62007692 Material Portugues Analise Sintatica Prof Manoel Soares

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PORTUGUÊS PROF. MANOEL SOARES A N Á L I S E S I N T Á T I C A Frase, oração e período A palavra análise provém do grego (análysis) e significa decompor um todo em suas partes constituintes. A sintaxe (do grego syntáxis) trata da relação lógica das palavras na frase. Analisar sintaticamente uma frase significa, pois, decompô-la em seus elementos constituintes, a fim de se verificar a relação lógica existente entre esses elementos. Antes, porém, de inicarmos o estudo desses elementos, vamos conceituar frase, oração e período. Frase é todo enunciado lingüístico que possui sentido completo. Silêncio. Fogo! Choveu muito em São Paulo. A comitiva desembarcou no novo aeroporto. Espero que o time conquiste o campeonato. Observe que, para que haja frase, a presença de um verbo não é obrigatória; desde que o enunciado possua sentido completo, ele constituirá uma frase. Oração é o enunciado onde ocorre sujeito e predicado, ou ao menos predicado, pois pode haver orações sem sujeito. Choveu muito em Santa Catarina. As enchentes destruíram a plantação. Período é a frase organizada em orações. O período pode ser: a) simples: quando formado por uma única oração, que recebe o nome de oração absoluta. A inflação continua alta. Capitu está dormindo no sofá. b) composto: quando formado por mais de uma oração. A inflação continua alta e os salários continuam baixos. Espero que ela me telefone ainda hoje. É necessário que ela volte e assuma o cargo que abandonou. TERMOS ESSECIAIS DA ORAÇÃO Sujeito Num enunciado completo, sempre nos é dada uma informação a respeito de alguém ou de alguma coisa. O elemento a respeito do qual se informa denomina-se sujeito. A informação propriamente dita recebe o nome de predicado. sujeito (elemento a respeito de quem predicado (informação propriamente dita) Juvenal se informa algo) dirigia a palavra às classes menos favorecidas. sujeito predicado Aristides saiu de casa apressado. sujeito predicado “Minha vida era um palco iluminado.” sujeito predicado Ele recebeu o prêmio. Em síntese: sujeito: é o elemento da oração sobre o qual se emite uma informação. Predicado: é o elemento da oração que informa algo a respeito do sujeito. OBS.: 1 Para encontrarmos o sujeito, há um artifício bastante difundido: basta perguntar “o que é que?” ou “quem é que?” ao verbo. O elemento que se obtém como resposta a essas perguntas será, com certeza, o sujeito. Aconteceram coisas horríveis naquele verão. (O que é que aconteceu? Resposta: coisas horríveis sujeito) Chegou ontem a Brasília o presidente. (Quem é que chegou? Resposta: o presidente sujeito)

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PORTUGUÊS PROF. MANOEL SOARES

A N Á L I S E S I N T Á T I C A

Frase, oração e período

A palavra análise provém do grego (análysis) e significa decompor um todo em suas partes constituintes. A sintaxe (do grego syntáxis) trata da relação lógica das palavras na frase.

Analisar sintaticamente uma frase significa, pois, decompô-la em seus elementos constituintes, a fim de se verificar a relação lógica existente entre esses elementos.

Antes, porém, de inicarmos o estudo desses elementos, vamos conceituar frase, oração e período.

Frase é todo enunciado lingüístico que possui sentido completo.

Silêncio.Fogo!Choveu muito em São Paulo.A comitiva desembarcou no novo

aeroporto.Espero que o time conquiste o

campeonato.Observe que, para que haja frase, a

presença de um verbo não é obrigatória; desde que o enunciado possua sentido completo, ele constituirá uma frase.

Oração é o enunciado onde ocorre sujeito e predicado, ou ao menos predicado, pois pode haver orações sem sujeito.

Choveu muito em Santa Catarina.As enchentes destruíram a plantação.

Período é a frase organizada em orações. O período pode ser:

a) simples: quando formado por uma única oração, que recebe o nome de oração absoluta.A inflação continua alta.Capitu está dormindo no sofá.

b) composto: quando formado por mais de uma oração.A inflação continua alta e os salários continuam baixos.Espero que ela me telefone ainda hoje.É necessário que ela volte e assuma o cargo que abandonou.

TERMOS ESSECIAIS DA ORAÇÃO

Sujeito

Num enunciado completo, sempre nos é dada uma informação a respeito de alguém ou de alguma coisa. O elemento a respeito do qual se informa denomina-se sujeito. A informação propriamente dita recebe o nome de predicado.

sujeito (elemento a respeito de quem predicado (informação propriamente dita) Juvenal se informa algo)

dirigia a palavra às classes menos favorecidas.

sujeito predicado

Aristides saiu de casa apressado.

sujeito predicado

“Minha vida era um palco iluminado.”

sujeito predicado

Ele recebeu o prêmio.

Em síntese:

• sujeito: é o elemento da oração sobre o qual se emite uma informação.

• Predicado: é o elemento da oração que informa algo a respeito do sujeito.

OBS.:

1

Para encontrarmos o sujeito, há um artifício bastante difundido: basta perguntar “o que é que?” ou “quem é que?” ao verbo. O elemento que se obtém como resposta a essas perguntas será, com certeza, o sujeito.Aconteceram coisas horríveis naquele verão.(O que é que aconteceu? Resposta: coisas horríveis → sujeito)Chegou ontem a Brasília o presidente.(Quem é que chegou? Resposta: o presidente → sujeito)

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Outro procedimento bastante prático para encontrarmos o sujeito consiste em colocar a oração em sua ordem direta, uma vez que na ordem direta o sujeito virá abrando o enunciado.

sujeito predicado

Coisas horríveis aconteceram naquele verão.

sujeito predicado

O presidente chegou ontem a Brasília.

Observe ainda que, pelo mecanismo da concordância, o verbo estará sempre concordando com o sujeito, isto é, verbo no singular, sujeito no singular; verbo no plural, sujeito no plural.

NÚCLEO DO SUJEITO

Quando o sujeito é expresso por mais de uma palavra, haverá sempre uma de maior importância semântica, a que damos o nome de núcleo.

sujeito predicado

O mato crescia irregular.

sujeito predicado

Aqueles simpáticos alunos do terceiro ano viajaram.

O sujeito pode ser expresso por:

a) um substantivo:

sujeito predicado

Juvenal atualizava seus conhecimentos.

sujeito predicado

Flores ornamentavam a casa.

b) um pronome substantivo:

sujeito predicado

Eles não compareceram à reunião.

sujeito predicado

Aquilo nos preocupava.

c) um numeral:

sujeito predicado

Um é pouco

sujeito predicado

Ambos faltaram.

d) qualquer palavra substantiva:

sujeito predicado

Viver é muito perigoso.

sujeito predicado

O dois é um número inteiro.

e) Uma oração subordinada substantiva:

predicado sujeito

É urgente que você case.

predicado sujeito

É preciso estudar a lição.

OBS.:

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Quando o sujeito é representado por uma oração, recebe o nome de sujeito oracional, ou oração subordinada substantiva subjetiva.

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TIPOS DE SUJEITO

Quando o sujeito vem expresso na oração, ele pode ser:

a) simples: quando possui um só núcleo.

sujeito predicado

Um touro vivia pastando à vista de todos.

b) composto: quando possui mais de um núcleo.

sujeito predicado

Bois, vacas, bezerros andavam misturados.

Quando o sujeito não vem expresso na oração, ele pode:

a) implícito: quando fica subentendido na desinência do verbo.

sujeito predicado

(eu) Falei com você ontem à tarde.

sujeito predicado

(nós) Viajamos para a Itália.

OBS.:

b) indeterminado: quando a informação contida no predicado refere-se a um elemento que não se pode (ou não se quer) determinar.

sujeito predicado

? Falaram muito mal de você na reunião.

sujeito predicado

? Acredita-se na existência de discos voadores.

O sujeito será indeterminado se ocorrerem os casos abaixo:

1. o verbo está na terceira pessoa do plural e não há sujeito expresso na oração.

sujeito predicado

? Roubaram minha caneta.

sujeito predicado

? Telefonaram para você.

2. o verbo está na terceira pessoa do singular, seguido do índice de indeterminação do sujeito se.

sujeito predicado

? Precisa-se de datilógrafas.

sujeito predicado

? Acredita-se em marcianos.

OBS.:

3

O sujeito implícito também é conhecido por oculto, desinencial ou implícito na desinência verbal.

Quando ocorre a partícula apassivadora se, não é caso de sujeito indeterminado, e sim de sujeito expresso. Para reconhecer se a partícula se é apassivadora; basta verificar se ocorreram estas duas condições:

verbo transitivo direto flexionado na 3ª pessoa (singular ou plural);

possibilidade de transformação da oração para a voz passiva analítica.

predicado sujeito sujeito predicado

Quebrou-se a vibraça. ⇔ A vidraça foi quebrada.

(quem quebra, quebra alguma coisa – verbo transitivo direto)

predicado sujeito sujeito predicado

Venderam-se os carros. ⇔ Os carros foram vendidos.

(quem vende, vende alguma coisa – verbo transitivo direto)

Quando o sujeito é representado por um pronome substantivo indefinido, não devemos considerá-lo indeterminado, e sim sujeito simples.

sujeito predicado

Alguém roubou minha caneta

sujeito predicado

Algo preocupa os candidatos.

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c) inexistente (oração sem sujeito): quando a informação veiculada pelo predicado não se refere a sujeito algum. Ocorre oração sem sujeito com os verbos impessoais, que são os seguintes:

1. verbos que exprimem fenômenos naturais (chover, ventar, anoitecer, amanhecer, relampejar, trovejar, nevar, etc.).

predicado

Choveu muito no último verão.

predicado

Nevou muito na Europa no ano passado.

predicado

Anoiteceu rapidamente.

predicado

Venta muito forte naquela região.

OBS.:

2. os verbos fazer, ser, estar na indicação de tempo cronológico ou clima.

predicado

Faz dois anos que ele saiu.

predicado

É uma hora.

predicado

Está frio.

3. o verbo haver no sentido de existir ou indicando tempo transcorrido.

predicado

Havia cinco alunos na biblioteca.

predicado

Há dois meses que não vejo Reinaldo.

OBS.:

Os verbos impessoais (exceção feita ao verbo ser) devem ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, não se diz:

Haviam muitas leis.Podem haver muitas leis.

Fazem dois meses.Vão fazer dois meses.

mas

Havia muitas leis.Pode haver muitas leis.

Faz dois meses.Vai fazer dois meses.

Observe que, quando um verbo auxiliar se junta a um impessoal, ele também fica no singular.

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Se o verbo que exprime fenômeno natural for empregado em sentido figurado, então haverá sujeito.

sujeito

Chovem benções sobre a multidão.

sujeito

O orador trovejava ameaças.

O verbo existir não é impessoal. Sendo assim, ele possuirá sujeito expresso na oração.

Havia quatro pessoas interessadas na vaga. (oração sem sujeito)

sujeito

Existiam quatro pessoas interessadas na vaga. (sujeito: quatro pessoas interessadas na vaga)

Observe que o verbo existir, por ter sujeito expresso na oração, concorda normalmente com ele.

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E X E R C Í C I O S D E A P R O F U N D A M E N T O

1. Aponte a alternativa em que ocorre sujeito indeterminado:

a) Na prova, havia, pelo menos, quatro questões difíceis.

b) Revelou-se a necessidade de auxílio aos desabrigados.

c) Aconteceram, naquela casa, fenômenos inexplicáveis.

d) Come-se bem naquele restaurante.e) Resolvemos não apoiar o candidato.

2. Aponte a alternativa em que ocorre sujeito inexistente.

a) Alguém chegou atrasado à reunião.b) Telefonaram para você.c) Existiam, pelo menos, cinquenta

candidatos.d) Deve fazer dez anos que ele

desapareceu.e) Consertou-se o relógio.

3. (UFMG) Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto em:

a) Quem sabe de que será capaz a mulher de teu sobrinho?

b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.

c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram à piscina.

d) Era somente uma velha, jogada num catre preto e solteiro.

e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.

4. (UFPR) Qual a oração sem sujeito?

a) Falaram mal de você.b) Ninguém se apresentou.c) Precisa-se de professores.d) A noite estava agradável.e) Vai haver um campeonato.

5. (FAENQUIL-SP) No período: “Ser amável e ser egoísta são coisas distintas”, o sujeito é:

a) indeterminadob) “ser amável”c) “coisas distintas”

d) “ser amável e ser egoísta”e) n.d.a.

6. (CESCEA-SP) Na oração: “Reprovaram alguns autores esta história”, qual é o núcleo do sujeito?

a) história d) autoresb) alguns autores e) n.d.a.c) reprovaram

7. (FAAP-SP) Qual a alternativa em que há sujeito indeterminado?

a) Comecei a estudar muito tarde para o exame.

b) Em rico estojo de veludo, jazia uma flauta de prata.

c) Soube-se que o proprietário estava doente.

d) Houve muitos feridos no desastre.e) Julgaram-no incapaz de exercer o cargo.

8. (FMU-SP) Há crianças sem carinho.Disseram-me a verdade.Construíram-se represas.

Os sujeitos das orações acima são, respectivamente:

a) inexistente, indeterminado, simplesb) indeterminado, implícito, indeterminadoc) simples, indeterminado, indeterminadod) inexistente, inexistente, simplese) indeterminado, simples, inexistente

9. (PUCSP) “Em 1949 reuniram-se em Perúgia, Itália, a convite da quase totalidade dos cineastas italianos, seus colegas de diversas partes do mundo.” O núcleo do sujeito de “reuniram-se” é:

a) cineastas d) totalidadeb) convite e) sec) colegas

10. (OMEC-SP) Assinale a frase em que há sujeito indeterminado:

a) Compram-se jornais velhos.b) Confia-se em suas palavras.c) Chama-se José o sacerdote.d) Choveu muito.e) É noite.

11. (OMEC-SP) Assinale a oração sem sujeito:

a) Convidaram-me para a festa.b) Diz-se muita coisa errada.c) O dia está quente.

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d) Alguém se enganou.e) Vai fazer bom tempo amanhã.

12. (OMEC-SP) Assinale o período em que há sujeito indeterminado:

a) Amanheceu radiante o dia de hoje.b) No inverno anoitece muito cedo.c) Vive-se bem com Deus.d) Conta-se que vai haver festa.e) Contam-se muitas coisas de você.

13. (CESCEA-SP) Aponte a alternativa em que há sujeito indeterminado:

a) vivo feliz. d) Faz calor.b) Vive-se feliz. e) Vou à Europa.c) Chove muito.

14. (CESCEA-SP) Aponte a alternativa em que há sujeito composto:

a) Deus, Deus, que farei?b) Contemplei os livros, os quadros e as

outras obras de arte.c) Nós, os homens do futuro, venceremos.d) Foram João e Maria.e) Ontem foi João e José, hoje.

15. (CESCEA-SP) Na oração: “Precisa-se de um torneiro” há:

a) sujeito implícito d) sujeito simplesb) sujeito inexistente e) n.d.a.c) sujeito indeterminado

16. Aponte a alternativa em que a palavra se é índice de indeterminação do sujeito:

a) Revolver-se-ão os exercícios.b) Não se reprovarão estes alunos.c) Trabalha-se com afinco naquela

empresa.d) Vendem-se relógios.e) Plastificam-se documentos.

17. Aponte a alternativa em que a palavra se é partícula apassivadora:

a) Vive-se bem no campo.b) Revogar-se-á este dispositivo.c) Obedeceu-se ao pedido do diretor.d) Estuda-se muito naquela escola.e) n.d.a.

18. Aponte a alternativa em que ocorre oração sem sujeito:

a) Basta de férias!b) Choveu muito confete na comemoração.c) Zezé faz vinte anos amanhã.d) Consertam-se bicicletas.e) Eles haviam feito o trabalho.

19. (FMU-SP) Nas orações: “Considera-se a pesquisa reveladora” e “Fala-se muito na pesquisa sobre os jovens”, temos, respectivamente:

a) sujeito paciente e sujeito agenteb) sujeito paciente e sujeito indeterminadoc) sujeito agente e sujeito agented) sujeito indeterminado e sujeito

indeterminadoe) sujeito indeterminado e sujeito paciente

20. (UM-SP) Preencha a segunda coluna conforme o código estabelecido na primeira e assinale a alternativa correta de acordo com essa relação.

(1) sujeito determinado simples(2) sujeito indeterminado(3) sujeito desinencial (implícito na

terminação verbal)(4) sujeito paciente(5) sujeito inexistente

( ) Era um mistério curioso aquela vida.( ) No auge da rebelião, houve um tiroteio de quinze minutos entre policiais e bandidos.( ) quando se dispõe de força interna, vive-se melhor.( ) Corrigiram-se os artigos após a última emenda do jornalista.( ) Nem quererá despejá-lo imediatamente.

a) 5 – 3 – 2 – 1 – 4 d) 1 – 3 – 5 – 2 – 4b) 5 – 3 – 2 – 4 – 1 e) 1 – 5 – 3 – 2 – 4c) 1 – 5 – 2 – 4 – 3

21. (Med. Pouso Alegre-MG) Assinale a opção em que o sujeito está indeterminado.

a) Na placa liam-se os dizeres: cobrem-se botões.

b) Acontecem coisas estranhas por aqui.c) Não se deve nadar em alto-mar.d) Emprega-se auxiliar de mecânico.

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e) Decorreram alguns instantes de silêncio.

22. (UM-SP) O sujeito é simples e determinado em:

a) Há somente um candidato ao novo cargo, doutor?

b) Vive-se bem ao ar livre.c) Na reunião de alunos, só havia pais.d) Que calor, filho!e) Viam-se eleitores indecisos durante a

pesquisa.

23. (UNIMEP-SP) Existem muitas definições de sujeito. Uma delas é: “Sujeito é aquele que pratica a ação verbal”. Das frases a seguir, qual contraria a definição?

a) o rato foi comido pelo gato.b) O rapaz leu o gibi.c) A menina brinca com a boneca.d) O menino entregou o jornal.e) Viajo todos os domingos.

24. (UNIMEP-SP) Quando a oração não tem sujeito, o verbo fica na terceira pessoa do singular. Esta afirmação pode ser comprovada em:

a) Chegou o pacote de livros.b) Existe muita gente amedrontada.c) Ainda há criança sem escola.d) Não procede a acusação contra ele.e) É proibida a entrada.

P R E D I C A D O

PREDICAÇÃO VERBAL

A predicação verbal trata do modo pelo qual os verbos formam o predicado, isto é, se exigem ou não complementos.

Quanto à predicação, os verbos podem ser:

a) intransitivos: são verbos de conteúdo significativo que, por terem sentido completo, não reclamam um complemento, podendo, portanto, constituir o predicado sozinho.

sujeito predicado

Lampião morreu.

sujeito predicado (v.i.)

Lígia sumiu.

Observe que os verbos dos exemplos acima:

- possuem conteúdo significativo, isto é, informam algo a respeito do sujeito;

- não reclamam um complemento, pois já possuem sentido completo, isto é, são capazes de dar uma informação completa a respeito do sujeito;

- são capazes de, sozinhos, constituir o predicado.

OBS.:

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Muitas vezes o verbo intransitivo virá acompanhado de um termo que exprime uma circunstância de tempo, modo, lugar etc. (adjunto adverbial), ou de um termo que exprime um atributo do sujeito (predicativo). Isso, no entanto, não tira seu caráter de verbo intransitivo.

Sujeito predicado Lampião morreu feliz.

v.i. pred. do suj.

sujeito predicado

Lígia sumiu de casa.

v.i. pred. do suj.

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OBS.:

b) transitivo: são verbos de conteúdo significativo que, por não terem sentido completo, reclamam um complemento, e por isso não são capazes de, sozinhos, constituir o predicado. Os verbos transitivos subdividem-se em:

I. transitivo direto: quando exigem um completo sem preposição obrigatória (objeto direto).

sujeito v.t.d. o.d.

Lampião comprou balas.

sujeito v.t.d. o.d.

Lígia ama Carlos.

II. transitivos indiretos: quando exigem complemento com preposição obrigatória (objeto indireto).

sujeito v.t.i. o.i.

Lampião gosta de Maria Bonita.

sujeito v.t.i. o.i.

O documento pertence a Carlos.

III. transitivos diretos e indiretos: quando exigem dois complementos: um sem e outro com preposição obrigatória (objetos direto e indireto).

sujeito v.t.d. e i. o.d. o.i.

Lampião ofereceu flores a Maria Bonita.

sujeito v.t.d. e i. o.d. o.i

Lígia emprestou o livro a Carlos.

OBS.:

c) de ligação: são verbos que, não possuindo conteúdo significativo, servem como elemento de ligação entre um sujeito e seu atributo (predicativo do sujeito).

sujeito v.l. p.s.

A casa é nova.

sujeito v.l. p.s.

Lampião está triste.

Observe que os verbos de ligação são praticamente vazios de conteúdo significativo, isto é, não trazem nenhuma informação a respeito do sujeito.Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer, permanecer, ficar, andar, continuar.

PREDICATIVO

Predicativo é o termo da oração que funciona como núcleo nominal do predicado. A função do predicativo é atribuir uma característica ao sujeito ou ao objeto; no primeiro caso, teremos o predicativo do sujeito; no segundo, o predicativo do objeto.

1. Predicativo do sujeito: é o elemento do predicado que se refere ao sujeito, mediante

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Há certos verbos que são denominados intransitivos e que exigem adjuntos adverbiais para que possam constituir o predicado.

v.i. adj. adv.

Moro em São Paulo

v.i. adj. adv.

Vou para Londres.

Tais verbos são chamados intransitivos por não exigirem complementos verbais (objeto direto ou indireto). Melhor seria chamá-los transitivos circunstanciais, como faz Rocha Lima na Gramática Normativa da Língua Portuguesa.

Tais verbos, há algum tempo, eram conhecidos por bitransitivos.

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um verbo (de ligação ou não), com a função de informar algo a respeito do sujeito:

sujeito verbo predicativo

A terra é redonda.

sujeito verbo predicativo

A sala está cheia.

sujeito verbo predicativo

O trem chegou atrasado.

sujeito verbo predicativo

Mariana anda doente.

sujeito verbo predicativo

Adolfo dirige feliz.

sujeito verbo predicativo

“Fabiano marchava tenso.”

(Graciliano Ramos)

Note que os termos redonda, cheia, atrasado, doente, feliz e tenso informam algo a respeito dos seus respectivos sujeitos.

OBS.:

2. Predicativo do objeto: é o termo do predicado que informa algo a respeito do objeto.

o.d. predicativo do objeto

O juiz julgou o réu culpado.

o.d. predicativo do objeto

O ingrato deixou Márcia pobre.

o.d. predicativo do objeto

Os adultos consideram as crianças sapecas.

Observe que os termos culpado e pobre informam algo de novo a respeito dos seus respectivos objetos. Há quem considere que entre o objeto e seu predicativo há um verbo de ligação implícito.

O juiz julgou o réu (como sendo) culpado.O ingrato deixou Márcia (ficar) pobre.

OBS.:

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Quando o predicativo do sujeito aparece com um verbo que não seja de ligação, há quem considere que o verbo de ligação está implícito.

predicativo

O trem chegou (e estava) atrasado.

predicativo

“Fabiano marchava (e estava) tenso.”

O predicativo do objeto pode vir antes do objeto.

p. do objeto o.d.

Considerei indecorosa a sua proposta.

Verifique que o predicativo do objeto está sempre se referindo ao objeto direto. Há apenas um caso de predicativo do objeto com o objeto indireto: com o verbo chamar no sentido de cognominar, atribuir um nome a algo ou alguém.

o.i. p.do objeto

Chamei-lhe de covarde.

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TIPOS DE PREDICADO

Como vimos, predicado é tudo aquilo que se informa a respeito do sujeito. Dependendo de onde se concentra a informação, temos os seguintes tipos de predicado:

1. Predicado verbal: o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num verbo significativo (transitivo ou intransitivo).

sujeito predicado verbal

O trem chegou à estação.

sujeito predicado verbal

O viajante caminhava pela estrada.

Observe que a informação que se dá a respeito dos sujeitos está contida basicamente nos verbos.

2. Predicado nominal: o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num nome (predicativo do sujeito). O verbo, neste caso, funciona simplesmente como elo de ligação entre o sujeito e o predicativo, nada informando a respeito do sujeito.

sujeito predicado nominal

A prova era difícil.

sujeito predicado nominal

O trem está atrasado.

3. Predicado verbo-nominal: é um predicado misto, em que a informação se concentra em dois elementos: no verbo significativo (transitivo ou intransitivo) e no predicativo (do sujeito ou do objeto).

sujeito predicado verbo-nominal

O trem chegou atrasado à estação.

sujeito predicado verbo-nominal

Os compradores consideraram a proposta razoável.

Resumindo:

Verbo significativo

Verbo de

ligação

Predicativo

Predicado verbal sim não nãoPredicado nominal não sim simPredicado verbo-nominal

sim não sim

Observe ainda que, havendo verbo de ligação, o predicado só pode ser nominal.

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E X E R C Í C I O S D E A P R O F U N D A M E N T O

1. (Pouso Alegre-MG) Assinale a alternativa em que apareça predicado verbo-nominal:

a) A chuva permanecia calma.b) A tempestade assustou os habitantes da

vila.c) Paulo ficou satisfeito.d) Os meninos saíram do cinema calados.e) Os alunos estavam preocupados.

2. (F.Araraquara-SP) O professor entrou apressado. O destaque indica:

a) predicado nominalb) predicado verbo-nominalc) predicado verbald) adjunto adverbiale) n.d.a.

3. (PUCSP) Na oração:

“A inspiração é fugaz, violenta”, podemos afirmar que o predicado é:

a) verbo-nominal, porque o verbo é de ligação e vem seguido de dois predicativos

b) nominal, porque o verbo é de ligaçãoc) verbal, porque o verbo é de ligação e são

atribuídas duas caracterizações ao sujeitod) verbo-nominal, porque o verbo é de

ligação e vem seguido de dois advérbios de modo

e) nominal, porque o verbo tem sua significação completada por dois nomes que funcionam como adjuntos adnominais.

4. (FMU-SP) Nas orações: “A pesquisa da MacCan reserva ainda uma surpresa” e “... os jovens estão mais ágeis”, temos, respectivamente:

a) predicado verbo-nominal e predicado verbal

b) predicado verbal e predicado verbo-nominal

c) predicado verbal e predicado nominald) predicado nominal e predicado verbale) predicado verbal e predicado verbal

5. (UM-SP) “Na manhã seguinte, desci um pouco amargurado, outro pouco satisfeito.” Indique a alternativa que contém o predicado do mesmo tipo que o do período acima:

a) Esta injúria merecia ser lavada com o sangue dos inimigos.

b) Na tarde de uma segunda-feira, anunciei-lhe um pouco de minha tristeza, outro pouco de minha satisfação.

c) Recebeu convicto e com certa afeição as verdades do filósofo.

d) Mas eu era moço à semelhança de meu tio Neves.

e) Naquele dia, eram tantos os castelos e tantos os sonhos esboroados...

6. Das orações abaixo, destaque o predicativo do sujeito:

I. Lucrecia morreu infeliz.II. Otelo estava furioso.III. Nossa vida tornou-se impossível.IV. O jogador correu para a bola afoito.V. Cheguei ofegante à porta da escola.VI. Os meninos esperavam inquietos o

resultado do pedido.VII. Ele andava preocupado.VIII. As noites chegaram frias.IX. Saiu de casa preocupada.X. É inevitável esse acontecimento.

7. Das orações abaixo, destaque o predicativo do objeto:

I. Consideram neutra a posição do juiz.II. A nota deixou triste a aluna.III. A escolta levava o homem preso.IV. Deixaram o livro rasgado.V. Acho sua atitude imperdoável.VI. O ministro considerou baixa a

inflação do mês.VII. Sua atitude deixou o pobre homem

feliz.VIII. Consideraram o excelente jogador

imprestável.IX. A herança deixou a pobre menina

rica.X. Chamaram o jogador de covarde.

8. (UM-SP) Assinale a letra correspondente à frase em que o predicado está incorretamente destacado.

a) A muitos encontrei com a compostura de sempre, mesmo de olhos baixos.

b) Com um ruído seco, os bastidores tombaram.

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c) Levantaram-se com a face cheia de gravidade e rigidez.

d) Por sua causa, pelos males reais ou imaginados, desapareceram daqui Nestor e Antônio.

e) Falava-se de sua decisão com a voz neutra, apenas audível.

9. (UNIMEP-SP)

I. Paulo está adoentado.II. Paulo está no hospital.

a) O predicado é verbal em I e IIb) O predicado é nominal em I e II.c) O predicado é verbo-nominal em I e II.d) O predicado é verbal em I e nominal em

II.e) O predicado é nominal em I e verbal em

II.

10. (FEI-SP) “Pagar-lhe-ei a dívida, João”. O verbo pagar é:

a) transitivo direto e indiretob) transitivo diretoc) transitivo indiretod) intransitivoe) n.d.a.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

Como vimos, há verbos que, por não terem sentido completo, reclamam um complemento, chamado verbal. O mesmo acontece com alguns nomes (substantivos e adjetivos), que pedem um complemento chamado nominal. Os complementos reclamados pelo verbo são três – objeto direto, objeto indireto e agente da passiva –; já os nomes pedem apenas o complemento nominal.

OBJETO DIRETO

Objeto direto é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo direto sem auxílio de preposição obrigatória.

sujeito v.t.d. o.d.

Carlos vendia livros.

sujeito v.t.d. o.d.

Os passageiros esperavam o trem.

Evidentemente, o objeto direto pode estar completando o sentido de um verbo transitivo direto e indireto (pois tal verbo também é transitivo direto).

v.t.d. e i. o.d. o.i.

Oferecemos uma medalha ao primeiro colocado.

OBJETO INDIRETO

Objeto indireto é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo indireto, sempre com auxílio de uma preposição obrigatória.

sujeito v.t.i. o.i

Carlos gosta de música.

sujeito v.t.i. o.i.

O professor confia em seus alunos.

v.t.d. e i. o.d. o.i.

Oferecemos uma medalha a Carlos.

12

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PORTUGUÊS PROF. MANOEL SOARES

Observe que a preposição que introduz o objeto indireto não possui significação alguma: ela é mero elo sintático entre o verbo e seu complemento.

Os objetos podem ser representados por:

a) um substantivo:

sujeito v.t.d. o.d.

Lígia comprou flores.

sujeito v.t.i. o.i.

Lígia gosta de flores.

b) um pronome substantivo:

v.t.d. o.d.

Nunca vi aquilo.

v.t.i. o.i

Eles confiam em mim.

c) um numeral:

sujeito v.t.d. o.d.

O apostador recebeu um milhão.

sujeito v.t.i. o.i.

Isto interessa a ambos.

d) uma palavra substantivada:

sujeito v.t.d. o.d.

Como resposta, ele recebeu um não.

sujeito v.t.i. o.i.

Ela confia no amado.

e) uma oração subordinada:

v.t.d. o.d.

Espero que você me auxilie.

v.t.i. o.i.

Necessito de que você me auxilie.

OBJETO CONSTITUÍDO POR UM PRONOME OBLÍQUO

Os pronomes oblíquos assumem geralmente a função de complementos verbais (objeto direto e objeto indireto). Lembre-se de que os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando complementos do verbo, funcionam como objeto direto. Já os pronomes lhe, lhes funcionam como objeto indireto. Os pronomes me, te, se, nos, vos podem assumir a função de objeto direto ou objeto indireto. Para analisá-los corretamente, basta atentar à predicação verbal, isto é, verificar se tais pronomes completam verbo transitivo direto ou verbo transitivo indireto.

v.t.d. o.d.

O pai deixou-as em casa.

v.t.i. o.i.

A resposta interessava-lhe.

v.t.d. o.d.

Espero-te na estação.

v.t.i. o.i.

Pertencem-te todos aqueles presentes.

o.d. v.t.d.

Não me convidaram

o.i v.t.i.

Isto me convém.

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO

Como vimos, o objeto direto é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo direto sem ser introduzido por preposição obrigatória. Casos há, no entanto, em que o objeto direto pode vir introduzido por preposição, que evidentemente não será obrigatória, isto é, não será exigida pelo verbo.

Verifique ainda que o objeto direto preposicionado completa sempre o sentido de um verbo transitivo direto, enquanto o objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto.

13

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PORTUGUÊS PROF. MANOEL SOARES

v.t.d. o.d.

Ele comeu o pão.

v.t.i. o.i

Ele gosta de pão.

v.t.d. o.d.prep.

Ele comeu do pão.

Outros exemplos de objeto direto preposicionado:

v.t.d. o.d. prep.

Os romanos adoravam a Júpiter.

v.t.d. o.d.prep.

Bebeu do vinho que lhe ofereceram.

v.t.d. o.d. prep.

Eles amam a Deus.

v.t.d. o.d. prep.

Nunca enganaram a ti.

OBJETO PLEONÁSTICO

Muitas vezes, por uma questão de ênfase, antecipamos o objeto, colocando-o no início da frase, e depois o repetimos através de um pronome oblíquo. A esse objeto repetido damos o nome de objeto pleonástico.

o.d. o.d.pleonástico

Estes alunos, já os conheço.

o.i. o.i. pleonástico

Ao aluno, nada lhe interessa.

OBJETO DIRETO INTERNO

Quando o objeto direto for representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo que ele completa, receberá o nome de objeto direto interno.

o.d. interno

Os exportadores viviam uma vida de rei.

o.d. interno

Hoje sonhei um sonho medonho.

O núcleo do objeto direto interno deverá estar sempre especificado por um adjunto, a fim de se evitar um pleonasmo.

OBS.:

AGENTE DA PASSIVA

Agente da passiva é o termo da oração que se refere a um verbo na voz passiva, sempre introduzido por preposição, com o fim de indicar o elemento que executa a ação verbal.

suj.(paciente) verbo na voz passiva agente da passiva

As terras foram desapropriadas pelo Governo.

suj.(paciente) verbo na voz passiva agente da passiva

Os exercícios foram resolvidos por mim.

suj.(paciente) verbo na voz passiva agente da passiva

A cidade estava cercada de inimigos.

OBS.:

Verifique ainda que, se transpusermos a oração em que aparece o agente da passiva para

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Há também os chamados complementos circunstanciais, ou seja, os adjuntos adverbiais exigidos por verbos intransitivos, que, por definição, deveriam prescindir de tais termos completivos.

Vou à Europa todos os anos.Fulano chega em casa todos os dias às 18h.Morava em Curitiba há trinta a n os.

O agente da passiva ocorre geralmente na voz passiva analítica (verbo auxiliar + particípio). Embora seja menos freqüente, poderá também ocorrer na voz passiva sintética (verbo transitivo direto + partícula apassivadora).

suj.(paciente) verbo na passiva agente da passiva

Este mar se navega de cruéis marinheiros.

suj.(paciente) verbo na passiva agente da passiva

Esta classe formou-se de bons alunos.

Page 15: 62007692 Material Portugues Analise Sintatica Prof Manoel Soares

PORTUGUÊS PROF. MANOEL SOARESa voz ativa, o agente da passiva assumirá a função sintática de sujeito na voz ativa.

sujeito

O governo desapropriou as terras.

sujeito

Cruéis marinheiros navegam este mar.

Complemento nominal

Complemento nominal é o termo da oração que se liga a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), sempre através de preposição, com a função de completar o sentido desse nome.

nome compl. nominal

O povo tinha necessidade de alimentos.

nome compl. nominal

Este remédio é prejudicial ao organismo.

nome compl. nominal

Falou favoravelmente ao réu.

OBS.:

E X E R C Í C I O S D E A P R O F U N D A M E N T O

1. (UFMG) Assinale o item em que a função não corresponde ao ermo em destaque:

a) Comer demais sé prejudicial à saúde. – complemento nominal

b) Jamais me esquecerei de ti. – objeto indireto

c) Ele foi cercado de amigos sinceros. – agente da passiva

d) Não tens interesse pelos estudos. – complemento nominal

e) Tinha grande amor à humanidade. – objeto indireto.

2. (FEI-SP) No período: “Sem dúvida, este jovem gosta de música e toca órgão muito bem”, os termos destacados são, respectivamente:

a) complemento nominal e objeto diretob) complemento nominal e agente da

passivac) objeto indireto e adjunto adverbial de

instrumentod) objeto direto e objeto indiretoe) objeto indireto e objeto direto

3. (FMU-SP) Observe os termos destacados:“Alugam-se vagas”, “Precisa-se de faxineiros”, “Paraibana expansiva machucou-se”. Eles exercem, respectivamente, a função sintática de:

a) objeto direto – objeto indireto – objeto direto

b) sujeito – sujeito – sujeitoc) sujeito – objeto indireto – objeto diretod) sujeito – objeto indireto – sujeitoe) sujeito – sujeito – objeto direto

4. (Med.Pauso Alegre-MG) Assinale a alternativa em que o termo destacado não está corretamente classificado.

a) Mozart nasceu compositor. (predicativo do sujeito)

b) Não duvides das verdades divinas. (objeto indireto)

c) Foi demorado o desembaraço da bagagem. (complemento nominal)

d) Vives cercado por perigos. (agente da passiva)

e) Caíram bombas sobre a cidade. (objeto direto)

5. (F.Oswaldo Cruz-SP) No período “Falsos conceitos, meia ciência por parte de

15

O complemento nominal pode ser representado por uma oração subordinada, que receberá o nome de oração subordinada substantiva completiva nominal.Tinha necessidade de que o ajudassem.

O complemento nominal pode ainda ser representado por um pronome oblíquo. Nesse caso, a preposição está implícita no pronome:

c.n.

Caminhar a pé lhe era saudável. (saudável a ele)

c.n.

Aquele remédio nos era prejudicial. (prejudicial a nós)

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professores, complicação e pedantismo de nomenclatura vazia, tudo isso produziu e produz nos alunos uma sadia aversão pela ‘análise lógica’”, a expressão pela análise lógica é:

a) adjunto adnominalb) agente da passivac) complemento nominald) objeto indireto

6. (UM-SP) Aponte a alternativa que expressa a função sintática do termo abaixo destacado:“Parece enfermo, seu irmão!

a) sujeitob) objeto diretoc) predicativo do sujeitod) predicativo do objetoe) objeto indireto

TERMOS ACESSÓRIOS

DA ORAÇÃO

São três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.

ADJUNTO ADNOMINAL

É o termo da oração que sempre se refere a um substantivo, com a função de determiná-lo ou caracterizá-lo.

Aqueles dois meninos estudiosos saíram.

a.adn. a.adn. nome a. adn.

O adjunto adnominal pode ser representado por:

a) artigo:

O menino chegou.

b) numeral:

Dois meninos chegaram.

c) pronome adjetivo:

Aqueles meninos chegaram.

d) adjetivo:

Meninos tristes chegaram.

e) locução adjetiva:

Meninos do interior chegaram.

OBS.:

DIFERENÇA ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL

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O adjunto adnominal pode também ser representado por uma oração subordinada, que receberá o nome de oração subordinada adjetiva.O homem que trabalha progride. (O homem trabalhador progride.)

O ajunto adnominal pode ainda ser representado por um pronome pessoal oblíquo, que equivalerá a um pronome possessivo.

a. adn.

Roubaram-me os documentos. (Roubaram os meus documentos)

a. adn.

Cortei-lhe os cabelos. (cortei os seus cabelos.)

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Quando o adjunto adnominal vem introduzido por preposição, pode ser confundido com o complemento nominal. Para que não haja erros, observe o seguinte:

1. Se o termo introduzido por preposição estiver ligado a adjetivo ou advérbio, será – sem dúvida alguma – complemento nominal.

adjetivo compl.nominal

Ele era favorável ao divórcio.

advérbio compl. nominal

Depôs favoravelmente ao réu.

2. Se o termo introduzido por preposição estiver ligado a substantivo, será:

a) adjunto adnominal: quando tiver sentido ativo

b) complemento nominal: quando tiver sentido passivo.

adj. adn.

A resposta do aluno foi satisfatória.(o aluno deu a resposta: sentido ativo)

compl. nom.

A resposta ao aluno foi satisfatória.(o aluno recebeu a resposta: sentido passivo)

adj. adn. compl. nominal

A crítica do técnico aos jogadores tinha fundamento.(o técnico fez a crítica: sentido ativo; os jogadores receberam a crítica: sentido passivo)

ADJUNTO ADVERBIAL

É o termo da oração que se liga a um verbo já com sentido completo, com ou sem preposição, a fim de indicar uma circunstância qualquer.

verbo adj. adv.

O inverno chegou cedo.

Verbo adj. adv.

Os viajantes chegaram a São Paulo.

verbo adj. adv.

Os estudantes leram o livro na biblioteca.

OBS.

São inúmeras as circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Vejamos as mais comuns:

a) lugar: Moro em São Paulo.b) tempo: Cheguei cedo.c) modo: Falava bem.d) instrumento: Cortou-se com a faca.e) intensidade: Falavam muito.f) assunto: Falavam sobre política.g) causa: Morreu de tuberculose.h) finalidade: Estudou para a prova.

Ao contrário do que ocorre com o objeto indireto, a preposição que introduz os adjuntos adverbiais tem sempre valor significativo.

OBS.:

APOSTO

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O adjunto adverbial pode também estar ligado a adjetivos ou advérbios, para intensificar o sentido destes.

adj. adv. adjetivo

Édson é muito estudioso.

adj. adv. advérbio

Humberto fala muito bem.

O adjunto adverbial também pode ser expresso por uma oração, que receberá o nome de oração subordinada adverbial.

or. sub. adverbial

Cheguei quando eram 10 horas.

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É o termo da oração que sempre se liga a um nome que o antecede com a função de explicar, esclarecer, identificar, discriminar esse nome. Geralmente o aposto vem separado do nome a que se refere por sinais de pontuação.

nome aposto

Lúcia, aluna do terceiro colegial, foi bem na prova.

nome aposto

Desejo-lhe uma coisa: felicidades.

nome aposto

Roubaram tudo: discos, jóias, dinheiro, documentos.

OBS.:

E X E R C Í C I O S D E A P R O F U N D A M E N T O

1. (PUCSP) Nos trechos:“Marciano subiu ao forro da igreja e acabou com elas a pau.”“Não posso ver o mostrador assim às escuras.”

As expressões destacadas dão, respectivamente, ideia de:

a) modo, especificaçãob) lugar, modoc) instrumento, modod) instrumento, origeme) origem, modo

2. (F.Tibiriçá-SP) Na oração “José de Alencar, romancista brasileiro, nasceu no Ceará”, o termo destacado exerce a função sintática de:

a) apostob) vocativoc) predicativo do objetod) complemento nominale) n.d.a.

3. (UM-SP) Em: “Da indiferença estamos partindo para a contestação”, o termo em destaque é:

a) objeto indiretob) adjunto adverbial de lugarc) adjunto adnominald) adjunto adverbial de sensaçãoe) adjunto adverbial de modo

4. Dê a função sintática dos termos destacados em:“Durante o jantar Azevedo Gondim referiu o motivo de sua visita: tinha-se descoberto o paradeiro da velha Margarida.” (Graciliano Ramos)

________________________________________________________________________

5. (CESCEA-SP) Aponte a alternativa em que há adjunto adverbial de causa:

a) Compro os livros com o dinheiro.b) O poço secou com o calor.c) Estou sem amigos.d) Vou ao Rio.e) Pedro é efetivamente bom.

6. (CESCEM-SP) Dê a função sintática do termo em destaque em: “Uniu-se à melhor

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Existe um tipo de aposto que normalmente não vem separado por sinais de pontuação, como nos exemplos que seguem:

nome aposto

a cidade de São Paulo

nome aposto

o rio Amazonas

nome aposto

a rua Altinópolis

A esse tipo de aposto dá-se o nome de aposto de especificação.

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das noivas, a Igreja, e oxalá vocês se amem tanto”.

a) apostob) adjunto adnominalc) adjunto adverbiald) pleonasmoe) vocativo

7. (CESCEM-SP) Dê a função sintática do termo destacado em: “Amanhã, sábado, não sairei de casa”.

a) objeto diretob) objeto indiretoc) agente da passivad) complemento nominale) aposto

8. (PUCC-SP) Dê a função sintática do termo destacado em: “Depressa esqueci o Quincas Borba”.

a) objeto diretob) sujeitoc) agente da passivad) adjunto adverbiale) aposto

9. (PUCC-SP) Dê a função sintática do termo destacado em: “Não digo nada de minha tia materna, Dona Emerenciana”.

a) sujeitob) objeto diretoc) objeto indiretod) adjunto adverbiale) aposto

10. (PUCC-SP) Dê a função sintática do termo destacado em: “Voltaremos pela Via Anhanguera”.

a) sujeitob) objeto diretoc) agente da passivad) adjunto adverbiale) aposto

VOCATIVO

O vocativo é um termo isolado dentro da oração, que tem a função de indicar o elemento a quem nos dirigimos.

vocativo

Romário, não provoque o juiz.

vocativo

Alunos, dirijam-se à secretaria.

É muito fácil reconhecer o vocativo, uma vez que ele vem normalmente separado por vírgula e admite a anteposição da interjeição ó. O vocativo pode estar no começo, no meio ou no fim da frase.

TIPOS DE PERÍODO

Como vimos, período é a fase organizada em orações. Dependendo do número e do tipo de orações que o compõem, o período pode ser simples ou composto.

PERÍODO SIMPLES

É aquele formado por uma única oração.

“Minha vida era um palco iluminado.”Amanhã poderá chover.As ruas foram lavadas pela chuva.

OBS.:

PERÍODO COMPOSTO

O período será composto quando formado por mais de uma oração. Pode ser:

a) composto por coordenação: quando formado apenas por orações coordenadas.“No outro dia tomei o trem, ferrei no sono e acordei às dez horas na estação central.”

(Graciliano Ramos)Cheguei cedo ao estádio, mas não arranjei um bom lugar.

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A oração que forma um período simples recebe o nome de oração absoluta.

Page 20: 62007692 Material Portugues Analise Sintatica Prof Manoel Soares

PORTUGUÊS PROF. MANOEL SOARESb) composto por subordinação: quando

formado de oração principal mais subordinada(s).“Um relance de olhos revelou-me que sua fisionomia não me era estranha” (Cyro dos Anjos)“Você mesma disse que não me carregava mais.” (Fernando Sabino)Não conheço a pessoa que você está procurando.

c) composto por coordenação e subordinação: quando formado de oração principal mais subordinada(s) mais coordenada(s).Desejo que ela volte logo e fique comigo.Quando ele chegou, retirei-me imediatamente e fui para casa.Entrei em casa e chamei o menino que procurava.

ORAÇÕES COORDENADAS

Orações coordenadas são aquelas que, no período, não exercem função sintática umas em relação às outras. São, portanto, orações sintaticamente independentes, embora ligadas pelo sentido.

Fui para a escola, entrei na sala e cumprimentei o professor.

Verifique que, no exemplo acima, temos três orações sintaticamente independentes; cada oração é, do ponto de vista sintático, uma unidade autônoma.

As orações coordenadas podem vir ou não introduzidas pelas conjunções coordenativas. Quando não vêm introduzidas por conjunção, recebem o nome de coordenadas assindéticas. Quando vêm introduzidas por conjunção, recebem o nome de coordenadas sindéticas.

OBS.:

As orações coordenadas sindéticas classificam-se, de acordo com a conjunção que as introduz, em:

a) aditivas: exprimem ideia de soma, adição.

Pedro estuda e trabalha.

As principais conjunções aditivas são: e, nem, mas também, mas ainda.

b) adversativas: exprimem ideia de adversidade, oposição, contraste.

Pedro estuda, mas não aprende.As principais conjunções adversativas são: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

c) alternativas: exprimem ideia de alternância, escolha. Haverá alternância quando a ocorrência de um fato implicar a não ocorrência de outro.

Venha agora ou perderá a vez.As principais conjunções alternativas são: ou, ou..ou, ora...ora, quer...quer, já...já, seja...seja.

d) conclusiva: exprimem ideia de conclusão.

As árvores balançam, logo está ventando.As principais conjunções conclusivas são: logo, portanto, então, pois (posposto ao verbo).

e) explicativas: exprimem ideia de explicação, justificação, confirmação.

Venha imediatamente, pois sua presença é indispensável.As principais conjunções explicativas são: pois (anteposto ao verbo), porque, que.

ORAÇÕES INTERCALADAS

Orações intercaladas (também conhecidas como orações interferentes) são orações independentes que não pertencem à sequencia do período. São utilizadas para um esclarecimento, um aparte, uma citação.

Eu – retrucou o advogado – não concordo.

or. intercalada

“— Tem razão, Capitu, concordou o agregado. Você

or. intercaladanão imagina como a Bíblia é cheia de expressões cruas e grosseiras.” (Machado de Assis)

OBS.:

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As orações coordenadas assindéticas virão separadas por vírgula.

As orações intercaladas vêm separadas por vírgula ou travessões.

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PORTUGUÊS PROF. MANOEL SOARES

E X E R C Í C I O S D E A P R O F U N D A M E N T O

1. Em: “Apenas na manhã seguinte, conhecemos com detalhes os planos industriais do primo Basílio”, temos do ponto de vista sintático:

a) um período simples.b) um período composto por subordinação

cuja oração principal é: “Apenas na manhã seguinte”, com verbo subentendido.

c) um período composto por subordinação cuja oração principal é: “Apenas na manhã seguinte conhecemos com detalhes os planos industriais do primo Basílio”.

d) um período composto por coordenação e subordinação.

e) um período composto por subordinação cuja oração principal é: “Conhecemos com detalhes os planos industriais do primo Basílio”.

2. A única alternativa correta a respeito do período “Jantamos num restaurante próximo de casa, depois fomos ao cinema.”, é que ele:

a) apresenta quatro oraçõesb) apresenta três oraçõesc) apresenta duas oraçõesd) é composto por coordenação e

subordinaçãoe) é composto por orações que se

caracterizam, todas, por não possuírem sujeito determinado

3. Em relação ao trecho:Durante o enterro, abraçou-se ao caixão, aflita; levaram-na para dentro, é correto afirmar que:

a) há uma oração subordinada adverbialb) a primeira oração é coordenada

assindéticac) uma das orações é reduzida de infinitivod) trata-se de um período composto por

coordenação e subordinaçãoe) há apenas uma oração coordenada

sindética

4. Há oração coordenada em:

a) A paisagem perdeu o encanto da frescura.

b) O autor sobre quem falávamos fará uma palestra amanhã.

c) Não vejo flores nesta primavera.d) Estudamos toda a matéria para o

vestibular.e) Vesti-me rapidamente, tomei um táxi, mas

ainda cheguei atrasado.

5. (FCMSCSP) Por definição, oração coordenada que seja desprovida de conectivo é denominada assindética. Observando os períodos seguintes:

I. Não caía um galho, não balançava uma folha.

II. O filho chegou, a filha saiu, mas a mãe nem notou.

III. O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram a prova. Acabara o exame.

Nota-se que existe coordenação assindética em:

a) I apenasb) II apenasc) III apenasd) I, II e IIIe) Nenhum deles

6. (FCMSCSP) Por definição, “oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é denominada sindética e é classificada pelo nome da conjunção que a encabeça”.Assinale a alternativa onde aparece uma coordenada sindética explicativa, conforme a definição:

a) A casaca dele estava remendada mas estava limpa.

b) Ambos se amavam, contudo não se falavam.

c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando as vidraças.

d) Chora, que lágrimas lavam a dor.e) O time ora atacava, ora defendia e no

placar aparecia o resultado favorável.

7. (F.Tibiriçá-SP) No período “Penso, logo existo”, a oração em destaque é:

a) coordenada sindética conclusivab) coordenada sindética aditivac) coordenada sindética alternativad) coordenada sindética adversativae) n.d.a.

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Page 22: 62007692 Material Portugues Analise Sintatica Prof Manoel Soares

PORTUGUÊS PROF. MANOEL SOARES(F.C.Chagas-PR) As questões 08 a 14 apresentam um período que você deverá modificar, iniciando-o conforme se sugere, mas sem alterar a ideia contida no primeiro. Em consequência, outras partes da frase sofrerão alterações. Assinale a alternativa que contém o elemento adequado ao novo período:Exemplo:Abraçou-me com tal ímpeto, que não pude evitá-lo.Comece com: Não pude evitá-lo...

a) assimb) quandoc) à medida qued) entãoe) porque

Neste caso, a resposta correta é e, pois a frase transformada seria:Não pude evitá-lo porque abraçou-me com grande ímpeto.

8. Não se preocupe, que breve estarei de volta.Comece com: Breve estarei...

a) para queb) logo quec) porémd) logoe) senão

9. Não posso atendê-lo, porque não é lícito o que requereu.Comece com: Requereu o que não é lícito...

a) depoisb) porémc) em qued) visto quee) portanto

10. Insiste em sair sozinho, conquanto mal conheça a cidade.Comece com: Mal conhece a cidade...

a) por issob) entãoc) no entantod) logoe) em consequência

11. Dada a falta de meios, recorreu à caridade.Comece com: Faltavam-lhe os meios...

a) masb) nemc) quandod) portantoe) visto que

12. Como todos tivessem terminado o trabalho, permiti-lhes que saíssem mais cedo.Comece com: Todos já tinham terminado o trabalho...

a) visto queb) porquec) contudod) logoe) a fim de que

13. Teimou em contratar os serviços de uma empresa, se bem que não houvesse necessidade.Comece com: Não havia necessidade...

a) porémb) ainda quec) visto qued) portantoe) porque

14. Espere até tarde, que ele aparecerá.Comece com: Ele aparecerá...

a) assim queb) quandoc) para qued) enquantoe) portanto

15. Aponte a alternativa em que ocorra oração coordenada sindética conclusiva:

a) Todos estavam presentes, porém ninguém prestou atenção.

b) Saiu cedo, no entanto não chegou na hora combinada.

c) Estes exercícios são mais fáceis, portanto resolva-os agora.

d) Vá embora, que logo começará a chover.e) Não só compareceram, mas também

ajudaram.

16. Apontes a alternativa em que ocorra oração coordenada sindética adversativa:

a) Ou você resolve o exercício, ou fica sem nota.

b) Ele não resolveu o exercício, logo ficou sem nota.

c) Resolva o exercício, porque você ficará sem nota.

d) Ele preferia ficar sem nota a resolver o exercício.

e) Ele ficou sem nota, mas não resolveu o exercício.

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ORAÇÕES SUBORDINADAS

As orações também se relacionam no período, podendo exercer funções sintáticas. Toda oração que exerce uma função sintática em relação a outra denomina-se oração subordinada. As orações subordinadas, conforme a função sintática que exerçam, classificam-se em:

a) substantivas: quando exercem funções próprias de um substantivo, ou seja, sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto. As subordinadas substantivas são introduzidas, em geral, pelas conjunções integrantes que e se, as quais não têm função sintática.

b) adjetivas: quando exercem a função sintática de adjunto adnominal, função comumente exercida pelo adjetivo. As subordinadas adjetivas são introduzidas por pronomes relativos – que, quem, quanto, como, onde, cujo (e flexões), o qual (e flexões).Os pronomes relativos podem exercer diversas funções sintáticas.

c) adverbiais: quando exercem a função sintática de adjunto adverbial, função característica do advérbio. As subordinadas adverbiais são introduzidas por conjunções subordinativas e exprimem circunstâncias de tempo, consequência, causa, comparação, concessão, proporção, condição, conformidade e fim. Tais conjunções não têm função sintática.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

As orações subordinadas substantivas, conforme a função sintática que desempenha, classificam-se em subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, predicativas, completivas nominais e apositivas.

a) Subjetivas: quando exercem a função de sujeito do verbo da oração principal.

sujeito

I. Seu casamento é urgente.or.sub.subst.subjetiva o.p.

II. Que você case é urgente.

No exemplo I, o núcleo do sujeito é representado por um substantivo – casamento.

No exemplo II, o sujeito é representado por uma oração – que você case – que exerce a mesma função sintática do substantivo casamento.

A essa oração, que exerce a função sintática de sujeito de outra oração, dá-se o nome de:

subordinada substantiva subjetiva

porque toda oração que exerce uma função sintática em relação a uma outra chama-se subordinada.

porque exerce uma função própria de um substantivo.

porque exerce a função sintática de sujeito da oração principal.

Note as ocorrências mais freqüentes de orações subordinadas substantivas subjetivas:

oração principal oração subordinada substantiva subjetiva

É provávelConvémConta-se

que ele chegue ainda hoje.que ele chegue ainda hoje.que ele chegará ainda hoje.

Observe: quando há oração subordinada substantiva, a oração principal:

• apresenta o verbo na terceira pessoa do singular;

• não possui sujeito nela mesma.

b) Objetivas diretas: quando exercem a função sintática de objeto direto do verbo da oração principal.

oração principal oração subordinada substantiva objetiva direta

EsperoDesejoNão sei

que você case.que ele volte.se viajarei amanhã.

c) Objetivas indiretas: quando exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal.

oração principal oração subordinada substantiva objetiva indireta

NecessitávamosGostaria

De que nos ajudassem.De que todos me apoiassem.

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d) Predicativas: quando exercem a função sintática de predicativo do sujeito da oração principal.

oração principal oração subordinada substantiva predicativa

Meu maior desejo eraMinha esperança é

que todos voltassem.que sejas feliz.

e) Completivas nominais: quando exercem a função sintática de complemento nominal de um nome da oração principal.

oração principal oração subordinada substantiva completiva

nominal

Tenho medoSou favorável

de que me traias.a que o condenem.

f) Apositivas: quando exercem a função sintática de aposto de um nome da oração principal.

oração principal oração subordinada substantiva apositiva

Desejo uma coisa:Espero sinceramente isto:

Que sejas feliz.Que vocês não faltem mais.

As orações subordinadas substantivas começam geralmente pelas conjunções subordinativas integrantes (que e se). Porém, no entanto, vir introduzidas por outras palavras.

oração principal oração subordinada substantiva

Não seiPergunteiNão sei

como ele se comportou.quando era o exame.por que és tão vaidosa.

E X E R C Í C I O S D E A P R O F U N D A M E N T O

1. (FCMSCSP) A palavra se é conjunção subordinativa integrante (por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das orações seguintes?

a) Ele se morria de ciúmes pelo patrão.b) A Federação arroga-se o direito de

cancelar o jogo.c) O aluno fez-se passar por doutor.d) Precisa-se de pedreiros.e) Não sei se o vinho está bom.

2. (FCE-SP) “Os homens sempre se esquecem de que somos todos mortais.” A oração destacada é:

a) substantiva completiva nominalb) substantiva objetiva indiretac) substantiva predicativad) substantiva objetiva diretae) substantiva subjetiva

3. (FEI-SP) “Estou seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante medida.” A oração em destaque é substantiva:

a) objetiva indiretab) completiva nominalc) objetiva diretad) subjetivae) apositiva

4. (ESPM-SP) Qual a classificação sintática da oração destacada?Pergunta-se qual seria o destino do povo.

____________________________________

5. (UCMG) Há oração subordinada substantiva apositiva em:

a) Na rua perguntou-lhe em tom misterioso: onde poderemos falar à vontade?

b) Ninguém reparou em Olívia: todos andavam como pasmados.

c) As estrelas que vemos parecem grandes olhos curiosos.

d) Em verdade, eu tinha fama e era valsista emérito: não admira que ela me preferisse.

e) Sempre desejava a mesma coisa: que a sua presença fosse notada.

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6. (UFMG) Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser mãe”, a oração em destaque é:

a) subordinada substantiva objetiva indiretab) subordinada substantiva completiva

nominalc) subordinada substantiva predicativad) coordenada sindética conclusivae) coordenada sindética explicativa

7. (UFPA) Qual o período em que há oração subordinada substantiva predicativa?

a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares.

b) Sou favorável a que o aprovem.c) Desejo-te isto: que sejas feliz.d) O aluno que estuda consegue superar as

dificuldades do vestibular.e) Lembre-se de que tudo passa neste

mundo.

8. (FESP) “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A oração em destaque é:

a) substantiva completiva nominalb) substantiva objetiva indiretac) substantiva predicativad) substantiva subjetivae) n.d.a.

9. (PUCSP) Nos trechos:“… não é impossível que a notícia da morte me deixasse alguma tranqüilidade, alívio, e um ou dois minutos de prazer” e “Digo-vos que as lágrimas eram verdadeiras”, a palavra “que” está introduzindo, respectivamente, orações:

a) subordinada substantiva subjetiva – subordinada substantiva objetiva direta

b) subordinada substantiva objetiva direta – subordinada substantiva objetiva direta

c) subordinada substantiva subjetiva – subordinada substantiva subjetiva

d) subordinada substantiva completiva nominal – subordinada adjetiva explicativa

e) subordinada adjetiva explicativa – subordinada substantiva predicativa.

10. (PUCSP) “As cunhãs tinham ensinado pra ele que o segui-açu não era sagüim não, chamava elevador e era uma máquina.”

Em relação à oração não destacada, as orações em destaque são, respectivamente:

a) subordinada substantiva objetiva direta – coordenada assindética – coordenada sindética aditiva

b) subordinada adjetiva restritiva – coordenada assindética – coordenada sindética aditiva

c) subordinada substantiva objetiva direta – subordinada substantiva objetiva direta –coordenada sindética aditiva

d) subordinada substantiva objetiva direta – subordinada substantiva objetiva direta – subordinada substantiva objetiva direta

e) subordinada substantiva subjetiva – coordenada assindética – coordenada sindética aditiva.

11. (F.Tibiriçá-SP) No período “Todos tinham certeza de que seriam aprovados”, a oração destacada é:

a) substantiva objetiva indiretab) substantiva completiva nominalc) substantiva apositivad) substantiva subjetivae) n.d.a.

12. (UFSCar-SP) Marque a opção que contém oração subordinada substantiva completiva nominal.

a) “Tanto eu como Pascoal tínhamos medo de que o patrão topasse Pedro Barqueiro nas ruas da cidade.”

b) “Era preciso que ninguém desconfiasse do nosso conluio para prendermos o Pedro Barqueiro.”

c) “Para encurtar a história, patrãozinho, achamos Pedro Barqueiro no rancho, que só tinha três divisões: a sala, o quarto dele e a cozinha.”

d) “Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando milho, que havia colhido em sua rocinha, ali perto.”

e) “Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro pelas costas.”

13. (F.Objetivo-SP) No período: “É necessário que todos se esforcem”, a oração destacada é:

a) substantiva objetiva diretab) substantiva objetiva indiretac) substantiva completiva nominald) substantiva subjetiva

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e) substantiva predicativa

14. (F.Objetivo-SP) “A verdade é que a gente não sabia nada...”Classifica-se a segunda oração como:

a) subordinada substantiva objetiva diretab) subordinada adverbial conformativac) subordinada substantiva objetiva indiretad) subordinada substantiva predicativae) subordinada substantiva apositiva

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Orações subordinadas adjetivas são, como já definimos, aquelas que exercem a função sintática de adjunto adnominal, função própria do adjetivo. Estão relacionadas a um nome da oração principal e vêm introduzidas por um pronome relativo.

I. Adiramos os alunos estudiosos.

adjetivo

II. Admiramos os alunos que estudam.

oração subordinada adjetiva

No exemplo I, o adjetivo estudioso exerce a função sintática de adjunto adnominal. Já no exemplo II, a função sintática de adjunto adnominal não é mais exercida por um adjetivo, mas por uma oração que equivale a um adjetivo: que estudam. A essa oração, que exerce a função sintática de adjunto adnominal, dá-se o nome de:

subordinada adjetiva

porque exerce uma função sintática.

porque exerce a função de adjunto adnominal, função

própria do adjetivo.

OBS.:

As orações subordinadas adjetivas classificam-se em restritivas e explicativas.

a) Restritivas: quando restringem a significação do nome a que se referem.

o.p. oração subord.adj.restritiva o.p.

O homem que fuma vive pouco.

Verifique que a qualidade expressa pela oração adjetiva que fuma não se aplica a todos os elementos da espécie “homem”. Dizemos, então, que ela restringe a significação do nome a que se refere.

Outros exemplos:

Os jogadores que foram convocados apresentaram-se ontem.

O homem que trabalha vence na vida.

Resolveram os exercícios que faltavam.

b) Explicativas: quando não estão restringindo a significação do nome; pelo contrário, estão acrescentando uma característica que é própria do elemento a que se referem.

o.p. oração subord.adj.explicativa o.p

O homem, que é um ser racional, vive pouco.

Verifique que a qualidade que é um ser racional não restringe a significação do nome a que se refere, uma vez que se aplica a todos os elementos da espécie, acrescentando-lhe

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É muito fácil reconhecer uma oração subordinada adjetiva, já que ela sempre vem introduzida por um pronome relativo. A oração adjetiva pode estar depois da oração principal, ou nela intercalada.

o.p. oração subordinada adjetiva

Serão premiados os alunos que conseguirem melhor nota.

o.p. oração subordinada adjetiva o.p.

Os alunos que conseguirem melhor nota serão premiados.

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tão-somente uma característica que lhe é própria. Dizemos então que ela explica o significado do nome a que se refere.

As orações subordinadas adjetivas explicativas são obrigatoriamente separadas da principal por vírgula.

Outros exemplos:

O Sol, que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário.

Capitu, que é uma personagem criada por Machado de Assis, tinha olhos de ressaca.

São Paulo, que é o maior parque industrial da América Latina, apresenta sérios problemas de poluição ambiental.

E X E R C Í C I O S D E A P R O F U N D A M E N T O

1. (UFPA) Há no período uma oração subordinada adjetiva:

a) Ele falou que compraria a casa.b) Não fale alto, que ela pode ouvir.c) Vamos embora, que o dia está

amanhecendo.d) Em time que ganha não se mexe.e) Parece que a prova não está difícil.

2. (FCMS-SP) A segunda oração do período “Não sei no que pensa” é classificada como:

a) substantiva objetiva diretab) substantiva completiva nominalc) adjetiva restritivad) coordenada explicativae) substantiva objetiva indireta

3. (PUCSP) Assinale a alternativa que apresenta um período composto onde uma das orações é subordinada adjetiva:

a) “... a nenhuma pedi ainda que me desse fé: pelo contrário, digo a todas o como sou.”

b) “Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda há pouco mostrei.”

c) “... em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo objeto.”

d) “Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós enganais e eu desengano.”

e) “— Está romântico!... está romântico... exclamaram os três...”

4. (FAAP-SP) “Não compreendíamos a razão por que o ladrão não montava a cavalo.” A oração em destaque é:

a) subordinada adjetiva restritivab) subordinada adjetiva explicativac) subordinada adverbial causald) substantiva objetiva indiretae) substantiva completiva nominal

5. (PUCC-SP) Assinale o período em que há uma oração adjetiva restritiva:

a) A casa onde estou é ótima.b) Brasília, que é capital do Brasil, é linda.

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c) Penso que você é de bom coração.d) Vê-se que você é de bom coração.e) Nada obsta a que você se empregue.

6. (CESCEA-SP) No período: “Tenho esquecer a terra onde tanto sofri”, há:

a) oração subordinada adverbial de lugarb) oração subordinada adjetiva restritivac) oração subordinada adjetiva explicativad) oração coordenada assindéticae) nenhuma das soluções acima está

Correa.

7. (FGV-SP) “Nota-se facilmente que nunca perceberam o papel secundário que exerciam naquele período.” A oração em destaque é:

a) substantiva objetiva diretab) substantiva completiva nominalc) substantiva predicativad) substantiva subjetivae) n.d.a.

8. Aponte a alternativa em que ocorre oração subordinada adjetiva:

a) Faça silêncio, que já é tarde.b) Desejo que todos voltem rapidamente.c) É esta a rua em que moro.d) Percebeu que não havia outra solução.e) Soube-se que ele não viria.

9. Em qual das alternativas ocorre oração subordinada adjetiva?

a) Verificou-se que os argumentos tinham fundamento.

b) Fiz-lhe um sinal para que se calasse.c) Comeu tanto que ficou doente.d) A resposta que você me deu foi

satisfatória.e) Luta que luta e nunca vê recompensa.

10. No período: “Falei o que querias”, a oração em destaque classifica-se como:

a) adjetiva restritivab) adjetiva explicativac) substantiva completiva nominald) substantiva objetiva diretae) coordenada assindética

11. No período: “Ele, que era velho, sentou-se no sofá”, a oração destacada classifica-se como:

a) adjetiva restritiva

b) adjetiva explicativac) substantiva apositiva

d) substantiva predicativae) coordenada sindética explicativa

12. No período: “Feliz o pai cujos filhos são ajuizados”, a oração em destaque é:

a) substantiva completiva nominalb) substantiva predicativac) coordenada assindéticad) coordenada sindética explicativae) adjetiva restritiva

13. Assinale o período em que há oração subordinada adjetiva:

a) Falaram tudo quanto queriam falar.b) Recomendei-lhe muita paciência.c) Estudou tanto que conseguiu a

aprovação.d) Urge que tomemos uma providência.e) Espera-se que ele retorne ainda hoje.

14. Assinale o período em que há oração subordinada adjetiva:

a) Não é pessoa em quem se possa confiar.b) O medo de que me traias persegue-me.c) Preciso de uma coisa: que todos me

apóiem.d) Desejo-lhe que consiga o prêmio.e) Fiquei esperando dez horas até que você

chegasse.

15. (UM-SP) “Este apartamento é o sítio em que as potências da fé e da vontade marcaram um encontro profundo.”“Não peço à vida que me dê fortuna, ganância, nem valores superficiais.”Com relação às palavras em destaque nos dois períodos acima, pode-se afirmar que:

a) a primeira dá origem a uma oração subordinada adjetiva e a segunda, a uma adverbial.

b) a primeira marca o início de uma oração subordinada adjetiva e a segunda, de uma substantiva.

c) a primeira principia uma oração subordinada substantiva e a segunda, uma adjetiva.

d) ambas iniciam orações subordinadas adjetivas.

e) ambas introduzem orações subordinadas substantivas.

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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Orações subordinadas adverbiais são, conforme definimos anteriormente, aquelas que exercem a função sintática de adjunto adverbial, função própria do advérbio.

advérbio

I. Saímos tarde.

o.p. or.sub.adverbial

II. Saímos quando era tarde.

No exemplo I, o advérbio tarde exerce a função sintática de adjunto adverbial. Já no exemplo II, a função sintática de adjunto adverbial não é mais exercida por um advérbio, mas por uma oração equivalente – quando era tarde. A essa oração, que exerce a função sintática de adjunto adverbial, dá-se o nome de:

subordinada adverbial

porque exerce uma porque exerce a funçãofunção sintática. de adjunto adverbial,

função própria do advérbio

As orações subordinadas adverbiais iniciam-se pelas conjunções subordinativas, exceto as integrantes, que, como vimos, iniciam as orações subordinadas substantivas

As orações subordinadas adverbiais podem exprimir várias circunstâncias. A Nomenclatura Gramatical Brasileira faz referência a nove tipos de oração adverbial

causal concessiva finalcomparativa condicional proporcionalconsecutiva conformativa temporal

Vejamos agora uma a uma.

a) Causal: exprime uma circunstância de causa, aqui entendida como motivo, isto é, aquilo que determina ou provoca um acontecimento.

o.p. or.sub.adv.causal

Não viajamos porque estava chovendo.

As principais conjunções causais são: porque, visto que, já que, uma vez que, como (quando equivale a porque).

b) Comparativa: exprime circunstância de comparação, que é o ato de confrontar dois elementos a fim de se conhecer as semelhanças ou diferenças existentes entre eles.

o.p. or.sub.adv.comparativa

Choveu como chove em Manaus.

OBS.:

As principais conjunções comparativas são: como, que (precedido de mais ou de menos).

c) Consecutiva: exprime circunstância de conseqüência (resultado ou efeito de uma ação qualquer).

o.p. or.sub.adv.consecutiva

Choveu tanto que o jogo foi suspenso.

A principal conjunção consecutiva é que (precedido de um termo intensivo: tão, tal, tanto).

d) Concessiva: exprime circunstância de concessão. Concessão é o ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir uma ideia contrária.

o.p. or.sub.adv.concessiva

Choveu embora a meteorologia previsse bom tempo.

As principais conjunções concessivas são: embora, se bem que, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos que, conquanto.

OBS.:

29

Muitas vezes as orações comparativas vêm com o verbo elíptico.Choveu como em Manaus.Falava mais que papagaio.

É muito fácil reconhecer uma oração concessiva, uma vez que ela sempre traz em si a idéia de apesar de.

Tirou boa nota se bem que não tivesse estudado. =Tirou boa nota apesar de não ter estudado.

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e) Condicional: exprime circunstância de condição, entendida como uma obrigação que se impõe ou se aceita para que um determinado fato se realize.

o.p. or.sub.adv.condicional

Viajaremos se não chover amanhã.

As principais conjunções condicionais são: se, caso, contanto que, desde que.

OBS.:

f) Conformativa: exprime circunstância de conformidade, isto é, de acordo, de adequação, de não contradição.

o.p. or.sub.adv.conformativa

Choveu conforme era previsto.

As principais conjunções conformativas são: conforme, segundo, consoante, como.

g) Final: exprime circunstância de finalidade. Entende-se por finalidade o objetivo, a destinação de um fato.

o.p. or.sub.adv.final

Os lavradores esperavam a chuva a fim de que não perdessem a colheita.

As principais conjunções finais são: a fim de que, para que, que.

h) Proporcional: exprime circunstância de proporção. Entenda-se por proporção a relação existente entre duas coisas, de modo que qualquer alteração em uma delas implique alteração na outra.

or.sub.adv.proporcional o.p.

À proporção que a civilização progride, o romantismo se extingue.

As principais conjunções proporcionais são: à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menos.

i) Temporal: exprime circunstância de tempo.

o.p. or. sub.adv.temporal

Choveu quando eram dez horas.

As principais conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que.

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A oração condicional traz sempre a idéia de na hipótese de.

Terminarei o trabalho amanhã se tudo der certo. =Terminarei o trabalho amanhã na hipótese de tudo dar certo.

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