utilizados mtodos como o "roroll off" para remessa de veculos ou o "TOB ou COB", que tornam possveis, rpidas e soperaes de embarque e desembarque.

    4. AEROVIRIO - modalidade rpida,. segura, com nvel de perdas e danos baixo, custosdevendo ser escolhido para mdias e longas distncias, para os produtos de alta densidarelao: TAER = f(peso x volume x valor)

    Adota-se tambm esta modalidade para remessas de urgncia e cargas complementares dedurabilidade. A definio de fretes e cargas area deve ser sempre negociada, porque muitasas companhias areas aceitam cargas de mais volume e menos peso, premidos pela necessidcompletar a carga da aeronave.

    O transporte areo apresenta tempo de viagem rpido, pois as aeronaves, como o Boeindeslocam-se com velocidade entre 800 a 900 km/h. Esta vantagem pode, em muitos casprejudicada com um "time lag" maior em decorrncia de poder haver congestionamenterminais, associados s demoras de alfndega e manuseio de palets nos ptios.

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    Em resumo, a seleo e o uso de transporte dentro do conceito moderno de logstica, deve segesquema que de maneira geral examina os seguintes pontos:

    Escolha da modalidade de transporte; Seleo do transportador (prprio ou terceiros); Operaes executadas internamente ou externamente:

    - Equipamento a ser utilizado;- Contratos ou tarifas;- Informaes, sistemas e administrao;- Termos gerais dos fretes;- Terminais de origem e destino;- Recursos humanos internos e externos;- Mtodos e amplitude dos controles.

    - Transporte internacional

    O transporte internacional uma rea de interesse crescente e interessa ao profissional de logsequipamento utilizado domesticamente, com exceo de certos elementos, tm sua importncia alterada. Por exemplo, o container popular no transporte internacional.

    As rotas, naturalmente, so diferentes daquelas usadas internamente. O usurio de traninternacional pode sentir-se sufocado pela maior documentao, pelas diferenas na responsabdo transportador, pelos vrios procedimentos aduaneiros; todos eles complicados, porque dois ogovernos tm jurisdio sobre a movimentao. Por sorte, existe um excesso de intermed

    agentes, despachantes de frete e comissariarias para auxili-lo.

    3 - Controle de estoques

    "Devemos sempre ter o produto de que voc necessita, mas nunca podemos ser pegos com estoque" uma frase que descreve bem o dilema da administrao de estoques. O controle de e parte vital do composto logstico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos representando uma poro substancial do capital da empresa.

    Os estoques se encaixam no composto de atividades logsticas. O inventrio consome grandes so

    capital, que poderiam ser usadas em outros projetos da empresa. Tambm ele necessrio para o nvel de servio ao cliente, assim como a operao eficiente das atividades de produdistribuio. Bom gerenciamento de estoques essencial.

    O enfoque apropriado para controlar os nveis de estoques deveria ser cuidadosamente desenvopartir do padro particular de demanda que cada produto apresenta. Apesar de muitas destas texigirem certos conhecimentos avanados de estatstica e programao matemtica, os casoimportantes das tcnicas de empurrar ou puxar estoques foram descritos em nvel bsico. Eles

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    como mtodos fundamentais para gerar procedimentos mais complicados de gesto: o enfoquetime, que minimiza a necessidade de estoques de produtos acabados.

    A administrao de estoque tem como tarefa minimizar o investimento em inventrio, ao mesmo

    que providencia os nveis de disponibilidade almejados. Este um problema de encontrar o btimo dos custos de aquisio, manuteno de estoque e faltas. Tanto os mtodos tericosprticos, para controle de inventrio, tm esta finalidade.

    - Programao da produo e aquisio

    No af de garantir o fluxo de produtos numa organizao, os profissionais de logstica podnecessidades de coordenar seus esforos com atividades que no esto totalmente sob seu contaquisio, suprimento, obteno, ou qualquer que seja o ttulo dado, basicamente uma funcompras. A programao da produo tradicionalmente uma responsabilidade da manufat

    operao. Apesar disso, a administrao destas reas pode ter impacto significativo nos oblogsticos e esto mais e mais tornando-se parte das responsabilidades do pessoal de logstica. Pestes devem preocupar-se com aqueles aspectos da aquisio e da programao da produo queafetar o fluxo de materiais.

    A aquisio e a programao da produo so duas atividades que afetam substancialmente o fmateriais de e para a organizao. Elas podem no ser responsabilidade total do pessoal de lomas existem sobreposies suficientes para que elas sejam tratadas pelo menos como atividainterface e, no mximo, como parte da organizao logstica. De qualquer forma, a rea de lodeveria estar envolvida no processo de deciso dessas funes, que afetam a programao e o vdo fluxo de bens.

    a) Programao da produo

    A programao da produo o planejamento do sistema produtivo para atender s necessidavenda. A programao do fluxo de materiais a principal deciso aps o estabelecimencapacidade produtiva e de sua localizao. O clculo de necessidades gera os sinais de quando cou produzir e em que quantidade. Assim, a programao da produo e a aquisio esto estreitrelacionadas.

    A incluso ou no da programao da produo e da aquisio no composto de atividades loainda questo de debate. Entretanto, deve-se reconhecer que a coordenao entre essas essencial.

    b) Aquisio

    A aquisio responsvel por obter os materiais produtivos necessrios (assim como materiarevenda) a preos justos, em quantidades especificadas e entreg-los no local e instante ceressencialmente uma funo de compras. Entretanto, algumas decises importantes, como sele

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    fornecedores, poltica de preos e fazer-ou-comprar, estabelecem os custos e a importncsuprimento fsico na organizao.

    - Armazenagem, manuseio de mercadorias, projeto de embalagem e sistema de informaes

    Armazenagem e manuseio de mercadorias so componentes essenciais do conjunto de ativlogsticas. Os seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logsticas da firma.

    Ao contrrio do transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem e o made materiais acontece, na grande maioria das vezes, em algumas localidades fixadas. Portancustos destas atividades esto intimamente associados seleo desses locais.

    a) Armazenagem

    Armazns ou centrais de distribuio executam um papel-chave para aumentar a eficinmovimentao de mercadorias. Permitem a compensao eficaz dos custos de estocagem com mcustos de transporte, ao mesmo tempo que mantm ou melhoram o nvel de servio.

    A armazenagem est disponvel sob vrias formas, conforme a possesso da facilidade e o gcontrole operacional desejado pelo usurio. Este pode beneficiar-se de diversas formas pelo depsitos; as mais populares so a estocagem, a consolidao e a transferncia de fretes. No carmazenagem pblica, existem vrios tipos de servios oferecidos ao usurio. Os depsitos ppodem tambm chegar a manipular toda a atividade de distribuio para o cliente.

    A armazenagem pode ser encarada como um custo direto adicional do canal de suprimentodistribuio. Esta despesa pode ser justificada pelas economias indiretas de custos obtidas. Entreestocagem pode ser eliminada ou reduzida drasticamente pelo uso do conceito just in time, que sempre ser explorado como alternativa armazenagem.

    b) Manuseio de mercadorias

    Manuseio de materiais um dos principais fatores geradores de custo no composto de ativlogsticas. O arranjo geral, arranjo fsico detalhado e carregamento do armazm tm imsignificativo na eficincia do manuseio. A movimentao interna no pode ser separada dositens associados utilizao do espao fsico de armazenagem. Balancear o projeto do depsito consideraes operacionais, de ordem prtica, produz um projeto final mais adequado.

    c) Projeto de embalagem

    Os benefcios e os custos de diversos sistemas de embalagem e empacotamento foram examassim como vantagens e desvantagens da carga granelizada.

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    A problemtica do projeto de embalagens est intimamente associada ao manuseio de produtos. instrumental para a operao econmica do sistema de movimentao e armazenagem e quinterface com as atividades de marketing. Apesar de o projeto de embalagens atender a objetivos, o profissional de logstica tenta obter embalagens que minimizem o custo total do ma

    e maximizem a utilizao do espao fsico.Contudo, movimentao de materiais, armazenagem e projeto de embalagem no devem ser encomo atividades restritas apenas ao depsito. O profissional deve permanecer atento aos benpotenciais quando especificar essas funes, de maneira a alcanar o mximo grau de compatibao longo de todo o canal de distribuio ou suprimento, mesmo quando parte deste pode ficar controle direto da companhia.

    d) Sistema de Informao Logstica (SIL)

    "As informaes no podem ser melhores que os dados que as geraram" uma mxima freqentcitada sobre a qualidade da informao que alimenta o processo decisrio. Reconheceu-se htempo que o desempenho do planejamento e controle gerencial depende da quantidade, fopreciso das informaes disponveis. At alguns anos atrs, os dados na organizao classificados, recuperados e manipulados manualmente. Com a introduo e disseminacomputadores nos negcios, o manuseio da informao ficou bem mais formalizado. Elabsistemas de informao so hoje lugar-comum.

    O sistema de informaes logsticas (SIL) um subsistema do sistema de informaes gere(SIG), que providencia a informao especificamente necessria para a administrao logstica.

    Boa informao um ingrediente vital no planejamento, operao e controle de sistemas logCom a crescente popularidade dos computadores na comunidade de negcios, eles transformanos principais guardies e manipuladores de boa parte do sistema de informaes operacionais organizao. As atividades de armazenagem de dados, classificao, manipulao e anlidesignadas aos sistemas de informaes gerenciais. A estrutura composta por pessoas, equipammtodos e controle dirigidos para problemas especficos de fluxo de materiais chamada de Sde Informaes Logsticas. O sistema gera informao que utilizada por grande variedade de na organizao, desde a alta administrao at o pessoal operacional, sendo empregado para poperar e controlar o sistema logstico.

    O sistema em si tem trs partes bsicas:

    1. A entrada;2. Processamento;3. A sada.

    A complexidade do sistema, no importando se ele computadorizado ou manual, rpido oudepende de a administrao conhecer suas necessidades dos diversos tipos de informao para de deciso, do formato da informao e da rapidez com que ela deve ficar disponvel. Sistem

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    informao esto ficando to importantes para o planejamento e controle da logstica administrao tem dado um espao organizacional especial para seu cuidado e manuteno.

    O PRODUTOToda logstica gira em torno do produto. Suas caractersticas freqentemente moldam a estlogstica necessria para deixar o produto disponvel para o cliente. Compreender a natureza do ppode ser valioso para o projeto do sistema logstico mais apropriado. O produto tambm elesobre o qual a logstica exerce controle apenas parcial.

    O produto, tanto um bem como um servio, o objeto do esforo logstico. Compreender a natuproduto em seu ambiente econmico d ao especialista indicaes teis para o planejameestratgia de suprimento e distribuio do produto.

    a) Classificao dos produtos

    A classificao dos produtos auxilia a agrup-los conforme o comportamento de seus consumClientes de bens finais tm necessidades de nvel de servio logstico diferentes daquelas dos cindustriais. Mesmo clientes dentro de uma mesma classe podem ter diferenas significativas enecessidades de servio. Uma boa estratgia de distribuio fica muitas vezes bvia quando identificaes e classificao cuidadosas para o produto.

    b) Ciclo de vida do produto

    O ciclo de vida do produto descreve o nvel de atividades das vendas que a maioria dos pralcana com o tempo. Os quatro estgios do ciclo de vida so:

    1. Introduo;2. Crescimento;3. Maturidade4. Declnio.

    Cada estgio pode requerer estratgias diferentes para distribuio.

    c) Curva ABC

    A curva ABC expressa o fato de que a grande maioria das vendas de uma empresa derivada derelativamente poucos de seus produtos. Esta curva pode ser simplesmente o resultado de difprodutos em diferentes estgios de seu ciclo de vida. Esta desproporo entre vendas e nmprodutos pode ser muito til quando se decide a localizao de produtos dentro do sistedistribuio e quais produtos devem ser estocados num dado depsito.d) Caractersticas dos produtos

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    As caractersticas do produto centram-se em determinados atributos fsicos e econmicoinfluenciam substancialmente o projeto do sistema logstico. Essas caractersticas so expressas c

    1. Relao peso-volume;2. Relao valor-peso;3. Substitutibilidade;4. Caracterstica de risco.

    e) Dimenses adicionais do produto

    A embalagem: uma das duas dimenses adicionais do produto, pode alterar as caracterstiproduto e, portanto, os requisitos para o sistema de distribuio;

    A formao de preo: como os clientes tendem a estar geograficamente dispersos e os variam em base geogrfica, determinados aspectos da formao de preos so do interelogstica. Apesar de o especialista da rea no se envolver normalmente com questes de puso de incentivos no preo mais facilmente justificado com base nos custos logsticos do qoutros fatores.

    SISTEMA LOGSTICO

    Raramente clientes desejam comprar bens ou servios nos locais onde mais econmico produzespecialista em logstica deve projetar e especificar:

    1. As maneiras pelas quais produo e demanda devem ser compatibilizadas;2. Como suas diferenas geogrficas devem ser transpostas..

    Planejamento Logstico

    Esta a tarefa do planejamento. A concepo da rede logstica, que deve movimentar produservios) desde as fontes at os consumidores finais, a chave para prover o nvel de servio necpara gerar vendas e controlar os custos.

    O planejamento do sistema pode ser dividido em um problema espacial e outro temporal:

    O problema espacial, ou geogrfico, envolve a localizao estratgica dos stios de armazena definio das rotas que as mercadorias devem seguir;

    O problema temporal, ou dinmico, envolve a determinao dos melhores mtodos para contestoques, entrada e processamento de pedidos. Um projeto extensivo do sistema podconseguido com a composio das solues de ambos os problemas.

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    Boa compreenso do problema da concepo do sistema logstico pode ser obtida pelo entenddos conceitos e princpios bsicos de ciclo de vida do produto, da estrutura de fretes, da teoria ddominante para localizao e da curva ABC. Entretanto, mais recentemente, o uso de m

    matemticos sofisticados tem-se desenvolvido, para auxiliar na anlise de problemas de localestrutura de canal e planejamento operacional. Pesquisas demonstram que um nmero crescecompanhias vem empregando esses procedimentos computadorizados no seu planejamento.

    Finalmente, os fatores de risco associados responsabilidade legal ou s contingncias pmodificar de modo significativo o projeto de sistemas logsticos determinados apenas pelo bentre custo e servio.

    Organizao E Controle Logsticos

    Ter excelente planejamento para disponibilizar produtos e servios para os clientes no garante

    objetivos logsticos sero cumpridos. Estes planos devem ser colocados em ao e seus desemdevem ser continuamente monitorados. Assim, responsabilidade da operao do sistema lodefinir a estrutura interna na empresa, que dever controlar o fluxo de bens e servios e planatividades logsticas. A organizao e o controle so duas atividades-chaves em logstica.

    a) Organizao logstica A organizao trata especificamente da estruturao dos relacionamentos entre os profissionempresa, de maneira a administrar as atividades logsticas eficazmente. O projeto organizacionalquem tem autoridade e responsabilidade pelo planejamento e controle dos custos e do nvel de slogsticos.

    As alternativas de estrutura organizacional variam desde relacionamentos informais at reformais rigidamente definidas. O propsito desta seleo de alternativas alcanar a coordenaas diversas atividades logsticas, que podem estar em conflito umas com as outras. A escolha destrutura organizacional em particular depende de:

    1. Natureza das operaes da firma;2. Importncia da logstica em face de marketing, finanas e manufatura dentro da empresa;3. Clima organizacional especfico da firma.

    O posicionamento organizacional dentro da estrutura da firma um compromisso entre o:

    1. Desejo de manter uma organizao descentralizada e prxima aos clientes: oferecendo srpido e bem ajustado s suas necessidades especficas;

    2. Anseio de manter uma organizao centralizada: que oferece boa coordenao entre as atividcontrole rgido dos custos.

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    O posicionamento assunto importante para empresas maiores, que tm diversas divises e mlinhas de produtos.

    As consideraes organizacionais no se restringem apenas parte interna da empresa. A organ

    necessria para coordenar as atividades de membros associados, mas legalmente separados, nologstico oferece inmeras oportunidades para a administrao, mas hoje ainda pouco explorad

    b) Controle logstico O controle da logstica recebe constante ateno por parte da administrao, pois um amconstantemente mutvel e eventos imprevistos a todo momento desviam as atividades logsticseus nveis de desempenho planejados. Pode-se acabar no atingindo os objetivos da companhia

    O controle gerencial envolve:

    1. A definio de metas e padres de desempenho;2. A medida do desempenho;3. A tomada de aes corretivas.

    As ferramentas bsicas do controle so os diversos relatrios e auditorias que medem o desempeuso de computadores para auxiliar a administrao nas tarefas rotineiras de controle do sistema disseminando cada vez mais.

    NVEL DE SERVIO LOGSTICO

    O nvel de servio uma das razes do esforo logstico. Ele tem muitas dimenses, mas, especialista da rea, a mdia e a variabilidade do tempo de preenchimento e entrega do pedexatido com que os pedidos so preenchidos e as condies com que os produtos chegam sprincipais incumbncias. Estes so os elementos do nvel de servio que costumam estar sob cda logstica e que so em geral facilmente mensurveis.

    Nvel de servio logstico a qualidade com que o fluxo de bens e servios gerenciado. o relquido de todos os esforos logsticos da firma. o desempenho oferecido pelos fornecedores aclientes no atendimento dos pedidos. O nvel de servio logstico fator-chave do conjunto de logsticos que as empresas oferecem a seus clientes para assegurar sua fidelidade. Como o nservio logstico est associado aos custos de prover esse servio, o planejamento da movimentabens e servios deve iniciar-se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimeseus pedidos.

    Controlar o nvel de servio vital. O custo logstico cresce rapidamente medida que maior nservio estabelecido. Alm disso, o nvel de servio tem efeito gerador de receita pela influntem na escolha do fornecedor com o melhor servio. Acaba ocorrendo um balanceamento evendas produzidas por melhor servio e os custos necessrios para prov-los. Portanto, eleelemento-chave no desenvolvimento de estratgias logsticas.

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    Quando uma estratgia desenvolvida, ela deve ser administrada. Isto envolve o monitoramenecessidades dos clientes e a determinao das diferentes necessidades por tipo de clientegeogrfica e tipo de produto. Assim, padres devem ser fixados para auxiliar a manuteno dos

    de servio da firma, planos para paralisaes do sistema logstico e para possvel recolhimeproduto so modos adicionais pelos quais os clientes podem ficar satisfeitos com o desemlogstico do fornecedor.

    FUTURO DA LOGSTICA

    O futuro da logstica mesmo brilhante. As tendncias econmicas mostram que os customovimentao de bens e distribuio de servios devem crescer proporcionalmente s atividades, tais como manufatura e marketing. O aumento nos custos de combustvel, a implantamelhorias de produtividade e a questo ecolgica vo contribuir para o prestgio da logstica. A

    importncia dos assuntos logsticos vai atrair maior ateno por parte da administrao.A inflao, o consumismo e a ecologia so foras que atuam para prestigiar a logstica. Entretcarter de suas operaes no vai ser muito diferente do atual. O uso de tecnologias norevolucionrias no ser o foco de ateno dos administradores para soluo de seus problogsticos nas duas prximas dcadas. Pelo contrrio, a administrao cautelosa vai procurar exda tecnologia existente. O uso de computadores dever expandir-se substancialmente.

    As responsabilidades do profissional de logstica devero aumentar rapidamente nas prximadcadas. No apenas ser responsvel pelas funes de distribuio fsica e de administramateriais no seu pas, como tambm dever controlar a crescente rea da logstica internaFinalmente, o profissional comear a aplicar seus conceitos e princpios aos problemas operadas organizaes de servios, tais como bancos, igrejas e hospitais. Pelo ano 2000, esses prosero to importantes quanto os da manufatura.

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    3.4 - Manuteno

    O QUE MANUTENOManuteno o ramo da Engenharia que visa manter, por longos perodos, os ativos fixos da eem condies de atender plenamente a suas finalidades funcionais.

    Volta-se para a preservao de mquinas, equipamentos, instalaes gerais e edificaes, procobter de cada um o maior tempo de vida til possvel e eliminar paralisaes quando estiveremchamados a operar.

    Consiste num grande erro o funcionamento de equipamentos em estado inadequado de manuEssa prtica eleva custos, s vezes mais do que aqueles possveis de mensurar.

    TIPOS DE MANUTENO

    Visando otimizar a realizao dos servios, a manuteno pode ser separada em:

    Mecnica; Eltrica; Servios gerais.

    OBJETIVOS DA MANUTENO

    A manuteno tem como objetivos principais:

    Acompanhar o desempenho eltrico e mecnico dos equipamentos envolvidos na promaximizando sua vida til e minimizando tempo de parada por ocasio do trabalho;

    Elaborar controles que registrem anormalidades e ocorrncias com as mquinas, visando identipo e freqncia dos problemas mais comuns e possibilitando correo antecipada. O reparocorrer em tempo hbil e permitir retorno do bem ao fim a que se prope, sem prejuprocesso;

    Efetuar lubrificaes, consertos e reformas nos equipamentos;

    Selecionar, dentro de uma abordagem tcnica, insumos a serem utilizados (graxas, leosprogramando suprir na quantidade necessria plena funcionalidade do processo. Deve taabastecer com peas de reposio;

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    Primar por qualidade nos servios executados, garantindo o uso contnuo e a operaequipamentos e das instalaes.

    MANUTENO CENTRALIZADA X MANUTENO DESCENTRALIZADAA deciso em adotar uma manuteno centralizada ou descentralizada funo das conoperacionais e administrativas existentes.

    a) Manuteno Centralizada

    Todas as operaes so planejadas e dirigidas por departamento nico. As oficinas so tacentralizadas e as equipes de manuteno atendem todos os setores ou unidades de operao.

    Setores de staf, como projetos, oramentos, custos e planejamento fazem parte do departamenusualmente, dirigido por um gerente, em posio hierrquica igual ao gerente de produo. esto subordinados neste esquema ao diretor de produo.

    Havendo uma boa coordenao de pessoal, esse tipo de manuteno pode reduzir os custos, grmelhor aproveitamento dos servios centralizados, evitando-se a duplicao por setores ou unidoperao. Porm, ser bsico ao xito deste esquema o perfeito entrosamento entre a manutenproduo, pois poder muitas vezes reclamar a produo a retirada de equipamento de servio,as decises a este respeito esto agora com a manuteno.

    Um departamento centralizado permite tambm uniformizar rotinas e garante melhor aproveitde pessoal, tanto na manuteno das reas como nas oficinas. Em caso de menor atividade, o pode ser aproveitado na execuo de reformas de mquinas, produo de peas sobressalentes etarefas.

    A manuteno centralizada em grande instalaes industriais possui um centro de controlcomanda e despacha todas as solicitaes de servio, emitindo as respectivas ordens de sermanuteno.

    Em empresas pequenas e mdias, a manuteno usualmente do tipo centralizado, pois s justificvel e mesmo desejvel que a manuteno dependa da produo. O chefe de produo, aconhecer todos os problemas de linha, deve tambm possuir profundo conhecimento tcnico acemquinas de que dispe, para poder aproveit-las adequadamente. Nestas indstrias, portapossvel combinar a capacidade organizadora de um chefe ou supervisor de linha com os requismanuteno.

    b) Manuteno Descentralizada

    Tambm denominada manuteno por reas, preconiza a diviso da fbrica em reas ou setoreum dos quais fica sob os cuidados de um grupo de manuteno.

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    No caso de servios de natureza muito diversa, como manuteno de fornos, laminao e usinagexemplo, pode tornar-se mais racional a especializao de equipes para servios e sua consedescentralizao.

    Possui as seguintes caractersticas:

    A localizao fsica da manuteno faz-se junto a cada unidade, assim como o estoque de pereposio;

    A manuteno de rea recorre ajuda do prprio pessoal da produo em caso de necessidad O superintendente de cada rea responsvel pelas decises relativas manuteno, inclu

    determinao da prioridade de execuo; O trabalho a ser executado nas prprias oficinas de manuteno da unidade possui limita

    portanto, determinados trabalhos tero que ser enviados a oficinas fora da rea.

    De modo geral, o pessoal necessrio a uma manuteno por reas maior do que para a manucentralizada, o que pode, porm, ser justificado em virtude das caractersticas aqui expostas.

    As decises quanto a paradas de equipamentos por longos perodos devem ser tomadas no nvelevado da produo, pois h sempre a tendncia, por parte dos responsveis pela produo, de pou minimizar reparos que determinam a sua paralisao.

    CRITRIOS NA AQUISIO DE EQUIPAMENTOS X MANUTENO

    A permanncia desses cuidados possibilita um bom nvel de manuteno, desde que ospreservados no sejam de m qualidade. Para isso, critrios rgidos devem ser adotados na esco

    equipamentos a serem adquiridos. Alguns empresrios olham somente o preo no momento da cignorando custo por unidade fabricada. Este mais importante. Mquinas de baixa quanormalmente so acompanhadas de elevadas despesas commanuteno , acarretando danos produoe vida til reduzida.

    Em desempenho normal, os equipamentos apresentam custo de manuteno crescente com o teuso, e o responsvel pela manuteno deve ficar atento para detectar o momento a partir do qdespesas com manuteno superam os lucros de cada bem. A partir de ento, a reforma ou subsdeve ser estudada. O tempo de vida til de uma mquina medido pelo incremento anual no cmanuteno. Quanto mais aceleradas forem as despesas anuais, mais prxima do fim estar a vdo equipamento. Entende-se por incremento anual a quantia que acrescida s despesas de man

    entre um ano e o imediatamente anterior (diferena de despesas entre dois anos consecutivoenvolve horas-mquina de oficina, peas e mo-de-obra.

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    MO-DE-OBRA PARA MANUTENO

    A freqncia de problemas com equipamentos pode decorrer no s da qualidade inferior dele

    tambm da qualificao da mo-de-obra utilizada na manuteno. Quanto maior o grau de mecadas linhas de produo, mais qualificadas devem ser as pessoas.

    A utilizao de mo-de-obra inferior pode trazer duas conseqncias danosas:

    Uma freqente repetio de servios: em funo de m realizao; Inevitveis interrupes da produo: decorrentes da parada de equipamentos. O que eleva c

    compromete o prazo de entrega dos pedidos.

    Em servios de manuteno que se repetem com freqncia, pode-se atribuir, via cronomet

    padronizao do tempo de execuo, permitindo controle sobre a operao. Para isso, a mo-deve ser suficientemente treinada.

    Pessoal inabilitado srio inconveniente boa manuteno. Um setor competente dispe de ttreinados. Nesse caso, o salrio pago a mais retorna no melhor aproveitamento da mo-de-obvelocidade do trabalho realizado, especialmente quando se faz necessria a manuteno emergPara isso o treinamento fundamental.

    CONTROLE DA MANUTENO

    Planejamento um princpio administrativo essencial ao controle de qualquer atividade. A sistedo planejamento de manuteno pode ser abordada como segue:

    1. Listar todos os servios a serem feitos;2. Estabelecer uma ordem de prioridade na execuo;3. Quantificar material, mo-de-obra, equipamentos e servios necessrios;4. Determinar prazo de execuo dos servios;5. Efetuar oramento;6. Estabelecer datas para incio e concluso de cada etapa;7. Emitir ordem de servio (OS);8. Acompanhar custo de cada OS;9. Controlar execuo, checando com o planejamento.

    As OSs registram o planejamento, enviando informaes a quem vai efetuar e supervisiotrabalho. Mapas de controle devem acompanhar o andamento, bem como permitir monitoramecustos envolvidos, comparando com os orados.

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    Tipos De Controle Da Manuteno

    Existem vrios tipos de controle usados no gerenciamento da manuteno, tais como:

    a) Ordens de Servio (OS)Documento que autoriza a execuo de um determinado servio de manuteno, especificando ma ser utilizado, mo-de-obra, tempo a ser gasto, etc, e possibilita avaliao de custo e de desemp

    b) Mo-de-obra Controla aplicao do total da mo-de-obra, registrando:

    A pessoa; A funo;

    Tempo de ocupao; Em que ordem de servio trabalhou.

    c) Registro de ocorrncias

    Acompanha problemas ocorridos com os equipamentos, especificando e registrando os fatos e a ocorrncia.

    Quando realizada alguma manuteno, de qualquer ordem, feito um registro completo dos sexecutados, mencionando:

    Peas trocadas; Data; Prazo de realizao; Quem realizou; Avaliao do funcionamento posterior.

    Esse controle possibilita:

    1. Acompanhar a vida mecnica do equipamento;2. Identificar alguma irregularidade, pela freqncia com que algum problema se repete.

    d) Lubrificao

    Toda indstria que pretende ser organizada em manuteno deve dispor de um planejamento mvoltado lubrificao dos equipamentos, que consiste em determinar que pontos das mquinas

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    ser lubrificados e com que freqncia e tipo de material adequado. Empresas fornecedorlubrificantes dispem de corpo tcnico capaz de fornecer excelente assessoria sobre esse assunto

    e) Controle de insumosO responsvel pela manuteno deve efetuar controle sobre a quantidade consumida de insumosleos lubrificantes, peas de reposio), elaborando ndices que expressem o consumo em funum referencial qualquer, como horas trabalhadas, por exemplo.

    Isso quer dizer que no basta s conhecer, no perodo x, que a fbrica gastou certa quantidinsumo, mas conhecer essencialmente que nesse perodo o ndice de consumo foi de certa quapor hora trabalhada (ou em relao quantidade produzida). Para um veculo, o referenquilmetro rodado. O ndice de consumo de gasolina, por exemplo, expresso como quanutilizada por quilmetro percorrido ou quilmetros percorridos por litro de combustvel. O con

    bsico e algumas empresas associam gerenciamento com o ato de controlar. O controle no pofeito sem que haja um referencial comparativo.

    Exemplo:

    PROJETO: Reviso de uma mquinaPREVISO DEEXECUO

    EXECUO

    RESPONSVEL

    NMERODEPESSOAS

    ETAPAS

    Inci

    o

    Fim Inci

    o

    Fim

    Desmontar 14/6 16/6 14/6 17/6 Ferreira 3Trocarpeas

    17/6 19/6 17/6 20/6 Ferreira 3

    Montar 20/6 22/6 12/6 23/6 ferreira 3Pintar 22/6 22/6 24/6 24/6 25/6 Jos 2

    um procedimento simples, porm til ao acompanhamento e avaliao do que foi planforando o responsvel pelo servio a procurar cumprir o programa, por saber que um atras justificativa implica a avaliao negativa do seu desempenho.

    FORMAS DE EXECUO DA MANUTENO

    a) Manuteno Emergencial (ou corretiva)

    A mais primitiva das formas de efetuar manuteno e ainda hoje no foi de todo eliminada do ddas indstrias. Trata-se da manuteno realizada somente aps os equipamentos apresentarem fa

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    operao, quando ento a equipe corrige s pressas os defeitos, colocando-os novamente em opPor isso chamada de emergencial. um trabalho de socorro, no h nenhuma organantecipada (planejamento). Como realizada s pressa, pode Ter, como conseqncia, servibaixa qualidade.

    A manuteno corretiva normalmente est associada a custo elevado. Os equipamentos, ao pararepente, interrompem bruscamente o processo produtivo, acarretando perda de produo utilizao de horas-mquina e mo-de-obra. Como os recursos no so bem utilizados, a produtcai.

    b) Manuteno Preventiva

    Diferencia-se da emergencial por j dispor de planejamento que direciona a equipe de manuCaracterza-se pelainspeo peridica realizada junto aos equipamentos, obedecendo a um pla

    previamente estabelecido.Um grupo de manuteno realiza inspeo, anota as mquinas que apresentam algum probleaquelas cujas operaes esto se afastando do padro. To logo interrompam as atividades do pos equipamentos so consertados, evitando assim que alguma parada obstrua o processo.

    O responsvel pela manuteno, antes das paradas, previne-se de insumos, ferramentas e padequadas ao servio a ser executado. Com tais procedimentos as manutenes emergenciareduzidas a nveis menores.

    A manuteno preventiva, portanto, mantm estreito acompanhamento dos equipamentos, reainspees regulares e lubrificaes planejadas. Ela atinge a perfeio por meio da realizamanuteno de forma sistemtica, que se caracteriza por exigir controle mais acirrado dos probsendo necessrio registro de todos eles, para encontrar a freqncia com que se repetem.Como exemplo, suponhamos um rolamento cuja substituio se faz em prazos regulares. A prsubstituio ocorre em 1 de julho, a Segunda em 2 de setembro e a seguinte em 4 de novembroportanto troca de rolamento a cada intervalo aproximadamente de dois meses. A manuteno, sdessa repetio regular, antecipa-se ao problema e efetua a substituio da pea pouco ancompletar os 60 dias de vida esperada. Essa a manuteno sistemtica, feita em intervalos regubaseada no ciclo de trabalho do equipamento.

    Na verdade, o tempo de dois meses aqui sugerido s tem validade se os equipamentos tiverem jde trabalho uniforme. O mais comum que a avaliao seja feita por hora trabalhada.

    Um exemplo da manuteno sistemtica a troca de leo de um motor. No veculo, a referncser quilmetro rodado, determinando que a troca seja feita a cada 3.000 km. Na fbrica, comquinas no andam, a referncia hora de trabalho.

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    c) Manuteno Preditiva

    a que:

    a) Analisa as vibraes mecnicas ou que ausculta os equipamentos;b) Identifica os considerados fora do normal;c) Providencia correo.

    um diagnstico precoce dos problemas que esto por acontecer, aliado a um estreito sisteplanejamento e controle.

    Como exemplo, pode-se citar a leitura da composio dos gases que saem do escapamento do mum carro, visando identificar o estado de funcionamento dele. Outro exemplo a observaorolamento em operao, quando se procura auscutar suas vibraes e a partir delas concluir se no em condies de uso adequado.

    CUSTO DE MANUTENO

    Em diversas oportunidades foi dito que o objetivo da administrao da produo otimizar, redcustos operacionais ao mnimo possvel. A manuteno um segmento industrial que, qdesorganizado, traz um componente de custo desproporcional estrutura da empresa. Por isso,ateno especial dos dirigentes.

    a) Hbitos Que Conduzem A Menores Custos

    Usar equipamentos uniformes, permitindo peas de reposio comuns e formao de modnica na manuteno das mquinas;

    Trinar pessoal, qualificando-o na manuteno adequada das mquinas operatrizes e de apoio; Utilizar leos e graxas compatveis com os servios executados, principalmente relacion

    temperatura de trabalho; Decidir pelo servio adequado. Substituir, quando necessrio; reformar, quando for o caso; Obedecer capacidade dos equipamentos. Jamais exced-la; Manter plano de lubrificao e inspeo coerente com o ritmo da indstria.

    Alm disso, salutar estabelecer critrios de ordens de servio, em que cada trabalho regipermitindo controle e avaliao de custo e desempenho.

    b) Custo da Manuteno Prpria x Custo da Manuteno Terceirizada

    Visando ainda racionalizao, h empresas que adotam sistema de manuteno prprio, enoutras preferem contratar servios de terceiros (terceirizao).

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    A manuteno prestada por terceiros pode ser realizada em toda a fbrica, que assim entregempresas especializadas os seus servios de manuteno, ou ento em parte dela, confiando a tealgum trabalho para o qual no disponha de pessoal habilitado e cujos defeitos ocoesporadicamente, no compensando manter equipe prpria.

    Cada empresa efetua levantamento de custos de forma a identificar qual a melhor opo, escoaquela que mais lhe convm economicamente.

    Terceirizao

    A indstria atual tem se voltado muito para a terceirizao, forma de manter determinados servidispor de equipe prpria, adotada pela empresa na manuteno de computadores, sistemrefrigerao, etc, e que tem crescido em aplicao a cada novo dia.

    A terceirizao a compra, feita a terceiros, de servios ou produtos que no fazem parte da atprincipal da empresa, mas que se juntam a ela para permitir alcanar as suas metas operacionais.terceirizao, fornecedores e clientes formam uma parceria para atuar quase como scios. A atde um est intimamente ligada do outro. uma relao empresarial voltada a todas as ativsejam de contabilidade, servio de computao ou qualquer outro do dia-a-dia das empresficando portanto restrita manuteno.

    Terceirizar no significa necessariamente entregar a terceiros aquilo que possa ser feito com custo, mas, acima de tudo, entregar a outros produtos ou servios que possam ser realizadomelhor qualidade. Essa exigncia cotidiana do cliente. Conseguindo associar as duas coisas, qualidade e menor preo, a empresa atinge plenamente seus objetivos. Afinal, o consumidor tfica satisfeito com o preo mais em conta. Com a terceirizao, a indstria quer conseguir vanquando comparada com a concorrncia, e para tal fixa-se naquilo que consegue ter melhor eficiexecuo, entregando a outros suas atividades feitas com nvel menor de produtividade.

    c) Desempenho da Produo X Custos

    A manuteno ganha importncia maior quando se sabe que as indstrias trabalham buseficincia mxima, pois o ganho de mercado est relacionado com a produtividade consegudesempenho da produo.

    Equipamentos de alta velocidade fabricam grande quantidade num curto intervalo de tempo. Ade mquinas ocasionada por manuteno inadequada gera perda de elevado custo, nem sempre pde recuperao. Para evitar essas perdas irreparveis faz-se necessrio dotar a empresa de uma ede manuteno que evite paradas dos equipamentos, devendo a eficincia do setor ser medidtempo disponvel das mquinas em produo satisfatria.

    O custo da manuteno industrial muitas vezes questionado. H quem diga que a manutenlembrada quando os equipamentos deixam de operar, em prejuzo da produo, quando ento

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    tem sentido. Essa uma razo forte para que a medida de desempenho do setor seja feita por mquina trabalhadas sem interrupes do processo.

    PREMISSAS PARA UMA BOA MANUTENOUm bom desempenho do trabalho da manuteno induz a:

    Estabelecer planejamento, preparando um programa de manuteno; Treinar pessoas; Manter estoques de peas de reposio compatvel com a necessidade; Dispor de tcnicos e ferramentas em concordncia com a realidade dos equipamentos existen

    processo produtivo; Estabelecer prioridade no caso de manuteno emergencial; Conseguir solues definitivas para problemas que aconteam com freqncia; Padronizar atividades e estabelecer tempo padro sempre que possvel. (Olhe a padronpresente aqui novamente!); Elaborar controle de equipamentos e de pessoas; Trabalhar com peas e insumos de qualidade; Executar lubrificao sistemtica, utilizando insumos compatveis; Estimular a criatividade no setor.

    A manuteno, para ter boa performance, no depende s dos homens de manuteno. Precisa ddos operadores, pois so eles que esto permanentemente em contato com os equipamentoscorrelao importante e extremamente necessria. Muitos problemas so resolvidos quaproduo e a manuteno trabalham em conjunto.

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    3.5 Higiene Industrial

    O QUE HIGIENE INDUSTRIALHigiene do Trabalho o conjunto de normas e procedimentos para a proteo da integridade mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de sade inerentes ao cargo e ao ambiente, atradiagnstico e preveno de doenas ocupacionais que podem causar ausncia provisria ou dedo trabalho, envolvendo:

    1. Plano: Mdicos e enfermeiros;

    2. Servios mdicos: exames mdicos de admisso, cuidados com as injrias pessoais provocadmolstias profissionais, primeiros socorros, eliminao e controle de reas insalubres, regmdicos, superviso de higiene e sade, relaes de cooperao com as famlias dos emprdoentes, utilizao de bons hospitais e exames mdicos peridicos de reviso;

    3. Servios adicionais: programas informativos, convnios com entidades locais para radiorecreao, leitura, filmes, etc, verificaes interdepartamentais, sobre mudanas de trabalambiente ou de horrio, planos de seguro de vida em grupo para afastamentos por acidedoena e planos de aposentadoria e penso.

    A Higiene do Trabalho est relacionada com as condies ambientais de trabalho que assegusade fsica e mental e com as condies de bem-estar das pessoas.

    REA DE AO DA HIGIENE INDUSTRIAL

    Do ponto de vista de sade fsica, olocal de trabalho constitui a rea de ao da higiene do trabalhoenvolvendo aspectos ligados exposio do organismo humano a agentes externos, como rutemperatura, umidade, luminosidade e equipamentos de trabalho.

    Assim, um ambiente saudvel de trabalho deve envolver condies ambientais fsicas que positivamente sobre todos os rgos dos sentidos humanos, como viso, audio, tato, olfato, e pDo ponto de vista de sade mental, o ambiente de trabalho deve envolver condies psicolg

    sociolgicas saudveis e que atuem positivamente sobre o comportamento das pessoas, evimpactos emocionais ,como o estresse.

    OBJETIVOS DA HIGIENE INDUSTRIAL (objetivo maior: "preveno")

    Eliminao das causas das doenas profissionais; Reduo dos efeitos prejudiciais do trabalho;

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    Preveno do agravamento de doenas; Manuteno da sade dos trabalhadores e aumento da produtividade, atravs do contro

    ambiente.

    MEIOS DA HIGIENE INDUSTRIAL

    Educao dos chefes e empregados, indicando os perigos e ensinando como evit-los; Manuteno de constante estado de alerta contra riscos; Estudos e observaes dos novos processos e materiais a serem utilizados.

    CONDIES AMBIENTAIS DE TRABALHO

    1. Iluminao: a luz suficiente, constante e uniformemente distribuda (direta, indireta, semi-inou semi-direta) no ponto focal do trabalho, de acordo com o tipo de tarefa visual, a fim de

    ofuscamento ou resplandecncia que tragam fadiga vista, prejudicando o sistema neconcorrendo com a m qualidade do trabalho e acidentes;

    2. Rudo: a eliminao ou reduo (atravs da separao = isolamento, ou encerramento da forudo e tratamento acstico de tetos, paredes e pisos) daintensidade , variao dos ritmos e

    frequncia (tom) do som indesejvel que provoca perda de audio;

    3. Condies atmosfricas: controle da temperatura, humidade, ventilao, composio do ar, pbaromtrica e condies txicas presentes no trabalho.

    PROGRAMA DE HIGIENE INDUSTRIALOs principais itens do programa de higiene do trabalho esto relacionados com:

    a) Ambiente fsico de trabalho: iluminao, ventilao, temperatura, rudos;

    b) Ambiente Psicolgico de trabalho: relacionamentos humanos agradveis, tipo de atividade age motivadora, estilo de gerncia democrtico e participativo, Eliminao de possveis fonestresse;

    c) Aplicao de Princpios de ergonomia, envolvendo: mquinas e equipamentos adequad

    caractersticas humanas, mesas e instalaes ajustadas ao tamanho das pessoas, ferramentareduzam a necessidade de esforo fsico humano;

    d) Sade Ocupacional: estabelecimento de um sistema de indicadores, abrangendo estatstiafastamentos e acompanhamento de doenas; desenvolvimento de sistemas de relatrios mdesenvolvimento de regras e procedimentos para preveno mdica; e recompensas aos gersupervisores pela administrao eficaz da funo de sade ocupacional.

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    AVALIAO CRTICA DA HIGIENE INDUSTRIAL

    Principais problemas de sade nas organizaes:

    1. Automedicao sem cuidados mdicos adequados;2. Vida sedentria, sem contatos sociais e sem exerccios fsicos;3. Hbitos alimentares inadequados (obesidade ou perda de peso);4. Estresse no trabalho;5. Exposio a produtos qumicos perigosos, como cidos, asbestos ,etc;6. Exposio a condies ambientais frias, quentes, contaminadas, secas, midas, barulhentas,

    iluminadas, etc;7. Alcoolismo e dependncia qumica de drogas, medicamentos, fumo ,etc;8. AIDS: a sndrome de deficincia imunolgica adquirida que ataca o sistema que prot

    organismo de doenas.

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    3.6 - Segurana

    O QUE SEGURANA (SERVIO DE SEGURANA) o conjunto de medidas (tcnicas, educacionais, mdicas e psicolgicas) para prevenir aciatravs da eliminao das condies